resÍduos de agrotÓxicos em alimentos · de geralmente serem consumidas sem casca, desconsidera...

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RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS Engª Agrª Eliana da Silva Scucato Setor Resíduos Químicos em Alimentos Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos Secretaria de Estado da Saúde do Paraná

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RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS

Engª Agrª Eliana da Silva ScucatoSetor Resíduos Químicos em AlimentosDivisão de Vigilância Sanitária de AlimentosSecretaria de Estado da Saúde do Paraná

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ESTUDOS DE LIMITES MÁXIMOS DE RESÍDUOS.

•Lei 7.802, de 11 junho de 1989;•Decreto 4074, de 02 de fevereiro de 2002;•Portaria Nº 03/MS/SNVS, de 16 de janeiro de1992;•Resolução ANVISA - RDC Nº 4, de 18 de janeiro de 2012.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE AGROTÓXICOS

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•ESTUDOS DE LIMITES MÁXIMOS DE RESÍDUOS.

Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, adotam-se as seguintes definições:

IX - Limite Máximo de Resíduo (LMR) - quantidade máxima de resíduo de agrotóxico ou afim oficialmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada numa fase específica, desde sua produção até o consumo, expressa em partes (em peso) do agrotóxico, afim ou seus resíduos, por milhão de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg/kg); Art. 6º Os ensaios de campo, conduzidos segundo os princípios de BPL, permitirão a quantificação dos resíduos de agrotóxicos e afins, que poderão permanecer nos produtos de origem vegetal e cogumelos in natura tratados.

Art. 7º Serão conduzidos em território brasileiro, para cada produto formulado, quatro ensaios de campo em quatro locais distintos e representativos de cada cultivo, na mesma safra ou em safras consecutivas nos mesmos locais

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE AGROTÓXICOS

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PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE AGROTÓXICOS

INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL - IDA

QUANTIDADE MÁXIMA DE RESÍDUO DE UM DETERMINADO AGROTÓXICO QUE, INGERIDA

DIARIAMENTE DURANTE TODA A VIDA, PARECE NÃO OFERECER RISCO APRECIÁVEL À SAÚDE, À LUZ DOS CONHECIMENTOS ATUAIS.

É expressa em mg do agrotóxico por kg de peso corpóreo (mg/Kg p.c.)

(Adulto de 60Kg )

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1 2 3 519

?

.......................

IDA =GLIFOSATO: LMR 0,2 mg/kg passou para 10,0 mg/kgGLIFOSATO: LMR 0,2 mg/kg passou para 10,0 mg/kg

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Estudos de Resíduos:• por I.A.• por cultura• 4 locais

Estabelecer:• LMR• Intervalo de segurança

RDC 04/12 - ANVISA

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PROGRAMA ESTADUAL DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE

AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS – PARA/PR

RESULTADOS 2014

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AGRIÃOAGRIÃO

áreas intercelulares

O parênquima clorofiliano da folha do agrião hidropônico mostra grandes áreas intercelulares (cerca de 70% >), o que pode explicar a diferença significativa de densidade foliar (O>C>H) entre os sistemas de manejo.

Fonte: Sônia C. Stertz - UFPR

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DOENÇA DE PARKINSON

DOENÇA NEURODEGENERATIVA

Profa. Dra. Anete Curte Ferraz - UFPR

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PARAQUAT e PARKINSON

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Ponta Grossa: o próprio agricultor declarou que usou uma mistura de Furazin + Dissulfan + Baytan para tratar

os grãos de sorgo para “espantar” os animais de sua lavoura.

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11 cavalos mortos

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Julho 2004Julho 2004

Novembro Novembro 20042004

Viktor Viktor Yushchenko Yushchenko campanha campanha eleitoral eleitoral UCRÂNIA, 2004UCRÂNIA, 2004

Intoxicação Intoxicação agudaagudaDIOXINADIOXINA(possível (possível contaminante do contaminante do herbicida 2,4 D)herbicida 2,4 D)

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Menino de 7 anos morre intoxicado após comer couve em Mato GrossoPolícia abriu inquérito para apurar se houve erro na aplicação de agrotóxico.Criança passou por três hospitais e morreu na última segunda-feira (15).24/06/2015 06h00

Polícia abriu inquérito para apurar morte de criança quecomeu couve da horta dos avós. (Foto: Arquivo pessoal)

Denise Soares do G1 MT

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1 2 3 519.......................

