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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA FÉLIX BICET FIGUEROA REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO: UMA INTERVENÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA GOVERNADOR VALADARES-MINAS GERAIS 2017

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Page 1: REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO: … · os fatores de risco cardiovascular em pacientes hipertensos na área de abrangência e ... Hipertensos / Diabéticos refere

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

FÉLIX BICET FIGUEROA

REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO: UMA

INTERVENÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

GOVERNADOR VALADARES-MINAS GERAIS

2017

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FÉLIX BICET FIGUEROA

REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO: UMA

INTERVENÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Estratégia Saúde da Família, Universidade Federal de Alfenas, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientadora: Profa. Dra. Márcia Christina Caetano Romano

GOVERNADOR VALADARES-MINAS GERAIS

2017

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FÉLIX BICET FIGUEROA

REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO: UMA

INTERVENÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Banca examinadora

Profa. Dra. Márcia Christina Caetano Romano – Orientadora - UFSJ

Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte, em: 18/08/ 2017

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DEDICATÓRIA

À minha esposa e filhas, que são minha fortaleza e inspiração.

A minha mãe, sábia guia na minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Ao governo brasileiro pela oportunidade de prestar serviço em

suas comunidades.

Ao governo cubano pela confiança.

Aos membros da equipe de saúde da ESF Esperança e aos

meus colegas cubanos pelo amor, dedicação e apoio

incondicional.

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"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos

olhos".

Antoine de Saint-Exupéry

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RESUMO

A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença poligênica e multifatorial, que pode causar lesão nos órgãos-alvo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é propor plano de intervenção educativa para aumentar os conhecimentos dos usuários sobre os fatores de risco associados à Hipertensão Arterial Sistêmica e seu controle, na Equipe de Saúde da Família Esperança, do município Governador Valadares. O estudo foi desenvolvido por meio de levantamento de dados pelo método de Estimativa Rápida, utilizando três fontes principais: registros escritos da unidade da Equipe de Saúde da Família e de fontes secundárias, entrevistas com informantes-chave e observação ativa da área. Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde. A partir deste estudo espera-se identificar os fatores de risco cardiovascular em pacientes hipertensos na área de abrangência e elaborar uma agenda assistencial, valorizando as visitas domiciliares e palestras educativas, e, além disso, traçar um plano de ação dirigido a melhorar a situação de saúde existente. Descritores: Hipertensão. Fatores de Risco. Prevenção.

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ABSTRACT

Systemic Arterial Hypertension is a polygenic and multifactorial disease that can cause damage to target organs. Thus, the objective of this study is to propose an educational intervention plan to increase users' knowledge about the risk factors associated with systemic arterial hypertension and its control, in the Family Health Team of Esperança, in the municipality of Governador Valadares. The study was developed through a Rapid Estimate data collection using three main sources: written records from the Family Health Team unit and secondary sources, interviews with key informants, and active observation of the area. A literature review was carried out in the databases of the Virtual Health Library. From this study, it is expected to identify cardiovascular risk factors in hypertensive patients in the area of coverage and to elaborate an assistance agenda, valuing home visits and educational lectures, and, moreover, to draw up a plan of action aimed at improving the existing health situation.

Key words: Hypertension. Risk factors. Prevention.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................10

2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................13

3 OBJETIVO.............................................................................................................14

4 METODOLOGIA ..................................................................................................15

5 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................16

6 PLANO DE INTERVENÇÃO...............................................................................20

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................27

REFERÊNCIAS......................................................................................................28

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1 INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica degenerativa

que causa dano vascular sistêmico, diminui a qualidade de vida e é um dos fatores

de riscos mais importantes no desenvolvimento de padecimentos cardiovasculares e

cerebrovasculares e também de outras graves complicações (JIMENES et al., 2003).

Uma pessoa hipertensa é aquela que mantem cifras de pressão arterial maiores ou

iguais a 140/90 mmHg, que podem estar sucedidos por diversos fatores,

modificáveis ou não (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). O

diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a

140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo

de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do

primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três (BRASIL,

2013).

