alexandre moura dos santos fatores de risco …

89
ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificáveis e segurança da sessão de exercício físico combinado na arterite de Takayasu: estudo multicêntrico e randomizado Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de Mestre em Ciências Programa: Ciências do Sistema Musculoesquelético Orientador: Prof. Dr. Samuel Katsuyuki Shinjo (Versão corrigida. Resolução CoPGr 5890, de 20 de dezembro de 2010. A versão original está disponível na Biblioteca Central da FMUSP) São Paulo 2020

Upload: others

Post on 26-Jul-2022

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da

sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu

estudo multicecircntrico e randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Programa Ciecircncias do Sistema

Musculoesqueleacutetico

Orientador Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo

(Versatildeo corrigida Resoluccedilatildeo CoPGr 5890 de 20 de dezembro de 2010 A versatildeo original estaacute disponiacutevel na Biblioteca Central da FMUSP)

Satildeo Paulo

2020

ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da

sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu

estudo multicecircntrico e randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Programa Ciecircncias do Sistema

Musculoesqueleacutetico

Orientador Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo

(Versatildeo corrigida Resoluccedilatildeo CoPGr 5890 de 20 de dezembro de 2010 A versatildeo original estaacute disponiacutevel na Biblioteca Central da FMUSP)

Satildeo Paulo

2020

Esta dissertaccedilatildeo estaacute de acordo com as seguintes normas em vigor no momento desta publicaccedilatildeo

Referecircncias adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver)

Universidade de Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo Guia de

apresentaccedilatildeo de dissertaccedilotildees teses e monografias Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha

Maria Julia de A L Freddi Maria F Crestana Marinalva de Souza Aragatildeo Suely Campos Cardoso

Valeacuteria Vilhena 3a ed Satildeo Paulo Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo 2011

Abreviaturas dos tiacutetulos dos perioacutedicos de acordo com List of Journals Indexed in Index Medicus

Nome Santos Alexandre Moura dos

Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e

randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Aprovado em

Banca Examinadora

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus

companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees

Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e

sonhos independente das dificuldades a enfrentar

Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e

principalmente do exemplo

Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que

tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo

Deus

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos

ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e

eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo

Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo

A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de

Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente

pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute

Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida

Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e

Leonardo Santos Hoff

Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo

acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites

(HCFMUSP)

Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e

Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio

disponibilidade e parceria

A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de

Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande

colaboraccedilatildeo

Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro

Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo

Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees

durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 2: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da

sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu

estudo multicecircntrico e randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Programa Ciecircncias do Sistema

Musculoesqueleacutetico

Orientador Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo

(Versatildeo corrigida Resoluccedilatildeo CoPGr 5890 de 20 de dezembro de 2010 A versatildeo original estaacute disponiacutevel na Biblioteca Central da FMUSP)

Satildeo Paulo

2020

Esta dissertaccedilatildeo estaacute de acordo com as seguintes normas em vigor no momento desta publicaccedilatildeo

Referecircncias adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver)

Universidade de Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo Guia de

apresentaccedilatildeo de dissertaccedilotildees teses e monografias Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha

Maria Julia de A L Freddi Maria F Crestana Marinalva de Souza Aragatildeo Suely Campos Cardoso

Valeacuteria Vilhena 3a ed Satildeo Paulo Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo 2011

Abreviaturas dos tiacutetulos dos perioacutedicos de acordo com List of Journals Indexed in Index Medicus

Nome Santos Alexandre Moura dos

Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e

randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Aprovado em

Banca Examinadora

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus

companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees

Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e

sonhos independente das dificuldades a enfrentar

Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e

principalmente do exemplo

Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que

tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo

Deus

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos

ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e

eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo

Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo

A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de

Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente

pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute

Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida

Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e

Leonardo Santos Hoff

Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo

acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites

(HCFMUSP)

Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e

Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio

disponibilidade e parceria

A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de

Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande

colaboraccedilatildeo

Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro

Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo

Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees

durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 3: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Esta dissertaccedilatildeo estaacute de acordo com as seguintes normas em vigor no momento desta publicaccedilatildeo

Referecircncias adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver)

Universidade de Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo Guia de

apresentaccedilatildeo de dissertaccedilotildees teses e monografias Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha

Maria Julia de A L Freddi Maria F Crestana Marinalva de Souza Aragatildeo Suely Campos Cardoso

Valeacuteria Vilhena 3a ed Satildeo Paulo Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo 2011

Abreviaturas dos tiacutetulos dos perioacutedicos de acordo com List of Journals Indexed in Index Medicus

Nome Santos Alexandre Moura dos

Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e

randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Aprovado em

Banca Examinadora

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus

companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees

Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e

sonhos independente das dificuldades a enfrentar

Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e

principalmente do exemplo

Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que

tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo

Deus

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos

ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e

eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo

Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo

A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de

Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente

pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute

Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida

Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e

Leonardo Santos Hoff

Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo

acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites

(HCFMUSP)

Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e

Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio

disponibilidade e parceria

A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de

Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande

colaboraccedilatildeo

Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro

Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo

Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees

durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 4: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Nome Santos Alexandre Moura dos

Tiacutetulo Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu Estudo multicecircntrico e

randomizado

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo para

a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias

Aprovado em

Banca Examinadora

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

Prof Dr_______________________________________ Instituiccedilatildeo__________________

Julgamento____________________________________ Assinatura__________________

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus

companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees

Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e

sonhos independente das dificuldades a enfrentar

Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e

principalmente do exemplo

Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que

tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo

Deus

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos

ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e

eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo

Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo

A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de

Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente

pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute

Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida

Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e

Leonardo Santos Hoff

Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo

acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites

(HCFMUSP)

Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e

Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio

disponibilidade e parceria

A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de

Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande

colaboraccedilatildeo

Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro

Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo

Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees

durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 5: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho aos grandes e verdadeiros amores da minha vida meus

companheiros nesta estrada de aprendizado e provaccedilotildees

Minha esposa Ana Luacutecia companheira incondicional nas minhas escolhas e

sonhos independente das dificuldades a enfrentar

Ao meu filho Luiz Henrique que espero que entenda o valor do sacrifiacutecio e

principalmente do exemplo

Aos meus pais que mesmo com tantas adversidades transmitiram o que

tinham de melhor e mesmo distantes sempre estatildeo proacuteximos no meu coraccedilatildeo

Deus

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos

ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e

eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo

Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo

A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de

Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente

pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute

Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida

Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e

Leonardo Santos Hoff

Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo

acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites

(HCFMUSP)

Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e

Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio

disponibilidade e parceria

A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de

Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande

colaboraccedilatildeo

Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro

Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo

Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees

durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 6: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e pai acadecircmico Prof Dr Samuel Katsuyuki Shinjo pelos

ensinamentos pela confianccedila quando ningueacutem confiaria pelo exemplo de caraacuteter e

eacutetica e principalmente pelos conselhos nos momentos de ansiedade e indecisatildeo

Espero um dia retribuir tudo que recebi e recebo minha eterna gratidatildeo

A Famiacutelia do Laboratoacuterio de Miopatias Inflamatoacuterias da Disciplina de

Reumatologia (FMUSP) pelo auxilio na execuccedilatildeo deste projeto mas principalmente

pela amizade e companheirismo Isabela Bruna Pires Borges Rafael Giovani Misseacute

Pablo Arturo Olivo Pallo Maria Aurora Gomes da Silva Maria de Faacutetima de Almeida

Diego Sales de Oliveira Marilda Guimaratildees Silva Jean Marcos de Souza e

Leonardo Santos Hoff

Agrave Profa Dra Eloisa Bonfaacute e agrave Profa Dra Rosa Maria Rodrigues Pereira pelo

acolhimento na Disciplina de Reumatologia (FMUSP) e no Ambulatoacuterio de Vasculites

(HCFMUSP)

Aos Professores e colegas do Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e

Condicionamento em Reumatologia (LACRE HCFMUSP) pelo apoio

disponibilidade e parceria

A Liliam Masako Takayama e aos colaboradores do Laboratoacuterio de

Metabolismo Oacutesseo da Disciplina de Reumatologia (FMUSP) pela grande

colaboraccedilatildeo

Ao Prof Dr Eduardo Ferreira Borba e ao Prof Dr Prof Luiz Augusto Buoro

Perandini pela colaboraccedilatildeo enriquecedora durante a qualificaccedilatildeo

