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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS Janeiro de 2009 Nivalde J. de Castro Thauan dos Santos PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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RELATÓRIO DE CONJUNTURA:

INDICADORES MACROECONÔMICOS

Janeiro de 2009

Nivalde J. de Castro Thauan dos Santos

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS–FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL

INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA

JANEIRO de 2009

Nivalde J. de Castro Thauan dos Santos

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS – FINANCEIRAS DO SETOR

ELÉTRICO

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Índice

1- SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................... 3 2- INFLAÇÃO ...................................................................................................................... 6

2.1 – IGP-M (FGV) ............................................................................................................ 6 2.2 - IPC (Fipe):.................................................................................................................. 7 2.3 - IPCA (IBGE):............................................................................................................. 8

3 – FINANCIAMENTO ....................................................................................................... 9

3.1 - BNDES....................................................................................................................... 9

4- CÂMBIO ......................................................................................................................... 11 5- JUROS............................................................................................................................. 12 6- BALANÇA COMERCIAL............................................................................................ 12 7- PRODUÇÃO INDUSTRIAL......................................................................................... 14

7.1 - IBGE ........................................................................................................................ 14 7.2 - CNI........................................................................................................................... 14 7.3 - FGV.......................................................................... Error! Bookmark not defined.

7.4 - FIESP .......................................................................................................................13 8 - PIB .................................................................................................................................. 17 9- EMPREGO E RENDA .................................................................................................. 18

Relatório Mensal de Indicadores de Conjuntura Econômica(1)

Nivalde J. de Castro(2)

Thauan dos Santos(3) ______________________________________________________________________________________________________________________________

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

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1 - SUMÁRIO EXECUTIVO (*)

O IGP-M em janeiro de 2009 registrou inflação de –0,44%, ante -0,13% no mês

anterior.

O IPC-Fipe registrou 0,46% de variação no mês.

Em janeiro, a cotação do dólar oscilou pouco, apresentando sutis flutuações ao

longo do período. A cotação máxima foi de R$ 2,3795 a compra e R$ 2,3803 a venda, no

dia 15, enquanto o mínimo, ocorreu no dia 06, foi de R$ 2,1881 a compra e R$ 2,1889 a

venda. A divisa abriu o mês com a cotação de compra de R$ 2,3290 e R$ 2,3298 a venda.

A média mensal foi de R$ 2,3066 a compra e R$ 2,3074 a venda.

A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 3,636 bilhões em janeiro

de 2009, frente a US$ 3,636 bilhões do mesmo período no ano passado.

O desempenho do BNDES registrou recorde em 2008. Os desembolsos somaram

R$ 92,2 bilhões, as aprovações R$ 121,4 bilhões, os enquadramentos R$ 155,3 bilhões e

as consultas para novos investimentos totalizaram R$ 175,8 bilhões.

Em janeiro, os investimentos do BNDES totalizaram 2,503 bi sendo respectivos 392 mi

para o setor elétrico.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem reduzir

a taxa Selic em 1 ponto percentual, alterando o juro básico de 13,75% para 12,75% ao

ano. A decisão não foi unânime - cinco membros votaram pelo corte agressivo, mas três

insistiram na redução de 0,75 ponto.

(*) Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica – Financeira do Setor Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. As opiniões, análises e conclusões apresentadas são de exclusiva responsabilidade dos autores não expressando posição da ELETROBRAS.

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A produção industrial do país recuou 14,5% em dezembro na comparação com

2007 e atinge 70% dos itens. Foi a maior queda observada desde 2001, início da série

histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com

novembro, a produção a produção da indústria caiu 12,4%.

Em 2007, o PIB do Brasil cresceu 5,4%. Em 2009, a OCDE (Organização Para a

Cooperação e Desenvolvimento Econômico), prevê que o PIB brasileiro irá aumentar

4,5%, pouco menos do que neste ano. O crescimento de 6,8% do Produto Interno Bruto

(PIB) no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2007, reflete uma

situação bastante diferente da conjuntura macroeconômica mundial.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo IBGE, referente a

novembro/08, mostrou que a taxa de desocupação da população economicamente ativa

ainda não foi afetada pela redução na atividade econômica e piora nas expectativas e

confiança do mercado.

Dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), também do

IBGE, indicaram expansão de 0,9% do rendimento médio real, o segundo melhor

resultado da série histórica para um mês de novembro.

No entanto, os dados preliminares divulgados pelo Caged, referentes a

dezembro/08, mostraram um fechamento de postos de trabalho com carteira assinada

(mais de 600 mil) duas vezes acima da média do mês nos anos anteriores.

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2- INFLAÇÃO

2.1 – IGP-M (FGV)

Em janeiro, o IGP-M registrou inflação de –0,44%, ante -0,13% no mês anterior.

