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______________________________________________________________________________ APROVADO PELA 38 a SESSAO DO CONSELHO DE MINISTRO, 12 DE NOVEMBRO DE 2013 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA A ÉPOCA CHUVOSA E DE CICLONES 2013-2014

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APROVADO PELA 38 a SESSAO DO CONSELHO DE MINISTRO, 12 DE NOVEMBRO DE 2013

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

CONSELHO DE MINISTROS

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA A ÉPOCA CHUVOSA E DE CICLONES

2013-2014

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APROVADO PELA 38 a SESSAO DO CONSELHO DE MINISTRO, 12 DE NOVEMBRO DE 2013

INDICE

1. INTRODUCAO ......................................................................................................................................................... 4

1.1 METODOLOGIA ............................................................................................................................................................. 4

2. PRESSUPOSTOS PARA ELABORAÇÃO DO PRESENTE PLANO .................................................................................... 5

2.1 BALANÇO METEOROLÓGICO DA ÉPOCA 2012/2013 ............................................................................................................ 5

2.2 AVALIAÇÃO DO ANO HIDROLÓGICO 2012/2013 ................................................................................................................ 6

2.3 SITUAÇÃO HIDROLÓGICA PREVALECENTE............................................................................................................................ 6

2.3.1 Enchimento de Barragens dentro e fora do território nacional até Setembro de 2013 .................................... 7

# - BARRAGEM VAZIA DEVIDO A OBRAS DE REABILITAÇÃO. ........................................................................................................... 8

2.4 BALANÇO DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2012/13 ................................................................................................................... 8

3. PREVISÃO CLIMÁTICA SAZONAL PARA OND DE 2013 E JFM DE 2014 .................................................................... 10

3.1 O ESTADO ACTUAL DO FENÓMENO EL NIÑO OSCILAÇÃO SUL (ENSO).................................................................................... 10

3.2. ANTEVISÃO PARA A REGIÃO DA SADC ............................................................................................................................ 10

3.3 ANTEVISÃO PARA MOÇAMBIQUE ................................................................................................................................... 11

4. INTERPRETAÇÃO DA PREVISÃO CLIMÁTICA PARA A HIDROLOGIA 2013/14 .......................................................... 12

PRESSUPOSTOS PARA O PERÍODO OND DE 2013 .................................................................................................................... 12

4.2 PRESSUPOSTOS PARA O PERÍODO JFM DE 2014 ............................................................................................................... 12

4.3 PERÍODO JFM 2014 ................................................................................................................................................. 14

5. INTERPRETAÇÃO DA PREVISÃO CLIMÁTICA PARA A AGRICULTURA ...................................................................... 15

6. ANÁLISE DO RISCO ................................................................................................................................................ 16

6.1 PRINCIPAIS PERIGOS ..................................................................................................................................................... 16

6.2 FACTORES DE VULNERABILIDADE .................................................................................................................................... 16

6.3 FACTORES DE CONTENÇÃO ............................................................................................................................................ 17

7. POPULAÇÃO EM RISCO - DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS ............................................................................................ 20

7.1 CENÁRIO I .................................................................................................................................................................. 20

7.2 CENÁRIO II ................................................................................................................................................................. 21

7.3 CENÁRIO III ................................................................................................................................................................ 21

8. ACTIVIDADES SECTORIAIS A REALIZAR ANTES, DURANTE E DEPOIS DA EMERGÊNCIA .......................................... 23

8.1 COMPLEMENTARIDADE DAS ACÇÕES DA EQUIPE HUMANITÁRIA DE MOÇAMBIQUE ................................................................... 23

8.2 INSTITUTO NACIONAL DE GESTÃO DE CALAMIDADES (INGC) ............................................................................................... 24

8.2.1 Funcionamento do sistema de Aviso prévio .................................................................................................... 26

8.2.2 Telecomunicações de emergência .................................................................................................................. 28

8.2.3 Serviços e Operações Logísticas ...................................................................................................................... 28

8.2.4 Operações de Busca e Salvamento ................................................................................................................. 29

8.2.5 Comités Locais de Gestão de Risco ................................................................................................................. 30

8.2.6 Gestão de Centros de Acomodação ................................................................................................................ 30

8.2.7 Recuperação Inicial ......................................................................................................................................... 32

8.2.8 Assistência Alimentar e Nutricional ................................................................................................................ 32

8.3 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA ............................................................................................................................... 33

8.4 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES ........................................................................................... 35

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8.4.1 Instituto Nacional de Meteorologia ................................................................................................................ 35

8.5 MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO .................................................................................................. 35

8.5.1 Componente de Recursos Hídricos .................................................................................................................. 35

8.5.2 Componente Abastecimento de Água, Saneamento e promoção de Higiene ................................................ 36

8.5.5 Componente Infra-estruturas Hidráulicas ....................................................................................................... 38

8.5.6 Componente Habitação e Urbanismo ............................................................................................................. 39

8.5.7 ANE - Componentes de estradas ..................................................................................................................... 39

8.6 MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO .................................................................................................................................... 40

b) Medidas Reactivas .......................................................................................................................................... 40

8.7 MINISTÉRIO DA MULHER E ACÇÃO SOCIAL ............................................................................................................. 41

7.8 MINISTÉRIO DA SAÚDE ........................................................................................................................................... 43

7.9 MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL ................................................................................ 46

8.10 MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO ............................................................................................................. 47

9. ORÇAMENTO POR CENÁRIO ................................................................................................................................. 48

10. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS PARA A RESPOSTA A EMERGÊNCIA ....................................................................... 50

A EQUIPE HUMANITÁRIA.......................................................................................................................................... 50

11. MECANISMOS DE COORDENAÇÃO, REVISÃO E MONITORIA .............................................................................. 50

11.1 CONSELHO COORDENADOR DE GESTÃO DE CALAMIDADES (CCGC) ..................................................................................... 50

11.2 CONSELHO TÉCNICO DE GESTÃO DE CALAMIDADES (CTGC) .............................................................................................. 50

11.3 CENTRO NACIONAL OPERATIVO DE EMERGÊNCIA (CENOE) .............................................................................................. 51

11.4 SECTORES DO CENOE: PAPEIS E RESPONSABILIDADES ...................................................................................................... 51

ORGANIGRAMA 1: MECANISMO DE COORDENAÇÃO ENTRE O GOVERNO E EQUIPE HUMANITÁRIA .................................................... 52

11.5 REVISÃO E MONITORIA DO PLANO ....................................................................................................................... 53

ANEXOS .................................................................................................................................................................... 55

ANEXO 1. TABELA DE CENÁRIOS DA POPULAÇÃO EM RISCO & ORÇAMENTO ............................................................................... 55

CENARIO 1 ................................................................................................................................................................ 55

CENARIO 2 ................................................................................................................................................................ 56

CENARIO 3 ................................................................................................................................................................ 57

Orcamento por Cenario 1......................................................................................................................................... 58

Orçamneto cenário 2 ............................................................................................................................................... 59

Orcamento cenario 3 ............................................................................................................................................... 61

ANEXO 2: Equipe Humanitária: Lista de Contactos dos lideres dos sectores ........................................................... 62

ANEXO 3: Equipa Humanitária (HCT): Bens disponiveis para Epoca 2013-14 ......................................................... 63

ANEXO 4: Equipa Humanitária (HCT): Capacidade de Armazenagem Nacional ...................................................... 66

ANEXO 5: RECOMENDAÇÕES DE VARIEDADES DE CULTURAS ................................................................................. 68

Anexo 7. Lista de Contactos dos Membros do CTGC Ao Nível Provincuial ............................................................... 69

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1. INTRODUCAO

Moçambique está localizado numa das três regiões de África mais expostas ao impacto e influência de eventos naturais tais como Ciclones, Cheias, Secas, Epidemias e Sismos. Registos históricos de calamidades naturais em Moçambique mostram que num período de 33 anos (1980-2013) ocorreram 12 eventos de seca, 24 eventos de cheias, 14 ciclones tropicais, 23 epidemias e um sismo (INGC1).

Para fazer face a estes eventos, o Governo em colaboração com a Equipe Humanitária Nacional (HCT) incluindo a Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) e Organizações da Sociedade Civil elaboram anualmente um Plano de Contingência (PC) que define as acções de cada sector e província na componente de prevenção, mitigação, gestão e redução do impacto das calamidades resultante de eventos extremos previstos nos cenários de cada época chuvosa e de ciclones. Igualmente, o PC privilegia medidas de educação, sensibilização e aviso prévio através dos Comités Locais de Gestão de Risco de Calamidades (CLGRC), munindo-os de instrumentos eficazes e meios para gerirem o risco associado à vulnerabilidade, perante fenómenos adversos. Assim, o PC para a época chuvosa e ciclónica 2013-2014 reafirma e promove esta abordagem.

Tomando em consideração os dados históricos de ocorrência de calamidades naturais e dos perigos a eles associados, o actual PC identifica as actividades sectoriais a serem realizadas a todos os níveis para permitir que o Governo, os parceiros de cooperação, o Sector Privado, as Organizações da Sociedade Civil e a HCT tomem decisões e desencadeiem acções atempadas para eliminar ou reduzir o impacto das calamidades naturais em Moçambique.

Os objectivos específicos do actual PC são:

• Identificação das principais ameaças na época chuvosa e de ciclones 2013-2014;

• Localização das zonas de risco e projecção do possível impacto das ameaças; • Definição das principais actividades a realizar antes, durante e depois da ocorrência de um

evento extremo de origem natural;

• Inventariação dos materiais e equipamentos disponíveis e necessários para responder a possíveis emergências causada por eventos extremos de origem hidro-meteorológicos;

• Determinação dos recursos humanos, materiais e financeiros necessários para uma intervenção em caso de ocorrência de uma calamidade.

1.1 Metodologia

A elaboração do presente PC obedeceu ao princípio de participação activa dos sectores relevantes do Governo, da Sociedade Civil, da HCT, dos parceiros de cooperação e dos CLGRC, tendo como base dados recolhidos nos distritos.

O resultado dos trabalhos distritais foi globalizado e harmonizado pelo Conselho Técnico Provincial de Gestão de Calamidades (CTPGC) que inclui vários sectores do Governo e representantes locais da HCT. Os Planos de Contingência provinciais cingiram-se

1 Instituto Nacional de Gestão de Calamidades: Análise da Gestão e Redução do Risco de Desastres em Moçambique 2000-2013

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fundamentalmente na identificação das zonas de risco, dos meios de busca e socorro existentes e a sua localização, bem como na definição de responsabilidades para os vários níveis de Governação e para os demais intervenientes na gestão de emergências.

Paralelamente, a nível nacional, os vários sectores do Governo que compõem o Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC) identificaram as suas actividades com base nos dados históricos de vulnerabilidade. Em última instância, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) efectuou a globalização de todos os planos e acções dos diferentes sectores, desde o nível local ao central, tomando em consideração a antevisão do comportamento da época chuvosa 2013-2014 e sua interpretação para Moçambique, feita em Agosto do corrente ano pelo Fórum Regional da África Austral para a Previsão Climática (SARCOF) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) respectivamente.

Por outro lado, o reajustamento deste Plano de Contingência teve em consideração o balanço da época chuvosa 2012-2013 na componente hidro-meteorológica bem como a situação hidrológica prevalecente em Agosto do presente ano tanto em Moçambique como na África Austral.

Considerando os pressupostos acima mencionados, foram elaborados três cenários para grupos específicos de fenómenos naturais que poderão ocorrer, focalizando principalmente o seu impacto sobre as populações e o tipo de resposta a ser prestada pelo Governo e pelos parceiros de cooperação.

No geral, o quadro de cenários sobre a população em risco apresenta algumas melhorias comparativamente à época transacta mercê da implementação do Plano de Reassentamento em curso nas zonas seguras ao longo das bacias hidrográficas mais vulneráveis a cheias, designadamente Messalo, Zambeze, Licungo, Búzi, Púnguè, Save e Limpopo.

2. PRESSUPOSTOS PARA ELABORAÇÃO DO PRESENTE PLANO

2.1 Balanço Meteorológico da época 2012/2013

A época chuvosa 2012/2013 foi caracterizada pelo início precoce da queda de chuvas na região Sul, particularmente na província de Maputo, onde a precipitação começou a registar-se na segunda metade de Setembro. A outra particularidade foi o registo de precipitação excessiva em quase todo o País num intervalo de tempo bastante curto, entre os meses de Janeiro e Fevereiro de 2013, chegando algumas regiões a receber chuvas acima da média anual em apenas dez dias.

As intensas chuvas registadas na época em referência, sobretudo durante os meses de Janeiro e Fevereiro, causaram cheias e inundações em algumas zonas do País. O excesso de humidade na atmosfera, as baixas térmicas, os vales depressionários e a formação do Ciclone Haruna, na Costa de Moçambique, contribuíram substancialmente para o excesso de chuva registado nos meses de Janeiro e Fevereiro. Outros fenómenos marcantes da época foram os vendavais acompanhados de trovoadas e descargas atmosféricas observados em diferentes pontos do País, com destaque para as províncias de Maputo, Gaza, Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Cabo Delgado e Niassa.

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2.2 Avaliação do Ano Hidrológico 2012/2013

As chuvas intensas registadas em Janeiro, Fevereiro e Março de 2013, contribuíram para ocorrência

de cheias e inundações de Risco Médio á Alto nas regiões Sul, Centro e Norte, sobretudo nas bacias

do Limpopo, Licungo, Zambeze, Save, Búzi, Púngoè e Messalo, causando danos nas estradas,

pontes, linhas férreas, estruturas hidráulicas de atravessamento de linhas de drenagem, diques,

pequenas barragens, regadios e seus equipamentos, rede de estações hidro-climatológicas bem

como em edifícios públicos e privados.

Os excessivos escoamentos durante os picos das recentes cheias tiveram um impacto nos

mecanismos de funcionamento das barragens, ao mesmo tempo que danificaram várias secções dos

diques de protecção das cidades e vilas de Chókwe, Xai-Xai, Maganja da Costa e sistemas de

regadios nos vales do Limpopo, Licungo e baixo Zambeze. No mesmo período foram parcialmente

danificadas infra-estruturas de abastecimento de água rural e urbana bem como o sistema de

drenagem de águas pluviais.

2.3 Situação Hidrológica Prevalecente

O aumento da precipitação no interior de Moçambique bem como nos Países vizinhos, durante os

meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2013, contribuiu para que os níveis hidrométricos fossem

superiores em relação a igual período do ano passado, tendo atingido e ultrapassado o alerta nas

bacias do Messalo, Mocuba, Púngoè, Zambeze, Save, Limpopo, Inhanombe e Mutamba. Esta

situação causou cheias de grande magnitude nas bacias do Licungo, Limpopo e Inhanombe.

A partir de Abril os níveis hidrométricos começaram a baixar em todas as estações do Sistema de

Aviso de Cheias (SAC), situando-se Agosto do corrente ano abaixo de alerta, mas ligeiramente

superiores em relação a igual período do ano passado, exceptuando nas estações hidrométricas de

Combomune (Limpopo), Goba (Umbelúzi) e Caia (Zambeze), conforme ilustra a Tabela 1.

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Tabela 1: Níveis hidrométricos em Agosto de 2012 e 2013 nas bacias hidrográficas

Bacia Hidrográfica

Estação de Referência Nível Hidrométrico (m) Nível de Alerta

(m) Agosto 2012 Agosto 2013

Licungo E-91 (Mocuba) 3.89 3.98 6.00

Mutamba E-50 (Jangamo) 2.32 2.49 3.80

Zambeze

E-310 (Zumbo) 2.38 3.25 5.00

E-320 (Tete) 2.48 2.95 5.00

E-291 (Caia) 3.35 4.02 5.00

Púngoè E-72 (Inhazónia) 1.78 1.83 5.50

E-65 (Púngoè Sul) 3.34 3.39 6.50

E-67 (Mafambisse) 3.40 2.42 6.00

Búzi E-456 (Goonda) 1.56 1.72 5.00

Save E-47 (V.F. Save) 0.17 0.18 5.50

Limpopo E-33 (Combumune) 1.88 1.51 4.50

Incomáti E-43 (Magude) 2.10 2.19 5.0

Umbelúzi E-10 (Goba) 2.29 2.19 3.50

Maputo E- 6 (Madubula) 1.46 1.73 3.50

2.3.1 Enchimento de Barragens dentro e fora do território nacional até Setembro de 2013

Albufeiras Nacionais O nível de enchimento das albufeiras nacionais em Setembro do corrente ano era superior em relação a igual período do ano passado, exceptuando as barragens de Nampula e de Nacala, estando esta última na fase de enchimento após obras de reabilitação. Em geral estas infra-estruturas apresentam capacidade reduzida de encaixe para o amortecimento de eventual pico de cheias, comparativamente a igual período do ano passado.

Tabela 2 : Enchimento das principais barragens nacionais

Nome da Bacia Nome da Barragem Nível de Enchimento em Agosto de 2012

(%)

Nível de Enchimento em Agosto de 2013

(%) Zambeze Cahora Bassa 63 75 Búzi (Rio Revuê) Chicamba 18 24

Limpopo (Rio dos Elefantes)

Massingir 59 68

Incomáti (Rio Sabiè) Corumana 66 79

Umbelúzi Pequenos Libombos 68 83 Monapo Nampula 87 69 Mecula Nacala # 28

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# - Barragem vazia devido a obras de reabilitação.