Sabe-se que em torno de 700 milhões de pessoas no mundo padecem de

HAS (VIDAL, 2009), sendo que cerca de 2/3 da população não tem percepção de

que padece da doença. Essa habitualmente é descoberta quando da ocorrência de

complicações, comprometendo a qualidade de vida dos portadores. Além disso, na

medida em que a esperança de vida aumenta também eleva a prevalência da HAS

(COTRAN; KUMAR; ROBBINS, 2005). O aumento da prevalência deste agravo em

todo o mundo demonstra a importância da Atenção Primária à Saúde, especialmente

da Estratégia Saúde da Família, focar na prevenção e controle da doença.

1.1 A Unidade Básica de Saúde Esperança

A Estratégia Saúde da Família (ESF) Esperança está localizada na area

urbana da cidade de Governador Valadares – MG, perfazendo uma distância de 3,5

km da unidade de saúde ao centro da cidade, tendo a Prefeitura Municipal como

ponto de referência. É nessa unidade que atuo como médico e aluno do Curso de

Especialização Estratégia Saúde da Família ofertada pela Faculdade de Medicina da

Universidade Federal de Minas Gerais.

A equipe da ESF Esperança é formada por um profissional de cada

categoria, sendo médico, enfermeira, técnica de enfermagem, cirurgião dentista,

auxiliar saúde bucal, auxiliar de serviços gerais e seis agentes Comunitários de

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Saúde (ACS). Na ESF Esperança temos a colaboração do Núcleo de Apoio a Saúde

da Família (NASF), sendo formado por fisioterapeuta, psicóloga, nutricionista,

assistente social e educadora física.

Na área de abrangência temos cadastrados um total de 2.501 pacientes, sendo 397

hipertensos para um 15,8%, deles 176 homens, mulheres, 117 são maiores de 60

anos, 79 fumantes, 195 padecem de HAS e Diabetes Mellitus (DM).

1.2 Análise Situacional

Após a elaboração do Diagnóstico Situacional, realização de entrevistas e

observação ativa, foi possível apontar os principais problemas que atingem a

população da ESF Esperança. O diagnóstico possibilitou melhor conhecimento em

relação ao ambiente de trabalho e formular estratégias de melhoria para a unidade e

população atendida. Os principais problemas identificados foram:

1- Elevada incidência da hipertensão arterial (HAS) em pacientes de 15 anos e mais.

2- Alta incidência de doenças sexualmente transmissíveis.

3- Alcoolismo em jovens e adultos.

4- Demora em conseguir atendimento especializado.

5- Gravidez na adolescência.

Evidenciou-se que o principal problema na unidade refere-se às elevadas

taxas de HAS entre usuários de 15 anos ou mais, sem controle dos níveis

pressóricos. Após a definição do problema prioritário, ao analisar os principais nós

críticos responsáveis pelo desenvolvimento deste problema, há que se recorrer

imediatamente aos principais fatores de risco para a HAS, que estão divididos em

fatores modificáveis e não modificáveis (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 2010).

A população da ESF Esperança, segundo as entrevistas realizadas para o

trabalho, consultas e atividades nos grupos HIPERDIA (Grupo de Hipertensos /

Diabéticos refere dificuldade para ter um cardápio saudável, incluindo de uma

maneira efetiva produtos como frutas, legumes e peixe, mas assumindo uma dieta

rica em carboidratos, muitos produtos processados e gordurosos e ricos em sal. Tais

hábitos certamente ocasionaram um aumento da obesidade, sendo essa doença o

principal fator de risco para hipertensão arterial (GIGANTE et al., 1997).

Apesar de a ESF ter o apoio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), é

reduzida à quantidade de pacientes que aderem às atividades programadas,

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principalmente as desenvolvidas pelo educador físico. O sedentarismo é visível

inclusive nos pacientes menores de 60 anos, sobretudo em função de atividades

laborais, rejeitando fazer caminhadas em horários alternados, pois não se sentem

motivados.

