1

Relatório Anual e Contas do Exercício do Ano 2004

Almada,

Março de 2005

2

Índice 2004 EM REVISTA ... ..................................................................................................................................................3

MENSAGEM DA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO .................................................4

A MISSÃO DA AGENEAL........................................................................................................................................5

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2004 .......................................................................................................6

ACÇÕES DESENVOLVIDAS NO ÂMBITO DO “PLANO DE ACÇÃO ENERGIA 2004”.............................................6 Acção 1: Apoio à introdução de um sistema de eco-gestão na Câmara Municipal de Almada (EMAS LAB) .........................................................................................................................................................................................6 Acção 2: Promoção da mobilidade sustentável ...........................................................................................................6 Acção 3: Apoio técnico à verificação da regulamentação térmica de edifícios (RCCTE e RSECE)...............9 Acção 4: Observatório das emissões de gases com efeito de estufa ....................................................................9 Acção 5: Apoio à gestão de um sistema de certificação energética de edifícios em Almada ........................9 Acção 6: Acções de Info-Energia .................................................................................................................................. 10

ACÇÕES DESENVOLVIDAS COM A CÂMARA MUNICIPAL DE ALMADA EM 2004.............................................. 11 Acompanhamento do Plano Almada Ciclável ........................................................................................................... 11 Caderno de recomendações para o projecto de renovação da frota da Câmara Municipal de Almada 11 Plano de deslocações da Escola EB1/JI n.º1 do Laranjeiro.................................................................................... 12 Apoio à gestão do processo de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos da Câmara Municipal de Almada............................................................................................................................................................................................... 13 Estudo de viabilidade para a introdução de LED na sinalização semafórica do Concelho de Almada.... 13 Estudo da factura energética em edifícios municipais............................................................................................ 13

ACÇÕES DESENVOLVIDAS COM OUTROS ASSOCIADOS EM 2004 ..................................................................... 14 Auditoria energética e Plano de Racionalização dos Consumos de Energia da frota da MECI.................. 14 Análise da factura energética das instalações dos TST em Almada .................................................................. 14

ACÇÕES DESENVOLVIDAS COM OUTRAS ENTIDADES EM 2004......................................................................... 14 Enlight – Energy Efficient Outdoor Lighting in Urban Areas................................................................................. 15 LETIT – Local New Energy Technology Implementation ....................................................................................... 15 Actividades no âmbito da RNAE................................................................................................................................... 16

ACTIVIDADES DIVERSAS ....................................................................................................................................... 16

A AGENEAL VISTA POR DENTRO................................................................................................................... 17

OS ÓRGÃOS SOCIAIS DA AGENEAL................................................................................................................. 17 O CORPO TÉCNICO DA AGENEAL................................................................................................................... 17

NOTAS PRELIMINARES SOBRE AS CONTAS DO EXERCÍCIO ............................................................... 19

RELATÓRIO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004................................................................................. 20

ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO ANO 2004............................ 23

Nota introdutória .............................................................................................................................................................. 23 3. Critérios valorimétricos e métodos de cálculo utilizados, relativamente às rubricas do Balanço e da Demonstração dos Resultados...................................................................................................................................... 23 6. Impostos......................................................................................................................................................................... 23 7.Pessoal.............................................................................................................................................................................. 23 10. Movimento do Activo Imobilizado ........................................................................................................................ 24 28. Dívidas em mora ao Estado ou outros entes públicos.................................................................................... 24 40. Variação das contas do Capital Próprio.............................................................................................................. 24 48. Outras informações relevantes.............................................................................................................................. 24

3

2004 em revista ...

... Nova organização interna da AGENEAL

... Dinamização do Dia Nacional da Energia em Almada (29 de Maio)

... Estudo da factura energética de edifícios municipais

... Estudo para a optimização energética do Parque Escolar Municipal

... Verificação do cumprimento da regulamentação térmica de edifícios submetidos a licenciamento em Almada

... Estudo de viabilidade da introdução de LED na sinalização semafórica em Almada

... Formação em eco-condução aos condutores da CMA e SMAS

... Apoio à organização da Semana Europeia da Mobilidade 2004 em Almada

... Plano de deslocações da Escola EB1/JI n.º1 do Laranjeiro

... Caderno de recomendações para a renovação da frota da Câmara Municipal de Almada

... Optimização do processo de gestão de recolha de RSU em Almada

... Acreditação oficial pela Direcção Geral de Geologia e Energia para a realização de auditorias energéticas e planos de racionalização de consumos a frotas de transportes

... Auditoria energética e plano de racionalização de consumos de energia à frota da MECI

... Acções de info-energia e atendimento à população

... Colaboração na criação da Rede Nacional de Agências de Energia

4

Mensagem da Presidente do Conselho de Administração

Caros Associados,

Em 2004, a AGENEAL passou por um processo de renovação da sua equipa técnica. Com uma nova Direcção Técnica e Administrativa, procedeu-se ao reforço do seu quadro de pessoal e respectiva competência técnica, com o intuito de melhorar a resposta a dar às solicitações dos associados. Pretendeu-se, com estas alterações, dar continuidade e consolidar o percurso evolutivo que tem sido seguido desde a fundação da AGENEAL, que assenta no rigor e na ética, enquanto fundamentos essenciais para a prestação de um serviço de qualidade.

Em 2004, a AGENEAL celebrou o Contrato-Programa para a Realização do “Plano de Acção Energia 2004”, com a Câmara Municipal de Almada. Este Contrato-Programa enquadrou a realização de acções que, pela sua importância estratégica para o Município de Almada, têm um carácter continuado no tempo. Foram, desde logo, contempladas acções como o apoio à certificação da CMA pelo Sistema Europeu de Gestão Ambiental, EMAS (Eco-Management Audit Scheme), a promoção da mobilidade sustentável, nas suas diversas vertentes, a verificação do cumprimento dos regulamentos térmicos de edifícios, o observatório das emissões de gases com efeito de estufa em Almada e as acções de sensibilização e de promoção da eficiência energética no Concelho de Almada – Info Energia.