O acumulado em 12 meses atinge a marca de 8,14%.

O IPA ficou em –0,95 %, contra –0,42% no mês passado e registrou o valor de

8,44% nos 12 meses do ano. O Índice de Preços por Atacado (IPA) teve deflação de

1,50% em janeiro, ante queda de 0,22% em dezembro. O índice referente aos Bens finais

registrou variação de 0,05%. No mês anterior, a taxa foi de 0,96%. Os Bens

Intermediários baixaram 1,80%, puxados por uma queda mais acentuada nos preços em

materiais e componentes para a manufatura. Os Bens Finais perderam 0,44%,

influenciados pela redução de 6,45% em veículos e acessórios. As Matérias-Primas

Brutas abandonaram alta de 0,53% no mês final de 2008 e tiveram neste levantamento

retração de 0,25%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para 0,75% em janeiro após situar-se em

0,58% um mês antes. Devido às despesas típicas de começo de ano com reajuste de

matrículas e materiais escolares, Educação, leitura e recreação apresentaram o avanço

mais expressivo entre os grupos estudados, de 2,30%. Em dezembro, tinham marcado

0,40%.

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) registrou pequena alteração de

dezembro para janeiro, indo de 0,22% para 0,26% de elevação. O indicador relativo a

Materiais e serviços subiu 0,33% e Mão-de-Obra teve acréscimo de 0,17%.

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Tabela nº. 1

Brasil. Evolução dos Índices de Inflação. Fevereiro 2008 a Janeiro 2009. (em %)

Mês IGP-M IPA-M IPC-M INCC-M fevereiro 08 0,53 0,64 0,26 0,43

março 08 0,74 0,96 0,19 0,59abril 08 0,69 0,65 0,76 0,82maio 08 1,61 2,01 0,68 1,1junho 08 1,98 2,27 0,89 2,67julho 08 1,76 2,2 0,65 1,42

agosto 08 -0,32 -0,74 0,23 1,27setembro 08 0,11 0,04 -0,06 0,95outubro 08 0,98 1,24 0,25 0,85

novembro 08 0,38 0,3 0,52 0,65dezembro 08 -0,13 -0,42 0,58 0,22

janeiro 09 -0,44 -0,95 0,75 0,26 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do Ipeadata

2.2 - IPC (Fipe):

A inflação no município de São Paulo registrou 0,46% em janeiro, ante 0,16% em

dezembro. Na 1ª quadrissemana apresentou 0,18%, abaixo dos 0,28% de dezembro. Na 2ª

quadrissemana, o índice subiu para 0,23% e na 3ª quadrissemana o índice atingiu 0,36%,

ante respectivamente 0,23% e 0,21% do mês anterior.

O grupo Habitação apresentou leve queda e ficou em 0,21%, ante 0,23% do mês

anterior, dezembro de 2008. O grupo Transportes teve queda, apresentando –0,3% em

janeiro frente a 0,18% de dezembro; o de Despesas Pessoais também apresentou queda , e

fechou o mês em 0,59%, ante 0,88%; e o grupo Saúde apresentou alta de 0,42% ante

aumento de 0,88%. Na sequência, o grupo Vestuário acumulou queda de –0,56% contra

1,22% observada em 2007; e o grupo Educação apresentou taxa positiva de 5,95% ante

0,08%.

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Tabela nº. 2

Brasil. Evolução do IPC da Fipe. Quadrissemanas de Janeiro de 2009 (em %)

Período IPC-Fipe

1ª Quadr. 0,18 2ª Quadr. 0,23 3ª Quadr. 0,36

Mês 0,46 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados da FIPE 2.3 - IPCA (IBGE):

Em janeiro foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA) de dezembro de 2008. O IPCA do mês de dezembro de 2008 teve variação de

0,28%, 0,08 ponto percentual abaixo da taxa de novembro (0,36%) e 0,46 ponto

percentual abaixo do índice de dezembro de 2007 (0,74%). Com isso, o IPCA do ano de

2008 ficou em 5,90%, maior resultado desde 2004 (7,60%) e 1,44 ponto percentual acima

da taxa de 2007 (4,46%). Assim como havia ocorrido em 2007, o IPCA de 2008 foi

influenciado principalmente pela alta dos alimentos.

Enquanto de 2002 a 2006 foi observada tendência de queda do IPCA ano a ano,

2007 e 2008 evidenciaram aceleração na taxa de crescimento do índice. Após ter fechado

2007 em 4,46%, o acumulado em 12 meses apresentou trajetória crescente durante

praticamente todo o ano de 2008, sendo que os índices mais elevados foram registrados

em maio (0,79%) e junho (0,74%).

Os resultados evidenciam alta mais concentrada no primeiro semestre do ano,

seguindo pressões dos produtos alimentícios já ocorridas no segundo semestre do ano

anterior.

