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RELATÓRIO ANUAL DE 2009 SOBRE O ACESSO DO PÚBLICO AOS

DOCUMENTOS (Regulamento (CE) n.º 1049/2001 – artigo 17.º)

(Em conformidade com o disposto no n.º 7 do artigo 104.º do Regimento do Parlamento)

NT\817400PT.doc 2/25 PE439.692/BUR/ANN.1

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO............................................................................................................3

II. DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E REGISTOS...................................................3

1. Proposta de uma nova lista de categorias de documentos directamente acessíveis e revisão da regulamentação interna relativa ao acesso do público aos documentos........................................................... 3

2. Registo electrónico: sondagem de opinião ............................................................................................... 3

3. Documentos sensíveis................................................................................................................................. 3

III. ANÁLISE DOS PEDIDOS DE ACESSO ....................................................................3

1. Volume global............................................................................................................................................. 3

2. Perfil dos requerentes e repartição geográfica........................................................................................ 3

3. Domínios de interesse ................................................................................................................................ 3

IV. APLICAÇÃO DAS EXCEPÇÕES AO DIREITO DE ACESSO ...................................3

1. Percentagem de respostas positivas.......................................................................................................... 3

2. Número e motivos de recusa ..................................................................................................................... 3

V. QUEIXAS AO PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU, RECURSOS JURISDICIONAIS E JURISPRUDÊNCIA...................................................................3

1. Queixas apresentadas ao Provedor de Justiça Europeu......................................................................... 3

2. Recursos jurisdicionais.............................................................................................................................. 3

3. Acórdãos ..................................................................................................................................................... 3

VI. OUTROS ASPECTOS DA POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA ..................................3

1. Revisão do Regulamento (CE) n.º 1049/2001........................................................................................... 3

2. Política de informação/comunicação - "webstreaming" ........................................................................ 3

3. Cooperação interinstitucional................................................................................................................... 3

VII. CONCLUSÕES...........................................................................................................3


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ANEXOS ESTATÍSTICAS RELATIVAS AO TRATAMENTO DOS PEDIDOS DE ACESSO ............................ ... ESTATÍSTICAS RELATIVAS À CONSULTA DA PÁGINA DE REGISTO NA INTERNET

I. INTRODUÇÃO

O presente relatório, que cobre o ano de 2009, incide na aplicação pelo Parlamento Europeu do Regulamento (CE) n.° 1049/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de Maio de 2001, relativo ao acesso do público aos documentos do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão3. Foi elaborado dando aplicação ao disposto no n.º 1 do artigo 17.º do referido regulamento e no quadro do n.º 7 do artigo 104.º do Regimento do Parlamento Europeu. Os quadros estatísticos apresentados no final do documento permitem seguir a evolução da aplicação do regulamento durante os três anos anteriores ao ano em análise.

II. DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E REGISTOS

1. Proposta de uma nova lista de categorias de documentos directamente acessíveis e revisão da regulamentação interna relativa ao acesso do público aos documentos

Na sequência da entrada em vigor do novo Regimento do Parlamento Europeu, em Julho de 20094, a lista dos documentos do PE directamente acessíveis ao público (antigo Anexo XV do Regimento, adoptado na altura pelo Plenário) deixou de figurar no texto. Efectivamente, o novo texto regulamentar já não inclui essa lista e, nos termos das novas disposições do n.º 3 do artigo 104.º do referido Regimento, as categorias de documentos directamente acessíveis são enumeradas numa lista a aprovar pela Mesa e a publicar na página de Internet do Parlamento. A aprovação pela Mesa e não pelo Plenário foi decidida com o intuito de garantir um máximo de flexibilidade para as modificações do conteúdo da lista. No início de 2010, foi apresentada à Mesa uma proposta nesse sentido, devendo o texto finalmente aprovado ser apreciado, portanto, por ocasião do próximo relatório anual.

3 JO L 145 de 31.5.2001, p. 43 4 Decisão de 5 de Maio de 2009 (P6_TA(2009)0359)


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Seguidamente, e nos termos da decisão da Mesa de 28 de Novembro de 20015, que estabelece regras que regem o acesso aos documentos do Parlamento, o Secretário-Geral procederá à adopção/adaptação das disposições de execução internas que se impõem para garantir o registo de todas as referências dos documentos estabelecidos pelo Parlamento Europeu no Registo electrónico de referências. Assim, ao longo dos anos 2010-2011, terá provavelmente lugar uma revisão dos textos actualmente em vigor.