IDA =

CancêrDisrupção endócrina

Neuropatias Depressão

AlergiasInfertilidade ...

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PROGRAMA ESTADUAL DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS – PARA/PR

Propriedades Rurais

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RESULTADOS – 2014

n=48

N° de i.a. pesquisados – 119 a 121

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RESULTADOS – 2014

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RESULTADOS – 2014

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RESULTADOS – 2014

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Total de amostras = 48Total de amostras = 48Total de alimentos = 5Total de alimentos = 5Total de i.a. detectados = 23Total de i.a. detectados = 23Presença = 100 vezes Presença = 100 vezes (média = 2,1 agrotóxicos/amostra) (média = 2,1 agrotóxicos/amostra)

Total de amostras = 48Total de amostras = 48Total de alimentos = 5Total de alimentos = 5Total de i.a. detectados = 23Total de i.a. detectados = 23Presença = 100 vezes Presença = 100 vezes (média = 2,1 agrotóxicos/amostra) (média = 2,1 agrotóxicos/amostra)

RESULTADOS – 2014

Nos casos crônicos, pode causaropacificação do cristalino e lesãohepatotóxica que vai da vacuolização até a necrose focal ou multi focal.Classificado no grupo C – PossívelCarcinógeno Humano pela EPA,com base no aumento significativode carcinomas e adenomas dofígado em camundongos.

Fonte: bula do agrotóxico PRISMA, CE 250g/l

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RESULTADOS – 2014

25

Tabela 5. Identificação das Amostras Insatisfatórias coletadas em Propriedades Rurais quanto ao Alimento, Irregularidade e Rastreabilidade - Paraná, maio a dezembro/2014.

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ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

1.100.000 refeições dia (em 2014)

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RESULTADOS – 2014

N° de i.a. pesquisados – 120

n=125

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RESULTADOS – 2014

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RESULTADOS – 2014

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RESULTADOS – 2014

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Total de amostras = 125Total de alimentos = 12Total de i.a. detectados = 24Presença = 79 vezes (média = 1,6 agrotóxicos/amostra)

Total de amostras = 125Total de alimentos = 12Total de i.a. detectados = 24Presença = 79 vezes (média = 1,6 agrotóxicos/amostra)

RESULTADOS – 2014

ORGANOFOSFORADO: NEUROTÓXICO

A exposição crônica, em níveis reduzidos, a estes pesticidas pode afetar adversamente o desenvolvimento cognitivo das crianças.

Um estudo, publicado na Environmental Health Perspectives (2011;4:1-33), revelou que esta associação é altamente prejudicial ao desenvolvimento das habilidades cognitivas nestas crianças.

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RESULTADOS – 2014Organofosforados agem comprometendo neurotransmissores,principalmente acetilcolina.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Montreal e daUniversidade de Harvard descobriram que a exposição aagrotóxicos organofosforados está associada ao aumento do risco de Transtorno do Déficit de Atençãoe Hiperatividade (TDAH) em crianças.

Publicado na revista Pediatrics, a pesquisa [Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides] descobriu uma ligaçãoentre a exposição a pesticidas e a presença de sintomas de TDAH.

O estudo foi realizado com 1139 crianças, de acordo com umaamostra da população geral dos EUA, e mediu os níveis depesticidas em sua urina. Os autores concluíram que a exposiçãoa pesticidas organofosforados, em níveis comumente encontrados em crianças nos EUA, pode contribuir para o diagnóstico de TDAH.

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RESULTADOS – 2014

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PROGRAMA ESTADUAL DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS – PARA/PR

Unidade Curitiba – CEASA/PR

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RESULTADOS – 2014

n=48

N° de i.a. pesquisados – 120 – 121(morango)

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RESULTADOS – 2014

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Total de amostras = 48Total de amostras = 48Total de alimentos = 5Total de alimentos = 5Total de i.a. detectados = 26Total de i.a. detectados = 26Presença = 120 vezes Presença = 120 vezes (média = 2,5 agrotóxicos/amostra) (média = 2,5 agrotóxicos/amostra)

Total de amostras = 48Total de amostras = 48Total de alimentos = 5Total de alimentos = 5Total de i.a. detectados = 26Total de i.a. detectados = 26Presença = 120 vezes Presença = 120 vezes (média = 2,5 agrotóxicos/amostra) (média = 2,5 agrotóxicos/amostra)

RESULTADOS – 2014

Segundo CASARETT (2000):

MANCOZEB têm sido associado aanormalidades em esperma. O ETILENOTIURÉIA, metabólito dosDITIOCARBAMATOS, têm sidoassociado ao bloqueio do funcionamento da tireóide.