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Tabela nº. 3

Brasil. Evolução do IPCA. Fevereiro 2008 a Dezembro 2008 (em %)

Mês IPCA fevereiro 08 0,49

março 08 0,48 abril 08 0,55 maio 08 0,79 junho 08 0,74 julho 08 0,53

agosto 08 0,28 setembro 08 0,26 outubro 08 0,45

novembro 08 0,36 dezembro 08 0,28

janeiro 09 - Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados do Ipeadata

3 – FINANCIAMENTO

3.1 – BNDES

O desempenho do BNDES registrou recorde em 2008. Os desembolsos somaram

R$ 92,2 bilhões, as aprovações R$ 121,4 bilhões, os enquadramentos R$ 155,3 bilhões e

as consultas para novos investimentos totalizaram R$ 175,8 bilhões.

Em termos relativos, os números representam crescimento de, pela ordem, 42%, 23%,

33% e 39% em relação ao ano de 2007. É importante destacar a forte aceleração da taxa

de crescimento das liberações do BNDES, que foi de 26,5% entre 2006 e 2007.

Os valores revelam a expansão dos investimentos na economia brasileira no ano

passado. Os projetos aprovados em 2008 propiciarão aporte de recursos de R$ 199,4

bilhões na economia brasileira nos próximos anos, com impacto significativo sobre o

desenvolvimento econômico e social e a geração de emprego e renda.

Já os desembolsos, acrescidos dos investimentos das empresas nos projetos

financiados pelo Banco, foram responsáveis pela geração ou manutenção de 2,8 milhões

de empregos em 2008. Os cálculos levam em conta os empregos diretos e indiretos

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criados durante a execução dos projetos, sem incluir a mão-de-obra contratada após o

início da produção.

Os projetos industriais responderam por 43% dos desembolsos do BNDES em

2008, e de infraestrutura, equivalentes a 39% do total liberado pelo Banco no período. Na

indústria, os desembolsos atingiram R$ 39 bilhões, crescimento de 48% em relação a

2007, e em infra-estrutura, R$ 35 bilhões, alta de 37% na mesma base de comparação.

Os destaques globais foram as liberações para os setores de alimentos e bebidas

(R$ 10,0 bilhões), material de transportes (R$ 7,5 bilhões), transporte rodoviário (R$ 13,8

bilhões), energia elétrica (R$ 8,6 bilhões) e telecomunicações (R$ 6,2 bilhões).

Quanto às aprovações, os projetos industriais totalizaram R$ 57,7 bilhões,

crescimento de 51% em relação ao ano anterior, quando o valor aprovado apresentara

queda de 3% na comparação com 2006. O desempenho positivo de 2008 foi influenciado

pela entrada de grandes projetos, especialmente nas áreas de alimentos e bebidas (R$ 11,3

bilhões), metalurgia (R$ 10,4 bilhões) e indústria extrativa mineral (R$ 12,7 bilhões).

As aprovações para infra-estrutura totalizaram R$ 44,3 bilhões. Os destaques

positivos foram energia elétrica (R$ 17 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 14 bilhões).

Para 2009, o cenário é de expansão. A aprovação de grandes projetos de energia

elétrica, aliado aos esforços do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), faz com

que a infra-estrutura tenha boas perspectivas de liberações em 2009.

No que tange ao setor elétrico, a diretoria do BNDES aprovou financiamento de

R$ 392 milhões para a Bioenergética Vale do Paracatu S/A (Bevap). Os investimentos

vão gerar 3.285 empregos diretos e a empresa estima que para cada emprego direto serão

gerados três indiretos.

Os recursos serão destinados à construção de uma unidade industrial com

capacidade de processamento de 3 milhões de toneladas por ano de cana-de-açúcar, a

partir de 2010, voltada para a produção de etanol hidratado e cogeração de energia

elétrica, em João Pinheiro (MG). A capacidade instalada de geração será de 80

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Megawatts, dos quais 60 Megawatts serão comercializados e os 20 Megawatts restantes

utilizados para consumo próprio.

4- CÂMBIO

Gráfico nº. 1

Taxa de câmbio – R$/US$ Compra e Venda. Janeiro 2009

2,10

2,19

2,28

2,37

2,46

2/1/20

09

4/1/20

09

6/1/20

09

8/1/20

09

10/1/

2009

12/1/

2009

14/1/

2009

16/1/

2009

18/1/

2009

20/1/

2009

22/1/

2009

24/1/

2009

26/1/

2009

28/1/

2009

30/1/

2009

Compra Venda

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do Ipeadata

Em janeiro, a cotação do dólar apresentou frágeis flutuações ao longo do período.