2. Registo electrónico: sondagem de opinião

No final do exercício de 2009, a base de dados "Registo" continha 310 760 referências (1 998 330 ficheiros), contra 262 000 no ano anterior, o que representa um aumento significativo de mais de 18%; através da Internet é possível ter acesso directo a 90% dos documentos. A grande maioria dos documentos dos 10% não directamente acessíveis corresponde à categoria "correio do Parlamento".

Os dados relativos à consulta do sítio "Registo público - Acesso aos documentos", disponível no servidor EUROPARL, são os seguintes (médias mensais): número de visitas: 18 808; número de páginas visitadas: 31 868; número de pesquisas com critérios específicos: 6 590.

Entre Junho e Setembro de 2009, foi realizada uma sondagem de opinião junto dos utilizadores através de um questionário electrónico inserido na página Web do Registo. A sondagem tinha por objectivo conhecer sobretudo o nível de satisfação dos utilizadores quanto ao funcionamento do Registo, à obtenção de resultados e à respectiva apresentação, bem como quanto à qualidade do serviço; o questionário permitia também a inserção de comentários. As respostas recebidas mostram que as principais dificuldades enfrentadas pelos utilizadores são:

- a impossibilidade de realizar uma pesquisa de documentos por palavras no texto, pois, actualmente, só existe a opção de palavras no título;

- a procura processa-se na língua de navegação; ora, certos documentos podem não estar disponíveis nesta última mas existirem em outras línguas;

- a impossibilidade de efectuar uma pesquisa temática ou por dossiê legislativo. Está prevista uma solução a curto prazo para resolver os dois primeiros problemas (procura no texto e substituição linguística). No que respeita à pesquisa temática, teremos de esperar pela conclusão do projecto de indexação temática dos documentos do Parlamento Europeu (em curso). Um grande número de inquiridos defende a introdução de formatos abertos para os documentos publicados no Registo, que são maioritariamente em formato Word, quando o formato "pdf" não se encontra disponível. Está em curso uma melhoria da ferramenta de conversão "pdf" dos ficheiros.

5 JO C 289 de 22.11.2005, p 6


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Por fim, alguns utilizadores referiram a sua dificuldade em compreender a complexidade dos procedimentos no domínio legislativo e, por conseguinte, a grande variedade de documentos do Parlamento, facto que complica muitas vezes as suas pesquisas. Está também em curso uma actualização da página de acolhimento, por forma a orientar o utilizador nas suas opções. Nesse mesmo espírito, proceder-se-á à revisão da ferramenta de ajuda à pesquisa, de forma a torná-la mais fácil de utilizar.

3. Documentos sensíveis

O artigo 9.º do Regulamento (CE) n.° 1049/2001 prevê um tratamento específico no caso dos documentos ditos "sensíveis"6. Nos termos do n.º 3 deste artigo, os documentos sensíveis só serão registados ou divulgados mediante acordo da entidade de origem. O n.º 1 do artigo 17.º do mesmo regulamento prevê que o relatório anual inclua a indicação do número de documentos sensíveis não inscritos no Registo. Em 2009, não deu entrada no Registo público - Acesso aos documentos nenhum documento sensível na acepção do artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001, pelo que, por maioria de razão, não foi inscrito no Registo nenhum documento desse tipo.

III. ANÁLISE DOS PEDIDOS DE ACESSO

1. Volume global O número total de pedidos tratados pela Unidade responsável pelo Registo Público - Acesso aos documentos manteve-se da mesma ordem do ano anterior: 1 260 em 2009, contra 1 300 em 2008. Esclareça-se que este número não chega a corresponder a 1% (0,6%, mais especificamente) do volume total de visitantes (225 698) do sítio do Registo em 2009. Com efeito, a maioria dos visitantes, ou não fazem pedidos, ou encontram directamente em linha os documentos públicos procurados, o que corresponde ao objectivo primordial do Registo público do Parlamento. Esclareça-se que 170 dos pedidos tiveram origem no Correio do Cidadão porque diziam respeito a procuras de documentos. Pelo contrário, o Registo dirigiu-se, em 233 casos, ao Centro Arquivístico e Documental (CARDOC) para pedir documentos antigos.

