acções possessórias e reivindicação

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1 MINUTAS E FORMULÁRIOS A) Acção de Reivindicação e restituição da Posse (ocupação ilegítima) Exmo. Sr. Juíz de Direito do Tribunal Judicial da Comarca de _________________ “__________________________”, NIPC ___.____._____, com sede na Rua ____________________, nº ____, ___º andar, em _________, com o capital social de ______________de euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de _______ sob o número ________________, vem instaurar contra: ______________________, ____________(estado civil), natural de ___________________, com residência na Av. _________________________, em ____________, a presente ACÇÃO DECLARATIVA DE CONDENAÇÃO, sob a forma de PROCESSO ORDINÁRIO nos termos e com os fundamentos seguintes: I – DOS FACTOS 1.º A Autora é dona e legítima proprietária da fracção autónoma designada pela letra “__”, correspondente ao rés do chão, loja letra A, destinada a estabelecimento comercial, com entrada pelo nº _______, do prédio urbano sito na ______________________, freguesia de ___________, concelho de __________, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de ______ sob o nº ______, da dita freguesia, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo _______. 2.º Aquisição de propriedade registada a seu favor pela inscrição G-2 , de ___/___/___, conforme Certidão da Conservatória do Registo Predial de _____, que se junta como doc. nº 1 e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais. 3.º Propriedade que adquiriu em ___/___/____, a _______________________, por escritura pública de compra e venda, outorgada no Cartório Notarial de _________ - Cfr. doc. nº 2, que se junta e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais. Sucede que, 4.º A ora Autora nunca chegou a usufruir integralmente do imóvel. 5.º Uma vez que, o imóvel se encontra ilegalmente ocupado pelo Réu.

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Page 1: Acções Possessórias e Reivindicação

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MINUTAS E FORMULÁRIOS

A) Acção de Reivindicação e restituição da Posse (ocupação ilegítima)

Exmo. Sr. Juíz de Direito do Tribunal Judicial da Comarca de _________________

“__________________________”, NIPC ___.____._____, com sede na Rua ____________________, nº ____, ___º andar, em _________, com o capital social de ______________de euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de _______ sob o número ________________,

vem instaurar contra: ______________________, ____________(estado civil), natural de ___________________, com residência na Av. _________________________, em ____________, a presente ACÇÃO DECLARATIVA DE CONDENAÇÃO, sob a forma de PROCESSO ORDINÁRIO nos termos e com os fundamentos seguintes:

I – DOS FACTOS

1.º A Autora é dona e legítima proprietária da fracção autónoma designada pela letra “__”, correspondente ao rés do chão, loja letra A, destinada a estabelecimento comercial, com entrada pelo nº _______, do prédio urbano sito na ______________________, freguesia de ___________, concelho de __________, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de ______ sob o nº ______, da dita freguesia, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo _______.

2.º

Aquisição de propriedade registada a seu favor pela inscrição G-2 , de ___/___/___, conforme Certidão da Conservatória do Registo Predial de _____, que se junta como doc. nº 1 e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

3.º Propriedade que adquiriu em ___/___/____, a _______________________, por escritura pública de compra e venda, outorgada no Cartório Notarial de _________ - Cfr. doc. nº 2, que se junta e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

Sucede que,

4.º A ora Autora nunca chegou a usufruir integralmente do imóvel.

5.º

Uma vez que, o imóvel se encontra ilegalmente ocupado pelo Réu.

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6.º

Que detem as chaves da fracção.

7.º A Autora nunca reconheceu ao Réu qualquer direito derivado da ocupação da fracção.

8.º Não se conformando, a Autora, com a sua ocupação.

9.º Que considera ilegal e violadora do seu direito de propriedade.

10.º Efectuada sem qualquer título que lhe permitisse ou permita ocupar a identificada fracção.

11.º Ou direito real que justifique a sua posse. Para o efeito,

12.º Por várias vezes, a Autora interpelou o Réu para proceder à imediata entrega da fracção.

13.º Informando-o que, com a sua conduta, estava a lesar o seu direito de propriedade.

14.º

Tendo, em ___/___/____, notificado judicialmente o Réu para proceder à devolução das chaves da fracção, bem como à entrega da mesma livre e desocupada de pessoas e bens, sob pena de procedimento judicial, com todas as consequências legais, - Cfr. doc. nº 3 que se junta e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

15.º Porém, apesar de interpelado, o Réu, até à presente data, ainda não procedeu à desocupação da referida loja, nem procedeu à entrega das chaves.