Ao Prof Dr Alexandre Wagner Silva de Souza pelas preciosas contribuiccedilotildees

durante o processo de qualificaccedilatildeo e por ter possibilitado a execuccedilatildeo deste estudo

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 7: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

no ambulatoacuterio de Vasculites (UNIFESP)

A Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado de Satildeo Paulo (FAPESP) pela

concessatildeo da bolsa de mestrado (Processo 201808735-3) e pelo financiamento da

pesquisa

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de

Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash Brasil (CAPES) ndash Coacutedigo de

Financiamento 001

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 8: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

ldquoSucesso eacute encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que eacute

necessaacuterio para issordquo

Epicteto

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 9: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

SUMAacuteRIO

Paacutegina

Lista de abreviaturas e siglas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Graacuteficos

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 OBJETIVOS 08

21 Objetivos primaacuterios 09

22 Objetivos secundaacuterios 09

3 MEacuteTODOS 10

31 Desenho do estudo 11

32 Pacientes 11

33 Grupo controle 13

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 13

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia 13

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular 15

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 16

38 Anaacutelises laboratoriais 17

39 Randomizaccedilatildeo 17

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 17

311 Aderecircncia 17

312 Anaacutelise estatiacutestica 18

4 RESULTADOS 19

41 Caracteriacutesticas da amostragem 20

42 Primeira fase anaacutelise transversal 20

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle 20

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia 23

423 Forccedila muscular e capacidade funcional 24

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 10: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica 26

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal 27

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e forccedila de membros

inferiores e variaacuteveis funcionais 28

43 Segunda fase 30

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado 30

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda 35

5 DISCUSSAtildeO 37

6 CONCLUSOtildeES 42

7 ANEXOS 44

A - Ficha de coleta de dados 45

B - Health Assessment Questionnaire (HAQ) 46

C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida - versatildeo curta (SF-36) 47

D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF) 49

E - The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ) 51

F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ) 52

G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS 2010) validado e traduzido

para liacutengua portuguesa 53

H - National Institute of Health (NIH) 54

I - Parecer consubstanciado 55

J ndash Produccedilatildeo cientiacutefica 58

8 REFEREcircNCIAS 61

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 11: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Lista de abreviaturas siglas

1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima

ACR American College of Rheumatology

CA Capacidade aeroacutebia

CO2 Dioacutexido de carbono

CPK Creatinofosfoquinase

DAP Doenccedila arterial perifeacuterica

DCV Doenccedilas cardiovasculares

DM2 Diabetes mellitus tipo 2

DXA Absorciometria por raio-X com dupla energia

ECQ Edinburgh Claudication Questionnaire

EFC Exerciacutecio fiacutesico combinado

eNOS Endothelial Nitric Oxide Synthase

GC Grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

HAQ Health Assessment Questionnaire

HAS Hipertensatildeo arterial sistecircmica

HDL High Density Lipoprotein

IL Interleucina

IMC Iacutendice de massa corporal

IPAQ Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica

ITAS Indian Takayasu Clinical Activity Score

LAV Limiar anaeroacutebio ventilatorio

LDL Low Density Lipoprotein

METs Equivalente metaboacutelico

NIH National Institute of Health

O2 Oxigecircnio

PAE Potecircncia aeroacutebia

PCR Proteiacutena C reativa

PCRe Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

PDGF Platelet Derived Growth Factor

PETCO2 Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo

PETO2 Pressatildeo parcial de oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 12: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

RCQ Relaccedilatildeo cintura-quadril

RER Razatildeo da troca respiratoacuteria

SF-36 Short Form Health Survey

TAK Arterite de Takayasu

TAKR Arterite de Takayasu repouso

TAKS Arterite de Takayasu sessatildeo

TNF Tumor Necrosis Factor alpha

TST Timed-Stands Test

TUG Timed Up-and-Go Test

VCO2 Volume de dioacutexido de carbono

VE Ventilaccedilatildeo pulmonar

VEVCO2 Equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono

VEVO2 Equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio

VEGF Vascular Endothelial Growth Factor

VHS Velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

VO2 Volume de oxigecircnio

WIQ Walking Impairment Questionnaire

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 13: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Lista de Tabelas

Paacutegina

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo

American College of Rheumatology (1990) 02

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996) 03

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu 21

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das

pacientes com arterite de Takayasu e do grupo controle 23

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 25

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de

Takayasu e do grupo controle 27

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle 28

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros

inferiores das pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das

pacientes com arterite de Takayasu 29

Tabela 10 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu dos

grupos repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado 31

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de

vida e niacutevel de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu

repouso e arterite de Takayasu sessatildeo 32

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 14: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia dos

pacientes com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite

de Takayasu sessatildeo 33

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite

de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo 34

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo 36

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 15: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Lista de Figuras

Paacutegina

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu 03

Figura 2 - Fluxograma do estudo 22

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 16: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

Lista de Graacuteficos

Paacutegina

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico 24

Graacutefico 2 - Curvas de tempo de reagentes de fase aguda 35

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 17: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …

RESUMO

Santos AM Fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis e seguranccedila da sessatildeo de

exerciacutecio fiacutesico combinado na arterite de Takayasu estudo multicecircntrico e

randomizado [dissertaccedilatildeo] Satildeo Paulo Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo

Paulo 2020

Introduccedilatildeo A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria com

alta frequecircncia de morbimortalidade de doenccedilas cardiovasculares e de seus fatores

de risco Entretanto haacute fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis ainda pouco

estudados na TAK que poderiam influenciar nesta morbimortalidade como por

exemplo a menor a capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia a menor forccedila muscular

o menor niacutevel de atividade fiacutesica e a pior composiccedilatildeo corporal Objetivos Avaliar os

fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis em pacientes do sexo feminino com

TAK Adicionalmente avaliar o exerciacutecio fiacutesico combinado quanto a efeitos adversos

reativaccedilatildeo da doenccedila e sua seguranccedila Secundariamente avaliar a qualidade de

vida capacidade funcional capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria e

comorbidades preacute-existentes Por fim correlacionar fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis por exemplo a potecircncia aeroacutebia e forccedila com a capacidade funcional

qualidade de vida e composiccedilatildeo corporal Meacutetodos Trata-se de um estudo cliacutenico

multicecircntrico randomizado realizado no periacuteodo de 2019 a 2020 em duas fases Na

primeira fase foi realizada uma anaacutelise transversal em que 20 mulheres adultas com

TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo etnia idade e iacutendice de massa corporal

com 16 controles sem doenccedilas reumaacuteticas para avaliaccedilatildeo dos fatores de risco

cardiovascular modificaacuteveis isto eacute capacidade e potecircncia aeroacutebia (VO2 pico relativo

e absoluto limiares metaboacutelicos e frequecircncia cardiacuteaca em teste razatildeo de troca

respiratoacuteria) forccedila composiccedilatildeo corporal (massa magra massa gorda tecido

adiposo massa corporal iacutendice de massa corporal e circunferecircncias e razatildeo cintura-

quadril) atividade fiacutesica equivalente metaboacutelica semanal (Questionaacuterio Internacional

de Atividade Fiacutesica - Formulaacuterio Curto IPAQ-SF) e capacidade funcional atividades

de vida diaacuteria (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey

questionaacuterios - SF-36) status da doenccedila (Indian Takayasu Clinical Activity Score

2010 National Institute of Healthy proteiacutena C reativa - PCR e velocidade de

hemossedimentaccedilatildeo - VHS) Na segunda fase (randomizaccedilatildeo) 14 dos 20 pacientes

com TAK foram randomizadas (11) para se submeterem ou natildeo a uma sessatildeo

aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado com o objetivo de avaliar a seguranccedila durante

a sessatildeo reativaccedilatildeo da doenccedila e efeitos adversos (agudamente e apoacutes um mecircs de

acompanhamento) Resultados As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo

controle apresentavam respectivamente idade etnia e iacutendice de massa corporal

comparaacutevel entre si (Pgt005) Quando comparadas ao grupo controle tambeacutem

apresentavam reduccedilatildeo do VO2 pico (absoluto e relativo) reduccedilatildeo da forccedila em