A cotação máxima foi de R$ 2,3795 a compra e R$ 2,3803 a venda, no dia 15, enquanto o

mínimo, ocorreu no dia 06, foi de R$ 2,1881 a compra e R$ 2,1889 a venda. A divisa

abriu o mês com a cotação de compra de R$ 2,3290 e R$ 2,3298 a venda. A média

mensal foi de R$ 2,3066 a compra e R$ 2,3074 a venda.

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5- JUROS

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central

reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 12,75% ao ano e atendeu em parte

às reivindicações dos empresários, que querem investir no setor produtivo, e dos

trabalhadores, que defendem mais investimentos como forma de garantir seus empregos

e a criação de mais vagas de trabalho. A decisão não foi unânime - cinco membros

votaram pelo corte agressivo, mas três insistiram na redução de 0,75 ponto.

6- BALANÇA COMERCIAL

No mês, a exportação alcançou US$ 9,788 bilhões. Sobre janeiro de 2008, as

exportações registraram retração de 22,8%, pela média diária. As importações totalizaram

US$ 10,306 bilhões, registrando, igualmente, sobre igual período anterior, queda de

12,6%, pela média diária.

No período, a corrente de comércio alcançou a cifra de US$ 20,094 bilhões. Sobre

igual período do ano anterior, a queda da corrente de comércio foi de 17,9%, pela média

diária.

O saldo comercial do mês registrou déficit de US$ 518 milhões, valor inferior ao

registrado em janeiro de 2008, quando apresentou superávit de US$ 922 milhões.

Na primeira semana do mês, que contou com 4 dias úteis, houve saldo positivo de

US$ 273 milhões.

Na segunda semana, o Brasil apresentou saldo positivo de US$ 2,697 milhões. A

semana contou com 7 dias úteis.

Na terceira semana de dezembro a balança registrou superávit de US$ 2,654

milhões, com também 7 dias úteis (12 a 18).

Na quarta semana o saldo foi positivo de US$ 2,568 milhões e novamente na

quinta semana o saldo também foi positivo, de US$ 2,114 milhões, contando,

respectivamente, com 7 e 5 dias úteis.

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Em dezembro de 2008, com 22 dias úteis, o total de exportações foi de US$

13,818 bi, e o de importações, US$ 11,517 bi. O superávit do mês, portanto, foi de US$

2,301 bi.

No acumulado do ano, o superávit da balança comercial registrou uma leve alta,

apresentando os valores de US$ 36,403 bi em dezembro de 2008 e US$ 40,039 bi em

janeiro de 2009.

A queda do superávit da balança no acumulado deste ano se deve, principalmente,

ao crescimento das importações brasileiras - influenciadas pelo dólar baixo que vigorou

até meados de setembro, quando eclodiu a crise financeira internacional. De janeiro até a

parcial de dezembro, as importações subiram expressivos 46%, enquanto que as vendas

externas avançaram bem menos: 24,4%.

No ano de 2008, as exportações somaram US$ 197,942 bilhões, valor recorde

histórico para o período. Sobre 2007, as exportações cresceram 21,8%, pela média diária,

e 23,2%, em valor. As importações somaram US$ 173,197 bilhões, aumento de 41,9%,

pela média diária, sobre o mesmo período anterior, constituindo-se igualmente cifra

recorde.

O superávit comercial encerrou o ano com US$ 24,745 bilhões, valor 38,2% abaixo do registrado em equivalente período anterior (US$ 40,032 bilhões).

A corrente de comércio alcançou recorde de US$ 371,139 bilhões, representando

um aumento de 32,0%, em valor, sobre o mesmo período anterior, quando a corrente

totalizou US$ 281,266 bilhões.

No ano de 2008, as três categorias de produtos registraram valores recordes para o

período: manufaturados (US$ 92,682 bilhões), básicos (US$ 73,028 bilhões) e

semimanufaturados (US$ 27,073 bilhões). Sobre o mesmo período de 2007, os básicos

cresceram 39,9%, os semimanufaturados, 22,7%, e os manufaturados, 9,1%, pela média

diária.

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7- PRODUÇÃO INDUSTRIAL

7.1 – IBGE

A produção industrial aumentou 3,1% em 2008, crescimento esse menos marcado

do que o apurado no ano antecedente, de 6%. Apenas no quarto trimestre do exercício

passado, houve redução de 9,4% na atividade fabril no confronto com o período

imediatamente anterior. Em relação ao último trimestre de 2007, a queda foi de 6,2%, a

mais significativa desde o primeiro trimestre de 1996 (-9,1%). Os dados foram

apresentados nesta manhã pelo IBGE.

O resultado de 2008 completo refletiu basicamente, conforme o organismo, a

expansão de 6,3% na primeira metade do ano relativamente a igual período de 2007, já

que o desempenho verificado no segundo semestre foi de avanço pouco expressivo

(0,2%), em consequência da forte desaceleração da atividade industrial de outubro a

dezembro.

