alexandre moura dos santos fatores de risco …
TRANSCRIPT
ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da
sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu
estudo multicecircntrico e randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Programa Ciecircncias do Sistema
Musculoesqueleacutetico
Orientador Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo
(Versatildeo corrigida Resoluccedilatildeo CoPGr 5890 de 20 de dezembro de 2010 A versatildeo original estaacute disponiacutevel na Biblioteca Central da FMUSP)
Satildeo Paulo
2020
ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da
sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu
estudo multicecircntrico e randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Programa Ciecircncias do Sistema
Musculoesqueleacutetico
Orientador Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo
(Versatildeo corrigida Resoluccedilatildeo CoPGr 5890 de 20 de dezembro de 2010 A versatildeo original estaacute disponiacutevel na Biblioteca Central da FMUSP)
Satildeo Paulo
2020
Esta dissertaccedilatildeo estaacute de acordo com as seguintes normas em vigor no momento desta publicaccedilatildeo
Referecircncias adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver)
Universidade de Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo Guia de
apresentaccedilatildeo de dissertaccedilotildees teses e monografias Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha
Maria Julia de A L Freddi Maria F Crestana Marinalva de Souza Aragatildeo Suely Campos Cardoso
Valeacuteria Vilhena 3a ed Satildeo Paulo Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo 2011
Abreviaturas dos tiacutetulos dos perioacutedicos de acordo com List of Journals Indexed in Index Medicus
Nome Santos Alexandre Moura dos
Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e
randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Aprovado em
Banca Examinadora
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
DEDICATOacuteRIA
Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus
companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees
Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e
sonhos independente das dificuldades a enfrentar
Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e
principalmente do exemplo
Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que
tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo
Deus
AGRADECIMENTOS
Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos
ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e
eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo
Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo
A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de
Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente
pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute
Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida
Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e
Leonardo Santos Hoff
Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo
acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites
(HCFMUSP)
Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e
Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio
disponibilidade e parceria
A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de
Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande
colaboraccedilatildeo
Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro
Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo
Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees
durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da
sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu
estudo multicecircntrico e randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Programa Ciecircncias do Sistema
Musculoesqueleacutetico
Orientador Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo
(Versatildeo corrigida Resoluccedilatildeo CoPGr 5890 de 20 de dezembro de 2010 A versatildeo original estaacute disponiacutevel na Biblioteca Central da FMUSP)
Satildeo Paulo
2020
Esta dissertaccedilatildeo estaacute de acordo com as seguintes normas em vigor no momento desta publicaccedilatildeo
Referecircncias adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver)
Universidade de Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo Guia de
apresentaccedilatildeo de dissertaccedilotildees teses e monografias Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha
Maria Julia de A L Freddi Maria F Crestana Marinalva de Souza Aragatildeo Suely Campos Cardoso
Valeacuteria Vilhena 3a ed Satildeo Paulo Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo 2011
Abreviaturas dos tiacutetulos dos perioacutedicos de acordo com List of Journals Indexed in Index Medicus
Nome Santos Alexandre Moura dos
Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e
randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Aprovado em
Banca Examinadora
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
DEDICATOacuteRIA
Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus
companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees
Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e
sonhos independente das dificuldades a enfrentar
Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e
principalmente do exemplo
Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que
tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo
Deus
AGRADECIMENTOS
Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos
ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e
eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo
Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo
A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de
Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente
pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute
Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida
Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e
Leonardo Santos Hoff
Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo
acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites
(HCFMUSP)
Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e
Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio
disponibilidade e parceria
A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de
Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande
colaboraccedilatildeo
Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro
Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo
Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees
durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Esta dissertaccedilatildeo estaacute de acordo com as seguintes normas em vigor no momento desta publicaccedilatildeo
Referecircncias adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver)
Universidade de Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo Guia de
apresentaccedilatildeo de dissertaccedilotildees teses e monografias Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha
Maria Julia de A L Freddi Maria F Crestana Marinalva de Souza Aragatildeo Suely Campos Cardoso
Valeacuteria Vilhena 3a ed Satildeo Paulo Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo 2011
Abreviaturas dos tiacutetulos dos perioacutedicos de acordo com List of Journals Indexed in Index Medicus
Nome Santos Alexandre Moura dos
Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e
randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Aprovado em
Banca Examinadora
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
DEDICATOacuteRIA
Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus
companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees
Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e
sonhos independente das dificuldades a enfrentar
Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e
principalmente do exemplo
Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que
tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo
Deus
AGRADECIMENTOS
Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos
ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e
eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo
Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo
A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de
Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente
pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute
Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida
Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e
Leonardo Santos Hoff
Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo
acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites
(HCFMUSP)
Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e
Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio
disponibilidade e parceria
A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de
Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande
colaboraccedilatildeo
Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro
Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo
Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees
durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Nome Santos Alexandre Moura dos
Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e
randomizado
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de
Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para
a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
Aprovado em
Banca Examinadora
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________
Julgamento____________________________________ Assinatura__________________
DEDICATOacuteRIA
Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus
companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees
Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e
sonhos independente das dificuldades a enfrentar
Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e
principalmente do exemplo
Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que
tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo
Deus
AGRADECIMENTOS
Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos
ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e
eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo
Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo
A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de
Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente
pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute
Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida
Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e
Leonardo Santos Hoff
Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo
acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites
(HCFMUSP)
Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e
Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio
disponibilidade e parceria
A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de
Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande
colaboraccedilatildeo
Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro
Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo
Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees
durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
DEDICATOacuteRIA
Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus
companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees
Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e
sonhos independente das dificuldades a enfrentar
Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e
principalmente do exemplo
Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que
tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo
Deus
AGRADECIMENTOS
Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos
ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e
eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo
Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo
A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de
Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente
pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute
Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida
Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e
Leonardo Santos Hoff
Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo
acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites
(HCFMUSP)
Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e
Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio
disponibilidade e parceria
A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de
Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande
colaboraccedilatildeo
Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro
Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo
Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees
durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
AGRADECIMENTOS
Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos
ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e
eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo
Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo
A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de
Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente
pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute
Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida
Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e
Leonardo Santos Hoff
Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo
acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites
(HCFMUSP)
Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e
Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio
disponibilidade e parceria
A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de
Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande
colaboraccedilatildeo
Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro
Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo
Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees
durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)
A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela
concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da
pesquisa
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de
Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de
Financiamento 001
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute
necessaacuterio para issordquo
Epicteto
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
SUMAacuteRIO
Paacutegina
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Graacuteficos
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO 01
2 OBJETIVOS 08
21 Objetivos primaacuterios 09
22 Objetivos secundaacuterios 09
3 MEacuteTODOS 10
31 Desenho do estudo 11
32 Pacientes 11
33 Grupo controle 13
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16
38 Anaacutelises laboratoriais 17
39 Randomizaccedilatildeo 17
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17
311 Aderecircncia 17
312 Anaacutelise estatiacutestica 18
4 RESULTADOS 19
41 Caracteriacutesticas da amostragem 20
42 Primeira fase anaacutelise transversal 20
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle 20
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23
423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros
inferiores e variaacuteveis funcionais 28
43 Segunda fase 30
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35
5 DISCUSSAtildeO 37
6 CONCLUSOtildeES 42
7 ANEXOS 44
A - Ficha de coleta de dados 45
B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46
C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47
D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49
E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51
F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52
G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido
para liacutengua portuguesa 53
H - National Institute of Health (NIH) 54
I - Parecer consubstanciado 55
J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58
8 REFEREcircNCIAS 61
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Lista de abreviaturas siglas
1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima
ACR American College of Rheumatology
CA Capacidade aeroacutebia
CO2 Dioacutexido de carbono
CPK Creatinofosfoquinase
DAP Doenccedila arterial perifeacuterica
DCV Doenccedilas cardiovasculares
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia
ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire
EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado
eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase
GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
HAQ Health Assessment Questionnaire
HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica
HDL High Density Lipoprotein
IL Interleucina
IMC Iacutendice de massa corporal
IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica
ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score
LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio
LDL Low Density Lipoprotein
METs Equivalente metaboacutelico
NIH National Institute of Health
O2 Oxigecircnio
PAE Potecircncia aeroacutebia
PCR Proteiacutena C reativa
PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
PDGF Platelet Derived Growth Factor
PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo
PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril
RER Razatildeo da troca respiratoacuteria
SF-36 Short Form Health Survey
TAK Arterite de Takayasu
TAKR Arterite de Takayasu repouso
TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo
TNF Tumor Necrosis Factor alpha
TST Timed-Stands Test
TUG Timed Up-and-Go Test
VCO2 Volume de dioacutexido de carbono
VE Ventilaccedilatildeo pulmonar
VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono
VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio
VEGF Vascular Endothelial Growth Factor
VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
VO2 Volume de oxigecircnio
WIQ Walking Impairment Questionnaire
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Lista de Tabelas
Paacutegina
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo
American College of Rheumatology (1990) 02
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996) 03
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das
pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 25
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de
Takayasu e do grupo controle 27
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle 28
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros
inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das
pacientes com arterite de Takayasu 29
Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos
grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de
vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu
repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos
pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite
de Takayasu sessatildeo 33
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite
de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Lista de Figuras
Paacutegina
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03
Figura 2 - Fluxograma do estudo 22
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
Lista de Graacuteficos
Paacutegina
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24
Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
RESUMO
Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de
exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e
randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo
Paulo 2020
Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com
alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores
de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco
estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por
exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular
o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os
fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com
TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos
reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de
vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e
comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional
qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico
multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na
primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com
TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal
com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco
cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo
e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca
respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido
adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-
quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional
de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades
de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey
questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score
2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de
hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes
com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo
aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante
a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de
acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo
controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal
comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem
apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de
caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de
caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve
correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais
avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico
combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da
doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda
natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120
minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias
(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do
grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral
relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da
qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das
atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular
modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor
qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal
O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo
Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila
Vasculites
ABSTRACT
Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined
exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]
Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020
Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high
frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors
However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK
that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower
aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of
physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the
modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to
evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the
disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability
to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate
modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with
functional capacity quality of life and body composition Methods This is a
multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases
In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women
with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with
16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk
factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak
metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body
composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and
circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent
(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional
capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-
Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu
Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP
and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14
of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute
session of combined physical exercise to assess safety during the session
reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of
follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group
had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt
005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak
VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral
adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent
walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were
no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional
variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical
exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the
disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant
differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In
all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences
of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a
significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power
lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical
activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to
perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable
cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated
with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The
combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session
Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis
1 INTRODUCcedilAtildeO
2
A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete
primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12
A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do
sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada
nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na
Tabela 1
Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American
College of Rheumatology (1990)
Itens Definiccedilatildeo
Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos
Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos
Claudicaccedilatildeo das extremidades
Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores
Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial
Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais
Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg
Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores
Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta
Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal
Alteraccedilotildees arteriograacuteficas
Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais
Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados
Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as
camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada
iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees
ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7
As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e
dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios
3
de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2
Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
Adaptado de Kato et al (2015)
Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu
conforme Hata et al (1996)
Tipos Descriccedilatildeo
I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico
IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos
IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente
III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal
IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal
V Combinaccedilatildeo de IIb e IV
A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar
quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda
fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus
ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees
vasculares3
No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no
pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos
membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem
4
da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e
isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo
Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial
perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e
consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao
sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal
dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem
distalmente910
Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta
frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60
- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol
total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel
superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo
do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila
12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do
seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314
Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima
anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida
aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK
Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis
(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados
pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a
capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de
atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores
parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode
interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15
A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo
organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade
de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar
a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico
Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19
O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente
relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar
5
a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento
das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras
comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da
presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem
podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo
interligados entre si
A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes
sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso
sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo
vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila
muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma
pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores
de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829
Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios
sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo
utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores
imunomoduladores)2428
O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes
com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas
11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo
meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres
pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os
resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo
demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees
significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste
Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a
CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores
de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e
exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em
remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses
paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica
O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e
de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de
6
fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da
PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante
ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31
O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que
impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta
sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo
respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233
De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da
utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis
aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia
reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade
agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de
exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de
todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36
O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco
estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial
sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o
aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando
comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39
Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do
tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo
possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes
embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40
Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com
uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do
treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase
aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)
Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas
respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa
(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De
modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos
uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em
avaliaccedilotildees prospectivas
7
Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos
reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua
seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM
2 OBJETIVOS
9
21 Objetivos primaacuterios
Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja
a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal
(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura
quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com
um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas
Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e
atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo
aguda de EFC em pacientes com TAK
22 Objetivos secundaacuterios
Avaliar as seguintes variaacuteveis
Qualidade de vida
Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria
Status da doenccedila
Medicamentos em uso
Comorbidades preacute-existentes
Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo
corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida
3 MEacuteTODOS
11
31 Desenho do estudo
Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)
realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de
duas etapas
a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores
de risco cardiovascular modificaacuteveis
b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico
combinado entre os pacientes com TAK
O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em
humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE
89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
32 Pacientes
Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de
Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP
Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP
Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do
Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de
Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP
Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que
Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4
Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
Idade entre 18 e 50 anos
Sexo feminino
Os criteacuterios de exclusatildeo foram
Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o
julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do
trabalho eou na sauacutede do paciente
12
Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia
cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST
coronopatias
Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica
Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros
inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo
Pacientes gestantes ou lactantes
Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos
sistematicamente Os seguintes dados foram coletados
Dados demograacuteficos (Anexo A)
Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis
seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados
laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames
colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica
Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores
imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)
Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes
questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form
Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire
(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian
Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of
Health (NIH)3 (Anexo H)
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido
quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de
toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi
considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130
mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53
dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-
colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150
mgdL ou tratamento medicamentoso54
Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no
questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a
13
liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)
Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6
meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a
alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia
eou angiotomografia computadorizada)
33 Grupo controle
Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia
IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos
pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o