Mas, para além da CMA, merece especial destaque o envolvimento de outros associados nas actividades da nossa Agência. Sublinham-se as acções realizadas em conjunto com os associados operadores de transportes públicos, TST, Fertagus e Transtejo, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade 2004 de Almada, e no caso dos TST, a análise da factura energética das suas instalações. A AGENEAL encetou ainda uma colaboração com a MECI, para a optimização energética da frota de transportes e das suas instalações, e reforçou os laços de trabalho com a ADENE, através do estabelecimento de parcerias para a realização de diversas actividades de promoção e sensibilização e do apoio técnico a algumas acções realizadas pela AGENEAL.

Pelo segundo ano consecutivo, as contas do exercício anual apresentam resultados líquidos positivos (€ 42 919,14). Estes resultados são, sem dúvida, o reflexo do empenho de toda a equipa técnica e do acompanhamento permanente feito pelo Conselho de Administração. Também a diversificação das actividades da AGENEAL, fruto da contratação de novos projectos com outros associados, contribuiu para este resultado. Só a participação de todos sem excepção nas actividades da AGENEAL, tornará possível continuar o caminho da consolidação e desenvolvimento sustentado da nossa Agência.

A Presidente do Conselho de Administração da AGENEAL,

Maria Emília Neto de Sousa

5

A Missão da AGENEAL A utilização dos recursos energéticos, em particular dos combustíveis fósseis primários (petróleo, gás natural e carvão), tem custos económicos e ambientais significativos e continuamente crescentes. Neste sentido, a sociedade actual terá que fazer um esforço de racionalização no seu uso e igualmente promover o uso das fontes de energia renováveis. Esta é uma tarefa em que todos (governo, autoridades locais, empresas) desempenham um importante papel, enquanto entidades que regulam ou desenvolvem actividades económicas e sociais.

Em Almada, a preocupação dos Órgãos de Gestão Municipais com a eficiência energética e o desempenho ambiental do Concelho, levou a Câmara Municipal de Almada a criar a AGENEAL, Agência Municipal de Energia de Almada. A AGENEAL é uma entidade autónoma que conta com a participação de um conjunto de entidades e organismos com um papel relevante na procura e oferta de energia no Concelho de Almada, o que lhe garante uma actuação transversal a nível municipal no domínio da energia.

Pretendeu-se, desta forma, motivar os agentes económicos locais a ter uma postura mais activa na procura da eficiência energética e, assim, contribuir para o desenvolvimento sustentável do Concelho de Almada e do País. A importância da intervenção local na promoção da utilização racional da energia e na defesa do ambiente foi declarada de forma inequívoca na Cimeira do Rio de Janeiro, em 1992, que estabeleceu “pensar global, agir local” como um dos paradigmas da sustentabilidade. A AGENEAL constitui um bom veículo para concretizar este propósito.

Desta forma, a AGENEAL tem como Missão:

- Promover a eficiência energética através da utilização racional de energia em todos os sectores de actividade económica em Almada;

- Promover a utilização dos recursos energéticos endógenos locais, fomentando a criação de novas actividades económicas e emprego;

- Promover a utilização das melhores tecnologias disponíveis, com vista à redução de impactos ambientais;

- Contribuir para o desenvolvimento sustentável da região e do país;

- Trabalhar com os seus associados no sentido de contribuir activamente para os fins a que se propõe.

6

Actividades desenvolvidas em 2004 Em 2004, as acções desenvolvidas pela AGENEAL distinguiram-se nos seguintes tipos:

1. Acções de carácter continuado, que incidiram sobre áreas estruturantes para o Município de Almada, enquadradas pelo Contrato-Programa celebrado com a Câmara Municipal de Almada (CMA), para a realização do Plano de Acção Energia 2004;

2. Acções para a execução de tarefas com um horizonte temporal finito, no âmbito de projectos europeus e/ou com os associados. Estas últimas consistiram em três tipos: − acções desenvolvidas com a Câmara

Municipal de Almada, ao abrigo de protocolos específicos de colaboração;

− acções resultantes de propostas de trabalho apresentadas pela AGENEAL para dar resposta a necessidades específicas de outros associados;

− projectos europeus.

Acções desenvolvidas no âmbito do “Plano de Acção Energia 2004” Reportam-se, de seguida, os resultados das acções incluídas no “Plano de Acção Energia 2004”, desenvolvido ao abrigo do Contrato-Programa celebrado com a Câmara Municipal de Almada.

Acção 1: Apoio à introdução de um sistema de eco-gestão na Câmara Municipal de Almada (EMAS LAB)

Esta acção enquadra o trabalho desenvolvido no âmbito da implementação e certificação da CMA pelo Sistema Europeu de Gestão Ambiental

EMAS (Eco-Management Audit Scheme), na sequência da aprovação de uma candidatura ao Programa LIFE-Ambiente, que foi objecto de colaboração da AGENEAL. Este sistema de gestão ambiental contempla uma fase inicial de auditoria energética e ambiental aos diferentes edifícios e equipamentos da CMA.

Em 2004, a AGENEAL prestou apoio na definição e cálculo de um conjunto de indicadores de desempenho ambiental, em particular na vertente energética, e acompanhou o desenvolvimento global do projecto. Foi efectuado o levantamento do consumo de energia nos 30 equipamentos municipais com maior representatividade na CMA e calculadas as emissões de gases com efeito de estufa associados.

Acção 2: Promoção da mobilidade sustentável Em 2004, este tópico enquadrou a realização de diversas actividades de carácter estruturante e continuado, com vista à sensibilização para a mobilidade sustentável. De entre as acções realizadas, destacam-se a realização de vários eventos no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, bem como toda a colaboração na sua organização, e o desenvolvimento do projecto europeu Step-by-Step.

7

O projecto Step-by-Step, que terminará no final de Abril de 2005, consistiu na avaliação do potencial de transferência modal para o MST e no desenvolvimento de uma campanha para a promoção deste modo de transporte sustentável, estimando os benefícios energéticos e ambientais.

No âmbito do projecto Step-by-Step, foram efectuados inquéritos aos trabalhadores do Edifício dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Almada e do Edifício Sede dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada. Estes inquéritos permitiram caracterizar o padrão de mobilidade deste grupo de trabalhadores, nomeadamente determinar a cadeia de transportes utilizada nas deslocações para o trabalho, o seu grau de satisfação relativamente ao modo de transporte utilizado actualmente e o conhecimento sobre aspectos específicos do MST. Com base nestes dados e na metodologia específica que está a ser seguida neste projecto, foram concebidos materiais de informação sobre transporte urbano sustentável, posters e folhetos.