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RESULTADOS – 2014

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Temos muito a construir...

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DINAMARCA – O PRIMEIRO PAÍS QUE, POR LEI, SÓ TERÁ AGRICULTURA ORGÂNICA

• META 2020 – duplicar a área plantada com agricultura orgânica.

•Atualmente, já é o país com maior desenvolvimento e amplitude do comércio de produtos orgânicos.

• Em 2015 pretende investir mais de 35 milhões de euros para ampliar a agricultura biológica.

• Na educação já está sendo prevista uma reforma do sistema atual para incluir cursos de nutrição, alimentação saudável e agricultura natural.

... para chegarmos aqui.

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PARECER TÉCNICO

RELATÓRIO DAS ANÁLISES DE AMOSTRASMONITORADAS NO PERÍODO DE 2013 A 2015

PROGRAMA DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS – PARA

ANVISA

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RECOMENDAÇÃO AO CONSUMIDOR: Higienizar bem os alimentos com água corrente. Pode ser utilizada uma escovinha ou uma bucha, destinada para essa finalidade, no auxílio na remoção dos resíduos.

Aponta como um fator que minimiza o risco potencial observado, principalmente em abacaxi e laranja, o fato de geralmente serem consumidas sem casca, desconsidera portanto que existe no país o consumo das cascas desses alimentos. Abacaxi: é costume se ferver a casca para feitura de suco Laranja: geléias, doces e cristalização são formas populares de uso da mesma.

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A falta de uniformidade no número de amostras coletadas por alimento, torna-se uma variável que compromete afirmações relacionadas à ausência de risco.

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Tabela 1 – Número de ingredientes ativos analisados por alimento, 2013 a 2015.ALIMENTO

Nº DE AGROTÓXICOS

ANALISADOS

Arroz 167

Feijão 207

Milho (Fubá) 157

Trigo (Farinha) 110

Abacaxi 154

Banana 157

Goiaba 69

Laranja 209

Maçã 185

Mamão 212

Manga 98

Morango 165

Uva 73

Alface 155

Couve 155

Repolho 162

Abobrinha 70

Pepino 90

Pimentão 166

Tomate 202

Batata 96

Beterraba 156

Cebola 156

Cenoura 202

Mandioca 183

Fonte: DVVSA/CEVS/SESA/PR, 2017.

Tabela elaborada pela SESA/PR.

ANVISA afirma que foram pesquisados até 232 agrotóxicos diferentes, no entanto não informa claramente a variação do número de ingredientes ativos pesquisados por alimento, que variou de 69 (goiaba) até 209 (laranja).

Também não esclarece, que para nenhum dos 25 alimentos pesquisados conseguiu-se pesquisar os 232 ingredientes ativos.

Apesar de existir variações no número de ingredientes ativos pesquisados por alimento, não pondera sobre as possíveis conseqüências dessa variação na análise dos resultados e na própria avaliação do risco.

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Resultados em concentrações inferiores a 0,01 mg/Kg • Introduz a análise do ponto de corte, separando os resultados obtidos com concentrações abaixo de 0,01 mg/Kg

METODOLOGIA NÃO PREVISTA NA LEGISLAÇÃO

Alterou toda a avaliação do relatório.

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A ANVISA apresentou para cada alimento o número de detecções em duas tabelas, uma considerou somente os resíduos detectados em concentrações acima de 0,01 mg/kg e outra, as concentrações inferiores a 0,01 mg/Kg.”

No entanto, nas tabelas é possível constatar que as detecções irregulares são apresentadas somente na primeiratabela. Na segunda tabela, que introduz o ponto de corte, não são apresentadas as detecções irregulares.Isso impede o acesso à informação na integra, ou seja, as amostras insatisfatórias com detecções abaixo de 0,01 mg/Kgnão estão disponíveis.