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral reduccedilatildeo da capacidade de

caminhada diminuiccedilatildeo do equivalente metaboacutelico semanal da capacidade de

caminhada da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (Plt005) Entretanto natildeo houve

correlaccedilotildees entre a reduccedilatildeo da potecircncia aeroacutebia da forccedila e as variaacuteveis funcionais

avaliadas Apoacutes a randomizaccedilatildeo as pacientes submetidas ao exerciacutecio fiacutesico

combinado natildeo apresentaram eventos adversos recidivas ou piora aguda da

doenccedila ou apoacutes um mecircs de seguimento Com relaccedilatildeo aos reagentes de fase aguda

natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas preacute e poacutes-sessatildeo (0 30 60 90 120

minutos) Em todas as fases natildeo foram observados efeitos adversos intercorrecircncias

(cliacutenicas e laboratoriais) ou recidivas da doenccedila Conclusotildees As pacientes do

grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia forccedila de membros inferiores tecido adiposo visceral

relaccedilatildeo cintura-quadril e niacutevel de atividade fiacutesica) Aleacutem disso apresentando piora da

qualidade de vida da capacidade funcional e da capacidade de realizaccedilatildeo das

atividades da vida diaacuteria O aumento da presenccedila de fatores de risco cardiovascular

modificaacuteveis (potecircncia aeroacutebia e forccedila muscular) natildeo se correlacionou agrave menor

qualidade de vida menor capacidade funcional e com a pior composiccedilatildeo corporal

O exerciacutecio fiacutesico combinado foi seguro agudamente e apoacutes um mecircs da sessatildeo

Descritores Arterite de Takayasu Exerciacutecio fiacutesico Fatores de risco Seguranccedila

Vasculites

ABSTRACT

Santos AM Modifiable cardiovascular risk factors and safety of the combined

exercise session in Takayasus arteritis multicenter randomized study [dissertation]

Satildeo Paulo ldquoFaculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulordquo 2020

Introduction Takayasu arteritis (TAK) is a primary systemic vasculitis with a high

frequency of morbidity and mortality cardiovascular disease and its risk factors

However there are modifiable cardiovascular risk factors still little studied in TAK

that could influence this morbidity and mortality such as for example the lower

aerobic capacity and aerobic power the lower muscle strength the lower level of

physical activity and the worst composition body Objectives To evaluate the

modifiable cardiovascular risk factors in female patients with TAK Additionally to

evaluate the combined physical exercise for adverse effects reactivation of the

disease its safety Secondarily assess the quality of life functional capacity ability

to perform activities of daily living and pre-existing comorbidities Finally to correlate

modifiable cardiovascular risk factors for example aerobic power and strength with

functional capacity quality of life and body composition Methods This is a

multicenter randomized clinical study carried out from 2019 to 2020 in two phases

In the first phase a cross-sectional analysis was carried out in which 20 adult women

with TAK (ACR 1990) were paired by sex ethnicity age and body mass index with

16 controls without rheumatic diseases to assess the modifiable cardiovascular risk

factors that is aerobic capacity and power (VO2 relative and absolute peak

metabolic thresholds and heart rate respiratory exchange ratio) strength body

composition (lean mass fat mass adipose tissue body mass body mass index and

circumferences and ratio waist-to-hip) physical activity weekly metabolic equivalent

(International Physical Activity Questionnaire - Short Form IPAQ-SF) and functional

capacityactivities of daily living (Health Assessment Questionnaire - HAQ and Short-

Form Health Survey questionnaires - SF-36 ) disease status (Indian Takayasu

Clinical Activity Score 2010 National Institute of Healthy C-reactive protein - CRP

and erythrocyte sedimentation rate - ESR) In the second phase (randomization) 14

of the 20 patients with TAK were randomized (1 1) to undergo or not an acute

session of combined physical exercise to assess safety during the session

reactivation of the disease and effects adverse effects (acutely and after a month of

follow-up) Results The 20 patients with TAK and 16 women in the control group

had respectively age ethnicity and body mass index comparable to each other (Pgt

005) When compared to the control group they also showed a reduction in peak

VO2 (absolute and relative) reduced strength in lower limbs increased visceral

adipose tissue reduced walking capacity decreased weekly metabolic equivalent

walking ability capacity functional (HAQ and SF-36) (P lt005) However there were

no correlations between the reduction in aerobic power strength and the functional

variables evaluated After randomization patients undergoing combined physical

exercise did not experience adverse events relapses or acute worsening of the

disease or after a month of follow-up Regarding acute phase reagents no significant

differences were found before and after the session (0 30 60 90 120 minutes) In

all phases no adverse effects complications (clinical and laboratory) or recurrences

of the disease were observed Conclusions The patients in the TAK group have a

significant worsening of the modifiable cardiovascular risk factors (aerobic power

lower limb strength visceral adipose tissue waist-to-hip ratio and level of physical

activity) In addition it has worsened quality of life functional capacity and ability to

perform activities of daily living The increase in the presence of modifiable

cardiovascular risk factors (aerobic power and muscle strength) was not correlated

with lower quality of life lower functional capacity and worse body composition The

combined physical exercise was safe acutely and after one month of the session

Descriptors Takayasursquos arteritis Exercise Risk factors Safety Vasculitis

1 INTRODUCcedilAtildeO

2

A arterite de Takayasu (TAK) eacute uma vasculite sistecircmica primaacuteria que acomete

primariamente vasos de grande calibre tais como a aorta e seus principais ramos12

A doenccedila inicia-se principalmente em indiviacuteduos com a idade inferior a 40 anos e do

sexo feminino (razatildeo de 8 mulheres 1 homem)3 A classificaccedilatildeo da TAK eacute baseada

nos criteacuterios do American College of Rheumatology (ACR)4 conforme mostrados na

Tabela 1

Tabela 1 - Criteacuterios classificatoacuterios da arterite de Takayasu segundo American

College of Rheumatology (1990)

Itens Definiccedilatildeo

Idade de iniacutecio da doenccedila le 40 anos

Iniacutecio dos sinais ou sintomas sugestivos de arterite de Takayasu em idade le 40 anos

Claudicaccedilatildeo das extremidades

Surgimento ou exacerbaccedilatildeo de fadiga e desconforto na musculatura de uma ou mais extremidades ao movimento principalmente nos membros superiores

Diminuiccedilatildeo do pulso da arteacuteria braquial

Diminuiccedilatildeo do pulso em uma ou mais arteacuterias braquiais

Diferenccedila de pressatildeo arterial gt 10 mmHg

Diferenccedila de pressatildeo arterial sistoacutelica superior a 10mmHg nos membros superiores

Sopro em arteacuteria subclaacutevia ou aorta

Sopro observado agrave ausculta de uma ou ambas as arteacuterias subclaacutevias ou na aorta abdominal

Alteraccedilotildees arteriograacuteficas

Estreitamento ou obstruccedilatildeo da aorta de seus ramos primaacuterios ou de grandes arteacuterias proximais dos membros superiores excluindo-se aterosclerose displasia fibromuscular eou causas semelhantes As alteraccedilotildees satildeo geralmente focais ou segmentais

Para a classificaccedilatildeo da arterite de Takayasu ge 4 dos 6 itens mencionados

Do ponto de vista fisiopatoloacutegico ocorre um processo inflamatoacuterio que atinge as

camadas meacutedia e adventiacutecia dos vasos sanguiacuteneos progredindo para a camada

iacutentima Este processo por sua vez pode levar a formaccedilatildeo de estenoses oclusotildees

ectasias eou aneurismas dos vasos acometidos135-7

As oclusotildees e estenoses ocorrem na aorta e nos seus ramos principais e

dependendo da sua localizaccedilatildeo podem ser classificadas de acordo com os criteacuterios

3

de Hata et al5 conforme demonstrado na Figura 1 e na Tabela 2

Figura 1 - Classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

Adaptado de Kato et al (2015)

Tabela 2 - Descriccedilatildeo da classificaccedilatildeo angiograacutefica da arterite de Takayasu

conforme Hata et al (1996)

Tipos Descriccedilatildeo

I Envolvimento primaacuterio dos ramos do arco aoacutertico

IIa Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos

IIb Aorta ascendente arco aoacutertico e seus ramos e aorta toraacutecica descendente