16.º Permanecendo na fracção, de forma ilegítima e abusiva.

17.º Contra a vontade da Autora.

18.º Aproveitando-se da sua tolerância e boa-fé.

19.º Que estava convencida que a situação se acabaria por resolver extrajudicialmente.

20.º

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3

Em conformidade com as negociações que se chegaram a efectivar. 21.º

Sabendo o Réu que, com a sua conduta, estava (e está) a lesar o direito da Autora.

22.º Actuando com dolo e má-fé. Acresce que,

23.º O Réu ao ocupar ilicitamente a referida fracção, retira dela os seus frutos.

24.º Privando a Autora, de obter quaisquer rendimentos do imóvel.

25.º Não procedendo ao pagamento de qualquer remuneração ou compensação (valor mensal/renda), pela ocupação ilegal da fracção.

26.º Nem suportando os encargos com a manutenção da mesma (impostos, taxas, seguros e outras despesas essenciais à manutenção do imóvel).

27.º Causando, com a sua conduta, sérios e graves prejuízos à Autora.

28.º Na medida em que, a impossibilitou e impossibilita, enquanto legítima proprietária, de dar à fracção a utilização que, por lei, lhe é conferida.

29.º

Nomeadamente, proceder ao seu arrendamento e/ou retirar qualquer proveito/rentabilidade económica da fracção.

30.º

Fracção que, se fosse arrendada, às actuais condições de mercado, poderia render uma quantia mensal aproximada de ____€, a título de retribuição compensatória, pela ocupação ilegítima do prédio.

31.º

Quantia calculada através de diligências efectuadas junto de algumas imobiliárias de _______, tendo como referência os preços de arrendamento praticados na zona relativamente a espaços comerciais com áreas semelhantes à loja supra-identificada.

32.º

Pelo que, se calcula o prejuízo da ora Autora em __________€, a título de retribuição de valores mensais desde ________ de ____ a ________de ___.

33.º

Sem prejuízo, dos valores devidos, relativos ao tempo que durar a ocupação ilegítima, até à efectiva e integral entrega da fracção livre e devoluta de pessoas e bens.

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Assim,

34.º

Deve ser declarado o direito de propriedade da Autora.

35.º E a sua violação ilícita pelo Réu.

36º

Sendo evidente que o referido imóvel está a ser ocupado ilegítima e ilegalmente, com manifesta ofensa do direito de propriedade da Autora, deve o ora Réu ser condenado a desocupá-lo, restituí-lo, ao seu legítimo proprietário, e pagar uma indemnização pelos danos causados.

37.º Bem como indemnizar a Autora por eventuais danos causados na fracção pela sua utilização e deterioração.

38.º

Indemnização que, não existindo, de momento, elementos de facto suficientes para a quantificação do dano, deverá ser relegada para liquidação em execução de sentença (art. 661º, n.º 2 do Cód. Proc. Civil).

II – DO DIREITO

39.º A Autora é legítima proprietária da referida fracção.

40.º Título que adquiriu por escritura pública – Cf. art. 1316.º do Código Civil.

41.º Encontrando-se esse direito registado a seu favor nos termos do art. 1268.º do Código Civil e do art. 2.º, nº2, al. a) e art. 7º do Código de Registo Predial.

42.º E que é imprescritível nos termos dos arts. 298º, n.º 3 e 1313.º, ambos do Cód. Civil.

43.º

Tendo legitimidade para, nos termos do disposto no artº 1311º do Cód. Civil exigir judicialmente o reconhecimento do seu direito de propriedade e a consequente restituição do que lhe pertence.

44.º Face à ocupação ilícita e à continuada recusa do Réu, a entregar a referida fracção, têm a Autora o direito a exigir uma indemnização, a título de retribuição compensatória pela ocupação.

45.º

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Não existindo, porém, elementos de facto suficientes para a quantificação do dano, a fixação da indemnização será relegada para liquidação em execução de sentença (art. 661º, n.º 2 do Cód. Proc. Civil).

