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1 Relatório de Atividades do Conselho Estadual das Cidades da Bahia Exercício 2014 Secretaria Executiva

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Relatório de Atividades do Conselho

Estadual das Cidades da Bahia

Exercício 2014

Secretaria Executiva

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Conselho Estadual das Cidades da Bahia

Presidente Manuel Ribeiro Filho

Secretária Executiva Maria do Carmo Barreto de Sá

(Micau Barreto)

Câmaras Técnicas

Habitação Marcos Cohin - Raquel Mattedi

Saneamento Raimundo de Freitas Neves - Sérgio Tomich

Mobilidade Grace Gomes

Planejamento e Gestão Territorial Urbana Lívia Gabrielli

Equipe Administrativa

Afonso Araújo, Maria Ângela Dultra, Janailson Almeida, Maria José Chaves.

Colaboradores:

SGT Aldaíra Angélica, Graça Silva, Janicéia Veloso e Luciana Marques.

Mobilidade Rosevânia da Paixão

Saneamento Dora Abreu, Vanessa Cardoso, Mateus Cunha

Habitação Adalva Tonhá, Aida Mª Rebouças, Cláudio Roberto Cardoso, Izabel Campos, Joeliete de

Matos, Juçara Amorim, Juliana Rego, Juvenal Neiva, Leríssia de Carvalho, Maria das Graças

Carvalho, Maria de Lourdes Souza, Maria Cristina Nascimento, Mª Luiza Petitinga, Maria

Rosa Viana, Raimunda Moreira, Roberta Chaves, Sílvia Escudero.

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Palavra do Presidente do ConCidades/BA

Cada dia mais cresce a importância das cidades na vida dos países. O processo

acelerado de urbanização porque passaram as nações no século XX resultou na concentração

nas grandes cidades do desenvolvimento econômico, da renda, dos empregos, dos serviços

públicos, aí incluídos a energia, saneamento, telecomunicações, educação e saúde e, também,

dos grandes problemas sociais. Esta concentração assumiu a forma de uma espiral: quanto

maior a concentração, maior a migração, resultando demandas crescentes com a oferta cada

vez mais limitada, principalmente na habitação, por falta de recursos e de políticas públicas.

No Brasil, as capitais, onde o fenômeno da urbanização foi mais acelerado e intenso,

os migrantes do campo, fugindo da fome e atraídos por um novo eldorado, analfabetos, sem

formação profissional e sem preparo para a vida num ambiente de economia puramente

monetária como a da cidade, passaram a ocupar os espaços livres não infraestruturados das

áreas de risco, encostas, fundos de vale e periferia, para conseguirem sobreviver e morar nas

cidades. Se adotarmos a década de quarenta como o início efetivo do processo de

urbanização, temos mais de setenta anos que os primeiros migrantes vieram construir as

nossas cidades e a riqueza proporcionada por uma nova economia industrial e de serviços.

Esta dívida continua sem resgate e os descendentes dos migrantes, em sua maioria, continuam

morando de forma precária nas periferias, com pouca qualificação profissional, sujeitos ao

subemprego e acesso limitado aos serviços públicos.

Hoje o migrante não chega sequer à cidade, ficando numa zona de amortecimento nas

periferias e municípios dormitórios. Paralelamente, a questão tributária, a falta de prioridade

no investimento social, a política do laissez-faire no ordenamento, uso e ocupação do solo, a

opção de uma política industrial de supervalorização do transporte individual, esgarçaram de

forma irreversível, ou quase, o tecido urbano. Habitação popular, saneamento, mobilidade,

sustentabilidade e meio ambiente transformaram-se em problemas que foram se agravando

com repercussões mais fortes na área social.

As áreas de características subnormais ocupadas espontaneamente por fluxo de

migração foram tomando a forma de guetos sem acessibilidade e praticamente sem a presença

do poder público. Como não existe vácuo nas relações sociais, o poder foi tomado e passou a

ser exercido, em grande parte dos casos, por quadrilhas e traficantes que se encastelam nestas

áreas e dominam a população local pelo terror de um código de justiça próprio, duro e

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perverso, eliminando centenas de pessoas por ano, mormente jovens. As quadrilhas fizeram

dos assentamentos populares verdadeiras poliarquias, concorrendo com o Estado brasileiro.

Não há força policial, com ou sem UPP, capaz de reverter esta situação sem políticas

compensatórias e sem um processo de urbanização que leve acesso viário e poder público,

integrando os assentamentos à cidade. Não há plano diretor de segurança pública que possa

dar certo, senão no âmbito de um plano diretor de desenvolvimento urbano voltado para as

periferias e assentamentos de características subnormais e que preveja políticas

compensatórias, acessos viários, integração e a presença do governo e dos serviços públicos.

Até lá, não há guerra vencida; no máximo algumas batalhas. Apenas para ficar na Bahia, a

última pesquisa do IPEA sobre assentamentos subnormais identificou, em dezembro de 2013,

cerca de 820 mil pessoas vivendo nestas áreas.

Fiz esta introdução sobre temas que os senhores estão cansados de conhecer para

ressaltar a importância que o ConCidades/BA pode vir a desempenhar na vida dos cidadãos.

Na Bahia, por visão e mérito do Gov. Jaques Wagner, o ConCidades teve existência legal

antes de qualquer obrigatoriedade, ou seja, não como liberalidade, mas como uma política de

Governo. Ademais, aqui, o ConCidades passou a ter caráter deliberativo em políticas públicas

de desenvolvimento urbano e tornou-se, por lei, um Órgão Colegiado da Secretaria de

Desenvolvimento Urbano.

Não sei se tecnicamente os membros do Conselho são considerados servidores

públicos, mas no meu entendimento o são: nomeados pelo Governador mediante decreto e

fazem parte de um Órgão Colegiado de uma Secretaria. Assim, neste meu entendimento os

senhores passam a ter fé pública e as obrigações de um servidor público com deveres de

lealdade, probidade e, sobretudo, de zelar pelo interesse público acima de interesses próprios,

de grupos e outros interesses privados no exercício da elaboração ou da discussão de políticas

públicas. Sei das dificuldades para agirmos desta forma. Régis Debray adverte, a propósito do

Estado sedutor ou midiático em que vivemos: “... hoje, ao contrário, temos um estado

obcecado pela opinião pública, pela lógica da demanda e não pela oferta. Procura-se

determinar o mais precisamente possível o que as pessoas desejam. Com este objetivo, elas

são entrevistadas, o mercado é explorado; em seguida, a política é orientada de acordo com as

opiniões e necessidades. Isso não favorece nem a vontade política, nem a racionalidade, mas

sim o cunho da emoção, da demagogia e de uma certa docilidade.” Estamos vivendo no

contexto do Estado Sedutor e acabamos, por mais que não queiramos, absorvendo alguns dos

seus valores. É preciso no exercício da nossa função exercer constante autocrítica para evitar

os reflexos negativos da sedução e da midiatização na elaboração de políticas públicas.

Aqui não deixamos de ser, de alguma forma, um exemplo da prática da democracia

direta. Creio que a democracia representativa está em crise e sob questionamento no mundo

inteiro por dois motivos principais. O primeiro, o deus mercado que subjugou e manteve

refém as instituições da democracia representativa e as obriga a agir de acordo com suas

regras, pouco importando convicções e interesse público nacional. O mercado, concentrado na

mão de poucos, com a globalização e instantaneidade de mover recursos e investimentos pode

destruir da noite para o dia a economia de um país que teime em ser soberano e obter rendição

incondicional dos poderes constituídos sem consulta à população que vai pagar a conta:

qualquer rebaixamento do ranking de um país ou declará-lo sem grau de investimento é um

tumulto na economia e provoca reações e demonstrações imediatas de subserviência ao

mercado. Este mercado paira acima de ideologias e partidos.

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Assim a democracia representativa está sendo humilhada pelo mercado e caindo no

descrédito das sociedades. Paradoxalmente, outra globalização, por razões diametralmente

opostas, põe em xeque a democracia representativa: a internet, entendida principalmente

como uma tecnologia de troca que permite que todos os excluídos de um espaço público, que

foi vedado há muito tempo pela comunicação institucional, tomem a palavra, dirigindo-se aos

seus amigos, a sua comunidade e também, e exatamente, com a mesma facilidade, a todo o

planeta. É um dos últimos locais que se pode escapar à dominação onipresente da propriedade

privada. Antes da internet, a oposição entre pontos de vista era apresentada de maneira

assimétrica: de um lado, os discursos mantidos pelos responsáveis econômicos e políticos na

defesa do que, na realidade, em sua maioria, não passam de uma soma de interesses privados.

Do outro lado, as demandas populares que se exprimem sob a forma de reivindicações

sociais, expressão direta, não midiatizada ou pouco midiatizada. Havia um acesso desigual à

palavra pública da parte dos interesses que estivessem em conflito nos sistemas social e

econômico com clara vantagem para o establishment. A internet promoveu o acesso e a

simetria, restabeleceu o acesso ao espaço público – ainda que virtual – e, sobretudo, ressaltou

a percepção que as razões impeditivas do exercício da democracia direta – como a dificuldade

de consulta constante à sociedade – estão sendo extintas pela tecnologia e comunicação em

tempo real. Então para que a democracia representativa, se posso exercê-la diretamente? E,

em decorrência, o que vemos no mundo inteiro é a contestação da democracia representativa e

a rejeição dos seus agentes pelas redes sociais e pelos movimentos e manifestações de rua.

Sabemos, entretanto, que mesmo com a consulta permanente tornando-se possível,

existem grandes dificuldades para o exercício da democracia direta e, por uma questão

metodológica, a democracia representativa deverá sempre ser mais eficiente sob o aspecto de

gestão. Cabe inferir, então, que caminharemos para um modelo híbrido onde a formulação e

elaboração de políticas públicas e diretrizes gerais serão objeto de uma democracia direta e a

gestão será exercida mediante a democracia representativa. Não deixa de ser o modelo

adotado pelo Governo do Estado da Bahia para a política de desenvolvimento urbano e para o

ConCidades. Deveremos, portanto, procurar seriamente desenvolver este novo modelo de

governança que reúne a democracia direta e a democracia representativa. Temos que exercitar

pacientemente a negociação, pois este modelo é novo, sem experiência prévia, iniciado no

Brasil com a adoção do orçamento participativo e agora mediante Conselhos de Políticas

Públicas.

A nova gestão do ConCidades é o início de mais um trabalho que, tenho certeza, será

profícuo. Parabéns a todos os Conselheiros.

Manuel Ribeiro Filho

Presidente do Conselho Estadual das Cidades da Bahia

Secretário de Desenvolvimento Urbano

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.

Apresentação

No dia 27 de março de 2014 deu-se o início dos trabalhos do Conselho Estadual das

Cidades da Bahia, com a cerimônia de posse dos seus novos integrantes, eleitos na 5ª

Conferência das Cidades realizada em agosto de 2013, para a gestão 2014/2016. O evento foi

conduzido pelo Governador da Bahia, Jaques Wagner e pelo Presidente do ConCidades/BA,

Manuel Ribeiro Filho. Em seu discurso de abertura dos trabalhos de 2014, o Governador deu

ênfase ao papel do ConCidades/BA, a sua importância na vida dos cidadãos e a relevância da

democracia participativa, ainda que existam dificuldades para o exercício da mesma no que

se refere a articulá-la com o exercício da democracia representativa. Deve-se buscar

incessantemente construir uma metodologia de gestão onde a formulação e elaboração de

políticas públicas e diretrizes gerais sejam objetos de uma democracia direta, participativa, e a

gestão seja exercida mediante a democracia representativa. Este pode ser um novo e mais

legítimo modelo de governança.

Tanto Jaques Wagner como Manuel Ribeiro Filho, durante a posse dos/as

Conselheiros/as, reafirmaram a concepção de que a política deve ser a expressão da decisão

da sociedade, sobre o que ela pensa e o que quer para si. A rigor, os interesses da sociedade é

que deveriam apontar quais as políticas a serem implementadas, mas, infelizmente, o quadro

atual é de hegemonia absoluta da economia, que determina a política, quando deveria ser

exatamente o inverso. Ainda hoje não se compreende o real papel da democracia participativa

e, por isso, esta vive em permanente ameaça. O Governador Wagner, no seu discurso durante

a posse dos novos membros do ConCidades/BA, fez uma afirmativa absolutamente verdadeira

quanto a esta questão: As instâncias democráticas são diferenciadas, legitimidades

diferenciadas, mas absolutamente complementares. Da mesma forma, o caráter deliberativo

do ConCidades/BA impõe aos seus membros a compreensão do seu papel dentro da

organização do Estado no sentido de se ter a real dimensão de como funciona para, então,

subverter o modelo, instituir e consolidar a cultura da democracia participativa.

São exatamente estes aspectos abordados, tanto pelo Governador como pelo

Presidente do Conselho, que têm norteado as ações do ConCidades/BA. A gestão iniciada em

27 de março de 2014 recebeu ônus e bônus da gestão que se encerrou em dezembro de 2013.

Felizmente a herança é mais positiva, pois a expressiva maioria das ações desenvolvidas no

último período referenciou as inúmeras ações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano

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quanto à implementação de Políticas de Habitação, Saneamento Básico, Mobilidade e Gestão

Territorial.

Feitas essas reflexões sobre o contexto conceitual e institucional em que o ConCidades

está inserido, o presente relatório trata das ações e atividades desenvolvidas nas instâncias do

ConCidades/BA, ao longo de 2014. A atuação das Câmaras Técnicas - onde se travam os

debates e se elaboram as políticas específicas de Habitação, Saneamento, Mobilidade e

Gestão Territorial Urbana -, foi muito positiva, com os seguintes destaques:

1. A Câmara Técnica de Habitação (CT HAB) se consolidou como integrante do

Sistema Estadual de Habitação de Interesse Social – SEHIS -, e contribuiu de forma

propositiva para as ações de melhoria da habitação de interesse social no Estado da

Bahia. A institucionalização dos três grupos de trabalho - Pós-ocupação, Cadastro e

Urbanização de áreas precárias -, consolida este processo, influenciando objetivamente

também na consolidação do Fórum Pós-ocupação da RMS, cuja coordenação está sob

a responsabilidade da Coordenadora do Trabalho Social da CAIXA. Essa experiência

foi ampliada para o interior do Estado da Bahia, levando aos municípios alternativas

quanto ao tratamento dos problemas da pós-ocupação. Ao recomendar que as

Superintendências Regionais da CAIXA também criem seus Fóruns Pós-Ocupação nas

outras quatro SRs, o ConCidades/BA cumpre um nobre papel de pensar na qualidade

das políticas públicas de desenvolvimento urbano para todo o estado da Bahia. Vale

ressaltar que esta ação tem sido referência em nível de outros estados brasileiros. Os

demais GTs da CT HAB também apontaram a interiorização de suas ações. O GT

Cadastro indica a necessidade de constituição do Cadastro Único de Demandas por

Habitação de Interesse Social, e o GT Urbanização de Assentamentos Precários indica

a necessidade de articulação com os movimentos sociais, iniciando diálogos com a

CONDER, o SINDUSCON e a CAIXA para equacionar as obras paralisadas do PAC

e do FNHIS.

2. A Câmara Técnica de Mobilidade (CT MOB), em que pese a Coordenação da CT

MOB ter se envolvido diretamente na estruturação da COPA do Mundo em Salvador,

discutiu temas estratégicos, a exemplo do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico

da Macro Área de Influência da Ponte Salvador - Ilha de Itaparica, dos Projetos de

Mobilidade Urbana da RMS, da criação da Entidade Metropolitana da Região

Metropolitana de Salvador, do Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias

no Estado da Bahia - PREMAR II e da Política de Segurança nas rodovias baianas. A

CT MOB discutiu também sobre o Processo Licitatório do Sistema de Transporte

Coletivo de Salvador e avaliou sobre como foi a mobilidade em Salvador durante a

Copa do Mundo 2014. No balanço geral do seu funcionamento, o prejuízo ficou por

conta da impossibilidade, ocasionada por diversos fatores, de retomada do GT

Mobilidades, instituído em meados de 2013. Este GT, junto com a CT, tem a

responsabilidade de refletir e elaborar minuta da Política de Mobilidade Urbana

(PMU) e do Plano de Mobilidade Urbana (PLANMOB), tarefa que será retomada em

2015.

3. A Câmara Técnica de Planejamento e Gestão Territorial Urbana (CT PGTU) ao

longo de 2014 focou no fortalecimento da própria CT, redefinindo, inclusive, o seu

papel e atribuições quanto ao incentivo à criação dos Conselhos Municipais. Produziu

a Resolução nº 005, homologada pelo Governador Jaques Wagner e publicada em

Diário Oficial do Estado em 30/06/2014, que visa ao fortalecimento, criação e

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instalação de CONCIDADES Municipais, consolidando seu papel, em parceria com a

Secretaria Executiva deste Conselho. Esta parceria se estende na construção dos

instrumentos de participação social, em especial do “Potencial de Criação de

Conselhos Municipais com a participação do Conselheiro Estadual”, no contexto do

Programa de Assistência Técnica aos Municípios que será desenvolvido pela

Superintendência de Gestão Territorial (SGT)

4. A Câmara Técnica de Saneamento (CT SAN) contribuiu efetivamente com a

capacitação dos Conselheiros em cada encontro realizado em 2014, através de

palestras e discussões sobre saneamento básico, sempre direcionadas ao

aperfeiçoamento da CT. Um tema muito debatido, ao longo do ano, foi o Conselho

Consultivo da AGERSA, que, pela Lei de sua criação, é a CTSAN. Entretanto,

considerando que a CTSAN é parte da estrutura do ConCidades/BA, impõe-se a

necessidade de se refletir qual o modelo de funcionamento deste Conselho na

AGERSA, uma vez que, além do ConCidades/BA ter caráter deliberativo, a AGERSA

não se submete ao seu crivo. Do acúmulo destas discussões, aponta-se para a

necessidade de um regimento próprio, que atue de forma independente da CTSAN,

ainda que tenham os mesmos integrantes, para que se possa, efetivamente, incorporar

as questões de regulação e fiscalização das ações de saneamento no Estado.

Por fim, pode-se afirmar que o funcionamento do primeiro ano deste terceiro período de

gestão do ConCidades/BA foi igualmente positivo, em que pese a conjuntura política do

segundo semestre de 2014, quando foram suspensas as atividades dos meses de setembro e

outubro por conta do período eleitoral, um momento que compreensivelmente envolveu os/as

conselheiros/as, enquanto sujeitos políticos, no processo democrático em suas

regiões/territórios de identidade.

Saudações Democráticas!

Micau Barreto

Secretária Executiva

Conselho Estadual das Cidades da Bahia (ConCidades/BA)

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Março

A primeira reunião de 2014 ocorreu em 28 de março, sob a coordenação do Secretário

de Desenvolvimento Urbano e também Presidente do ConCidades/BA, Manuel Ribeiro Filho.

Alguns temas importantes foram tratados, a exemplo da criação do GT Pós-Ocupação

dentro da Câmara Técnica de Habitação, composto por representantes dos movimentos

sociais, SEDUR, CONDER, CAIXA, construtoras, prefeituras da RMS (Camaçari, Candeias,

Lauro de Freitas, Simões Filho). Este GT discute os graves problemas enfrentados nas

unidades entregues do PMCMV, sobretudo quanto aos contemplados na primeira etapa do

programa, as dificuldades do acesso ao transporte coletivo, pavimentação, saneamento básico,

entre outras questões, além de acompanhar esses passivos e produzir diagnósticos de demanda

dos novos empreendimentos habitacionais pelas prefeituras e construtoras envolvidas. Ou

seja, aqueles empreendimentos acima de 500 unidades habitacionais terão que relacionar

todos os serviços oferecidos num raio de até um quilômetro, e, onde não tiver garantia de

construção de escolas, postos de saúde etc., as construtoras terão que assegurar a construção.

O GT também acompanha a disponibilidade de outros serviços, como Correio, Coelba e

Embasa etc., promovendo visitas de representantes desses setores aos locais onde estão

localizados os empreendimentos habitacionais para constatação desta realidade. Pode-se

afirmar que tem produzido resultados positivos. Do total de noventa e seis (96)

empreendimentos na Região Metropolitana, quarenta e cinco (45) estão localizados na cidade

do Salvador.

O GT Pós-Ocupação apresentou os seguintes encaminhamentos:

1) Garantir espaço de diálogo e aprofundamento das questões e alternativas de

solução;

2) Estreitamento das relações entre os entes envolvidos;

3) Segmentação das demandas por órgão;

4) Priorização das demandas por empreendimento;

5) Reunião com a administração dos Correios para melhorar a entrega de

correspondências nos empreendimentos;

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6) Reunião com SSP e Polícia Militar para estabelecer um diálogo sobre a

segurança nos empreendimentos;

7) Documento ao Governador solicitando priorizar as famílias do MCMV nos

programas estaduais;

8) Documento à CAIXA, com demandas específicas;

9) Reunião com Síndicos e Subsíndicos para identificar as prioridades de cada

condomínio;

10) Articulação com a Coordenação do Programa Vida Melhor na Casa

Civil do Governo, visando estabelecer parcerias para ações de geração de trabalho

e renda em:

Projetos experimentais com a EBDA (hortas, frutas, meliponicultura,

etc);

Articulação da Secretaria de Desenvolvimento Social com as prefeituras

para atuação das Unidades de Inclusão Socioprodutiva (UNIS);

Inserção da atuação das UNIS nos projetos do Estado;

Ações de orientações e prospecção de parcerias com as entidades do

PNHR;

11) Ação de Cidadania no Bosque das Bromélias (2.400 uh) com os

serviços, através de:

Tribunal Regional Eleitoral, para transferência e emissão de título de

eleitor, criação de seções eleitorais no empreendimento;

Secretaria Estadual de Trabalho para emissão de carteiras de trabalho,

cadastramento no serviço de intermediação de mão de obra, inscrição em

cursos profissionalizantes;

Secretaria Municipal de Combate à Pobreza para atendimento ao

Programa Bolsa Família e orientações sobre a desnutrição infantil, com

pesagem de crianças;

12) Reunião com a Supervisão Técnica de Engenharia (CAIXA) para

discutir alguns itens do projeto, visando atender melhor às necessidades do

público do MCMV nos projetos em análise;

13) Reunião com as concessionárias COELBA e EMBASA sobre

orientações e ajuste de procedimentos para as ligações domiciliares;

14) Constituição de Grupo de Estudo das normas do MCMV e das normas

reguladoras da ANEEL e ANA, buscando estabelecer uma atuação articulada para

coibir as transferências irregulares de imóveis;

15) Reunião com Ministério Público do Estado, para solicitar apoio nas

questões relacionadas à falta de atuação do poder público;

16) Documento ao Ministério Público solicitando intervir junto à Prefeitura

para resolver os problemas de transporte público nas áreas da Av. Assis Valente

(onde estão localizados 04 empreendimentos), Bosque das Bromélias, Quinta da

Glória e Recanto das Margaridas. Foram apresentados os seguintes Resultados

Indiretos:

Emissão das doze primeiras prestações do imóvel, para entrega do carnê

no ato de assinatura do contrato;

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Entrega do cartão do Programa Minha Casa Melhor na assinatura do

contrato;

Formação de grupos de trabalho intersetoriais nas prefeituras.

Para o planejamento de 2014, a Câmara Técnica de Habitação definiu como prioridade

discutir sobre:

1) Segurança Pública – para assegurar o direito à permanência dos beneficiários

nos imóveis;

2) Trabalho Social – para acelerar a implantação dos projetos pelo Poder Público;

3) Equipamentos Públicos – dialogar com as prefeituras para definir prioridades;

4) Dar continuidade às parcerias iniciadas em 2013, para viabilizar os projetos.

A Câmara Técnica de Mobilidade iniciou seus trabalhos apresentando os critérios

para o seu funcionamento:

1) Horário de funcionamento com tolerância de 15 minutos;

2) Divulgação do local em que ocorrerá a Câmara, somente após confirmação, e

com antecedência;

3) Local acessível para locomoção das pessoas;

4) Indicação de linhas de ônibus para auxiliar os conselheiros a chegar ao local de

funcionamento da Câmara;

5) Definição de pauta de trabalho para as próximas reuniões da CT;

6) Indicação de dois Conselheiros da Câmara Técnica de Mobilidade para atuar

junto aos projetos do SVO: Dejanira Roberta de Morais Borges (Vera Cruz) e

Cláudio Lisboa da Silva (Taperoá);

7) Solicita-se que a Câmara Técnica de Habitação tome conhecimento sobre

alguns problemas ligados à temática da ocupação e pós-ocupação das unidades

habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida na região de Itabuna e Ilhéus.

8) Plano de Trabalho para o primeiro semestre de 2014:

Acompanhar os projetos do SVO;

Discussões sobre a política estadual de mobilidade urbana;

Discussão sobre o transporte público e mobilidade urbana na RM;

Discussão sobre os pedágios.