ANVISA referiu-se a essas irregularidades minimizando essas contaminações “ [...] foram consideradas insatisfatórias exclusivamente por conter resíduos não autorizados em concentrações inferiores a 0,01 mg/Kg”. NO ENTANTO

OMISSÃO DAS DETECÇÕES IRREGULARES

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Tabela 2 – Número de detecções < 0,01 mg/Kg em relação ao número deamostras analisadas para alguns alimentos e agrotóxicos, 2013 a 2015.

ALIMENTO

Nº de amostras analisadas

AGROTÓXICO LMR N° de detecções do agrotóxico <0,01 mg/Kg

%

Feijão 764 Carbendazim 2,0 92 12,04

Goiaba 406 Azoxistrobina 0,2 68 16,75

Laranja 744 Imidacloprido 1,0 81 10,88

Maçã 507 Trifloxistrobina 0,05 144 28,40

Mamão 722 Tebuconazol 1,0 119 16,48

Manga 219 Carbendazim 2,0 22 10,04

Morango 157 Tiametoxam 0,1 20 12,74

Uva 224 Acefato NA 110 49,11

Abobrinha 216 Carbendazim NA 80 37,04

Pepino 487 Metalaxil-m 0,1 80 16,43

Pimentão 243 Carbendazim NA 43 17,69

Tomate 730 Imidacloprido 0,5 156 21,37

Batata 254 Clorpirifós 1,0 42 11,05

Cenoura 518 Linurom 1,0 72 13,90

Fonte: DVVSA/CEVS/SESA/PR, 2017.LMR – Limite Máximo de Resíduos, NA – Não Autorizado para a cultura.

49,11% das amostras de uva continham Acefato em concentraçõesabaixo de 0,01 mg/Kg e foramconsideradas pela ANVISA como uma contaminação por outros usos.

METODOLOGIA NÃO PREVISTA

NA LEGISLAÇÃO

NO ENTANTO Na Tabela 2 elaborada pela SESA/PR

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Tabela 4 – Amostras insatisfatórias por alimentos, 2013 a 2015.ALIMENTO% DE AMOSTRAS INSATISFATÓRIAS

Arroz 4,15

Feijão 7,19

Milho (Fubá) 1,78

Trigo (Farinha) 7,50

Abacaxi 15,40

Banana 2,79

Goiaba 45,56

Laranja 8,06

Maçã 10,60

Mamão 17,45

Manga 35,00

Morango 72,60

Uva 74,55

Alface 36,38

Couve 34,21

Repolho 16,08

Abobrinha 77,77

Pepino 29,77

Pimentão 88,88

Tomate 32,05

Batata 4,44

Beterraba 26,05

Cebola 6,86

Cenoura 35,52

Mandioca (Farinha) 2,76

TOTAL 19,70

Fonte: DVVSA/CEVS/SESA/PR, 2017.

No relatório não foi disponibilizado pela ANVISA os resultados INSATISFATÓRIOS por alimento, aos moldes das divulgações realizadas em anos anteriores, o que destacaria os alimentos com maior número de amostras insatisfatórias, como é o caso do pimentão com 88,88% das amostras insatisfatórias, situação está já constatada em relatórios anteriores.

N° total de amostras: 12.051

Insatisfatórias: 2.371 amostras (19,7%),

Acima do LMR: 362 amostras (3,00%) e

Não Autorizados para a cultura: 2.211 amostras (18,3%)

Tabela elaborada pela SESA/PR

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Gráfico elaborado pela SESA/PR

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CONSIDERAÇÕES SOBRE O RISCO DIETÉTICO:

EXPOSIÇÃO CRÔNICA:

• Afirma que “[...], estudos trazem indícios de que é baixa a incidência de resíduos em níveis que poderiam potencialmente causar danos à saúde [...]” : INDÍCIOS não são certezas, portanto não garantem a informação.

• Não foi realizada avaliação do risco crônico para o período 2013 a 2015? No entanto foi realizada para o período de 2009 a 2011 por técnico da ANVISA e• A ANVISA admite que “[...] não se pode descartar a possibilidade de risco crônico à saúde, advindoda exposição a resíduos de agrotóxicos por meio da dieta.”.