O baixo volume de água armazenada nas barragens de Nampula e Nacala poderá afectar o nível de fornecimento de água as populações das Cidades de Nampula e em Nacala Porto, particularmente durante o primeiro período da época chuvosa Outubro, Novembro e Dezembro (OND) de 2013, dada a previsão de ocorrência de chuvas normais com tendência para abaixo do normal na região Norte.

Para a Cidade de Nampula, como forma de mitigar a presente situação será feita a racionalização e priorização do uso da água durante a estiagem OND 2013, sendo de destacar a prevalência de prioridades de abastecimento de água as populações sobre os outros usos. Portanto, outras medidas localizadas serão adoptadas para mitigar o impacto das obras de reabilitação da barragem, por exemplo, restrição de captação da água na barragem de Nacala e a exploração de subsistemas de furos, entre outras.

Albufeiras a montante das bacias internacionais As barragens dos Países vizinhos localizadas nas bacias do Limpopo, Incomáti e Maputo registam níveis de enchimento ligeiramente superiores em relação ao mesmo período do ano passado enquanto a da bacia do Zambeze encontra-se um pouco abaixo.

Tabela 3: Enchimento de Barragens a montante das bacias internacionais

Nome da Bacia Nome da Barragem

Nível de Enchimento em Setembro de 2012 (%)

Nível de Enchimento em Agosto de 2013 (%)

Zambeze Kariba 78 77 Limpopo (Rios Middel Leteba, Loskop e Tzaneen)

Middel Leteba 45 46 Loskop 82 79 Tzaneen 76 94

Incomáti (Rio Marite e Lomati)

Inyaka 98 100 Driekoppies 88 98

Maputo Pongolapoort 55 80

2.4 Balanço da Campanha Agrícola 2012/13

A avaliação preliminar da campanha agrícola 2012/13, efectuada em Junho de 2013, mostrou que, no geral, foi satisfatória ao nível do País sobretudo nas regiões Norte e Centro, apesar da perca de 4% da área total semeada com culturas da 1ª época na Campanha Agrícola 2012/13. A produção de cereais atingiu cerca de 2.2 milhões de toneladas, leguminosas registou aproximadamente 544 mil toneladas, oleaginosas atingiram 72.5 mil toneladas, raízes e tubérculos cerca de 8.4 milhões de toneladas, tomate cerca de 175 mil toneladas, cebola aproximadamente 56.5 mil toneladas e outras hortícolas atingiram cerca de 355 mil toneladas. Uma grande parte da cultura de arroz, apesar de ter sofrido com as inundações, conseguiu recuperar.

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Tabela 4. Áreas Afectadas e Perdidas

Província Fenómeno Área Afectada (ha)

Área Perdida (ha)

Produtores Afectados

Maputo Cid. Inundação 215 215 266

Maputo Prov Estiagem

8.618 2.645

3.119 Inundação 3.424

Gaza Inundação 150 117.822 76.653

Inhambane Estiagem

44 34.583

8.891 Inundação 9,417 Manica

Inundação

6.395 4.201 2.383 Sofala 16 15.445 18.18

Tete 7.261 6.937 7.599 Zambézia 34.336 15.964 55.698 Nampula 6.499 6 5 Cabo Delgado 555 75 437 Niassa -- 17

Total 273.879 216.745 178.226

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3. PREVISÃO CLIMÁTICA SAZONAL PARA OND DE 2013 E JFM DE 2014

3.1 O estado actual do fenómeno El Niño Oscilação Sul (ENSO)

A previsão foi elaborada usando as condições das

temperaturas da superfície do mar (SSTs na sigla em

inglesa) prevalecentes durante o mês de Agosto e

sob condições neutras do ENSO. Para além das

SSTs foram também analisados as condições

atmosféricas previstas para os períodos em análise

(Gráfico1).

Entretanto, as projecções actuais prevêem possíveis

condições favoráveis de El Nino Fraco nos próximos

3 a 6 meses (Gráfico 2)

3.2. Antevisão para a Região da SADC

Durante o período Outubro-Novembro-Dezembro (OND) de 2013 prevê-se a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal em quase toda a região da África Austral com excepção da parte central e norte da Republica Democrática do Congo, norte-noroeste da Republica de Angola e ao longo da faixa costeira das Republicas de Angola, Namíbia e África do Sul, ao longo do Oceano Atlântico (Fig. 1). Fig.1: Previsão de Chuva para OND-2013, SADC.

Durante o período Janeiro-Fevereiro-Março (JFM ) de 2014, a maior parte da SADC apresenta uma maior probabilidade de chuvas normais com tendência para acima do normal, com excepção do norte de Moçambique, Malawi e Zâmbia; sul da Tanzânia e Lesotho, sudeste da República Democrática do Congo, centro e sul de Angola, noroeste-sudoeste da Zâmbia, nordeste–centro-sudeste da Namíbia e noroeste-centro-sudoeste do Botswana, onde há maior probabilidade de chuvas acima do normal com tendência para o normal (Fig.2). Fig.2: Previsão de chuvas para JFM-2014, SADC

Prevalece o estagio neutro do EL Nino Oscilação Sul (ENSO).

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3.3 Antevisão Para Moçambique

Para o período Outubro-Novembro-Dezembro (OND) de 2013

há maior probabilidade de ocorrência de chuvas normais com

tendência para abaixo do normal para as províncias de Cabo

Delgado, Niassa, Nampula; Maior probabilidade de chuvas

normais com tendência para acima do Normal nas províncias

de Tete, Zambézia, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e

Maputo (Fig.3).

Fig.3: Previsão da Precipitação para o período OND - 2013.

Para o período Janeiro-Fevereiro-Março (JFM ) de 2014 prevê-

se a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do

normal em quase todo o País (toda a zonal sul, centro, a

província de Niassa e grande parte das províncias de Nampula e

Cabo Delgado);

Prevê-se ainda maior probabilidade de chuvas normais com

tendência para abaixo do Normal ao longo da faixa costeira das

províncias de Cabo delgado e Nampula (Figura 4).

Fig.4: Previsão da Precipitação para o período JFM - 2014.

A presente previsão sazonal foi elaborada usando as condições das temperaturas da superfície do

mar (SSTs) ocorridas durante o mês de Agosto e o grau de sua precisão é maior a medida que

aproxima o período da sua validade.

Portanto, pode ocorrer queda de chuva intensa em curto espaço de tempo. Esta situação não é

previsível na escala de tempo considerada nas previsões sazonais, por isso aconselha-se o

acompanhamento das previsões de curto período (de 1 a 10 dias) emitidas pelo INAM.

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4. INTERPRETAÇÃO DA PREVISÃO CLIMÁTICA PARA A HIDRO LOGIA 2013/142

A partir da previsão climática sazonal do ano 2013/2014, apresentada pelo INAM e SARCOF, a Direcção Nacional de Águas (DNA) fez o prognóstico do Risco de ocorrência de cheias no território nacional, combinando-a aos seguintes pressupostos:

Pressupostos para o período OND de 2013

•••• As bacias hidrográficas apresentam níveis hidrométricos ligeiramente altos em relação a igual período do ano transacto;

•••• As principais albufeiras do País registam níveis de enchimento superiores quando comparados com igual período do ano passado;

•••• As barragens de montante apresentam níveis de enchimentos altos e por conseguinte menor capacidade de encaixe;

•••• Para além do SARCOF e do INAM, outros Serviços de Meteorologia consultados, prevêem chuvas normais com tendência para acima do normal tanto no território nacional bem como a montante das bacias

Para o período OND, prevê-se maior probabilidade de escoamento Abaixo do Normal; RISCO BAIXO (Alerta Verde) nas bacias do Rovuma, Montepuez, Lúrio, Ligonha, Meluli, Melela, Megaruma, e nas bacias costeiras da orla marítima da Província de Nampula (Fig. 5 ao lado). Maior probabilidade de escoamento Normal; RISCO MÉDIO (Alerta Laranja), nas bacias do Messalo, Licungo, Zambeze, Púngoè, Búzi, Save, Limpopo, Incomáti, Umbelúzi, Maputo e nas bacias costeiras da Província de Inhambane (Fig. 5 ao lado)

4.2 Pressupostos para o Período JFM de 2014

•••• No geral as regiões Centro e Sul do País bem como a região da SADC poderão transitar de OND de 2013 para JFM de 2014 com um elevado índice de saturação dos solos, resultantes da ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal no período OND de 2013 segundo a previsão climática do INAM e do SARCOF. Igualmente, as principais albufeiras poderão se situar com um elevado volume de armazenamento.

•••• A região Norte do País, devido a passagem da Zona de Convergência Inter-tropical (ZCIT), regista precipitação elevada durante o período que vai de Janeiro a Março de cada ano.

Assim, para o período JFM de 2014 prevê-se o seguinte Cenário Hidrológico:

2 Nota explicativa

Alerta Verde: Risco baixo de ocorrência de cheias; Alerta Laranja: Risco moderado de ocorrência de cheias; Alerta Vermelho: Risco elevado de ocorrência de cheias.

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4.3 PERÍODO JFM 2014

Maior probabilidade de escoamento normal; RISCO MÉDIO (Alerta Laranja), nas bacias do Rovuma, Montepuez, Lúrio, Ligonha, Meluli, Melela, Megaruma, e nas bacias costeiras da orla marítima da Província de Nampula (Fig. 6 ao lado).

Maior probabilidade de escoamento acima do normal; RISCO ALTO (Alerta Vermelha) nas bacias do Messalo, Licungo, Zambeze, Púngoè, Búzi, Save, Limpopo, Incomáti, Umbelúzi, Maputo e nas bacias costeiras da Província de Inhambane (Fig. 6 ao lado).

Portanto, para os períodos OND de 2013 e JFM de 2014, as cidades e vilas que poderão sofrer inundações urbanas em consequência de chuvas acima do normal previstas para esses períodos estão alistadas na tabela 5 baixo.

Tabela 1: Cidades e Vilas vulneráveis a inundações por região

REGIÕES SUL CENTRO NORTE

Vilas e Cidades Vulneráveis a inundações

Xai-Xai Zumbo Cuamba e Chókwe Mutarara Lichinga Xinavane Beira

Ilha Josina Machel Quelimane Maputo Cidade Dondo Cidade de Inhambane Búzi Nova Mambone Marromeu

Caia Machanga Mopeia Morrumbala Maganja da Costa

De acordo com as previsões para o período de OND de 2013 as bacias hidrográficas das regiões Centro e Sul apresentam maior probabilidade de registo de caudais altos em resultado da precipitação que possa ocorrer, pelo que os materiais e equipamentos de resposta às emergências devem ser pré-posicionados nas províncias da Zambézia (Centro) e Gaza (Sul).

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5. INTERPRETAÇÃO DA PREVISÃO CLIMÁTICA PARA A AGRIC ULTURA

Para o período OND de 2013 o Ministério da Agricultura (MINAG) prevê para as províncias de Cabo Delgado, Nampula e grande parte de Niassa, na região Norte do País, índices muito baixos, até 50% de satisfação hídrica de culturas. Na região Centro do País, a província de Tete poderá registar índice baixo entre 50 à 70% de satisfação hídrica das culturas. A província de Zambézia apresenta índice baixo para a satisfação hídrica das culturas na região norte, moderada na região intermédia e alta na região sul. As províncias de Manica e Sofala em geral apresentam índice alto, 90 à 100% para a satisfação hídrica das culturas. Na região Sul, em geral o índice é moderado, variando de 70 à 90% para a satisfação hídrica das culturas. (Fig. 7, ilustra o índice de satisfação hídrica das culturas no

período OND de 2013).

Para o período JFM de 2014, espera-se em geral melhoria

significativa em todo o País. Assim, prevê-se índice alto a

muito alto (> 100%) para a satisfação das necessidades hídricas

das culturas, com destaque para as províncias de Nampula,

Manica, Sofala, Zambézia e norte das províncias de Inhambane

e Gaza, onde poderá ultrapassar 100%.

Para as províncias de Cabo Delgado, Niassa, Tete, Maputo e

parte de Gaza e Inhambane, o índice é alto (90 à 100%) para a

satisfação hídrica das culturas.

Situações de inundações localizadas poderão ocorrer no País

durante o segundo período (JFM de 2013), principalmente nas

regiões Centro (Zambézia, Sofala e Manica) e Norte (Nampula). (Fig. 8, ilustra o índice de satisfação

hídrica das culturas no período OND de 2013).

Segundo a previsão climática para 2013/2014 e sua interpretação para agricultura, prevê-se uma campanha agrícola boa. Espera-se, em relação a campanha passada, um crescimento de 3.4% de Cereais, 11.5% de Leguminosas, 3.6% de Oleaginosas e 4,6% de Raízes e Tubérculos.

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6. ANÁLISE DO RISCO

A análise de risco feita no presente plano respeita a definição clássica do Risco de desastres que estabelece uma relação directamente proporcional entre o risco e as ameaças, os factores de vulnerabilidade e inversamente proporcional ao nível de preparação das comunidades e do País em enfrentar ou dar resposta a um fenómeno natural de grandes proporções.

6.1 Principais perigos

A previsão climática sazonal acima para a época chuvosa e ciclónica 2013-2014 indica que, no geral, Moçambique poderá registar chuvas abundantes em algumas regiões e noutras experimentar uma relativa escassez de precipitação. Esta situação poderá em parte concorrer para ocorrência de cheias nas principais bacias hidrográficas, principalmente nas zonas Centro e Sul do País, e inundações localizadas nalgumas cidades e vilas. Por outro lado, algumas zonas, principalmente focos localizados no extremo norte do País, no norte da zona Centro bem como no interior das províncias de Gaza e Inhambane, poderão registar escassez de chuva provocando secas. Adicionalmente, o aquecimento das águas superficiais do Oceano Índico, aliado aos eventos registados no passado, poderá contribuir para a ocorrência depressões e ciclones tropicais que poderão afectar as cidades e vilas ao longo da faixa costeiras de todo o País. Igualmente, devido as baixas pressões de origem térmica há grandes probabilidades do registo de vendais e descargas atmosféricas.

Para além dos riscos supracitados e tendo em consideração o histórico de ocorrências, o País deve estar preparado para responder a prováveis situações de epidemias (principalmente malária, doenças diarreicas e cóleras, entre outras) e sismos, apesar da probabilidade da sua ocorrência ser baixa.

6.2 Factores de Vulnerabilidade

A vulnerabilidade do País a calamidades constitui um problema conjuntural, associado aos índices

de pobreza que, segundo o Terceiro Inquérito Nacional dos Orçamentos Familiares (IOF 2008/09),

em 2009 o índice de incidência da pobreza situou-se em cerca de 54,7%, o que representa uma

estagnação relativamente aos últimos 2 inquéritos. A vulnerabilidade do sector agrário a choques

climáticos é apontada como sendo um dos factores que concorre para a estagnação da incidência da

pobreza no nosso País, em que cerca de 70% da população depende primariamente da Agricultura e

Pesca como fonte de sobrevivência.

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A área de infra-estruturas (escolas, hospitais, estradas, pontes, diques e habitações, entre outros)

tem se mostrado mais frágeis durante o período chuvoso ao registar danos significativos que, em

alguns casos, estão relacionados com o fraco alinhamento entre os programas de desenvolvimento e

a questão de vulnerabilidade do País à calamidades. O Relatório Balanço da época chuvosa 2012/13

refere que registaram-se vários cortes de estradas, por exemplo o troço Chicumbane Xai-xai,

Chissano-Chibuto; vários rompimentos nos diques de defesa das Cidades de Chókwè e Xai-xai,

danificação dos regadios de Chókwè e Xai-xai, danos totais e parciais a várias infra-estruturas,

habitações e vias de acesso ao longo das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala,

Zambézia, Niassa e Cabo Delgado. Os sectores da Saúde e Educação registaram também danos

totais e parciais que afectaram 29 unidades sanitárias, 567 escolas e 1456 salas de aulas

respectivamente. Estes danos derivaram dos efeitos combinados das inundações, sistemas de baixas

pressões e ciclones.

Por outro lado, o acentuado nível de exposição das cidades e vilas ao perigo de inundações pode ser considerado um outro factor de vulnerabilidade que está relacionado com os seguintes aspectos:

• Topografia irregular das cidades;

• Existência de bairros construídos nas zonas com lençol freático muito alto; • Existência de bairros informais (não parcelados), associado a inexistência ou deficiente

funcionamento de sistemas de escoamento das águas pluviais e residuais; • O despejo desenfreado dos resíduos sólidos nas valas de drenagens nas zonas urbanas e

suburbanas e as irregularidades na limpeza e manutenção das mesmas.

6.3 Factores de Contenção

Reconhecendo a necessidade de redução do nível de vulnerabilidade do País a calamidades, nos últimos anos, são visíveis os esforços visando integrar a Gestão e Redução do Risco de Calamidades (GRC) nas principais Políticas Públicas, nomeadamente o Programa Quinquenal do Governo (PQG) e no Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP), como um assunto transversal importante para garantir o desenvolvimento socioeconómico.