Automóvel69%

Transportes Públicos20%

Pé11%

Distribuição modal das viagens dos trabalhadores

municipais

Ainda em 2004, a AGENEAL participou na elaboração de duas propostas ao 6º Programa Quadro. A proposta “SUCCESS – Successful Strategies of Mobility Management and Travel Awareness”, visa dar seguimento ao trabalho desenvolvido no projecto Step-by-Step e noutras campanhas já realizadas em Almada para a promoção da mobilidade sustentável (Almada, Melhor sem Carros, Demonstração de Autocarros Eléctricos em Frotas de Transportes Públicos, Semana Europeia da Mobilidade). A proposta Biodiesel Cities, pretende demonstrar as potencialidades da utilização de biocombustíveis em frotas de transportes e criar competências

técnicas nestas áreas nas agências de energia, municípios e empresas envolvidas no projecto. Em ambas as propostas, os parceiros são universidades, empresas de consultoria na área dos transportes e agências de energia de diferentes países europeus. Em caso de aprovação, estes projectos terão início no segundo semestre de 2005.

A demonstração e o teste de viaturas movidas a combustíveis alternativos e a eco-condução são vectores fundamentais da actividade da AGENEAL neste campo. A AGENEAL, em conjunto com a CMA testou veículos híbridos com possibilidade de utilização em veículos da frota da Câmara Municipal de Almada.

A AGENEAL colaborou activamente com a CMA na elaboração do plano operacional e do programa de actividades da Semana Europeia da Mobilidade e assegurou os contactos com as seguintes entidades: − Operadores de transportes públicos,

associados da AGENEAL, que servem o Concelho de Almada, TST, Fertagus e Transtejo;

− Forças de ordem, PSP e GNR;

− Comerciantes da Zona Sem Trânsito Automóvel

− Outros associados da AGENEAL que colaboram na Semana Europeia da Mobilidade, como a EDP ou a ADENE;

− Entidades que exercem actividade na área da energia e dos transportes, como a APVE, Associação Portuguesa do Veículos Eléctrico e a PRP, Prevenção Rodoviária Portuguesa.

8

Para além destes contactos, a AGENEAL, em estreita articulação com a Divisão de Trânsito e com a DPPMA da Câmara Municipal de Almada, colaborou na definição de percursos alternativos para os automobilistas, na definição da sinalização a colocar no Dia Europeu Sem Carros e na definição da informação a prestar aos automobilistas e residentes na Zona Sem Trânsito Automóvel.

Ainda neste âmbito, a AGENEAL colaborou com a CMA no projecto de melhoria da zona envolvente à Escola EB1/JI n.º 1 do Laranjeiro (Zona Sem Trânsito Automóvel), com contributos relativos às medidas de acalmia de tráfego implementadas, com recurso à utilização de sinalização de LED, vertical e horizontal, alimentada por um sistema fotovoltaíco.

A AGENEAL assegurou, também, as seguintes actividades:

- Presença no “Dia das Ruas para Brincar”, com uma mostra de tecnologias alternativas no domínio dos transportes, incluindo brinquedos solares e a hidrogénio. Estiveram em demonstração veículos eléctricos, híbridos, a hidrogénio, colectores solares térmicos e painéis fotovoltaícos.

Demonstração de veículos alternativos no “Dia das Ruas

para Brincar”

- “Dia do Econdutor”, com uma acção ministrada em colaboração com a DTEA do IST, dirigida aos motoristas da CMA, SMAS e JF do Laranjeiro.

- “Dia da Bicicleta”: Colaboração na organização do workshop “A bicicleta: Uma opção de mobilidade eficiente e saudável”

Workshop “A bicicleta: Uma opção de mobilidade

eficiente e saudável”

Em 2004, a AGENEAL, por decisão na Sessão de Câmara de 01/09/2004, passou a integrar a Comissão Municipal de Trânsito e Transportes.

Esta Comissão integra representantes de entidades ligadas ao trânsito e transportes no Concelho de Almada e constitui um fórum onde são debatidas questões relacionadas sobre estas matérias. As entidades representadas nesta Comissão Local são, para além da Câmara Municipal de Almada:

- Corporações dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Almada;

- Operadores de transportes públicos de Almada (Fertagus, TST e Transtejo)

9

- Associações de táxis (ANTRAL, FPT)

- Forças de ordem (PSP e GNR)

- Protecção Civil

- Bragaparques

- ECALMA

- IEP

Acção 3: Apoio técnico à verificação da regulamentação térmica de edifícios (RCCTE e RSECE) No âmbito desta acção, a AGENEAL procedeu à verificação aleatória de projectos de comportamento térmico de edifícios submetidos a licenciamento. Foram analisados 10 projectos de comportamento térmico de edifícios

Verificou-se que decorridos 14 anos sobre a publicação do RCCTE (DL 40/90 de 6 de Fevereiro), ainda se cometem erros e omissões nos projectos de comportamento térmico dos edifícios, anexos aos projectos de arquitectura.

Pormenor construtivo de um edifício que mostra o

isolamento térmico aplicado

No âmbito da verificação efectuada aos projectos de comportamento térmico, a AGENEAL analisa os parâmetros térmicos calculados pelos projectistas e a correcta utilização das folhas de cálculo do RCCTE.

Quando detectadas incorrecções ou omissões nos cálculos efectuados, foram sugeridas formas de as corrigir e produzidas recomendações para melhorar o desempenho térmico do edifício.

Acção 4: Observatório das emissões de gases com efeito de estufa Esta acção contemplou a continuação do trabalho iniciado com a Programação Energética e com a elaboração do “Inventário das Emissões de Gases com Efeito de Estufa no Concelho de Almada”, relativo ao cálculo e actualização dos valores dos consumos de energia e emissões de gases com efeito de estufa (GEE), por sector de actividade económica, no Concelho de Almada. Para o cálculo das emissões de GEE, a AGENEAL adaptou a metodologia e as ferramentas desenvolvidas anteriormente pela equipa da FCT/UNL.

Em 2004, a AGENEAL terminou o processo de adaptação da metodologia desenvolvida pela FCT/UNL para a elaboração do “Inventário das Emissões de Gases com Efeito de Estufa em Almada”, o que irá possibilitar uma actualização expedita e sem perda de rigor dos valores apresentados no Inventário. Em paralelo, decorreu a actualização dos valores do consumo de energia desde 1997, ano base do Inventário das Emissões de Gases com Efeito de Estufa do Município de Almada, até ao ano mais recente disponível.