termo de consentimento livre e esclarecido
Foram coletados os seguintes paracircmetros
Dados demograacuteficos
Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos
Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48
Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos
pacientes de TAK
34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle
massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril
cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)
A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo
visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)
no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de
Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA
(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)
35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia
Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em
14
Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina
Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado
(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada
continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram
avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir
bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao
exame
Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente
avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A
frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na
esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de
recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em
repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de
recuperaccedilatildeo
Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi
conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-
breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar
(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de
dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2
respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio
A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia
dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu
quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo
ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em
consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no
VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior
que 90 do maacuteximo predito para a idade56
O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador
com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18
Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de
oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um
aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de
dioacutexido de carbono (VE VCO2)
15
Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo
de dioacutexido de carbono (VCO2)
Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)
O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo
avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios
Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos
antes de iniciarem um aumento progressivo
Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto
antes de comeccedilar a diminuir
Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus
intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada
durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a
capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle
36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular
Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila
muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada
(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da
carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira
extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas
familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas
O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no
primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso
Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos
Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi
considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3
minutos57
Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar
(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59
aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60
Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de
intervalo antes de cada teste
16
O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de
repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas
duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo
No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um
percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste
Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e
colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos
com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas
o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60
O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05
37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo
os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm
extensora de joelhos flexora de joelhos
Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a
40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no
primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro
exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como
aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12
repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80
de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos
e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162
O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste
ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar
aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi
realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e
pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de
exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento
30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento
17
38 Anaacutelises laboratoriais
As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e
imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas
39 Randomizaccedilatildeo
Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em
dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo
(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um
pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na
seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para
alocaccedilatildeo por sorteio
310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos
Agudamente
Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral
(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)
Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)
Cronicamente
Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3
311 Aderecircncia
Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo
adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para
a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto
aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel
com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos
18
312 Anaacutelise estatiacutestica
A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com
distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados
com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil
(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com
distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A
correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de
Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ
A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis
quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator
(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees
Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de
Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso
as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada
(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As
associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato
de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando
valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg
versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)
4 RESULTADOS
20
41 Caracteriacutesticas da amostragem
No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78
pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56
apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos
motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse
portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)
42 Primeira fase anaacutelise transversal
421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam
respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si
respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e
idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)
Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =
0501)
As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-
200) anos
Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et
al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e
uma do tipo I
Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam
em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia
nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)
A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em
800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam
hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro
(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes
estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS
dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de
medicamentos
21
Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores
eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um
de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de
tocilizumabe
Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes
foram classificadas como estando em atividade da doenccedila
Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
Idade (anos) 4150 (380-463)
Etnia (cor branca) 11 (550)
IMC (kgm2) 287 (260-297)
Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)
Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()
Hata I 1 (50)
Hata IIa 0
Hata IIb 2 (100)
Hata III 4 (200)
Hata IV 3 (150)
Hata V 10 (500)
Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)
VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)
PCR (mgL) 34 (09-68)
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade
de hemossedimentaccedilatildeo
22
Figura 2 - Fluxograma do estudo
Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of
Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
23
422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia
Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia
cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo
ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)
No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor
FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso
apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn
04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81
mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e
Graacutefico 1)
Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes
com arterite de Takayasu e do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907
FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio
1165plusmn25 1500plusmn33 0009
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)
81plusmn20 80plusmn22 0872
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)
1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
151plusmn38 227plusmn43 lt0001
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970
VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006
VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de
oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu
24
Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico
Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio
423 Forccedila muscular e capacidade funcional
Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila
significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino
Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores
avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)
A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os
grupos TAK e controle (Tabela 5)
Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem
foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)
25
Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e
do grupo controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018
Handgrip test
Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543
Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de
Takayasu
26
424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica
Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo
significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo
questionaacuterio HAQ (Tabela 6)
Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior
comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional
aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)
No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes
apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando
comparados ao controle (P lt 005)
Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)
pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando
diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos
pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar
diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi
classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica
Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK
apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs
15730 plusmn 7915 (P lt 0001)
27
Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e
niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001
Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008
Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001
Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001
Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066
Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194
Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195
Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001
Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001
Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001
Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001
IPAQ-SF ()
Baixo 14 (600) 3 (187) 0013
Moderado 6 (300) 9 (562) 0080
Alto 0 2 (125) -
METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form
Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire
425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre
os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo
visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em
pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle
28
Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo
controle
TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P
Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564
Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508
IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264
Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347
Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255
Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580
Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022
Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021
Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172
Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100
Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919
Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu
426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e
variaacuteveis funcionais
A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da
PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre
nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)
29
Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das
pacientes com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ -0291 0293
WIQ - Score geral 0069 0806
SF36 - Capacidade funcional 0171 0543
SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838
IPAQ-SF - METs 0295 0285
VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes
com arterite de Takayasu
TAK (n=20)
rhor Valor de P
HAQ 0158 0517
WIQ - Score geral -0193 0427
SF36 - Capacidade funcional -0122 0619
SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641
IPAQ-SF - METs -0051 0835
Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio
30
43 Segunda fase
431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado
Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas
cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao
esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo
arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente
portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem
submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC
Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo
de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)
Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da
capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela
11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo
(ergoespirometria) (Tabela 12)
Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram
similares entre os grupos analisados (Tabela 13)
31
Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos
repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado
TAKR (n=7) TAKS (n=7)
Valor de P
Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860
Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999
IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999
Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776
Classificaccedilatildeo angiograacutefica
Hata I 0 0 -
Hata IIa 0 0 -
Hata IIb 0 2 (286) -
Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999
Hata IV 0 1 (143) -
Hata V 5 (714) 3 (427) 0592
Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999
Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177
PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH
National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS
arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
32
Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel
de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu
sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939
SF-36 (0-100)
Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882
Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796
Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255
Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665
Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348
Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827
Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192
Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737
WIQ (0-100)
Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415
Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526
Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637
Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963
IPAQ-SF ()
Baixo 6 (857) 4 (571) 0559
Moderado 1 (143) 3 (429) 0559
Alto 0 0 -
METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de
Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey
TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking
Impairment Questionnaire
33
Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes
com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7)
TAKS (n=7) Valor de P
FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471
FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240
Limiar anaeroacutebio
Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603
FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855
VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483
Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio
Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321
FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443
VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303
Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324
VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240
VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374
Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359
Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793
Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2
volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu
sessatildeo
34
Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de
Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo
TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P
Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721
Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584
Forccedila de preensatildeo palmar
Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777
Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327
Capacidade funcional
Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832
Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541
Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo
Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso
TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
35
432 Seguranccedila da sessatildeo aguda
Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias
cliacutenicas no grupo de TAKS
Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS
(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos
quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30
60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2
Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda
Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95
Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo
A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores
de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-
EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)
Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos
adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela
14)
36
Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu
sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo
TAKS (n=7) TAKR (n=7)
Preacute Poacutes
Valor de P
Preacute Poacutes Valor de P
Atividade de doenccedila
NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999
VHS (mm1ordf hora) 110
(90-160) 100
(45-135) 0621
170 (100-330)
160 (76-295)
0599
PCR (mgL) 34
(25-43) 35
(18-57) 0713
41 (05-167)
22 (08-159)
0812
Seguimento
Eventos adversos 0 0 - 0 0 -
Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -
Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()
Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR
proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS
velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram
acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto
houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo
5 DISCUSSAtildeO
38
O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam
comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros
inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes
apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido
adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis
relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda
de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila
Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de
pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC
com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo
demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso
comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK
No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior
prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos
com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a
essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes
Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a
necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por
possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com
TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas
somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade
de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira
detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas
Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas
reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa
reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo
da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor
rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores
a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo
com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses
ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc
b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em
teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao
quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz
39
ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de
reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9
Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco
independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas
causas186667
O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da
capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na
DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada
uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional
aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o
comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial
O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como
apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade
cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila
A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos
aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste
ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da
resistecircncia ao esforccedilo
Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas
reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da
qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da
forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por
diversas causas7172
Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel
total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo
niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas
recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da
reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do
exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco
independente de morbimortalidade7475
A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo
ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave
massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram
40
diferenccedilas significativas
Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-
quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e
sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo
visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose
reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar
ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81
Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo
da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-
quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu
maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82
Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para
DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o
aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia
No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco
de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais
nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila
reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de
tecido adiposo visceral
Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo
em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a
adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a
anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA
De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo
demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos
reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de
escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica
Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o
treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo
de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et
al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo
O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois
modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da
seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar
41
benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o
modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do
nosso protocolo
Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios
protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado
possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade
de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior
parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos
com longo periacuteodo de execuccedilatildeo
Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e
principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na
manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo
6 CONCLUSOtildeES
43
Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM
Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de
membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril
ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da
capacidade funcional e da qualidade de vida
A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se
correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a
da piora composiccedilatildeo corporal
Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as
pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da
doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes
com TAK
7 ANEXO
45
Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________
Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________
Nome________________________________________ Data Nasc_______
Idade ___________
Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda
Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____
Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________
_______________________________________________________________
Recidivas da doenccedila ______________________________________________
Comorbidades ___________________________________________________
_______________________________________________________________
Claudicaccedilatildeo
( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID
tempo_______
Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________
46
Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)
Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA
Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz
dificuldade dificuldade dificuldade de fazer
1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE
-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos
sapatos e abotoar suas roupas
- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos
2 LEVANTAR-SE
- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira
de encosto reto e sem braccedilos
- Deitar-se e levantar-se da cama
3 COMER
- Cortar um pedaccedilo de carne
- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia
de cafeacute leite ou aacutegua
- Abrir um saco de leite comum
4 ANDAR
- Caminhar em lugares planos
- Subir cinco degraus
5 HIGIENE PESSOAL
- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho
- Tomar banho de chuveiro
- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio
6 ALCANCAR COISAS
- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox
25kg que esta posicionado pouco
acima da cabeccedila
- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo
7 AGARRAR
- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro
- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham
sido previamente abertos
- Abrir e fechar torneiras
8 ATIVIDADES
- Fazer compras nas redondezas onde mora
- Entrar em e sair de um ocircnibus
- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para
varrer e rodo para puxar aacutegua
47
Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando
Atividades Sim dificulta
muito Sim dificulta um
pouco
Natildeo natildeo dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos
1 2 3
b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3
h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3
i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)
1 2
5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)
Sim Natildeo
a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades
1 2
b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2
c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz
1 2
6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
48
8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor
de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo vocecirc tem
se sentido desanimado ou abatido
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado
1 2 3 4 5 6
10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc
Definitivamente
verdadeiro
A maioria das vezes eacute
verdadeiro Natildeo sei
A maioria das vezes eacute
falso
Definitivamente eacute falso
a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5
49
Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)
As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a
outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda
cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua
participaccedilatildeo
Para responder as questotildees lembre que
1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo
fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez
1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar
para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto
tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia
Horas ______ Minutos _____
2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta
nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos
leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer
aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA
CAMINHADA)
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades
50
por dia
Horas ______ Minutos _____
3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica
aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos
domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou
batimentos do coraccedilatildeo
Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia
Horas ______ Minutos _____
Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia
no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o
tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa
visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro
4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana
______horas ____minutos
4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de
semana
______horas ____minutos
51
Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)
52
Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)
53
Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa
54
Anexo H - National Institute of Health (NIH)
Itens Caracteriacutesticas
1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa
aparente)
2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo
3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como
claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)
assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)
4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas
Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu
55
Anexo I ndash Parecer consubstanciado
56
57
58
ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica
Publicaccedilotildees cientiacuteficas
Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas
miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado
Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019
Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with
antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019
Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL
Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise
training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental
prospective study Clin Exp Rheumatol 2019
Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong
V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function
arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune
myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association
between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis
Reumatismo 2020
Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA
Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune
myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020
Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable
association between patient-reported limb claudication and vascular imaging
methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020
Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current
stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue
Reumatismo 2020
59
Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L
Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in
Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em
revisatildeo)
Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos
Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS
Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and
dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk
between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm
Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK
Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional
capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional
capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD
Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor
muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso
Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)
Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA
Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the
patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind
60
placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019
(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of
acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a
pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)
Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients
with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function
A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia
2020 (Poster)
Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve
JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the
quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu
arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)
Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK
Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in
patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de
Reumatologia 2020 (Poster)
61
8 REFEREcircNCIAS
62
1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis
Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103
2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta
Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555
3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med
1994120919-929
4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology
1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum
1990331129-1134
5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis
new classification Int J Cardiol 199654S155-163
6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5
WB Saunders 1970245-259
7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu
arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association
with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015
8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation
Res 20151161509-1526
9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of
peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med
201545231-244
10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and
clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728
11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk
levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol
200928801-805
12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase
antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4
13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic
data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70
14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of
Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14
15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)
Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable
63
cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with
type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)
Diabetes Care 2012351347-54
16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas
exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243
17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev
Respir Dis 1975112219-249
18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin
Chest Med 1984577-80
19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness
with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing
JAMA Netw Open 20181e183605
20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular
morbidity and mortality a science advisory from the american heart association
Circulation 2016134262-279
21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal
muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med
200324258-263
22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in
patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors
for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211
23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in
rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis
19925135-40
24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic
and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces
cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis
2013721819-1825
25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular
training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in
patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844
26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of
life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or
inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786
64
27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients
with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens
syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203
28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance
and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable
polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13
29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity
and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with
primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697
30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on
inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis
Care Res (Hoboken) 201769892-902
31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the
prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement
from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise
Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity
and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation
20031073109-3116
32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed
Editora 2017
33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular
strength training considerations Sports Med 201848765-785
34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on
health Curr Sports Med Rep 201211209-216
35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine
Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight
loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc
200941459-471
36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in
resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708
37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and
resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv
Aging 2017121103-1114
38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on
65
postexercise hypotension after resistance training session in overweight
hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495
39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise
hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226
40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance
training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral
arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70
41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278
42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic
exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic
inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41
43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl
Physiol 2005981154-1162
44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory
effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51
45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with
rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health
Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271
46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation
of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol
200330379-385
47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation
and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication
Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506
48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the
Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent
claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149
49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the
Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)
2013521795-1801
50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian
66
Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese
language Adv Rheumatol 2019591-6
51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in
Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes
Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes
(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701
52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus
Diabetes Care 20143781-90
53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017
ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for
the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in
adults Executive summary A report of the American College of Cardiology
American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines
Hypertension 2018712199-2269
54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on
cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of
European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)
Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10
55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade
fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis
Saude 200165-18
56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the
oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response
Int J Sports Med 200526542-551
57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment
of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21
58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-
stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J
Rheumatol 19932021-27
59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional
mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148
60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian
Occupational Ther J 199946120-140
67
61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines
for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63
62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine
position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med
Sci Sports Exerc 20094687-708
63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the
perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58
64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res
2016118439-453
65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J
200344614-619
66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative
predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and
women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035
67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-
aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up
Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564
68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases
muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-
486
69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease
activity explain individual subdimensions of the Health Assessment
Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann
Rheum Dis 20066530-4
70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on
cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev
201232351-358
71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle
mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022
72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci
Sports Exerc 200234740-744
73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines
on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-
1462
68
74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of
cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605
75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a
detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med
2015175959-967
76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO
consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253
77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo
Paulo Manole 2000
78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a
WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011
79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident
cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol
201362921-925
80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and
computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a
prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab
201439687-692
81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous
adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the
Framingham heart study Circulation 200711639-48
82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the
epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95
83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome
and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance
imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol
2020431273-1278