A necessidade de uma abordagem específica e multissectorial que operacionalize os objectivos do PQG na área de GRC motivou o Governo a implementar, desde 2007, o Plano Director de Prevenção e Mitigação de Calamidades. Este Plano reconhece como principais linhas de acção, a gestão dos recursos hídricos, a questão da insegurança alimentar e a necessidade de impulsionar cada vez mais a prontidão, desde o nível institucional até as comunidades mais vulneráveis.

A implementação do Plano Director concorre fortemente para o registo de alguns progressos na área de GRC, salientando-se as seguintes:

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(i) A implementação do programa de reassentamento na Bacia do Zambeze que permitiu a retirada de cerca de 30 mil famílias das zonas de risco de cheias para locais mais seguros e, desse número, pelo menos 8 mil beneficiaram da ajuda do Governo para a construção de casas melhoradas. Igualmente, outras zonas de maior risco de cheias, nas bacias de Save na província de Inhambane; Limpopo, na Província de Gaza; Búzi, na província de Sofala e Miangaleua, em Cabo Delgado, beneficiaram do programa de reassentamento. Mais recente devido as cheias que ocorreram na época chuvosa 2012/13, cerca de 16 mil pessoas foram reassentadas nas províncias da Zambézia, Gaza, Maputo Província e Maputo cidade.

(ii) Um contínuo e crescente envolvimento das comunidades nas acções de Redução do Risco de Calamidades através da criação, apetrechamento e capacitação de cerca de 776 Comités locais de Gestão de Risco, até Setembro 2013, capacitação e introdução de matérias relacionadas com a gestão de desastres nos curricula escolar;

(iii) A realização de exercícios anuais de simulações para avaliar o nível de prontidão e resposta a calamidades, envolvendo todo os actores, desde o nível político, técnico, comunidades, sociedade civil e parceiros de cooperação;

(iv) A reestruturação do sistema de gestão calamidades e de emergências em particular, introduzindo duas estruturas de coordenação e intervenção multissectorial, nomeadamente o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE) e a Unidade Nacional de Protecção Civil (UNAPROC) que têm contribuído para respostas rápidas e em tempo útil nos casos de emergência;

(v) A melhoria do sistema de aviso prévio através do incremento dos pontos de medição dos níveis hidrométricos nas principais bacias, a progressiva apropriação dos sistemas de aviso prévio por parte das comunidades, a melhoria da troca de informação com os Países localizados a montante dos rios mais problemáticos bem como melhoria no uso das ferramentas informáticas para a recolha de dados e informações para a monitoria dos fenómenos naturais;

(vi) A implementação de programas de adaptação à seca nas zonas áridas e semi-áridas com enfoque para o treinamento das comunidades em matérias sobre agricultura de conservação, culturas tolerantes à seca, montagem de pequenos sistemas para aproveitamento das águas pluviais e subterrâneas, reflorestamento e projectos de geração de renda usando recursos locais, entre outros.

Os resultados obtidos da implementação do Plano Director são encorajadores. Os Relatórios balanço das épocas chuvosas dos últimos anos apontam, no geral, para uma tendência de redução do número de vítimas humanas nas bacias hidrográficas em consequência de ocorrência de cheias e ciclones nos locais de alto risco. No entanto, para a época 2012/13 as cheias que ocorreram no vale do Limpopo concentraram cerca de 170 mil pessoas nos centros de acomodação o que significa que mais esforços são necessários para a redução dos riscos e das vulnerabilidades das populações.

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7. POPULAÇÃO EM RISCO - DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS

No âmbito do presente plano, um cenário é descrito como situações causadas por eventos extremos ou ameaças como cheias, ciclones, vendavais, secas e sismos que podem ocorrer e requerer uma intervenção humanitária devidamente coordenada. Importa referir que no contexto deste documento, os cenários são definidos tendo em conta (i) a probabilidade de ocorrência simultânea de vários perigos, (ii) a existência de limitados meios e equipamentos cujo pré-posicionamento deve ser estratégico para cobrir diferentes áreas em risco e (ii) a escassez de recursos humanos que intervêm em caso de emergência.

7.1 Cenário I

O primeiro cenário consiste nas ameaças de pequena magnitude que, embora sejam localizadas, têm efeitos destrutivos nas camadas populacionais mais vulneráveis. Neste cenário incluem-se, por questões metodológicas, as seguintes ameaças:

a) Tempestades; b) Inundações localizadas; c) Seca; e d) Cheias de risco médio.

No geral, espera-se que no primeiro cenário grande parte das acções preventivas esteja virada para cerca de 320 mil pessoas que estão em risco de ser afectadas por inundações nas cidades e vilas, bem como ventos fortes, seca e cheias de risco médio nos rios indicados na tabela 5. Para efeitos do presente plano, o número da população em risco de seca refere-se ao sector agrícola sem, contudo, excluir a necessidade de intervenção e assistência a pessoas que poderão ser afectadas pela escassez de chuva e consequentemente falta de água para o consumo humano e animal.

Tabela 6: Províncias e Estimativas da População A ser Afectada no Cenário 1

População em Risco Províncias Ventos

Fortes Inundações

(Cidades e Vilas) Risco médio de

cheias Seca Total do

Cenário I

Niassa 6,850 3,500 2,000 12,350 Cabo Delgado 950 3,000 8,100 12,050 Nampula 6,095 6214 8,283 20,592 Zambézia 17,987 2,836 11615 3,685 36,123 Tete 3,706 2,225 2727 49,197 57,855 Manica 12,053 6,062 4634 25,231 47,980 Sofala 27,783 7,500 3072 2,559 40,914 Inhambane 5,450 3,850 2336 21,998 33,634 Gaza 14,478 10,216 6316 5,718 36,728 Maputo Província 2,900 600 4300 2,200 10,000 Maputo Cidade 1,763 10,314 12,077 Total 100,015 47,103 44,214 128,971 320,303

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7.2 Cenário II

O segundo cenário considerado no Plano de Contingência é relativo às ocorrências do cenário 1 acrescidas de risco alto de cheias nas bacias hidrográficas de Messalo, Licungo, Zambeze, Púngoè, Búzi, Save, Limpopo, Incomáti, Umbelúzi, Maputo e as bacias costerias da Província de Inhambane, bem como a probabilidade de ocorrência de depressões e ciclones tropicais de categoria 1 a 3 (com ventos máximos ate 160km/h e rajadas até 230km/h). Assim, neste cenário estima-se que cerca de 693 mil pessoas (Vide tabela 6) estejam em risco, o que representa um incremento de cerca de 300 mil pessoas em relação ao primeiro cenário.

Tabela 7: Províncias e Estimativas da Populações a Ser Afectada no Cenário II

Províncias Cenário I Risco alto de cheias

Ciclone Categoria ≤ 3 Total do Cenario II

Niassa 12,350 12,350 Cabo Delgado 12,050 8,350 2,450 22,850

Nampula 20,592 64,209 84,801 Zambézia 36,123 18080 36,793 90,996 Tete 57,855 7178 7,178 72,211 Manica 47,981 9012 56,993 Sofala 40,914 6324 17,736 64,974 Inhambane 33,634 4797 20,234 58,665 Gaza 36,728 151933 9,811 198,472 Maputo Provincia 10,000 8600 18,600 Maputo Cidade 12,077 500 12,577 Total 320,304 214,274 158,911 693,489

7.3 Cenário III

O cenário 3 é o resultado da combinação entre o cenário II acrescido de alta probabilidade de ocorrência de ciclones de grande magnitude (categoria superior a 3) que podem afectar as províncias, principalmente as zonas costeiras de Inhambane, Zambézia e Nampula, num total de 937 mil pessoas. Estudos3 recentes mostram que, nos últimos anos, tem ocorrido com maior frequência ciclones de categoria superior a 3 (vide tabela 7).

Outro perigo considerado neste cenário é o sismo. O documento considera apenas a população em risco nos principais aglomerados urbanos e vilas tais como Beira, Chimoio, Xai-Xai, Maputo e Niassa. Os dados da Direcção Nacional de Geologia e Minas mostram que algumas zonas do País estão em actividade sísmica contínua embora de baixa intensidade.

3 Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, Estudos sobre o Impacto das Mudanças Climáticas no Risco de Desastres em Moçambique (2010); IPCC Managing the risk of the extreme events and disaster to advance climate change adaptation (2012).

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Tabela 8: Províncias e populações vulneráveis as calamidades do cenário III Província

Cenário II População em Risco

Descrição Ciclones >3 Sismos >7 Total do Cenário III

Niassa 12,350 0 428 12,778

Cabo Delgado 22,850 12,300 0 35,150 Nampula 84,801 86,230 0 171,031

Zambézia 90,996 78,767 535 170,298

Tete 72,211 0 817 73,028

Manica 56,993 1,205 1,362 59,560

Sofala 64,974 22,636 1,500 89,110

Inhambane 58,665 33,986 409 93,059

Gaza 198,472 500 355 199,327

Maputo Província 18,600 0 409 19,009

Maputo Cidade 12,577 0 1,684 14,261

Total 693,489 235,624 7,498 936,611

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8. ACTIVIDADES SECTORIAIS A REALIZAR ANTES, DURANTE E DEPOIS DA EMERGÊNCIA

As principais acções a realizar devido aos diversos tipos de fenómenos extremos atrás descritos estão subdividas em acções preventivas (antes da ocorrência do evento), reactivas (durante) e de reposição da vida normal das populações eventualmente afectadas (depois). As medidas preventivas tanto do Governo como da população são determinantes para a redução do impacto das calamidades. A maior parte dessas medidas devem ser levadas a cabo independentemente da certeza da ocorrência dos fenómenos previstos. A implementação das medidas reactivas depende grandemente da ocorrência da ameaça, do local e da população afectada bem como do nível da sua vulnerabilidade. As medidas de reabilitação dependerão da magnitude das calamidades e poderão requerer planos específicos.

A listagem das actividades a realizar antes, durante e depois da ocorrência de calamidades, está em harmonia com o Manual de Procedimentos de Apoio a Tomada de Decisão (INGC 2012)4 que identifica quatro fases de intervenção: (i) prevenção/mitigação, (ii) Prontidão, (iii) resposta e (iv) recuperação. A sua implementação pode ser de nível central (Planificação, monitoria, supervisão e assistência técnica), Provincial (monitoria e apoio técnico aos distritos) e distrital ou comunitário (implementação das operações).

8.1 Complementaridade das Acções da Equipe Humanitária de Moçambique

A Equipe Humanitária Nacional (HCT) é composta pelas agências das Nações Unidas, Organizações Nacionais e Internacionais, Sociedade Civil, Cruz Vermelha e parceiros bilaterais e multilaterais, e está organizada em grupos especializados de trabalho, nomeadamente Educação, protecção, Saúde, Nutrição, Segurança Alimentar, Abrigo, Logística, Telecomunicações de Emergência e Recuperação Inicial (Vide 1, lista de contacto dos Lideres dos clusters/sectores da HCT). Estes grupos estão integrados nos quatro sectores do CENOE (Planificação e Informação, Infra-estruturas, Social e Comunicação) e estão alinhados com as respectivas contra-partes ministeriais.

A HCT sob a liderança do(a) Coordenador(a) Residente do Sistema das Nações Unidas complementa os esforços do Governo e apoia na efectivação de uma resposta previsível, consistente e coordenada para minimizar as consequências das calamidades no seio da população afectada e em risco. Este alinhamento contribui para redução da duplicação de esforços e de recursos bem como para a preservação dos direitos e dignidade das populações afectadas e sua participação ao longo de todo o processo de gestão de calamidades.

Com objectivo de consolidar esta estrutura, a HCT, através dos seus sectores, tem providenciado apoio técnico, material e pareceres sobre os recursos complementares para o reforço da capacidade de resposta dos sectores do Governo bem como sobre a possibilidade de mobilização de recursos

4 INGC 2012 Avaliação do Ciclo de Desastres: Manual de Procedimentos para o Apoio a Tomada de Decisão.

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adicionais, caso a situação assim o exija e sobretudo advogando para observação de padrões internacionais atinentes a gestão e resposta a situações de emergência.

Na perspectiva de garantir um alinhamento entre as acções planificadas pelo Governo e o apoio dos parceiros de cooperação, foram integrados os meios humanos e materiais existentes (referenciados em anexo) bem como o tipo de intervenção a ser efectuada antes, durante e depois da ocorrência das calamidades nos sectores do Governo. Cada um dos grupos de trabalho é pluridisciplinar e ao mesmo tempo pode coordenar com vários sectores do Governo em alguns casos usando os mesmos meios disponíveis. Pelo que, o facto dos recursos declarados por um dos grupos estarem alinhados num sector, tão pouco retira o carácter multissectorial da operacionalização do Plano de Contingência coordenado pelo INGC.

8.2 Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC)

A intervenção do INGC cobrirá as seguintes acções: coordenação e liderança de todo o sistema de gestão de calamidades, fluxo de informação da base ao nível central e vice-versa (incluindo a divulgação dos avisos e alertas atempados ao nível das comunidades), pré-posicionamento de meios e equipamentos, acções de busca e salvamento e assistência humanitária nas primeiras 72 horas (Vide anexo 3, INGC bens disponíveis). Contudo, importa salientar que o stock de bens materiais indicados pela Equipe Humanitária é exíguo e requer um reforço urgente, pelo que, terá que recorrer a sua importação. A activação dos dispositivos que assegurem a isenção de tais bens por parte do Governo é crucial, pois, permitirá que haja uma resposta atempada, oportuna e proporcional ao evento. Assim, apesar de se considerar a transversalidade destas acções, os materiais e equipamentos necessários e disponíveis para intervenções de emergência foram globalizados neste sector.

a) Medidas Pro-activas

• Realização de simulações de ocorrência de situação de emergência envolvendo os principais actores;

• Montagem e operacionalização de sistemas adicionais de comunicação; • Reactivação dos grupos de trabalho sectoriais, incluindo os parceiros da equipa humanitária,

definidos no contexto da operacionalização do CENOE. • Organização e destaque de equipas de apoio aos Governos Provinciais e distritais em acções

de preparação de prontidão; • Provisão da logística física e administrativa aos intervenientes na emergência; • Activação do sistema de aviso prévio de ciclones tropicais e inundações;

• Reajustamento e distribuição dos formulários uniformizados para a recolha de dados em caso de ocorrência de calamidades, incluindo capacitação dos técnicos da assistência humanitária para o uso do mesmo;

• Actualização e manutenção de bases de dados sobre ocorrências;

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• Identificação e divulgação das rotas de evacuação bem como locais que possam servir de abrigo temporário (vide detalhes na sessão referente a gestão de centros de acomodação);

• Verificação do nível de preparação de escolas, hospitais, centros de saúde e outros serviços sensíveis e essenciais (fornecedores de energia, comunicações, transportes, etc.).

b) Medidas Reactivas

As medidas reactivas serão determinadas em função da ocorrência de um fenómeno susceptível de causar uma calamidade e o seu provável local de incidência. Como princípio, e de acordo com as regras de funcionamento do CENOE, estas medidas obedecerão aos níveis de alerta que forem activados de acordo com a magnitude do fenómeno. As medidas reactivas incluem, entre outras, as seguintes actividades:

• Activação do nível de alerta conforme a gravidade da calamidade; • Operações de busca e socorro; • Avaliação das necessidades imediatas de assistência humanitária, incluindo a desagregação

dos dados por sexo e idade; • Coordenação das acções de acomodação das populações vítimas das calamidades em

lugares seguros; • Registo e controlo do número da população afectada e do tipo de resposta prestada, num

banco de dados; • Garantia do suprimento das necessidades básicas da população afectada, nomeadamente

alimentação, água potável, assistência médica e tratamento dos casos de desnutrição; • Realização de acções de educação pública e mobilização social junto das vítimas, para a sua

participação nas actividades de manutenção e higiene dos Centros de Trânsito, nomeadamente, construção de latrinas, limpezas, abertura de vias de acesso e realização de actividades culturais e recreativas;

• Garantia de actividades produtivas, culturais, sociais e desportivas dos afectados e acomodados temporariamente;

• Preparação e implementação de apelos nacionais ou internacionais para mobilização de recursos, caso necessário;

• Elaboração do plano de recuperação rápida, reassentamento e reconstrução ainda no âmbito da emergência;

• Identificação de espaços para criação de infra-estruturas de emergência para o atendimento aos doentes sempre que necessário;

• Divulgação permanente das informações para o consumo público. c) Medidas de Normalização da Vida dos Afectados

Terminada a fase crítica de emergência há uma série de actividades a serem levadas a cabo para a rápida normalização da vida das pessoas afectadas e da economia. O Governo e Equipa Humanitária vão realizar as seguintes acções para a normalização da vida dos afectados:

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• Reavaliação de danos e discussão com a população afectada sobre as necessidades e o plano de reassentamento em caso de necessidade;

• Elaboração dos planos e programas de reabilitação e reconstrução de infra-estruturas; • Alocação de recursos necessários e/ou sua mobilização para o início do processo de

reconstrução pós-calamidade; • Monitoria e coordenação dos programas integrados de reconstrução ao nível local; • Incentivo à organização do cadastro, como forma de garantir o uso seguro de terra pelas

comunidades reassentadas; • Identificação, desenho e implementação de projectos de geração de rendimento para a

reintegração e reinserção socioeconómica dos grupos vulneráveis afectados pelas calamidades.

