relatório - hipno-analgésicos - sheyla

Upload: janasheylinha

Post on 08-Jul-2015

741 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU CENTRO DE CINCIAS DA SADE DEPARTAMENTO DE BIOQUMICA E FARMACOLOGIA DISCIPLINA DE FARMACODINMICA PROFESSORA SOCORRO CURSO DE FARMCIA

HIPNO-ANALGSICOS EM Mus musculus JANANA SHEYLA LEITE SANTOS (09S14094)

TERESINA PIAU ABRIL 2011

INTRODUO

O pio contm mais de 20 alcalides distintos. Em 1806, Sertrner descreveu o isolamento de uma substncia pura no pio e a denominou de morfina, em referncia a Morfeu, o deus grego dos sonhos. (BRUNTON, 2010) A prtica referida teve como objetivo demonstrar a ao analgsica e os efeitos de doses diferentes com o uso de Hipno-analgsicos em Mus musculus.

METODOLOGIA

Os alunos foram divididos em grupos, cada grupo se encarregou de estudar os trs lotes de cinco animais (Mus musculus). Primeiramente, observou-se o comportamento geral do animal (Mus musculus) quando deixado vontade, fazendo-se especial exame quanto marcha. Em seguida, examinou-se cada animal (Mus musculus) cuidadosamente, anotandose a freqncia respiratria utilizando-se a mdia de trs determinantes para cada animal (Mus musculus). Alm disso, verificou-se a presena ou ausncia da resposta ao estmulo produzida pelo pinamento na raiz da cauda do cobaio (Mus musculus). Da registrou-se na tabela os dados de controle para cada animal (Mus musculus), injetou-se 0,3 mL da soluo fornecida pelo instrutor, de acordo com o grupo, em cada animal (Mus musculus), por via subcutnea. Aps vinte minutos de injeo, reexaminou-se os animais (Mus musculus) e anotaram-se os resultados na tabela.

RESULTADOS

TABELA 01: REGISTRO DA ALTERAO DO COMPORTAMENTO, DA MDIA DA FREQUNCIA RESPIRATRIA E DA RESPOSTA A UM ESTMULO DOLOROSO EM Mus musculus, ANTES E DEPOIS DE 20 MINUTOS DA ADMINISTRAO CUTNEA DAS SOLUES A, B E C NOS TRS GRUPOS DE COBAIOS RESPECTIVOS. TERESINA (PI), 2011. PARMETROS COMPORTAMENTO MDIA GERAL DAS RESPOSTA ESTMULO DOLOROSO ANTES + + + DEPOIS + + AO

FREQUNCIAS RESPIRATRIAS (mrpm) ANTES 152,4 147,6 166,8

GRUPOS A B C

ANTES n n n

DEPOIS d n n

DEPOIS 96 126 105,2

Legenda: E (excitado); n (normal); d (deprimido); + (resposta presente); - (resposta ausente); mrpm (movimentos respiratrios por minuto). Fonte: Laboratrio de Bioqumica e Farmacologia, alunos de Farmacodinmica, Curso de Farmcia, UFPI, 1 perodo de 2011, Teresina (PI), 2011.

DISCUSSO

Para BRUNTON (2010), os opiides foram durante anos o principal recurso no tratamento da dor, uma posio que ocupam at hoje. Ainda para tal autor, opiides como a morfina e a herona exercem seus efeitos mimetizando substncias de ocorrncia natural, chamados de peptdeos endgenos ou endorfinas. Ainda para BRUNTON (2010), a morfina e a maioria dos outros agonistas opiides usados clinicamente exercem seus efeitos atravs de receptores opiides , atingindo uma ampla gama de sistemas fisiolgicos, produzindo analgesia, alteraes de humor e no comportamento de recompensa, alm de alterarem as funes respiratria, cardiovascular, gastrintestinal e neuroendcrina. Para o autor acima citado, frmacos similares morfina produzem analgesia, sonolncia, alteraes de humor e obnubilao mental, sendo que um aspecto significativo da analgesia que ela ocorre sem perda de conscincia. Ainda de acordo com a literatura citada, est bem esclarecido que os efeitos da morfina e frmacos relacionados surgem de sua capacidade de inibir diretamente a transmisso ascendente da informao nociceptiva a partir do corno dorsal da medula espinhal e de sua capacidade de ativar os circuitos de controle da dor que descem desde o prosencfalo atravs da poro rostral ventromedial do bulbo at o corno dorsal da medula espinhal, o que fomentado pela presena dos peptdeos opiides e seus receptores ao longo de todos esses circuitos descendentes de controle da dor. Observando-se a tabela 01 possvel detectar que os animais (Mus musculus) aos quais foi administrado o Grupo A tornaram-se deprimidos, o que compatvel com a administrao de morfina em doses altas. Outro aspecto importante vem do fato de que a morfina causa depresso da respirao, em virtude de um efeito direto sobre os centros respiratrios do tronco cerebral (BRUNTON, 2010). Ainda para o mesmo autor, a depresso respiratria discernvel mesmo com doses muito baixas para perturbar a conscincia e aumenta progressivamente medida que ela elevada, alm do fato de que doses teraputicas de morfina em seres humanos deprimem todas as fases da atividade respiratria (freqncia, volume-minuto e troca corrente) e tambm pode produzir respirao irregular e peridica. De acordo ainda com o mesmo autor, a reduo do volume respiratrio devese primeiro a uma menor freqncia de respirao, sendo que, em quantidades txicas, ela pode cair para trs ou quatro respiraes por minuto. Ainda para BRUNTON (2010), o mecanismo primrio da depresso respiratria por opiides

envolve uma reduo da resposta dos centros respiratrios do tronco cerebral do tronco cerebral ao dixido de carbono; por causa do acmulo de dixido de carbono, a freqncia de respirao e s vezes at mesmo o volume-minuto podem no ser indicadores confiveis do grau de depresso respiratria produzida pela morfina. Para BRUNTON (2011), os efeitos depressores respiratrios mximos ocorrem mais rapidamente com agentes mais lipossolveis; aps doses teraputicas, o volume-minuto respiratrio pode manter-se reduzido por 4 a 5 horas. A morfina e os opiides relacionados produzem um amplo espectro de efeitos indesejveis, incluindo depresso respiratria, nuseas, vmitos, tonteiras, obnulio mental, disforia, prurido, priso de ventre, hipertenso do trato biliar, reteno urinria e hipotenso. As bases desses efeitos foram descritas previamente,

CONCLUSO A importncia dos opiides no tratamento da dor de ampla discusso. A realizao dessa prtica torna tal importncia visvel. Os mecanismos envolvidos na algesia e em como os hipno-analgsicos se comportam nesse aspecto tornam a

realizao desse experimento de fundamental importncia para o aprendizado dos opiides nesse contexto. Alm disso, outros efeitos esto a jusante com os opiides e observ-los na prtica torna-os de fcil assimilao.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BRUNTON, L.L. LAZO, J.S. PARKER, K.L. Goodman e Gilman As Bases Farmacolgicas da Teraputica. 11. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.