A Câmara Técnica de Planejamento e Gestão Territorial Urbana (PGTU), por sua

vez, definiu dois eixos básicos de discussão:

1. O Sistema Viário Oeste (SVO), sendo apresentados os objetivos e as questões

técnicas do Projeto, chegando-se a conclusão da necessidade de se constituir um

grupo de acompanhamento dessa discussão técnica, pois a ponte

Salvador/Itaparica é um projeto grande e polêmico;

2. A Implantação do Programa de Assistência Técnica aos Municípios,

considerando a atual situação dos Conselhos Municipais na Bahia, que, no quadro

geral, identificou setenta (70) Conselhos instituídos, contudo, apenas quarenta e

três (43) em atividade.

O NÚCLEO da SGT, que acompanha o CONCIDADES, aponta a necessidade de:

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1. Incentivar a estruturação e fortalecimento dos Conselhos;

2. Buscar formas de interlocução entre os Conselhos Municipais;

3. Estimular a troca de experiências e integração nas políticas públicas;

4. Sistematização de Informações sobre os Municípios Baianos;

5. Mapeamento das Informações Sistematizadas;

6. Elaboração de Banco de Dados;

7. Apoio Técnico para instituição dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento

Urbano.

A Câmara Técnica de Saneamento apresentou os seguintes encaminhamentos:

1. Criar site do ConCidades capaz de armazenamento de informações diversas;

2. Apresentar e aprovar o decreto da Lei 11.172/08;

3. Capacitação permanente – 1ª oficina: panorama geral do saneamento; data

sugerida: 10 e 11/04 ou 08 e 09/05;

4. Estabelecer um calendário e temas para as reuniões da Câmara Técnica de

Saneamento.

Podemos extrair as seguintes reflexões com relação à:

1. Habitação

a) A burocracia é um entrave quando se trata de obter informações sobre as obras

em andamento, as obras paralisadas, os conjuntos habitacionais inacabados, pois

estes, às vezes, não permitem acesso a todos os dados.

b) É preciso apresentar à Caixa e ao Ministério das Cidades uma matriz, quanto à

localização, infraestrutura (principalmente transporte coletivo), inclusive de

equipamentos que não sejam apenas comunitários, mas também os particulares

(como açougue, padarias etc.), assim como o tamanho do equipamento - para

dimensionar as ações que se devam tomar e fazer as intervenções necessárias, com

o apoio da SEDUR.

c) É necessário que se estabeleça um programa de melhoria qualitativa e

urbanização dos assentamentos.

Com relação ao último item, vale ressaltar que o Presidente do Conselho informou

que está em curso a elaboração de um concurso público para mostrar o tipo de

urbanização para as áreas informais e, a partir daí, tentar traçar uma política pública

para deixar como legado para o próximo governo.

2. Mobilidade e PGTU

a) É fundamental a integração do sistema intermodal interligado com uma

política tarifária, e um olhar sobre a mobilidade nas periferias. Em Cajazeira, por

exemplo, o simples fato de haver um caminhão parado na via provoca transtornos

irreparáveis na vida das pessoas, e isso não é só uma questão de disciplina, é de

geografia. Assim como se busca solução para o problema do tráfego nos grandes

corredores da cidade, devem-se resolver os problemas vividos pela população das

periferias, para que estas áreas não fiquem intransitáveis.

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b) Como a questão da mobilidade está interligada com uso e ocupação do solo de

forma racional e planejada, se a política de mobilidade urbana não estiver

interligada com o uso adequado do solo, essa política não vai a lugar algum.

c) A política do transporte coletivo deve ser clara por parte dos governos para que

as ações implementadas surtam efeitos na mobilidade. Se forem feitas apenas

intervenções pontuais na cidade do Salvador, por exemplo, o problema da

mobilidade persistirá.

d) O Sistema Viário Oeste (SVO) é muito mais que um projeto financeiro, é um

projeto de desenvolvimento urbano e econômico, considerando que no futuro se

terá muito mais que uma demanda habitacional e, para atender a demanda que vai

surgir com a implementação desse projeto, deve-se ter propostas viáveis e capazes

de enfrentar os problemas, caso contrário, a ocupação desordenada da Ilha de

Itaparica será intensificada. Deve-se atentar para a questão econômica do projeto,

sobretudo com sua viabilidade no aspecto da quilometragem reduzida, menor

quantidade de combustível consumido, redução no tempo do percurso, melhoria

do transporte, uma série de questões que impactam diretamente na vida das

pessoas. Portanto, se faz necessário projetar qual o impacto desse projeto para a

sociedade, porque uma coisa é ter noção da melhoria que uma obra dessa natureza

vai trazer para o cidadão, e a outra, é que beneficio se trará para a iniciativa

privada, pois são concepções antagônicas: ao empresariado interessa o lucro, à

sociedade interessa quais melhorias que impactarão diretamente na qualidade de

vida da população envolvida.

e) Quanto ao PDDU e à LOA, em Salvador, é lamentável viver em uma cidade

onde não se tem nenhum dos projetos mais importantes que regulam a

convivência harmoniosa entre sociedade e o ente federativo responsável em adotar

medidas necessárias e eficazes para disciplinar o uso racional do solo, a

convivência conflituosa entre os diversos grupos que convivem na cidade. O

judiciário está decidindo essa questão, na forma de modulação, como uma brecha

encontrada na lei para regular a questão. A justiça diz que projeto de lei que não

cumpre sua função social e não obedeça ao trâmite legal, volta para a lata do lixo.

O Presidente do Conselho ressalta que concorda com a avaliação de que o PDDU

não obedeceu ao trâmite legal, mas discorda que desembargadores fiquem criando

PDDU, pois quem deve elaborar o projeto é urbanista, porque é quem, de fato,

entende do assunto.

3. Saneamento Básico

a) Saneamento é uma questão séria e deve-se ter uma política para o setor, porque

a Embasa não tem vocação para atender às pequenas localidades, sobretudo

considerando que a Bahia tem 417 municípios onde a maior parte deles tem essa

característica, além dos distritos, povoados desses municípios, que sequer são

contemplados com os serviços de água e esgoto. É fundamental se pensar uma

política para reestruturar o setor, levando em consideração essas particularidades

dos pequenos municípios do nosso Estado.

b) A contaminação do solo nos pequenos municípios, devido à questão dos

resíduos sólidos, tem que ser resolvida. O governo federal vem ajudando, mas o

passivo dos municípios é muito grande, sacrificando-os ainda mais porque eles

não podem instituir cobrança de taxas de lixo. Devem-se equacionar esses

problemas.

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Maio

Um dos temas debatidos em maio foi o Concurso de Ideias de Arquitetura e

Urbanismo para projetos de urbanização de favelas, que trata da seleção de ideia inovadora

de caráter arquitetônico, urbanístico, paisagístico e, sobretudo, de promoção social para as

áreas urbanas mais pobres das regiões metropolitanas e das cidades do Estado da Bahia. É um

concurso de âmbito nacional, promovido pela SEDUR, organizado pelo Instituto de

Arquitetura do Brasil (IAB), seção Bahia, e aberto a pessoas físicas e/ou jurídicas.

O objetivo central do Concurso é receber propostas que possam contribuir com

projetos de qualidade para a melhoria urbana das áreas precárias e sirvam de referencial para

programas urbanos promovidos pelas próximas gestões do Estado. O objetivo é, portanto,

aglutinar as melhores propostas de profissionais da área, sugerindo alternativas de

urbanização dessas áreas, o que não aconteceria se fosse contratada a elaboração de um

projeto de urbanização com os atuais padrões. Ou seja, seguindo o modelo tradicional.

Os estudos elaborados pela SEDUR indicam que quase 70% (setenta por cento) de

áreas urbanas de Salvador/RMS são áreas precárias e nelas residem as populações mais

pobres, com renda familiar de até 03 salários mínimos. Para o concurso, foi selecionada a

localidade de Baixinha do Santo Antonio, que fica em São Gonçalo do Retiro, em Salvador,

onde mais de 70% (setenta por cento) dos domicílios a renda é de até 01 salário mínimo.

Além da renda, a seleção da área foi feita utilizando critérios de densidade populacional,

tipologia geográfica com o predomínio de encostas que oferecem riscos para a população e a

inexistência ou baixo índice de oferta de prestação de serviços públicos urbanos. O processo

de escolha das propostas apresentadas será feito por uma comissão julgadora, composta por

sete membros, indicados pela SEDUR e IAB, e as propostas vencedoras receberão prêmios

de: R$ 150 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e de R$ 50 mil para o

terceiro.

As propostas selecionadas passam a ser de propriedade do Estado, garantindo os

direitos autorais. As propostas devem contemplar os seguintes eixos: planejamento

urbanístico, infraestrutura, mobilidade urbana e acessibilidade, equipamentos públicos e

comunitários, estudos habitacionais e ambientais, gestão e promoção social.

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Com relação ao tema, foram ressaltadas as seguintes questões:

1. A importância da demarcação, nessas áreas, de espaços para implementação de

equipamentos públicos, garantindo assim a prestação de serviços públicos, pois

está acompanhando a implementação das Bases Comunitárias da Polícia Militar e

essa questão é gritante;

2. Este concurso estimula a participação e o surgimento de boas propostas, a

exemplo do projeto de Brasília, o BNH, entre outros;

3. Os recursos para a execução do concurso estão contemplados no orçamento da

SEDUR, e a premiação será garantida pelo Governo do Estado da Bahia;

4. É importante para os profissionais contemplados verem seus projetos

reconhecidos e executados;

5. A ideia do projeto, de acordo com os Termos de Referência, é de fazer as

intervenções sem remoção das pessoas e, quando isso for necessário, deve-se

garantir às famílias afetadas o direito de permanecer na sua comunidade de

origem, ou seja, no próprio bairro;

6. A participação popular na construção deste projeto é importantíssima porque a

moradia da família deve estar contextualizada com os equipamentos e serviços

públicos, e os projetos habitacionais devem ser implantados em locais já com o

mínimo de infraestrutura para não onerar ainda mais os municípios;

7. A elaboração de projeto desta natureza deve compreender a vida dos

moradores e sua vivência com a coletividade, e é necessária uma avaliação pós-

ocupação para ver se os resultados esperados foram atingidos, tanto por parte dos

moradores, quanto por parte do Estado;

8. O CONCIDADES, a SEDUR e o IAB estão de parabéns pelo caráter

democrático no processo de elaboração deste concurso, mas deve ficar claro se o

projeto atende a uma necessidade de requalificação urbana ou uma reurbanização

integrada, pois quando se faz uma reurbanização pode-se criar novos espaços

levando-se em consideração a urbanização já existente. Nestas áreas, há

necessidade de uma reurbanização, criando espaços urbanos adequados à

realidade, considerando que a requalificação urbana só faz alguns melhoramentos

nas localidades preexistentes;

9. A participação da comunidade e as questões sociais locais devem ser vistas

com cuidado e deve ser criada uma Comissão com moradores da comunidade para

ser consultada, permitindo a sua participação em todas as etapas do processo.

As reuniões com a comunidade já estão acontecendo, pois um dos pressupostos

fundamentais do projeto é a participação para a elaboração e execução dos projetos. O

Termo de Referência contém objetivos, diretrizes e metas que foram discutidos com as

lideranças comunitárias da Baixinha de Santo Antônio.

CÂMARAS TÉCNICAS e seus encaminhamentos:

a) CT Planejamento e Gestão Territorial Urbana (PGTU)

Ampliação do Plano de Ação para a Criação e ou Fortalecimento dos

Conselhos Municipais;

Identificação dos Conselheiros em seus Territórios;

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Inclusão do tema O Fundo de Desenvolvimento Urbano para os

Municípios na pauta da próxima reunião.

a) CT de Saneamento

Promover um processo de aperfeiçoamento da CTSAN do

ConCidades/BA, com ênfase nas questões que envolvem o setor de

saneamento básico, visando dar suporte na estruturação e fortalecimento

do Conselho Consultivo da AGERSA, o qual é constituído da própria

CTSAN;

Ampliar o nível de informações do Conselho Consultivo da AGERSA/

CTSAN do ConCidades/BA, de forma que possa melhorar seu

desempenho no exercício de suas atribuições;

Contribuir com a prática do controle social nas políticas públicas de

saneamento básico.

Considerações sobre o Programa de Aperfeiçoamento:

a. O Programa tem caráter contínuo e permanente e será desenvolvido em

módulos, detalhando apenas os dois primeiros, pois os demais deverão ser

planejados de forma participativa nas reuniões da CTSAN e/ou Conselho

Consultivo da AGERSA, sempre subsidiados pelas demandas emergentes dos/as

conselheiros/as e pelos resultados obtidos em cada um dos módulos;

b. Os módulos serão planejados e definidos no início de cada semestre, quando a

AGERSA deverá realizar os devidos encaminhamentos, referentes ao

levantamento de custos, logística e demais itens necessários para viabilizar os

módulos em questão;

c. Os módulos deverão ser realizados a cada dois meses, sempre nas semanas que

ocorrem as reuniões ordinárias da CTSAN, sem Pleno, até no máximo oito dias

antes da data marcada para esta reunião. A proposta inclui o item

Contextualização /Justificativa, que aborda:

O papel da CTSAN como Conselho Consultivo da AGERSA;

As ações educativas, informativas e sensibilizadoras promovidas

pela AGERSA;

A CTSAN renovou com novos conselheiros e estes necessitam

aprimorar seus conhecimentos sobre as questões do saneamento

básico;

A necessidade de capacitação permanente dos conselheiros;

O interesse da AGERSA em possuir um Conselho Consultivo

forte, atuante e competente, para fortalecer a própria Agência de

Regulação. Sobre os Conteúdos/Temas dos Módulos do Programa

de Capacitação:

Módulo 1

Visão Geral dos principais aspectos, instrumentos e desafios

referentes às Políticas de Saneamento Básico:

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Lei nº 11.445/2007- Diretrizes nacionais para o saneamento

básico e para a Política Federal de Saneamento Básico;

Lei nº 11.172/2008 – Política Estadual de Saneamento Básico e

o processo de construção do Decreto que regulamenta esta lei

por meio do GT RESAN;

Lei nº 8.987/95 – Concessão de Serviços Públicos (Regulamenta

o art. 175 da Constituição) e Lei nº 11.107/2005 – Normas

Gerais de contratação de Consórcios Públicos;

Lei nº 12.602/12, que cria a Agência Reguladora de Saneamento

Básico do Estado da Bahia (AGERSA), com destaque no seu

regulamento e estratégias de ação junto ao seu conselho

consultivo.

Módulo 2

Considerações referentes ao controle e participação social;

Instrumentos de participação e controle social com ênfase no

papel e competências dos Conselheiros;

Tarifa social para saneamento e CadUnico;

A Política Estadual de Educação Ambiental com ênfase no

saneamento ambiental;

O Programa de Educação e Mobilização Social para o

Saneamento (PEAMSS).

A CTSAN aponta a necessidade de dialogar com a AGERSA sobre a definição de

tarifas de esgoto, considerando número de habitantes dos municípios (escalonamento), a

exemplo do que já proposto pelo município de Várzea Nova.

O presidente do ConCidades, Manuel Ribeiro, fez as seguintes considerações:

1. Antes de se falar da AGERSA, deve-se ter em mente a questão da

Região Metropolitana e que a Prefeitura de Salvador já criou sua

agência de regulação dos serviços de saneamento básico. Com isso,

como a capital baiana passa a ter dois órgãos regulando os mesmos

serviços, é possível que a questão venha ser judicializada para

definição de competências. Por outro lado, como não se tem uma

legislação federal que regule os serviços nas regiões metropolitanas,

o poder judiciário deve ser chamado a definir essa questão através

de ação de inconstitucionalidade.

2. No roteiro do programa de capacitação há uma gama de leis e

direitos para se conhecer e discutir, mas também é necessária uma

discussão técnica (sistema unitário), para não ficar focado só na

legislação e tarifa. É fundamental que se discuta com a AGERSA

um plano de contas, um contrato de gestão com o Estado da Bahia,

para poder se apurar as tarifas.

3. É preciso criar um fundo, pois a taxa de esgoto no Nordeste é muito

onerosa, os municípios não têm capilaridade financeira para custear

o Sistema.

4. Observa a ausência da discussão sobre Resíduos Sólidos, cujo tema

considera necessário por conta da grande quantidade de lixo

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produzida pela sociedade, problema ainda muito grande tanto nos

pequenos municípios, como nos municípios de médio porte no

Estado, a exemplo de Ilhéus.

5. Deve-se pensar na ampliação da temática do programa de

capacitação e inserir a questão dos resíduos sólidos nos módulos

posteriores.

b) CT de Mobilidade

Sobre a duplicação da BR 415 Ilhéus/Itabuna e o acesso às praias de Ilhéus, o Diretor

Geral do DERBA, presente na CT MOB, apontou a necessidade de discutir mais o tema e

sobre as intervenções no Estado da Bahia (acostamento nas BAs, contornos), pois a

apresentação ficou na superficialidade do debate, ressaltando que a discussão em torno do

Porto Sul e da FIOL deve incluir as estradas porque estas obras irão interferir diretamente na

mobilidade da região. Concluiu-se que, ainda que este tema seja de competência de outras

secretarias, o ConCidades/BA precisa discuti-lo.

c) CT Habitação

A CT HAB, através dos seus Grupos Trabalho (GTs), pontuou as seguintes questões:

GT CADASTRO

Ampliação da ação de seleção por critérios no interior do estado,

através do processo de adesão à SEHIS;

Avaliação dos critérios de risco (inclusão de situações específicas:

famílias com doentes terminais);

Melhoria da qualificação dos cadastradores e do instrumento de

cadastro (ficha);

Análise do perfil da demanda x perfil da oferta;

Discutir critérios para atendimento ao centro antigo;

Elaborar resolução recomendativa no sentido da penalização dos

invasores dos empreendimentos de Habitação de Interesse Social

(HIS), que devem ser excluídos de qualquer programa de benefícios

quando enquadrados na faixa de interesse social.

GT URBANIZAÇÃO:

Necessidade de enfrentamento dos projetos/obras paralisados de

forma a dar resposta às comunidades beneficiadas;

Acompanhamento dos projetos de urbanização dos assentamentos

precários;

Participação das comunidades beneficiadas;

Apresentação do panorama destes projetos.

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GT PÓS-OCUPAÇÃO:

Formação e expansão do GT - fórum de pós-ocupação com o apoio

da caixa (2013/2014);

Necessidade de ampliação do GT para as demais regionais da

Caixa, sobretudo, para os municípios com população de 50 mil

habitantes;

Convidar prefeituras, conselheiros e regionais da Caixa para

participar da capacitação de síndicos e conselheiros dos

empreendimentos de SSA e Lauro de Freitas que acontecerá em

junho, dias 9 e 10.

O balanço do cadastro de demandas por Habitação de Interesse Social – HIS -

apontou:

O GT Pós-Ocupação deve ser regionalizado;

Alguns programas do PAC estão parados há dois anos, sendo preciso

resolver judicialmente;

A necessidade de criar o GT Urbanização para acompanhar essas

execuções;

Replicar o GT Cadastro para o interior do Estado, pois se na Região

Metropolitana tem uma participação significativa, no interior isso

ainda não aconteceu;

É preciso fortalecer a discussão da Política Estadual de Habitação,

unificando os cadastros.

Após discutir o processo de invasão dos empreendimentos já destinados ao Programa

MCMV por alguns grupos que caminham em contraposição aos critérios acordados e

definidos entre o Movimento Social e Governo, indicou-se a necessidade de providências que

penalizem os referidos invasores, reforçando a importância da Política de Habitação e a

necessidade de se buscar uma forma inibidora de novas invasões. O CONCIDADES deve

fazer urgentemente este debate, pois em Salvador essas invasões nas unidades habitacionais

do MCMV estão acontecendo frequentemente. A SSP deve ser acionada para que proceda a

abertura de inquérito policial e investigação quanto aos danos ao patrimônio público, para

uma posterior ação civil do Ministério Público. A SEDUR deve consultar o Ministério

Público e o setor jurídico do Estado sobre formas de evitar a continuidade deste processo, que

tem prejudicado e danificado os bens já destinados.

A CT HAB indica que as regionais da Caixa criem seus GTs Pós-Ocupação, tendo

como referência o modelo da Regional de Salvador.

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Julho

O ConCidades/BA tem sido objeto de estudo de graduandos, mestrandos e

doutorandos de diferentes instituições acadêmicas. No geral, se debruçam a investigar sobre o

avanço do processo democrático quanto à definição de políticas públicas de desenvolvimento

urbano, no nível de participação da sociedade civil e, sobretudo, em que medida a democracia

participativa tem interferido na mudança de mentalidade nas gestões públicas, a partir do

modelo de cogestão político-administrativo, que envolve a sociedade discutindo e construindo

conjuntamente com gestores eleitos através da democracia representativa. A doutoranda da

Universidade Federal da Bahia, Izabel Villela, também elegeu o ConCidades como objeto de

estudo, que tem como tema para a sua tese A qualidade da Comunicação no Aprendizado

Democrático em Conselhos Estaduais - Valor Educativo das Práticas e Estudo de Caso do

ConCidades-Bahia. Em julho Villela apresentou ao Conselho parte da sua pesquisa, focando

as normas e parâmetros estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), a partir de

1992, para o funcionamento da democracia participativa, ressaltando as críticas e

posicionamentos antagônicos promovidos por diversos autores. Abordou três visões

diferenciadas da democracia participativa, que consideram:

1. A efetividade da participação só será possível a partir da vontade do governo,

atuação da sociedade civil organizada, pactuação política do legislativo;

2. A participação é resultado de uma construção política conjunta, que se efetiva

com sua constante modulação diante da prática;

3. A comunicação é a ferramenta mais eficaz na democracia participativa.

Baseada nestas três concepções, Izabel Villela se alinha com a última, onde a

comunicação é uma ferramenta estratégica dentro da aprendizagem participativa e que

funciona como um processo, ou seja, a aprendizagem pela prática.

O debate sobre a temática apontou que a democracia participativa no Brasil é uma

concepção recente, fruto da incansável luta dos movimentos populares e sociais, e, ainda hoje,

o grande desafio é conciliar a democracia representativa com a democracia participativa.

Entretanto, não há como negar a importância da participação e controle social no que se refere

à implementação das políticas públicas para alavancar o desenvolvimento desse país.

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Foi reiterado que Concurso de Ideias de Arquitetura e Urbanismo para projetos de

urbanização de favelas é um Concurso Público Nacional de Ideias de Arquitetura e

Urbanismo e que será desenvolvido pelo Estado da Bahia, através da SEDUR, em parceria

com o Instituto dos Arquitetos do Brasil. O referido projeto trata das questões de

infraestrutura urbana, tendo como referência a comunidade de Baixinho de Santo Antonio,

localizado no bairro São Gonçalo do Retiro, cidade do Salvador, como representação das

injustiças e desigualdades sociais das cidades brasileiras. Seu objetivo, enquanto projeto

piloto, é deixar um diagnóstico de políticas públicas para as próximas gestões, a exemplo do

Projeto Bairro da Gente, pois é difícil a convivência, dentro da mesma cidade, com situações

antagônicas, a exemplo do IDH do Alto do Itaigara, comparado ao da Suíça, enquanto, ao

lado, o Nordeste de Amaralina e Santa Cruz, com seus IDH de países periféricos.

Outro tema tratado foi a Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador,

criada pela Lei Complementar nº 41/2014 e regulamentada pelo Decreto nº 15.244 de julho

2014, apresentado pelo Presidente do Conselho, ressaltando os seguintes aspectos:

Contextualização da Região Metropolitana de Salvador

Região Metropolitana existe desde 1973 por força da Lei Complementar Federal

n.º 14, de 1973, recepcionada pela Constituição Federal de 1988. O Estado da

Bahia trouxe para a Lei a participação popular e transparência quando instituiu, no

mecanismo de governança da Entidade, o Conselho Participativo, composto por

trinta membros representando os legislativos municipais e a sociedade civil.

Após a aprovação na Assembleia Legislativa da Lei Complementar Estadual, que

cria a Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador, o Estado

optou por discutir as questões metropolitanas numa Entidade em que todos os

Municípios participam e decidem à luz de um regimento, a ser elaborado pela

própria Entidade, e não através de diálogos isolados.