A maior evidencia da falta de percepção de usuários quanto às complicações

da doença é aa resistência da participação nas atividades educativas realizadas nos

grupos HIPERDIA, acreditando ser suficiente a aquisição das receitas mediante as

consultas programadas. Além disso, atribuem ao médico e ao remédio toda

responsabilidade do controle da doença, negando sua própria relevância no cuidado

à saúde. Todo esse contexto é complexo uma vez que a HAS éuma doença crônica

que não tem cura e que demanda tratamento por toda a vida, além de trazer

implicações que podem levar ao óbito (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 2010).

Diante dos dados apresentados, observa-se a relevância de uma proposta de

intervenção que possa contribuir para otimizar os fatores de risco para HAS, além de

favorecer o controle dos níveis pressóricos de usuários hipertensos, na direção da

melhoria de sua qualidade de vida, buscando, assim compreender também as

determinantes do processo de saúde-doença da comunidade.

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2 JUSTIFICATIVA

Após a realização da análise situacional, identificou-se a HAS e seu

descontrole como um dos principais problemas de saúde nessa população. Partindo

da premissa de que se considera pressão arterial controlada no nível menor ou igual

a 120/80 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016), um número

significativo dos pacientes já se apresentaram em consulta com valores superiores a

estes, portanto, além do elevado número de hipertensos também é preocupante o

seu nível de descontrole.

Ao analisar esse problema, é preciso entender a realidade dessa

população, dos determinantes do processo saúde doença, no sentido de enfrentá-

los a partir dos recursos existentes no território, suas condições socioeconômicas,

seus valores e cultura. No caso do problema em questão, pode-se perceber que

essas condições estão diretamente vinculadas com o descontrole da doença na área

de abrangência da ESF Esperança, podendo-se citar a má alimentação, o

sedentarismo, o baixo nível de conhecimento sobre a doença, o analfabetismo, a

obesidade, a não adesão ao tratamento etc.

Considerando que a HAS tem impacto negativo na saúde das pessoas,

ocasionando complicações cardiovasculares que comprometem sua qualidade de

vida, torna-se essencial uma proposta que possa trabalhar esse tema.

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3 OBJETIVO

Propor plano de intervenção educativa para aumentar os conhecimentos dos fatores

de risco associados à Hipertensão Arterial Sistêmica e seu controle, na ESF

Esperança, do município Governador Valadares.

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4 METODOLOGIA

Foi realizada revisão bibliográfica, através de consulta de artigos científicos

com os descritores “Fatores de riscos”, “hipertensão” e “ Prevenção” nas bases de

dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Também foram consultadas as

diretrizes recentes de hipertensão e manuais da página oficial do Ministério da

Saúde.

Após a revisão foi realizada proposta para a elaboração do plano de

intervenção, de acordo com o Planejamento Estratégico Situacional, utilizando três

fontes principais: registros escritos da unidade da Equipe de Saúde da Família e de

fontes secundárias, entrevistas com informantes-chave e observação ativa da área.

(CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010). Todas as etapas e aspectos da construção

foram descritos e estão apresentados no tópico do Plano de Intervenção.

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5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Aspectos gerais

A Hipertensão Arterial Sistêmica ocasiona no sistema de saúde um dos

maiores números de consultas anuais entre as Doenças Crônicas não

Transmissíveis (DCNT) gerando um impacto social e econômico importante,

segundo a American Heart Association (LLOYD-JONES et al., 2010). Consequência

do envelhecimento populacional há vários fatores de risco para as DCNTs

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010), destacando-se:

Quadro 1. Fatores de risco da Hipertensão Arterial Sistêmica:

Modificáveis Não Modificáveis

Tabagismo (Hábitos tóxicos)

Obesidade

Estresse

Sedentarismo

Falta de conhecimento da

doença

Alimentação

Sexo

Idade

Raça

Hereditariedade

Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2010, p. 2-3).