6 "Documentos sensíveis são os documentos emanados das instituições ou das agências por elas criadas, dos

Estados-Membros, de Estados terceiros ou de organizações internacionais, classificados como "TRÈS SECRET/TOP SECRET", "SECRET", ou "CONFIDENTIEL" por força das regras em vigor no seio da instituição em causa que protegem os interesses essenciais da União Europeia ou de um ou vários dos seus Estados-Membros abrangidos pelo n.º 1, alínea a), do artigo 4.º, em especial a segurança pública, a defesa e as questões militares" (n.º 1 do artigo 9.º)


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Alguns desses pedidos (pedidos iniciais, nos termos do artigo 7.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001) dizem respeito a documentos já publicados, pelo que, uma vez identificado e encontrado o documento, não é necessária nenhuma análise de conteúdo.

No que se refere aos pedidos relativos a documentos não publicados, constatou-se

um certo aumento (273, face a 237 em 2008), que representa 21% do total de pedidos tratados.

Pelo contrário, o número de pedidos confirmativos (artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001) na sequência de uma recusa inicial diminuiu acentuadamente: apenas se registaram 3 pedidos em 2009, contra 11 em 2008.

2. Perfil dos requerentes e repartição geográfica

Ainda no que respeita aos pedidos recebidos e no que se refere às categorias socioprofissionais dos requerentes, os pedidos emanados de meios académicos (nomeadamente investigação universitária) foram este ano os mais numerosos: mais de 41%; pelo contrário, os pedidos emanados de meios profissionais (grupos de interesses, indústrias, advogados, consultores), que no ano anterior eram francamente em maior número, apenas representam 22% do total em 2009. Assim, é de crer que, este ano, mais académicos se dirigiram ao Parlamento para a realização das suas pesquisas, nomeadamente no que respeita ao processo legislativo de decisão. Quanto à repartição segundo a origem geográfica (países da União) dos pedidos, a Alemanha é o país de onde provém a maioria dos pedidos (20%, percentagem muito superior à de 2008), seguido da Bélgica (15%), da França (11%), do Reino Unido (8%) e da Espanha (7%). Os pedidos provenientes dos países terceiros representam quase 10%.

A língua mais utilizada para formular os pedidos é o inglês (37%), seguida do alemão (20%), do francês (18%) e do espanhol (7%), o que corresponde sensivelmente à mesma ordem dos anos anteriores.

3. Domínios de interesse Relativamente aos pedidos de textos não divulgados antes do pedido (no total de 237), isto é, aqueles que devem ser objecto de exame antes de uma eventual divulgação, os tipos de documentos mais solicitados continuam a ser a correspondência (61%) e os documentos de comitologia (26%). Quanto à consulta da página de Internet do Registo, o utilizador pode efectuar uma procura utilizando critérios concretos (referência, palavras no título, tipo de documento, autor). Cerca de 60% dos visitantes escolhem a pesquisa por "tipo de documento" (ver estatísticas detalhadas no Anexo 10 C).


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Os documentos relacionados com a actividade parlamentar são os mais consultados. Representam 74% das pesquisas por "tipo de documento" (46 503 buscas). Esta família de documentos ("documentos relativos à actividade parlamentar") está organizada em torno de sete grandes categorias que, juntamente com as diferentes subcategorias, abrangem os documentos do Plenário, das comissões parlamentares, dos órgãos do Parlamento, bem como os documentos classificados como "actividades dos deputados" (declarações, perguntas parlamentares, etc.). A maioria dos documentos consultados nesta categoria (actividade parlamentar) corresponde a relatórios, alterações, textos aprovados e perguntas parlamentares. Note-se que as perguntas escritas surgem em primeira posição (19%), seguidas dos textos aprovados (7,38%). As perguntas escritas prioritárias, as perguntas destinadas ao período de perguntas e as alterações aos relatórios constituem os restantes documentos que interessam aos utilizadores (ver estatísticas detalhadas no Anexo 10 D). Na categoria dos documentos que não estão directamente relacionados com a actividade parlamentar, a saber, os documentos de informação geral, os documentos oficiais transmitidos pelas outras instituições e os documentos de terceiros, o utilizador procura essencialmente comunicados de imprensa ("press releases", 16%), seguidos do correio oficial (15%), do correio do Parlamento (12%) e dos documentos da Comissão (11%) (ver estatísticas detalhadas no Anexo 10 D).