Nestes termos, e nos melhores de direito de V. Exa., deve a presente acção ser julgada procedente por provada, e em consequência: a) Declarar-se a Autora como dona e legítima proprietária da fracção identificada no artigo 1º deste articulado; b) Condenar-se o Réu a restituir à Autora a fracção autónoma em causa livre e devoluta de pessoas e bens, em bom estado de conservação e em perfeitas condições; c) Condenar-se o Réu ao pagamento de uma indemnização correspondente ao valor pela ocupação do imóvel, calculada nos termos do art. 661º, n.º 2 do Cód. Proc. Civil, que nunca poderá ser inferior a 55.500,00 €, conforme descrita nos artigos. 32º a 34º; d) Condenar-se o Réu ao pagamento das quantias vincendas até à efectiva restituição da mesma livre e devoluta de pessoas e bens; s) Condenar-se o Réu ao pagamento de uma indemnização a título de eventuais danos causados pela utilização e deterioração da fracção nos termos peticionados no art.39º; e) Finalmente, deve o ora Réu ser condenado no pagamento das custas e procuradoria condigna.

VALOR: ______________ (valor do bem). JUNTA: ___ documentos, procuração forense, duplicados legais e comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial.

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B) Acção de Reivindicação e restituição da Posse (incumprimento contrato

arrendamento)

Exmo. Senhor Dr. Juiz de Direito do Tribunal Judicial da Comarca da _________________

“_________________________”,com sede na Praça _____________, número ____, em _____________, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do ___________ sob o número único de matricula e de identificação fiscal _________________. vem instaurar contra _________________________________, com domicilio profissional na Avenida ___________________, nº _______, em ____________. acção declarativa de condenação, com processo ordinário, nos termos e com os seguintes fundamentos:

I DOS FACTOS

O Autor é dono e legítimo proprietário da fracção autónoma designada pela letra “__”, correspondente ao rés do chão, loja letra A, destinada a estabelecimento comercial, com entrada pelo nº _______, do prédio urbano sito na ______________________, freguesia de ___________, concelho de __________, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de ______ sob o nº ______, da dita freguesia, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo _______.

Aquisição de propriedade registada a seu favor pela inscrição G-2 , de ___/___/___, conforme Certidão da Conservatória do Registo Predial de _____, que se junta como doc. nº 1 e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

3º Propriedade que adquiriu em ___/___/____, a _______________________, por escritura pública de compra e venda, outorgada no Cartório Notarial de _________ - Cfr. doc. nº 2, que se junta e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

Efectivamente, o ora Autor tem e sempre teve a posse formal, civil, titulada, pacifica, pública, continua e de boa-fé da referida fracção autónoma, pelo menos desde o ano de 198_, cfr. se pode comprovar pelo doc. nº 3 já junto aos presentes autos.

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5º Reparando e praticando todos os demais actos próprios de um proprietário.

6º Pública e pacificamente, à vista de toda a gente, sem violência ou oposição de quem quer que seja,

7º Sempre de boa-fé.

8º Dando-a de arrendamento e arrecadando as respectivas rendas.

9º Efectivamente, por escritura pública de arrendamento celebrada em ___ de _________ de 198__, no Cartório Notarial de __________________, a referida fracção autónoma foi dada de arrendamento a ___________________, pelos primitivos proprietários, ___________________________ e mulher, destinando-se o local arrendado à instalação e exploração comercial de venda de ___________________, cfr. se pode comprovar pela escritura de arrendamento que ora se junta e se dá por reproduzida para os efeitos legais (Doc. nº 4).

10º

O referido contrato de arrendamento, foi celebrado pelo prazo de 1 (um) ano, com inicio em 1 de Janeiro de 198_, renovando-se, automaticamente, pelo que, foi transmitido a favor do sucessivo proprietário, _________________, ora Autor.

11º Nos termos da cláusula terceira do referido contrato de arrendamento, ficou acordado entre as partes que, o montante da renda mensal a ser pago era de ______€ (__________euros), devendo as mesmas ser liquidadas no primeiro dia útil do mês anterior àquele a que disser respeito, cfr. Doc. 5 já junto aos presentes autos. Acontece que,

12º

O referido arrendatário, __________________________, deixou de proceder ao pagamento das respectivas rendas a partir do mês de Dezembro de 200__, encontrando-se, presentemente, em divida, as rendas vencidas desde o mês de __________ de 200_, no valor mensal de _____€ (__________ euros) cada.

13º Pelo que, em ____ de _____ de 200__, os mandatários do ora Autor, remeteram uma carta registada ao referido arrendatário, ____________________, solicitando que, procedesse ao pagamento das rendas em dividas, acrescida da respectiva indemnização, sob pena de, recurso à via judicial, cfr. se pode comprovar pelo Doc. nº 6 que ora se junta aos presentes autos.