Nesse contexto, é relevante estabelecer-se um diagnóstico correto de HAS,

uma vez que poderá favorecer o tratamento adequado, o controle dos fatores de

risco e as consequências deste agravo (BRASIL, 2013).

As complicações da HAS podem ser bastante graves. Com prevalência de

aproximadamente 32,5%, estima-se que cerca de 36 milhões de brasileiros tenham

HAS. Ela é responsável por 50% dos casos de infarto, fatais e não fatais

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).

No ano 2014, no município de Governador Valadares, existiam 19.895

usuários hipertensos cadastrados pela atenção básica de saúde, para um 11% do

total da população cadastrada (BRASIL, 2014).

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5.2 Complicações da HAS

No Brasil, a HAS é um problema primordial de saúde, tendo uma

prevalência de32% no adulto e mais de 50% nos pacientes maiores de 60 anos

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). A HAS esta associada a

numerosas doenças vasculares, reconhecendo-se como um dos fatores de risco

essenciais para desenvolvê-las (POLÓNIA et al., 2006).

A prevalência global da Hipertensão Arterial varia entre 22,3% e 43,9% nos

adultos brasileiros, com tendências crescentes nos próximos anos, sendo que o

risco de daumenta com a idade. Constitui a doença crônica mais comum em idosos,

com prevalência superior a 50% em aqueles de 60 a 69 anos e 75% nos acima de

70 anos. Geralmente esta doença associa-se a outros fatores alem de ser um fator

de risco independente e contínuo para a doença cardiovascular, aumentando então

os riscos de complicações, e representando altos custos socioeconômicos para a

sociedade, família e o próprio indivíduo, (SILVA, 2011).

Atualmente, as doenças crônicas representam um dos maiores problemas

de saúde pública mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, são a

primeira causa de mortalidade mundial. Entre elas, a Hipertensão Arterial com

etiologia desconhecida acomete entre 90 a 95 % dos pacientes, complicando-se em

90% daqueles que não seguem adequadamente o tratamento (JIMENES et al.,

2003).

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) e a doença isquêmica coronariana

(DIC) são as complicações mais frequentes da HAS, seguidas pela Insuficiência

Coronariana (IC), Insuficiência Renal Crônica (IRC), encefalopatia hipertensiva e

aneurisma dissecante da aorta. A HAS é o fator de risco mais importante para a IC

(OIGMAN, 2003).

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco

para morbidade e mortalidade cardiovascular, tanto ela como as complicações que

provoca representam elevados custos médicos e socioeconômicos. No Brasil, essa

doença representa um dos maiores problemas de saúde pública e a prevenção e o

tratamento torna-se primordial enquanto ações de saúde, pois a reabilitação de

pacientes com doenças cardiovasculares como a HAS vai além das ações

farmacológicas, sendo importante considerar essa terapêutica como a união de

intervenções, dentre elas a prática de exercícios físicos (CASTRO; CAR, 2011).

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5.3Tratamento da HAS

Para a estabilização de uma DCNT é preciso seguir alguns pilares de

tratamento, os quais estão divididos em dois grupos fundamentais: medicamentoso

e não medicamentoso ou também conhecido como farmacológico ou não

farmacológico. Os quais estão diretamente relacionados para evitar possíveis

complicações (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).

O objetivo principal do tratamento é fornecer ao paciente ferramentas

parauma vida com melhor qualidade, diminuindo as complicações que dela se

derivam. É preciso manter os níveis pressóricos em níveis adequados, sendo essa

manutenção tarefa em parceria do paciente com o apoio de uma equipe

multiprofissional (BRASIL, 2013).

A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação, diminuição do consumo

de álcool, prática de atividade física, controle do peso e abandono do tabagismo,

são pilares fundamentais para o controle da pressão arterial (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).