Acção 5: Apoio à gestão de um sistema de certificação energética de edifícios em Almada A implementação de um esquema voluntário de certificação energética de edifícios em Almada, esteve, em 2004, condicionada pelo atraso verificado na transposição da Directiva Europeia, para a legislação nacional.

De acordo com os prazos estipulados pela Directiva 2002/91/CE relativa ao desempenho energético dos edifícios, esta deverá entrar em vigor nos Estados Membros até Janeiro de 2006, pelo que se espera poder avançar em Almada com acções piloto para a aplicação da Directiva em Portugal.

10

Complementarmente, a AGENEAL levou a cabo acções preparatórias da introdução desta Directiva, enquadradas por projectos europeus, de entre os quais se destaca o Projecto Display, para a disponibilização de informação energética e ambiental de edifícios municipais abertos ao público.

Poster Display da EB1/JI do Pragal

Este projecto foi direccionado na primeira fase para o universo escolar, com o envolvimento das escolas EB/JI do Pragal, n.º 1 e EB/JI do Laranjeiro, n.º 1. Posteriormente, será alargado a edifícios municipais, como o edifício dos Paços do Concelho, o edifício dos Serviços Técnicos ou a Casa Municipal do Ambiente.

Acção 6: Acções de Info-Energia Os propósitos que presidiram à criação da AGENEAL, nos quais se baseia a sua Missão, passam pela promoção da eficiência energética no Concelho de Almada, sempre que possível com o recurso a fontes de energia renováveis e à utilização das melhores tecnologias disponíveis, por forma a garantir os melhores índices de eficiência energética e os menores impactos ambientais. A AGENEAL considera que a vertente da comunicação e informação ao público e o contacto personalizado com o

cidadão são factores fundamentais para alcançar este objectivo.

Desta forma, em 2004, a AGENEAL dividiu a actividade de Info-Energia em três vertentes distintas:

1. Atendimento directo do público, serviço help-desk. A AGENEAL prestou esclarecimentos relacionados com a utilização de energia, aos munícipes e outros cidadãos que a abordaram. As questões colocadas incidiram, maioritariamente, sobre sistemas de aquecimento doméstico, energia solar (térmica e fotovoltaíca) e isolamento termico de edifícios.

2. Acções de rua. Em 2004, a AGENEAL esteve presente em diversas acções de rua por iniciativa própria ou no âmbito de outras iniciativas promovidas pela Câmara Municipal de Almada. Foi assegurada presença no Dia Nacional da Energia e no Dia das Ruas para Brincar, no âmbito da Semana Europeia da Mobildade. Estas acções revelaram-se muito positivas, a avaliar pelos contactos estabelecidos com empresas e público.

3. Esclarecimentos a estudantes e organizações nacionais e europeia. A AGENEAL deu também apoio a estudantes que, no âmbito de teses de licenciatura ou de pós-graduação, contactaram e solicitaram informações de carácter energético. A AGENEAL respondeu a vários pedidos de informação relativa a projectos já desenvolvidos vindos de outras instituições europeias, com particular destaque para a campanha “Almada, Melhor sem Carros”.

11

Demonstração de pilhas de combustível a hidrogénio (19/09/2004)

Acções desenvolvidas com a Câmara Municipal de Almada em 2004 Neste ponto será feita uma descrição das acções desenvolvidas com a Câmara Municipal de Almada, do tipo actividade pontual e que, por isso, não foram incluídas no Contrato-Programa.

Acompanhamento do Plano Almada Ciclável A intervenção da AGENEAL neste projecto foi enquadrada pela participação no Grupo Municipal de Acompanhamento do Plano Almada Ciclável O primeiro ano de desenvolvimento do Plano Almada Ciclável, foi concluído com a elaboração de vários documentos de base, dos quais se destacam os seguintes: − Esboço da estrutura ecológica municipal;

− Rede ciclável potencial e hierarquizada;

− Projecto de execução para a reabilitação da ciclovia Trafaria – Costa de Caparica.

Esboço da Rede Ciclável Potencial de Almada

No âmbito do Plano Almada Ciclável, a AGENEAL encetou ainda conversações com o seu associado Transtejo, com vista à criação de um título de transporte mensal que integrasse a bicicleta no eixo Cacilhas – Cais do Sodré e o transporte gratuito de bicicletas ao fim de semana em todas as ligações cobertas pela Transtejo. Estas medidas de promoção da utilização da bicicleta foram apresentadas durante a Semana Europeia da Mobilidade 2004, em Almada.

Caderno de recomendações para o projecto de renovação da frota da Câmara Municipal de Almada O estudo de recomendações para o projecto de renovação da frota da Câmara Municipal de Almada, sugeriu metodologias de avaliação do desempenho energético e ambiental de veículos ligeiros da frota municipal e critérios de eficiência energética e ambiental a considerar na aquisição de novos veículos.

12

Veículo híbrido em demonstração na Câmara Municipal

de Almada (21/09/2004)

Foram definidos os critérios relativos ao consumo de combustível e emissões de CO2 a observar pelos veículos ligeiros de passageiros a adquirir pela Câmara Municipal de Almada e desenvolvida uma metodologia que permite avaliar o desempenho energético e ambiental dos novos veículos, bem como os custos associados à sua aquisição e utilização durante o seu período de vida. Com base nesta metodologia, foram analisados diversos veículos, de acordo com as necessidades inscritas no Plano de Renovação da Frota da Câmara Municipal de Almada.

Consumos e emissões de ligeiros de passageiros

Unidade Valor máximo recomendável

Gasolina l/100km 6,7

Diesel l/100km 6,2

Gás Natural m3/100km 6,6

GPL l/100km 9,3

Emissão de CO2 g/km 165

Metas de consumo e de emissões de CO2 definidas para a aquisição de novos veículos ligeiros de passageiros para a

Câmara Municipal de Almada

Plano de deslocações da Escola EB1/JI n.º1 do Laranjeiro No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade/Dia Europeu sem Carros 2004, a AGENEAL elaborou o Plano de Deslocações da Escola EB1/JI n.º1 do Laranjeiro. Integrado nas medidas de carácter permanente para a mobilidade sustentável, este plano de deslocações identificou um conjunto de medidas que visam contribuir para a adopção de modos de transporte suaves nas viagens para a escola.