IV. APLICAÇÃO DAS EXCEPÇÕES AO DIREITO DE ACESSO

1. Percentagem de respostas positivas A percentagem de respostas positivas relativas aos pedidos (237) de acesso a documentos que não foram objecto de divulgação anterior é de 88% (240 em termos absolutos), dos quais 2% foram objecto de acesso parcial; estas percentagens são superiores às de 2008. No seguimento de pedidos confirmativos, a percentagem das decisões validando a decisão inicial é de 100%, um vez que nos 3 únicos casos de recusa esta foi confirmada. Os documentos em causa eram, em dois casos, auditorias internas, e, no terceiro caso, um documento não existente.

2. Número e motivos de recusa

No que respeita às respostas negativas (33) com base nas excepções do artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001, o seu número é portanto substancialmente inferior às 47 recusas de 2008. A repartição por motivo de recusa é a seguinte. O motivo principal de recusa é a excepção relativa à protecção do processo decisório, n.º 3 do artigo 4.º (39%), seguido da excepção relativa à protecção da vida privada, n.º 1, alínea b), do artigo 4.º (26%), e da excepção relativa à protecção dos objectivos de actividades de inspecção, inquérito e auditoria, terceiro travessão do n.º 2 do artigo 4.º (15%). Esta repartição segue o mesmo esquema do exercício anterior.


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No que respeita à excepção relativa à protecção do processo de decisão, convém lembrar que o Parlamento recebe um número relativamente importante de pedidos de acesso a documentos ditos de "comitologia", elaborados pela Comissão (projectos de medidas de execução) (cf. ponto III.3). Ora, os textos das medidas de execução são tornados públicos unicamente após a decisão do comité responsável. Consequentemente, o requerente desses documentos recebe em primeira instância uma recusa, mas obtém acesso depois de um determinado período.


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V. QUEIXAS AO PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU, RECURSOS JURISDICIONAIS E JURISPRUDÊNCIA 1. Queixas apresentadas ao Provedor de Justiça Europeu7 No que se refere às queixas ao Provedor de Justiça Europeu, em 2009, não foi aberto nenhum dossiê novo de queixa relativa a recusas de comunicação de documentos do Parlamento Europeu. No entanto, mantêm-se ainda por encerrar dois processos: - 2682/2008/MAD e - 793/2007/ (WP) BEH. O Parlamento aceitou, relativamente a este dossiê, o projecto de recomendação elaborado pelo Provedor de Justiça, e tornou públicos os documentos solicitados pelo queixoso em 2007. Esses documentos diziam respeito à compra pelo Parlamento Europeu dos edifícios que ocupa em Bruxelas; a excepção que tinha dado origem à recusa (protecção dos interesses comerciais de terceiros) já não estava em vigor dado o tempo entretanto decorrido. O Provedor de Justiça ainda não proferiu a sua decisão final.

2. Recursos jurisdicionais

Em 2009, foi interposto um recurso contra uma decisão do Parlamento em aplicação do Regulamento (CE) n.° 1049/2001: processo T-82/09, Dennekamp/Parlement8.

3. Acórdãos Durante o período de referência, foram proferidos três acórdãos (as sentenças e as conclusões do Advogado Geral não são citadas) em matéria de acesso aos documentos: - no processo C-345/06 (decisão prejudicial), Heinrich, acórdão de 10 de Março de 2009, sobre os artigos 2.º e 3.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 (beneficiários, âmbito de aplicação e definições), - no processo T-121/05, Borax Europe Ltd / Commission, acórdão de 11 de Março de 2009, sobre as excepções relativas à protecção da vida privada e à protecção do processo decisório (artigo 4.º do mesmo Regulamento), e - no processo T-437/05, Brink's Security Luxembourg SA / Commission, acórdão de 9 de Setembro de 2009, sobre, nos aspectos que nos interessam, os vícios de forma e a informação sobre os pedidos confirmativos (artigos 7.º e 8.º do mesmo regulamento). Para uma informação pormenorizada quanto aos diferentes recursos e acórdãos, remetemos para os relatórios anuais da Comissão9 (parte directamente interessada na

7 Para informações detalhadas sobre as queixas, consultar http://www.ombudsman.europa.eu/cases/home.faces 8 Ver: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2009:102:0029:0030:FR:PDF 9 http://ec.europa.eu/transparency/access_documents/index_fr.htm