A educação em saúde tem sido muito valorizada e é considerada parte

integrante do tratamento das doenças crônicas (ALMEIDA et al., 1995), assim como

da HAS, sendo uma parte essencial do tratamento não medicamentoso. Destaca-se

que quanto maior é o do paciente sobre sua doença, maior motivação terá para a

mudança dos hábitos de vida, sem esquecer que dessa educação deve ser parte a

família para que em parceria sejam capazes de modificar os comportamentos e a

relação de família favoreça o tratamento (RIBEIRO, 2012).

Para a escolha do tratamento medicamentoso devemos ter em conta diversos

fatores, entre os que se encontra a idade, cor da pele, doenças associadas e suas

complicações, sexo, gestação como processo fisiológico do organismo, entre outros.

(BRASIL, 2013).

5.4 Papel da ESF na abordagem de usuários com HAS

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Ressalta-se que as estratégias de prevenção primária da HAS devem ser

desenvolvidas por todos os profissionais da equipe de Saúde. A complexidade do

controle da HAS conforme encontramos em BRASIL (2013):

[...] implica na necessidade de uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar e no envolvimento de pessoas com HAS, incluindo seus familiares na definição e pactuação das metas de acompanhamento a serem atingidas (BRASIL, 2013, p.37).

A prevenção, tratamento e controleda hipertensão arterial é tarefa de todos.

Sugere-se que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ofereçam consulta de

enfermagem para orientação de mudanças do estilo de vida, e que essas sejam

iniciadas no nível de PA limítrofe, pois se existirem fatores de risco associados,

como diabetes mellitus e obesidade, o risco de apresentar hipertensão no futuro é

altíssimo (CHOBANIAN et al., 2003).

Para obter um controle eficaz da doença e que o paciente tenha uma

adequada educação em saúde é primordial que a consulta do médico e da

enfermagem sejam uma peça chave para orientação. Cabe enfatizar a importância

da abordagem multiprofissional na atenção primária à saúde no que tange ao

tratamento do paciente hipertenso, sendo necessário promover a adesão deste às

abordagens não medicamentosas e medicamentosas (BRASIL, 2013).

“O Programa HIPERDIA soma-se às ações dos trabalhadores de saúde, e

tem como proposta a prevenção de complicações decorrentes da não adesão ao

tratamento anti-hipertensivo prescrito pelo médico” (SOUZA, 2008, p. 674). Ajuda no

intercambio de experiências positivas e negativas que ajudam a conscientizar ao

paciente e sua família sobre a necessidade de um bom controle da HAS.

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6 PLANO DE INTERVENÇÃO

O problema prioritário identificado na unidade refere-se às elevadas taxas de

hipertensão arterial entre os usuários com 15 anos ou mais e sem controle dos

níveis pressóricos. Foram elencados os nós críticos relacionados com este

problema, sendo:

Falta de conhecimento da população sobre a hipertensão e suas

complicações

A prática de hábitos e estilos de vidas não saudáveis

Falta de capacitação da equipe para enfrentar o problema da hipertensão

Visando abordar o problema, descrevemos operações para enfrentá-los,

identificando assim os resultados, os produtos e os recursos necessários para a

finalização do mesmo.

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Quadro 1 -Proposta de operações para resolução de “nós críticos”, ESF Esperança, Governador Valadares,MG, 2017. Nó Crítico Operação/Projeto Resultados Esperados Produtos Recursos Necessários

Falta de conhecimento da população sobre a HAS e suas complicações

Educar para a vida

- Elaborar materiais

educativos sobre a

doença.

-Educação aosfamiliares responsabilizados com pacientes hipertensos.

- Estimular a participação dos pacientes hipertensos nos grupos HIPERDIA, interiorizando a doença.

- Maior compreensão do usuário de como deve fazer o tratamento e a doses a seguir.

- Aumentar o nível de conhecimento dos pacientes sobre os riscos e complicações da HAS descontrolada.

- Familiares sensibilizados e responsáveis pelos pacientes a sua resguarda.