POR QUE a ANVISA não aprofundou no relatório as discussões relativas ao risco de intoxicação crônica?

EXPOSIÇÃO AGUDA:

A comunicação do risco realizada pela ANVISA focou exclusivamente o risco agudo. No portal da ANVISA a comunicação foi de que “Quase 99% das amostras de alimentos analisadas pela “ANVISA”, entre 2013 e 2015, estão livres de resíduos de agrotóxicos que representam risco agudo para a saúde.”

Com relação à exposição aguda é dito que “Apesar de ser considerado um evento aparentemente raro, a intoxicação aguda por exposição a resíduos de agrotóxicos na dieta é bem documentada nessas culturas”. Pergunta-se: Se é um evento aparentemente raro (são citados apenas dois eventos, um na década de 80 e outro na década de 90), por que a adoção dessa metodologia de avaliação foi priorizada no relatório em relação à intoxicação crônica?

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CONSIDERAÇÕES SOBRE O RISCO DIETÉTICO:

• Por que a ANVISA priorizou a avaliação do risco agudo, NÃO PREVISTA EM LEGISLAÇÃO COMO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO A RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS?

Mudando a metodologia anteriormente utilizada, e assim, não permitindo a comparação com resultados dos relatórios anteriores e ignorando os possíveis efeitos da exposição crônica?

Informa que “Nesse contexto, a metodologia utilizada resulta em uma avaliação preliminar. Assim, os resultados da avaliação de risco agudo apresentados no presente documento devem ser compreendidos como um exercício de triagem do risco que, por sua vez, pode demandar avaliações mais aprofundadas nos casos em que um risco à saúde dos consumidores for identificado.”

Não se espera de uma agência regulatória, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e do SistemaÚnico de Saúde, a emissão de um relatório cuja metodologia de avaliação dos resultados resulte numa“avaliação preliminar” e que seja encarado como um “exercício de triagem”, ao mesmo tempo emque comunica a sociedade em seu site, que: “Quase 99% das amostras de alimentos analisadas pela ANVISA, entre 2013 e 2015, estão livres de resíduos de agrotóxicos que representam risco agudo para a saúde.”

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FONTES DOS DADOS UTILIZADA PARA A AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO RISCO AGUDO: • A ANVISA adotou para a avaliação do risco agudo os dados de consumo de alimentos e de peso corpóreo dos consumidores A PARTIR DE 10 ANOS DE IDADE, obtidos dos dados brutos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - IBGE, entre 2008 a 2009.

SENDO ASSIM ESSA POPULAÇÃO (CRIANÇAS) NÃO FOI CONSIDERADANA AVALIAÇÃO DE RISCO REALIZADA PELA ANVISA

CONDIÇÕES ASSUMIDAS NO MODELO UTILIZADO PARA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO RISCO AGUDO:

Estipulam-se condições que aumentam as incertezas, tais quais:• “Com relação aos ditiocarbamatos, não foi possível realizar uma avaliação inequívoca do risco agudo, visto que os agrotóxicos pertencentes a este grupo possuem diferenças de toxicidade e a metodologia analítica existente para análise dessas substâncias não é capaz de distinguir qual foi o agrotóxico aplicado. Como tentativa, utilizou-se a DRfA do mancozebe, considerado que este detém um número maior de culturas autorizadas em relação aos demais agrotóxicos do mesmo grupo.”

•“A avaliação do risco agudo para os resíduos de dimetoato pode ter sido subestimada, uma vez que a avaliação não considerou o cenário relativo ao ometoato, que possui toxicidade aguda significativamente maior. De acordo com a monografia do dimetoato, os LMRs referem-se à soma de dimetoato e ometoato expresso como dimetoato. Entretanto, não foi possível obter os resíduos de ometoato separadamente para todos os alimentos, o que impossibilitou uma avaliação com maior precisão nesse caso.”

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RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DO RISCO AGUDO:

ANVISA afirma que: “Com base no conhecimento científico atual, a presença desses resíduos nos alimentos monitorados não foi susceptível de constituir um risco dietético agudo”.

