resenha cap 5

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LICENCIATURA EM MÚSICA ADNAM ADRIANE SILVA MARCONE MELO ANTONIO JEAN FUNDAMENTOS DA ARTE

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Page 1: Resenha Cap 5

LICENCIATURA EM MÚSICA

ADNAM ADRIANE SILVA

MARCONE MELO

ANTONIO JEAN

FUNDAMENTOS DA ARTE

PETROLINA -PE

2012

Page 2: Resenha Cap 5

ADNAM ADRIANE SILVA

MARCONE MELO

ANTONIO JEAN

FUNDAMENTOS DA ARTE

PETROLINA-PE

2012

Trabalho submetido como requisito de avaliação da disciplina de fundamentos da arte curso de licenciatura em música no II período, orientado por:João

Page 3: Resenha Cap 5

RESENHA: ARTICULAÇÃO ENTRE LIBERALISMO E POSITIVISMO

Ao ensino secundário foi dado maior importância com o código Epitácio Pessoa de

1901 a 1910. Em 1921 o ensino primário e normal só tinha progresso em pequena

parte do Brasil: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Esta lei vinha com os princípios positivistas e liberalistas e com principal objetivo o

desenvolvimento das ideias e do raciocínio. Vinha com a metodologia de Ruy Barbosa

sobre a reforma do ensino e propostas das práticas da escola de Belas Artes.

Neste código vinha o uso de modelos naturais que visava a representação próxima do

real, natural, com frente a uma forma objetiva, determinando uma substituição da

metodologia romântica. Observa-se que o início da geometria tinha duas dificuldades:

falta de professores capacitados e dificuldade de aprendizagem dos alunos, fruto de

modelos educacionais anteriores. A solução foi receber as propostas metodológicas

liberais de introduzir noções de geometria ao curso de desenho. Assim distribuiu-se o

ensino da geometria do primeiro ao quarto ano e tendo prova gráfica no final de cada

ano, igualmente as de outras matérias. O desenho para os positivistas era a

preparação para a linguagem científica, já os liberais, era a libertação para a

linguagem técnica. Mas estas correntes se uniram com a criação do desenho

geométrico no ensino primário e secundário. Porém o desenho foi mantido em escolas

federais de ensino profissionalizantes, sendo importante para o ensino industrial.

Já no ensino da escola primária, disputavam duas orientações: desenho geométrico e

desenho natural. O Pará se destacou com o ensino do desenho em todos os níveis

escolares, devido ao desenvolvimento econômico industrial da expansão da borracha.

Neste período se fez menção ao desenho artístico e industrial, sendo o primeiro a

expressão do artista e o segundo da matemática. Daí vem uma discussão sobre o que

seria mais importante para o aluno, já tanto o desenho artístico quanto o geométrico

são necessários para o desenvolvimento do mesmo. Porém o desenho artístico dava

mais lucidez ao aluno e a compreensão de figuras de desenhos técnicos poderiam ser

melhor assimilada logo em seguida.

Em 1911 veio a Lei Rivadávia Correia, determinando a autonomia didática e

administrativa, fazendo cessar na educação a intervenção do governo que poderia vir

só com auxílios materiais. Esta lei trousse os exames de admissão, ficando até 1971

para entrar na escola secundária e o vestibular. Com o ensino do desenho não teve

renovação da lei Epitácio Pessoa. Só no primeiro ano foi determinado o conteúdo do

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desenho e deveria constar nas quatro primeiras séries do curso secundário. A lei dava

liberdade didática para os educadores, porém não tinham educadores que tirassem

esse proveito. Para o desenho não houve variedade nem flexibilidade metodológica.

As boas correntes positivistas e liberais do código Epitácio não se manteve nesta nova

lei, a qual passou a dominar o radicalismo positivista, dando exagerada aplicação ao

desenho técnico matemático. No ensino secundário predominou a linha reta e folhas

caprichosas e a representação de figuras e animais. Estes desenhos preparavam o

aluno para fazer estátuas dando inicio a Arte Maior, Pura, Nobre, praticada na escola

de Belas Artes.

Com isso fazia-se que o aluno desenvolvesse sua imaginação com o estudo das artes

ornamentais antes de passarem para o curso superior. O estudo dos ornados era

importante para obedecer aos princípios da evolução que a arte se manifestava e dá

uma formação cultural ao curso secundário. Assim preparava-se para a arte pura

praticada na escola de Belas Artes.

A lei Rivadávia Correia gerou um conflito entre a linha matematizante e a estetizante

ligada a escola de Belas Artes.

A reforma de Carlos Maximiliano veio em 1915 para tentar pôr ordem a educação ,

fazendo o Estado ter responsabilidade e o governo federal ter ação fiscalizadora no

ensino secundário e superior. Manteve-se o vestibular e o exame de admissão, porém

com mais cobrança nas provas. No entanto as aulas de desenho foram

menosprezadas, pois a nota obtida não influía para a passagem do aluno para o ano

seguinte. Contudo para o vestibular cobrava-se a geometria, cujos conteúdos passou

a ser dados no desenho. Precisava-se dele pois havia o exame de geometria no final

do curso, o qual reprovava.

Percebia-se que o curso de desenho passou a ser um preparatório para a escola

seguinte, o exame de admissão e o vestibular.

Artistas como Theodoro Braga defendia um ensino de desenho nas aplicações à

indústria, já Aníbal Matos defendia o ensino pelos seus valores estéticos, satisfazendo

as emoções estéticas dos homens.

Assim o ensino de desenho a nível secundário continua com forma matematizante,

torturando adolescentes com exigências de exatidão e conceituação geométrica até

pelo menos 1925, já no nível primário o ensino era renovador, pois tinha um caráter

mais pedagógico e psicológico do ensino do desenho. E São Paulo liderava no

quesito desenvolvimento do ensino primário e normal.