No encerramento de 2008, 17 setores registraram aumento na produção, com 11

deles acima da média nacional, como veículos automotores (8,2%) e máquinas e

equipamentos (6%). Verificam acréscimo também outros equipamentos de transporte

(42,2%), o segmento farmacêutico (12,7%) e minerais não-metálicos (8,3%). Dentre as

categorias de uso, bens de capital tiveram ampliação de dois dígitos, de 14,4%. Bens de

consumo duráveis expandiram-se 3,8%, bens intermediários avançaram 1,6% e bens de

consumo semi e não duráveis subiram 14%.

A indústria paulista registrou forte queda na produção em dezembro de 2008, em

todas as bases de comparação. Houve recuo de 14,9% ante novembro - o terceiro

resultado negativo nessa base de comparação - e queda de 14,5% na comparação com

dezembro de 2007.

No quarto trimestre, a indústria paulista desacelerou 4,3% na comparação com

igual trimestre de 2007, interrompendo uma trajetória de 20 trimestres consecutivos de

resultados positivos. Ante o terceiro trimestre de 2008, houve queda de 8%.

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Apesar dos resultados negativos no final do ano, a indústria de São Paulo fechou

2008 com alta de 5,3%, garantida pelo bom desempenho no resultado acumulado de

janeiro a setembro do ano passado (8,7%), antes dos efeitos da crise internacional sobre o

setor.

7.2 – CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu de 52,5 pontos no

terceiro trimestre de 2008 para 47,4 pontos no quarto trimestre do ano passado. Segundo

pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse é o menor

índice registrado desde janeiro de 1999. Além disso, o indicador não ficava abaixo da

linha de 50 pontos, o que indica pessimismo de acordo com a metodologia da pesquisa,

desde outubro de 2002.

Na comparação com o índice de confiança relativo ao último trimestre de 2007,

divulgado em janeiro de 2008, a queda foi de 14,4 pontos. Naquele período de 2007, a

confiança do empresário industrial era de 61,8 pontos.

Segundo a pesquisa, o Icei das grandes empresas caiu de 51,5 pontos para 47,3

pontos. Nas médias empresas, o índice medido passou de 52,6 pontos no terceiro

trimestre para 45,3 pontos no quarto trimestre. As pequenas empresas são as únicas que

se mantêm relativamente confiantes. O índice para esse porte ficou próximo da linha

divisória dos 50 pontos (49,5 pontos). No trimestre anterior, o índice desse segmento, no

entanto, foi de 53,6 pontos.

O Icei varia no intervalo de zero a cem pontos, sendo que valores acima de 50

indicam empresários confiantes. Abaixo desse índice, há perda de confiança. A pesquisa

da CNI foi realizada no período de 5 a 26 de janeiro, num universo de 1.407 empresas,

sendo 749 classificadas como pequenas; 444, médias e 214, grandes.

O Índice de Expectativa do Empresário Industrial (Icei) para os próximos seis

meses manteve-se praticamente estável no quarto trimestre de 2008, na comparação com

o apurado no trimestre anterior. De acordo com a pesquisa da CNI, esse índice de

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expectativa caiu de 53,4 pontos para 53,1 pontos. Apesar do indicador acima de 50

pontos refletir otimismo, ele ainda é o menor desde janeiro de 1999.

Segundo a CNI, a avaliação dos empresários é bastante díspar entre as

perspectivas sobre a própria empresa e a economia brasileira para os próximos seis

meses. O empresário permanece otimista com relação ao seu negócio, com o índice

situando-se em 56,6 pontos. No entanto, está pessimista com relação à economia

brasileira, com um índice de confiança de 46,3 pontos.

7.4 – FIESP

Desde que a crise se agravou, há uma queda no sensor. Em agosto, a pontuação

chegou a 54,9. Em janeiro, está em 43,5.

O sensor Fiesp referente à primeira quinzena de janeiro atingiu a pontuação 43,5.

O gerente do Departamento de Economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado

de São Paulo), André Rebelo, explica que, quando o indicador está em 50, está em

equilíbrio. Resultados abaixo de 50, por sua vez, são negativos, e acima, positivos.

Desde que a crise se agravou no Brasil, em outubro, verifica-se uma deterioração

do sensor. Para se ter uma ideia, em agosto do ano passado, foi registrada a pontuação de

54,9. Em setembro, de 54,8. Já em outubro, o índice caiu para 50,2, e, em novembro, para

43,3.