Principais impactos da decisão do STF na ADI 1842 – RJ, impetrada pelo

PDT:

a. A Região Metropolitana é compulsória, só dependendo da Lei

Complementar estadual (ou seja, não é necessário que o Município

concorde);

b. A criação da Região Metropolitana não transfere ao Estado-

membro competências municipais, mas obriga que os Municípios

exerçam algumas de suas competências de forma colegiada (regime

metropolitano de exercício de competências);

c. O Órgão Metropolitano é uma nova entidade por meio da qual

devem ser exercidas as funções públicas de interesse comum. As

decisões tomadas pelo Órgão Metropolitano vinculam todos os entes que

o integram. Por exemplo: um plano editado pelo Órgão Metropolitano

vincula tanto os Municípios localizados na Região Metropolitana, como

os órgãos estaduais;

d. Quem deve definir a estrutura de governança da Região

Metropolitana é a Lei Complementar Estadual;

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e. A decisão foi modulada, para produzir efeitos até dois anos da

data do julgamento – ou seja, para o STF, é razoável que a Região

Metropolitana do Rio de Janeiro (e, por extensão, todas as demais do

país) seja redimensionada até 06 de março de 2015. Por isso tornou-se

urgente que o Estado propusesse uma nova estrutura de governança para

a Região Metropolitana de Salvador;

Lei Complementar nº 41, de 13 de junho de 2014 - Cria a Entidade

Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador, dispondo sobre sua estrutura

de governança e sobre o sistema de planejamento metropolitano, institui o Fundo

de Mobilidade e de Modicidade Tarifária do Transporte Coletivo da RMS, atende

o art. 13 da Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, no âmbito da RMS,

autoriza a instituição do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da RMS, e dá

outras providências;

Decreto nº 15.244, de 10 de Julho de 2014 – (i) Aprova o Regimento Interno

Provisório da Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador; (ii)

até 120 dias da vigência deste regimento será discutido pelos membros da

Entidade o modelo de gestão e será encaminhado pelo Secretário Geral para

aprovação do Regimento Permanente;

O que é a Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador?

Autarquia Intergovernamental de Regime Especial, com caráter deliberativo e

normativo e personalidade jurídica de direito público. Participam

compulsoriamente os entes da Federação que integram a Região Metropolitana de

Salvador, nos termos das orientações fixadas pelo Supremo Tribunal Federal, no

julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade números 1.841 e 1.842;

Finalidade da Entidade Metropolitana - Exercer as competências relativas à

integração da organização, do planejamento e da execução de funções públicas de

interesse comum aos Municípios integrantes da Região Metropolitana de

Salvador. São funções públicas de interesse comum definidas na Lei: (i)

mobilidade urbana; (ii) transporte público de qualquer natureza; (iii) saneamento

básico; (iv) aproveitamento de recursos hídricos; (v) preservação do meio

ambiente; (vi) distribuição de gás canalizado; (vii) habitação popular; (viii)

manutenção da função social da propriedade imobiliária urbana; (ix) e, quando

houver impacto metropolitano, o ordenamento, a ocupação e uso do solo urbano.

Área de abrangência – 4.375, 12 km², ou seja, 0,77% da área do Estado;

População atingida – 3.884.435 habitantes (a população de Salvador é de

2.883.672 habitantes, correspondendo 74,23% da RMS);

PIB – 72.198.704 (mil reais), ou seja, 45,16% do Estado da Bahia (o PIB de

Salvador é 38.819.520 – representa 53,76% da RMS);

Área de Competência e Atuação (divisão Administrativa da Região

Metropolitana de Salvador) – Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Camaçari,

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Madre de Deus, Candeias, São Francisco do Conde, Dias D´Ávila, São Sebastião

do Passé, Mata de São João, Pojuca, Itaparica, Vera Cruz;

Estrutura de Governança: colegiado metropolitano – Secretário Geral,

Comitê Técnico (câmaras temáticas), Conselho Participativo (grupo de trabalho).

Integram a estrutura de governança da Entidade Metropolitana da Região

Metropolitana de Salvador:

(i) Colegiado Metropolitano – Governador do Estado e Prefeitos

dos municípios que compõem a RMS;

(ii) Secretário-Geral de Entidade Metropolitana - até que haja

eleição pelo Colegiado as funções de Secretário Geral da

Entidade Metropolitana serão exercidas pelo Secretário de

Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia;

(iii) Comitê Técnico – 03 representantes do Estado da Bahia; 03

representantes do Município de Salvador; 01 representante de

cada um dos demais municípios metropolitanos;

(iv) Conselho Participativo – 30 membros, sendo 01 representante

escolhido por cada Legislativo e os demais representantes da

sociedade civil pelo Colegiado.

Quorum de Instalação e Deliberação do Colegiado Metropolitano: a)

Estado da Bahia = 37, b) Salvador = 37, Camaçari = 07, Lauro de Freitas = 05,

Simões Filho = 03, Candeias e Dias D´Avila = 02, Itaparica, Madre de Deus, Mata

de São João, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião de Passé e Vera

Cruz = 01;

Finalidade e Composição do Comitê Técnico - Apreciar previamente as

matérias que integrem a pauta das reuniões do Colegiado Metropolitano e

assegurar a prévia manifestação do Conselho Participativo da RMS. O Comitê

Técnico é formado por 03 representantes do município de Salvador, 01

representante de cada um dos demais municípios metropolitanos e 03

representantes do Estado da Bahia;

Finalidade e Composição do Conselho Participativo – O Conselho

Participativo é formado por 30 membros, sendo 14 escolhidos pelo Poder

Legislativo dos entes metropolitanos - cabendo a cada um deles a escolha de 01 -,

e 16 escolhidos pelo Colegiado. Compete ao Conselho:

a) Elaborar propostas para a apreciação das demais instâncias da Entidade

Metropolitana;

b) Apreciar matérias relevantes previamente à deliberação do Colegiado

Metropolitano;

c) Propor a constituição de Grupos de Trabalho;

d) Convocar audiências e consultas públicas sobre matérias sujeitas a sua

apreciação por decisão do Colegiado ou do Comitê Técnico.

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Funções e Atribuições do Secretário Geral – (i) Representante legal da

Entidade Metropolitana, a quem cabe ainda dar execução às deliberações do

Colegiado Metropolitano; (ii) É eleito pelo Colegiado Metropolitano dentre os

integrantes do Comitê Técnico e poderá ser substituído a qualquer momento, por

decisão da maioria absoluta de votos; (iii) Na ausência do Secretário Geral, nas

reuniões do Colegiado, o Presidente designará Secretário Geral ad hoc, cuja

escolha não poderá recair em membros do Colegiado;

Da Participação Popular e Transparência - a participação popular será

assegurada através dos seguintes instrumentos:

a) Divulgação dos planos, programas, projetos e propostas, com

antecedência mínima de 30 dias;

b) Acesso aos estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e

ambiental;

c) Possibilidade de representação por discordância e de comparecimento à

reunião do Conselho Participativo e do Comitê Técnico para sustentação;

d) Uso da audiência e da consulta pública como forma de assegurar o

pluralismo e a transparência;

e) A Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador

convocará, sempre que a relevância da matéria exigir, audiências públicas

para:

Expor suas deliberações;

Debater os estudos e planos em desenvolvimento;

Prestar contas da destinação dos recursos dos fundos que

administra.

f) Poderão convocar audiências e consultas públicas: Secretário Geral;

Conselho Participativo, em matéria que esteja submetida à sua apreciação

por decisão do Colegiado ou do Comitê Técnico;

Sistema de Planejamento Metropolitano - É constituído pelos seguintes

planos:

Plano de Desenvolvimento Metropolitano;

Planos Setoriais Metropolitanos;

Planos Setoriais Locais. Define as diretrizes para o

planejamento metropolitano, inclusive para os planos setoriais

metropolitanos e planos setoriais locais.

A Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador editará:

a) Plano Setorial Metropolitano de Uso e Ocupação do Solo;

b) Plano Setorial Metropolitano de Habitação, Plano Setorial de

Mobilidade Urbana;

c) Plano Setorial Metropolitano de Saneamento Básico;

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d) Outros Planos Setoriais Metropolitanos, relativos a funções públicas de

interesse comum, nos termos de decisão do Colegiado Metropolitano.

Investimento e Financiamento:

a) Institui o Fundo de Mobilidade e de Modicidade Tarifária do Transporte

Coletivo da Região Metropolitana de Salvador (FMTC RMS);

b) Cria o Fundo de Universalização do Saneamento Básico da Região

Metropolitana de Salvador (Fusan RMS);

c) Autoriza o Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana de

Salvador (FRMS).

Sugestão dos Temas Prioritários de Organização e Planejamento:

a) Plano Diretor de Desenvolvimento Metropolitano;

b) Plano Metropolitano de Saneamento;

c) Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos;

d) Plano Metropolitano de Mobilidade;

e) Plano Metropolitano de Habitação de Interesse Social;

f) Sistema de Informação Metropolitano Georreferenciado.

Sugestão dos Temas Prioritários de Execução de Funções Públicas de

Interesse Comum: (i) Habitação Popular, (ii) Saneamento Básico, (iii)

Mobilidade, (iv) Transporte Coletivo.

Com relação aos questionamentos levantados e os aspectos supracitados, foram

enfatizadas as seguintes questões:

1. A mobilidade urbana, frente à licitação de concessão do transporte

coletivo realizada pela prefeitura de Salvador, e as questões do Estatuto das

Cidades no contexto da lei de criação da Entidade Metropolitana - A licitação

em questão parece mudar tudo e ao mesmo tempo não mudar nada, na medida em

que continuarão os mesmos empresários, os mesmo ônibus, pois a população

usuária do transporte coletivo de Salvador reclama não especificamente as

condições dos ônibus, mas sim as questões de infraestrutura da mobilidade

urbana, o longo tempo que se gasta para fazer determinados percursos e, neste

aspecto, a licitação não traz nada de novo, até porque, quando a prefeitura tentou

criar faixa exclusiva para os ônibus, a cidade virou um caos. Essa questão do

tempo gasto em deslocamento será discutida na Governança, e deverá ser tratada

na elaboração do Regimento Interno da Entidade Metropolitana, pois temos uma

gama muito grande de entidades atuando em diversas frentes e terão que ser

criados critérios de participação, atribuindo talvez pontuações; portanto, quem vai

definir os critérios de governança é a entidade. Quanto à vinculação da Entidade

Metropolitana com as questões do Estatuto das Cidades, a Lei se preocupou mais

com as questões jurídicas levantadas na ADIN do Rio Janeiro, pois foram

estudados voto a voto dos Ministros do Supremo.

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2. O papel da CONDER quanto ao planejamento das ações do Estado diante

da criação da Entidade Metropolitana - A CONDER dificilmente recupera o

papel de planejamento, pois a entidade tem a função executora dos projetos do

Estado e seu quadro técnico de planejamento foi deslocado para outros órgãos. A

Entidade Metropolitana definirá essa questão de planejamento da região.

3. A legislação da Entidade Metropolitana não trata da política de resíduos

sólidos - A questão de resíduos sólidos tem sido pensada, não é um problema

isolado da Região Metropolitana, mas de todo o Estado. A SEDUR está pensando

em um PMI para ser desenvolvido no Estado, onde será definido um modelo para

evitar que aterros sanitários criados não se tornem lixões no futuro.

4. Recurso financeiro na questão do Metrô - Já se tem um fundo garantidor da

modicidade das tarifas (Estado vai bancar). No mundo o modelo desenvolvido é

esse, onde a iniciativa privada entra para e explorar os serviços, cobrando uma

tarifa do usuário e o Estado subsidiando a outra parte, o que não será diferente na

questão do transporte coletivo. O governo federal não ficará insensível a essa

questão da RMS. Quanto aos recursos para esse fundo, os atores vão ter que

buscar uma alternativa, que pode vir através da criação de uma contribuição social

ou de outra linha perspectiva.

5. Participação social, no contexto da Entidade Metropolitana, pode ser

pensada com representação definida através de edital? Como será a execução

dessa política da RMS e como os outros municípios se relacionariam dentro

desse contexto? - Foi dado o arcabouço da Entidade Metropolitana. Agora ela

definirá sua forma de atuação, planejamento e governança. A Entidade não só é

constitucional como tem legitimidade para isso.

6. Sobre a criação de novas regiões metropolitanas, a exemplo da de Feira de

Santana - As regiões de Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna estão mais para

aglomerações urbanas, mas se for criada uma Entidade Metropolitana lá, deve

obedecer aos mesmos critérios da RMS. A SGT intensificará a discussão nessa

questão após a criação da Entidade Metropolitana RMS, na qual o município de

São Sebastião do Passé já faz parte.

7. Sobre o quantitativo da representação dos entes envolvidos ser baseado

apenas na questão populacional. - Não existem dificuldades de se discutir outros

critérios que definam a representatividade e, se chegando a um consenso, deverá

ser encaminhado para a Assembleia Legislativa referendar. A referência legal foi

a Constituição Federal, que estabelece o critério da população.

8. Sobre a relação da Entidade Metropolitana e o ConCidades/BA – O

Conselho das Cidades é um órgão interno da SEDUR. A Entidade vai dialogar

diretamente com a Secretaria, que tem a responsabilidade de planejar e executar as

políticas públicas de desenvolvimento urbano estaduais, que, por sua vez, são

discutidas no ConCidades.

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Neste último item, a Secretária Executiva do ConCidades/BA manifestou expectativa

positiva no que se refere à atuação da Entidade Metropolitana junto aos municípios da Região

Metropolitana como reforço para a criação dos Conselhos Municipais, considerando,

sobretudo, os critérios do governo federal para ter acesso aos recursos das políticas públicas

de desenvolvimento urbano.

Encaminhamentos das CÂMARAS TÉCNICAS

CT de Habitação

I) GT Urbanização – Definiu Programação de Seminários nas comunidades

beneficiadas pelos projetos PAC/FNHIS e elaboração de pauta para os próximos 06

meses, devendo realizar seminários nos: a) Território RMS, com sede em Salvador e

envolvendo 13 comunidades; b) Território da Costa do Descobrimento e Extremo Sul,

com sede em Porto Seguro, com 17 comunidades; c) Território da Bacia do Rio

Grande, com sede em Barreiras, envolvendo 17 municípios,; e d) Território do Baixo

Sul e Litoral Sul, com sedes em Itabuna e Ilhéus, envolvendo cerca de 40 municípios.

II) GT Pós-Ocupação - Pretende convidar representante do Fórum de Pós-

Ocupação da RMS e das Superintendências Regionais da CAIXA para participar de

reunião da Câmara Técnica de Habitação, com objetivo de apresentar as ações

realizadas na RMS e sensibilizá-las para replicação de Grupos de Trabalho regionais,

além de convidar representante da Secretaria da Mulher para discutir projetos de

melhorias no âmbito do PMCMV;

III) GT Cadastro - Discutirá a inclusão de competências no Conselho

Estadual das Cidades e/ou nos Conselhos Municipais de Habitação ou de natureza

similar, a validação da lista de beneficiários indicados através de Chamada Pública,

para os programas de HIS – PMCMV. Também fará articulações para capacitação de

municípios, visando à elaboração de Plano Técnico de Trabalho Social (PTTS) e

elaboração do Relatório de Diagnóstico de Demandas (RDD).

CT de Saneaento

Sobre Resíduos Sólidos:

1. Marcos Regulatórios, processo de elaboração da Lei nº 12.932/2014 e

as ações do Governo do Estado em Resíduos Sólidos:

a. Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos do Estado da Bahia;

b. Apoio à Formação de Consórcios Públicos;

c. Elaboração de Planos de Resíduos Sólidos e Oficinas de

Capacitação em Planos Municipais de Saneamento Básico; elaboração

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de estudos de concepção e Projetos de Engenharia de Resíduos

Sólidos (PAC 1 e PAC 2);

d. Programa Recicle Já Bahia;

e. Logística reversa - Assinatura do TC das Embalagens Plásticas

Usadas de Óleos Lubrificantes (SEDUR, SEMA e INEMA).

2. As ações em resíduos sólidos urbanos no Estado da Bahia, em execução

pela CONDER - Detalhamento dos Projetos do PAC:

a. PAC 1 (57 Municípios): Grupo 1 envolve 36 municípios (TC

nº293.693-57/2009) e Grupo 2 envolve 21 municípios (TC nº

293.694-61/2009);

b. PAC 2 (222 Municípios): Grupo 1 envolve 131 municípios (TC

nº 351.297-96/2011), e o grupo 2 envolve 91 municípios (TC nº

351.753-29/2011) .

A consolidação dessas ações pode ser constatada com as seguintes frentes:

1. Integração das ações SEDUR-CONDER;

2. O Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

no Estado da Bahia (disponível no site da SEDUR www.sedur.ba.gov.br);

3. Projetos PAC 1 e PAC 2 em consonância com o Estudo de

Regionalização;

4. O reforço da titularidade dos serviços pelo poder municipal;

5. Os esclarecimentos do prazo estabelecidos pela Lei nº 12.305/2010

quanto à elaboração de planos municipais de resíduos sólidos e encerramento

de lixões (02 de agosto de 2014).

Frente a todos os estudos e projetos executados na área de saneamento básico, o GT

SAN tirou como encaminhamento a apresentação da minuta da resolução que “Cria Grupo de

Trabalho para Gestão de Resíduos Sólidos nos Municípios do Estado da Bahia”, com o

objetivo de “Identificar e articular atores públicos ou privados que, direta ou indiretamente,

possam contribuir na discussão e formulação do modelo de gestão integrada de resíduos

sólidos para os municípios do Estado da Bahia, respeitando as especificidades de

competência e a atuação dos órgãos governamentais”. A composição do referido GT

Resíduos inclui integrantes de duas instituições baianas que trabalham com reciclagem (Rede

Cata Bahia e o Complexo de Reciclagem da Bahia), incluindo a participação de um catador e

um técnico que atuam nas referidas instituições, bem como um representante da União dos

Municípios da Bahia (UPB), considerando que esta discussão tem relação direta com a

competência dos municípios e exige o envolvimento dos gestores municipais - que contratam

as empresas para executar a coleta do lixo no sistema convencional -, pois um dos grandes

problemas é que a expressiva maioria dos gestores não desenvolve e não reconhece o trabalho

das associações dos catadores, não contrata as Cooperativas para executar adequadamente a

coleta, embora a Lei 11.445/07 estabeleça as diretrizes nacionais para o saneamento básico,

alterando o inciso XXVII do art. 24 da Lei 8.666/93, que prevê a contratação de Associações

de Catadores por dispensa de licitação.

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CT de Mobilidade

A CT Mobilidade indicou a publicização de toda documentação de criação da

Entidade Metropolitana, recomendando a constituição de Acordo Técnico, ou outro

instrumento, entre o Estado da Bahia e os municípios no âmbito da Entidade Metropolitana da

Região Metropolitana de Salvador (RMS). A disponibilidade da documentação da Entidade

Metropolitana visa à transparência, evita a manipulação da informação, a exemplo da

Prefeitura de Salvador, que fala na mídia que a documentação do Metrô estava incompleta,

como se não fosse do conhecimento dela de que não haveria tempo hábil para regularizar toda

a documentação a tempo de funcionar durante a Copa do Mundo. Isso não só era do

conhecimento como estava acordado com a prefeitura de Salvador. Ela sabia que a CCR

estava providenciando o restante da documentação exigida. Na realidade, essa falsa polêmica

tem um pano de fundo: A prefeitura não conseguiu fazer integração do modal a tempo da

operação comercial do Metrô, que já estava prevista para setembro, ou seja, é uma questão

técnica da prefeitura, mas mascaram a situação ao tentar transferir a responsabilidade com

pressuposto de irregularidade na documentação.

Além disso, a CT Mobilidade indicou a retomada dos trabalhos do Grupo de Trabalho

de Mobilidade – GTMob, para discutir a concepção da Política Estadual de Mobilidade

Urbana e a construção do Plano Estadual de Mobilidade Urbana.

CT PGTU

É importante ressaltar o potencial de criação e fortalecimento dos Conselhos

Municipais e a CT PGTU traçou um panorama do CONCIDADES no Brasil, dos quais 74%

dos Estados brasileiros possuem Conselho das Cidades, ou seja, vinte (20) Estados já têm

constituído seus Conselhos. No Nordeste, apenas o Piauí não possui ConCidades Estadual. A

maior concentração dos Estados que ainda não constituíram seus Conselhos está nas regiões

Norte e Centro Oeste.

Na atualização de dados, no último levantamento feito na Bahia, foram identificados

106 (cento e seis) Conselhos Municipais formalmente constituídos, mas apenas 44 (quarenta e

quatro) estão ativos. Ou seja, trezentos e onze (311) municípios ainda não dispõem deste

instrumento de participação social. Frente a essa situação, a CT PGTU indica a necessidade

da SGT e a Secretaria Executiva do ConCidades/BA/SEDUR implementar ações que

amenizem o prejuízo decorrente da ausência das instâncias exigidas pelas políticas públicas

do Governo Federal e que permitam ao Estado da Bahia potencializar o desenvolvimento

urbano nos municípios baianos. Neste sentido, foi elaborado o Plano de Assistência Técnica

aos Municípios (PRAT) para que, no período 2014/2016, se amplie de forma significativa a

criação e fortalecimento de seus Conselhos Municipais, com o acompanhamento dos

membros do ConCidades/BA. Para isto, ficou indicada a necessidade de se constituir um

processo de aperfeiçoamento dos seus membros, onde as experiências/conhecimentos de cada

um/a servirá para enriquecer e fortalecer este processo.

O Pleno de julho aprovou Moção de apoio à Presidenta Dilma Rousseff pela edição do

decreto nº 8.243, datado de 23 de maio de 2014, que institui a Política Nacional de

Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social, onde regula o artigo

84, caput e inciso I da Constituição Federal.

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Novembro

Considerando a Moção de apoio ao PNPS e SNPS, aprovada no Pleno de julho último,

foi aprovada uma moção de repúdio à Câmara dos Deputados por derrubar o Decreto

Presidencial de nº 8.243/14 que institui a Política Nacional de Participação Social e o Sistema

Nacional de Participação Social. Outro ponto que ganhou destaque foi a informação de que a

Entidade Metropolitana da RMS começa a ganhar musculatura diante da posição favorável da

AGU à criação da entidade. Ou seja, a Ação de Declaração de Inconstitucionalidade proposta

pelo DEM, foi indeferida. Resta contar com o bom senso dos gestores em cumprirem as

determinações da lei específica para não serem enquadrados como crime de improbidade

administrativa.

Seguindo a metodologia de em cada encontro (Pleno) reservar um ponto de sua pauta

para tratar de conteúdos que ampliem conhecimentos e qualifiquem os membros do

ConCidades/BA, em novembro o professor Jardel Gonçalves, docente da Universidade

Federal da Bahia, do Departamento de Construção e Estruturas da Escola Politécnica/UFBA,

veio ao Conselho falar sobre o Concurso Público para Estudantes da Bahia – na elaboração de

Projeto de Edificação para o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Jardel

Gonçalves iniciou sua apresentação fundamentada na seguinte estrutura:

Motivações,

Avaliação do pós-ocupação: influência no projeto,

Concurso para estudantes,

Possibilidades de parcerias.

Dentro das motivações, Professor Jardel destacou a atuação do GT do Pós-Ocupação

(avaliações de satisfações dos usuários dos equipamentos já construídos quanto ao

desempenho de edificações habitacionais – guia orientativo para atendimento à norma ABNT

NBR 15575/2013), bem como o Programa Habitacional de Interesse Social – MCMV.

Ressaltou que os estudantes de engenharia civil e arquitetura não demonstram interesse em

desenvolver projetos habitacionais de interesse social, ainda que existam ações proativas da

Caixa - análise da engenharia/arquitetura, código de práticas CAIXA, memorial descritivo

padrão CAIXA - para desenvolver esses projetos HIS. A avaliação Pós-Ocupação que está

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sendo feita pela CAIXA tem influência direta nos projetos, com destaque para as seguintes

avaliações: a) aspectos funcionais e das áreas livres (Avaliação dos aspectos construtivos); b)

conforto ambiental; c) econômica; e d) equipamento comunitário. Com relação à

hierarquia/percepção de Valor, essa avaliação Pós-Ocupação tem contribuído também com o

Ministério das Cidades na definição de indicadores para o PMCMV, focando os seguintes

eixos:

Eixo 1 – Moradia e Inserção Urbana, nas seguintes dimensões:

(i) Infraestrutura básica,

(ii) Mobilidade urbana,

(iii) Qualidade ambiental,

(iv) Moradia,

(v) Regularização fundiária,

(vi) Controle urbanístico;

Eixo 2 – Inclusão Social, nas seguintes dimensões:

(i) Acesso a serviços sociais públicos,

(ii) Cidadania e participação,

(iii) Inserção no mundo do trabalho;

Eixo 3 – Satisfação do Morador, nas seguintes dimensões:

(i) Moradia e serviços urbanos,

(ii) Vida social e comunitária.

Para Jardel, esse estudo serviu para o Ministério das Cidades traçar matriz de

indicadores para a avaliação do pós-ocupação nos projetos pilotos de investimento e

intervenção em favelas. Entretanto, considera importante atentar para o fato de que o mesmo

projeto desenvolvido para Rio Grande do Sul, por exemplo, pode ser aplicado aqui na Bahia?

Existem características físicas dos espaços, questões culturais dos usuários, impactos

ambientais, sociais, a serem consideradas.