8.2.1 Funcionamento do sistema de Aviso prévio

A existência de um sistema integrado de aviso prévio que facilite a prestação atempada e eficaz de informações, hidro-meteorógicas e de segurança alimentar através de instituições identificadas ao nível nacional e que permite que indivíduos e comunidades expostos ao perigo tomem medidas para evitar, reduzir o risco ou prepara-se para uma resposta eficaz constitui um elemento central do sistema nacional de gestão de calamidades. Progressos têm sido registados nesta área, mas trabalho ainda há por se devolver com vista a (i) uma rápida acção e reacção aos avisos prévios enunciados por instituições competentes, (ii) tornar as informações do aviso prévio menos técnicas e adaptadas a realizadas das comunidades em risco, (iii) torna-los mais precisos em termos de prever potenciais riscos e a probabilidade de ocorrência, (iv) proporcionar informação relevante e de confiança para gerir e mitigar o impacto de um desastre ao nível do individual, familiar, comunitário e sociedade em geral. O sistema integrado em destaque deve esforçar-se para contemplar os seguintes aspectos: Análise de risco sobre os perigos Hidro-meteorológicos pelo INAM e DNA: esta deve ter em vista a inclusão de uma variedade de fenómenos que possam constituir uma ameaça à vida das famílias em risco, suas propriedades e o meio ambiente. Aqui inclui-se também a análise de risco de epidemias como malária e cólera pelo sector da saúde (MISAU) e respectiva ligação com os factores ambientais e a análise da situação de segurança alimentar. Monitoria e previsão da localização e intensidade do desastre: Compete CENOE/INGC apresentar a análise de informações de riscos que deve ser discutida durante as reuniões do CTGC com todos os sectores. Esta fase visa gerar e activar o alerta para acção tendo em consideração o âmbito espacial do evento extremo e o perfil demográfico da população visada.

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Comunicar os alertas às autoridades e autoridades locais visadas: Esta fase inclui a tradução do alerta de carácter técnico para uma linguagem mais simples e orientada para a acção. Os alertas são disseminados pelo CENOE/INGC em colaboração com estruturas locais (ex: governo provincial e distrital) que, por sua vez, compartilham com os rádios comunitárias (ICS e FORCOM entre outras) e CLGR para uma divulgação mais ampla para a acção ou reacção comunitária adequada ou proporcional ao evento.

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8.2.2 Telecomunicações de emergência

O sector de telecomunicações de emergência assegura o estabelecimento de serviços de comunicação de Voz via Rádio e transmissão de dados. Este serviço tem como finalidade providenciar um meio de comunicação de emergência seguro e confiável que inclui:

• Instalação de uma rede de Rádio de comunicação em todos os locais operacionais (COEs/CENOEs moveis);

• Instalação de uma infra-estrutura de Rádio de comunicação capaz de operar 24 horas em todos os locais operacionais, incluído identificação, treinamento e gestão dos operadores dos rádios;

• Gestão e alocação de frequências de chamada. Tabela 9: Equipamentos de telecomunicação e sua localização

Local

Meios de Comunicações

Rádios de Comunicação Rádios comunitárias Telefone satélite

Governos INGC Parceiros

de cooperação ICS* FORCOM**

Governo Parceiros

de cooperação

C Delgado 22 1 4 2

Niassa 8 8

Nampula 48 1 7 6 1

Zambezia 23 5 9 2 1

Tete 1 Manica 11 1 3 4

Sofala 65 2 2 7

Inhambane 1 5 2 3

Gaza 16 2 3 2 2

Maputo 11 1 2 7 2 Maputo Cidade 1

INGC – DRC

1 INGC- DRN

1

INGC – Central

1 ? 3

Total INGC 197 23 0 40 41 7 2 * Instituto de Comunicação Social ** Fórum das Rádios Comunitárias

8.2.3 Serviços e Operações Logísticas

O sector de logística liderado pelo INGC integra o grupo de logística da HCT, as Organizações da Sociedade Civil e o sector privado – o caso do Aeroclube de Moçambique, entre outros. Um dos principais pressupostos para a intervenção deste grupo é a existência de fundos para activação e estabelecimento de centros de abastecimento logístico comuns onde for necessário, para assegurar a entrega atempada de mantimentos às zonas afectadas.

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Para além do acima exposto, e visando assegurar uma resposta atempada e eficiente as situações de emergência, este sector providencia a todos os actores humanitários um apoio logístico tais como, serviços de armazenamento ao longo de todo o País, gestão de stocks, transporte e monitoria aéreos, marítimo e terrestre, dependendo das situações (vide anexo 3, Capacidade de armazenagem nacional).

Tabela 10: Resumo de principais acções do sector de logística

Actividade Discrição Despesas com deslocação de equipas de Emergência

Passagens aéreas, ajuda de custo, hospedagem e alimentação.

Gestão de centros de acomodação Assistência humanitária (registo, distribuição de bens); Contratação de Serviços de Transporte de carga

Camiões de 10 e 30 t do armazém central, Direcções Regionais, para províncias e locais afectados incluindo para pré-posicionamento de bens nas zonas de risco;

Aquisição de bens de emergência Activição de serviços de procurement para bens abrigo, agua e bens alimentares

Importação de ajuda externa Despesas com despachnate aduaneiro e instancias aduaneiras

Contratação de Transporte aéreo Monitoria, transporte de carga, busca e salvamento

Pagamento de Taxas Aeroportuária Sobrevoo, aterragem de aeronaves e descarga de bens Pagamento de Taxas Portuárias Descarga, manuseamento e armazenagem de contentores Contratação de Serviços de Estiva Manuseamento de carga nos armazéns pelos estivadores em

Maputo, DRS, DRC e DRN Aquisição de Combustível Gasolina, gasóleo, lubrificantes, para barcos, geradores e

viaturas Aquisição de Combustível para aeronaves

JET para Helicópteros não fretados

8.2.4 Operações de Busca e Salvamento

Sob a coordenação da Unidade Nacional de Protecção Civil (UNAPROC), que integra o INGC, Ministério da Defesa Nacional (MDN), Ministério do Interior (MINT) e Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), as operações de busca e salvamento serão realizadas em caso de emergência para salvaguardar a vida das populações afectadas ou em risco (vide anexo 3).

Tabela 11. Efectivos da UNAPROC, existente e em falta

N/O Entidades Localização Efetivos

Existente Em Falta

1 INGC Sul UDEC – 34 56 Centro Marinheiros – 08 UDEC – 90 Norte --- UDEC – 90

2 FADM Sul Companhia A – 142 H Centro Companhia B – 174 H Norte Companhia C – 142 H

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3 Bombeiros Sul 15 Centro 12 Norte 4

4 PRM Sul 132 Centro 176 Norte 92

5 CVM Sul 52 Centro 44 Norte 44

Total 1,071 236

Tabela 12.Meios de busca e salvamento necessários e disponíveis

Produto Necessário Disponível Défice/excesso

Barcos 131 86 45 Motor de barco 131 108 23 Remos 101 97 4

Colecte salva vidas 540 370 170

Boias salva vidas 80 66 14

Geradores 80 74 6

Botas de borracha 540 1412 872

Capas de chuva 540 87 453 Lanternas 270 17 253

8.2.5 Comités Locais de Gestão de Risco

Os Comités Locais de Gestão do Risco de Calamidades (CLGRC) funcionam ao nível das comunidades e são compostos e liderados pelos membros das comunidades. Eles têm como tarefa principal observar e fazer cumprir todas as orientações adjacentes à gestão do risco de calamidades junto as comunidades. Os CLGRC servem de elo de ligação entre as comunidades e as autoridades institucionalizadas que intervêm na gestão do risco de calamidades.

Para a operacionalização do presente Plano de Contingência, o País conta com um total aproximado de 773 CLGRC, dos quais 206 nas bacias de risco alto, nomeadamente, Zambeze, Licungo e Messalo.

8.2.6 Gestão de Centros de Acomodação

A ocorrência de eventos extremos pode rapidamente culminar com a movimentação da população, perda de propriedade, habitação e surgimento de necessidade de protecção e assistência. Para as

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populações deslocadas, o Centro de Acomodação (CA) pode ser um local onde elas podem receber assistência médica, alimentação, abrigo e protecção. Apesar do CA não proporcionar uma solução duradoira ou definitiva, a sua boa gestão proporciona um refúgio temporário onde serviços e assistências vitais e que salvam vidas podem ser oferecidos (vide abaixo a relação de possíveis abrigos temporários).

O CA não pode ser visto como algo que se deve promover ou manter a todo o custo. O seu estabelecimento deve ser visto como opção de ultimo recurso ou ultima alternativa viável para garantir a protecção, abrigo, segurança e bem-estar das pessoas deslocadas.

Uma vez tomada a decisão de se estabelecer um CA, devem ser observados os seguintes princípios: (i) coordenação e parceria, (ii) liderança, (iii) participação, e (iv) auscultação activa. Estes princípios são corporizados pelas seguintes medidas:

• Identificação atempada do local apropriado para o estabelecimento do CA;

• Garantia do registo e acesso a documentos de identificação para a população; • Estabelecer o sistema de gestão do centro incluindo uma liderança claramente definida (Termos

de referência) assegurando a mobilização e participação activa da população afectada; • Assegurar a manutenção das infra-estruturas do CA bem como a recolha e partilha de

informação sobre a evolução do Centro; • Monitorar a provisão de serviços pelos actores humanitários com base nos padrões

internacionalmente aceites; • Coordenar a provisão de serviços integrados no CA visando prevenir situações de violência

baseada no género (VBG) e propagação de doenças transmissíveis incluindo o HIV&SIDA; • Identificar lacunas e prover serviços de protecção e assistência evitando a duplicação de

esforços; • Resolver as disputas resultantes da ocupação dos espaços e garantir a ordem e segurança;

Tabela 13: Relação de Possíveis Abrigos Temporários

Local Estimativa de

pessoas necessitadas

Abrigos temporários Centros

comercias Salas de aula Latrinas Casas de culto Armazéns

C Delgado 84 26 36 37 13 Zambézia 1,808 39 62 40 7 Tete 144 13 13 Manica 180 19 19 Sofala 126 30 21 3 1 Inhambane 96 26 Gaza 2,279 45 1,760 128 21 788 Total 4,717 198 1,911 208 42 788

O material para abrigo poderá ser disponibilizado à famílias que recorram aos Centros de Acomodação ou que sejam dirigidas aos Bairros de Reassentamento. Este material inclui um kit de construção contendo o material para a demarcação e limpeza dos locais e ferramenta para a montagem do abrigo temporário

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Tabela 14: Material de abrigo disponível / necessidades Composição do kit de abrigo

Produto Necessidade

Disponibilidade

Défice/excesso Governo Parceiros SubTotal Tendas 4.822 3.138 409 3.547 -1.275 Tendas logistica 35 35 35

Lonas p/abrigo 21.672 7.242 7.555 14.797 -6.875

Lajes 17.835 400 10.000 10.400 -7.435

Kit de construção 58.610 4.113 46.200 50.313 -8.297

Rolo plástico 17.229 409 70 479 -16.750

kit de cozinha 60.514 6.782 6.081 12.863 -47.651

Mantas avulso 101.248 4.346 10.000 14.346 -86.902

Roupa (fardos) 6.687 331 160 491 -6.196

8.2.7 Recuperação Inicial

As intervenções de recuperação inicial ou normalização da vida das populações afectadas serão coordenadas pelo Gabinete de Coordenação do Reassentamento (GACOR) em colaboração com o Grupo de Recuperação Inicial da HCT.

O maior enfoque das intervenções nesta área encerra aspectos não cobertos pelos restantes sectores, particularmente a reintegração, uso e aproveitamento da terra, criação e diversificação dos meios de subsistência, infra-estruturas e aspectos de governação. Estas acções visam entre outros objectivos catalisar as acções de redução de vulnerabilidade e do risco de calamidades e, por isso, uma monitoria contínua ou levantamento da situação nas primeiras 72 horas da ocorrência do evento é fundamental para definir o tipo de meios necessário para intervenção.

Contudo, em caso de calamidades com magnitude e impactos significativos e que requeiram recursos avultados para intervenção, pondera-se a condução de uma Avaliação de Necessidade pós-calamidades (ANPS) para determinar custos estimados dos danos, as necessidades e intervenções de recuperação necessária e respectiva mobilização de recursos.

8.2.8 Assistência Alimentar e Nutricional

A abordagem da assistência alimentar e nutricional, no presente plano é feita considerando os resultados da avaliação da segurança alimentar e nutricionais divulgados em Julho 2013 que

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apontam para um universo de 210 mil pessoas em insegurança alimentar. Assim, para situações que advierem da ocorrência de emergências na presente época chuvosa, a respectiva intervenção será mediante avaliações intermédias coordenadas pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar (SETSAN). As intervenções nas primeiras 72 horas após a ocorrência de um evento extremo, serão respondidas pelo Governo com base em avaliações multissectoriais sob liderança das autoridades locais. Segundo o SETSAN, as quantidades de alimentos previstas devem assegurar pelo menos 15 Kg/mês/pessoa (equivalente a 2,231Kcal/dia/pessoa), redistribuídas entre milho (13,5 kg), legumes (1,2 kg) e óleos (0,3 kg). O Plano de Contingência prevê uma necessidade de alimentos estimada em 12.390 Toneladas métricas correspondentes a 261.632.000,00 Mt. Espera-se que esta quantidade seja mínima para a continuar a assistência alimentar as pessoas que forem identificadas na avaliação do SETSAN realizada em Julho e garantir a assistência nas primeiras 72h, em caso de ocorrência de calamidades. Para os grupos mais vulneráveis como as crianças de 6-59 meses, e as mulheres grávidas e lactantes, é necessário suplementar a sua ração familiar com um suplemento como o BP-5 ou a mistura de soja e milho (CSB). Tabela 15: Produtos alimentares disponíveis e necessidades

Produto Meios

Necessários (6 meses)

Meios disponíveis Défice/Excesso

(6 meses) Total Governo

Total Parceiros Total

Cereais(ton) 10,093 1.63 700

702

9,391

Feijão (ton) 1,512 2.25 100

102

1,410

Óleo (ton) 378 0.38 -

0

378

Açúcar (ton) 189 0.00 -

-

189

sal(ton) 189 0.00 -

-

189

Ração de reserva (Kits) * 4,000 1,437 -

1,437

2,563

BP5 (ton) 30 0.00 14

14

16

* Comida pré-cozida

8.3 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

a) Medidas Pro-activas

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• Disseminação e Divulgação do prognóstico e suas recomendações agrotécnicas em todas as províncias;

• Disponibilização atempada de insumos, vacinas, drogas e medicamentos para os animais; • Envolvimento dos extensionistas na assistência técnica aos produtores familiares;

• Fomento de tracção animal; • Controle de pragas e doenças das plantas; • Aproveitamento integral de sistemas de regadio, limpeza de canais e valas de drenagem,

fontes de água (poços ou pequenos reservatórios de água). b) Medidas reactivas

• Monitoria contínua das zonas agrárias; • Reajustar os planos de aprovisionamento de insumos de acordo com o impacto das

calamidades; • Disponibilizar pesticidas e realizar prospecções nas zonas de maior risco de eclosão das

seguintes pragas, gafanhoto vermelho na província de Sofala (Búzi e Gorongosa), lagarta invasora (nas províncias de Tete, Manica, Sofala, Gaza e Maputo), lagarta mineira e pardal de bico vermelho (nas províncias de Inhambane, Gaza e Maputo), mosca da fruta (nas regiões Norte e Centro) e principais doenças como viroses de tomate (nas províncias de Gaza e Maputo) bem como podridão radicular de mandioca (na zona norte);

• Desparasitação dos animais; e

• Retirada das manadas das zonas de risco de inundação para locais seguros.

c) Medidas de Normalização da Vida dos Afectados

• Levantamento exaustivo das áreas e famílias afectadas; • Desenho um plano de resposta que contempla a aquisição e disponibilização de insumos,

instrumentos e equipamento diversos de irrigação; • Monitoria de possível existência de stocks de insumos (sementes) nos distritos; • Organização e execução de campanhas fitossanitárias;

• Disponibilização de vacinas, drogas carracicidas, medicamentos e instrumentos veterinário.

Recursos financeiros necessários O MINAG, para fazer face a possíveis calamidades acima mencionados, estima cerca de 321.182.784,64Mt para as áreas mais sensíveis e importantes, nomeadamente disponibilizar pesticidas e realizar prospecções, provisão de insumos Agrícolas, Sanidade Vegetal, Sanidade Animal e Monitoria e Avaliação (Vide anexo 5, Medidas agrotécnicas).

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8.4 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

8.4.1 Instituto Nacional de Meteorologia

a) Medidas Pro-activas

• Interpretação e divulgação da previsão climática sazonal para Moçambique e para a região Austral de África sobre a presente época chuvosa e ciclónica a partir de Agosto do corrente ano;

• Permanente monitoria dos fenómenos meteorológicos para evitar surpresas, • Reforço das capacidades de observação nas diferentes estações meteorológicas; • Capacitação e treinamento dos técnicos em relação aos procedimentos técnicos durante a fase de

emergência.

b) Medidas Reactivas

• Acompanhamento contínuo da evolução dos fenómenos meteorológicos através da elaboração de previsões do tempo diárias e de curto a médio prazo (2 a 5 dias);

• Divulgação de avisos ou alertas com a indicação da magnitude do fenómeno e zonas em risco.