14º Face à ausência de qualquer resposta por parte do referido arrendatário, em ___de ______ de 200__, o ora Autor deu entrada de uma notificação judicial avulsa, no Tribunal Judicial da

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Comarca de _____________, ao abrigo do disposto no nº 1 do art. 1084º do C.C. e do nº 7 do art. 9º do NRAU, aprovado pela Lei nº 6/2006, de 27 de Fevereiro,

15º No âmbito da qual, veio requerer que o referido arrendatário, ________________________, fosse notificado de que, face ao não pagamento das rendas vencidas, desde o mês de __________ de 200__, até à presente data, o ora Autor, vinha proceder à resolução do referido contrato de arrendamento, solicitando que, se procedesse à entrega do locado, livre de pessoas e bens, cfr. se pode comprovar pelo teor da referida notificação judicial avulsa que ora se junta (Doc. nº 7).

16º Na sequência da interposição da referida notificação judicial avulsa, em ____ de________ de 200__, o ora Autor foi notificado pela solicitadora de execução nomeada nos referidos autos, da certidão de não notificação pessoal, do referido arrendatário ________________________, nos seguintes termos “o requerido faleceu há cerca de 4 anos, quem reside na morada constante dos autos é o

seu irmão ______________________, “ cfr. se pode comprovar pela referida certidão de não notificação pessoal que ora se junta (Doc. nº 8).

17º

O óbito do referido arrendatário nunca foi comunicado ao ora Autor.

18º Pelo que, após proceder ás necessárias buscas, foi possível apurar que, efectivamente, o referido arrendatário faleceu no dia ___ de _______de ____, no estado de solteiro, cfr. se pode comprovar pelo assento de óbito nº ____, emitido pela Conservatória do Registo Civil de _____________, que ora se junta e se dá integralmente reproduzido para todos os efeitos legais (Doc. nº 9).

19º Sendo assim, em face do exposto, não restam dúvidas de que, o referido contrato de arrendamento comercial inicialmente celebrado em ___ de _______ de 198_, entre o falecido arrendatário, __________________ e os primitivos proprietários, ______________________, caducou, por morte do locatário, nos termos e ao abrigo do disposto na alínea d) do art. 1051º do NRAU. Acontece que,

20º

Presentemente, o ora Autor veio a ter conhecimento de que, o ora Réu, _________________________, em relação ao qual se desconhece o estado de parentesco com o falecido arrendatário, continuou a ocupar o referido imóvel, ai exercendo a sua actividade comercial, desde a morte do anterior e único legítimo inquilino, _______________________.

21º Ocupação esta que é abusiva e ilegítima.

22º Na medida em que, nem o ora Autor, nem os anteriores proprietários reconheceram ao Réu qualquer direito derivado da ocupação da fracção.

23º

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Não tendo o Réu qualquer título ou direito real que lhe permitisse ou permita ocupar a referida fracção e justifique a sua posse.

24º

Utilizando-a ilicitamente, na medida em que, não pode desconhecer que, a sua ocupação é ilegal e violadora do direito de propriedade do Autor.

25º Efectivamente, conforme resulta provado nos presentes autos, o ora Réu recepcionou e teve conhecimento da carta que foi remetida pelos mandatários do Autor ao primitivo arrendatário, já junta aos presentes autos como Doc. nº 5, no âmbito da qual é requerido o pagamento das rendas em dividas, acrescida da respectiva indemnização, sob pena de, recurso à via judicial. Mais,

26º

O ora Réu teve conhecimento, da notificação judicial avulsa interposta pelo Autor com vista à resolução do contrato de arrendamento comercial, por falta de pagamento de rendas, mediante contacto pessoal com a solicitadora de execução, tendo apenas nessa altura informado que, o arrendatário Sr. _____________________, havia falecido há cerca de 4 (quatro) anos. E,

27º Apesar de ter sido interpelado pelo Autor, com vista à apresentação de uma certidão de óbito do falecido arrendatário, bem como, à desocupação e entrega imediata da fracção arrendada devoluta de pessoas e bens, na medida em que, se encontrava a lesar gravemente o direito de propriedade do Autor,

28º A verdade é que, o ora Réu nada fez, permanecendo na fracção arrendada, de forma ilegítima e abusiva.

29º

Contra a vontade do Autor.

30º Aproveitando-se da sua tolerância e boa-fé.

31º Actuando com manifesto dolo e má-fé, pois não só tem plena consciência de que não possui qualquer título que legitime a referida ocupação, como também, porque durante todos estes anos nunca comunicou o óbito do falecido arrendatário e, ainda se recusou a prestar toda a colaboração necessária ao ora Autor, com vista à obtenção da certidão de óbito do falecido e à sua relação de parentesco com o mesmo.