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maior parte dos processos) e do Conselho10, bem como para o sítio do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.11

VI. OUTROS ASPECTOS DA POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA

1. Revisão do Regulamento (CE) n.º 1049/2001

O Parlamento continuou a analisar, durante o ano de 2009, a proposta da Comissão12 que visa modificar o regulamento relativo ao acesso do público aos documentos. Em Março de 2009, o Plenário aprovou o relatório apresentado pela comissão competente (Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos), mas não votou a proposta de resolução legislativa (primeira leitura, nos termos do Tratado) para não comprometer o novo Parlamento que deveria sair das eleições de Junho de 2009. Assim, a questão foi reenviada à comissão. Em 17 de Dezembro de 2009 o Parlamento aprovou uma resolução sobre os melhoramentos a introduzir no enquadramento jurídico do acesso aos documentos, no seguimento da entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Após a entrada em vigor deste Tratado, que implica uma mudança de base jurídica - novo artigo 15.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia - bem como o alargamento do âmbito a todas as instituições e organismos da União, o processo voltou a arrancar no seio da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos e estava previsto o Parlamento Europeu aprovar a primeira leitura por volta do final do primeiro semestre de 2010.

2. Política de informação/comunicação - "webstreaming"

Considerando que a "democracia electrónica", isto é, a aplicação das tecnologias digitais (como, por exemplo, a Internet) ao processo democrático, pode incentivar nos cidadãos europeus a participação e o exercício dos seus direitos, o Parlamento criou a possibilidade de os cidadãos europeus poderem ter acesso às suas reuniões públicas por intermédio da Internet.

Assim, actualmente, são objecto de uma transmissão audiovisual em directo e de um arquivo na Internet não só as sessões plenárias, mas também um número crescente de reuniões de comissões, bem como outros acontecimentos (como, por exemplo, as audições dos Comissários indigitados). Os ficheiros são armazenados numa videoteca fácil de utilizar, consultável pela Internet, e podem ser descarregados13.

3. Cooperação interinstitucional

10 http://www.consilium.europa.eu/cms3_fo/showPage.asp?id=305&lang=FR&mode=g 11 http://curia.europa.eu/fr/transitpage.htm 12 COM(2008)0229 da 30 de Abril de 2008 13 http://www.europarl.europa.eu/eng-Internet-publisher/eplive/archive/default.do?language=fr


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Os serviços administrativos responsáveis pela aplicação do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 nas três Instituições mantiveram contactos regulares sobre questões jurídicas e de gestão relacionadas com essa aplicação. Com efeito, o regulamento prevê, no n.º 1 do seu artigo 15.º, que "As instituições desenvolverão boas práticas administrativas tendo em vista facilitar o exercício do direito de acesso garantido pelo presente regulamento".

Além disso, o comité interinstitucional previsto no n.º 2 do mesmo artigo reuniu-se a nível político (Diana Wallis, Vice-Presidente do Parlamento Europeu, responsável pelas questões da transparência, Margot Wallström, Vice-Presidente da Comissão Europeia, competente na matéria, e Cecilia Malmström, Ministra sueca dos Assuntos Europeus, em representação da Presidência do Conselho) em 15 de Dezembro de 2009.

Nessa reunião, fez-se o inventário dos trabalhos anteriores do comité e das iniciativas tomadas com vista a melhorar a transparência e o acesso do público aos documentos. Nessa base, acordou-se uma série de medidas destinadas a melhorar a eficácia dos trabalhos do comité e a facilitar o acesso do público aos documentos e às informações detidas pelas instituições da União Europeia. Após a entrada em vigor do Tratado de Lisboa em 1 de Dezembro de 2009, o direito de acesso do público será alargado aos documentos de todas as instituições e agências da União Europeia, embora com algumas restrições no que respeita aos documentos do Tribunal de Justiça, do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco Europeu de Investimento (BEI). Neste contexto, a composição e os futuros trabalhos do comité poderão eventualmente ter de ser reavaliados. O comité solicitou aos membros das equipas informáticas das três Instituições e do Serviço das Publicações que estudassem a possibilidade de explorar as evoluções no domínio da tecnologia da informação com vista a melhorar a acessibilidades dos documentos para os cidadãos. O comité considerou que poderiam ser examinadas as seguintes melhorias, nomeadamente a possibilidade de:

− reunir numa única página Web todas as ligações para os sítios Web que contribuem para o acesso dos cidadãos dos documentos;

− garantir a complementaridade dos registos públicos das instituições, aumentando assim a sua facilidade de utilização e a facilidade de acesso aos documentos;

− aproximar gradualmente as ferramentas de pesquisa existentes nas instituições; neste contexto, haveria que analisar a conveniência e a exequibilidade de um método de indexação comum com a ambição final de criar uma função de pesquisa comum;

− alargar as bases de dados existentes, PreLex et ŒIL, por forma a abranger todos os documentos produzidos pelas instituições no contexto do processo legislativo;

− melhorar a acessibilidade aos documentos referentes aos processos legislativos, agrupando os que pertencem a um mesmo dossiê.


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VII. CONCLUSÕES

Actualmente, o Registo electrónico contém 310 760 referências (1 998 330 ficheiros, se tivermos em conta as 23 línguas em que os documentos são disponibilizados), o que representa um aumento de 18%. Através da Internet é possível ter acesso directo a 90% dos documentos. O número de visitas ao sítio do Registo, num total de 225 698, demonstra que este se tornou um instrumento indispensável da política de transparência e de informação aos cidadãos conduzida pelo Parlamento. Essas visitas deram origem a 1 260 pedidos de acesso através do sítio do Registo. É de crer que a disponibilização na Internet de um número crescente de documentos, graças à constante alimentação do próprio Registo electrónico e do supramencionado aumento das suas referências, bem como graças a outras páginas especializadas do servidor Europarl, contribuiu para uma estabilização do número de pedidos directos nos dois últimos exercícios. No que respeita à repartição desses pedidos por categoria socioprofissional dos cidadãos que solicitam documentos ao Parlamento, verifica-se que os pedidos emanados dos meios académicos (nomeadamente investigação universitária) foram este ano os mais numerosos (41% do total), ultrapassando os pedidos emanados dos meios profissionais (grupos de interesse, indústrias, advogados, consultores), que representam cerca de 22%. A língua mais utilizada para formular os pedidos é o inglês, seguida do alemão e do francês, facto recorrente desde o início da elaboração dos relatórios anuais nesta matéria.

273 desses pedidos (21% do total, percentagem superior à de 2008) visaram documentos não publicados na altura do pedido. A taxa de respostas positivas relativamente a esta categoria é de 88%, também ela superior à do ano precedente. Efectivamente, foi concedido acesso total em 234 casos e acesso parcial em 6 (ver quadro 8 anexo ao relatório).

À semelhança do exercício anterior, os documentos ditos "de comitologia" e a correspondência (correio) que não estão directamente acessíveis constituem as principais categorias dos pedidos de acesso a documentos não públicos.

33 pedidos foram objecto de uma recusa de acesso total ou parcial. Este número é inferior às 47 recusas de 2008 e, em termos de percentagem do total dos pedidos, é ainda mais reduzido. O motivo de recusa mais invocado (39%) é a excepção relativa à protecção do processo decisório previsto no n.º 3 do artigo 4.º do Regulamento (CE) n.° 1049/2001. Este facto é explicável devido aos pedidos de documentos de comitologia, na medida em que os textos das medidas de execução só são tornados públicos após a decisão do comité responsável: consequentemente, o requerente desses documentos recebe em primeira instância uma recusa, mas obtém o acesso depois de um determinado período. Em seguida, a protecção da vida privada - dados de natureza


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pessoal (n.º 1, alínea b), do artigo 4.º) - representa 26% dos casos de recusa. Estas percentagens são muito semelhantes às do ano anterior (ver Anexo 8). O número de pedidos confirmativos após uma recusa inicial (artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001) diminuiu de forma radical relativamente a 2008: 3 pedidos este ano, contra 11 em 2008.

Durante o ano de 2009, não foi apresentada ao Provedor de Justiça Europeu nenhuma queixa sobre questões relacionadas com o acesso do público aos documentos. No que se refere à queixa 793/2007(WP)BEH, apresentada em 2007, o Parlamento aceitou o projecto de recomendação apresentado pelo Provedor de Justiça e tornou públicos os documentos já solicitados pelo queixoso em 2007. O Provedor de Justiça ainda não proferiu a sua decisão final. Em 2009, foi interposto um recurso perante o Tribunal de Justiça contra uma decisão do Parlamento nos termos do Regulamento (CE) n.º 1049/2001, relativo à excepção ao direito de acesso em matéria de protecção dos dados. Por fim, o comité interinstitucional previsto no artigo 15.º do mesmo regulamento reuniu-se em 15 de Dezembro de 2009.