• Intensificação da vigilância meteorológica;

c) Medidas de Normalização

• Avaliação do comportamento dos fenómenos meteorológico e seus impactos no regime pluviómetrico.

Recursos financeiros necessários Em termos de necessidades para garantir maior circulação da informação meteorológica e maior prontidão e resposta em qualquer situação ao nível do CENOE, os pontos focais e o representante do CTGC deverão dispor de meios de comunicação de forma contínua, transporte para se deslocar ao CENOE. Para a operacionalização destas actividades, o sector necessita de cerca de 5.705.128,02MT.

8.5 MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO

8.5.1 Componente de Recursos Hídricos

a) Medidas pro-activas

• Divulgação do Plano de Contingência e coordenação das acções entre a DNA, Governos Provinciais e Distritais, ARA´s e Parceiros de cooperação;

• Actualização da lista de pontos focais nacionais e internacionais; • Verificação dos meios de comunicação nomeadamente: Telefones e Rádios.

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• Realização de encontros com outras entidades gestoras dos recursos hídricos e de barragens nos países de montante, particularmente entre ARA-Centro e Zinwa do Zimbabwe, ARA-Zambeze e as congéneres do Zimbabwe e Zâmbia;

• Inspecção e manutenção da rede hidrológica do sistema de aviso de cheias (SAC); • Campanhas de medição de caudal, • Gestão das albufeiras tendo em conta os cenários dos caudais afluentes e a situação a jusante

de cada bacia hidrográfica. b) Medidas reactivas

• Permanente troca de informação com as Administrações Regionais de Águas (ARAs), Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Barragem de Chicamba e outras entidades nacionais de recolha de dados hidro-meteorológicos;

• Comunicação permanente com entidades gestoras dos recursos hídricos e de barragens nos países de montante, particularmente entre ARA-Centro e ZINWA do Zimbabwe, ARA-Zambeze e as congéneres do Zimbabwe e Zâmbia;

• Intensificação da monitoria sistemática dos níveis de água/caudais visando garantir informação em tempo útil;

• Emissão e disseminação diária de Boletins Hidrológicos ao nível Regional (ARAs) e Nacional (DNA) a partir de 01 de Dezembro até 30 de Abril, dependendo da situação hidrológica prevalecente;

• Emissão de comunicados de imprensa;

• Continuação com a realização de campanhas de medição de caudal;

c) Medidas de normalização da vida dos afectados

• Preparação e disseminação do relatório da avaliação da época chuvosa 2013/14 • Inspecção e reabilitação da rede hidro-climatológica pós-cheias.

8.5.2 Componente Abastecimento de Água, Saneamento e promoção de Higiene

a) Medidas proactivas

• Restabelecer o abastecimento de água (assegurando a disponibilidade de quantidades mínimas recomendadas em situação de emergência);

• Fornecer equipamentos & materiais para tratamento e distribuição de água;

• Fornecer materiais para construção de latrinas e apoio técnico às pessoas afectadas na construção destas latrinas;

• Preparar e disseminar, em coordenação com outros sectores, mensagens de higiene, saneamento e utilização racional da água (Fazer mais com menos);

• Monitorar o impacto das intervenções em coordenação com o sector da saúde.

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Especificamente o sector (Governo e seus parceiros) irá implementar as seguintes principais actividades:

• Inventário, reparação/manutenção e pré-posicionamento (em locais estratégicos) dos equipamentos & materiais de emergência disponíveis no País;

• Actualização/identificação das capacidades existentes no sector e mapeamento dos parceiros Emergência;

• Encontro de Coordenação/Preparação de resposta a emergência envolvendo todos parceiros chave do sector;

• Reforçar as capacidades das províncias e distritos na planificação, monitoria e resposta atempada de emergência;

• Aquisição e alocação de materiais e consumíveis adicionais para uma resposta adequada de emergência (Certeza - Lajes Plásticas - Rolos de plástico).

b) Medidas reactivas

• Levantamento rápido da situação e necessidades em água, saneamento e higiene; • Assegurar a disponibilidade de água segura (respeitando padrões mínimos) e de infra-

estruturas de saneamento;

• Providenciar equipamentos/materiais para (i) tratamento, conservação, distribuição de água (ii) deposição de excretas humanas e resíduos sólidos (iii) promoção das boas práticas de higiene;

• Disseminação, em coordenação com outros sectores, das mensagens chaves sobre prevenção de doenças diarreicas, incluindo cólera, informação sobre a boa conservação da água em casa, instruções técnicas de construção de latrinas;

• Reactivar os mecanismos de coordenação e sistema de partilha de informação.

c) Medidas de normalização da vida dos afectados

• Monitoria da situação e levantamento das necessidades em água, saneamento e higiene;

• Apoiar a reabilitação e construção das fontes de água com activo envolvimento das famílias/comunidades com vista a assegurar a sustentabilidade das intervenções;

• Apoiar a auto-construção de latrinas familiares; • Contínuo apoio na implementação das actividades de promoção de higiene; • Monitoria e Avaliação das actividades desenvolvidas.

Tabela 16: Meios Necessários e disponíveis na componente de Água e Saneamento

Produto Necessidade

Disponibilidade

Defice/excesso Governo Parceiros SubTotal

Tanques de água 1.746 317 57 374 -1.372

Bidons (20L) 123.522 4.580 17.167 21.747 -101.775

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Carro cisterna 20 14 0 14 -6

Kit de higiene 45.202 400 0 400 -44.802 Cloro granulado (Kg)*

3.000 2 134 136 -2.864

Certeza** 87.949 7.949 80 8.029 -79.920

Baldes 71.338 3.273 6.767 10.040 -61.298 Sabão Cx 2.000 1.573 18 1.591 -409

Lajes 17.835 400 10.000 10.400 -7.435

Lonas p/latrinas 17.835 143 3.119 3.262 -14.573

8.5.5 Componente Infra-estruturas Hidráulicas

a) Medidas proactivas Estão previstas as seguintes acções de intervenção nos diques de Xai-Xai e Chókwe bem como na Barragem de Macarretane:

Fase I

Tapamento de alguns rombos em Chókwe e Xai-Xai, de forma a permitir que a Barragem de Macarretane continue a fornecer água ao regadio de Chókwe, bem como, o tapamento do rombo de Chilaulene para permitir a travessia de pessoas e bens nos arredores de Xai-Xai.

Fase II: Serão iniciadas as obras de reabilitação dos diques e rombos essenciais (Diques de Matuba Norte Chissime e Machine, Matuba Sul, Chiguidela e Chalucuane no Distrito de Chókwè e Diques de Xai-Xai no Distrito de Xai-Xai. Ainda, o equipamento hidromecânico da Barragem de Macarretane.

Fase III: Serão iniciadas obras de reabilitação do dique e das comportas do regadio de Chókwe que consistem na reabilitação do dique e das comportas da Vala I, Vala II e Vala III, Vala da AGRI-Sul, Valas de Guijá e Hidromecânicos de Xai-Xai. Está previsto também a reabilitação do terraço de jusante da Barragem de Macarretane para garantir a estabilidade das fundações da Barragem.

• Avaliação de planos operacionais das albufeiras a nível das principais barragens; • Harmonização de procedimentos para levantamentos de danos nas infra-estruturas

hidráulicas; • Levantamento e esquematização de ponto de situação de segurança das infra-estruturas

hidráulicas de defesa.

b) Medidas reactivas • Monitoria da operacionalidade das infra-estruturas hidráulicas de armazenamento de água e

de defesa contra cheias. c) Medidas de normalização da vida dos afectados

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• Monitoria e avaliação das actividades desenvolvidas. • Levantamentos exaustivos de possíveis danos causados ao nível de cada bacia e elaboração

do Plano de Reconstrução das infra-estruturas hidráulicas (diques, represas e pequenas barragens).

8.5.6 Componente Habitação e Urbanismo

a) Medidas proactivas

• Monitorar a inventariação dos espaços seguros para acomodação provisória em caso de calamidades naturais;

• Monitorar a inventariação dos materiais e equipamentos existentes, de resposta para construção rápida de abrigos, sua localização e seu estado operacional;

• Fazer o levantamento da capacidade dos Bairros de Reassentamento já existentes e garantir a sua expansão para acolher novas famílias caso seja pertinente.

b) Medidas reactivas

• Coordenar as acções de acomodação das vítimas em abrigos provisórios, bem como a construção de abrigos provisórios em lugares seguros para populações atingidas;

• Garantir o registo e controlo do número das famílias e população afectada; • Garantir o registo e controlo do número das famílias e população afectada; • Coordenar e garantir a participação dos líderes comunitários em acções de transferência

rápida das vítimas dos abrigos provisórios para talhões já demarcados; • Incentivar a organização do cadastro provisório/definitivo, como forma de garantir o direito

de posse segura de terra pelas comunidades reassentadas.

Recursos financeiros necessários Para a implementação de acções de resposta nas 4 componentes do sector das Obras Públicas e Habitação, a todos os níveis, necessita cerca de 38.900.674,15Mts.

8.5.7 ANE - Componentes de estradas

As acções do sector de estradas estão viradas para a resposta a um cenário de cheias ao longo do país e visam assegurar a circulação de bens e serviços e acesso as populações afectadas o mais rápido possível. Abaixo indicam-se as acções de mitigação necessárias.

Impacto sobre a área de estradas Corte em algumas estradas, destruição de obras de arte, grandes erosões, desmoronamentos de taludes, destruições de pontes ou aquedutos, destruições de guardas de pontes, etc.

Acções de mitigação dos danos

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Mobilização rápida de empreiteiros para reparações de emergência (Reparação de estruturas de drenagem e algumas actividade de manutenção periódica ou de melhoramento localizados como abertura de valetas, abaulamentos, reparações de plataformas, ensaibramento, etc) com vista a garantir a transitabilidade de estradas

Tabela 17: Meios necessários para efectivação das acções de resposta

Recursos Observações

Disponíveis Necessidades

Meios humanos para o

acompanhamento da situação e

para accionar mecanismos para a

reposição da transitabilidade.

Disponíveis cerca de

180,000,000,00Mt, proveniente

do financiamento Interno,

100,000,000,00Mt proveniente

de financiamento externo.

Empresas de

consultoria e

empreiteiros para

execução dos trabalhos

necessários para a

reposição da rede

danificada.

Medidas reactivas – antes da ocorrência

dos prováveis cenários, a ANE participará

em todas as reuniões de troca de

informações sobre a evolução dos

fenómenos e planos de mitigação.

Medidas proactivas – a ANE informará

ao CTGC do ponto de situação sobre

transitabilidade das estradas.

Medidas de Normalização a ANE

procederá a avaliação da situação e

garantirá a reposição da rede afectada.

8.6 MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO

a) Medidas Proactivas:

• Capacitação de pessoal da educação em matéria GRC; • Monitoria das actividades das DPECs no cumprimento dos seus Planos Operacionais de

Emergência; • Mapeamentos de risco;

• Formação de CEGRC; • Aquisição de materiais diversos para pré-posicionamento (kits para alunos e professores,

kits escolares, tendas escolares).

b) Medidas Reactivas

• Levantamento das infra-estruturas, alunos e funcionários afectados e das necessidades imediatas para rápido retorno as actividades lectivas;

• Fornecimento de materiais diversos para as actividades lectivas; • Coordenação com outros sectores do Governo e parceiros de cooperação para apoio

necessário para educação e protecção para melhor decurso das actividades lectivas.

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c) Medidas de normalização da vida dos afectados

• Avaliação das necessidades de reabilitação e reconstrução pós-emergência e de recrutamento de professores;

• Reabilitação e reconstrução das infra-estruturas educacionais danificadas; • Monitoria regular das acções de reabilitação e reconstrução das infra-estruturas educacionais e

da garantia de frequência das aulas e educação de qualidade.

Recursos Financeiros necessários

Para a realização das acções de resposta, o sector da educação prevê um orçamento de global. 61,333,092.51 Mt

Tabela 17: Meios materiais necessarios para resposta ao sector da educação

Nº Designacao Quantidade Disponivel Pré-posicionamento por parte dos parceiros

Defice

01 Acções de capacitação 1

3.360.000,00Mt 1.200.000,00Mt 2.160.000,00Mt

02 Kits alunos 50.000 2.500 19,000 47.500 03 Kits professores 500 25 100 475 04 Kits escolas 100 0 100 05 Tendas escolas 50 6 44 06 Livros alunos* 07 Livros professores* 08 Material de

construção 13.244.000,00Mt

0 13.244.000,00Mt

09 Accoes de monitoria1

800.000,00Mt 0 1.350.000,00Mt

8.7 MINISTÉRIO DA MULHER E ACÇÃO SOCIAL

a) Medidas Pro-activas

• Identificar e mapear os vários actores e organizações que operam nas comunidades propensas as emergências, incluindo o número de voluntários e activistas (quem faz o que e onde), as unidades sociais (centros infantis, centros de apoio ao idoso, centros de trânsito, centros comunitários abertos e projectos de geração de rendimentos, entre outros) em risco para sua protecção e/ou posterior reabilitação;

• Avaliar o estado de todos dos materiais de assistência pré-posicionados e actualizar o inventário (nome do kit, quantidade, localização, área geográfica de distribuição, responsável e seu contacto etc.);

• Apoiar a elaboração dos planos de prontidão a nível descentralizado (província e distrito) ligando-os aos planos centrais e provinciais, incluindo o levantamento de recursos disponíveis;

• Rever/actualizar os instrumentos de recolha de dados, se necessário;

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• Capacitar os Pontos Focais Provinciais e Distritais dos sectores da Mulher e Acção Social, MINT, administradores distritais, chefes dos postos administrativos, professores e activistas sobre protecção em emergência, incluindo as componentes de prevenção e respostas a violência, prevenção da separação e reunificação familiar, apoio psicossocial, género e assistência aos grupos vulneráveis;

• Proceder ao levantamento de informação sobre os grupos vulneráveis alvo do sector (vivendo em zonas propensas as calamidades), em coordenação com líderes comunitários, pontos focais, comités de gestão de risco e activistas, para sua priorização nas acções de socorro e assistência;

• Sensibilizar as comunidades para o abandono das zonas propensas às calamidades.

c) Medidas reactivas

• Participar nas actividades de socorro as vítimas; • Conduzir a avaliação rápida e sectorial e complementar com dados secundários

desagregados por sexo e idade e priorizar os grupos populacionais mais vulneráveis (Crianças, idosos, doentes crónicos, pessoas com deficiência e mulheres grávidas);

• Compilar a informação e propiciar o seu fluxo ascendente (relativamente ao impacto e acções necessárias) e descendente (relativamente aos recursos disponíveis, abordagens e critérios de distribuição da ajuda, acções necessárias etc.);

• Activação dos planos de protecção e assistência, incluindo distribuição de kits de assistência aos grupos vulneráveis em articulação com os outros sectores

• Activação dos mecanismos de prevenção e resposta contra a violência e abuso, separação familiar, incluindo divulgar informações sobre os serviços locais de atendimento às crianças e mulheres vítimas de violência, crianças perdidas, monitorar a observância do código de conduta etc.

• Apoio psicológico e psicossocial e actividades recreativas para crianças, adolescentes e jovens

• Monitoria da assistência humanitária e protecção dos grupos populacionais vulneráveis; • Prestar apoio técnico às Direcções Provinciais da Mulher e da Acção Social (DPMAS) e

Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (SDMAS) das zonas afectadas pelas calamidades;

d) Medidas de normalização das vidas dos afectados

• Participar na educação pública e acções de sensibilização para a permanência das populações nos bairros de acomodação e/ou bairros de reassentamento;

• Realizar visitas de monitoria as áreas afectadas para garantir que todos os grupos vulneráveis identificados tem acesso aos serviços sociais básicos (saúde, educação, abrigo, apoio alimentar e nutricional, apoio psicossocial)

• Coordenar com as DPMAS e SDMAS das províncias afectadas para a criação de espaços ou escolinhas nos centros de acomodação e bairros de reassentamento

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• Identificar e implementar acções que permitam a reinserção social e económica dos grupos alvos da Acção Social.

• Prosseguir com a sensibilização sobre violência e monitorar a prevenção e resposta e esforços de identificação de crianças perdidas e reunificação familiar.

• Divulgar informações sobre os serviços locais de atendimento às crianças e mulheres vítimas de violência e abuso,

• Continuar com a provisão de apoio psicossocial e apoio psicológico, • Identificação das acções chaves a serem consideradas no processo de preparação para a

prontidão, tendo em conta a próxima época chuvosa.

A acção do sector da Mulher e Acção social, em momento de emergência, é mais virada ao atendimento dos grupos mais vulneráveis, designadamente, idosos, pessoas portadoras de deficiência, doentes crónicos, crianças órfãs, entre outros. Assim, adicionalmente, o sector arrola as necessidades especiais e o nível da sua preparação para responder ao seu mandato em momentos de crise. Tabela 19: Meios materiais necessários para atendimento especial aos grupos mais vulneráveis

N/O

Kits Necessidades Disponivel

Total Defice Governo Parceiros

1 Kit de dignidade (2) 3,700 0 1500 1500 2200

2 Kit de higiene 550 0 0 0 550

3 kit de recreação 55 0 25 25 30

4 Kit de família 1,100 0 400 400 700

5 Lona 1,650 0 0 0 1650

6 Baldes Plasticos 1,650 0 0 0 1650

7 Kit de Apoio Psicossocial 1000 0 588 588 412

Recursos financeiros necessários

Para a realização das acções de resposta, o sector da Mulher e Acção Social necessita 6.373.531,00Mt

7.8 MINISTÉRIO DA SAÚDE

a) Medidas pro-activas

• Promover medidas de higiene individual e colectiva na população em geral, mediante acções de sensibilização como factor indispensável para a prevenção de doenças transmissíveis.