Pacientes com HAS capacitados, ações de promoção e prevenção da doença (Palestras no grupo de HIPERDIA). -Distribuição de folhetos sobre a HAS. -discutir plano terapêutico com os familiares. -recursos Humanos

Capacitados.

Material Didático elaborado.

Cognitivo: Informação e

conhecimentos sobre o tema.

Político: Mobilização do pessoal em torno das questões; recursos para estruturar o serviço.

Financeiro: Recursos áudio visuais panfletos e materiais para capacitação, folhas, canetas, computador, impressora.

A prática de

hábitos e

estilos de vida

não

saudáveis,

Saúde e amor

Incentivar a modificação dos hábitos e estilos de vida da população, principalmente alimentação e atividade física e também o auto cuidado.

- Diminuição do número

dos pacientessedentários.

- Conscientizar a população da importância de hábitos saudáveis, Reeducação alimentar.

- Estimular a colaboração entre os serviços públicos de saúde e de esportes.

Programação de

caminhada orientada

e ginástica.

Programa de substituição de alimentos pouco saudáveis para alimentos mais saudáveis de mesmo ou menor valor financeiro e para a

Organização: Planejar a agenda de atividades.

Financeiro: Para aquisição de recursos audiovisuais, folhetos educativos, folhas, canetas, computador, impressora.

- Político: Espaço local.

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redução do sal da dieta; ênfase na diminuição tabagismo e alcoolismo.

-Consultas para orientação alimentar com a nutricionista.

-Acompanhamento com educador físico e fisioterapeuta na realização de atividades físicas.

Falta de

capacitação

da equipe

para enfrentar

o problema da

HAS

Mais Conhecimento:

- Orientar e capacitar a equipe sobre o cuidado prestado ao portador de hipertensão arterial

-Equipe capacitada para o atendimento dos hipertensos.

-Mais conhecimentos sobre a importância da prevenção, tratamento e controle da HAS

Aumento dos conhecimentos sobre a doença pela equipe

Político: Apresentar o projeto a secretaria de saúde

Financeiro: Recursos áudio visuais panfletos e materiais para capacitação, folhas, canetas, computador, impressora.

Organização: Planejar a agenda de atividades.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Os objetivos da viabilidade do plano são identificar os atores que controlam

os recursos críticos necessários para implementação de cada operação; fazer

análise da motivação desses atores em relação aos objetivos pretendidos pelo

plano; desenhar ações estratégicas para motivar os atores e construir a viabilidade

da operação. Tendo em conta os seguintes princípios (Quadro 2).

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Quadro 2 - Análise de viabilidade do plano estratégico, ESF Esperança, Governador Valadares, MG,2017.

Operação/Projeto Recursos Críticos Ator que controla Motivação Ação Estratégica

Educar para a vida

Cognitivo: Informação e conhecimentos sobre o tema, sensibilização da equipe.

Político: Mobilização do pessoal em torno das questões; recursos para estruturar o serviço.

Financeiro: Recursos áudio visuais panfletos e materiais para capacitação, folhas, canetas, computador, impressora.

Médico, Enfermagem

Agente comunitário de saúde

Técnica de enfermagem

Favorável

Indiferente

Favorável

Apresentar o projeto

Apresentação do projeto para que avalie as oportunidades.

Apresentar o projeto

Saúde e amor Organizacional: Planejar a agenda de atividades.

Financeiro: Para aquisição de recursos audiovisuais, folhetos educativos, folhas, canetas, computador, impressora.

Político: Espaço local

Equipe de Saúde completo, incluindo o NASF.

Médico

Agentes Comunitários de Saúde.

Favorável

Favorável

Favorável

Apresentar o projeto

Apresentar o projeto a Secretária Municipal de Saúde e Prefeitura Municipal.

Apresentar o projeto

Mais conhecimento

Político: Mobilização social em torno das questões

Cognitivo: Elaboração de projeto da linha de trabalho

Organizacional: Planejar a agenda de atividades.