Outro aspecto destacado foi a criação de um Protocolo de Requisitos dos Clientes em

Habitação de Interesse Social (HIS), enfocando:

(i) APO,

(ii) Melhorias no processo de projeto,

(iii) Adequada implantação,

(iv) Qualidade do ambiente construído,

(v) Satisfação do usuário.

Embora a Universidade não seja um órgão fiscalizador, é uma instituição que pode

contribuir com a sociedade mostrando meios, mecanismos na elaboração de projetos

habitacionais que possibilitem melhores condições aos usuários, mas também que tenham

viabilidade de sustentabilidade. Foi com esse intuito que surgiu a ideia do Concurso Público

para Estudantes da Bahia – na elaboração de Projeto de Edificação para o Programa Minha

Casa, Minha Vida (PMCMV), com o selo Casa Azul, assim definido:

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1. Objeto do concurso – proposição de um conjunto habitacional com 300

unidades habitacionais a ser implantado em um terreno localizado na Região

Metropolitana de Salvador atendendo às diretrizes do Selo Casa Azul;

2. Aspectos a se considerar: a) norma de desempenho NBR 15575, b) norma de

acessibilidade NBR 9050;

3. Selo Casa Azul da Faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV);

4. O que deve apresentar: planta de localização mostrando o entorno, que

contenha:

a. Plantas de situação e implantação com quadros de áreas (Escala

Mínima 1/500);

b. Seções de implantação com indicação da situação original e proposta,

definição dos patamares, taludes e contenções (Escala Mínima

1/250);

c. Planta baixa das edificações, contemplando pavimento térreo e tipo

com layout tradicional e adaptado para portadores de necessidades

especiais (Escala Mínima 1/50);

d. Planta de cobertura (Escala Mínima 1/50);

e. Cortes esquemáticos (Escala Mínima 1/50);

f. Fachadas (escala mínima 1/100);

g. Projeto cromático (escala mínima 1/100);

h. Memorial descritivo simplificado;

i. Perspectivas e/ou maquete eletrônica;

5. Normas de apresentação:

a. No máximo, em seis pranchas de formato A1 com o lado maior na

horizontal e carimbo na borda inferior direita de cada prancha;

b. Entregar uma cópia impressa e arquivo digital (pdf) do projeto

gravado em CD ou DVD;

c. A identificação dos autores e da instituição deve constar

exclusivamente no arquivo digital (pdf).

O projeto deve estar em conformidade com todas as normas técnicas pertinentes,

atuais e em vigor da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em especial a NBR

6492/94 - Representação de projetos de arquitetura e as Legislações referentes ao Código de

Obras e Combate a Incêndio. Quanto aos finalistas e premiações, o concurso vai premiar os

três projetos selecionados e as sete menções honrosas serão divulgadas no dia 09/12/2014. A

ordem de classificação será anunciada dia 12/12/2014 durante a cerimônia de premiação,

tendo como prêmio: R$ 10.000,00 (dez mil reais) para o 1º lugar, R$ 7.500,00 (sete mil e

quinhentos reais) para o 2º lugar e R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o 3º lugar.

Para finalizar, o Profº Jardel ressaltou que os três projetos premiados e as sete menções

farão parte da mostra de trabalho do Concurso, a realizar-se durante o primeiro semestre de

2015, em local a ser definido pela Comissão Organizadora. Esse trabalho desenvolvido junto

à comunidade acadêmica possibilita a criação de parcerias nas seguintes frentes:

1. Diagnósticos de processos construtivos;

2. Diretrizes e avaliação pós-ocupação de empreendimentos e novas

soluções de projeto;

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3. Capacitação dos Secretários de Obras dos Municípios -

Diagnóstico para implantação de empreendimentos;

4. Diretrizes para novos empreendimentos alinhados com o plano

diretor da cidade;

5. Concurso de ideias – soluções para a Bahia/Regiões.

Além desta brilhante iniciativa da UFBA/CAIXA, em novembro o Conselho Estadual

das Cidades da Bahia refletiu sobre a questão do bilhete único para a Região Metropolitana. O

Presidente do ConCidades/BA, Manuel Ribeiro, discorreu sobre o “BILHETE ÚNICO

METROPOLITANO – UMA MEDIDA DE IMPACTO” para a Região Metropolitana do

Rio de Janeiro, por ser aquela região a que mais se assemelha com a região de Salvador. O

estudo para aplicação do Bilhete Único na RMRJ se fundamentou nas seguintes questões:

1. Os principais desafios das Metrópoles, que estão de certa forma relacionados

ao transporte público, emprego, renda, meio ambiente, moradia, segurança, acesso

à saúde e educação. No caso do Rio, a questão do transporte público torna-se

premente, por ser o Estado mais metropolitano da federação: 75% da população

fluminense moram no Grande Rio;

2. O que é bilhete único? É um Cartão inteligente, que permite ao usuário, com

uma tarifa única de integração - no valor de R$ 5,25 -, utilizar até dois meios de

transportes, sendo pelo menos um deles intermunicipal;

3. Objetivo - Facilitar o dia a dia de quem vive na Região Metropolitana do Rio,

garantindo economia no transporte, ao reduzir o custo das viagens

intermunicipais, aumentando o índice de empregabilidade e melhorando a

mobilidade de quem mora distante dos grandes centros;

4. O Sistema de Bilhete Único Intermunicipal do Estado do Rio de Janeiro foi

instituído pela Lei Estadual nº 5.628/2009, abrangendo 20 municípios da Região

Metropolitana do Rio, beneficia 12 milhões de pessoas, sendo que 5,7 milhões

moram em municípios vizinhos à cidade do Rio de Janeiro. Primeiro sistema dos

Transportes Públicos – UITP, em Dubai, como Melhor Programa de Transporte

da América Latina, na categoria Introdução a Novas Políticas de Transportes;

5. Metodologia - Reestruturação Tarifária:

a) consulta ao sistema RioCard para obtenção de todas as tarifas

praticadas na RMRJ,

b) elaboração de matriz com as tarifas que vincula o subsídio ao CPF,

permitindo apenas um cartão por usuário. Primeiro Sistema de Bilhete

Único Intermunicipal do País,

c) cálculo da tarifa média ponderada para cada par de origem/destino,

d) determinação dos níveis tarifários futuros,

e) divisão da RMRJ por áreas de acordo com as características

regionais, quilométricas e tarifárias de cada linha;

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6. Zoneamento e Reestruturação Tarifária – A região foi dividida em zona

para ser definido o nível tarifário, onde a menor tarifa é R$ 2,80 e a maior R$

12,45;

7. Exemplos da Reestruturação Tarifária:

Exemplo 1 – Integração ônibus intermunicipal/metrô - linha

Maricá/Centro do Rio (gasto do bilhete R$ 8,45) e Centro/Copacabana

(gasto do bilhete 3,50) - levando o usuário gasta diariamente antes do

bilhete único R$ 23,90 e, atualmente, gasta R$ 10,50 (dois bilhetes único

de R$ 5,25), tendo uma economia de R$ 13,40 diário, ou seja, uma

economia de R$ 281,40 no mês;

Exemplo 2 - Integração ônibus intermunicipal/metrô na linha Duque de

Caxias/Centro do Rio (gasto do bilhete R$6,30) e Centro do

Rio/Copacabana (gasto do bilhete R$ 3,00) - levando o usuário gasta

diariamente antes do bilhete único R$ 18,60 e, atualmente, gasta R$

10,50 (dois bilhetes único de R$ 5,25), tendo uma economia de R$ 8,10

diário, ou seja, uma economia de R$ 170,10 no mês;

Exemplo 3 – Integração barca intermunicipal/ônibus – linha

Niterói/Centro do Rio (gasto do bilhete R$ 4,80) e Centro do

Rio/Copacabana (gasto do bilhete R$ 3,00) - levando o usuário gasta

diariamente antes do bilhete único R$ 15,60 e, atualmente, gasta R$

10,50 (dois bilhetes único de R$ 5,25), tendo uma economia de R$ 5,10

diário, ou seja, uma economia de R$ 107,10 no mês;

Exemplo 4 – Ônibus intermunicipal sem integração – linha Majé/Centro

do Rio (gasto do bilhete R$ 8,45) - levando o usuário gasta diariamente

antes do bilhete único R$ 16,90 e, atualmente, gasta R$ 10,50 (dois

bilhetes único de R$ 5,25), tendo uma economia de R$ 6,40 diário, ou

seja, uma economia de R$ 134,40 no mês;

8. Modais Participantes do Sistema Bilhete Único: Trem, metrô, barcas, ônibus

e vans legalizadas, sempre que for feita uma viagem intermunicipal;

9. Benefícios e Impactos:

Aumento da Empregabilidade, visto que o custo com o vale-transporte

reduz as despesas com transportes (empregador subsidia as viagens dos

funcionários); Aumento da Atratividade do transporte público, ao captar

demanda dos automóveis, gerando redução da poluição ambiental e

aumento da eficiência energética;

Desadensamento populacional e redução de um dos estímulos à

favelização, diminuindo o impacto ambiental;

O Bilhete Único é o principal instrumento para integrar toda a

população da Região Metropolitana e facilitar o acesso a melhores

condições de Ensino, de Trabalho, de Saúde e de Lazer.

10. Efeitos da Implantação:

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Impacto direto sobre o orçamento: transferência de renda para a

população das áreas mais distantes,

Melhoria do acesso ao mercado de trabalho formal, com melhores

possibilidades de emprego,

Ampliação de escolhas, pela população, de locais de moradia, estudo e

trabalho,

Efeito direto sobre o tempo de transporte e do bem-estar dos usuários,

Potencialização de outras ações públicas: melhor acesso aos serviços

prestados pelo Estado - Saúde, Educação, Justiça e serviços básicos;

11. Impactos sociais do bilhete único:

Impactos diretos – orçamento individual e familiar, escolha de

transporte, qualidade do deslocamento,

Impactos indiretos – trabalho: competitividade e novos postos de

trabalho, geografia: opções de moradia e trabalho e desadensamento

urbano,

Gestão pública: combate a Vans ilegais e novo instrumento de política,

Ambiental: poluição, trânsito e acidentes;

12. Resultados bilhete único:

1,6 bilhões de viagens realizadas,

3,8 milhões de usuários na RMRJ,

353 mil usuários/dia (média),

978 mil viagens/dia (média),

Subsídio médio usuário/dia R$ 3,02,

Subsídio total R$ 1,82 bilhões.

No caso da Bahia, o Estado está estudando, de acordo com a situação financeira, qual

o percentual a ser definido. Quanto ao sistema convencional, as pessoas que utilizam o ônibus

em um percurso menor acabam pagando a diferença daqueles que moram em locais mais

distantes e que com a utilização do subsídio público essa e outras discrepâncias deixariam de

existir. Com relação à licitação do transporte coletivo da cidade do Salvador, não há previsão

sequer de integração com os trens do Subúrbio e a negociação deverá se dar diretamente com

os consórcios que irão operar o sistema de transporte coletivo de Salvador, pois eles terão

interesse nessa integração. Manuel Ribeiro ressaltou que a adesão da Prefeitura do Salvador à

Entidade Metropolitana é compulsória, não é como em um consórcio que o município adere

se quiser, pois em caso de não adesão, a prefeitura estaria condicionada à aceitação tácita e,

em caso de descumprimento, o prefeito incorreria em crime de improbidade administrativa

por desrespeito à Lei Complementar Estadual. A Ação de Inconstitucionalidade da lei

encaminhada pela atual gestão de Salvador não será julgada antes de 2016, mas já existe

parecer contrário da AGU sobre a questão. A Entidade Metropolitana da RMS já é vista pela

Fundação Getúlio Vargas como novo paradigma de gestão para as regiões metropolitanas do

país.

Considerando a diferente realidade da RMS e da RMRJ, há uma preocupação quanto à

implementação desse sistema aqui e a necessidade de um processo de discussão sobre o valor

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da tarifa, pois uma tarifa de R$ 3,00 tornaria inviável. Neste aspecto, Manuel Ribeiro chama a

atenção para o fato de o Bilhete Único não ser obrigatório, caso o valor de sua passagem seja

menor. O estudo de viabilidade técnica que a Entidade Metropolitana fará passará

necessariamente pelo cumprimento de um dos princípios que norteiam as concessões públicas

- que é a modicidade tarifária - e a elaboração do termo referencial já se iniciou. A

apresentação se baseou em dados da RMRJ por ser a única experiência no país, mas só serve

como parâmetro e, evidentemente, que os estudos levarão em conta a realidade da RMS. O

Estado tomará todos os cuidados necessários para assegurar a modicidade tarifária.

Outro aspecto preocupante levantado por conselheiros/as é o fato de que a Prefeitura

de Salvador está obrigando as 18 empresas de ônibus, que operam as mais de 350 linhas da

cidade, a se converterem em apenas três Empresas de Propósito Específico, ou seja, uma

entidade criada por vários grupos, que tem como objeto específico aquela atividade, que acaba

quando a atividade se encerra, o que dificultará as reivindicações dos passivos trabalhistas.

Segundo Manuel Ribeiro, a renovação da frota de Salvador é de competência da Prefeitura,

mas quanto aos ônibus do transporte da Região Metropolitana, o termo de referência deixará

claro a renovação da frota e a qualidade dos serviços.

Câmaras Técnicas e seus encaminhamentos

A CT PGTU apresentou questões relativas à Região Metropolitana de Salvador,

orientando a necessidade de se fazer acompanhamento quanto ao plano estratégico de

desenvolvimento urbano de Salvador e as questões referentes à Região Metropolitana, com

interlocução com o Conselho Municipal da capital. Considerou-se fundamental a constituição

de mecanismos para fomentar a criação, acompanhamento e fortalecimento de Conselhos da

Cidade nos municípios. Além disso, foram recomendadas questões importantes, a exemplo de

acelerar o processo de elaboração de um Plano Integrado de Desenvolvimento Regional e

viabilizar assistência técnica e financeira por parte do governo do Estado para que os

municípios, da área de influência do Porto Sul, elaborem ou revisem os seus Planos Diretores,

além da instituição da Política Estadual de Segurança nas Rodovias de forma articulada com o

Governo Federal, respeitando as devidas competências.

A CT Habitação e seus Grupos de Trabalho apontam a necessidade de uma agenda com

os representantes regionais da CAIXA, para tratar da criação de Fóruns Regionais de Pós-

Ocupação, discutir o fluxo da demanda por habitação de interesse social/cadastro e a

ampliação do GT Cadastro com representações por Territórios de Identidade, e viabilizar a

entrega dos relatórios territoriais ainda em novembro sobre situação das obras de urbanização,

além da consolidação dos relatórios, discussão e planejamento dos seminários nas

comunidades beneficiadas pelo PAC e definição de comissão organizadora, agendamento de

reunião com SINDUSCON e membros do GT Urbanização.

A CT Saneamento manifesta suas preocupações com as obras e projetos da EMBASA

que estão paralisadas. A DRSAN/CSR expôs sobre Saneamento Rural, produzindo um bom

debate sobre a temática. Além disso, a Superintendência de Saneamento apresentou, para

conhecimento de todos/as, os conteúdos do Procedimento de Manifestação de Interesse

(PMI) referente à elaboração de Projeto de Parceria Público-Privada (PPP) e Estudos

Complementares para a Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no

Estado da Bahia. A apresentação pontuou os itens que compõem o referido Procedimento:

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1. O que é PMI? É um concurso de ideias, que através de concurso público, o Estado

solicita dos particulares apresentarem seus projetos com conteúdos, procedimentos,

metas para a gestão e gerenciamento da política de resíduos sólidos. O PMI não define

o projeto final da PPP, mas apenas sinaliza o norte;

2. Objeto da PMI: Implantação e operação do conjunto de atividades, infraestruturas e

instalações operacionais de triagem, transbordo, transporte, tratamento dos resíduos

sólidos urbanos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, envolvendo

estudos técnico-operacionais, jurídico institucionais e econômico-financeiros, para

concepção da estruturação tarifária, viabilidade econômica e financeira, estruturação

de garantias, modelagem jurídica e avaliação ambiental por um período não inferior a

25 (vinte e cinco) anos;

3. Abrangência do Projeto de PPP: 05 (cinco) lotes, que contemplam 92 municípios

(equivalentes a 46% da população e 62% da geração de Resíduos Sólidos Urbanos

(RSU) no estado da Bahia);

4. Descrições dos lotes:

Lote 01 – Compreende a RMS, com treze municípios, população

estimada em 2015 de 3.719.586 habitantes, estimativa de geração de

resíduos em relação ao total estadual é de 40,40%;

Lote 2 – Região Portão do Sertão, com dezenove municípios, projeção

populacional para 2015 de 982.226 habitantes, geração de resíduos

709.569 kg/dia, estimativa da geração de resíduos em relação ao total

estadual é de 7,71%;

Lote 3 – Litoral Sul, vinte e sete municípios, projeção populacional

para 2015 798.345 habitantes, geração urbana 2015 557.983 kg/dia,

estimativa da geração em relação o total estadual é de 6,06%;

Lote 4 – Região Vitória da Conquista, vinte e três municípios,

população 2015 é 724.577 habitantes, geração urbana 2015 429.251

kg/dia, estimativa da geração ao total estadual é 4,66%;

Lote 5 – Região Sertão do São Francisco, dez municípios, população

2015 é de 525.453 habitantes, geração urbana 2015 296.502 kg/dia,

estimativa da geração de resíduos em relação ao total estadual é de

3,22%;

5. Motivações:

a. Este Procedimento de Manifestação de Interesse se justifica uma

vez que a maioria dos municípios não tem conseguido avançar e ainda

dispõe os seus resíduos de forma inadequada, apesar das inúmeras

iniciativas do Estado da Bahia para apoiá-los;

b. O atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei

Federal nº 12.305/2010) e à Política Estadual de Resíduos Sólidos da

Bahia (Lei Estadual nº 12.932/2014);

c. A consolidação do Estudo de Regionalização da Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos do Estado da Bahia, objeto do Convênio

n° 00002/2007 do Governo do Estado da Bahia;

6. Da sustentabilidade do projeto: A proposição dos estudos técnico-operacionais,

jurídico-institucionais e econômico-financeiros deve ser coerente e integrado às

políticas sociais, urbanísticas, ambientais, de saúde e de desenvolvimento econômico e

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social, sob a ótica da sustentabilidade. Devem ainda contribuir para a redução da

emissão de gases de efeito estufa, da disseminação de doenças, da poluição e

contaminação ambiental. Deverá também considerar a reinserção de materiais no ciclo

de vida de produtos e geração de emprego e renda com inclusão social;

7. Dos custos de participação: Os ônus e demais custos financeiros incorridos por

quaisquer dos participantes na apresentação das manifestações de interesse serão de

sua inteira e exclusiva responsabilidade, não fazendo jus a qualquer espécie de

pagamento, indenizações ou reembolsos, nem a qualquer remuneração pelo órgão ou

entidade solicitante em decorrência de sua participação. Contudo, caso os estudos

sejam utilizados num eventual processo licitatório, no todo ou em parte, serão

ressarcidos pelo vencedor da licitação. O valor máximo global dos estudos técnico-

operacionais, jurídico-institucionais e econômico-financeiros apresentados por cada

proponente não poderá ultrapassar o teto de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).

Em novembro, o ConCidades/BA aprovou e encaminhou as seguintes Moções:

1. Moção de Repúdio à Câmara dos Deputados pela Derrubada do Decreto

Presidencial de nº 8.243/14 que institui a Política Nacional de Participação Social

e o Sistema Nacional de Participação Social;

2. Moção de Recomendação ao Senado Federal para que rejeite o Projeto de

Decreto Legislativo (PDS) 1.491/2014, que susta os efeitos do Decreto Lei

8.243/2014 - que institui a Política Nacional de Participação Social e o Sistema

Nacional de Participação Social, proposto pelo Dep. Mendonça Filho;

3. Moção que reitera o apoio à Presidenta Dilma Rousseff pela edição do

Decreto que institui a Política Nacional de Participação Social e o Sistema

Nacional de Participação Social.

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Dezembro

Em dezembro, os/as conselheiros/as tiveram a oportunidade de conhecer toda a

estrutura da Superintendência de Habitação e os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos,

juntamente com o planejamento para 2015. A equipe da Superintendência de Habitação (SH)

apresentou um balanço das suas ações, salientando responsabilidades, demandas, objetivos,

competências e o papel da SH, além das ações realizadas entre 2010 e 2014, apontando o seu

desdobramento para 2015 quanto às metas e ações previstas, suas áreas de Planejamento, as

principais ações, diagnóstico do PLANEHAB, produção e planejamento estratégico quanto à

assistência técnica aos municípios, estruturação do SMHIS (PLHIS e cadastro), apoio e

capacitação (PTTS E RDD) e adesão ao sistema de cadastro (apoio operacional), mediação de

conflitos, regularização fundiária, fornecimento de projetos e orientação sobre PHIS, e, ainda,

captação, aplicação de recursos e negociação junto ao MCidades e bancos, e a mediação com

as prefeituras do ponto de vista da definição de suas prioridades.

O Déficit Habitacional do Estado da Bahia desde 2010 foi abordado na apresentação

dos Programas Habitacionais nos Territórios de Identidade (TIs), ressaltando que todos os 27

TIs foram contemplados, os Programas mais concentrados nos grandes centros e o

Planejamento estratégico, definindo critérios de priorização e variáveis utilizadas.

Dentre as inovações apresentadas, considerou-se que está sendo desenvolvido um

projeto composto por soluções urbanísticas, arquitetônicas e de infraestrutura qualificadas,

com foco na conservação de água e energia, desempenho termo-luminoso no interior da

residência - atendendo a critérios de sustentabilidade de conservação de água e de energia -,

uso de soluções bioclimáticas passivas, recursos naturais renováveis e a escolha de materiais

de menor impacto ambiental. Pretende-se, ainda, testar soluções de eficiência energética e

conforto ambiental, além de soluções para qualificação arquitetônica e urbanística dos

empreendimentos do PMCMV, aprovação de projeto de protótipo na ANEEL, com vistas a

possibilitar o aporte de contrapartida por parte da concessionária de energia elétrica -

Coelba/Neoenergia - e obtenção do selo de eficiência energética da edificação, segundo

critérios do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edifícios.

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Outra meta a se atingir é quanto à contribuição na elaboração do PLHIS, no que se

refere a modelos simplificados para municípios com população até 50.000 habitantes, e que

não captaram recursos junto ao FNHIS, e PLHIS completos para aqueles com população

superior a 50 mil ou que, mesmo com menos de 50 mil, captaram recursos FNHIS, no Termo

de Adesão ao SEHIS, com o objetivo de estabelecer o comprometimento formal, entre

governo do Estado, através da SEDUR, e o executivo municipal, com vistas à implementação

dos SMHIS e do Cadastro Único de Demandas por Habitação de Interesse Social, tendo como

meta a consolidação do planejamento habitacional - planos regionais –, e o objetivo de

elaborar Planos Regionais de Habitação de Interesse Social, com base nas diretrizes e

necessidades habitacionais definidas no PLANEHAB, considerando-se áreas rurais e urbanas,

especificidades locais, e fatores de mudança regionais.

Nos Planos Regionais serão definidas as ações, análise da situação fundiária,

realização de seminário para apresentação do diagnóstico regional, levantamentos

complementares, em campo, apresentados relatórios - preliminar e final - dos planos

regionais, além da assistência técnica aos municípios com vistas à orientação na definição de

programas e elaboração de projetos específicos para o equacionamento das necessidades

locais e/ou regionais. Considerando que a principal meta é o fortalecimento da PEHIS, pretende-se, ainda:

a) Realizar a 4ª chamada pública para Salvador até fev/2015;

b) Realizar chamadas públicas nos municípios que já unificaram cadastros;

c) Consolidar o Sistema de Cadastro Casa da Gente junto aos municípios;

d) Mobilização/sensibilização junto aos municípios visando à adesão ao SEHIS,

unificação de cadastro, atividades pontuais, a exemplo de palestras/seminários,

eventos como dia da habitação, vídeo conferências, oficinas de sistema unificado

de cadastros, assistência técnica sistemática junto aos municípios priorizados

através de cessão de metodologias, repasse de informações, capacitação e apoio de

técnicos municipais para o uso do sistema Casa da Gente, elaboração de PTTSS e

RDDS, além de encaminhamentos e/ou orientações técnicas e jurídicas.

Questões referentes à habitação rural e a necessidade de debater sobre esse assunto em

conjunto com os planos locais de interesse social, indicam que neste processo é fundamental

sensibilizar o governo municipal quanto à necessidade de acompanhar e garantir toda a

infraestrutura. Além disso, a habitação deve vir acompanhada de outros elementos para fixar

as pessoas no local e a regularização fundiária é fundamental para resolver o déficit

habitacional.