• Realizar acções de saneamento do meio com maior destaque as potenciais fontes de contaminação de água e alimentos, em coordenação com o sector de água e saneamento.

• Pré-posicionar kits de medicamentos, material médico antropométrico, suplementos nutricionais, material educativo e provisão em áreas propensas as emergências,

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• Provisão de medicamentos para continuidade de tratamento de doenças crónicas tais como HIV e SIDA, diabetes, HTA e tuberculose;

• Assegurar a formação do pessoal de Saúde e APEs em intervenção em casos de emergência, incluindo o apoio ao aleitamento materno, triagem nutricional e o tratamento da desnutrição aguda

b) Medidas reactivas

• Intensificar a promoção de medidas de saneamento do meio, higiene individual e colectiva na população afectada, visando a prevenção de doenças transmissíveis e controlo de doenças crónicas;

• Garantir a continuidade do tratamento de doenças crónicas tais como HIV e SIDA, diabetes, HTA e tuberculose;

• Assegurar a monitoria adequada da situação nutricional nas áreas afectadas; • Garantir a detecção precoce e investigação de doenças epidémicas bem como o reforço

periódico no abastecimento em medicamentos essenciais;

• Assegurar o diagnóstico e o tratamento de doenças comuns (Malária, Diarreias, Infecções Respiratórias Agudas, doenças da pele, entre outras) nos centros de acomodação;

• Garantir a existência da equipe de saúde treinada em gestão de emergência e intervenções nutricionais e criação de espaços para aleitamento materno nas zonas de reassentamento ou outros locais;

• Assegurar a não entrada de substitutos de leite materno nas zonas de reassentamento e outras zonas afectadas pela emergência;

• Desparasitação com Mebendazol para todas as crianças de 12-59 meses e mulheres grávidas que não receberam nos 6 meses anteriores e suplementação com vitamina A para todas as crianças de 6-59 meses que não receberam nos 6 meses anteriores;

• Dar assistência especial as mulheres no pós-parto (consulta pós-parto, suplementação com sal ferroso e Vitamina A)

• Assegurar a suplementação nutricional dos grupos vulneráveis (crianças de 6-59 meses e mulheres grávidas e lactantes) com BP-5 ou CSB;

• Encaminhar as crianças e mulheres grávidas com desnutrição aguda moderada (DAM) e grave (DAG) para tratamento.

c) Medidas de normalização das vidas dos afectados

• Continuar a promover medidas de prevenção individual e colectiva na população em geral, informando-a e sensibilizando-a para a prática constante da higiene individual e colectiva, como factor indispensável para a proteger da maior parte das doenças transmissíveis;

• Realizar acções de saneamento do meio e promoção de higiene, em coordenação com o sector de água e saneamento;

• Manter a triagem nutricional para os grupos vulneráveis (crianças de 6-59 meses e mulheres grávidas e lactantes) e o tratamento das pessoas com desnutrição aguda;

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• Se ainda não for garantida a segurança alimentar, continuar com suplementação dos grupos vulneráveis (crianças de 6-59 meses e mulheres grávidas e lactantes);

• Avaliação, reabilitação, reconstrução e reactivação das unidades sanitárias afectadas.

Recursos financeiros necessários Para a implementação das acções de resposta o sector necessita de 19,777,771.33Mt

Tabela 19: Meios necessários para o sector da Saúde

NO Nome do Medicamento / Artigo Quantidade 1 Kit A de Medicamentos Essenciais 5 2 Lactato de Ringer ( litros ) 10,000 3 Dextrose 5% ( litros ) 1,000,000 4 Dextrose 30% ( litros ) 150 5 Sais de rehidratacao oral ( Pacotes ) 60,000,000 6 CloranfenicolOleosa( frascos ) 8,000 7 Penicilina Cristalizada ( Frascos de 1 000 000 UI ) 150 8 Coartem (artemether-lumefantrine)(Tratamentos) 1,000,000 9 Cloranfenicol( Comprimidos ) 15,000 10 Tetraciclina( Comprimidos ) 120,000 11 Vacina Anti-Meningite( Doses ) 1,000 12 Gluconato de calcio 40% (ampolas) 100

13 Salbutamol aerossol(frascos) 100

14 Lidocaina 2% (frascos) 100

15 Spray de lidocaina(frascos) 100

16 Tetraciclinaoftalmica(pomada) 800

17 Gaze vaselinada(caixas) 1,000

18 BP-5 ou CSB (em caso de ausência de BP-5) (caixas) 2,000 19 Plumpy Nut (caixas) 2,000 20 Produto para TT da Malnutrição F100( Kg ) 8,000 21 Produto para TT da Malnutrição F75( Kg ) 40,000 22 Anti Retrovirais 10,000

23 Testes rapidos de diagnostico de Malaria 50,000

24 Redes Mosquiteiras 30,000 25 Certeza (frascos) 20,000 26 Kits de saúde sexual e reprodutivas – MISP 50

27 Kits de profilaxia pós exposição 50

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Tabela 20 : Outros materiais necessários e disponíveis no sector da Saúde

Produto Necessidade Disponibilidade Défice/excesso

Governo Parceiros Sub-Total Kits de Medicamentos (A) 22 22 2 24 2

Testes rápidos de Malaria 3.262 143 3.119 3.262 0

Soros injectável (baloes) 25.739 25.739 - 25.739 0

Soros de Rehidracao Oral 15.000 15 - 15 -14.985

Redes Mosquiteiras 101.248 24.395 35.825 60.220 -41.028

Tendas saúde 21 7 51 58 37

Mascaras 25.000 25.000 25.000

Botas (pares) 3.800 3.800 3.800

Luvas de limpeza

440 440 440

Camas hospitalares (CTDD) 140 140 140

*Para desinfecção intrahospitalar **Tratamento de agua de consumo pelo pessoal de saúde e CVM/CT e CA

Recursos financeiros necessários

Para a implementação das acções de resposta o sector necessita de 19,777,771.33Mt

7.9 MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTA L

O sector do Ambiente pretende levar a cabo na presente época chuvosa, acções relativas ao grau de ocupação dos talhões demarcados, a abertura das ruas e plantio de árvores de sombra, o processo de expansão dos bairros de reassentamento e posterior elaboração de Planos de Contingência. As principais acções a realizar correspondem a:

• Elaborar Planos de Pormenor dos bairros de reassentamento; • Avaliar o processo de expansão dos bairros de reassentamento e incentivar o uso do Manual

de Técnicas Básicas de Planeamento Físico para orientar o crescimento dos bairros; • Capacitar os agentes locais e líderes comunitários sobre a legislação em vigor e normas

técnicas para o combate a desertificação; • Criação de viveiros distritais para a distribuição e plantio de árvores de sombra e fruta nos

bairros de reassentamento. É importante salientar que as actividades acima descritas poderão de certo modo concorrer para a melhoria das condições de vida da população ao nível dos bairros de reassentamento, a julgar pela importância de que as mesmas se revestem.

Recursos financeiros necessários O orçamento disponível para o sector do ambiente e de 6,717,390.05Mt.

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8.10 MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

a) Medidas Proactivas

• Avaliação rápida da disponibilidade de alimentos, recursos e outros bens essenciais; • Mobilização e contacto com potenciais fornecedores de bens de consumo durante e depois

da ocorrência da emergência; • Identificação, definição e mapeamento de fluxos de bens de consumo, das zonas

excedentárias ou com disponibilidades para as zonas afectadas. b) Medidas Reactivas

• Facilitar e apoiar as actividades das compras locais; • Emitir pareceres sobre a entrada de produtos para a emergência; • Participar na triagem de produtos (alimentares e não alimentares) doados antes de serem

distribuídos às populações afectadas ou canalizados às zonas afectadas.

c) Medidas de Normalização • Participar no reassentamento das populações;

• Facilitar e apoiar as actividades das compras locais; • Emitir pareceres para a entrada de produtos doados para a emergência;

• Fazer o levantamento das infra-estruturas comerciais e industriais afectadas pelas cheias; • Assegurar a reposição da rede comercial danificada nas zonas afectadas; • Participar e estimular acções de transformação e enriquecimento de produtos alimentares.

Recursos financeiros necessários Em termos de orçamento para levar a cabo as actividades da presente época chuvosa, o sector da Indústria e Comércio estima um custo total de cerca de 3,615,293.81Mt

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9. ORÇAMENTO POR CENÁRIO

O Orçamento do Plano é apresentado em função dos cenários acima descritos e está desagregado por sector e por província. O orçamento previsto para o PC 2013/2014 está estimado em cerca de 885.261.435,15Mt, do qual a maior percentagem destina-se a acções de reconstrução e rápida recuperação pós-emergência.

No âmbito do Plano de Contingência, o Governo inscreveu no Orçamento do Estado um total de 120 milhões de meticais. Este valor é descentralizado para implementação directa pelas províncias e sectores, especificamente para:

• Monitoria dos fenómenos;

• Pré-posicionamento de recursos humanos e materiais; • Operações de Busca e salvamento; e

• Assistência humanitária nas primeiras 72 horas.

O valor referente as acções de reabilitação e reconstrução pós-emergência serão analisadas pelo Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades e (CCGC) submetido a aprovação do Conselho de Ministros, em função dos recursos disponíveis.

O valor global inscrito no Orçamento do Estado, de cerca de 152 milhões representa um incremento de cerca de 50% em relação ao período anterior. Este incremento é devido, em parte, a previsão de situações anómalas por causa das previsões hidro-meteorológicas e, por outro lado, porque o País ainda se recente da situação de emergência que viveu no início do deste ano e, como consequência, alguns materiais e equipamentos ficaram obsoletos e algumas famílias ainda não terminaram o processo da sua instalação nos Bairros de Reassentamento criados pelo Governo.

O INGC apresenta-se com a maior percentagem do orçamento total visto que a ele estão imputados os valores correspondentes a assistência alimentar, equipamentos para operações de busca e salvamento bem como a monitoria e supervisão de toda a implementação do Plano.

Os fundos alocados aos sectores a nível central, destinam-se à monitoria e supervisão bem como aquisições específicas do nível central para responder a uma necessidade específica num determinado local afectado. Os fundos alocados ao nível provincial visam garantir a resposta a este nível (todos os sectores) nas 4 componentes acima indicadas. A tabela a seguir apresenta a redistribuição cumulativa do orçamento necessário e disponível do Plano pelos 3 cenários.

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Tabela 21: Orçamento cumulativo dos três cenários (necessário e disponível)

Sectores

Valores Cumulativos por Cenário (mil MT)

Cenário I Cenário II Cenário III

Necessário Disponível Necessário Disponível Necessário Disponível

1.Nivel central 158.210.485,58 15.084.100,00 354.698.714,84 33.625.000,00 725.585.883,74 94.041.010,00 1.1 INGC 71.982.400,00 10.780.900,00 133.167.440,00 24.494.000,00 359.912.000,00 62.434.300,00

1.2 MINAG 61.572.450,00 502.600,00 209.254.103,00 1.161.500,00 294.485.251,00 5.942.700,00

SETSAN 242.600,00 0,00 511.500,00 2.142.700,00

DNSA 61.572.450,00 260.000,00 209.254.103,00 650.000,00 294.485.251,00 3.800.000,00

1.3 MOPH 2.771.068,55 700.000,00 5.126.476,81 1.750.000,00 13.855.342,74 7.961.010,00

DNA 2.771.068,55 460.000,00 5.126.476,81 1.150.000,00 13.855.342,74 6.761.010,00

DNHU 240.000,00 600.000,00 0,00 1.200.000,00

1.4 MINED 17.404.000,00 264.000,00 1.295.000,00 528.000,00 44.409.000,00 2.320.000,00

1.5 SAUDE 453.750,00 599.000,00 1.089.000,00 1.497.500,00 1.815.000,00 3.995.000,00

1.6 MMAS 1.300.000,00 332.000,00 1.700,00 830.000,00 1.303.900,00 2.660.000,00

1.7 MICOA 2.015.217,025 288.000,00 3.358.695,025 720.000,00 6.717.390,00 2.440.000,00

1.8 MTC (INAM)

447.600,00 353.600,00 917.900,00 884.000,00 1.768.000,00 2.768.000,00

1.9 MIC 264.000,00 264.000,00 488.400,00 660.000,00 1.320.000,00 2.320.000,00

1.10 MDN 800.000,00 1.100.000,00 1.200.000,00

2. Províncias 76.507.911,60 9.002.000,00 134.089.044,56 22.505.000,00 159.675.551,41 57.910.000,00

2.1 Maputo Cidade

9.136.283,00 713.800,00 9.376.061,78 1.784.500,00 11.971.504,23 4.569.000,00

2.2 Maputo 4.780.000,00 752.000,00 8.727.800,00 1.880.000,00 10.104.200,00 4.760.000,00

2.3 Gaza 3.312.800,00 919.600,00 7.901.636,00 2.299.000,00 10.171.204,00 6.598.000,00

2.4 Inhambane 4.719.600,00 903.400,00 6.596.948,00 2.258.500,00 7.491.923,00 5.517.000,00

2.5 Sofala 9.585.706,00 919.400,00 17.500.627,46 2.298.500,00 20.259.874,94 5.597.000,00

2.6 Manica 6.276.554,75 731.200,00 11.331.245,83 1.828.000,00 13.074.022,03 4.656.000,00

2.7 Tete 8.741.482,66 879.200,00 15.779.477,57 2.198.000,00 18.232.569,94 5.396.000,00

2.8 Zambézia 6.274.096,19 956.000,00 21.578.637,48 2.390.000,00 27.013.424,49 6.680.000,00

2.9 Nampula 1.993.294,00 805.000,00 3.564.162,78 2.012.500,00 6.046.060,42 5.025.000,00

2.10 Cabo Delgado

10.251.450,00 720.000,00 11.871.244,00 1.800.000,00 15.379.366,00 4.600.000,00

2.11 Niassa 11.436.645,00 702.400,00 19.861.203,65 1.756.000,00 19.931.402,35 4.512.000,00

TOTAL 234.718.397,18 24.086.100,00 488.787.759,40 56.130.000,00 885.261.435,15 151.951.010,00

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10. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS PARA A RESPOSTA A EMERGÊNCIA

A Equipe Humanitária participará em acções de prontidão e resposta as calamidades com meios materiais e humanos para complementar os esforços do Governo onde for necessário e em todo o território nacional. Assim, sob a Liderança do (a) Coordenador(a) Residente do Sistema das Nações Unidas e dependendo da situação no terreno, aliada a Decisão do Governo, e Equipe Humanitária poderá activar os dispositivos internos e internacionais de mobilização de recursos com base nos mandatos e instrumentos internacionais existentes.

No entanto, os membros da Equipe Humanitária Nacional intervêm em acções de emergências bem como em várias actividades e programas de desenvolvimento pelo que a disponibilização ou alocação de certos recursos para as operações de emergência devem ser feitos de modo que não refreiem as actividades e programas de desenvolvimento no período pós emergência.

Com vista a assegurar uma resposta atempado e eficaz para satisfazer as necessidades das populações afectadas bem como a continuidade de programas de desenvolvimento no período pós emergências, é fundamental que se tenha em conta certos aspectos, tais como:

• Informação sobre a avaliação da situação (magnitude da emergência que requeira uma resposta humanitária) e apresentação de indicadores sobre a população afectada; áreas afectadas; grupos vulneráveis e afectados, recursos disponíveis e necessidades;

• Activação dos níveis de alerta e solicitação de apoio pelo Governo; • Activação dos dispositivos para facilitação da mobilização de recursos ao nível interno ou

externo para uma resposta efectiva e sobretudo assegurar a continuidade de programas regulares no período pós emergência e;

• Disponibilização de informação sobre os recursos pré-posicionados pelo Governo de acordo com as necessidades locais e tipo de eventos para resposta a emergência;

11. MECANISMOS DE COORDENAÇÃO, REVISÃO E MONITORIA

11.1 Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades (CCGC)

O CCGC é presidido pelo Primeiro-ministro e dele fazem parte todos os membros do Conselho de Ministros dos sectores que intervêm directamente em caso de situações de calamidades naturais. O CCGC tem como responsabilidade, garantir, ao nível mais alto, a coordenação de todas as operações de emergência e a implementação do Plano Director de Prevenção e Mitigação de Calamidades Naturais. Em situações de emergência, este órgão reúne em sessões regulares, para avaliar a implementação dos planos de emergência e dar orientações que fluem até o nível da base (Vide Organigrama 1, ilustrando o mecanismo de coordenação entre o Governo e HCT).