32º De facto, com a sua conduta, o Réu tem vindo a violar intencional e abusivamente os direitos de propriedade e posse do ora Autor.

33º

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Privando o Autor, de obter quaisquer rendimentos do imóvel, causando-lhe com a sua conduta, sérios e graves prejuízos.

34º

O ora Réu não só não procedeu á entrega do espaço locado após a caducidade do referido contrato de arrendamento – ____________ de 200__ – como também, nunca procedeu ao pagamento de qualquer remuneração ou compensação, pela ocupação ilegal da fracção.

35º Tendo com a sua conduta impossibilitado o ora Autor enquanto legitimo proprietário, de dar à fracção a utilização que, por lei, lhe é conferida, procedendo, nomeadamente, quer à sua alienação, quer ao seu arrendamento e dai retirar qualquer proveito ou rentabilidade económica do referido imóvel.

36º Efectivamente, caso o referido imóvel não se encontrasse ilegalmente ocupado desde a morte do primitivo arrendatário – ____________de 200__ – a mesma teria sido arrendada.

37º Proporcionando ao Autor um rendimento mensal que aumentaria o seu património.

38º Fracção esta que, se fosse arrendada às condições de mercado existentes desde o ano de 2003, poderia render ao ora Autor uma quantia mensal nunca inferior a _______€ (___________ euros), a titulo de rendas.

39º

Pelo que, tendo em consideração a não rentabilização do referido espaço, desde a caducidade do contrato de arrendamento, que ocorreu em 26/01/03, com o óbito do arrendatário, Domingos Teotónio Pereira,

40º O prejuízo do ora Autor ascende, presentemente, ao montante de _________€(____________ euros), a titulo de retribuição dos valores mensais que poderia vir a auferir com o arrendamento do referido imóvel, desde _________ de 200__, até à presente data, ________de 200__.

41º Isto, sem prejuízo dos valores devidos, relativos ao tempo em que perdurar a ocupação ilegítima por parte do Réu, até á efectiva e integral entrega da fracção livre e devoluta de pessoas e bens.

42º Bem como, dos eventuais danos causados pelo Réu na fracção ocupada, pela sua utilização e deterioração, indemnização esta, em relação à qual não existe, de momento, elementos de facto suficientes para a quantificação do dano, motivo pelo qual, deverá ser relegada para liquidação em execução de sentença.

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II DO DIREITO

43º

O ora Autor é o único e legitimo proprietário da fracção reivindicada, cfr. art. 1316º do Código Civil.

44º Tendo, por conseguinte, legitimidade para, nos termos do disposto no art. 1311º do C.C., exigir judicialmente, de qualquer possuidor ou detentor da coisa, o reconhecimento do seu direito de propriedade.

45º

Por outro lado, cfr. ficou provado, o referido contrato de arrendamento comercial, celebrado por escritura pública em ___ de _______ de 198__, no Cartório Notarial da _______________, caducou por óbito do seu arrendatário, ___________________, ocorrido em __/__/__.

46º Não possuindo o ora Réu qualquer título legitimo que lhe permita ocupar a referida fracção.

47º A ocupação do referido imóvel, por parte do Réu, sem título justificativo, constitui uma violação culposa do direito de propriedade do Autor.

48º

Face à ocupação ilícita e à continuada recusa do Réu, a entregar a referida fracção autónoma, tem o Autor o direito a exigir uma indemnização, a título de retribuição compensatória pela indemnização, segundo os princípios gerais da responsabilidade civil consagrados nos arts. 562º e ss. do Código Civil.

49º Ressarcindo o Autor dos lucros cessantes, pelos “benefícios que deixou de obter”, nos termos do art. 564º nº 1 do C.C.

50º E, ainda dos danos emergentes relativos ao prejuízo causado – a privação do uso.

51º Pelo que, estando o Réu obrigado a reparar os danos, deve reconstituir a situação que existiria, se não se tivesse verificado o evento que obriga à reparação, cfr. arts. 562º e 566º nº 2 do C.C..