Resultados

Indicador Out/2008 1ª quinz. de nov 2ª quinz. de nov 1ª quinz. de dez 2ª quinz. de dez 1ª quinz. de janSensor geral 50,2 43,3 42,5 34 35,1 43,5

Mercado 53 40,5 39 33,1 35,7 45,8 Vendas 51,8 41 42,5 29,4 33,9 45,3 Estoque 42,5 46,1 42,1 34,7 25,3 38,4 Emprego 51,5 42,8 43,3 41,2 38,7 44

Investimento 52,1 47 45,6 31,7 42 44,2

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8 – PIB

Embora as projeções para 2008 sejam de que a economia deve ter crescido mais

de 5% em 2008, apesar da crise financeira mundial, que se agravou no último semestre, a

expectativa para este ano não é tão animadora assim. De acordo com o Boletim Focus

elaborado pelo Banco Central (BC) em 2 de janeiro, os profissionais consultados apostam

que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,62% no ano passado, ante previsão de 5,6%

contida no relatório anterior. Mas para 2009, a estimativa caiu de 2,44% para 2,40%.

Diante dos dados apresentados pelo BC sobre a relação da dívida do setor público

sobre o PIB, o mercado cortou de 37% para 36,6% sua previsão para 2008, e de 37,1%

para 37% este ano. No dia 30, a autoridade monetária informou que em novembro, a

dívida líquida do setor público superou R$ 1,047 trilhão, o que representa 34,9% do PIB -

uma queda de 1,4 ponto percentual do PIB em relação a outubro.

Já a projeção para o desempenho da produção industrial caiu de 5,15% para 5%

em 2008, e de 2,9% para 2,7% em 2009.

A economia brasileira praticamente irá se estagnar em 2009, segundo o Instituto

Internacional de Finanças, associação mundial que reúne os A previsão é de um

crescimento de 0,8% para a economia brasileira, muito longe dos 4% previstos pelo

governo. Trata-se ainda da pior previsão já feita sobre o Brasil por uma entidade

internacional.

O grupo aponta para queda dos fluxos de capitais para o Brasil, nas exportações e

seca nos créditos. Para o mundo, não descarta nem mesmo que os países ricos tenham de

ser ajudados no futuro próximo pelo FMI e pedem que China e outras economias

emergentes também saiam em apoio ao sistema com seus recursos.

Sofrendo os reflexos da crise financeira internacional, o Brasil pode registrar um

crescimento econômico pífio se consideradas as expectativas anteriores. De acordo com o

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Boletim Focus elaborado pelo Banco Central (BC) em 16 de janeiro, os economistas

acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer apenas 2% em 2009. No entanto,

para 2010 há uma previsão de recuperação, com uma aposta de crescimento em torno de

3,9% - acima da taxa indicada na semana passada (3,8%).

Nesse sentido, a projeção para o desempenho da produção industrial caiu de 2,5%

para 2,15% em 2009, mas saltou de 4,2% para 4,3% em 2010. A perspectiva pessimista

reflete a repercussão da Pesquisa Industrial de Emprego e Salário, que apontou a maior

queda, desde outubro de 2003, no contingente de vagas em novembro. Para alguns

especialistas, o documento revela que o Brasil já caminha para uma recessão.

Apesar disso, o mercado melhorou a projeção para o tamanho da dívida pública

(diferença entre despesas e arrecadação do governo). A última pesquisa mostra que os

analsitas acreditam que o governo vai acumular gastos correspondentes a 36,75% do PIB

em 2009 - abaixo da expecatativa anterior, que era de 37%. Já para 2010, a previsão se

manteve em 35,3%.

9- EMPREGO E RENDA

Estimativas do Mês de Dezembro de 2008 (em mil pessoas)

Região Metropolitana : RE, SAL, BH, RJ, SP E POA

Em mil pessoas

Idade Mínima: 10 anos

Especificação dez/07 nov/08 dez/08Pessoas em Idade Ativa 40.843 41.410 41.545Pessoas Economicamente Ativas 23.095 23.864 23.720Pessoas Não Economicamente Ativas 17.748 17.546 17.825Pessoas Ocupadas 21.381 22.060 22.115Pessoas Desocupadas 1.713 1.804 1.605Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA 935 739 863Pessoas Desalentadas 16 16 14Pessoas que Saíram do Último Trabalho no PR 365 Dias 1.783 1.824 1.908Pessoas Subocupadas por Insuf. Horas Trabalhadas 617 671 686Pessoas Ocupadas c/ Rend. Hora Sal.Min./Hora 3.316 3.347 3.362Emp. com Carteira de Trabalho Assinada no setor privado(*) 9.231 9.818 9.900Emp. sem Carteira de Trabalho Assinada no setor privado(**) 2.968 2.955 2.919