III Aorta descendente aorta abdominal e arteacuteria renal

IV Apenas a aorta abdominal eou arteacuteria renal

V Combinaccedilatildeo de IIb e IV

A doenccedila se apresenta em trecircs fases distintas Na fase inicial pode apresentar

quadro de febre emagrecimento e fadiga sem uma causa aparente Na segunda

fase caracteriza-se por inflamaccedilatildeo e lesotildees vasculares (por exemplo aorta e seus

ramos) Na terceira fase caracteriza-se por quadro de isquemia e claudicaccedilotildees

vasculares3

No transcorrer da doenccedila as lesotildees vasculares podem levar a uma reduccedilatildeo no

pulso de uma ou mais arteacuterias diferenccedila nos niacuteveis de pressatildeo sistoacutelica dos

membros presenccedila de sopros (cervicais cardiacuteacos axilares eou abdominais) aleacutem

4

da presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular (membros eou viacutesceras abdominais) e

isquemia perifeacuterica13 produzindo uma maior limitaccedilatildeo funcional e sedentarismo

Assim sendo do ponto de vista cliacutenico a TAK se assemelha a doenccedila arterial

perifeacuterica (DAP) principalmente no quadro de claudicaccedilatildeo vascular e

consequentemente na menor da capacidade funcional e maior tendecircncia ao

sedentarismo8 Entretanto as lesotildees vasculares na TAK ocorrem na parte proximal

dos ramos principais da aorta enquanto que em DAP os danos vasculares ocorrem

distalmente910

Aleacutem destes comprometimentos pacientes com TAK apresentam alta

frequecircncia de doenccedilas cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco De fato 60

- 70 dos pacientes apresentam pelo menos um dos paracircmetros lipiacutedicos (colesterol

total low density lipoprotein (LDL) - colesterol ou trigliceriacutedeos seacutericos acima do niacutevel

superior da normalidade eou high density lipoprotein (HDL) - colesterol seacuterico abaixo

do niacutevel inferior da normalidade1112 Ainda na ocasiatildeo do diagnoacutestico da doenccedila

12 dos pacientes apresentam hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) e ao longo do

seguimento a prevalecircncia chega a triplicar1314

Em siacutentese a somatoacuteria de todos estes fatores de risco pode em uacuteltima

anaacutelise contribuir ainda mais para a piora dos sintomas e da qualidade de vida

aleacutem de aumentar a morbimortalidade dos pacientes com a TAK

Portanto podemos dividir os fatores de risco cardiovascular em modificaacuteveis

(FRCM) e natildeo modificaacuteveis destes podemos ainda citar os que satildeo influenciados

pelo comportamento fisicamente ativo e pela dieta equilibrada como por exemplo a

capacidade aeroacutebia (CA) potecircncia aeroacutebia (PAE) composiccedilatildeo corporal niacutevel de

atividade fiacutesica forccedila muscular Aleacutem disso de maneira preocupante estes fatores

parecem estar interligados por si soacute a reduccedilatildeo ou piora de um dos fatores pode

interferir nos FRCM e nos tradicionais fatores de risco para DCV15

A CA eacute a medida referente agrave absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio pelo

organismo Jaacute a PAE eacute representada pelo consumo maacuteximo de oxigecircnio por unidade

de tempo (VO2 maacuteximo) sendo ambas utilizadas como ferramenta para caracterizar

a capacidade de realizaccedilatildeo de atividades do cotidiano trabalho ou exerciacutecio fiacutesico

Aleacutem disto eacute ferramenta para prognoacutestico de DCV e mortalidade16-19

O niacutevel de atividade fiacutesica e a composiccedilatildeo corporal tambeacutem estatildeo diretamente

relacionados com a reduccedilatildeo da CA e da PAE que como consequecircncia podem levar

5

a reduccedilatildeo da qualidade de vida e o aumento dos fatores de risco para o surgimento

das DCV aterosclerose HAS diabetes mellitus tipo 2 (DM2) entre outras

comorbidades20 Em contrapartida as DCV e seus fatores de risco aleacutem da

presenccedila de aterosclerose e oclusotildees vasculares que acometem a DAP21 tambeacutem

podem propiciar uma reduccedilatildeo da CA portanto todos esses paracircmetros estatildeo

interligados entre si

A reduccedilatildeo da CA e PAE tem sido descrita em diversas doenccedilas autoimunes

sistecircmicas como por exemplo em artrite reumatoide22-24 luacutepus eritematoso

sistecircmico25-27 siacutendrome de Sjoumlgren27 polimiosite e dermatomiosite28 Essa reduccedilatildeo

vem acompanhado tambeacutem de um decreacutescimo da capacidade funcional da forccedila

muscular e do niacutevel da atividade fiacutesica que por sua vez podem influenciar em uma

pior composiccedilatildeo corporal maior fadiga maior prevalecircncia de DCV e de seus fatores

de risco nas doenccedilas reumaacuteticas232829

Em parte essa reduccedilatildeo da CA pode ser atribuiacuteda aos processos inflamatoacuterios

sistecircmicos eou aos processos limitantes das diversas doenccedilas aleacutem da medicaccedilatildeo

utilizada no tratamento (por ex glicocorticoides e imunossupressores

imunomoduladores)2428

O nosso grupo demonstrou pela primeira vez na literatura que as pacientes

com TAK apresentam uma reduccedilatildeo da CA e da PAE30 Para tanto foram avaliadas

11 pacientes do sexo feminino com meacutedia de idade de 40 anos e com o tempo

meacutedio de doenccedila de 15 anos Como grupo controle foram avaliadas 10 mulheres

pareadas por idade iacutendice de massa corporal (IMC) com as pacientes Os

resultados apresentaram uma PAE reduzida em pacientes com a TAK sendo

demonstrada atraveacutes do menor VO2 pico absoluto e pico relativo aleacutem de reduccedilotildees

significativas nas demais variaacuteveis avaliadas neste teste

Entretanto neste estudo30 natildeo foram avaliadas possiacuteveis correlaccedilotildees entre a

CA e a PAE com o grau de capacidade funcional niacutevel de atividade fiacutesica e fatores

de risco para as DCV Por fim levando-se em consideraccedilatildeo criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo rigorosos avaliaram apenas um pequeno grupo de pacientes com TAK em

remissatildeo portanto um estudo adicional que possa ampliar visatildeo sobre esses

paracircmetros seria de extrema relevacircncia e com maior aplicabilidade na praacutetica cliacutenica

O exerciacutecio fiacutesico combinado (EFC) isto eacute realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebios e

de forccedila na mesma sessatildeo tem demonstrado ser eficiente no auxilio e diminuiccedilatildeo de

6

fatores de riscos de DCV natildeo tradicionais como por exemplo melhora da CA e da

PAE aumento da forccedila muscular melhora da composiccedilatildeo corporal sendo importante

ferramenta para manutenccedilatildeo da sauacutede31

O exerciacutecio de forccedila eacute caracterizado pela utilizaccedilatildeo de uma sobrecarga que

impotildee uma forccedila resistecircncia contra o sistema musculoesqueleacutetico31 A partir desta

sobrecarga ocorrem adaptaccedilotildees neuromusculares e metaboacutelicas favorecendo

respostas agudas e adaptaccedilotildees crocircnicas ao exerciacutecio3233

De forma geral satildeo conhecidos diversos benefiacutecios relativos agrave sauacutede a partir da

utilizaccedilatildeo do exerciacutecio de forccedila que levam ao aumento da forccedila e suas variaacuteveis

aumento da capacidade funcional melhora da CA e da PAE reduccedilatildeo da sarcopenia

reduccedilatildeo da osteopenia melhora do niacutevel de glicose sanguiacuteneo maior sensibilidade

agrave insulina e melhor controle da siacutendrome metaboacutelica34 A prescriccedilatildeo deste tipo de

exerciacutecio tem sido recomendada para todos os puacuteblicos de ambos os sexos e de

todas as idades possibilitando a sua utilizaccedilatildeo de forma ampla e segura34-36

O impacto da sessatildeo de exerciacutecio de forccedila em DCV e na DAP foi pouco

estudada Entretanto estudos tecircm demonstrado reduccedilatildeo da pressatildeo arterial

sistecircmica frequecircncia cardiacuteaca de repouso duplo-produto e adicionalmente o

aumento da produccedilatildeo de oxido niacutetrico mesmo que em menor magnitude quando

comparado com o exerciacutecio treinamento aeroacutebio37-39

Adicionalmente o treinamento de forccedila demonstrou ser efetivo na melhora do

tempo de caminhada em pacientes com DAP que apresentavam claudicaccedilatildeo

possibilitando uma possiacutevel melhora da capacidade funcional destes pacientes

embora os mecanismos fisioloacutegicos dessa melhora sejam desconhecidos40

Especificamente na TAK estudo recente estudo conduzido por Li et al41 com

uma abrangente casuiacutestica demostrou a seguranccedila e o efeito anti-inflamatoacuterio do

treinamento de forccedila com destaque para a reduccedilatildeo crocircnica dos reagentes de fase

aguda e do fator de necrose tumoral ‐ (TNF‐)