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Statistics on REQUESTS FOR ACCESS TO DOCUMENTS

Register 2009 (situation on 31/12/2009)

1. TOTAL NUMBER OF REQUESTS INTRODUCED THROUGH THE REGISTER

2006 2007 2008 2009

1917 1865 1300 1260

2. NUMBER OF INITIAL APPLICATIONS CONCERNING UNPUBLISHED DOCUMENTS

2006 2007 2008 2009

283 334 237 273

3. NUMBER OF CONFIRMATORY APPLICATIONS

2006 2007 2008 2009

51 42 133 3

4. COMPLAINTS TO THE OMBUDSMAN

2006 2007 2008 2009

1 1 1 0

1 Partial access granted in 2 cases 2 Access granted in 1 case 3 Partial access granted in 4 cases and total access granted in 1 case


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5. LANGUAGE USED BY THE APPLICANT

2005 2006 2007 2008 2009

BG - - - 0,77% 0,48%

ES 5,07% 8,05% 5,36% 5,62% 7,38%

CS 0,83% 0,73% 0,80% 0,23% 0,40%

DA 0,55% 0,52% 0,32% 1% 0,48%

DE 18,52% 13,09% 10,88% 12,77% 20,95%

ET 0,11% 0,10% -

EL 0,55% 0,94% 1,29% 0,69% 0,56%

EN 43,66% 41,42% 45,42% 50,54% 37,06%

FR 12,57% 21,23% 16,35% 14,31% 18,89%

IT 3,86% 3,91% 5,68% 5,31% 4,60%

LV 0,17% 0,63% 0,08%

LT - - 0,11% 0,08% 0,08%

HU 0,39% 0,73% 0,54% 0,54% 0,40%

MT 0,06% - 0,05% -

NL 9,26% 5,95% 6,92% 2,31% 3,25%

PL 1,32% 2,24% 2,31% 2,38% 1,35%

PT 1,27% 1,30% 1,02% 0,85% 1,11%

RO - - - 0,38% 0,95%

SK 0,44% 0,68% 0,32% 0,46% 0,56%

SL - 0,21% 0,05% -

FI 0,66% 0,57% 0,27% 0,38% 0,24%

SV 0,66% 0,37% 0,43% 1,31% 1,27%


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AUTRES - 0,10% 1,88% -


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6. GEOGRAPHICAL SPREAD OF APPLICANTS