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Especificação dez/07 nov/08 dez/08Taxa de Ocupação 92,6 92,4 93,2Taxa de Desocupação 7,4 7,6 6,8Percentual de pessoas subocupadas por insuf. de horas trab. 2,9 3,0 3,1Percentual de pessoas ocupadas c/ rend./hora sal.min./hora 15,5 15,2 15,2Percentual de pessoas ocupadas proc.trab.no pr. de 30 dias 3,1 4,3 3,5Distribuição das Pessoas em Idade Ativa (%): Economicamente Ativas (Taxa de Atividade) 56,5 57,6 57,1 Ocupadas 52,4 53,3 53,2 Desocupadas 4,2 4,4 3,9Não Economicamente Ativas 43,5 42,4 42,9Distribuição das Pessoas Ocupadas (%) - Trabalho Principal: Grupamento de Atividade Ind. Ext. e de Transf., e Prod. e Dist. de Eletr., Gás e Água 16,9 17,3 16,9Construção 7,1 7,4 7,3Com., Rep.Veic. Aut. e de Obj.Pessoais e Dom. e Com. a Varejo de Combustíveis 19,9 19,2 19,7

Intermediação Financ. e Ativ. Imob., Aluguéis e Serv.Prest. à Empresa 14,4 14,7 15,0

Adm. Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde e Serv Sociais 15,4 16,2 16,0

Serviços Domésticos 7,9 7,5 7,3Outros Serviços 17,7 17,2 17,4Outras Atividades 0,6 0,5 0,5Posição na Ocupação Empregados 75,2 76,1 76,0Empregados com Carteira de Trabalho Assinada (***) 47,6 48,8 49,2Empregados sem Carteira de Trabalho Assinada (***) 20,3 19,5 19,1Conta Própria 19,4 18,7 18,7Empregadores 4,7 4,6 4,7Trab.Não Remunerados 0,7 0,6 0,6Distribuição das Pessoas Não Economicamente Ativas (PNEA):

PNEA que Gostariam e Estavam Disponíveis Para Trabalhar (%) 12,5 10,6 11,0

Marginamente Ligadas à PEA 5,3 4,2 4,8 Desalentadas 0,1 0,1 0,1PNEA que Gostariam e Não Estavam Disponíveis Para Trabalhar (%) 2,4 2,2 2,8

Distribuição das Pessoas Desocupadas (%): (Segundo a Faixa de Tempo de Procura de Trabalho)

Até 30 Dias 21,9 23,9 24,0

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Especificação dez/07 nov/08 dez/08De 31 Dias a 6 Meses 47,5 48,6 49,6De 7 a 11 Meses 8,2 10,6 9,4De 1 Ano a Menos de 2 Anos 13,3 9,4 10,2Fonte: IBGE

(*) Exclusive Trabalhadores Domésticos

(**) Exclusive Trabalhadores Domésticos e Trabalhadores Não Remunerados de Membro da

Unidade Domiciliar que era Empregado

(***) Inclusive Trabalhadores Domésticos

Segundo os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego do mês de dezembro de

2008, havia 41,5 milhões de pessoas em idade ativa (com 10 anos ou mais de idade) no

conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas. Esta estimativa, frente ao mês

anterior, cresceu 0,3% e, em comparação com dezembro de 2007, o crescimento foi de

1,7%.

A população economicamente ativa (ocupados mais desocupados), estimada em

23,7 milhões de pessoas, cresceu 2,7% em relação a dezembro de 2007 e ficou estável na

comparação mensal.

A taxa de atividade (proporção de pessoas economicamente ativas em relação à

população em idade ativa), estimada em 57,1% em dezembro de 2008, apresentou queda

de 00,,55 ppoonnttoo ppeerrcceennttuuaall em relação a novembro e, aumento de 00,,66 ppoonnttoo ppeerrcceennttuuaall na

comparação com dezembro de 2007.

A população ocupada, estimada em 22,1 milhões, de novembro para dezembro,

não apresentou alteração. Este contingente aumentou 3,4% em relação a dezembro de

2007, ou seja, 734 mil pessoas a mais no mercado de trabalho no período de um ano.

Considerando o nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às

pessoas em idade ativa) estimado em 53,2% para o agregado das seis regiões pesquisadas,

os resultados indicaram estabilidade no mês e aumento de 0,8 ponto percentual em

relação a dezembro de 2007.

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O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado,

estimado em 10 milhões em dezembro de 2008, não variou na comparação mensal.

Quando comparado com dezembro de 2007, apresentou crescimento de 7,2%,

representando a criação de 669 mil novos postos de trabalho com carteira de trabalho em

um ano.

O contingente de ocupados, na comparação mensal, ficou estável em todos os

grupamentos de atividade, exceto no Comércio, reparação de veículos automotores e de

objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, que apresentou

incremento de 2,7%.