A Câmara Técnica de Saneamento também fez um balanço das ações desenvolvidas

durante o ano de 2014. Tratou da concepção e formatação do Programa de Capacitação dos

Conselheiros que compõem o Conselho Consultivo AGERSA/CTSAN, das principais ações

de saneamento básico realizadas pela SEDUR e das principais ações e encaminhamentos da

AGERSA nos municípios, com enfoque na estruturação e capacitação do seu Conselho

Consultivo (CTSAN). Tratou da discussão sobre a Minuta do Decreto que regulamenta a

Política Estadual de Saneamento - Lei no. 11.172/08.

Tratou, ainda, do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a gestão de

resíduos, as obras e projetos pendentes na EMBASA, com ênfase naquelas que estão

paralisadas, além da apresentação da DRSAN/CSR referente ao tema Saneamento Rural.

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Avaliaram-se como positivos, na gestão de 2014, os seguintes pontos:

1. Aprimoramento Participativo da minuta que regulamenta a Política Estadual de

Saneamento Básico;

2. Aprovação da Política Estadual de Resíduos Sólidos e elaboração participativa

da minuta do Decreto que regulamenta esta Política;

3. Criação do GT Resíduos;

4. Criação do PRAT;

5. Formação e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais por meio do PRAT,

com envolvimento dos Conselheiros; 6. Capacitação dos municípios nos Planos Municipais de Saneamento Básico,

com a realização das oficinas em todos os Territórios de Identidade do Estado

(140 Municípios já trabalhando nos seus Planos); Melhoria e avanços dos

municípios na elaboração destes Planos;

7. Melhoria do desempenho dos Conselheiros, os quais demonstram

amadurecimento e ampliação dos seus níveis de conhecimento/informação,

passando a exercer com mais propriedade suas competências e agregando valores

às discussões.

Abordou, ainda, a necessidade de promover discussão mais aprofundada sobre o

Sistema Estadual de Saneamento Básico, em especial esclarecendo como ele irá se consolidar

após a reforma administrativa em curso no Governo do Estado da Bahia.

Outros temas foram indicados para aprofundamento, como:

1. Planos Municipais de Saneamento Básico;

2. Capacitações sobre Consórcios Públicos;

3. Plano de Abastecimento de Água da RMS

4. Finalização do Decreto que Regulamenta Política Estadual de Saneamento

Básico;

5. Programa de Capacitação dos Conselheiros promovido pela AGERSA;

6. Estruturação e melhor funcionamento do Conselho Consultivo da AGERSA;

7. Discutir com mais profundidade tarifas de água e esgoto, promovendo

capacitação sobre o tema;

8. Comunicação entre as outras Câmaras Técnicas;

9. Fortalecer os mecanismos para prática do controle e participação social nos

municípios por parte dos conselheiros.

Sugeriu-se também a promoção de mecanismos para que os Conselheiros possam

exercer melhor o papel de fiscalizador nos Territórios de Identidade que representam,

provendo, principalmente, mais informações aos conselheiros sobre obras e outras ações da

SEDUR nestes Territórios.

A Câmara Técnica de Mobilidade discutiu o Plano Estadual de Mobilidade, na

perspectiva das alterações feitas pós Lei da Política Nacional, onde define a obrigatoriedade

dos Planos Municipais para municípios acima de 20 mil habitantes (antes a obrigatoriedade se

aplicava para cidades com população superior a 100 mil). Essa mudança amplia

significativamente o número de cidades que serão beneficiadas pelas políticas nacionais de

mobilidade. Entretanto, é fundamental a intensificação da discussão porque a demanda por

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mais assistência técnica crescerá, tanto por parte do governo federal quanto do governo

estadual. Com relação aos municípios menores, o plano de mobilidade deverá se tornar um

capítulo do PDDU, o que aponta a necessidade de trabalho conjunto entre as Câmaras

Técnicas de PGTU e Mobilidade para fortalecer, construir e garantir essa assistência técnica.

A Câmara Técnica PGTU faz avaliação positiva dos trabalhos desenvolvidos em

2014. Pontuou suas inovações, a exemplo da Roda de Conversa - espaço que permite que cada

participante fale da sua experiência como Conselheiro, apresente suas sugestões e suas

expectativas. Avaliou as resoluções oriundas da CT e aprovadas pelo Pleno e as ações

realizadas, como os seminários de Aperfeiçoamento dos Conselheiros e a implementação de

Projeto Piloto de Mobilização e Comunicação, em 12 municípios, e a construção dos

instrumentos para criação dos Conselhos Municipais. Foram feitas 40 entrevistas, oito das

quais estão editadas e publicadas no blog do ConCidades. Foi produzido documento, em

conjunto com a Secretaria Executiva, para incentivar a participação social na criação dos

Conselhos Municipais; (Potencial e Passo a Passo), disponível no site da

SEDUR/ConCidades; foi feito o Banco de Dados sobre os Conselhos Municipais de política

urbana e criada a Comissão Técnica da SEDUR para promover a integração das políticas

setoriais e apoiar o trabalho do Conselho.

Em dezembro foram tomadas decisões importantes, pois, ao fazer o balanço, foram

indentificadas as causas que têm dificultado a participação das representações do Poder

Público Municipal e Empresarial. Dentre elas, duas mereceram especial atenção: Primeiro,

quanto à periodicidade das reuniões, que tem dificultado o deslocamento mensal para a

capital, onde ocorrem as reuniões, e isto desdobra para o segundo ponto, que é o custeio, uma

vez que os municípios não dispõem de recursos para bancar mensalmente sua representação

em Salvador. Isso se aplica também aos representantes empresariais, pois estes são, em sua

expressiva maioria, microempresários ou pequenos comerciantes, que passam por

dificuldades ainda maiores. Após tais reflexões e ponderações foram definidas, enquanto

resoluções normativas e que alteram o Regimento Interno no que se refere ao funcionamento

do Conselho: a) que a SEDUR garantirá o custeio de todos os segmentos e b) que as Câmaras

Técnicas passarão a se reunir bimestralmente, no mesmo período das reuniões de Pleno. Vale

ressaltar que a decisão de custeio se alinha com as mudanças ocorridas no Conselho Nacional,

ainda em 2012, pelas mesmas razões. O objetivo dessa mudança é que em 2015 o nível de

participação aumente significativamente, dando mais legitimidade às decisões tomadas por

esta relevante instância da democracia participativa e contribua para o processo de

organização das Conferências Municipais, que começarão a acontecer a partir do segundo

semestre de 2015, em cumprimento da agenda da 6ª Conferência Estadual e Nacional das

Cidades, que acontecerão em 2016.

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Conclusão

A responsabilidade do planejamento, acompanhamento e controle das ações de

habitação, saneamento, mobilidade e gestão territorial do Estado da Bahia, e a integração

dessas políticas e das demais políticas, por parte da SEDUR, impõe uma maior efetividade do

Conselho Estadual das Cidades da Bahia, sobretudo porque é da sua competência discutir e

elaborar essas políticas. As políticas que se tem produzido com a participação do

ConCidades/BA demonstram estar no rumo certo. Entretanto, não podemos deixar de

identificar os problemas que têm interferido no aprofundamento dessa efetividade. Alguns

destes com soluções encaminhadas através de resoluções definidas neste último Pleno de

2014, que esperamos poder reduzir sensivelmente problemas com a assiduidade, a

permanência e participação nas discussões em Câmaras Técnicas, Grupos de Trabalhos e no

Pleno, onde as decisões são tomadas. Outras dificuldades, de ordem estrutural que interferem

no seu funcionamento, esperamos poder encaminhar para que possamos melhorar cada vez

mais a nossa efetividade, o nosso funcionamento.

Para avançarmos na assistência técnica aos municípios, é fundamental que tenhamos

capacidade orçamentária, sobretudo para potencializarmos a constituição dos Conselhos

Municipais, condição para captação de inúmeras políticas públicas no âmbito do MCidades.

2015 inicia o período de realização das Conferências das Cidades, em que precisaremos

orientar, mobilizar e acompanhar as Conferências Municipais nos 417 municípios baianos.

A falta de espaço físico para atender as demandas de reuniões de Câmaras Técnicas,

Grupos de Trabalho e Plenárias, é outra dificuldade, pois elas ocorrem em locais diferentes, o

que dispersa e atrapalha o desenvolvimento, dificulta a interlocução e o funcionamento de

forma mais articulada dos trabalhos, além dos transtornos para dispor de espaços adequados

no cumprimento da agenda regimental do ConCidades/BA (temos sempre que contar com os

espaços de outras secretarias/órgãos e disputar agenda a cada reunião de CTs, GTs e Plenos).

A equipe da Secretaria Executiva é pequena e muitas vezes se supera no esforço

quanto ao cumprimento de inúmeras demandas em tempo hábil e estabelecer uma

comunicação eficiente, no que se refere a buscar informações e promover a qualificação e

disponibilizar subsídios na rotina e no processo de capacitação dos/as conselheiros/as.

Outra demanda antiga é a implantação do Site do ConCidades/BA, ferramenta de

comunicação estratégica, pois facilitaria muito a publicização e o acesso às informações

produzidas no próprio Conselho Estadual, dando-lhe mais transparência e estabelecendo

maior comunicação com a sociedade.

Nossa expectativa é que, cada vez mais, possamos avançar na qualificação e

estruturação desta instância, valorizando os espaços mais comprometidos com a concepção de

gestão que busca governar com a sociedade. O ConCidades/BA tem esta importância

estratégica, é um espaço de cogestão que representa um novo modelo de gestão político-

administrativa, que permite que governo e sociedade atuem de solidária e integrada.

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Anexos

Relatórios de Reuniões de

Câmaras Técnicas

1. Habitação

2. Saneamento

3. Mobilidade

4. PGTU

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CÂMARA TÉCNICA DE HABITAÇÃO ConCidades/BA / 2014

1. Introdução

A Câmara Técnica de Habitação do Conselho Estadual das Cidades da Bahia foi

estabelecida, através do Regimento Interno do CONCIDADES, no seu item “a”, inciso IV,

Art. 7º, Capítulo IV, que define as finalidades e atribuições de quatro Câmaras Técnicas. O

principal objetivo destas Câmaras é o de assessorar o CONCIDADES/BA, sendo suas

atribuições gerais definidas no Art. 26 daquele Regimento:

I - discutir e emitir parecer sobre as questões temáticas de sua área e

preparar as discussões temáticas para apreciação e deliberação do

Conselho;

II - promover articulação com os movimentos sociais, órgãos e

entidades promotoras de estudos, propostas e tecnologias relacionadas

à Política Estadual de Desenvolvimento Urbano e respectivas políticas

setoriais.

III – as Câmaras Técnicas poderão constituir grupos de trabalho em

caráter permanente ou provisório para o exercício de suas atividades

precípuas.

As Câmaras Técnicas são coordenadas pelos Superintendentes da Secretaria de

Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – SEDUR (§ 1º, inciso IV, Art. 25, subseção,

seção IV, subseção I do Capítulo IV do Regimento interno) e presididas pelo Secretário de

Desenvolvimento Urbano.

Cabe “à Superintendência de Habitação - SH, órgão integrante da estrutura da

Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, exercer a Coordenação da

Câmara Técnica de Habitação do CONCIDADES/BA.” (Art. 28, subseção I do Capítulo IV

do Regimento interno).

2. Síntese das reuniões

No ano de 2014 foram realizadas oito reuniões mensais ordinárias da CTHab,

antecedidas, em geral, das reuniões dos Grupos de Trabalho. Nos meses de setembro e

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outubro as reuniões não aconteceram por decisão do Pleno do CONCIDADES/BA, devido ao

período eleitoral. Segue o relatório síntese das reuniões.

Reunião do dia 28 de março de 2014

Pauta:

Boas-vindas aos novos conselheiros e membros da CT Habitação, com

apresentação de breve histórico da Câmara Técnica de Habitação.

Apresentação: Avanços e Desafios da PEHIS - Política Estadual de Habitação

de Interesse Social – PLANEHAB.

Planejamento da Câmara Técnica de Habitação em 2014 e Grupos de Trabalho.

Encaminhamentos

Além dos pontos previstos em pauta, foi discutido nessa reunião sobre a necessidade

de discutir a Portaria no 595, de 18 de dezembro de 2013, que dispõe sobre os parâmetros de

priorização e sobre o processo de seleção dos beneficiários do Programa Minha Casa Minha

Vida – PMCMV. Além disso, foi apresentada avaliação sobre o acompanhamento dos

programas do PAC em desenvolvimento na Região Metropolitana de Salvador e demais

municípios do Estado da Bahia, pelo Grupo de Trabalho Urbanização de Áreas Precárias. Foi

sugerida a elaboração de Resolução voltada para a priorização da regularização fundiária nos

municípios.

Quanto à programação da Câmara Técnica de Habitação para o ano de 2014, foram

elencados alguns temas para discussão, quais sejam: Qualidade das Moradias e

Sustentabilidade; Modelo de Cidades que temos. Nova Política de Fixação do Homem no

Campo. Terras Devolutas. Habitação no Centro Antigo de Salvador. Sistema Viário em

implementação em Salvador (Avenidas Transversais). Fortalecimento e/ou Criação de

Conselhos Municipais.

Reunião 25 de abril de 2014

Pauta

Discussão das Resoluções da Câmara Técnica criando os Grupos de Trabalho:

Cadastro de Demandas por Habitação de Interesse Social; Pós-Ocupação e

Urbanização de Assentamentos Precários.

Discussão da Portaria No595 que dispõe sobre os parâmetros de priorização e sobre o

processo de seleção dos beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida –

PMCMV, de 18/12/2013.

Balanço do cadastro de demandas por Habitação de Interesse Social – HIS.

Apresentação do Perfil de inscritos.

Encaminhamentos

A maior parte do tempo desta reunião foi destinada à discussão da criação e/ou

reativação dos Grupos de Trabalho – GTs da CTHab.

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Após a leitura e discussão das minutas das Resoluções criando os Grupos de Trabalho

de Urbanização de Assentamentos Precários; Cadastro de Demandas por Habitação de

Interesse Social e Pós-Ocupação, foi discutida a pertinência, ou não, da reativação do GT

Cadastro, ficando definida a sua manutenção. Sugere-se que a sua abrangência seja estadual, e

o trabalho realizado em articulação com as Superintendências Regionais da CAIXA – SRs.

Ficou definido que, para facilitar o andamento dos Grupos de Trabalho, cada um

deveria definir uma coordenação com a função de sugerir as pautas, mobilizar os

participantes, elaborar e apresentar os resultados na CTHab, dentre outras. Desta forma,

ficaram também definidos os coordenadores de cada GT: o GT Urbanização, será coordenado

por Aída Bittencourt, da SH/SEDUR; o GT de Pós-Ocupação por Raquel Mattedi da

SH/SEDUR e Antônia Germana, que representa o Território do Baixo Sul, e o de Cadastro

por Luiza Petitinga, também da SH/SEDUR.

Finalmente, foi apresentada a Portaria 595/2013, que dispõe sobre os parâmetros de

priorização e seleção dos beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida, que gerou uma

intensa discussão.

Reunião 15 de maio de 2014

Pauta

Situação dos GTs da Câmara Técnica.

Balanço do cadastro de demandas por Habitação de Interesse Social – HIS.

Dia da Habitação: DPH/SH/2014.

Encaminhamentos

O GT de Pós-Ocupação reviu a Resolução minutada na reunião anterior, fazendo alguns

ajustes antes de encaminhá-la ao setor jurídico da SEDUR, conforme orientação do Secretário

da SEDUR, e propõe que a experiência seja replicada nas sedes das Superintendências

Regionais da CAIXA. Os conselheiros de Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Itambé, Cruz

das Almas, Valença e Feira de Santana apoiaram a iniciativa e manifestaram grande apoio à

elaboração de uma Resolução Recomendativa à CAIXA, com o objetivo levar as questões do

GT Pós-Oucpação da RMS para outros municípios do interior, sobretudo, aqueles com

empreendimentos do MCMV e população superior a 50 mil habitantes.

O Conselheiro Marcelo Prado se propõe a articular com a CAIXA no sentido de que o

Fórum Pós-Ocupação possa ser regionalizado e vai tentar participar de uma reunião do

Fórum. Alguns conselheiros são convidados a participar do programa de Capacitação para

Síndicos do PMCMV, promovida pelo Fórum de Pós-Ocupação da RMS.

O GT Cadastro apresentou uma lista de temas a serem discutidos nas próximas

reuniões: 1) ampliação da ação da seleção por critérios nos municípios do interior, através do

processo de adesão ao SEHIS, numa estratégia monitorada e com metas estabelecidas; 2)

avaliação dos critérios de risco que possam priorizar situações específicas, como doenças

crônicas e terminais, bem como critérios de desempate na relação de vizinhança; 3) melhoria

da qualificação dos cadastradores de forma a melhor refletir o verdadeiro perfil de cada

possível beneficiário, além de estabelecerem mecanismos de aprofundamento na checagem

das informações. Sugere-se também uma revisão nos instrumentos do cadastro; 4) avaliação

do perfil da demanda quanto à composição familiar para melhor definir ou assegurar

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adequação entre o padrão habitacional e modalidades de atendimento; 5) avaliação de

programas para o atendimento de demandas específicas, como por exemplo do idoso, com

critérios específicos; 6) definir critérios para atendimento no Centro Antigo/Histórico de

Salvador.

Foi proposta a elaboração de uma resolução recomendativa que penalize os

responsáveis pelas invasões ocorridas em empreendimentos de HIS, com a exclusão dos

respectivos nomes dos cadastros existentes. Propõe-se também a junção dos dois GTs

Cadastro e Pós-Ocupação por entender que se trata de duas etapas de um mesmo processo.

O GT Urbanização de Assentamentos Precários propôs a minuta da Resolução que

cria o GT, aprovando-a, e definiu como pauta da próxima reunião uma explanação da

CONDER sobre a situação atual das obras de urbanização (PAC e FNHIS), identificando a

causa das paralisações, a fim de viabilizar a retomada e conclusão das mesmas.

Reunião de 06 de junho de 2014

Pauta:

Apresentação breve dos trabalhos dos GTs: Urbanização e Pós-Ocupação.

Apresentação dos Projetos do PAC e do FNHIS pela CONDER.

Encaminhamentos

A reunião iniciou com o relato dos resultados da reunião do GT Pós-Ocupação

ocorrida de manhã, além de informar sobre o Seminário de Gestão Condominial promovido

pelo Fórum de Pós-Ocupação e da decisão tomada pelo GT Pós-Ocupação, em manter-se

separado do GT Cadastro, dadas às especificidades de cada tema.

Discutiu-se a composição do GT Urbanização de Assentamentos Precários,

esclarecendo-se que na própria Resolução não devem constar nomes e sim as comunidades

representadas. Decidiu-se: 1) Comunidade Jardim Mangabeira: Aurélio Mota dos Santos; 2)

Comunidade Jardim Cajazeira: José Gilberto de Sales; 3) Comunidade Santa Rosa de Lima:

Merian de Oliveira Alves; 4) Comunidade Baixa do Soronha: Rejane Sales de Lima; 5)

Comunidade Nova Constituinte: Arnaldo Anselmo; 6) Comunidade Paraguari: Genivaldo

Ribeiro Nascimento; 7) Comunidade Alto do Bom Viver: Matilde Oliveira dos Santos; 8)

Comunidade Baixa do Cacau: Padre José Carlos; 9) Comunidade Alagados IV: a definir; 10)

Comunidade Mangueira: Reginaldo de Souza; 11) Comunidade Pirajá: Fábio Ferreira; 12)

Comunidade Nova Esperança: Bernardo Lopes dos Santos; 13) Comunidade Alto de Ondina:

Roque Santos da Silva; 14) Comunidade Dique do Cabrito: Gilberto Cazaes; 15)

Comunidade Colinas III: a definir; 16) Comunidade Teotônio Vilela (Ilhéus): Maknisia

Angeli de Sá. 17) A definir na Câmara Técnica de Habitação; 18) Convidados: João Gabriel

Cabral (ALBA). Sugeriu-se Gilbert Santos para representar a CONDER no GT por conhecer

bem os projetos em andamento do PAC e FNHIS.

Na reunião do GT Urbanização foram definidos os seguintes encaminhamentos: a)

Realização de Seminário em cada comunidade beneficiada pelos projetos em questão; b)

Promoção de reunião com o SINDUSCON para esclarecimentos sobre questões relacionadas

às obras; c) Promoção de reunião com o Secretário da Fazenda - SEFAZ.

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Em seguida, houve a apresentação, pela CONDER, sobre as áreas de atuação da

DIHAB/CONDER, no que se refere aos projetos do PAC e do FNHIS na pessoa do técnico

urbanista Gilbert Santos.

Discutiu-se, ainda, a elaboração de nota técnica ou resolução recomendativa do

Conselho, repudiando qualquer tipo de ocupação de imóvel que já esteja destinado. Sugere-se

que o assunto seja tratado pelos quatro.

Algumas decisões deste GT de Urbanização de Assentamentos Precários foram

adotadas: a) Realização de Seminário em cada comunidade beneficiada pelos projetos de

urbanização; b) Promoção de reunião com o SINDUSCON para esclarecimentos sobre

questões relacionadas às obras; c) Promoção de reunião com o Secretário da Fazenda -

SEFAZ, Dr. Manoel Vitório, para esclarecimentos sobre recursos dos projetos.

Reunião do dia 24 de julho de 2014

Pauta:

Informes dos GTs.

Apresentação do Empreendimento Enseada do Paraguaçu.

Apresentação comentada da IN 001/2014 (Normatização do Processo de

Gestão, Acompanhamento e Fiscalização dos Cadastros).

Encaminhamentos

A reunião iniciou com o relato do GT Pós-Ocupação, que decidiu sobre a Resolução

criando o GT e sugeriu a indicação de representantes do ConCidades e dos Conselhos

Municipais nos fóruns a serem criados nas sedes regionais da CAIXA.

Em seguida, foi apresentada a composição do GT Urbanização e da sua programação,

constando de: seminários para comunidade selecionada PAC/FNHIS, e elaboração de pauta

mínima para os próximos 06 meses. As comunidades selecionadas para os seminários são:

Território de Salvador e RMS com sede em Salvador; Território Costa do Descobrimento;

Território Bacia do Rio Grande e Território do Baixo Sul. Ficou definida, também, a

necessidade de programar reunião com a SINDUSCON, além da SEFAZ, sobre questões

operacionais e orçamentárias acerca do andamento das obras PAC/FNHIS.

Conforme previsto, foi apresentado o diagnóstico das necessidades habitacionais dos

16 municípios impactados pelo Empreendimento Enseada do Paraguaçu/EEP, especialmente

sobre os municípios de Saubara, Salinas e Maragogipe, que são diretamente impactados pelo

empreendimento. Foram, ainda, mencionadas as ações da SH/DPH/CPH, que prestam

assistência técnica aos municípios para apoiar a elaboração dos PLHIS e a constituição dos

conselhos municipais.

Por falta de tempo hábil (17:45) não foi realizada, conforme previsto, a leitura

comentada da Instrução Normativa 001/2014 (Normatização do Processo de Gestão,

Acompanhamento e Fiscalização dos Cadastros).

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Reunião do dia 29 de agosto de 2014

Pauta:

Apresentação dos resultados dos Grupos de Trabalho.

Apresentação dos Projetos do PAC/FNHIS pela CONDER.

Mesa-redonda sobre o Fórum de Pós-Ocupação (CAIXA, SEDUR,

MOVIMENTO).

Encaminhamentos

A reunião teve início com a apresentação, pela CONDER, dos projetos do

PAC/FNHIS, mostrando a situação de cada um deles, bem como seus entraves, seguida por

debate.

Levantou-se a necessidade de fortalecer o GT Urbanização, pois as questões relativas

aos projetos de urbanização (PAC/FNHIS) ainda não foram respondidas e equacionadas.

Argumentou-se sobre a necessidade de contato mais estreito entre

SEDUR/CONDER/CAIXA, para melhor andamento dos projetos, tendo sido enfatizado que

os problemas basicamente se referem aos fluxos de encaminhamentos entre os executores,

havendo necessidades de se pensar novos fluxos para garantir a fluidez dos encaminhamentos.

O problema do PAC não é o trabalho social, mas sim, a falta de obras, sendo isso o que

interessa às comunidades.

A segunda apresentação foi realizada pela Coordenadora do Trabalho Social da

CAIXA, Patrícia Dias, que também coordena o Fórum de Pós-Ocupação, que tratou do

histórico de atuação do Fórum. Foram apresentadas as ações já desenvolvidas pelo Fórum,

bem como dos resultados obtidos.

No debate, ficou proposto que a Resolução Recomendativa do ConCidades, que

sugere a criação de GTs semelhantes nas demais áreas de atuação das Superintendências

Regionais CAIXA, e firmou-se que uma nova reunião com os superintendentes regionais da

CAIXA deveria ser convocada, por ocasião da próxima CTHAB.

Reunião do dia 21 de novembro de 2014

Pauta:

Informes, pelo Superintendente de Habitação e coordenador da CTHab,

Marcos Cohim.