Da mesma forma o impacto do exerciacutecio aeroacutebio e do treinamento aeroacutebio nas

respostas dos reagentes de fase aguda como por exemplo na proteiacutena C reativa

(PCR) e interleucina-6 (IL-6) tecircm sido avaliados na DAP TAK e DCV3042-44 De

modo geral haacute um aumento seacuterico transitoacuterio destes marcadores quando avaliamos

uma uacutenica sessatildeo seguida de reduccedilatildeo seacuterica com o transcorrer do treinamento em

avaliaccedilotildees prospectivas

7

Entretanto satildeo desconhecidas as respostas sobre mudanccedilas referentes aos

reagentes de fase aguda ou reativaccedilatildeo da doenccedila apoacutes o EFC na TAK Por fim sua

seguranccedila na TAK assim como a prevalecircncia e niacutevel dos FRCM

2 OBJETIVOS

9

21 Objetivos primaacuterios

Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificaacuteveis transversalmente ou seja

a CA e PAE forccedila muscular niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal

(indiretamente) composiccedilatildeo corporal e antropometria (IMC iacutendice de cintura

quadril e circunferecircncia abdominal) em pacientes com a TAK comparando com

um grupo controle sem doenccedilas reumaacuteticas

Avaliar os reagentes de fase aguda aleacutem de efeitos adversos recidivas e

atividade de doenccedila (prospectivamente) ou seja seguranccedila de uma sessatildeo

aguda de EFC em pacientes com TAK

22 Objetivos secundaacuterios

Avaliar as seguintes variaacuteveis

Qualidade de vida

Capacidade funcional e capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria

Status da doenccedila

Medicamentos em uso

Comorbidades preacute-existentes

Correlacionar ou associar FCRF especificamente a CA forccedila e composiccedilatildeo

corporal de pacientes com TAK com a capacidade funcional e qualidade de vida

3 MEacuteTODOS

11

31 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo cliacutenico multicecircntrico e randomizado (sessatildeo aguda)

realizado no periacuteodo de janeiro de 2019 a abril de 2020 O estudo foi composto de

duas etapas

a) Anaacutelise transversal para caracterizaccedilatildeo da amostragem do estudo e dos fatores

de risco cardiovascular modificaacuteveis

b) Anaacutelise prospectiva da seguranccedila de uma sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico

combinado entre os pacientes com TAK

O estudo atendeu a todos os criteacuterios eacuteticos para a realizaccedilatildeo de estudos em

humanos Aleacutem disto o projeto foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica local (CAAE

89386618000000068) e registrado no ClinicalTrials (NCT03750929) Todos

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

32 Pacientes

Foram convidados 78 pacientes com TAK provenientes da Unidade de

Vasculites do Serviccedilo de Reumatologia do Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP

Faculdade de Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP

Adicionalmente foram entrevistados no periacuteodo de estudo 30 pacientes do

Serviccedilo de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de

Satildeo Paulo (UNIFESP) Satildeo Paulo SP

Foram incluiacutedos no estudo os pacientes que

Preenchiam os criteacuterios classificatoacuterios de TAK4

Assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

Idade entre 18 e 50 anos

Sexo feminino

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

Doenccedilas graves ou descompensadas (por ex endocrinopatias) que segundo o

julgamento do meacutedico responsaacutevel pelo estudo interfiram nos resultados do

trabalho eou na sauacutede do paciente

12

Presenccedila ou histoacuteria de estenose aoacutertica criacutetica sintomaacutetica insuficiecircncia

cardiacuteaca congestiva arritmias ou alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas do segmento ST

coronopatias

Presenccedila ou histoacuteria de DAP ciatalgia ou com claudicaccedilatildeo neurogecircnica

Com comprometimento agrave deambulaccedilatildeo (afecccedilotildees osteoarticulares em membros

inferiores) que impossibilitem a execuccedilatildeo do protocolo

Pacientes gestantes ou lactantes

Os pacientes elegiacuteveis foram entrevistados e os prontuaacuterios revistos

sistematicamente Os seguintes dados foram coletados

Dados demograacuteficos (Anexo A)

Cliacutenico laboratorial idade do diagnoacutestico da doenccedila duraccedilatildeo da doenccedila niacuteveis

seacutericos de PCR e VHS Aleacutem disto foram coletados os seguintes dados

laboratoriais (rotina) colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos jejum- exames

colhidos de rotina para a sua uacuteltima consulta meacutedica

Medicaccedilatildeo em uso preacutevia e atual (glicocorticoides imunossupressores

imunomoduladores eou imunobioloacutegicos anti-hipertensivos hipolipemiantes)

Evoluccedilatildeo cliacutenica e status atual da doenccedila Foram aplicados os seguintes

questionaacuterios Health Assessment Questionnaire (HAQ)45 (Anexo B) Short Form

Health Survey (SF-36)46 (Anexo C) The Edinburgh Claudication Questionnaire

(ECQ)47 (Anexo E) Walking Impairment Questionnaire (WIQ)48 (Anexo F) Indian

Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010)4950 (Anexo G) e National Institute of

Health (NIH)3 (Anexo H)

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV DM2 foi definido

quando o teste glicecircmico em jejum ge 126 mgdL eou o resultado do teste oral de

toleracircncia agrave glicose ge 200 mgdL ou em tratamento medicamentoso5152 HAS foi

considerada quando a pressatildeo arterial apresentava valores sistoacutelicos ge 130

mmHg eou valores diastoacutelicos ge 85 mmHg ou tratamento medicamentoso53

dislipidemia foi definida quando o colesterol total plasmaacutetico ge 200 mgdL HDL-

colesterol le 50 mgdL LDL-colesterol ge 130 mgdL eou trigliceriacutedeos ge 150

mgdL ou tratamento medicamentoso54

Niacutevel de atividade fiacutesica e o gasto caloacuterico semanal (METs) foram baseados no

questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo oito curta traduzido para a

13

liacutengua portuguesa e validado para a populaccedilatildeo brasileira (IPAQ)55 (Anexo D)

Imagens vasculares - realizadas na rotina ambulatorial e mais recentes (lt 6

meses da inclusatildeo dos pacientes no presente estudo) dados referentes a

alteraccedilotildees vasculares da aorta e de seus principais ramos (angioressonacircncia

eou angiotomografia computadorizada)

33 Grupo controle

Foram convidados voluntaacuterios os quais foram pareados por idade sexo etnia

IMC com os pacientes Esses convidados eram funcionaacuterios ou familiares dos

pacientes e natildeo apresentavam doenccedilas reumaacuteticas Todos assinaram tambeacutem o

termo de consentimento livre e esclarecido

Foram coletados os seguintes paracircmetros

Dados demograacuteficos

Dados laboratoriais colesterol total HDL LDL trigliceriacutedeos

Questionaacuterios IPAQ55 HAQ45 SF-3646 WIQ48

Comorbidades e fatores de risco tradicionais para as DCV como avaliado nos

pacientes de TAK

34 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

Os seguintes paracircmetros foram coletados dos pacientes e do grupo controle

massa corporal (balanccedila digital) altura (estadiocircmetro) circunferecircncias do quadril

cintura e abdominal IMC e relaccedilatildeo de cintura quadril (RCQ)

A composiccedilatildeo corporal incluindo massa magra massa gorda e tecido adiposo

visceral foram avaliadas por meio de absorciometria por dupla fonte de raio-X (DXA)

no Laboratoacuterio de Metabolismo Oacutesseo (Disciplina de Reumatologia Faculdade de

Medicina Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) usando o equipamento iDXA

(GE Lunar Sistemas Meacutedicos Madison WI)

35 Avaliaccedilatildeo da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia

Os testes foram realizados no Laboratoacuterio de Avaliaccedilatildeo e Condicionamento em

14

Reumatologia (LACRE - Hospital das Cliacutenicas HCFMUSP Faculdade de Medicina

Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo SP) O local das avaliaccedilotildees eacute climatizado