Carta dos percursos pedonais recomendados

Este estudo permitiu concluir que cerca de 80% dos alunos se deslocam a pé para a escola. Desta forma, entre outras medidas e recomendações, foram definidos os percursos pedonais óptimos a seguir entre a residência do aluno e a escola, tendo em consideração aspectos de segurança, distância a percorrer e pontos de interesse ao longo do percurso, como, por exemplo, espaços verdes.

O Plano de Deslocações incentiva a adopção de modos de transporte suaves, com vista à redução do impacto energético e ambiental das viagens dos alunos, pessoal docente e auxiliar.

13

Apoio à gestão do processo de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos da Câmara Municipal de Almada A recolha de RSU é um processo complexo que envolve um elevado número de variáveis que têm que ser consideradas no momento da sua gestão.

Exemplos de interfaces dos softwares de optimização

O trabalho realizado pela AGENEAL nesta acção contemplou, duas fases distintas. Na primeira fase foi efectuada a caracterização do sistema de recolha de RSU da Câmara Municipal de Almada e identificados os requisitos a que deve obedecer um sistema informático de apoio à optimização dos percursos de recolha. Foi feita uma listagem exaustiva de todas as necessidades do processo de recolha de RSU da CMA e a sua comparação com as soluções oferecidas pelas aplicações informáticas disponíveis no mercado. Numa segunda fase, procedeu-se à elaboração dos cenários de paragem semanais na recolha de RSU em Almada e ao cálculo dos custos envolvidos na recolha de RSU.

Estudo de viabilidade para a introdução de LED na sinalização semafórica do Concelho de Almada

Este trabalho foi elaborado para a Câmara Municipal de Almada ao abrigo do “Protocolo Específico de Colaboração entre a Câmara Municipal de Almada e a AGENEAL, no Domínio do “Estudo de Viabilidade para a Introdução de LED na Sinalização Semafórica do Concelho de Almada”.

No âmbito deste protocolo foram desenvolvidas várias acções, cujas principais conclusões foram apresentadas em dois relatórios:

− Caracterização do cenário actual e do cenário previsto no âmbito do Acessibilidades 21 e síntese da informação relativa à tecnologia LED disponível no mercado;

− Estudo de viabilidade técnico e económico para a substituição das lâmpadas incandescentes por ópticas LED e identificação de barreiras técnicas e administrativas à introdução da tecnologia LED.

Foi feita uma caracterização da situação existente no Concelho de Almada, no que respeita ao sistema de sinalização semafórica (tecnologia dos equipamentos em uso, consumos e custos de energia e emissões de GEE associadas). Por outro lado, foram quantificados os recursos humanos e financeiros afectos à gestão da sinalização semafórica no Concelho de Almada.

Foi também quantificado o potencial de economias de energia, benefícios ambientais e económicos da utilização de LED na sinalização semafórica do Concelho de Almada e estimados os custos relativos ao investimento necessário para realizar o potencial calculado, com base em cenários de substituição das lâmpadas utilizadas actualmente por LED.

2,4

2,22,11 2,08

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

Tem

po/[A

nos]

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4

Período de Retorno do Investimento

10%

Sem

áfor

os L

ED

25%

Sem

áfor

os L

ED

50%

Sem

áfor

os L

ED

100%

Sem

áfor

os L

ED

Período de retorno do investimento para os quatro

cenários proposto

Os cenários estudados tiveram em conta as alterações à sinalização previstas na sequência da implementação do Plano de Mobilidade Acessibilidades 21, bem como as modificações introduzidas devido ao MST.

Estudo da factura energética em edifícios municipais

O Estudo da Factura Energética em Equipamentos Municipais englobou 31 equipamentos municipais, dos quais oito foram

14

objecto de uma análise mais detalhada. Deste grupo de oito edifícios, o Complexo Municipal de Desportos e o edifício do DAGF foram sujeitos a uma auditoria energética.

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

[kVA

rh]

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

[€]

Consumo 2004 Consumo 2003 Custo 2004 Custo 2003 Análise da factura eléctrica do Complexo Municipal de

Desportos

Em 2004 concluiu-se o relatório preliminar “Contabilidade energética e análise da factura” no qual se analisou a factura energética de 31 equipamentos municipais. Foram realizadas visitas técnicas a estes equipamentos, com o objectivo de caracterizar os equipamentos do ponto de vista da utilização de energia e para identificar situações anómalas. Como resultado produziu-se o relatório preliminar “Caracterização dos Equipamentos Municipais”.

O último relatório desta acção, designado “Diagnóstico energético a uma amostra de equipamentos municipais”, a concluir nos primeiros meses de 2005, inclui a caracterização destes equipamentos, a análise da respectiva factura energética, a identificação de situações de ineficiência e de medidas para racionalizar os consumos energéticos.

Acções desenvolvidas com outros associados em 2004

Auditoria energética e Plano de Racionalização dos Consumos de Energia da frota da MECI

Em 2004, a AGENEAL efectuou uma auditoria energética à frota da MECI, no âmbito da qual caracterizou os perfis de consumo de energia da frota, por tipo de veículo, e calculou consumos específicos de energia associados à operação da frota. Com base na auditoria energética realizada, foi elaborado o Plano de Racionalização dos

Consumos de Energia da frota da MECI, para dar cumprimento ao estipulado no Regulamento de Gestão e Consumo de Energia.

Para poder desenvolver este trabalho, a AGENEAL acreditou-se junto da Direcção Geral de Geologia e Energia como entidade reconhecida oficialmente para realizar Planos de Racionalização de Consumos de Energia a frotas de transporte. Esta nova competência da AGENEAL vem possibilitar a realização de trabalhos semelhantes com os outros associados possuidores de frotas.

Análise da factura energética das instalações dos TST em Almada

Este projecto iniciado no final de 2004 e será concluído durante o primeiro trimestre de 2005. De entre as instalações dos TST em Almada, será dada especial atenção às instalações do Laranjeiro, dada a sua importância na estrutura de consumo de energia dos TST.

Deste estudo poderá resultar a renegociação do contrato de fornecimento de energia eléctrica aos TST, com o apoio da AGENEAL, caso esta operação conduza à obtenção de benefícios económicos para os TST.

Acções desenvolvidas com outras entidades em 2004 Para além das actividades com a Câmara Municipal de Almada a AGENEAL colaborou com outras entidades no âmbito de projecto europeus.