Na comparação com dezembro de 2007, ocorreram variações positivas no

contingente de ocupados dos grupamentos da Construção, 6,5%; Serviços prestados a

empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 7,3%; e da

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social,

7,3%. Destaca-se que, na Região Metropolitana de Salvador, o contingente de ocupados

no grupamento dos Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e

intermediação financeira cresceu 20,1% no período de um ano.

A população desocupada, estimada em 1,6 milhão, caiu 11,0% em relação a

novembro. Na comparação anual, essa população apresentou queda de 6,3%.

Com relação à taxa de desocupação, estimada em 66,,88%% em dezembro, observou-

se queda de 0,8 ponto percentual na comparação com novembro último, atingindo o

menor valor da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2002. No confronto com

dezembro de 2007, quando a taxa foi estimada em 7,4%, foi verificada retração de 0,6

ponto percentual.

O rendimento médio real habitual dos ocupados, apurado em dezembro de 2008

em R$ 1.284,90, apresentou alta de 0,5% na comparação mensal. Frente a dezembro de

2007, o poder de compra do rendimento médio de trabalho dos ocupados teve alta de

3,6%. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte o aumento chegou a 12,7%.

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Gráfico nº. 2 -

Taxa de desocupação das seis Regiões Metropolitanas. Novembro de 2007 a

Dezembro de 2008.

Taxa de Desocupação (%)

8,2

7,4

8,0

8,7 8,6 8,5

7,9 7,88,1

7,6 7,6 7,5 7,6

6,8

11/07 12 01/08 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12/08

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Foi estimado, com base na Pesquisa Mensal de Emprego do mês de dezembro de

2008, um contingente de aproximadamente 41,5 milhões de pessoas em idade ativa no

conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa. Esta estimativa

apresentou alta de 0,3% em relação a novembro último. Na comparação com dezembro

de 2007 foi verificado aumento de 1,7%, ou seja, um acréscimo de 702 mil pessoas em

idade ativa em um ano.

Na análise por sexo, constatou-se que as mulheres representavam, em dezembro

de 2008, a maioria da população em idade ativa (53,4%), enquanto os homens 46,6%. A

população em idade ativa estava distribuída, segundo a faixa etária, da seguinte forma:

9,4% de 10 a 14 anos, 5,5% de 15 a 17 anos, 13,5% de 18 a 24 anos, 44,1% de 25 a 49

anos e a população de 50 anos ou mais representava 27,5%. O grupo de jovens de 16 a 24

anos representava, em dezembro de 2008, 17,1% da PIA.

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Indicadores de distribuição da População em idade ativa - PIA, por região metropolitana, segundo algumas características em dezembro de 2008.

População em Idade Ativa (%)

Total das 6 áreas

Recife Salvador Belo Horizonte

Rio de Janeiro

São Paulo

Porto Alegre

Sexo: Masculino 46,6 45,1 45,6 46,6 46,2 47,3 46,5 Feminino 53,4 54,9 54,4 53,4 53,8 52,7 53,5 Faixa etária: 10 a 14 anos 9,4 9,3 9,4 9,6 9,4 9,5 9,5 15 a 17 anos 5,5 5,8 5,3 5,7 5,1 5,5 5,8 16 a 24 anos 17,1 18,1 18,3 18,6 15,5 17,3 16,7 18 a 24 anos 13,5 14,3 14,8 14,7 12,1 13,7 13,0 25 a 49 anos 44,1 44,5 46,6 44,8 42,2 44,8 43,0 50 anos ou mais 27,5 26,1 23,8 25,1 31,2 26,5 28,6 Anos de estudo: Sem instrução e menos de 1 ano 3,6 5,2 4,5 3,7 3,3 3,4 3,3 1 a 3 anos 7,8 8,6 8,9 7,3 7,9 7,3 8,7 4 a 7 anos 28,4 28,8 25,5 30,4 27,5 28,3 31,1 8 a 10 anos 17,8 17,2 17,4 18,0 18,4 17,2 19,111 anos ou mais 42,4 39,8 43,6 40,4 42,9 43,8 37,8 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

O contingente de pessoas na força de trabalho, estimado em 23,7 milhões para o

agregado das seis regiões metropolitanas, em dezembro de 2008, apresentou estabilidade

na comparação com o mês de novembro. Em relação a dezembro de 2007, foi registrada

alta de 2,7%, ou seja, em um ano, entraram na força de trabalho aproximadamente 625

mil pessoas.

Em nível regional, na comparação com novembro último, a força de trabalho

registrou variação estatisticamente significativa nas Regiões Metropolitanas de Recife

com alta de 3,0% e queda de 1,6% em Belo Horizonte. Frente a dezembro de 2007, foram

verificadas variações positivas em Recife (4,5%), Belo Horizonte (2,2%), Rio de Janeiro

(2,7%), São Paulo (3,1%) e Porto Alegre (3,9%) e em Salvador ocorreu estabilidade.