(20ordmC - 22ordmC) umidade relativa percentual do ar e a pressatildeo baromeacutetrica monitorada

continuamente durante a realizaccedilatildeo das avaliaccedilotildees Todos os participantes foram

avaliados pelo menos 2 horas apoacutes a refeiccedilatildeo e foram orientados a natildeo ingerir

bebidas cafeinadas e natildeo realizar exerciacutecio fiacutesico nas 24 horas antecedentes ao

exame

Durante o teste de esforccedilo o comportamento cardiovascular foi continuamente

avaliado atraveacutes de eletrocardioacutegrafo com as 12 derivaccedilotildees padrotildees simultacircneos A

frequecircncia cardiacuteaca foi registrada em repouso com as pacientes posicionadas na

esteira rolante ao final de cada minuto do teste de esforccedilo e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto de

recuperaccedilatildeo A pressatildeo arterial foi medida sempre pelo mesmo avaliador em

repouso a cada dois estaacutegios de exerciacutecio e no 1ordm 2ordm e 4ordm minuto do periacuteodo de

recuperaccedilatildeo

Simultaneamente ao teste de esforccedilo cada participante do estudo foi

conectado a um ergoespirocircmetro computadorizado (Metalyzer modelo III breath-by-

breath) por meio de um sistema de vaacutelvula e sensor em que a ventilaccedilatildeo pulmonar

(VE) foi medida a cada expiraccedilatildeo Por meio de sensores de oxigecircnio (O2) e de

dioacutexido de carbono (CO2) foram analisadas as fraccedilotildees expiradas de O2 e CO2

respectivamente a cada ciclo respiratoacuterio

A potecircncia aeroacutebia ou seja o VO2 pico maacuteximo foi considerado como a meacutedia

dos valores nos uacuteltimos 30 segundos de esforccedilo O teacutermino do esforccedilo ocorreu

quando o indiviacuteduo natildeo conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo

ergocircmetro Para confirmar a ocorrecircncia do VO2 pico maacuteximo levamos em

consideraccedilatildeo pelo menos dois dos trecircs criteacuterios a seguir incidecircncia de um platocirc no

VO2 razatildeo de trocas respiratoacuterias acima de 110 eou frequecircncia cardiacuteaca maior

que 90 do maacuteximo predito para a idade56

O limiar anaeroacutebio ventilatoacuterio foi determinado sempre pelo mesmo avaliador

com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios16-18

Valores de equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VE VO2) e pressatildeo parcial de

oxigecircnio ao final da expiraccedilatildeo (PETO2) mais baixo isto eacute antes de iniciarem um

aumento progressivo sem elevaccedilatildeo concomitante do equivalente ventilatoacuterio de

dioacutexido de carbono (VE VCO2)

15

Perda de linearidade da relaccedilatildeo entre consumo de oxigecircnio (VO2) e a produccedilatildeo

de dioacutexido de carbono (VCO2)

Incremento natildeo linear do valor da razatildeo da troca respiratoacuteria (RER)

O ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuteria foi determinado sempre pelo mesmo

avaliador com a utilizaccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

Valores de equivalente ventilatoacuterio de dioacutexido de carbono (VE VCO2) mais baixos

antes de iniciarem um aumento progressivo

Pressatildeo parcial de dioacutexido de carbono ao final da expiraccedilatildeo (PETCO2) mais alto

antes de comeccedilar a diminuir

Aleacutem disso a intensidade (velocidade) inicial final do teste e seus

intervalos (protocolo de escada) foram determinados de maneira individualizada

durante a familiarizaccedilatildeo visando atingir um teste maacuteximo ou seja respeitando a

capacidade funcional dos pacientes e do grupo controle

36 Avaliaccedilatildeo da forccedila e funccedilatildeo muscular

Foi realizado o teste de uma repeticcedilatildeo maacutexima (1RM) para determinar a forccedila

muscular O teste de 1RM foi realizado nos exerciacutecios de supino com barra guiada

(Smith) leg press 45ordm aleacutem disso foram realizadas a familiarizaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo da

carga de trabalho nos seguintes equipamentos remada (polia baixa) cadeira

extensora e cadeira flexora Antes de cada teste foram realizadas no miacutenimo duas

familiarizaccedilotildees com um intervalo de 48 horas entre elas

O aquecimento consistiu de 8 repeticcedilotildees a 50 de 1RM estimado (somente no

primeiro teste ou seja familiarizaccedilatildeo) com um intervalo de 2 minutos de descanso

Apoacutes isso 3 repeticcedilotildees a 70 de 1RM estimado com um intervalo de 3 minutos

Para determinar o 1RM foram realizadas 5 tentativas e o maior valor registrado foi

considerado a carga maacutexima Entre todas as tentativas o intervalo foi de 3

minutos57

Foram realizados 3 testes para avaliar a funccedilatildeo muscular sentar e levantar

(Timed-Stands Test - TST)58 e levantar e caminhar (Timed Up-and-Go test - TUG)59

aleacutem do teste de preensatildeo palmar (handgrip test)60

Realizamos uma familiarizaccedilatildeo que foi precedida por no miacutenimo 48 horas de

intervalo antes de cada teste

16

O resultado do teste de sentar e levantar consistiu no maior nuacutemero de

repeticcedilotildees da tarefa no periacuteodo de 30 segundos No mesmo dia foram realizadas

duas tentativas sendo o maior nuacutemero de repeticcedilotildees considerado para a avaliaccedilatildeo

No teste de levantar e caminhar o paciente percorreu uma ida e volta em um

percurso de 3 metros O menor tempo foi considerado o resultado do teste

Teste de preensatildeo Em posiccedilatildeo ortostaacutetica com os braccedilos estendidos e

colados ao corpo os pacientes realizaram o maacuteximo de forccedila durante 10 segundos

com recuperaccedilatildeo de 60 segundos entre as tentativas efetuando por trecircs tentativas

o maior valor encontrado foi considerado a forccedila maacutexima de preensatildeo palmar60

O coeficiente de variaccedilatildeo para todos os testes foi lt 05

37 Sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

A sessatildeo foi composta de exerciacutecios de forccedila e de exerciacutecios aeroacutebios sendo

os seguintes exerciacutecios de forccedila realizados supino remada leg press 45ordm

extensora de joelhos flexora de joelhos

Foram realizadas duas seacuteries de 15 a 20 repeticcedilotildees com carga entre 30 a

40 de 1RM com 30 segundos de intervalo executamos este procedimento no

primeiro exerciacutecio para membros superiores e consequentemente no primeiro

exerciacutecio para membros inferiores (por ex supino e leg press 45ordm) como

aquecimento Apoacutes iniciamos o treinamento onde realizamos 4 seacuteries de 8 a 12

repeticcedilotildees maacuteximas (zona-alvo de treinamento) utilizando carga entre 70 a 80

de 1RM avaliada anteriormente A recuperaccedilatildeo entre as seacuteries foi de 90 segundos

e entre os exerciacutecios foi de 120 segundos6162

O exerciacutecio aeroacutebio teve a intensidade determinada pelos resultados do teste

ergoespiromeacutetrico e correspondeu ao intervalo de frequecircncia cardiacuteaca entre o limiar

aeroacutebio e o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio O controle de intensidade foi

realizado pela frequecircncia cardiacuteaca com auxiacutelio de frequenciacutemetro da marca Polarreg e

pela escala BORG de percepccedilatildeo subjetiva de esforccedilo A duraccedilatildeo da sessatildeo de

exerciacutecio aeroacutebio foi de 40 minutos sendo composta de 5 minutos de aquecimento

30 minutos de exerciacutecio entre os limiares e finalmente 5 minutos de desaquecimento

17

38 Anaacutelises laboratoriais

As amostras de sangue venoso foram coletadas no periacuteodo da manhatilde e

imediatamente processadas Os indiviacuteduos estavam em jejum por 12 horas

39 Randomizaccedilatildeo

Apoacutes a 1ordf fase do estudo (transversal) os pacientes foram randomizados em

dois grupos arterite de Takayasu repouso (TAKR) vs arterite de Takayasu sessatildeo

(TAKS) (Figura 2) na razatildeo de 1 1 Essa randomizaccedilatildeo foi realizada por um

pesquisador sem contato ou conflito de interesse que interferisse na pesquisa ou na

seleccedilatildeo dos pacientes A identificaccedilatildeo numeacuterica foi atribuiacuteda aos pacientes para

alocaccedilatildeo por sorteio

310 Seguranccedila da sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

Como ferramentas para avaliar a seguranccedila da sessatildeo consideramos

Agudamente

Efeitos adversos tontura dispneia cefaleia hipertensatildeo arritmia e dor geral

(exceccedilatildeo da dor muscular tardia)