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Nestes termos, nos melhores de direito e com o sempre mui douto suprimento de V. Exa., deve a presente acção ser julgada procedente, por provada e, em consequência: a) Declarar-se o Autor como dono e legitimo proprietário da fracção autónoma supra identificada; b) Ser declarada a caducidade do contrato de arrendamento comercial, celebrado por escritura pública, em ___ de ________ de 198__, no Cartório Notarial da ____________, pelos primitivos proprietários, _____________________________, por morte do locatário, nos termos e ao abrigo do disposto na alínea d) do art. 1051º do NRAU. c) Condenar-se o Réu a restituir ao Autor a referida fracção autónoma, devoluta e desocupada de pessoas e bens, em bom estado de conservação e em perfeitas condições; d) Condenar-se o Réu ao pagamento de uma indemnização no montante de _____________ (________________ euros), correspondente ao valor devido pela ocupação do imóvel, desde __________ de 200__ até à presente data; e) Condenar-se o Réu ao pagamento das quantias vincendas até à efectiva restituição da mesma livre e devoluta de pessoas e bens, as quais se contabilizam no valor mensal de ______€ __________ euros); f) Condenar-se o Réu no pagamento de uma indemnização a título de eventuais danos causados pela utilização indevida e deterioração da referida fracção autónoma, em quantia a determinar em execução de sentença; g) Finalmente, deve o ora Réu ser condenado no pagamento de custas e procuradoria condigna.

Valor: ___________________ (_______________________ euros). Junta: 10 documentos, duplicados legais, procuração forense e comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial.

Page 13: Acções Possessórias e Reivindicação

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C) Acção de Reivindicação e restituição da Posse (prédio rústico)

Exmo. Senhor Dr. Juiz de Direito do Tribunal Judicial da Comarca da _________________

_________________________, e mulher _________________________residentes na Praça _____________, número ____, em _____________, vêm instaurar contra _________________________________, com residência na Avenida ___________________, nº _______, em ____________. acção declarativa de condenação, com processo ordinário, nos termos e com os seguintes fundamentos:

1.º Os Autores são donos e legítimos proprietários de prédio rústico sito em ______________________, freguesia de ___________, concelho de __________, descrito na Conservatória do Registo Predial de ______ sob o nº ______, da dita freguesia, e inscrito na respectiva matriz predial rústica sob o artigo _______.

2º Propriedade que adquiriu em ___/___/____, a _______________________, por escritura pública de compra e venda, outorgada no Cartório Notarial de _________ - Cfr. doc. nº 1, que se junta e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

3.º Aquisição de propriedade registada a seu favor pela inscrição G-2, de ___/___/___, conforme Certidão da Conservatória do Registo Predial de _____, que se junta como doc. nº 2 e se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

4.º O referido prédio tem uma área de 500 m2, confrontando a norte com _________________, a sul com o próprio, a nascente com estrada e a poente com ___________________

5.° Os AA., por si e seus antecessores, cultivam e colhem milho, erva, batata, vinho e outros produtos, ou consentem que o façam, no prédio supra identificado.

6.°

O que sucede há mais de 30 anos.

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7.º

À vista de todas as pessoas.

8.º Sem a oposição de quem quer que seja.

9.º De forma ininterrupta.

10.° Na intenção e convicção de que o mesmo lhes pertence.

11.° Pelo que, se outro título não tivessem, sempre teriam adquirido o identificado prédio por usucapião.

12.° Sucede porem que, em Abril de _______, o Réu edificou um barracão e plantou batatas e couves numa área de terreno de 50 m2, do prédio propriedade dos ora Autores, que confronta com a estrada.

13.º Tendo inclusive vedado esse trato de terreno com uma rede de 1,00 m de altura.

14.º Assim impedindo o acesso e utilização dessa área de terreno pelos Autores.

Nestes termos, nos melhores de direito e com o sempre mui douto suprimento de V. Exa., deve a presente acção ser julgada procedente, por provada e, em consequência: a) Declarar-se os Autores como donos e legítimos proprietários do prédio supra identificado, onde se inclui a área de terreno identificada no art. 11.°; b) Ser o Réu condenado a demolir o barracão que construiu na área de terreno, assim como a retirar as batatas e couves plantadas e a rede de 1,00 metro de altura que ali colocou; c) Ser o Réu condenado a restituir aos Autores, esse trato de terreno; d) Abster-se da prática de qualquer acto que impeça ou diminua a utilização por parte dos AA. dessa mesma área de terreno.

Valor: _____________€ (___________________________________________________________). Junta: ____ documentos, procuração, cópias dos documentos e comprovativo do pagamento de taxa de justiça inicial.