Mesa-redonda sobre o Fórum de Pós-Ocupação (CAIXA, SEDUR,

MOVIMENTO).

Trabalho social e do pós-ocupação – RMS e interior do estado.

Encaminhamentos:

No inicio da reunião, o coordenador da CTHab relatou sobre a indisponibilidade de

terrenos em Salvador para construção de unidades habitacionais para o MCMV, e que serão

assinados mais 4 empreendimentos em Salvador:

Tubarão- Gleba A e B- MCMV-I- 816 unidades;

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Recanto do Luar- 44- unidades (já foi assinado);

Colina Solar- 600 unidades;

Residencial das Margaridas.

O coordenador alertou de que o trabalho social precisa ser fortalecido e assumido

pelas prefeituras e que a questão da segurança dos moradores deve ser tratada como questão

prioritária. Argumentou, ainda, que as Construtoras deverão se engajar no esforço de melhoria

das relações de pertencimento dos beneficiários, trabalhando o diferencial de cada situação,

fazendo estudos específicos.

Ainda na fala inicial, o coordenador tratou da Gestão do Cadastro de demanda,

apoiando a ideia de que deve ser estadual, sugerindo que a Superintendência de Habitação

poderá abrigar um banco de dados de todos os municípios do Estado da Bahia. A Geração de

beneficiários, porém, poderá se dar no âmbito do município. Considerou-se importante levar

essas questões ao MCidades e o Superintendente se comprometeu a ser o interlocutor.

No momento seguinte, a coordenadora do Fórum Pós-Ocupação da RMS, Patrícia

Brito, abriu a mesa-redonda prevista em pauta.

Explanou que o Fórum permanente teve a sua origem em junho de 2013, coordenado

pela CAIXA, conta com a participação de movimentos, Sedur e Conder, Prefeituras da RMS,

CEDURB, ALBA. Constitui-se em espaço de diálogo, visando estruturação das relações, e

priorização das ações.

Algumas ações e encaminhamentos iniciais: reunião com administradora do Correio,

reunião com SSP e Polícia Militar para segurança dos empreendimentos. Enviar documento

ao Governador para priorizar as famílias do MCMV nos Programas estaduais, reuniões com

síndicos e subsíndicos para identificar as prioridades de cada condomínio.

Os principais desafios da etapa de pós-ocupação são: ausência de articulação de

políticas públicas, falta educação, saúde, transporte, problemas de segurança pública, tráfico

de drogas, pouca oferta de oportunidade de trabalho, insuficiência de comércio, dificuldades

de adaptação ao novo morar, segregação territorial e social.

Foi relatada a necessidade de articulação com o coordenador do Programa Vida

Melhor na Casa Civil do Governo, Projetos Experimentais com a EBDA, com a Secretaria de

Desenvolvimento Social com as prefeituras para a atuação da UNIS, além de criar parcerias

para potencializar o PNHR, uma vez que a área rural se recente de atuação mais efetiva dos

programas habitacionais.

Reunião do dia 11/12/2014

Pauta

Resultado das reuniões dos GT

Balanço 2014

Encaminhamentos para 2015

Solicitação de cumprimento do regimento

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Encaminhamentos:

GT Pós-Ocupação:

Solicitar apoio da CAIXA/Salvador para realizar VIDEOCONFERÊNCIA com as 4

Superintendências Regionais, com o objetivo de divulgar as atividades do Fórum de Pós-

Ocupação da RMS e sensibilizar os participantes para criarem seus fóruns locais de pós-

ocupação, envolvendo nesta videoconferência os segmentos dos movimentos sociais, governo

estadual, prefeitura municipal e setor social da CAIXA. Para tanto, deverá ser encaminhada

solicitação à Coordenadora do Fórum Pós-Ocupação da RMS, para viabilizar, se possível

ainda em janeiro, esta videoconferência.

Foram levantados os temas que deverão ser aprofundados, buscando inclusive

exemplos de como está acontecendo atualmente, na Bahia e em outros estados, sobre:

Os limites dos Empreendimentos MCMV, buscando aquele que melhor se adapte a

cada realidade de bairro e município.

O atual modelo de gestão dos Empreendimentos MCMV, buscando aquele que

melhor se adapte a cada realidade municipal; se através de Associação Comunitária,

ou Condomínio, por meio de Síndicos e Subsíndicos, modelo misto.

Possibilidades de fundação de Associações para fortalecer o grupo de moradores,

com finalidade de captar contrapartidas sociais de empresas localizadas

próximas,buscando oportunidades de trabalho, entre outras;

Possibilidade da não cobrança de taxa de condomínio aos moradores.

GT Cadastro

Iniciou com o balanço do cadastro de demandas por Habitação de Interesse Social:

Perfil de inscritos (abril/2014), ficando a recomendação da inclusão de competência no

âmbito do ConCidades/BA e/ou nos Conselhos Municipais de Habitação ou de natureza

similar, a validação da lista de beneficiários indicados através de Chamada Pública, para o

PMCMV.

Foi dada a continuidade às articulações para capacitação de municípios, visando: 1)

unificação dos cadastros municipais com o estadual Casa da Gente; 2) a elaboração PTTS e 3)

relatório de Diagnóstico de Demandas (RDD).

Finalmente, ficou sugerida a ampliação do GT Cadastro com as representações dos

Territórios de Identidade.

GT Urbanização

Após se ter realizado as reuniões com a CONDER e SINDUSCON, definiu-se a

necessidade de agendamento de reunião com a SEFAZ sobre o PAC/FENIS.

Levantou-se a necessidade de definição de metodologia para realização de Seminário

em cada comunidade beneficiada pelos projetos PAC/FNHIS e elaboração de documento com

a situação das obras PAC/FHNIS a ser enviado ao governo do Estado.

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Tratou-se da necessidade de ser designada uma secretária para apoiar os trabalhos do

GT Urbanização.

Finalmente, apesar do recesso das reuniões do CONCIDADES/BA nos meses de

janeiro a março, ficou decidida a realização de 02 reuniões do GT Urbanização, em

16/01/2015 e em fevereiro/2015, com data a definir, já que a maior parte das comunidades

envolvidas até o momento, encontram-se em Salvador e RMS.

3. Considerações finais

A atuação da Câmara Técnica de Habitação do Conselho Estadual das Cidades –

ConCidades/Bahia, em 2014, alcançou resultados positivos no sentido da sua consolidação como

integrante do Sistema Estadual de Habitação de Interesse Social - SEHIS, contribuindo de forma

propositiva para as ações que visam à melhoria da habitação de interesse social no Estado da

Bahia.

Esta consolidação se materializou na institucionalização dos três grupos de trabalho, já

atuantes: Pós-ocupação, Cadastro e Urbanização de Áreas Precárias, através de formulação das

Resoluções Normativas de Nº 07, 08 e 09 respectivamente, todas aprovadas no Pleno do

CONCIDADES e publicadas no Diário Oficial do estado em agosto de 2014.

Além disso, a CTHab contribuiu para a consolidação do Fórum Pós-ocupação da

RMS, cuja ideia surgiu no âmbito do ConCidades/BA. A coordenação do Fórum cabe à

Coordenadora do Trabalho Social da CAIXA, que tem ampliado o trabalho

significativamente, e tem se reunido semanalmente, na sede da CAIXA em Salvador. Alguns

Conselheiros do ConCidades/BA fazem parte do Fórum, e têm contribuído, apoiando, por

exemplo, a capacitação dos síndicos do MCMV e a elaboração da Cartilha de Manutenção

Predial publicada na oportunidade desse evento.

Porém, a CTHab considerou importante interiorizar as ações do Fórum, levando aos

demais municípios o exemplo de como vêm sendo tratados, na RMS, os problemas da pós-

ocupação. Neste sentido, a CTHab elaborou e viabilizou a aprovação e publicação de

Resolução Recomendativa às Superintendências Regionais da CAIXA, para criação de

Fóruns Pós-Ocupação nas outras quatro SRs, a exemplo do Fórum RMS.

As ações do GT Cadastro nos municípios da RMS também tiveram continuidade e

ficou definida a necessidade de interiorização do trabalho, com vistas à constituição do

Cadastro Único de Demandas por Habitação de interesse Social.

Cabe registrar, ainda, a importância do fortalecimento do GT Urbanização de

Assentamentos Precários, através de articulação dos movimentos, tendo sido iniciados

entendimentos com a CONDER, o SINDUSCON e a CAIXA, visando equacionar as obras

paralisadas, do PAC e do FNHIS.

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Câmara Técnica de Mobilidade ConCidades/BA - 2014

Março

Apresentação sobre a composição do CONCIDADES e balanço da última

gestão;

Apresentação sobre o Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Macro

Área de Influência da Ponte Salvador - Ilha de Itaparica;

Encaminhamentos:

Definição de critérios para funcionamento da Câmara Técnica;

Indicação de 2 (dois) Conselheiros da Câmara Técnica de Mobilidade para

atuar junto aos projetos do SVO: Roberta (Vera Cruz) e Claudio (Taperoá);

Abril

Foram apresentados os Projetos de Mobilidade Urbana para a RMS;

Maio

Discussão com representantes do DERBA e AGERBA sobre os seguintes assuntos:

Duplicação da BR 415 Ilhéus – Itabuna;

Acesso às praias de Ilhéus e Pedágio da Estrada do Côco.

Encaminhamentos:

Convite ao DERBA para apresentar no Pleno sobre intervenções no

Estado da Bahia;

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Que a SECONCIDADES/SEDUR levante e apresente todas as resoluções

aprovadas no ConCidades/BA, nas últimas gestões, implementadas e

justificando as não implementadas até o momento.

Junho

Discussão com representante da AGERBA sobre o Pedágio da Estrada do Côco.

Encaminhamentos:

Cobrança para que o GTMOB volte a funcionar e produza resultados

voltados à Política Estadual de Mobilidade e Gestão Econômica Financeira

do sistema de transporte integrado;

Plano de Mobilidade Urbana PLANMOB;

Que seja divulgado o nome do Conselho nas ações do Estado que tenham

participação do Conselho;

Informações sobre os novos ferrys boats (contratos e audiências públicas).

Julho

Foram dados informes importantes sobre:

Balanço sobre a mobilidade em Salvador durante a Copa do Mundo 2014

Criação da Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador

Discussão com representante do DERBA sobre o Programa de

Restauração e Manutenção de Rodovias no Estado da Bahia - PREMAR

II.

Encaminhamentos:

Sugestão de visita guiada ao metrô de Salvador para os conselheiros do

CONCIDADES.

Disponibilização de todos os documentos referentes à criação da

Entidade Metropolitana, pela Secretaria Executiva do CONCIDADES.

Recomendação sobre a criação do Termo de Ajuste de Conduta – TAC

entre Estado e prefeituras no âmbito da Entidade Metropolitana.

Retomada dos trabalhos do Grupo de Trabalho de Mobilidade –

GTMob, com pauta voltada para os seguintes assuntos:

Concepção da Política Estadual de Mobilidade Urbana

Construção do Plano Estadual de Mobilidade Urbana

Agosto

Foram tratados os seguintes temas:

Potencial de criação e fortalecimento dos conselhos municipais;

Discussão com representante do DERBA sobre Política de Segurança

nas rodovias baianas;

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Publicação no DOU da Resolução Recomendativa nº 006, de 25 de

julho de 2014, que trata sobre a promoção de Acordo Técnico ou outro

instrumento entre o Estado da Bahia e os municípios no âmbito da Entidade

Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Encaminhamentos:

Resolução Recomendativa sobre a Instituição da Política Estadual de

Segurança Rodoviária

Setembro e Outubro – Neste período foram suspensas as atividades do Conselho

por conta do processo das eleições gerais. Não houve reunião da Câmara Técnica.

Novembro

Apresentação sobre o Processo Licitatório do Sistema de Transporte Coletivo de

Salvador – STCO (Situação Atual), com representante da Secretaria Municipal de

Urbanismo e Transportes – SEMUT.

Encaminhamentos:

Próxima reunião da Câmara Técnica: 11 de Dezembro

Resolução Recomendativa para Instituição da Política Estadual de

Segurança das/nas Rodovias

Dezembro

Foram tratados os seguintes temas:

Balanço da presença dos conselheiros

Balanço das ações da Câmara Técnica de Mobilidade

Balanço das ações da SEDUR/Mobilidade

Planejamento das ações 2015 da CT Mobilidade

Encaminhamentos:

Sugestão de que o cargo de Assessoria Jurídica do CONCIDADES seja

de fato ocupado na Secretaria Executiva do Conselho

Disponibilização de pastas, uma para cada Câmara Técnica, contendo o

regimento do Conselho e todas as resoluções apresentadas

Levantamento semestral sobre as atividades desenvolvidas na Câmara

Técnica de Mobilidade e no CONCIDADES como um todo.

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Câmara Técnica PGTU ConCidades/BA - 2014

Introdução

No ano de 2014, a CT PGTU seguiu rigorosamente o calendário do CONCIDADES,

buscando atender ao seu principal objetivo, definido na primeira reunião da CT no mês de

março, que foi o de agregar forças no sentido da criação dos conselhos municipais. Houve

uma preocupação em manter a linha de atuação, concentrando os esforços na elaboração e

apresentação de instrumentos que pudessem subsidiar a iniciativa de estimular a criação e o

fortalecimento dos Concidades Municipais de Cidades, com a colaboração dos conselheiros

estaduais.

Foram elaborados documentos com conteúdos relativos aos procedimentos para a

instituição dos Conselhos Municipais e para definição do Regimento Interno, além de

apresentadas Palestras Expositivas Dialogadas e Rodas de Conversas - metodologia de

diálogo interativo introduzida nas reuniões. Além disso foi criado o espaço Voz do

Conselheiro, onde o conselheiro teve um tempo para expor suas ideias e expectativas.

Posteriormente, alguns depoimentos foram gravados, em forma de entrevistas, editados e

disponibilizados no site da SEDUR. http://www.sedur.ba.gov.br/publicacoes-geral/ - no

documento intitulado “Estímulo à Participação Social” constam os links de 8 conjuntos de

entrevistas que podem ser acessadas através do YouTube. Neste mesmo link podem ser

acessados os documentos “Passo a Passo” para instituir um Conselho Municipal e “Potencial

de criação de Conselhos”. Seguem, relacionados mês a mês, os principais resultados e

encaminhamentos da CT PGTU em 2014:

Março

Apresentação do Programa de Assistência Técnica aos Municípios

Apresentação Sistema Viário Oeste – SVO – Graça Torreão.

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Encaminhamentos:

Apresentação da Resolução da Câmara Técnica PGTU – Implantação do

Programa de Assistência Técnica em parceria com o ConCidades/BA.

1. Art. 1º - Integrar o ConCidades/Ba nas ações previstas

para implementação do Programa de Capacitação e

Assistência Técnica aos municípios, sobretudo no

fortalecimento, criação e instalação dos conselhos

municipais de desenvolvimento urbano;

Abril

Reiterada a proposta do PLENO ITINERANTE

Discussão sobre o Fundo de Desenvolvimento Urbano

Encaminhamentos:

Resolução indicando conselheiros titulares e suplentes para comporem

o GT de Acompanhamento dos trabalhos da SVO.

Maio

Resolução PRAT foi encaminhada à Assessoria Jurídica;

Distribuição do KIT CONSELHEIRO – com instrumentos técnicos e

jurídicos sobre o CONCIDADES;

Experiência em Vera Cruz (Projeto de Lei para criação do Concidades

municipal) e Itaparica (Lei de criação e decreto de nomeação dos

conselheiros);

Encaminhamentos:

Referência ao Site do Ministério das Cidades para subsidiar os

municípios que estejam criando seus Concidades;

Desenvolvimento do espaço Voz do Conselheiro

Solicitação de que os conselheiros se apropriem das informações

disponibilizadas no KIT CONSELHEIRO.

Os conselheiros - solicitarem oficialmente à SEC EXEC o envio do Kit

Conselho, elaborado pela Assessoria da CT PGTU.

Que os Conselheiros sejam apresentados oficialmente e tenham vez e

voz;

Exemplos de Fóruns próprios para a criação de Concidades;

Constituição Cidadã - Art. 182 – Da Política Urbana

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Junho

Apresentação sobre o Fundo Nacional Desenvolvimento Urbano /FNDU e o Sistema

Nacional de Desenvolvimento Urbano/SNDU, ambos como instrumentos de gestão para a

Política Nacional de Desenvolvimento Urbano

Encaminhamentos:

Solicitar aos conselheiros que se apropriassem dos conteúdos referentes

ao SNDU e ao FNDU.

Dar início às gravações de entrevistas sobre participação social

Julho

Apresentação do Potencial de Criação dos Conselhos na CT PGTU

Vídeo sobre a Importância do Conselho – Depoimento do Conselheiro

Zé de Ana - Camaçari

Encaminhamentos:

Iniciar as discussões sobre o Regimento Interno do Concidades/Ba

Propor Moção de apoio à Presidente Dilma na Criação da Política de

Participação Social

Agosto

O Potencial de criação dos Conselhos municipais foi apresentado às

Câmaras Técnicas de Saneamento, Mobilidade e no Pleno, pela

Coordenadora da CT PGTU.

Apresentação do Projeto Piloto para criação de conselhos municipais

aos conselheiros estaduais da CT PGTU.

Primeiro módulo de capacitação – Palestra expositiva dialogada sobre

Regimento Interno do Concidades/Ba - Marly Carrara.

Debate sobre o Conselho Municipal de Habitação integrar o Concidades

Municipal

Encaminhamentos:

Participação efetiva dos conselheiros no trabalho de incentivo à criação

e fortalecimento de conselhos municipais. De imediato, se apresentaram

como voluntários cinco conselheiros da CT PGTU:

o Guirra de Buerarema

o Antonio Fernando de Conceição do Coité

o Vanderlei e Gerinário de Jaguarari

o Marcelino de Pindobaçu

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Setembro e Outubro – Neste período foram suspensas as atividades do Conselho

por conta do processo das eleições gerais. Não houve reunião da Câmara Técnica.

Novembro

Apresentação das experiências nos municípios para incentivo à Criação

dos Conselhos Municipais

Apresentação do Potencial de Criação de CONCIDADES Municipais à

CT Habitação

Apresentação do “Passo a Passo” para criação do Conselho Municipal –

que foi adequado conforme sugestões de conselheiros.

Discussão sobre a possibilidade de definição de um local fixo para as

reuniões do Conselho Estadual das Cidades considerando a sua importância

no contexto nacional, como um dos mais atuantes e fortalecidos Conselhos

das Cidades do território nacional. Seria justificável a liberação de um dos

prédios integrantes do patrimônio do estado para constituir a sede própria do

referido Conselho. Foi feita visita e levantamento fotográfico do prédio do

Centro de Exposições do CAB (Balança), para que seja avaliada a

possibilidade de tê-lo como sede.

Encaminhamentos:

Propor Resolução Recomendativa para tornar mais ágil à elaboração do

Plano Integrado Litoral Sul – Aprovada

Propor Resolução Deliberativa: GT SALVADOR – para acompanhar o

PDDU Salvador 500 – Aprovada

Propor resolução Deliberativa definindo GT de apoio à criação de

Conselhos Municipais – Retirada, e foi proposta discussão para

alinhamento e nova estrutura do GT, por desconhecimento da RES

005/2014.

Dezembro

Balanço das ações da Câmara Técnica PGTU

Balanço da presença dos conselheiros por segmento

Apresentação de material técnico da SGT sobre participação social e

instrumentos para criação e fortalecimento dos conselhos municipais: Piloto

do Banco de Dados sobre Conselhos Municipais, Espaço Voz do

Conselheiro: Conjunto de 40 entrevistas, 27 das quais foram editadas e

publicados no YouTube/Blog do Concidades. Referência no site da SEDUR

em http://www.sedur.ba.gov.br/publicacoes-geral/

Apresentação da Monografia sobre a Participação Social na Criação de um

Conselho Municipal da Cidade – pela Técnica Aldaíra Angélica TCC

daUniversidade Estácio de Sá- FIB.

Encaminhamentos:

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Discutir a criação de incentivos para garantir a participação do

conselheiro nas reuniões ordinárias da CT.

Enfatizar a importância da participação dos conselheiros nas discussões,

atualmente muito frequentes na cidade do Salvador, relativas ao planejamento

urbano.

Conclusões

A principal conquista da Câmara Técnica PGTU consistiu no fortalecimento do

processo de trabalho da própria Câmara, a partir dos debates sobre seu papel e atribuições e

do reconhecimento e priorização ao incentivo à criação dos conselhos municipais. Neste

sentido foi relevante a homologação, pelo governador do Estado, da RESOLUÇÃO

CONCIDADES nº 005/2014 de 16/05/2014, que “estabelece a participação da CT PGTU

no PRAT da SEDUR visando o fortalecimento, criação e instalação de CONCIDADES

Municipais”, consolidando seu papel em parceria com a Secretaria Executiva do

Concidades-Ba.

Durante o decorrer deste ano foi perceptível o envolvimento da maioria dos

conselheiros, que declararam sua satisfação com os resultados obtidos e consideraram as

reuniões objetivas e estimulantes, sempre oferecendo conteúdos pertinentes para subsidiar

o trabalho proposto. Embora ainda haja a necessidade de melhorar a frequência nas

reuniões ordinárias, os que participaram, o fizeram com determinação e força de vontade.

Considera-se de significativa importância a elaboração e apresentação dos

instrumentos de participação social, em especial do “Potencial de Criação de Conselhos

Municipais com a participação do Conselheiro Estadual” que traça um panorama sobre a

situação dos conselhos das cidades no Estado da Bahia, a partir do qual se estruturou um

Projeto Piloto para criação e fortalecimento dos conselhos municipais.

Destaca-se também a proposta de ação conjunta continuada entre as Superintendências

da SEDUR e a criação de uma Comissão, em função do Programa de Assistência Técnica

/PRAT, que discuta a melhor forma de abordagem, estudos e soluções integradas para as

questões urbanas nos municípios. Esta comissão, proposta pela coordenação da CT PGTU,

reuniu-se semanalmente entre 22/09 e 18/11/14, tendo como pauta as formas de atuação de

cada Superintendência e o início das discussões sobre o modelo comum de Assistência

Técnica aos municípios, focalizando a criação e fortalecimento de Concidades Municipais.

Percebe-se que ainda há muito a ser feito na gestão 2014/2016 do CONCIDADES/BA,

havendo a necessidade de consolidar e detalhar o Plano de Trabalho conjunto envolvendo

todas as CTs, o que contribuirá sobremaneira para a atuação das Câmaras Técnicas nas

suas respectivas atribuições.

Finalmente, podemos concluir que os trabalhos da CT PGTU foram positivos e

observa-se grande expectativa de continuidade no trabalho de criação e fortalecimento dos

conselhos municipais, com a participação do conselheiro estadual, da Secretaria Executiva

e das demais Câmaras Técnicas. Esta é a expectativa e a proposta para o ano que se inicia.

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CCââmmaarraa TTééccnniiccaa ddee SSaanneeaammeennttoo ((CCTTSSAANN)) CCoonnCCiiddaaddeess//BBAA -- 22001144

Introdução

O Conselho Estadual das Cidades da Bahia (ConCidades/BA), criado pela Lei

10.704/2007, é parte integrante do Sistema Estadual de Saneamento Básico, o qual atua como

Órgão Superior com funções deliberativa, consultiva e fiscalizadora da Política Estadual de

Saneamento Básico.

Sua estrutura é composta pelo Plenário, Presidência, Secretaria Executiva e quatro

Câmaras Técnicas, Habitação, Mobilidade Urbana, Planejamento e Gestão Territorial Urbana

e Saneamento Básico.

São atribuições gerais das Câmaras Técnicas discutir e emitir pareceres sobre as

questões temáticas referentes às suas respectivas áreas, preparar as discussões temáticas para

apreciação e deliberação do Conselho, bem como promover articulação com os movimentos

sociais, órgãos e entidades promotoras de estudos, propostas e tecnologias relacionadas à

Política Estadual de Desenvolvimento Urbano e respectivas políticas setoriais.

Cabe, portanto, à Câmara Técnica de Saneamento Básico (CTSAN) tratar das questões

relacionadas ao saneamento básico, articulando-se com as demais Câmaras, de maneira que as

questões de desenvolvimento urbano possam ser discutidas e deliberadas de forma sistêmica e

integrada. Nesse sentido, ocorrem mensalmente as reuniões ordinárias, tanto das Câmaras

Técnicas, como do Plenário, quando as ações de cada Câmara Técnica são socializadas, assim

como são realizadas deliberações conjuntas.

Este relatório tem como tem como objetivo descrever as ações realizadas pela CTSAN

ao longo do ano de 2014, as quais foram previamente planejadas e discutidas no âmbito desta

Câmara.

Descrição das atividades

As atividades referentes à Câmara Técnica de Saneamento (CTSAN) são coordenadas pelo

Coordenador desta CT, que também atua com Superintendente de Saneamento da SEDUR.