Reagentes de fase aguda (VHS e PCR)

Cronicamente

Questionaacuterios de ITAS20104950 e NIH3

311 Aderecircncia

Todos os participantes foram acompanhados durante todo o protocolo

adicionalmente os pacientes dos grupos TAKS E TAKR foram acompanhados para

a avaliaccedilatildeo da seguranccedila da sessatildeo atraveacutes de ligaccedilotildees e mensagens de texto

aleacutem disso foram avaliados durante consulta ambulatorial pelo meacutedico responsaacutevel

com relaccedilatildeo agrave atividade de doenccedila e efeitos adversos

18

312 Anaacutelise estatiacutestica

A distribuiccedilatildeo dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Os dados com

distribuiccedilatildeo normal foram expressos em meacutedia plusmn desvio padratildeo enquanto os dados

com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram expressos em mediana e intervalo interquartil

(25 - 75) A existecircncia de diferenccedilas entre variaacuteveis quantitativas com

distribuiccedilatildeo normal foi analisada com o teste t de Student Para variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foi utilizado o teste U de Mann-Whitney A

correlaccedilatildeo entre variaacuteveis com distribuiccedilatildeo simeacutetrica foi analisada com o teste de

Pearson e variaacuteveis com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica com o coeficiente de Spearman ρ

A existecircncia de diferenccedilas entre as meacutedias de trecircs ou mais grupos com variaacuteveis

quantitativas com distribuiccedilatildeo normal foi analisada por meio da anaacutelise de um fator

(ANOVA) e o teste de Tukey foi realizado para realizar as muacuteltiplas comparaccedilotildees

Nas variaacuteveis quantitativas com distribuiccedilatildeo assimeacutetrica foram realizados o teste de

Kruskal Wallis e o teste de Dunn para avaliar muacuteltiplas comparaccedilotildees64 Aleacutem disso

as correlaccedilotildees foram classificadas como baixapobre (lt 03) razoaacutevel moderada

(entre 03 e 05) moderadamente forte (entre 05 e 08) e muito forte (gt 08)65 As

associaccedilotildees entre duas variaacuteveis categoacutericas foram analisadas usando o teste exato

de Fisher As diferenccedilas foram consideradas estatisticamente significantes quando

valores de P lt 005 As anaacutelises foram realizadas com o software GraphPad Prismreg

versatildeo 601 para Windows (San Diego Califoacuternia EUA)

4 RESULTADOS

20

41 Caracteriacutesticas da amostragem

No periacuteodo analisado foram entrevistados 108 pacientes com TAK sendo 78

pacientes do HCFMUSP e 30 pacientes da UNIFESP Destes 108 pacientes 56

apresentavam os criteacuterios de exclusatildeo e 32 se recusaram a participar por diversos

motivos sendo os principais trabalho distacircncia da residecircncia e falta de interesse

portanto foram incluiacutedos no final 20 pacientes no presente estudo (Figura 2)

42 Primeira fase anaacutelise transversal

421 Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

As 20 pacientes com TAK e 16 do grupo controle apresentavam

respectivamente uma mediana de idade e IMC comparaacuteveis entre si

respectivamente 415 (380 - 463) anos vs 394 (335 - 452) anos (P = 0303) e

idade 283 (260 - 297) kgm2 vs 257 (240 - 280) kgm2 (P = 0264) (Tabela 3)

Onze (550) pacientes e 11 (687) controles eram da etnia branca (P =

0501)

As pacientes com TAK apresentavam tempo de doenccedila mediano de 160 (95-

200) anos

Metade das pacientes apresentava classificaccedilatildeo angiograacutefica tipo V de Hata et

al (1996)5 seguida por quatro pacientes do tipo III trecircs do tipo IV dois do tipo IIb e

uma do tipo I

Com relaccedilatildeo ao tratamento medicamentos somente duas pacientes estavam

em uso de prednisona no momento da coleta dos dados (10 mgdia e 5 mgdia

nestas dosagens nos uacuteltimos trecircs meses)

A HAS e claudicaccedilatildeo dos membros estavam presentes respectivamente em

800 e 650 das pacientes com TAK Todos os pacientes que apresentavam

hipertensatildeo estavam em utilizando um ou mais anti-hipertensivos destes quatro

(20) pacientes utilizavam -bloqueadores Aleacutem disto 11 (700) das pacientes

estavam utilizando hipolipemiantes Os controles natildeo apresentavam HAS

dislipidemia ou claudicaccedilatildeo dos membros e natildeo estava utilizando nenhum tipo de

medicamentos

21

Onze (550) pacientes estavam em uso de um ou mais imunossupressores

eou imunobioloacutegicos seis estavam em uso de metotrexato dois de azatioprina e um

de leflunomida Aleacutem disto dois pacientes estavam em uso de infliximabe e uma de

tocilizumabe

Baseando-se nos questionaacuterios de ITAS2010 e NIH trecircs (150) pacientes

foram classificadas como estando em atividade da doenccedila

Tabela 3 - Caracteriacutesticas das pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

Idade (anos) 4150 (380-463)

Etnia (cor branca) 11 (550)

IMC (kgm2) 287 (260-297)

Tempo de doenccedila (anos) 160 (95-200)

Classificaccedilatildeo angiograacutefica ()

Hata I 1 (50)

Hata IIa 0

Hata IIb 2 (100)

Hata III 4 (200)

Hata IV 3 (150)

Hata V 10 (500)

Atividade de doenccedila - NIH () 3 (150)

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 3 (150)

VHS (mm1ordf hora) 120 (95-215)

PCR (mgL) 34 (09-68)

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAK arterite de Takayasu VHS velocidade

de hemossedimentaccedilatildeo

22

Figura 2 - Fluxograma do estudo

Legendas GC controles saudaacuteveis sem doenccedilas reumaacuteticas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of

Health TAK arterite de Takayasu TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

23

422 Capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia

Natildeo houve diferenccedilas entre os grupos TAK e controle quanto agrave frequecircncia

cardiacuteaca maacutexima prevista tempo ateacute o LAV FC no LAV tempo ateacute o PCRe tempo

ateacute a exaustatildeo RER ou pulso de oxigecircnio pico (Tabela 4)

No entanto as pacientes atingiram menor FC maacutexima durante o teste menor

FC no PCRe assim como menor VO2 nos limiares LAV e PCRe Aleacutem disso

apresentavam diminuiccedilatildeo significante do VO2 pico absoluto [12 plusmn 03 Lmin vs 17 plusmn

04 Lmin (P = 0001)] (Graacutefico 1A) e relativo [181 plusmn 44 mLkgmin vs 266 plusmn 81

mLkgmin (P = 0006)] (Graacutefico 1B) quando comparado ao controle (Tabela 4 e

Graacutefico 1)

Tabela 4 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e da potecircncia aeroacutebia das pacientes

com arterite de Takayasu e do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1805plusmn72 1802plusmn61 0907

FC maacutexima em teste (bpm) 1495plusmn160 1696plusmn143 0002

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 50plusmn17 43plusmn06 0091

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1070plusmn158 1229plusmn246 0076

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio

1165plusmn25 1500plusmn33 0009

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min)

81plusmn20 80plusmn22 0872

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm)

1285plusmn172 1540plusmn151 lt0001

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

151plusmn38 227plusmn43 lt0001

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 108plusmn25 108plusmn22 0970

VO2 pico relativo (mLkgmin) 181plusmn44 266plusmn81 0006

VO2 pico absoluto (Lmin) 12plusmn03 17plusmn04 0001

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 14plusmn02 13plusmn01 0061

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 83plusmn22 99plusmn20 0060

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 53plusmn12 78plusmn19 0002

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca GC grupo controle VO2 volume de

oxigecircnio VCO2 volume de dioacutexido de carbono TAK arterite de Takayasu

24

Graacutefico 1 - Resultados do teste ergoespiromeacutetrico

Legendas bpm batimentos por minuto VO2 volume de oxigecircnio

423 Forccedila muscular e capacidade funcional

Com relaccedilatildeo agrave forccedila muscular o grupo TAK natildeo apresentou diferenccedila

significativa na forccedila muscular de membros superiores avaliada atraveacutes do supino