Page 15: Acções Possessórias e Reivindicação

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D) Acção de restituição da Posse (incumprimento/denúncia de contrato

promessa de cessão de exploração)

Exmo. Senhor Dr. Juiz de Direito do Tribunal Judicial da Comarca de _________

“_________________________________, Lda.”, Pessoa Colectiva nº ___________, com sede na ___________________________________, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Loures sob o nº ____, vem propor contra _____________________________________, residente na Rua ______________________________, acção declarativa de condenação, com processo ordinário, nos termos e com os seguintes fundamentos:

1º Por escritura pública datada de ____ de Fevereiro de_______, a ora Autora tomou de arrendamento a fracção autónoma designada pela letra “B”, correspondente à loja nº _, do prédio urbano sito na Praceta ________-, freguesia da ___________, concelho de ________, e inscrita na matriz predial sob o artigo ____ da referida freguesia, cfr. escritura pública de arrendamento que ora se junta e se dá integralmente reproduzida para todos os efeitos legais (Doc. nº 1).

2º Pelo que, a partir da data da celebração da referida escritura pública, a ora Autora entrou na posse da dita fracção autónoma, de boa-fé, pública, pacífica e continuamente, no exercício de um direito próprio.

3º Tendo instalado, a partir dessa data, na fracção identificada no artigo 1º deste articulado, um estabelecimento de cabeleireiro e boutique. Sucede que,

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Em __ de Fevereiro de _______, a ora Autora celebrou com a Ré um contrato promessa de cessão de exploração, mediante o qual lhe prometia ceder a exploração do referido estabelecimento comercial, na parte respeitante ao cabeleireiro, com todo o imobilizado inerente ao mesmo, mediante o pagamento de uma compensação mensal no montante de _________€ (____________ euros) acrescida do respectivo IVA, cfr. Doc. nº 2 que ora se junta e se dá integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

5º Após a celebração do referido contrato, a ora Ré entrou logo na posse do referido estabelecimento, tendo aí vindo a desenvolver a sua actividade comercial.

6º O referido contrato foi celebrado por tempo indeterminado, com efeitos a partir de ___ de Fevereiro de ______, sendo que a renúncia ou a denúncia poderia ser efectuada por qualquer das partes, através de carta registada com aviso de recepção, com um mês de antecedência – cfr. cláusula 5ª do Doc. nº 2 junto aos presentes autos. Sucede porém que,

7º Desde ______ de _____, que a Autora não pretende a renovação do referido contrato promessa de cessão de exploração, pelo que, procedeu à sua denúncia por carta registada datada de ___ de ________ de ______, cfr. Doc. nº 3 que ora se junta aos presentes autos.

Porém, até á presente data a ora Ré ainda não procedeu à entrega do referido imóvel, apesar das inúmeras diligências levadas a cabo pela Autora.

9º De facto, apesar de ser frequentemente instada pela Autora para proceder à entrega do estabelecimento, a ora Ré nunca restituiu o espaço cedido.

10º Pelo que, em ___ de _________ de _______, a Autora requereu a notificação judicial da ora Ré, notificando-a da denúncia do referido contrato promessa de cessão de exploração, e para proceder à entrega do referido estabelecimento, sob pena de, não o fazendo, a Autora recorrer aos respectivos meios judiciais – cfr. Doc. nº 4 que ora se junta e se dá integralmente reproduzido para todos os efeitos legais.

11º Dessa diligência foi a ora Ré notificada pessoalmente em ___ de ___________ de _____, cfr. certidão da notificação avulsa que ora se junta aos presentes autos (Doc. nº 5).

12º Porém, a verdade é que a ora Ré se submeteu ao mais profundo silêncio, não tendo, até à presente data, entregue à Autora o respectivo estabelecimento comercial.

13º

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Pelo que, a ora Autora tem direito a requerer a restituição da posse do referido estabelecimento comercial.

14º Efectivamente, sendo a cessão de exploração de estabelecimento comercial um negócio atípico, o mesmo regula-se pelas estipulações das partes (artigo 405º do Código Civil). Acresce que,

15º

Com a recusa da restituição da referida fracção por parte da Ré, a ora Autora encontra-se impossibilitada de explorar o referido estabelecimento comercial, advindo-lhe daí vários prejuízos.

16º Prejuízos esses decorrentes do facto de estar impossibilitada de proceder à exploração do referido estabelecimento, do qual atenta a sua localização e clientela, poderia obter um lucro mensal superior a _______€ (__________________euros).

17º E, por outro lado, dado não ter a posse do referido estabelecimento comercial, a ora Autora encontra-se igualmente impossibilitada de obter qualquer compensação com a sua transmissão para terceiros, daí lhe advindo igualmente inúmeros prejuízos.

18º Prejuízos esses que se contabilizam mensalmente na ordem dos ________€ (________________euros).