Médico,

Enfermagem

Médico.

Médico

Apresentar o projeto

Apresentar o projeto

Apresentar o projeto

Fonte: Elaborado pelo autor. 2016.

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O plano operativo objetiva designar os responsáveis por cada operação e

definir os prazos para a execução das operações. O responsável de uma

operação/projeto é aquele que se responsabilizará pelo acompanhamento da

execução de todas as ações definidas, o que não significa que o responsável deva

executá-las. Ele pode (e deve) contar com o apoio de outras pessoas. O seu papel

principal é garantir que as ações sejam executadas de forma coerente e

sincronizadas, prestando contas do andamento do projeto nos espaços definidos

para o sistema de gestão do plano.

A responsabilidade por uma operação só pode ser definida por pessoas que

participam do grupo que está planejando. Não podem ser responsabilizados aqueles

que não estão participando da elaboração do plano, o que não quer dizer que estes

não possam ser mobilizados para contribuírem ativamente com a sua

implementação.

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Quadro 3 - Plano operativo ESF Esperança, Governador Valadares, MG, 2017.

Operações Resultados Produtos Ações estratégicas

Responsável Prazo

Educar para a vida

Aumentar o conhecimento dos pacientes sobre os riscos do descontrole da HAS Baixo índice de pacientes com níveis pressóricos alterados

Hipertensos frequentando reuniões; Aumento da adesão ao tratamento

Apresentar o projeto

Equipe de saúde da família

Montar o projeto em 3 meses

Saúde e amor

Mudanças nos hábitos

alimentares e estilos de

vidas

Pacientes fazendo uma dieta saudável e praticando exercícios físicos

Apresentar o projeto

Equipe de saúde da família Apoio do NASF, nutricionista, educadora física

Montar o projeto em 3 meses ,apresentar o projeto em 4 meses

Mais conhecimento

Equipe capacitada para o atendimento e acompanhamento.

Capacitar a equipe Treinamento da equipe para uma assistência de qualidade ao paciente.

Apresentar

o projeto

Capacitação

dos técnicos

de

enfermagem

e agentes

comunitárias

de saúde;

Médico e enfermeira Montar o projeto em 2 meses

Fonte: Elaborado pelo autor.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste trabalho espera-se alcançar uma redução dos fatores de

riscos, controle adequado da Hipertensão Arterial na Estratégia de Saúde da

Família Esperança,evitando assim as complicações resultantes dela e

consequentemente melhorando a qualidade de vida dos pacientes hipertensos.

Para que os resultados esperados sejam alcançados é necessário o

trabalho permanente de educação para a saúde junto aos pacientes

hipertensos e a comunidade, levando-os a conhecer o que é Hipertensão

Arterial e a importância das mudanças do estilo de vida no controle dessa

doença. O trabalho da equipe multiprofissional é fundamental para garantir a

integralidade das ações de promoção, prevenção e educação para a saúde,

levando em consideração o sujeito hipertenso e não somente sua doença. Os

problemas foram elencados pelos agentes comunitários de saúdeque são bons

representantes das comunidades e atores sociais envolvidos, então eles foram

considerados no trabalho como os informantes-chaves, ademais os líderes

comunitários.

A Hipertensão Arterial Sistêmica, o controle e a prevenção de suas

complicações torna-se um desafio para as Equipes de Saúde da Família,

levando em consideração a mudança de hábitos e estilos de vida para o

usuário portador da doença. A dinâmica proposta pela ESF, voltada para

prevenção, constitui o meio mais eficiente de combater a hipertensão arterial.

Este estudo permitiu-nos saber mais sobre os problemas da área de

abrangência da ESF Esperança, com relação aos fatores de risco e as

complicações da HAS, constatando uma realidade similar da brasileira. Foi

possível também conhecer as dificuldades da equipe em lidar com o problema

e a importância que existe de preparar aos profissionais para dar melhor

atenção e acompanhamento aos pacientes hipertensos e assim evitar futuras

complicações.

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