2006 2007 2008 2009

BELGIUM 18,10% 15,98% 21,08% 15,16%

BULGARIA - - 1% 0,56%

CZECH REPUBLIC 1,41% 1,39% 0,46% 0,63%

DENMARK 0,83% 0,91% 1,15% 0,95%

GERMANY 14,50% 11,26% 11,77% 20,40%

ESTONIA 0,16% 0,27% - 0,16%

GREECE 1,25% 2,41% 1,31% 0,48%

SPAIN 4,69% 5,68% 4,77% 7,14%

FRANCE 13,09% 10,35% 9,85% 11,51%

IRELAND 0,73% 1,82% 2,38% 1,27%

ITALY 5,06% 8,74% 6% 5,32%

CYPRUS 0,21% 0,27% 0,46% 0,16%

LATVIA 0,89% 0,05% 0,23% 0,16%

LITHUANIA - 0,05% 0,23% 0,16%

LUXEMBURG 2,03% 2,20% 2,46% 4,44%

HUNGARY 0,89% 0,75% 0,46% 0,56%

MALTA 0,16% 0,11% 0,15% 0,32%

THE NETHERLANDS 7,41% 9,71% 3,38% 3,41%

AUSTRIA 1,25% 1,72% 1,08% 1,59%

POLAND 3,23% 3,27% 2,92% 1,83%

PORTUGAL 1,62% 0,91% 1% 0,87%

ROMANIA - - 0,92% 1,27%

SLOVENIA 0,37% 0,27% 0,46% 0,08%

SLOVAKIA 0,78% 0,38% 0,54% 0,56%

FINLAND 0,99% 0,43% 0,77% 0,24%

SWEDEN 0,83% 0,91% 1,77% 1,75%

UNITED KINGDOM 5,53% 6,86% 12,92% 8,73%

CANDIDATE COUNTRIES 3,96% 3,16% 0,46% 0,32%

THIRD COUNTRIES 7,51% 0,05% 10% 9,92%


PT

2006 2007 2008 2009

NON SPECIFIED 2,50% 10,08% - 0,08%


PT

7. PROFESSIONAL PROFILE OF APPLICANTS

2006 2007 2008 2009

CIVIL SOCIETY (see detailed table below for 2009)

21,39% 21,95% 54,06% 21,75%

JOURNALISTS 2,88% 2,86% 0,11% 3,35%

LAWYERS 6,48% 6,49% 0,43% 13,11%

ACADEMIC WORLD University Research

39,39% 36,69% 27,41% 41,36%

ACADEMIC WORLD Libraries

3,49% 4,03% 2,28% 1,42%

PUBLIC AUTHORITIES (other than EU institutions)

5,10% 4,61% 8,88% 13,62%

MPE, MPE ASSISTANT

1,33% 1,30% 1,41% 1,52%

OTHERS (Pensioners, unemployed, etc.)

19,94% 22,08% 5,42% 3,86%

CIVIL SOCIETY

2009

Environment 2,80%

Other groups of interest 12,15%

Industry / Commercial sector 79,44

NGO's 5,61%


PT

8. REFUSAL PURSUANT ART. 4 OF REGULATION 1049/2001

20064 20075 200866 20097

ARTICLE 4.1a) PROTECTION PUBLIC INTEREST

6,25% 2,08% 5,26%

ARTICLE 4.1b) PROTECTION PRIVACY AND INTEGRITY OF THE INDIVIDUAL

24,44% 39,58% 21,88% 26,31%

ARTICLE 4.2.1E PROTECTION COMMERCIAL INTEREST

8,88% 10,42% 1,04% 2,63%

ARTICLE 4.2.2E PROTECTION COURT PROCEEDINGS AND LEGAL ADVICE

24,44 % 8,33% 2,08% 10,52%

ARTICLE 4.2.3E PROTECTION INSPECTIONS AUDITS

2,08% 15,63% 15,78%

ARTICLE 4.3 PROTECTION INSTITUTIONS - DECISION-MAKING PROCESS

40% 33,33% 57,29% 39,47%

ARTICLE 4.5 VETO MEMBER STATES

2,22 %

4 Total number of refusals: 36 - Partial access: 9

5 Total number of refusals: 40 - Partial access: 8

6Total number of refusals: 47 - Partial access: 5 cases at initial stage and 4 cases at confirmative stage

7Total number of refusals: 39 - Partial access : 6 cases at initial stage


PT

9. REFUSAL DUE TO REASONS OTHER THAN EXCEPTIONS IN REGULATION

1049/2001

20068 20079 200810 200911

NON-IDENTIFIED DOCUMENTS

31,88% 30,30% 46,43% 35,11%

DOCUMENTS NOT ANYMORE AVAILABLE

5,80% 0,76% - 3,33%

FORWARDED FOR FURTHER ACTION TO ANOTHER ORGAN

5,07% 3,03% 28,57% 33,3%

REQUEST WITHDRAWN

12,32% 8,33% 21,43% 26,60%

ADMINISTRATIVE CODE OF CONDUCT

44,93% 57,58% 3,57% 1,66%

8 Total number of refusals : 138





PT

10. ELECTRONIC REGISTER CONSULTATION A Documents listed in the Registre

Total Documents References Files

December 2006 165.139 1.021.599

December 2007 207.069 1.306.059

December 2008 262.000 1.682.774

December 2009 310.760 1.998.330

B Statistics on consultation of the Access to Documents' website on Europarl

2009 Total Monthly

Hits 382.413 31.868

Queries 79.088 6.590

Visits 225.698 18.808


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Parliamentary activity related

29%

11%

11%10%

10%

10%

10%9%

Written questions

Text adopted (finalised edition)

Draft reports

Priority written questions

Question time

Amendements to draft reports

Reports

Amendements to documents A

Non parliamentary activity

36%

26%

20%

18%

Press release

COM documents

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Mail (Parliament) outgoing


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