19º

Pelo que, a ora Ré deverá ser condenada a pagar á Autora uma indemnização no montante de ______________€ (___________________________ euros), correspondente aos prejuízos sofridos pela Autora com a não restituição do imóvel, desde a data em que foi notificada da denúncia do referido contrato – _______________-, até à presente data – ____________________.

Nestes termos, nos melhores de direito e com o sempre mui douto suprimento de V. Exa., deve a presente acção ser julgada procedente por provada, e em consequência: a) Declarar-se a Autora como dona e legítima possuidora da fracção autónoma identificada no artigo 1º deste articulado; b) Condenar-se a Ré a restituir à Autora a fracção autónoma em causa livre e desocupada de pessoas e coisas, à excepção de todo o imobilizado cedido, em bom estado de conservação, em consequência da denúncia do referido contrato; c) Condenar-se a Ré no pagamento de uma indemnização à Autora pelos prejuízos sofridos com a não restituição da referida fracção, que se contabilizam até à presente data, no montante de ___________€ (_____________________ euros), acrescido do montante mensal de ________€ (________________ euros), até á entrega efectiva do referido imóvel. d) Finalmente, deve a Ré ser condenada no pagamento das custas e procuradoria condigna.

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Para tanto, Requer a V. Ea. se digne ordenar a citação da Ré, para querendo, contestar, no prazo e sob as legais cominações.

Valor: € 27.434,00 (vinte e sete mil quatrocentos e trinta e quatro euros). Junta: 5 documentos, procuração forense, duplicados legais e comprovativo cfr. foi efectuado o pagamento da taxa de justiça inicial.

E) Providência Cautelar de restituição provisória da Posse

Meritíssimo Senhor Dr. Juiz de Direito Tribunal Judicial da Comarca de.. .......................................

................................................................ , solteiro, contribuinte n.º ___________, residente na Rua ______________________, freguesia de _________, concelho de ____________ vem ao abrigo do disposto no art " 393 b do CPC deduzir, PROCEDIMENTO CAUTELAR DE RESTITUIÇÃO PROVISÓRIA DE POSSE contra: M________________________ e C ___________________________, casados, residentes na Rua ______________ Nos termos e com os seguintes fundamentos:

1.° O Requerente e a Requerida mulher são irmãos, filhos e herdeiros legitimários de._______________________e ______________________ambos já falecidos, conforme certidões de assento de nascimento e de óbito que se juntam e cujo teor se considera reproduzido.

2 . º Do acervo de herança dos pais do Requerente e da Requerida mulher fazia parte um prédio urbano, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de ____________________e descrito na Conservatória do Registo Predial de _________________sob o n.º _______________________, conforme certidão que se junta e cujo teor se considera reproduzido.

3.º O prédio supra identificado foi adjudicado em comum a todos os herdeiros do “de cujus”, entre os quais o Requerente e a Requerida mulher.

4.º Os quais, desde a morte dos seus pais, passaram a utilizar o prédio para a sua habitação.

5.º O requerente dormia num dos quartos do mencionado prédio.

6.º E no mesmo prédio confeccionava e tomava as suas refeições

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7.º

Servindo-se da casa de banho existente no interior do mesmo.

8.° Circulando nele, livremente, fazendo dele coisa sua e certo que não lesava interesses alheios.

9.° Pagando, na sua quota-parte, o Imposto Municipal de Imóveis.

10.º E contribuindo para as despesas de manutenção e obras de conservação do mesmo.

11.º Tudo, corno sendo seu co-proprietário, como, de facto, o é. Sucede porém que,

12.º Os requeridos contraíram matrimónio há meses (cfr. certidão de assento de casamento que se junta sob doc. 5).

13.º E pouco tempo após tal facto, mudaram as fechaduras e as chaves de acesso ao prédio identificado.

14.º Vedando ao Requerente o acesso ao mesmo.

15.º

Nesse mesmo dia, o Requerente procurou entrar na casa, mas foi empurrado para fora pelo requerido marido, com o uso de força física.

16.º O qual, na mesma altura, lhe dirigiu palavra, dizendo que se porventura o requerente voltasse a tentar entrar que o matava.

17.º Desde então, o requerido foi obrigado a passar a dormir nuns anexos ou dependências do logradouro do prédio.

18.º

Os quais não possuem condições para habitar, nem quarto de banho ou água corrente.

19.º Com a conduta dos requeridos, o Requerente ficou sem qualquer possibilidade de extrair água para o seu consumo através de motor, em virtude deste ser posto em funcionamento a partir do interior do prédio.

20.º

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