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Nesse contexto, a Assessoria Técnica desta Superintendência contribui no planejamento e

facilitação das reuniões da CTSAN, registrando suas atas, assim como elaborando

resoluções/moções/recomendações, acompanhando e dando os devidos encaminhamentos aos

pleitos dos conselheiros, entre outras ações.

O mesmo tipo de assessoria também é oferecida aos Grupos de Trabalho que são

constituídos no âmbito da CTSAN, a exemplo do GT Resíduos, criado por meio da Resolução

Normativa do ConCidades nº 011 de 25 de julho de 2014.

Planejamento das Ações para 2014

No final do ano de 2013 a CTSAN discutiu e elaborou a Agenda Preliminar de

Atividades para 2014, sugerindo as pautas para cada uma das reuniões previstas, as quais são

apresentadas no Quadro 1.

Adicionalmente, nas semanas que ocorriam as reuniões ordinárias, tanto do Pleno do

ConCidades, como das suas Câmaras Técnicas, o Secretário Manuel Ribeiro reunia-se com a

Secretaria Executiva do Concidades e com os Coordenadores de cada Câmara Técnica e seus

assessores técnicos. Com isso, ele desejava promover uma discussão dos pontos de pautas

destas reuniões, emitindo suas opiniões e recomendações.

A seguir são apresentadas fotos relacionadas às ações da Coordenação da CTSAN:

Fotos da Reunião do Pleno do ConCidades/BA e das reuniões associadas ao

planejamento/realização de reuniões da CTSAN envolvendo o Secretário da SEDUR

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Quadro 1: Pautas sugeridas pela CTSAN para 2014

Datas Pautas sugeridas

25 de abril de 2014

Apresentação do Sistema de Desenvolvimento Urbano (SDU) com

ênfase no contexto do setor de saneamento básico;

Apresentação das ações de saneamento básico realizadas pela

SEDUR;

Apresentação das ações da AGERSA nos municípios.

15 de maio de 2014 Apresentação e discussão do Decreto que regulamentará a Política

Estadual de Saneamento Básico (Lei Estadual no. 11.172/08).

06 de junho de 2014 Discussão sobre a situação atual, referente à elaboração dos

Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB): dificuldades,

recursos disponibilizados, estratégias de apoio da SEDUR, estudos

de caso.

24 de julho de 2014

Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.932/l4) e o

processo de elaboração do Decreto que a regulamentará.

29 de agosto de 2014

O processo participativo de construção do Termo de Referência

(TR) do Plano Estadual de Saneamento Básico (PESB/BA)

18 de setembro de 2014 Saneamento Rural

31 de outubro de 2014

Consórcios Públicos

20 e 21 de novembro de

2014 (Pleno)

Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social para o

Saneamento (PEAMSS)

11 de dezembro de

2014

Avaliação geral do ano de 2014 e o que ocorrer.

Reuniões realizadas

Março

A 1ª reunião da CTSAN foi realizada no dia 28 de março de 2014, cumprindo

calendário proposto pela Secretaria Executiva do ConCidades. Foi conduzida pelo Suplente

do Coordenador da CTSAN - Raimundo Freitas, que solicitou que todos se apresentassem,

haja vista que a reunião contava com a presença de alguns novos conselheiros que tinham

tomado posse para o cumprimento da gestão 2014-2016.

Os seguintes temas foram abordados nesta reunião:

Abertura / Boas-Vindas;

Instruções referentes ao funcionamento das CTSAN;

A importância do papel dos Conselheiros;

Informes sobre o processo final de elaboração do decreto que regulamenta a Lei

no. 11.172/08 (Política Estadual de Saneamento Básico);

Homenagem ao trabalho realizado pelo GTRESAN;

Outras contribuições da CTSAN na elaboração de políticas públicas do setor: A

aprovação da Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS/BA) e o processo de

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elaboração do Decreto que a regulamentará, a elaboração participativa do TR do

Plano Estadual de Saneamento Básico (PESB/BA);

Breve balanço da última gestão da CTSAN;

Plano de Trabalho para o primeiro período da gestão (calendário, elenco de

prioridades, temas de pauta da CTSAN); e

O que ocorrer.

No dia seguinte – 29 de março de 2014, quando ocorreu a Reunião do Pleno, foram

anunciadas algumas mudanças de datas do calendário de reuniões, em especial nos meses de

setembro e outubro, período anterior e posterior respectivamente às eleições para governador.

Abril

A reunião deste mês, realizada no dia 25 de abril de 2014, foi também conduzida pelo

Suplente do Coordenador da CTSAN- Raimundo Freitas, que apresentou os convidados da

AGERSA, os quais iriam transmitir algumas informações aos conselheiros da CTSAN, que

também integram o Conselho Consultivo desta Agência de Regulação.

A pauta desta reunião constou os seguintes temas:

Abertura e boas-vindas;

Apresentação do Sistema de Desenvolvimento Urbano (SDU) com ênfase no

contexto do setor de saneamento básico;

Principais ações de saneamento básico realizadas pela SEDUR;

Apresentação da AGERSA: Principais ações nos municípios e

encaminhamentos com enfoque na estruturação e capacitação do seu Conselho

Consultivo (CTSAN);

Informes finais e propostas de encaminhamentos e/ou resoluções; e

O que ocorrer.

Durante a apresentação da AGERSA os conselheiros enfatizaram a necessidade de um

programa de capacitação, levando em consideração a existência de novos conselheiros eleitos

na quinta Conferência das Cidades, de maneira a cumprirem bem as suas competências de

conselheiros, em especial nos assuntos referentes à composição das tarifas de serviços de

saneamento e aos assuntos de regulação em geral.

Nesse sentido, como um dos encaminhamentos desta reunião a AGERSA sugeriu que

os conselheiros que residiam em Salvador se reunissem em caráter extraordinário para discutir

e formatar um Programa de Capacitação, direcionado para os assuntos do interesse do

Conselho Consultivo da AGERSA, enfatizando que este poderia ser promovido com recursos

da própria Agência de Regulação. No entanto, para a reunião sugerida, informou que não

haveria tempo para liberar recursos para pagar diárias e passagens dos conselheiros que

residiam no interior.

Os conselheiros também solicitaram que as reuniões do Conselho Consultivo da

AGERSA deveriam ocorrer em datas e momentos diferentes das reuniões da CTSAN para não

comprometer a pauta das reuniões da CTSAN, haja vista que isso vinha acontecendo desde

2013, sem que a AGERSA organizasse seu próprio calendário de reuniões.

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Maio

Durante este mês foram realizadas duas reuniões: uma reunião extraordinária uma

reunião ordinária.

Sobre a reunião extraordinária realizada no dia 07 de maio de 2014

A reunião extraordinária teve o objetivo de discutir e formatar um Programa de

Capacitação do Conselho Consultivo da AGERSA/CTSAN direcionado para os assuntos do

interesse do conselho da AGERSA, atendendo assim os encaminhamentos da última reunião

da CTSAN. Esta reunião foi realizada no dia 07 de maio de 2014, contando apenas com a

participação dos conselheiros que residiam em Salvador. Sendo assim, os participantes

deveriam submeter o trabalho resultante desta reunião aos demais conselheiros, enviando-lhes

por e-mail e discutindo seus conteúdos na reunião ordinária da CTSAN, que foi realizada no

dia 15 de maio de 2014.

Durante a reunião extraordinária, a Coordenação da CTSAN apresentou e discutiu

uma proposta preliminar do Programa em questão, registrando-se as sugestões de mudanças/

ajustes necessários indicados pelos conselheiros.

As principais considerações discutidas e incorporadas na referida minuta estão

descritas abaixo:

Considera que o Programa tem caráter contínuo e permanente e deverá ser

desenvolvido em módulos. Sendo assim seriam apenas detalhados os dois

primeiros módulos, sendo que os demais deveriam ser planejados posteriormente,

de forma participativa, nas reuniões da CTSAN e/ou Conselho Consultivo da

AGERSA, utilizando como subsídios para este planejamento as demandas

emergentes dos conselheiros e resultados obtidos em cada um dos módulos;

Os módulos deveriam ser planejados e definidos no início de cada semestre,

quando a AGERSA deveria realizar os devidos encaminhamentos, referentes ao

levantamento de custos, logística e demais itens necessários para viabilizar os

módulos em questão; e

Os módulos deveriam ser realizados a cada dois meses, sempre nas semanas

que ocorressem as reuniões ordinárias da CTSAN, sem Pleno, até no máximo oito

dias antes da data marcada para esta reunião.

O grupo sugeriu de forma preliminar conteúdos, carga horária e possíveis facilitadores

para os dois primeiros módulos, conforme descrito abaixo:

Módulo 1:

Visão Geral dos principais aspectos, instrumentos e desafios referentes às Políticas de

Saneamento Básico.

Período previsto: 14 e 15 de agosto de 2014

Carga Horária: 16 horas

Conteúdo Programático

Conteúdos

Tempo

previsto

Facilitadores

Lei nº 11.445/2007- Diretrizes nacionais

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para o saneamento básico e para a Política

Federal de Saneamento Básico.

Debates e discussões sobre o tema.

04 horas A definir- Profissional da

SEDUR/EMBASA ou UFBA

Lei nº 11.172/2008 – Política Estadual de

Saneamento Básico e o processo de

construção do Decreto que regulamenta

esta lei por meio do GT RESAN.

Debates e discussões sobre o tema.

04 horas

A definir- Profissional da

SEDUR

Lei nº 8.987/95 – Concessão de Serviços

Públicos (Regulamenta o art. 175 da

Constituição) e Lei nº 11.107/2005 –

Normas Gerais de contratação de

Consórcios Públicos.

Debates e discussões sobre o tema.

04 horas

A definir

Lei nº 12.602/12 que cria a Agência

Reguladora de Saneamento Básico do

Estado da Bahia (Agersa) com destaque no

seu regulamento e estratégias de ação

junto ao seu conselho consultivo; Debates

e discussões sobre o tema.

04 horas

A definir- Profissional da

AGERSA

Módulo 2:

Instrumentos e mecanismos de participação e controle social

Período previsto: 16 e 17 de outubro de 2014

Carga Horária: 16 horas

Conteúdo Programático

Conteúdos

Tempo

previsto

Facilitadores

Considerações referentes ao controle e

participação social.

Debates e discussões sobre o tema.

04 horas

Sugestão: Débora Nunes -

UNEB

Instrumentos de participação e controle social

com ênfase no papel e competências dos

Conselheiros.

Debates e discussões sobre o tema.

04 horas

A definir

Tarifa social para saneamento e Cadunico.

Debates e discussões sobre o tema.

02 horas

A definir

A Política Estadual de Educação Ambiental

com ênfase no saneamento ambiental.

Debates e discussões sobre o tema.

02 horas

A definir

O PEAMSS- Programa de Educação e

Mobilização Social para o Saneamento.

04 horas

A definir- Profissional da

AGERSA

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Os principais encaminhamentos oriundos desta reunião são listados a seguir:

A Coordenação da CTSAN deverá ajustar a minuta do Programa de Capacitação e

enviar para todos antes da reunião ordinária agendada para dia 15 de maio de

2014;

Os Conselheiros deverão analisar a minuta e registrar pontos de dúvidas ou

sugestões de melhorias para serem discutidos na reunião acima mencionada.

Sobre a reunião ordinária realizada no dia 15 de maio de 2014

Durante esta reunião, que foi conduzida pelo Suplente do Coordenador da CTSAN-

Raimundo Freitas, os seguintes temas foram abordados:

Principais ações de saneamento básico realizadas pela SEDUR;

Informes gerais oriundos da reunião extraordinária na qual foi elaborada a

proposta do Programa de Capacitação da CTSAN; e

O que ocorrer.

Durante a apresentação do referido Programa, este foi aprovado por todos, com

algumas pequenas alterações sugeridas referentes no Módulo 2 - Instrumentos e mecanismos

de participação e controle social. Esta alteração visou atender à solicitação dos conselheiros

no sentido de inserir na programação um estudo de caso sobre o processo de participação

social na elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB).

Junho

A reunião do mês de junho foi realizada no dia 06 de junho de 2014, sendo conduzida

pelo Suplente do Coordenador da CTSAN - Raimundo Freitas, incluindo na sua pauta os

seguintes temas:

Apresentação e breve discussão da Minuta do Decreto que regulamenta a Política

Estadual de Saneamento - Lei No. 11.172/08;

rediscussão do calendário e estratégias de realização das reuniões do Conselho

Consultivo da AGERSA, assim como do Programa de Capacitação deste

Conselho, com a participação de representantes da AGERSA; e

o que ocorrer.

Visando contextualizar a Minuta do Decreto que regulamenta a Política Estadual de

Saneamento - Lei No. 11.172/08 foi feita uma breve apresentação das ações que antecederam

este documento, realizadas em especial pelo GT RESAN, o qual foi criado com o objetivo de

elaborar de forma participativa e democrática esta minuta. Posteriormente, iniciou-se uma

breve discussão sobre o conteúdo da mesma, que já era do conhecimento de grande parte dos

conselheiros, uma vez que todos os integrantes da CTSAN faziam parte do GT RESAN.

Nesse sentido, a apresentação da minuta em questão foi principalmente direcionada para os

novos conselheiros que haviam tomado posse para a gestão 2014-2016 do ConCidades.

Foi também conduzida uma rediscussão do calendário e estratégias direcionadas, tanto

para realização das reuniões do Conselho Consultivo da AGERSA, como do Programa de

Capacitação deste Conselho. Na oportunidade, alertou-se sobre a dificuldade que poderia

surgir referente aos conselheiros terem que se ausentar dos seus locais de trabalho/ cidades

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mais de duas vezes por mês para participar de reuniões/eventos da CTSAN/Conselho

Consultivo da AGERSA, incluindo nesse contexto os Cursos inseridos no Programa de

Capacitação dos Conselheiros, que deveriam ocorrer bimestralmente.

Durante a apresentação da AGERSA, seu representante informou que havia sido

criada, no contexto de sua dotação orçamentária, uma ação referente à capacitação do seu

Conselho Consultivo e, consequentemente, dos membros da Câmara Técnica de Saneamento.

Desta forma, seria possível realizar os dois módulos iniciais do Programa até o final de 2014

com todos os custos envolvidos bancados pela AGERSA.

Um dos encaminhamentos que foi proposto pelos conselheiros ao final desta reunião

foi que a Coordenação da CTSAN deveria contribuir com os trâmites necessários para a

realização do Módulo 1 do Programa de Capacitação da CTSAN, no período de 14 a 15 de

agosto de 2014, mantendo comunicação com a AGERSA para viabilizar o que fosse

necessário.

Julho

A reunião deste mês foi realizada no dia 24 de julho de 2014, quando Raimundo

Freitas anunciou que estava assumindo a coordenação da CTSAN, em virtude do afastamento,

por motivos de saúde, do coordenador Renavan Sobrinho.

A pauta desta reunião inclui os seguintes temas:

Informes;

Apresentação das principais ações realizadas pela SEDUR/CONDER na área

de Resíduos Sólidos;

Discussões e elucidação de dúvidas; e

O que ocorrer.

Os encaminhamentos a seguir foram propostos pelos presentes nesta reunião:

Criação do Grupo de Trabalho (GT) sobre Resíduos Sólidos composto pela

CTSAN, secretarias do Estado e cooperativas ou associações para discussão mais

aprofundada e busca de soluções para a gestão de resíduos sólidos no Estado; e

realização do Módulo 1 do Programa de Capacitação da CTSAN/Conselho

Consultivo da AGERSA, no período de 14 a 15 de agosto de 2014.

Agosto

A reunião deste mês foi realizada no dia 29 de agosto de 2014, sendo conduzida pelo

suplente do Coordenador da CTSAN – Sérgio Tomich. No mesmo dia ocorreu também a 1ª

reunião do GT Resíduos, que foi instituído por meio da Resolução Normativa do ConCidades

nº 011 de 25 de julho de 2014.

Sobre a Reunião da CT SAN

Os seguintes temas foram incluídos na pauta desta reunião:

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Potencial de criação e fortalecimento dos Conselhos Municipais por meio das

ações do Programa de Assistência Técnica aos Municípios (PRAT), coordenado

pela Superintendência de Planejamento e Gestão Territorial (SGT) da SEDUR;

Termos de Referências (TR) para elaboração de Projetos e Planos de Saneamento

Básico;

Processo Participativo da elaboração do Termo de Referência (TR) do Plano

Estadual de Saneamento Básico (PESB/BA);

A representatividade da CTSAN no GT Mobilidade - Manutenção ou substituição

dos atuais representantes;

Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) – aplicado à gestão de resíduos

- discussão dos encaminhamentos da reunião GT Resíduos, realizada pela manhã;

O que ocorrer (com a participação da AGERSA).

Referente ao primeiro tema, a Superintendente de Planejamento e Gestão Territorial

(SGT) da SEDUR - Lívia Gabrielli apresentou o Programa de Assistência Técnica aos

Municípios (PRAT) informando que havia sido criado um GT interno na SEDUR, composto

de representantes de cada Superintendência, mais os representantes do ConCidades, com o

objetivo de contribuir com a implementação deste Programa. Adicionalmente, informou que o

foco inicial era criar e/ou fortalecer os Conselhos Municipais, contando também com a

participação ativa dos conselheiros do ConCidades.

Um dos encaminhamentos desta reunião foi realizar o convite para que os

representantes da AGERSA pudessem participar da próxima reunião da CTSAN para discutir

com os conselheiros os devidos encaminhamentos referentes à atuação do Conselho

Consultivo da AGERSA, visto que a solicitação de realizar reuniões independentes deste

Conselho ainda não tinha sido atendida.

1ª reunião do GT RESÍDUOS – julho 2014

A criação do GT Resíduos veio atender a uma solicitação dos conselheiros da CTSAN,

feita na reunião de julho de 2014.

A 1ª reunião do GT Resíduos foi realizada no turno da manhã, no mesmo dia que

ocorreu a Reunião da CTSAN, sendo conduzida pelo seu Coordenador - Sérgio Tomich, tendo

como pauta os temas descritos abaixo:

Abertura;

Apresentação e breve discussão da Resolução que cria o GT;

Eleição dos membros da Coordenação Executiva do GT, segundo determina o

Regulamento que o criou;

Apresentação do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI)

direcionado para a melhoria da gestão resíduos sólidos urbanos com disposição

final ambientalmente adequada de rejeitos nos municípios do Estado da Bahia.

Histórico das ações já empreendidas sobre processo de elaboração do Decreto

que regulamenta a Política Estadual de Resíduos Sólidos; e

O que ocorrer

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Durante esta reunião foi mencionada a necessidade da criação da Coordenação

Executiva do GT, visando atender o art. 4o. da Resolução que o criou, lembrando a todos que,

no caso do GT, este seria coordenado pelo Diretor de Resíduos Sólidos e Saneamento Rural -

Sérgio Tomich.

A principal função da Coordenação Executiva do GT Resíduos é tomar decisões

estratégicas/ agilizar deliberações do GT já que, em determinados períodos, será necessário

que ela se reúna semanalmente, em especial no período que deverão ser avaliadas as

Propostas de PMI. Nesse sentido, alguns participantes sugeriram que fossem indicados 03

representantes do poder público e 03 da sociedade civil organizada, entre estes técnicos e

catadores de material reciclável para compor e referida Comissão Executiva.

Sobre o PMI

O PMI visa promover melhorias na gestão de resíduos sólidos no Estado da Bahia,

com a abrangência em 100% dos municípios, incluindo a realização de estudos técnicos,

jurídicos e econômicos para a estruturação tarifária, viabilidade econômica e financeira,

estruturação de garantias, modelagem jurídica e avaliação ambiental, a partir do qual será

estruturado o Modelo de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos no Estado da Bahia.

O PMI funciona como um “concurso de ideias” por meio do qual o Governo solicita

que empresas proponham soluções para um determinado plano (no caso específico este é

direcionado para o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos), o qual deve ser baseado em

estudos preliminares.

O PMI não define o projeto final, mas ajuda o governo a começar obras de grande

porte com informações técnicas que permitam, entre outros aspectos, melhorar a aplicação

dos recursos públicos, assim como sinalizar quais estudos devem ser feitos com mais

aprofundamento.

As principais vantagens do PMI para o Estado são:

Independe de orçamento público para realizar os estudos;

Confere maior celeridade ao processo, uma vez que a execução dos estudos

não está condicionada à Lei 8.666, de 21 de junho de 1993;

Assegura que o modelo de negócios proposto pelo parceiro privado é aderente

ao mercado;

Permite que o governo otimize seus recursos humanos para o direcionamento

estratégico do projeto e não para os aspectos operacionais;

Assegura a viabilização de projetos em setores inovadores em que a área

técnica do governo não possui especialistas; e

Abre maior espaço para diálogo com o ente privado.

Para o caso das empresas envolvidas, as principais vantagens são:

Melhor entendimento da gestão pública referente à viabilização de projetos de

infraestrutura; participação no desenho do modelo de negócio proposto;

Possibilidade de instituir relação de confiança com o ente público;

Conquistar maior espaço para diálogo com o ente público;

Ampliação do universo de atuação, aumentando o portfólio de projetos; e

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Desenvolvimento da capacidade de diferenciação e inovação em relação às

outras empresas proponentes.

Nesse contexto, o objetivo deste PMI é formatar um programa de Parceria Pública

Privada (PPP) para a implantação e operação do conjunto de atividades, infraestruturas e

instalações operacionais de transporte, transbordo, tratamento dos resíduos sólidos urbanos e

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, por um período de 30 anos (2015 -

2044). Com isso pretende-se promover aos municípios uma oportunidade de apoio para

solução definitiva para a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, com ênfase

na disposição final ambientalmente adequada.

Enfatiza-se que os estudos apresentados, quando selecionados e passíveis de

utilização, serão cedidos ao Estado, podendo os projetos em questão serem utilizados total ou

parcialmente pela SEDUR. Os custos incorridos por parte dos participantes na apresentação

das manifestações serão de sua inteira e exclusiva responsabilidade. No entanto, os estudos

que venham a ser aceitos, no todo ou em parte, como subsídios para a definição e estruturação

do projeto final, terão seus custos total ou parcialmente reembolsados pelo licitante vencedor,

tendo um valor máximo global de R$ 3.000.000,00.

Durante a apresentação do PMI os participantes puderam analisar a minuta do PMI, de

forma a sugerir mudanças que consideraram pertinentes. Uma das mudanças referiu-se aos

critérios de seleção estabelecidos para a análise das propostas que serão recebidas das

empresas, tais como a pontuação específica para aquelas que incluirão produção

socioprodutiva, prestigiando a participação de associações e cooperativas de catadores.

A seguir, fotos da reunião em questão.

Setembro e outubro - Nestes meses não foram realizadas reuniões da CTSAN, em

virtude de alguns conselheiros estarem envolvidos com as eleições para governador. Nesse

sentido, no mês de novembro foram realizadas duas reuniões, segundo descrito a seguir.

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Novembro

As duas reuniões da CTSAN que foram realizadas neste mês aconteceram nos dias 06

e 26 de novembro, sendo que no dia 06 de novembro foi também realizada a 2ª Reunião do

GT Resíduos.

Sobre a Reunião da CTSAN realizada no dia 06 de novembro

Esta reunião foi conduzida pelo suplente do coordenador da CTSAN – Sérgio Tomich

e teve como pauta os seguintes temas:

Apresentação da DRSAN/CSR referente ao tema Saneamento Rural;

Apresentação da EMBASA abordando as obras e projetos que estão em

andamento por essa empresa, com ênfase naquelas que estão paralisadas;

Apresentação do levantamento de pleitos oriundos das reuniões da CTSAN com

os seus devidos encaminhamentos;

Informes sobre o Programa de Assistência Técnica aos Municípios – PRAT; e

O que ocorrer.

Após as duas primeiras apresentações, em virtude do tempo decorrido para estas,

decidiu-se que os últimos pontos de pauta seriam cancelados, sendo que a lista de pleitos

feitos pelos conselheiros, no âmbito das Reuniões do CTSAN/2014, com o devido

encaminhamento de cada um deles, deveria ser enviada a todos os conselheiros via e-mail.

A sugestão do grupo foi que a pauta da próxima reunião fosse inteiramente reservada

para discutir com os representantes da AGERSA os encaminhamentos referentes ao seu

Conselho Consultivo.

Foi consenso também do grupo manter a reunião do CTSAN no mês de novembro,

visto que a Secretaria Executiva do ConCidades deixou a critério de cada CT decidir se

haveria esta reunião, devido à proximidade da data desta com a da reunião atual. A data

sugerida pela CT foi o dia 26 de novembro (quarta- feira), de maneira a aproveitar a vinda de

alguns conselheiros do GT Resíduos (Comissão Executiva deste GT), que no dia anterior

iriam discutir o Decreto que regulamenta PERS/BA, junto ao setor de catadores.