15

De entre a acções desenvolvidas, destacam-se os dois projectos europeus Enlight e LETIT.

Enlight – Energy Efficient Outdoor Lighting in Urban Areas Este projecto teve início em Setembro de 2003 e tem como objectivo contribuir para a melhoria da eficiência energética da iluminação pública no Concelho de Almada, nomeadamente através do recurso a fontes de energia renováveis (solar fotovoltaíco). O projecto é liderado pela Agência de Energia de Bremerhaven, Alemanha, e conta com a participação de parceiros da Grécia, Eslováquia, Espanha, Suécia e Itália. A realização da experiência piloto proposta neste projecto, permitirá avaliar o desempenho técnico-económico da tecnologia solar fotovoltaíca aplicada à iluminação pública, obtendo-se um conhecimento mais detalhado deste tipo de equipamento.

Luminária com alimentação solar fotovoltaíca

(fonte: www.nature.nps.gov, 02/11/2004)

Em Almada, o projecto está a ser implementado no Parque da Paz, local onde será instalada uma luminária fotovoltaíca e estudada a adequação desta tecnologia ao espaço em questão. Este projecto será concluído durante o primeiro semestre de 2005.

Aspecto da brochura do projecto Enlight

A AGENEAL estimou os consumos de energia afectos à iluminação pública do Parque da Paz e contribuiu para a elaboração da brochura de apresentação do projecto, editada pelo líder do consórcio. Foi também efectuada uma pesquisa de mercado, com vista à selecção da luminária fotovoltaíca a instalar no Parque da Paz.

LETIT – Local New Energy Technology Implementation Neste projecto, iniciado em Maio de 2004 com a duração de dois anos, a AGENEAL participa como observador convidado, representando uma autoridade local. O coordenador nacional é o IST. O objectivo do projecto LETIT é desenvolver uma ferramenta de apoio à decisão de valorização dos bens com potencial energético, com vista a um desenvolvimento sustentável a nível local. No âmbito do projecto estão a ser identificadas soluções energética de menor impacto passíveis de serem implementadas, opções tecnológicas disponíveis e os riscos associados. Os resultados do projecto poderão ser utilizados, nomeadamente, para desenhar e definir acções no âmbito da Agenda Local 21. A AGENEAL tem acompanhado este projecto através da participação nas reuniões periódicas realizadas.

16

Actividades no âmbito da RNAE

A AGENEAL integra a RENAE, Rede Nacional de Agências de Energia, criada em 2004. A AGENEAL, enquanto agência de energia local, contribuiu para o processo de criação da RENAE, nomeadamente na redacção dos seus estatutos, e está empenhada em continuar e reforçar a colaboração com as outras agências de energia no âmbito das actividades da RNAE.

Assim, durante o ano de 2004, a AGENEAL participou nas reuniões realizadas em Sintra (Fevereiro), Miranda do Corvo (Maio) e Lisboa (, nas quais foram discutidas e aprovadas linhas de orientação estratégicas e a proposta de estatutos da RNAE.

Actividades Diversas A AGENEAL esteve representada em diversos eventos, dos quais se salientam os seguintes: − Reunião de progresso do Projecto Display,

Bruxelas, Março de 2004

− Assembleia Geral da Associação Energie-Cités, Martigni, Abril de 2004

− Reunião intermédia do Projecto Enlight, Spoleto, Maio de 2004

− Reunião de arranque do projecto LETIT, Friburgo, Maio de 2004

− Reunião intermédia do Projecto Step-by-Step, Edimburgo, Julho de 2004

− Workhop “Eficiência energética em Edifícios”, organizado pela Enerdura, Leiria, Julho de 2004

− Seminário “Novas oportunidades para o mercado da energia”, organizado pela APEMETA, Lisboa, Setembro de 2004

− Reunião final do Projecto Enlight, Bratislava, Novembro de 2004

Foram também elaboradas diversas candidaturas a programas de apoio europeus, Energia Inteligente para a Europa e 6º Programa Quadro, nomeadamente as que resultaram nos projectos COMPETENCE e FEEDU, a desenvolver pela AGENEAL em 2005.

17

A AGENEAL vista por dentro Os Órgãos Sociais da AGENEAL De acordo com os estatutos da AGENEAL e com o Contrato firmado com a Comissão Europeia, o Conselho de Administração da AGENEAL é composto por cinco elementos. É presidido por um eleito da Câmara Municipal de Almada e integra, obrigatoriamente, um Administrador-Delegado nomeado pela Câmara Municipal de Almada e um representante das agências de energia locais ou agência nacional de energia. Os restantes dois vogais, são eleitos em Assembleia Geral, entre os associados.

Os órgãos sociais da AGENEAL constam ainda de um Conselho Fiscal, ao qual compete, entre outras atribuições, examinar a situação económica e financeira da AGENEAL.

A actual composição dos órgãos sociais da AGENEAL, eleitos em 18 de Março de 2003 para um mandato de três anos, é apresentada no seguinte diagrama.

Para além destes órgãos, a AGENEAL dispõe de um Conselho Técnico-Científico que se pronuncia sobre os Planos de Actividades e Relatórios de Actividades anuais da AGENEAL.

Em 2004, a Assembleia Geral da AGENEAL reuniu por duas vezes, a 6 de Abril e a 7 de Dezembro, para aprovação do Relatório Anual e Contas do Exercício do Ano 2003 e para aprovação do Plano de Actividades para o Ano de 2005, respectivamente. Ambos os documentos foram aprovados por unanimidade.

O corpo técnico da AGENEAL A AGENEAL procura recrutar, formar e manter um corpo técnico competente nas suas áreas de intervenção. A AGENEAL é uma agência jovem, constituída por um corpo técnico que dispõe de múltiplas valências na área energética e de engenharia. Possui no seu quadro pessoal técnico com formação em engenharia mecânica, ambiental e de processos e energia, que podem dar resposta às necessidades dos seus associados.

Da esquerda para a direita: Pedro Machado, Dulce Lopes, Sílvia

Remédios, Elisabete Serra, Catarina Freitas e Carlos Sousa

18

Em 2004, o corpo técnico da AGENEAL foi alterado, passando a contar com um novo director e um novo técnico sénior, o Eng. Pedro Machado, que veio reforçar a área dos transportes e da contabilidade energética.