11.2 Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC)

O CTGC é presidido pelo Director Geral do INGC e é constituído pelos Directores Nacionais dos sectores relevantes, indicados pelos Ministros membros do Conselho Coordenador de Gestão de

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Calamidades (CCGC). O CTGC tem como principal responsabilidade coordenar os sistemas sectoriais de alerta e aviso prévio sobre a iminência de calamidades de origem meteorológica, hidrológica, geológica, epidemias e segurança alimentar e garantir a implementação multissectorial dos diversos planos no âmbito da redução da vulnerabilidade e risco de calamidades (Vide anexo 7, Lista de contactos dos membros do CTGC).

O CTGC reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo Director Geral do INGC. Podem ser convidados para o CTGC representantes dos Parceiros de cooperação, da HCT, da sociedade civil e do sector privado.

11.3 Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE)

O CENOE é uma estrutura de coordenação multissectorial e de tomada de decisões onde convergem representantes de instituições, Sociedade Civil e grupos de actores que participam directamente nas operações de resposta a calamidades. O objectivo do CENOE é proporcionar a todos os intervenientes na prevenção, mitigação e resposta às calamidades, um instrumento orientador com procedimentos, tarefas e acções de monitoria técnico científica, emissão de avisos, controlo de operações, activação e desactivação de operações de emergência.

O CENOE está estabelecido da Base Aérea de Mavalane, em Maputo, com desdobramento nas regiões operacionais de Vilanculos (Inhambane), Caia (Sofala) e Nacala (Nampula) e é coordenado Pelo INGC. O CENOE tem como órgão interventivo, em caso de emergência, a Unidade nacional de protecção Civil (UNAPROC).

O Centro Operativo de Emergência (COE) representa o desdobramento do CENOE nas províncias e é coordenado pelo INGC da província.

11.4 Sectores do CENOE: Papeis e Responsabilidades

O CENOE está subdivido em quatro sectores principais, a destacar: (i) Planificação e Informação, liderado pelo Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD) (ii) Infra-estruturas, liderando pelo Ministério das Obras Publicas e Habitação (MOPH) (iii) e Social, liderado pelo Ministério da Saude (MISAU) e (iv) Comunicação, co-liderado pelo INGC e Gabinete de Informação (GABINFO). Cabe a cada um dos sectores:

• Reajustar os termos de referência dos sectores e partilha com os respectivos membros; • Liderar os respectivos sectores em todo o processo de gestão de calamidades; • Elaboração de forma atempada e operacionalização dos planos de respostas; • Assegurar a participação e colaboração activa das contra-partes sectoriais da HCT na

coordenação e implementação da resposta; • Partilha activa de informação para operacionalização dos planos de resposta;

• Coordenar os processos de avaliação rápida e multissectorial conjunta; • Encorajar sempre a realização de avaliações multissectoriais coordenadas, multissectoriais e

conjuntas; • Mapear os actores e organizações integrantes dos sector ao do CENOE ao nível central e

descentralizado;

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• Elaborar os relatórios balanços sectoriais após uma situação de emergência. Portanto, de acordo com a situação no terreno, os sectores e respectivos parceiros de cooperação podem replicar a estrutura central para facilitar e operacionalizar a reposta no terreno.

Organigrama 1: Mecanismo de Coordenação entre o Governo e Equipe Humanitária

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11.5 REVISÃO E MONITORIA DO PLANO

A revisão do plano esta dependente da revisão da previsão climática que em princípio se realiza no mês de Janeiro. Tal como acontece na fase de elaboração do plano, na implantação do Plano, o nível central tem a responsabilidade de prestar todo o apoio técnico, sempre que se achar conveniente e necessário.

Outro aspecto não menos importante e que deve ser salientado está relacionado com a necessidade de uma avaliação das necessidades imediatas após a ocorrência de um desastre. Estas avaliações multissectoriais, coordenadas pelo SETSAN e INGC realizam-se nas zonas afectadas, e com base nelas se estima o impacto do desastre, as necessidades de apoio em alimentos para as populações, bem como o estado nutricional destas, usando metodologias apropriadas e universalmente reconhecidas.

Abaixo apresenta-se a matriz que identifica acções prioritárias que devem ser implementadas nas vésperas de uma situação de emergência e nas primeiras 72 horas após a ocorrência do evento. A observação destas acções visam lançar as bases para uma coordenação e resposta atempada e efectiva das situações de emergência.

Tabela 22: MATRIZ DE MONITORIA: Lista de verificaçã o das acções prioritárias

N/O Descrição de actividades Responsável Prazo de

realização Meio de

verificação Confirmação

1 Actualização e reafirmação dos papeis, responsabilidades e liderança dos sectores

Lideres dos sectores

2 Composição de equipes multissectoriais para realização de avaliações rápidas e aprofundadas

CTGC

3 Elaboração e aprovação de termos de referência para avaliações multissectoriais, coordenadas e conjuntas bem como o uso da informação para a resposta

Lideres dos sectores

4 Avaliação rápida indicando a magnitude, número de pessoas afectadas e locais

Lideres do CTGC & HCT

5 Deslocação de equipes da Unidade Nacional de Protecção civil (UNAPROC)

INGC

6 Inventario e actualização dos recursos existentes e serviços essenciais para a resposta a emergência pelos sectores

CTGC e HCT

7 Disseminação dos requisitos e prioridades para o estabelecimento e gestão de Centros de Acomodação

INGC

8 Actualização dos planos de resposta sectoriais em coordenação com os sectores da equipa humanitária

Lideres do CTGC e HCT

9 Garantir a retroinformação e verificar o cumprimento das metas dos planos de acção e transmitir as orientações do Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades.

INGC

10 Validar as informações recebidas sobre ocorrência e acções de resposta;

CTGC

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11 Harmonizar matrizes de recolha de informações a todos os níveis;

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ANEXOS

ANEXO 1. Tabela de Cenários da População em Risco & Orçamento

CENARIO 1

Província Ventos Fortes

Inundações (Cidades e

Vilas)

Risco Médio de Cheias (Bacias Hidrográficas) Seca Total do Cenario I

Messalo Bacias

costeiras Nampula

Licungo Zambeze Buzi Save Nhanombe Limpopo Incomati Umbeluzi Maputo Subtotal

Niassa 6.850 3.500 0 2.000 12.350

Cabo Delgado 950 3.000 3.000 8.100 12.050 Nampula 6.095 6.214 6.214 8.283 20.592

Zambézia 17.987 2.836 5.922 5.693 11.615 3.685 36.123

Tete 3.706 2.225 2.727 2.727 49.197 57.855

Manica 12.053 6.062 903 3.374 357 4.634 25.231 47.981

Sofala 27.783 7.500 1.192 880 1.000 3.072 2.559 40.914

Inhambane 5.450 3.850 1.998 338 2.336 21.998 33.634

Gaza 14.478 10.216 6.316 6.316 5.718 36.728 Maputo Província 2.900 600 3.100 600 600 4.300 2.200 10.000

Maputo Cidade 1.763 10.314 0 0 12.077

Total 100.015 47.103 3.000 6.214 5.922 10.515 4.254 3.355 338 6.316 3.100 600 600 44.214 128.971 320.304

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CENARIO 2

Províncias Cenário I

Risco Alto de Cheias (Bacias Hidrográficas) Ciclone Categor

ia ≤3

Total do

Cenario II

Messalo

Montepuez

Licungo

Zambeze

Pungoe

Buzi Save

Limpopo

Incomati

Umbeluzi

Maputo

SubTotal

Niassa 12.350 0 0 12.350 Cabo Delgado 12.050 6.800 1.550 8.350 2.450 22.850 Nampula 20.592 0 64.209 84.801 Zambézia 36.123 3.762 14.318 18.080 36.793 90.996 Tete 57.855 7.178 7.178 7.178 72.211

Manica 47.981 3.614 5.39

8 9.012 56.993

Sofala 40.914 1.788 1.680 1.32

0 1.536 6.324 17.736 64.974 Inhambane 33.634 4.797 4.797 20.234 58.665

Gaza 36.728 4.500 147.433 151.933 9.811 198.47

2 Maputo Província 10.000 6.200 1.200 1.200 8.600 0 18.600 Maputo Cidade 12.077 0 500 12.577

Total 320.304 6.800 1.550 3.762 26.898 1.680 6.71

8 10.83

3 147.433 6.200 1.200 1.200 214.274 158.911 693.48

9

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CENARIO 3

Província Denário

II

População em Risco

Descrição Ciclones >3 Sismos >7 Total do Cenário III

Niassa 12.350 0 428 12.778 Cabo Delgado 22.850 12.300 0 35.150 Nampula 84.801 86.230 0 171.031 Zambézia 90.996 78.767 535 170.298 Tete 72.211 0 817 73.028 Manica 56.993 1.205 1.362 59.560 Sofala 64.974 22.636 1.500 89.110 Inhambane 58.665 33.986 409 93.059 Gaza 198.472 500 355 199.327 Maputo Província 18.600 0 409 19.009 Maputo Cidade 12.577 0 1.684 14.261

Total 693.489 235.624 7.498 936.611

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Orcamento por Cenario 1

Nivel INGC MINAG MOPH MINED MISAU MMAS MICOA MTC/INAM MIC UNAPROC MIREM Total

Sub Total 71.982.400,00

61.572.450,00 2.771.068,55 17.404.000,00 453.750,00 1.300.000,00 2.015.217,025 447.600,00 264.000,00 156.195.268,55

Provincia Gov. Distrital INGC DPA DPOPH DPEC DPS DPMAS DPCAA INAM DPIC FADM/PRM DPRME

Niassa 336.645,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.300.000,00 1.200.000,00 1.500.000,00 800.000,00 1.100.000,00 700.000,00 500.000,00 1.000.000,00 11.436.645,00

Cabo Delgado 381.200,00 500.000,00 595.250,00 8.000.000,00 250.000,00 150.000,00 70.000,00 25.000,00 30.000,00 250.000,00 10.251.450,00

Nampula 448.294,00 1.000.000,00 150.000,00 75.000,00 50.000,00 70.000,00 60.000,00 75.000,00 20.000,00 25.000,00 10.000,00 10.000,00 1.993.294,00

Zambezia 827.700,19 1.555.000,00 2.000.731,00 137.845,00 1.051.820,00 300.000,00 60.000,00 52.000,00 89.000,00 200.000,00 6.274.096,19

Tete 437.832,60 2.083.856,25 3.164.895,40 18.010,40 960.000,00 656.544,78 226.885,00 499.771,00 386.600,80 35.234,70 271.851,73 8.741.482,66

Manica 584.125,95 1.126.000,00 600.009,40 262.675,00 1.691.871,40 782.905,00 252.968,00 870.000,00 26.000,00 80.000,00 6.276.554,75

Sofala 485.268,00 1.258.468,00 1.368.894,00 3.916.732,00 523.700,00 1.186.362,00 200.000,00 128.676,00 305.442,00 12.068,00 47.966,00 152.130,00 9.585.706,00

Inhambane 349.600,00 874.874,00 531.829,00 226.803,00 429.134,00 1.378.298,00 191.843,00 202.331,00 89.585,00 3.496,00 232.047,00 209.760,00 4.719.600,00

Gaza 442.800,00 2.500.000,00 45.000,00 60.000,00 60.000,00 50.000,00 40.000,00 40.000,00 55.000,00 20.000,00 3.312.800,00

Maputo Provincia 240.000,00 640.000,00 360.000,00 200.000,00 720.000,00 1.680.000,00 340.000,00 120.000,00 0,00 240.000,00 240.000,00 4.780.000,00

Maputo Cidade 0,00 9.136.283,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9.136.283,00

Sub Total 4.533.465,74 22.174.481,25 10.316.608,80 14.197.065,40 6.686.525,40 7.854.109,78 2.321.696,00 3.157.778,00 1.696.627,80 1.145.798,70 2.051.864,73 371.890,00 71.974.445,86

Total Geral 94.156.881,25 71.889.058,80 16.968.133,95 24.090.525,40 8.307.859,78 3.621.696,00 3.157.778,00 2.144.227,80 1.409.798,70 2.051.864,73 371.890,00 228.169.714,41

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Orçamneto cenário 2

Nivel INGC MINAG MOPH MINED MISAU MMAS MICOA MTC/INAM MIC UNAPROC MIREM Total

Sub Total

133.167.440,00 209.254.103,00 5.126.476,81 1.295.000,00 1.089.000,00 1.700,00

3.358.695,025 917.900,00 488.400,00

354.698.714.84

Provincia Gov Distital INGC DPA DPOPH DPEC DPS DPMAS DPCAA DPTC/INAM DPIC FADM/PRM DPRME

Niassa 461.204 4.650.000,00 2.500.000,00 2.600.000,00 2.200.000,00 2.100.000,00 800.000,00 1.200.000,00 800.000,00 550.000,00 2.000.000,00 19.861.203,65

Cabo Delgado 522.244 900.000,00 1.000.000,00 8.000.000,00 50.000,00 750.000,00 300.000,00 74.000,00 25.000,00 250.000,00 11.871.244,00

Nampula 614.163 2.000.000,00 150.000,00 150.000,00 125.000,00 80.000,00 80.000,00 150.000,00 50.000,00 75.000,00 50.000,00 40.000,00

3.564.162,78

Zambezia 1.133.949 4.120.000,00 7.889.688,22 2.878.000,00 1.712.000,00 1.370.000,00 440.000,00 920.000,00 365.000,00 500.000,00 250.000,00 21.578.637,48

Tete 599.831 3.855.134,06 5.855.056,49 33.319,24 1.776.000,00 1.214.607,84 419.737,25 924.576,35 715.211,48 65.184,20 320.820,00 15.779.477,57

Manica 800.253 2.083.100,00 1.110.017,39 485.948,75 3.129.962,09 1.448.374,25 467.990,80 1.609.500,00 48.100,00 148.000,00 11.331.245,83

Sofala 664.817 2.328.165,80 2.532.453,90 7.245.954,20 968.845,00 2.194.769,70 370.000,00 238.050,60 565.067,70 22.325,80 88.737,10 281.440,50 17.500.627,46

Inhambane 478.952 1.224.823,00 744.560,00 317.524,00 600.787,00 1.929.617,00 268.580,00 283.263,00 125.419,00 4.894,00 324.865,00 293.664,00 6.596.948,00

Gaza 606.636 3.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 550.000,00 1.200.000,00 200.000,00 100.000,00 145.000,00 100.000,00 7.901.636,00

Maputo Provincia 328.800 1.184.000,00 666.000,00 370.000,00 1.332.000,00 3.108.000,00 629.000,00 222.000,00 444.000,00 444.000,00

8.727.800,00

Maputo Cidade 0,00 9.376.061,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

9.376.061,78

Sub Total 6.210.848 34.721.284,64 23.447.776,00 23.080.746,19 12.444.594,09 15.395.368,79 3.975.308,05 5.721.389,95 2.838.798,18 1.909.404,00 3.728.422,10 615.104,50 134.089.044,55

Total Geral 167.888.724,64 232.701.879,00 28.207.223,00 13.739.594,09 16.484.368,79 3.977.008,05 10.076.085.08 3.756.698,18 2.397.804,00 3.728.422,10 615.104,50 488.787.759.39

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Orcamento cenario 3

Nivel INGC MINAG MOPH MINED MISAU MMAS MICOA MTC/INAM MIC UNAPROC MIREM Total

Sub Total 359.912.000,00

294.485.251,00 13.855.342,74 44.409.000,00 1.815.000,00 1.303.900,00

6.717.390,00 1.768.000,00 1.320.000,00 725.585.883.79

Provincia Gov Distrital INGC DPA DPOPH DPEC DPS DPMAS DPCAA INAM DPIC FADM/PRM DPRME

Niassa 481.402 4.500.000,00 2.000.000,00 2.150.000,00 1.400.000,00 2.500.000,00 1.100.000,00 1.300.000,00 1.500.000,00 500.000,00 2.500.000,00 19.931.402,35

Cabo Delgado 545.116 1.000.000,00 595.250,00 8.000.000,00 3.000.000,00 750.000,00 450.000,00 244.000,00 45.000,00 250.000,00 500.000,00

15.379.366,00

Nampula 641.060 3.025.000,00 550.000,00 300.000,00 250.000,00 250.000,00 280.000,00 300.000,00 100.000,00 150.000,00 100.000,00 100.000,00 6.046.060,42

Zambezia 1.183.611 6.325.125,00 9.189.688,22 3.778.000,00 2.412.000,00 1.500.000,00 440.000,00 920.000,00 365.000,00 500.000,00 400.000,00 27.013.424,49

Tete 626.101 4.480.290,94 6.804.525,11 38.722,36 2.064.000,00 1.411.571,28 487.802,75 1.074.507,65 831.191,72 75.754,61 338.102,92 18.232.569,94

Manica 835.300 2.420.900,00 1.290.020,21 564.751,25 3.637.523,51 1.683.245,75 543.881,20 1.870.500,00 55.900,00 172.000,00 13.074.022,03

Sofala 693.933 2.705.706,20 2.943.122,10 8.420.973,80 1.125.955,00 2.550.678,30 430.000,00 276.653,40 656.700,30 25.946,20 103.126,90 327.079,50 20.259.874,94

Inhambane 499.928 1.399.798,00 850.926,00 362.884,00 686.614,00 2.205.276,00 306.948,00 323.729,00 143.336,00 5.593,00 371.275,00 335.616,00 7.491.923,00