Novamente, destacam-se algumas incertezas:

• Ausência de DRfA para 21 (15%) dos agrotóxicos detectados (DRfA para 113 dos 134 agrotóxicos detectados);

• Monitoramento ter sido realizado para apenas 25 alimentos;

• Monitoramento ter sido realizado para até 209 agrotóxicos;

• Variação do número de agrotóxicos pesquisados nos alimentos, de 69 para goiaba até 209 para laranja;

• Variação no número de amostras analisadas por alimento, de 157 para morango até 764 para feijão e para maçã;

• Ao longo do período de três anos (2013 a 2015) não houve coleta de amostras dos 25 alimentos em todos os anos, por exemplo, para abacaxi, morango, abobrinha, pimentão e beterraba as coletas de amostras aconteceram apenas em um ano;

• Amostras armazenadas por longos períodos de tempo antes da realização das análises para arroz, mandioca (farinha) e trigo (farinha) – DEGRADAÇÃO DE INGREDIENTES ATIVOS;

• Adotaram-se para a avaliação do risco agudo os dados de consumo de alimentos e de peso corpóreo dos consumidores a partir de 10 anos de idade, obtidos dos dados brutos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) – IBGE, entre 2008 a 2009;

• Com relação aos ditiocarbamatos não foi possível realizar uma avaliação inequívoca do risco agudo;

• A avaliação do risco agudo para os resíduos de dimetoato pode ter sido subestimada.

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CONCLUSÃO:Baseia-se unicamente na avaliação do risco agudo, desprovida de uma análise aprofundada do risco crônico, este sim vinculado aos Limites Máximo de Resíduos - LMRs e a Ingestão Diária Aceitável - IDAs estabelecidos para os agrotóxicos registrados no país.

ESTES SIM, PARÂMETROS LEGAIS (Portaria SNVS/MS n° 03, de 16 de janeiro de 1992)

É inconcebível tecnicamente, não se considerar o potencial risco associado à ingestão de alimentos com resíduos de agrotóxicos acima do LMR e/ou Não Autorizados para as culturas, uma vez que a autorização de uso dos agrotóxicos e seus Limites Máximos de Resíduos são estabelecidos em relação ao impacto sobre a IDA definida para os mesmos, a partir de estudos toxicológicos realizados em animais de laboratório, nos quais se aplicam fatores de segurança (intra e interespécie) com o objetivo de se extrapolar os dados toxicológicos obtidos em animais de laboratório para o homem.

CONCLUSÃO:Atribuir para todas as situações em que foram detectados resíduos de agrotóxicos em concentrações abaixo de 0,01 mg/Kg, independentemente do agrotóxico ser autorizado ou não para a cultura, a uma possível contaminação não intencional por outros usos, que não o agrícola é desconsiderar totalmente a realidade da produção agrícola do país, que carece de Boas Práticas Agrícolas e que se caracteriza pelo uso abusivo de agrotóxicos, sendo o Brasil, desde 2008, o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Também, é supor, que todos os agrotóxicos possuem o mesmo tempo e forma de degradação no meio ambiente, e em assim sendo, estabelecer um ponto de corte de 0,01 mg/Kg como critério para definição de uma contaminação não intencional, não nos parece ser livre de questionamentos.

PONTO DE CORTE PARÂMETRO NÃO PREVISTO EM LEI

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“De acordo com O' Brien (2000), quando as relações de causa e efeitosobre uma determinada exposição e um efeito adverso à saúde aindanão estão cientificamente bem estabelecidos, deve ser aplicado oprincípio da precaução. O Princípio da Precaução afirma que, mesmona ausência da certeza científica formal sobre o risco que envolvedano sério ou irreversível, devem ser aplicadas medidas preventivas.”

Fonte: PERSPECTIVAS SOBRE A ANÁLISE DE RISCO NA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Curso de Sensibilização

Organização Pan-Americana de Saúde Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde ANVISA/MS 2008

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52 Entidades

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QUEM GOSTOU DO RELATÓRIO?

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http://blogsyngenta.com.br/resultado-para/

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Obrigada!Eliana da Silva Scucato

Setor de Resíduos Químicos em Alimentos Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos

Centro Estadual de Vigilância Sanitária do Paraná

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Obrigada!

Eliana da Silva Scucato

Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos Setor de Resíduos Químicos em Alimentos

Centro Estadual de Vigilância Sanitária do Paraná