2ª Reunião do GT RESÍDUOS - 06 /11/2014

Esta reunião focalizou exclusivamente o processo de elaboração do Decreto que

regulamenta a Política Estadual de Resíduos Sólidos, embora na sua pauta estivesse prevista a

apresentação dos encaminhamentos referentes ao PMI, que não ocorreu em virtude do tempo

que foi decorrido na apresentação inicial que foi realizada por Mateus Cunha – Coordenador

de Resíduos Sólidos e Coordenador da Comissão de Coordenação Executiva do GT Resíduos.

Os principais informes referentes à apresentação de Mateus Cunha:

O processo em curso de construção da minuta do Decreto está sendo realizado

pela Comissão Técnica instituída pela Resolução Conjunta SEDUR/SEMA no. 01

de 17/04/2014 e já produziu 03 versões deste documento, tendo recebido 275

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contribuições da sociedade, enfatizando-se que ainda não houve nenhuma

consulta pública;

Já foram realizadas 45 reuniões, incluindo reuniões setoriais com Fecomércio

FIEB e PGE;

Outros segmentos serão ouvidos na medida em que os mesmos forem

apresentando suas contribuições.

Ao longo da apresentação os conselheiros emitiram opiniões e/ou fizeram algumas

observações.

Os principais encaminhamentos oriundos desta reunião são descritos a seguir:

A 3ª versão do Decreto que regulamenta PERS/BA deverá ser enviada para todos

os conselheiros para que eles possam enviar contribuições para o Comitê Técnico

SEDUR/SEMA, que vem conduzindo o processo de revisão desta versão;

Os conselheiros deverão se comunicar com as prefeituras da região sobre o

processo e o estágio atual da minuta do decreto, estimulando que elas participem e

enviem suas contribuições; e

Os conselheiros do GT Resíduos Sólidos deverão informar e mobilizar as

Prefeituras, cujo território representam, para participarem do processo de

construção da minuta do decreto, enviando para estes a minuta e os informes

necessários para o envio das contribuições, em anexo.

A seguir, fotos da reunião em questão:

Novembro

Esta reunião foi conduzida por Sérgio Tomich, suplente do Coordenador da CTSAN,

contando com a participação dos representantes da AGERSA, Eduarda Fernandes de Almeida

(Diretora de Normatização da AGERSA), Zenando Nunes da Silva (Ouvidor da AGERSA) e

Dora Abreu (Assessora Técnica da SAN), tendo a seguinte pauta:

Apresentação e discussão da AGERSA sobre as competências do seu Conselho

Consultivo;

Planejamento 2015 para o Conselho Consultivo da AGERSA;

O que ocorrer.

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Eduarda Fernandes se colocou à disposição dos conselheiros para elucidar as dúvidas

sobre as competências do Conselho Consultivo da AGERSA, informando que, para haver as

reuniões deste Conselho, será sempre exigido um quórum mínimo.

Ao longo da reunião os conselheiros chegaram ao consenso da necessidade de elaborar

minuta do Regimento do Conselho Consultivo da AGERSA, de eleger de forma democrática

e participativa o seu coordenador, assim como de dar continuidade ao Programa de

Capacitação dos Conselheiros.

Desta forma, o principal encaminhamento desta reunião foi que a conselheira Denise

Ribeiro deverá elaborar uma minuta preliminar do Regimento do Conselho Consultivo da

AGERSA, discutindo o seu conteúdo com os demais conselheiros, por meio de e-mail, de

maneira que esta possa ser apresentada e ajustada na reunião ordinária do Conselho,

previamente agendada para os dias 12 e 13 de março de 2015.

Dezembro

3ª Reunião do GT RESÍDUOS

Esta reunião foi realizada no mesmo dia da última reunião ordinária do CTSAN, dia 11

de dezembro de 2014, no turno da manhã.

A pauta desta reunião incluiu a apresentação do “Projeto Integrado de Pesquisa

Aplicada para a Implantação de um Plano Sustentável de Manejo dos Resíduos Sólidos na

sede do Município de Sapeaçu”, que se encontra em desenvolvimento pela Universidade

Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em parceria com a Prefeitura de Sapeaçu.

Nesse sentido, participaram desta reunião Dr. Jesus M. Delgado Mendez, do

Laboratório de Intervenções Socioambientais (LIS) da UFRB, que coordena o Projeto em

questão, Dr. Javier Guevara, professor pesquisador convidado (México), que também

participa do Projeto, o Sr. Eládio Bahia, Secretário de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal

de Sapeaçu e a Sra. Ana Cristina Fermino, corretora de Pesquisa da Universidade Federal do

Recôncavo da Bahia (UFRB).

Durante a apresentação do Projeto os integrantes do GT Resíduos puderam opinar e

tirar dúvidas sobre a execução do Projeto, que funcionará como um piloto e deverá ser

replicado para outros municípios da região.

Uma das principais observações dos participantes foi que o Projeto apresentado

pudesse se adaptar aos conceitos e diretrizes da PNRS PERS, sempre buscando prestigiar os

catadores.

Reunião da CTSAN

Considerando que esta foi a última reunião do ano, sua pauta foi reservada para fazer

uma avaliação crítica da gestão da CTSAN 2014, assim como para planejar as ações e/ou

sugerir temas para serem discutidos ao longo de 2015.

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Esta reunião foi conduzida pelo Suplente do Coordenador da CTSAN- Sérgio Tomich,

que inicialmente apresentou os pontos que seriam abordados, conforme listados abaixo:

Avaliação das ações da CTSAN realizadas em 2014;

Definição das principais pautas das reuniões de 2015;

Informes gerais, em especial sobre ações do GT Resíduos/ Comissão Conjunta

SEDUR- SEMA (reunião com catadores);

Propostas de Resoluções/ Recomendações para o Pleno; e

o que ocorrer.

Visando subsidiar a avaliação das ações da CTSAN realizadas em 2014, foi feita uma

apresentação dos temas sugeridos pela CTSAN, na última reunião de 2013, fazendo-se as

devidas considerações sobre o cumprimento de cada um deles. Estes temas foram os

seguintes:

Participação dos Conselheiros nas Oficinas dos Planos Municipais de Saneamento

Básico (PMSB);

Discussão do Sistema Nacional, Estadual e Municipal de Desenvolvimento

Urbano/Saneamento;

Discussão dos Planos Municipais de Saneamento Básico;

Consórcios públicos – o papel e importância no contexto do saneamento básico;

Saneamento básico rural;

Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento

(PEAMSS);

Decreto que regulamente Política Estadual de Resíduos Sólidos;

Finalização do Decreto que regulamenta a Política Estadual de Saneamento

Básico;

Capacitação dos conselheiros nos componentes de saneamento básico e em outros

temas relativos ao desenvolvimento urbano;

Participação nas Oficinas do TR do Plano Estadual de Saneamento; e

Discussão dos critérios para cobrança de tarifas de água e esgoto/redução das

tarifas de esgoto.

Verificou-se que entre os temas sugeridos, apenas os listados abaixo deixaram de ser

abordados no ano de 2014:

Consórcios públicos – o papel e importância no contexto do saneamento básico;

Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento

(PEAMSS); e

Discussão dos critérios para cobrança de tarifas de água e esgoto/redução das

tarifas de esgoto.

Estes temas, no entanto, foram substituídos por outros considerados relevantes pelos

conselheiros. Seguem abaixo a listagem completa dos temas que foram abordados ao longo de

2014:

Boas-vindas e orientações básicas para os novos conselheiros;

Concepção e formatação do Programa de Capacitação dos Conselheiros do

Conselho Consultivo AGERSA/CTSAN;

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Apresentação do Sistema de Desenvolvimento Urbano (SDU) com ênfase no

contexto do setor de saneamento básico;

Principais ações de saneamento básico realizadas pela SEDUR;

Apresentação da AGERSA: principais ações nos municípios e encaminhamentos

com enfoque na estruturação e capacitação do seu Conselho Consultivo

(CTSAN);

Apresentação e breve discussão da Minuta do Decreto que regulamenta Política

Estadual de Saneamento - Lei no. 11.172/08;

Estratégias para realização de reuniões do Conselho Consultivo da AGERSA, de

forma que sejam realizadas independentemente das reuniões da CTSAN;

Políticas de resíduos sólidos e ações do Governo do Estado da Bahia

Ações em resíduos sólidos urbanos no Estado da Bahia, em execução pela

CONDER;

Apresentação do PRAT e discussão do potencial de criação e fortalecimento dos

Conselhos Municipais;

Termos de Referências (TR) para elaboração de Projetos e Planos de Saneamento

Básico;

O processo participativo da elaboração do Termo de Referência do Plano Estadual

de Saneamento Básico (PESB/BA);

A criação do GT RESÍDUOS;

Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) aplicado à gestão de resíduos;

Apresentação da EMBASA abordando as obras e projetos que estão em

andamento por essa empresa, com ênfase naquelas que estão paralisadas (avaliado

como não cumprido este enfoque);

Apresentação da DRSAN/CSR referente ao tema Saneamento Rural; e

Levantamento de pleitos oriundos das reuniões da CTSAN com os seus devidos

encaminhamentos.

A partir dos subsídios obtidos nas apresentações mencionadas acima, os conselheiros

puderam fazer uma análise crítica do desempenho da gestão 2014, apontando como principais

pontos positivos os listados a seguir:

Aprimoramento participativo da minuta que regulamenta a Política Estadual de

Saneamento Básico;

Aprovação da Política Estadual de Resíduos Sólidos e elaboração participativa

da minuta do Decreto que regulamenta esta Política;

Participação dos conselheiros nas Oficinas da Capacitação em Planos

Municipais de Saneamento Básico (PMSB) que foram realizadas nos 27

Territórios de Identidade do Estado;

Melhoria e avanços dos municípios na elaboração destes Planos;

Criação do GT Resíduos;

Melhoria do desempenho dos conselheiros, os quais demonstram

amadurecimento e ampliação dos seus níveis de conhecimento/informação,

passando a exercer com mais propriedade suas competências.

Criação do PRAT;

Formação e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais por meio do PRAT,

com envolvimento dos Conselheiros;

Lançamento do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) – aplicado à

gestão de resíduos;

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Atuação conjunta CTSAN com a AGERSA;

Levantamento de pleitos oriundos das reuniões da CTSAN, com

acompanhamento dos seus devidos encaminhamentos.

Durante a reunião os conselheiros também apontaram algumas necessidades de

melhorias, sugerindo que estas sejam consideradas na próxima gestão 2015, as quais seguem

abaixo:

Assiduidade dos conselheiros nas reuniões;

Realizar reuniões do Pleno em 2015 trimestralmente, mantendo as reuniões da

CTSAN/GTs mensais, as quais deverão ocorrer durante dois dias (quartas e

quintas), incluindo sempre atividades de capacitação do Conselho;

Custear despesas de viagens/hospedagem dos conselheiros que representam o

poder público, adotando mesmo procedimento do Conselho Nacional das Cidades;

Aumentar efetividade das ações da Secretaria Executiva do ConCidades, referente

aos aspectos de comunicação e de adoção de mecanismos que possam fortalecer o

papel dos conselheiros junto às Prefeituras e outras organizações municipais;

Fortalecer a capacidade operacional da Secretaria Executiva das Cidades (ampliar

recursos humanos, infraestrutura, equipamentos, etc), de maneira a torná-la mais

articuladora, dotado de maior capacidade de comunicação, divulgando e

contribuindo na valorização e reconhecimento do papel dos conselheiros junto aos

municípios, entre outras ações;

Promover discussão mais aprofundada do Sistema Estadual de Saneamento

Básico, em especial esclarecendo como ele irá se consolidar após a reforma

administrativa;

Ampliar informações/capacitações sobre Planos Municipais de Saneamento

Básico;

Ampliar informações/capacitações sobre Consórcios Públicos;

Divulgar e envolver mais os conselheiros na elaboração do Plano de

Abastecimento de Água da RMS;

Finalização do Decreto que Regulamenta Política Estadual de Saneamento Básico;

Manutenção do Programa de Capacitação dos Conselheiros promovido pela

AGERSA;

Estruturação e melhor funcionamento do Conselho Consultivo da AGERSA;

Discutir com mais profundidade tarifas de águas e esgoto, promovendo

capacitação sobre o tema;

Promover maior comunicação entre as outras Câmaras Técnicas;

Fortalecer os mecanismos para prática do controle e participação social nos

municípios por parte dos conselheiros; e

Promover mecanismos para que os conselheiros possam exercer melhor o papel de

fiscalizador nos Territórios de Identidade que representam, provendo,

principalmente, mais informações aos conselheiros sobre obras e outras ações da

SEDUR nestes territórios.

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Outras ações realizadas no âmbito da CTSAN

O Módulo 1 do Programa de Capacitação dos Conselheiros CTSAN/Conselho

Consultivo da AGERSA

No contexto deste Programa, coube à Coordenação da CTSAN, com o apoio da

Assessoria Técnica da SAN e em parceria com a AGERSA, planejar e realizar, nos dias 14 a

15 de agosto de 2014, o Módulo I deste Programa, cujas informações sobre a programação

são apresentadas a seguir. Enfatiza-se que apenas 07 conselheiros estiveram presentes nesta

capacitação, sendo que alguns haviam confirmado a participação, enquanto outros,

principalmente os representantes do setor público, alegaram que não receberam apoio das suas

respectivas organizações para participarem da capacitação. Felizmente, representantes da

SAN e da AGERSA participaram do Módulo e os palestrantes puderam ser prestigiados com

uma plateia maior, presente e atenta as informações por eles transmitidas.

A programação do Módulo ocorreu da seguinte forma:

1. No dia 14 de agosto, após o discurso de abertura do Diretor da AGERSA,

Carlos Henrique Martins, os trabalhos foram iniciados com a apresentação de

Dora Abreu (Assessoria de Saneamento Básico da SEDUR/SAN), que

contextualizou a iniciativa da AGERSA em promover a capacitação em

questão, enfatizando que a formatação dos módulos foi concebida de forma

participativa com o envolvimento dos próprios conselheiros.

2. Posteriormente, o professor Doutor PhD da UFBA, Luiz Roberto Moraes,

abordou a Política Federal de Saneamento Básico, fazendo uma análise sobre o

processo histórico das políticas de saneamento básico no Brasil, além de

detalhar a legislação relacionada à mesma matéria, no país. Ele deu

importância especial à Lei Nacional de Saneamento Básico e à Política Federal

de Saneamento Básico. No segundo momento de sua palestra, o professor

abordou questões referentes à discussão da Lei Estadual de Resíduos Sólidos e

debateu o papel dos conselheiros do ConCidades/BA.

3. Ainda no primeiro dia, no período da tarde, a engenheira da EMBASA,

Doutora Maria Valéria Ferreira, falou sobre a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, além do processo de elaboração da Lei nº 12.932/2014 – Política

Estadual de Resíduos Sólidos.

4. Ela também apresentou um panorama geral sobre a questão dos resíduos

sólidos no país, abordando as minúcias da Política Nacional e o processo de

elaboração da Política Estadual de Resíduos Sólidos. Explanou ainda sobre os

principais desafios institucionais, sociais, culturais, econômicos referentes à

implementação dessa Política na prática, além das diferenças entre os Planos

de Resíduos Sólidos e o de Saneamento Básico.

5. O coordenador de Resíduos Sólidos da SEDUR, o Engenheiro Mateus Cunha,

fechou o dia dando continuidade à temática proposta por Doutora Maria

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Valéria. Ele também abordou alguns conceitos referentes aos resíduos sólidos,

à diferença entre resíduos e rejeitos e classificação destes, quanto à origem.

6. Em sua palestra, o Engenheiro Mateus falou também sobre os princípios

fundamentais da Política Estadual de Resíduos Sólidos, além de objetivos,

diretrizes, instrumentos e a tipificação dos Planos de Resíduos Sólidos.

7. No segundo dia da capacitação, que ocorreu no dia 15 de agosto, foi discutida

a concessão de Serviços Públicos e a Lei nº 11.107/2005, das Normas Gerais

de Contratação de Consórcios Públicos, com a participação da assessora do

Gabinete da SEPLAN, Advogada Luciana Menezes Silva. Na ocasião foi

promovido um debate sobre os temas que antecederam a matéria.

8. Posteriormente, Simone Maria Lima de Carvalho, Gestora da SEPLAN,

abordou o tema Consórcios Públicos, apresentando as iniciativas em curso pela

SEPLAN visando estimular a formação destes consórcios.

Abaixo, fotos do evento:

À tarde, deveria ocorrer uma reunião do Conselho Consultivo da AGERSA, mas não

houve quórum suficiente para sua realização. Ainda assim a AGERSA realizou sua

apresentação, conforme descrito a seguir:

Os diretores da AGERSA (Alberto Gordilho, Eduarda Fernandes, Zenando Silva)

abordaram o regimento da Agência de Regulação, as competências do Conselho, que exerce

função dupla, já que também desempenha as atribuições da CTSAN do ConCidades.

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Enfatizaram ainda a importância das ações de capacitação que estão e continuarão

sendo realizadas pela AGERSA, as quais visam, principalmente, contribuir para que os

conselheiros possam exercer, com propriedade, os princípios de participação e controle social

nas políticas públicas de saneamento básico.

Ações do Grupo de Trabalho (GT) interno criado para dar suporte ao PRAT

No âmbito do ConCidades foi criado um GT visando dar suporte ao Programa de

Assistência Técnica aos Municípios PRAT, o qual é composto de 02 integrantes de cada

Superintendência, mais os representantes do ConCidades. Representam a SAN neste GT Dora

Abreu (ASS/SAN) e Cristiane Ribeiro (CSA/DRSAN).

No dia 24 de setembro de 2014 foi realizada uma oficina direcionada para os

participantes deste Grupo, a qual teve como objetivo discutir questões referentes à atuação

dos Conselhos. Esta Oficina foi conduzida pela pesquisadora da UFBA Isabel Vilella, que

vem desenvolvendo sua tese de doutorado, tendo como tema central a importância da

comunicação no processo de participação social. Para isso ela adotou como referência os

mecanismos de comunicação aplicados no âmbito do ConCidades/BA, se dispondo a

contribuir na capacitação do Grupo Interno, recentemente formado na SEDUR.

Durante a Oficina, os participantes, após conhecerem os referenciais teóricos que

norteiam seu trabalho acadêmico, discutiram os principais problemas associados aos diversos

mecanismos de comunicação utilizados pelo ConCidades/Bahia, apontando medidas voltadas

para a melhoria destes mecanismos.

No turno da tarde buscou-se também elaborar um plano de trabalho para o referido

Grupo, mas as discussões se prolongaram em torno dos pontos fortes e fracos do Concidades,

adiando-se esse plano para outro evento. A pesquisadora Isabel também realizou uma oficina

em Uruçuca visando contribuir com a formação do Conselho Municipal deste município, ação

que já vem sendo realizada pela Equipe da SGT em alguns municípios.

No âmbito do PRAT será realizado um projeto piloto envolvendo a ação de todas as

superintendências e também dos conselheiros do Concidades, focalizando a formação e/ou

fortalecimento dos Conselhos Municipais dos seguintes municípios:

Alagoinhas;

Esplanada;

Pojuca;

Buerarema;

Candeias;

Dias D´Ávila

Conceição do Coité;

Monte Santo; e

Pindobaçu.

Além destes estão sendo focalizados pela SGT os municípios de Uruçuca, Barreiras,

Lagedinho, e Ruy Barbosa.

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No dia 29 de Setembro ocorreu a 2ª reunião do grupo, quando foi feita uma análise

crítica da Oficina, assim como as estratégias que devem ser incorporadas no Plano de Ação do

Grupo. A partir daí o grupo passou a se reunir semanalmente, toda segunda - feira, à tarde.

Abaixo, fotos de reuniões e oficinas do GT PRAT:

Para a criação e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais, o qual é foco inicial do

GT PRAT, foram programados encontros com gestores municipais e/ou integrantes de

conselhos já existentes.

Nestes encontros, além de se discutir as competências dos conselheiros, são realizadas

palestras informativas sobre cada um dos setores que os conselhos municipais devem atuar,

tais como habitação, saneamento básico, gestão territorial e mobilidade urbana.

Nos dias 29 e 30 de outubro de 2014 foi realizado o encontro em Planalto- Bahia,

envolvendo representantes da Secretaria Executiva do ConCidades, da Assessoria da SAN

(Dora Abreu) e também representantes dos municípios de Poções, Iguaí, Nova Canaã, Belo

Campo e Guajerú. A Programação do evento incluiu:

O debate sobre o papel dos conselheiros e uma análise crítica do Regimento do

Conselho das Cidades de Planalto (que foram conduzidas por Afonso e Maria

José, do ConCidades);

a palestra sobre os desafios do saneamento básico (proferida por Dora Abreu);

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a apresentação sobre as ações da Caixa Econômica em habitação (proferida por

Marcelo Prado (técnico da Caixa e conselheiro do ConCidades - CT Habitação).

O prefeito e alguns representantes da Câmara de Vereadores e da sociedade civil

organizada de Planalto prestigiaram o evento.

Abaixo, fotos do evento:

Considerações finais

As atividades realizadas pela CTSAN ao longo de 2014 demonstraram que estas, além

de estarem alinhadas com as competências desta Câmara, também puderam contribuir

efetivamente com a capacitação dos Conselheiros, desde que em todas as reuniões e eventos

realizados foram proferidas palestras, feitas apresentações e discussões informativas sobre o

setor de saneamento básico.

Enfatiza-se a necessidade de estruturação e organização do Conselho Consultivo da

AGERSA, o qual requer dispor de regimento próprio, de maneira a atuar de forma

independente da CTSAN, ainda que os seus integrantes sejam os mesmos que compõem a

CTSAN, destacando-se a necessidade deles se envolverem mais com as questões de regulação

e fiscalização das ações de saneamento no Estado.

Nesse sentido é muito importante dar continuidade ao processo de capacitação dos

conselheiros que teve início com a realização do Módulo I do Programa de Capacitação dos

Conselheiros. Ressalta-se a necessidade de se criar estratégias para que esse Programa possa

ser desenvolvido em total sinergia com o Programa mais amplo que vem sendo planejado pela

Secretaria Executiva do ConCidades, inclusive nos aspectos logísticos e de periodicidade,

uma vez que uma das razões da baixa frequência que foi registrada no referido Módulo

ocorreu em virtude da dificuldade dos conselheiros se ausentarem por mais de três dias dos

seus municípios sedes e, também, no caso dos conselheiros que representam o poder público,

por não receberem apoio das suas organizações para participar destas reuniões, assim como

não receberem ajuda de custo do ConCidades para viabilizar esta participação.

Assim, é preciso atender uma das principais recomendações dos conselheiros,

referente ao custeio de despesas de viagens/hospedagem dos conselheiros que representam o

poder público, adotando mesmo procedimento que já é adotado pelo Conselho Nacional das

Cidades.

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Certamente, o desempenho da CTSAN poderia ter sido melhor se houvesse uma maior

participação dos conselheiros em todas as suas reuniões. Adicionalmente, isso acaba gerando

muitas queixas por parte das demais representatividades, que alegam que o poder público

deveria “dar exemplo” de participação.

Um ponto importante sinalizado pelos conselheiros foi a necessidade de fortalecer a

capacidade operacional da Secretaria Executiva das Cidades, ampliando recursos humanos,

infraestrutura, equipamentos, etc., de maneira a torná-la uma Secretaria mais articuladora,

dotado de maior capacidade de comunicação, divulgando e contribuindo na valorização e

reconhecimento do papel dos conselheiros junto aos municípios, entre outras ações. Ressalta-

se sua equipe muito pequena, que precisa contar com o apoio das assessorias de cada

Superintendência, as quais muitas vezes se sobrecarregam com as demandas de cada Câmara

Técnica.

Considerando o importante papel que o Conselho das Cidades exerce no Sistema de

Desenvolvimento Urbano, é imprescindível que ela disponha de uma Secretaria Executiva

com uma estrutura adequada para sua atuação.

Enfatizam-se as ações planejadas no âmbito do PRAT, as quais irão requerer equipe

técnica capacitada e com tempo disponível para realizar ações direcionadas para a formação

e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais ao longo de 2015.

Por fim, ressalta-se que, visando criar um Conselho atuante e comprometido, será

também necessário fortalecer os mecanismos de capacitação dos conselheiros, assim como

criar os instrumentos de informação, tema que foi focalizado com destaque na Lei 11.445/07,

ao instituir o Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SINISA), cabendo também

aos estados e municípios instituírem, de forma articulada com este Sistema Nacional, seus

respectivos sistemas de informação. Desta maneira, a criação do Sistema Estadual de

Informações precisa ser estruturada e formalizada no âmbito do estado da Bahia, o que deverá

ser uma das prioridades para a próxima gestão do governo.

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GALERIA DE FOTOS Março de 2014

Posse da Gestão 2014/2016

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Maio 2014

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Julho 2014

Novembro 2014

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Dezembro 2014