Para além da equipa técnica e administrativa, a AGENEAL dispõe também dos serviços de um contabilista.

NOTAS PRELIMINARES SOBRE AS CONTAS DO EXERCÍCIO Apresenta-se de seguida uma tabela que tem por objectivo descrever de modo simplificado os fluxos financeiros do ano de 2004. Esta apreciação não pretende substituir o conteúdo do relatório de contas do exercício de 2004, apresentado neste relatório, mas apenas contribuir para uma visão resumida das contas.

RECEITAS Unidade: euro

Prestações de Serviços 225 902,81

Subsídios (Projectos Europeus) 9 907,50

Proveitos Suplementares 5 695,97

Outros proveitos 176,87

TOTAL 241 683,15

CUSTOS

Fornecimentos e Serviços Externos 112 876,64

Custos com o Pessoal (remunerações e encargos sociais) 81 074,24

Amortizações do imobilizado e provisões 3 089,34

Outros custos 1 732,79

TOTAL 198 773.01

Os valores apresentados nesta tabela mostram que os custos foram inferiores às receitas em € 42 910,14, o que configura um resultado líquido positivo do exercício da AGENEAL, no ano de 2004, o que acontece pelo segundo ano consecutivo. Em 2003, a AGENEAL tinha registado um resultado positivo de € 18 870,15.

Face a 2003, houve um aumento de cerca de 30% nas receitas da AGENEAL, que se ficou a dever ao maior volume de prestações de serviços efectuadas, nomeadamente através do Contrato-Programa para a realização do “Plano de Acção Energia 2004”.

Relativamente à parcela dos custos, o aumento de 18%, reflecte o aumento de actividade da AGENEAL. A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos foi a que mais cresceu. No entanto, estão aqui contabilizados os custos com dois técnicos da AGENEAL em regime de prestação de serviços, cujos honorários ascenderam a € 34 380,32, o que explica os menores custos com o pessoal face a 2003 (ver demonstração de resultados).

Desagregação das receitas no ano 2004

Desagregação dos custos no ano 2004

Prestações de serviços

Subsídios

Proveitos diversos

FSE

Custos pessoal

Amortizações e

provisões

Outros custos

20

RELATÓRIO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 Apresentam-se nas páginas seguintes o Balanço e a Demonstração de Resultados por Naturezas em 31 de Dezembro de 2004. Em anexo, encontram-se algumas notas explicativas destes mapas.

Almada, 23 de Março de 2005

Pelo Conselho de Administração,

A Presidente A Administradora Delegada

___________________________________ __________________________________

Maria Emília Neto de Sousa Catarina Freitas

O Administrador O Administrador

____________________________________ ___________________________________

Luís Silva António Nunes dos Santos

O Administrador

_____________________________________

António Cunha Pinheiro

21

Agência Municipal de Energia de Almada

Balanço em 31/12/2004 (Art.º 3º do Decreto-Lei nº 410/89)

31-12-2003ACTIVO

Activo Bruto Amortizações Activo Liquido Activo Liquidoe Provisões

IMOBILIZADO

Imobilizações Incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações Corpóreas 30.821,20 20.914,23 9.906,97 3.123,61

Investimentos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00

30.821,20 20.914,23 9.906,97 3.123,61

CIRCULANTE

Dividas de Terceiros:

Médio e longo prazo 0,00 0,00 0,00 0,00

Curto prazo 18.225,29 0,00 18.225,29 5.045,77

Depósitos bancários e caixa 159.681,18 0,00 159.681,18 124.600,87

177.906,47 0,00 177.906,47 129.646,64

27 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 36.248,20 36.248,20 748,20

TOTAL DO ACTIVO 244.975,87 20.914,23 224.061,64 133.518,45

41+441/6+447

21+22+24+25+26

11 a 14

Código das ContasPOC

43+441/6+449

42+441/6+448

31-12-2004

Código das Contas31-12-2004 31-12-2003

Património Associativo Nominal 261.870,43 261.870,43

Reservas de reavaliação 0,00 0,00

Reservas legais 0,00 0,00

Resultados transitados -229.345,61 -248.215,76

Sub-total 32.524,82 13.654,67

88 Resultado liquido do exercício 42.910,14 18.870,15

75.434,96 32.524,82

PASSIVO

Provisões para riscos e encargos 0,00 0,00

Dívidas a terceiros

Médio e longo prazo 0,00 0,00

Curto prazo 38.340,90 25.130,84

38.340,90 25.130,84

Acréscimos e diferimentos 110.285,78 75.862,79

148.626,68 100.993,63

224.061,64 133.518,45TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

29

21+22+23+24+25+26

27

TOTAL DO PASSIVO

56

571

59

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOPOC

CAPITAL PRÓPRIO

51

EXERCICIO

O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas

22

Agência Municipal de Energia de Almada

Demonstração dos resultados por naturezas em 31/12/2004

Código CUSTOS E PERDASdasContas

62 Fornecimentos e serviços externos 112.876,64 44.368,13

Custos com o pessoal:641+642 Remunerações 66.248,76 95.067,26

645/8 Encargos sociais 14.825,48 81.074,24 23.560,51 118.627,77

66 Amortizações do imobilizado corpó-reo e incorpóreo 3.089,34 3.515,36

67 Provisões 0,00 3.089,34 0,00 3.515,36

63 Impostos 1.052,65 1.126,9665 Outros custos e perdas operacionais 574,70 1.627,35 450,00 1.576,96

(A) 198.667,57 168.088,22

681 Juros suportados 0,00 34,27688 Juros e custos similares 35,36 35,36 124,14 34,27

(C) 198.702,93 168.246,63

69 Custos e perdas extraordinários 35,38 0,00(E) 198.738,31 168.246,63

86 Imposto s/o rendimento do exercicio 34,70 5,66(G) 198.773,01 168.252,29

88 Resultado liquido do exercicio 42.910,14 18.870,15241.683,15 187.122,44

Código PROVEITOS E GANHOSdasContas

71 Vendas 0,00 0,0072 Prestações de serviços 225.902,81 225.902,81 142.696,73 142.696,73

73 Proveitos suplementares 5.695,97 5.500,0074 Subsidio à exploração 9.907,50 38.862,8776 Outros proveitos operacionais 0,00 15.603,47 0,00 44.362,87