Gaza 633.204 3.598.000,00 1.700.000,00 1.000.000,00 800.000,00 1.500.000,00 300.000,00 150.000,00 240.000,00 100.000,00 150.000,00 10.171.204,00

Maputo Provincia 343.200 1.376.000,00 774.000,00 430.000,00 1.548.000,00 3.612.000,00 731.000,00 258.000,00 0,00 516.000,00 516.000,00

10.104.200,00

Maputo Cidade 0,00 11.971.504,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

11.971.504,23

Sub Total 6.482.856,01 42.802.324,36 26.697.531,64 25.045.331,41 16.924.092,51 17.962.771,33 5.069.631,95 6.717.390,05 3.937.128,02 2.295.293,81 4.978.504,82 762.695,50 159.675.551,40

Total Geral 6.482.856,01 402.714.324,36 321.182.782,64 38.900.674,15 61.333.092,51 19.777.771,33 6.373.531,95 13.434.780.01 5.705.128,02 3.615.293,81 4.978.504,82 762.695,50

885.261.435,15

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ANEXO 2: Equipe Humanitária: Lista de Contactos dos lideres dos sectores

#

Cluster/sector Nome do

Coordenador do Cluster

Organização do Coordinador do Cluster

Email do Coordinator do cluster Tel

1 Jennifer Topping HCT Chair [email protected]; 21485158

2 Simpson Stuart HCT WG Chair [email protected]; 823056218

3 Adboulay Balde HCT WG Co-chair [email protected] 823014280

4 Casimiro Sande HCT WG Officer [email protected]; 820736710

5 SAÚDE Abdou Moha OMS [email protected]; 823259500

6 LOGISTICA Ivelina Nunes PMA [email protected]

823147210

7 NUTRIÇÃO Maayke Arts UNICEF [email protected]; 825617251 8 SEGURANÇA

ALIMENTAR Lara Carilho PMA (Lider) [email protected]; 823161190 9 SEGURANÇA

ALIMENTAR Margarida Marques FAO (Co-lider) [email protected]; 823000818 10 ABRIGO Marla Dava CVM [email protected] 828861120 11 ABRIGO Pasquale Capizzi UNHABITAT [email protected]; 823032410 12 RECUPERAÇÃO

INICIAL Titus Kuuyur PNUD [email protected];

823179170

13 ASH Mark Henderson UNICEF [email protected]; 823179170

14 EDU-PROTECÇÃO Ires Uyttersprot UNICEF (Lead) [email protected] 823121840

15 EDU-PROTECÇÃO Samuel Maibasse Save the Children (Co-lider)

[email protected]; 820888951

16 TELECOMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA Benedito Januario PMA [email protected];

826918980

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ANEXO 3: Equipa Humanitária (HCT): Bens disponiveis para Epoca 2013-14

Nº Sector/cluster Nome de Instituição parceiro

Designacao do item Quantidade Pré-posicionamento parceiros

1 Abrigo CVM Tendas familias 87 Gaza 2 Abrigo CVM Tendas familias 126 Manica 3 Abrigo CVM Tendas familias 91 Zambezia 4 Abrigo CVM Tendas familias 60 Tete 5 Abrigo CVM Tendas familias 12 Nampula 6 Abrigo CVM Tendas familias 33 Niassa Total 409

7 Abrigo CVM Kits de abrigo 210 Maputo 8 Abrigo CVM Kits de abrigo 1,500 Gaza 9 Abrigo CVM Kits de abrigo 100 Inhambane Total 1,810

10 Abrigo COSACA Kit de cobertura 30,000 Maputo 11 Abrigo COSACA Kit de familia 15,000 Maputo 12 Abrigo COSACA Kit de instrumentos 1,200 Maputo

Total 46,200 13 Abrigo CVM Lonas 63 Maputo 14 Abrigo CVM Lonas 3,000 Gaza 15 Abrigo CVM Lonas 200 Inhambane 16 Abrigo CVM Lonas 1,185 Zambezia 17 Abrigo CVM Lonas 2,820 Tete 18 Abrigo CVM Lonas 222 Cabo Delgado 19 Abrigo CVM Lonas 65 Niassa

Total 7,555 20 Abrigo CVM Esteiras 2,000 Gaza

Total 2,000 21 Abrigo Visao Munidial Corda – 10mm x 20 m 2000 Gaza/Zambézia

Total 2,000 22 Agua, saneamento e

Higiene COSACA Estacas para abrigo 5,000

Total 5,000 23 Abrigo CVM Mantas (fardos) 55 Zambezia 24 Abrigo CVM Mantas (fardos) 33 Maputo 25 Abrigo CVM Mantas (fardos) 60 Manica 26 Abrigo CVM Mantas (fardos) 12 Tete

Total 160 27 Abrigo CVM Kits de cozinha 3,000 Gaza 28 Abrigo CVM Kits de cozinha 327 Manica 29 Abrigo CVM Kits de cozinha 2,605 Zambezia 30 Abrigo CVM Kits de cozinha 149 Niassa

Total 6,081 31 Agua, saneamento e

Higiene UNICEF Cloro tambores de

25kg 2000kg Beira

32 Agua, saneamento e Higiene

COSACA Cloro tratamento de agua

30,000

Total 26,000 33 Agua, saneamento e UNICEF lajes 8,000 Maputo

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Higiene

34 Agua, saneamento e Higiene

Visao Munidial Lage para latrinaplastica

2000 Gaza/Zambézia

35 Agua, saneamento e Higiene

COSACA Kit de latrina 3,000

Total 13,000 36 Agua, saneamento e

Higiene UNICEF Lonas plasticas 3,110 Maputo

37 Agua, saneamento e Higiene

Visao Munidial Lona Plastica (latrina) – 4 x 6 m

2000 Gaza/Zambézia

38 Agua, saneamento e Higiene

UNICEF Rolos plasticos 50mx4 700 Maputo

Total 5,810 39 Agua, saneamento e

Higiene Visao Munidial Bidons 10 l 2000 Gaza/Zambézia

40 Agua, saneamento e Higiene

Visao Munidial Bidons 20 l 2000 Gaza/Zambézia

41 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons rigidos 50 Maputo

42 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons rigidos 201 Manica

43 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons rigidos 5,189 Zambezia

44 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons rigidos 1,690 Tete

45 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons rigidos 296 Niassa

46 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons flexiveis 1,513 Maputo

47 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons flexiveis 1,930 Manica

48 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons flexiveis 650 Zambezia

49 Agua, saneamento e Higiene

CVM Bidons flexiveis 650 Tete

50 Agua, saneamento e Higiene

UNICEF Bidoes 1,000 Beira

Total 17,169 51 Agua, saneamento e

Higiene UNICEF Baldes com pega 3,000

52 Agua, saneamento e Higiene

Visao Munidial Balde Plastico com pega 20 l

2000 Gaza/Zambézia

Total 5,000 53 Saude UNICEF Bacias 183 Maputo

Total 183 54 Agua, saneamento e

Higiene UNICEF Bladders 10,000L 5 Maputo

55 Agua, saneamento e Higiene

UNICEF Bladders 5,000L 52 Maputo

56 Agua, saneamento e Higiene

UNICEF Planta purifivadora de agua

3 Maputo

Total 3

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57 Saude COSACA Rede Mosquiteira 30,000 58 Saude CVM Rede Mosquiteira 3000 Gaza 59 Saude CVM Rede Mosquiteira 400 Inhambane 60 Saude CVM Rede Mosquiteira 425 Zambezia 61 Abrigo Visao Munidial Rede Mosquiteira 2000 Gaza/Zambézia

Total 35,825 62 Saude UNICEF Tendas 72m2 Hospital 43 Maputo/Beira 63 Saude UNICEF Tendas 84m2 Hospital 8 Maputo/Beira

Total 51 64 Saude CVM Sabao Cx 1050 Maputo 65 Saude Visao Munidial sabão, 200g 2000 Gaza/Zambézia

Total 3,050 66 Saude COSACA Kit de higiene 30,000

Total 30,000 67 Saude UNICEF Camas

hospitalares/CTDD 140 Maputo/Beira

68 Saude UNICEF Luvas de limpeza 440 Maputo 69 Saude UNICEF Mascaras caixas X100 25,000 Maputo 70 Saude UNICEF Aventais simples 300 Maputo 71 Saude UNICEF Aventais descartaveis 207 Maputo/Beira 72 Saude UNICEF Botas pares 3,800 Maputo/Beira

Total 4,007 73 Nutticao UNICEF BP5 1,350 Maputo 74 Nutticao UNICEF BP6 1,000 Beira

Total 2,350 75 Educacao UNICEF Tendas escolas 72 Maputo 76 Educacao UNICEF Kits alunos 19,000 Maputo 77 Educacao UNICEF Kits professores 100 Maputo 78 Educacao UNICEF Kits escolar 52 Maputo

79 Educacao UNICEF Lonas 83 Beira 80 Educacao UNICEF Qudros escolar 43 Maputo 81 Protecção UNFPA Kit de dignidade 1,500 Maputo 82 Protecção UNICEF kit de recreação 25 Beira 83 Protecção UNICEF Kit de família 4,000 Maputo 84 Protecção UNICEF kit de recreacao 23 Maputo 85 Protecção UNICEF Kit de Apoio

Psicossocial 188 Maputo

86 Seguranca Alimentar PMA Cereais (ton) 700 Maputo 87 Seguranca Alimentar PMA feijao (ton) 100 Maputo

Total 800

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ANEXO 4: Equipa Humanitária (HCT): Capacidade de Armazenagem Nacional

Nº Sector/cluster Nome de

Instituição parceiro Designação

do item Tamanho (Area m2)

Capacidade (em ton)

Localização

1 Logistica PMA 1 5000 6000 Maputo

2 Logistica PMA 2 200 240 Maputo

3 Logistica CVM 1 60 72 Chibuto

4 Logistica CVM 1 60 72 Chokwe

5 Logistica CVM 1 60 72 Macia

6 Logistica CVM 1 60 72 Manjacaze

7 Logistica LWF 1 60 72 Xai Xai

8 Logistica CVM 1 20 24 Govuro

9 Logistica CVM 1 15 18 Maxixe

10 Logistica CVM 1 15 18 Vilankulos

11 Logistica Visao Mundial 1 30 36 Mopeia

12 Logistica CVM 1 2000 2500 Quelimane

13 Logistica Halo trust 1 5000 6000 Chimoio

14 Logistica CVM 1 60 72 Machaze

15 Logistica CVM 1 60 72 Manica

16 Logistica CVM 1 60 72 Mossurize

17 Logistica CVM 1 60 72 Sussundenga

18 Logistica CVM 1 60 72 Tambara

19 Logistica Visao Mundial 1 417 500 Changara

20 Logistica Visao Mundial 1 292 350 Tete

21 Logistica Visao Mundial 1 708 850 Mutarara

22 Logistica Visao Mundial 1 375 450 Mutarara

23 Logistica Visao Mundial 1 417 500 Mutarara

24 Logistica Visao Mundial 1 417 500 Mutarara

25 Logistica CVM 1 251 301 Tete

26 Logistica PMA 1 833 1000 Tete

27 Logistica CVM 1 12 14.4 Buzi

28 Logistica CVM 1 12 14.4 Chibabava

29 Logistica CVM 1 12 14.4 Machanga

30 Logistica PMA 1 8333 10000 Beira

31 Logistica Kulima 1 100 120 Beira

32 Logistica CVM 1 10 12 Beira

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33 Logistica Nampula 1 150 180 Nampula

34 Logistica C.Delgado 1 10 12 Chiure

35 25,229 30,374

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ANEXO 5: RECOMENDAÇÕES DE VARIEDADES DE CULTURAS

Região Sul As culturas e variedades recomendadas para essa região são:

• Milho: Variedade de polinização aberta ( Changalane, Matuba e Mocuba); • Arroz: ITA 312, Irga-409, Irga-417, Chupa, Massacane, Farox, Limpopo; • Mapira: SV 2, Macia, Chokwe, Matica 2, Tocole e Sima; • Feijão vulgar: Enseleni e multi-manteiga; • Feijão-nhemba: Timbawene, IT 18 e IT 16; • Amendoim: Mamane, Natal Comum, Bebiano Branco, Nametil e JL 24; • Batata doce: Tis 2534, Tis 2532, Tainung 64, Jonathan, LO323, 199062.1, CN 1448-49,

Kandee, Japon Selecto, Namanga, Amélia, Cecília, Delvia, Érica, Esther Melinda e Sumaia; • Mandioca (variedades tolerantes ao stress hídrico, que melhor se adaptam as condições locais

existentes); • Hortícolas (variedades que se adaptam às condições locais existentes); • Recomenda-se o aproveitamento máximo e integral das zonas baixas e húmidas.

Região Centro As culturas e variedades recomendadas para essa região são:

• Milho: Variedades híbridas (PAN67, PAN53); • Milho: Variedade de polinização aberta (Djanza, Chinhaca, Matuba, Mocuba, Sussuma,

Molócue e Tsangano); • Arroz: ITA 312, IR-64, Chupa; • Feijão-vulgar: Enselini e multi-manteiga, PAN148; • Amendoim: Nametil, Natal Comum; • Batata-doce: Tis 2534, Tis 2532, Tainung 64, Jonathan, LO323, 199062.1, CN 1448-49,

Kandee, Japon Selecto, Namanga, Amélia,Cecília, Délvia, Érica Esther, Jane, Melinda, e Sumaia;

• Mandioca (variedades tolerantes ao stress hídrico, que melhor se adaptam as condições locais existentes);

• Hortícolas (variedades que se adaptam às condições locais existentes); • Recomenda-se igualmente o aproveitamento máximo e integral das zonas baixas e húmidas.

Região Norte As culturas e variedades recomendadas para essa região são:

• Milho: Variedades híbridas (PAN67, PAN53) • Milho: Variedade de polinização aberta (Matuba, Sussuma, Molócue e Tsangano) • Arroz: ( ITA 312, IR-64, Chupa) • Feijão-vulgar: (Enselini e multi-manteiga, PAN148) • Amendoim (Nametil, Natal Comum) • Batata-doce: (Tis 2534, Tis 2532, Tainung 64, Jonathan, LO323, 199062.1, CN 1448-49,

Kandee, Japon Selecto, Namanga, Amelia, Délvia, Érica, Jane e Sumaia) • Mandioca, incluindo variedades que melhor se adaptam as condições locais existentes; • Ortícolas (variedades que se adaptam às condições locais existentes);

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Anexo 7. Lista de Contactos dos Membros do CTGC Ao Nível Provincuial

Provincia Nome Funcao Contacto Niassa Horacio de Sousa Zacarias Delegado 826667720

Niassa Nelson Ludovico Jossamo Chefe do DT 828598252

Niassa Felismina Manuel Junior Oficial de Informacao 828551601

Cabo Delgado Elizete da Silva Manuel INGC Delegada 824468200

Cabo Delgado José Tavares Alfredo INGC Oficial de Informação 822581330 Cabo Delgado António Maurício DPA 826086760

Cabo Delgado Santos Salimo Bombeiros 824300979

Cabo Delgado Basílio Mucuna PRM 821288348

Cabo Delgado Assane Nzé Educação 27221242

Nampula Secretaria Provincial Manuel Guimaraes

Nampula Dir. Prov. Agricultura Pedro Daniel Dzucula 827071440

Nampula Dir. Prov. Obras P. Habitação

Pedrito Raul Rocha 824938880

Nampula Dir.Prov.da Mulher e A. Social

Lourenço Boene 824550550

Nampula Dir.Prov.Coord. A. Ambiental

Armindo Chaúque 824913630

Nampula INGC Virginia J. Manuel Malaune 842021683

Nampula INGC Maria Isabel Juiz Cavo 826939370

Nampula Dir.Prov.de Educação Ernesto de Oliveira 824014279

Tete INGC Joaquim Curipa 82-4642545

Tete DPS Carla 252-24317

Tete DPA Americo da Conceicao

Tete PMA Hitesh Kanacrai 82-8311530

Tete MICOA Filipe

Tete ICS Victor Marrão 82-4154550

Manica INGC João Vaz 827657440

Manica INGC Gilberto Miguel 827236940

Manica S.P David Elias António 826450458

Manica DPA Cosme Cabsela 825836030

Manica DPPF Elísio Joel Muinga 824040746

Inhambane INGC Bearina Carlos Trapesse 825092480

Inhambane D P T C Acissa Márcia Abdul Carimo 824685840

Inhambane D P S Naftal Matusse 823204520

Inhambane DPA José Varimelo 822341930

Inhambane DPCAA Diogo Borges David 823809200

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Inhambane DPMAS Páscoa Claudino Sumbana Ferrao

826845910/

842655509 Maputo Provincia Sec. Perm. Prov. Secretário Permanente

Provincial

Maputo Provincia DPCAM Director Provincial para a C. A. A

Maputo Provincia DPA Director Provincial de Agricultura

Maputo Provincia DPOPH Director Provincial das OPH

Maputo Provincia DPS Director Provincial da Saude

Maputo Provincia DPMAS Director Provincial da M. A. S.

Maputo Provincia INGC Delegado Provincial do INGC

Maputo Provincia ICS Filipe F. Sueia 824270130

DPEC Fernanda Maria Inhacule 844556684