(B) 241.506,28 187.059,60

781 Outros juros e proveitos similares 173,50 28,30(D) 241.679,78 187.087,90

79 Proveitos e ganhos extraordinários 3,37 34,54(F) 241.683,15 187.122,44

RESUMO 2004 2003

Resultados operacionais: (B)-(A) 42.838,71 18.971,38

Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) 138,14 -130,11

Resultados correntes: (D)-(C) 42.976,85 18.841,27

Resultados antes de impostos: (F)-(E) 42.944,84 18.875,81

Resultado liquido do exercicio: (F)-(G) 42.910,14 18.870,15

EXERCICIOS

31-12-2004 31-12-2003

EXERCICIOS

31-12-2004 31-12-2003

O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas

23

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados do ano 2004 Nota introdutória As notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração sequencial definida no POC (Art.º 3º do Decreto-Lei nº 410/89) e aquelas cuja numeração não consta deste anexo não são aplicáveis à AGENEAL ou a sua apresentação não é relevante para a leitura dos mapas das contas em apreciação.

3. Critérios valorimétricos e métodos de cálculo utilizados, relativamente às rubricas do Balanço e da Demonstração dos Resultados As demonstrações financeiras reflectem os registos contabilísticos da AGENEAL efectuados no pressuposto da continuidade das operações e em obediência aos demais princípios de contabilidade geralmente aceites.

3.1. Os principais critérios utilizados foram os seguintes:

a) Acréscimos e diferimentos: Registando-se nesta rubrica as despesas e as receitas referentes a exercícios futuros e que são imputadas a custos e proveitos dos exercícios a que respeitam, nela estão contidos os seguintes assentos:

• serviços de terceiros parcialmente facturados com a assinatura do protocolo, mas que irão ter o seu desenvolvimento em 2005;

• as remunerações e os respectivos encargos devidos por férias e subsidio de férias, vencidas no final do exercício, cujo processamento e pagamento ocorre no exercício seguinte

• trabalhos a realizar pela Ageneal em 2005, pela parte já facturada com a assinatura do protocolo;

• rendas antecipadas, respeitantes a Janeiro de 2005.

b) Imobilizações Corpóreas: Estão registadas no Balanço pelo valor de aquisição

c) Amortizações do Imobilizado Corpóreo: Os bens do activo imobilizado corpóreo estão a ser amortizados de acordo com o Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro, utilizando-se o método das quotas constantes anuais.

d) Provisões: Não se verificou ser necessário a constituição de quaisquer provisões neste exercício.

6. Impostos De acordo com a legislação fiscal vigente os prejuízos fiscais podem ser reportados para serem deduzidos a resultados positivos futuros por um período de 6 anos. A AGENEAL registava, no fim deste exercício, em acumulação, cerca de 239 mil euros nestas condições. Por consequência não foi contabilizado como encargo a pagar, o montante de 8 582 euros a titulo de imposto sobre o rendimento, o que se traduziria na diminuição do resultado neste valor.

7.Pessoal Durante o exercício o efectivo médio foi de 5 pessoas, duas das quais em regime de prestação de serviços, cujos honorários ascenderam a 34 380,32 euros e estão registados na rubrica de fornecimentos e serviços externos.

24

10. Movimento do Activo Imobilizado Rubricas Saldo

inicial Aumentos Abates Saldo final

Imobilizado Corpóreo:

Equipamento básico

5 551,73 0,00 0,00 5 551,73

Equipamento de transporte

843,69 0,00 0,00 843,69

Ferramentas e utensílios

674,26 0,00 0,00 674,26

Equipamento administrativo

13 878,42 1 554,18 0,00 15 432,60

Imobilizado em curso (equip. informático)

8 318,92 0,00 0,00 8 318,92

29 267,02 1 554,18 0,00 30 821,20

Amortizações:

Equipamento básico

5 528,27 11,73 0,00 5 540,00

Equipamento de transporte

632,76 210,93 0,00 843,69

Ferramentas e utensílios

463,58 105,34 0,00 5 68,92

Equipamento administrativo

11 200,28 2 761,34 0,00 13 961,62

17 824,89 3 089,34 0,00 20 914,23

O equipamento de informática adquirido em Dezembro foi registado na rubrica de imobilizado em curso porquanto a sua instalação ocorreu já em Janeiro de 2005, não tendo tido, portanto, qualquer uso em 2004.

28. Dívidas em mora ao Estado ou outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2004, não havia quaisquer dívidas em mora perante o Estado ou quaisquer entes públicos.

40. Variação das contas do Capital Próprio Na rubrica “Capital Próprio – Resultados Transitados” foi incorporado o Resultado liquido do exercício anterior no montante de 18 870.15 euros. No exercício de 2004 foi gerado o Resultado liquido positivo de 42 910.14 euros.

48. Outras informações relevantes Na rubrica do Balanço “Acréscimos e Diferimentos” estão incluídos encargos a liquidar com férias e subsídios de férias já vencidas, no valor de 16 153,46 euros.

Também, em Proveitos Diferidos, estão registadas verbas no montante global de 91 136.53 euros referentes a facturas emitidas à

C.M.A que respeitam a Protocolos específicos celebrados entre as partes, mas cujos trabalhos, ou não estavam ainda concluídos à data do fecho do exercício, ou respeitavam a facturação parcial com a assinatura do protocolo, a saber:

• “Optimização da Gestão do Processo da Recolha de RSU da CMA: 1 136.53 euros

• “Elaboração do Plano Almada Ciclável” (2005): 90 000.00 euros.

Igualmente, em Custos Diferidos, está registada a verba de 35 000,00 euros referente a uma factura da ADISA que respeita a 20% do montante do protocolo celebrado com o Instituto Superior de Agronomia no âmbito do Plano Almada Ciclável.

Conta 27 – Acréscimos e diferimentos

Activo € Passivo €

Factura ADISA

35 000,00 Factura RSU

1 136.53

Renda de Dezembro

748,20 Factura Almada Ciclável

90 000,00

Quota En. Cites

500,00

Despesas viagem Step-by-Step

361,54

--- ---

Factura Spirituc (projecto Step-by-Step)

2 634,25

---- --- Férias e Subs. Férias

16 153,46

Total 36 248.20 Total 110 285,78

Inserido no Programa Comunitário SAVE II a Ageneal recebeu em 2004, através do FGM-AMOR, o montante de 9 907.50 euros como financiamento do projecto Step-by-Step.