Entretanto encontramos reduccedilatildeo significativa na forccedila de membros inferiores

avaliada atraveacutes do leg press quando comparada ao controle (Tabela 5)

A forccedila de preensatildeo palmar (handgrip) em ambas as matildeos foi similar entre os

grupos TAK e controle (Tabela 5)

Os testes de sentar e levantar (TST) e de levantar e caminhar (TUG) tambeacutem

foram comparaacuteveis entre os grupos TAK e controle (Tabela 5)

25

Tabela 5 - Forccedila e capacidade funcional das pacientes com arterite de Takayasu e

do grupo controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 253plusmn43 280plusmn54 0311

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1227plusmn359 1742plusmn373 0018

Handgrip test

Direita (kg) 284plusmn54 300plusmn54 0543

Esquerda (kg) 261plusmn57 285plusmn52 0378

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 155plusmn24 188plusmn34 0068

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn06 634plusmn05 0199

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima GC grupo controle reps repeticcedilotildees TAK arterite de

Takayasu

26

424 Qualidade de vida atividade da vida diaacuteria e niacutevel de atividade fiacutesica

Em relaccedilatildeo ao controle as pacientes com TAK apresentam diminuiccedilatildeo

significativa da capacidade de realizaccedilatildeo de atividades da vida diaacuteria avaliada pelo

questionaacuterio HAQ (Tabela 6)

Nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 o grupo TAK apresentou maior

comprometimento quando comparados ao controle em capacidade funcional

aspectos fiacutesicos dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental (P lt 005)

No questionaacuterio de capacidade de caminhada WIQ os pacientes

apresentaram menores valores em todas as variaacuteveis avaliadas quando

comparados ao controle (P lt 005)

Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade fiacutesica avaliada atraveacutes do IPAQ 14 (60)

pacientes do grupo TAK apresentavam baixo niacutevel de atividade fiacutesica demonstrando

diferenccedila significativa quando comparados ao controle (P = 0013) seis (30) dos

pacientes apresentavam niacutevel moderado de atividade fiacutesica sem apresentar

diferenccedila quando comparados ao controle (P = 0080) nenhum dos pacientes foi

classificado como tendo um alto niacutevel de atividade fiacutesica

Com relaccedilatildeo ao equivalente metaboacutelico semanal (METs) o grupo TAK

apresentava menores valores quando comparados ao controle 4891 plusmn 3084 vs

15730 plusmn 7915 (P lt 0001)

27

Tabela 6 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e

niacutevel de atividade fiacutesica das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

HAQ (000-300) 056 (012-087) 000 (000-000) lt0001

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 625 (462-887) 1000 (950-1000) lt0001

Aspecto fiacutesico 500 (00-1000) 1000 (1000-1000) 0008

Dor 410 (342-635) 840 (692-1000) lt0001

Estado geral de sauacutede 610 (432-807) 920 (795-977) lt0001

Vitalidade 550 (350-725) 775 (550-850) 0066

Aspectos sociais 880 (660-1000) 1000 (847-1000) 0194

Aspectos emocionais 1000 (330-1000) 1000 (670-1000) 0195

Sauacutede mental 600 (530-840) 820 (750-970) 0034

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 680 (373-1000) 1000 (1000-1000) lt0001

Velocidade da caminhada 641 (386-799) 1000 (973-1000) lt0001

Capacidade de subir escadas 583 (427-854) 1000 (967-1000) lt0001

Escore geral 644 (424-869) 1000 (889-1000) lt0001

IPAQ-SF ()

Baixo 14 (600) 3 (187) 0013

Moderado 6 (300) 9 (562) 0080

Alto 0 2 (125) -

METs por semana 4530 (2400-7517) 1693 (10890-22060) lt0001

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas GC grupo controle HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio

Internacional de Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form

Health Survey TAK arterite de Takayasu WIQ Walking Impairment Questionnaire

425 Antropometria e composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal e as medidas antropomeacutetricas foram semelhantes entre

os grupos TAK e controle (Tabela 7) exceto pelo maior volume de tecido adiposo

visceral pela massa de tecido adiposo visceral e pela relaccedilatildeo cintura-quadril em

pacientes com TAK quando comparados ao grupo controle

28

Tabela 7 - Composiccedilatildeo corporal das pacientes com arterite de Takayasu e do grupo

controle

TAK (n=20) GC (n=16) Valor de P

Massa corporal (kg) 698plusmn137 671plusmn133 0564

Estatura (cm) 1583plusmn61 1597plusmn67 0508

IMC (kgm2) 277plusmn45 262plusmn38 0264

Gordura corporal (kg) 294plusmn94 260plusmn115 0347

Massa magra (kg) 380plusmn53 405plusmn71 0255

Conteuacutedo mineral oacutesseo (kg) 23plusmn03 23plusmn04 0580

Tecido adiposo visceral (cmsup3) 8040plusmn4325 5064plusmn3078 0022

Tecido adiposo visceral (kg) 08plusmn04 05plusmn03 0021

Circunferecircncia abdominal (cm) 916plusmn107 855plusmn77 0172

Circunferecircncia cintura (cm) 835plusmn97 774plusmn58 0100

Circunferecircncia quadril (cm) 1043plusmn110 1048plusmn80 0919

Relaccedilatildeo cintura - quadril 08plusmn01 07plusmn00 0016

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas IMC iacutendice de massa corporal GC grupo controle TAK arterite de Takayasu

426 Correlaccedilotildees entre a potecircncia aeroacutebia e a forccedila de membros inferiores e

variaacuteveis funcionais

A partir de respostas reduzidas tanto da forccedila de membros inferiores como da

PAE investigamos possiacuteveis correlaccedilotildees entre estas duas variaacuteveis e as variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional Entretanto natildeo encontramos correlaccedilotildees entre

nenhuma das variaacuteveis avaliadas (Tabelas 8 e 9)

29

Tabela 8 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e forccedila de membros inferiores das

pacientes com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ -0291 0293

WIQ - Score geral 0069 0806

SF36 - Capacidade funcional 0171 0543

SF36 - Aspecto fiacutesico -0057 0838

IPAQ-SF - METs 0295 0285

VO2 pico relativo (mLkgmin) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

Tabela 9 - Correlaccedilatildeo entre variaacuteveis funcionais e VO2 pico relativo das pacientes

com arterite de Takayasu

TAK (n=20)

rhor Valor de P

HAQ 0158 0517

WIQ - Score geral -0193 0427

SF36 - Capacidade funcional -0122 0619

SF36 - Aspecto fiacutesico -0114 0641

IPAQ-SF - METs -0051 0835

Forccedila de membros inferiores (leg press) 0024 0933

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAK arterite de Takayasu VO2 volume de oxigecircnio

30

43 Segunda fase

431 Sessatildeo aguda de exerciacutecio fiacutesico combinado

Cinco das 20 pacientes com TAK foram excluiacutedas por problemas

cardiovasculares ao esforccedilo no teste ergoespiromeacutetrico duas por arritmias ao

esforccedilo uma por dispneia e vertigem uma por preacute-sincope e uma por hipotensatildeo

arterial durante teste Aleacutem disso houve desistecircncia ao protocolo de uma paciente

portanto restaram 14 pacientes as quais foram randomizadas (1 1) para serem

submetidas ou natildeo a sessatildeo aguda de EFC

Os grupos TAKR e TAKS foram comparaacuteveis quanto agrave idade etnia IMC tempo

de doenccedila e quanto agrave classificaccedilatildeo angiograacutefica (Tabela 10)

Natildeo houve tambeacutem diferenccedila entre ambos os grupos quanto agrave distribuiccedilatildeo da

capacidade funcional capacidade de caminhada e niacutevel de atividade fiacutesica (Tabela

11) assim como em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis avaliadas no teste de esforccedilo

(ergoespirometria) (Tabela 12)

Os paracircmetros relacionados agrave forccedila muscular e funccedilatildeo muscular tambeacutem foram

similares entre os grupos analisados (Tabela 13)

31

Tabela 10 - Caracteriacutesticas dos pacientes com arterite de Takayasu dos grupos

repouso e sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico combinado

TAKR (n=7) TAKS (n=7)

Valor de P

Idade (anos) 408 (400-460) 397 (348-488) 0860

Etnia (branca) 4 (571) 4 (571) gt0999

IMC (kgm2) 289 (225-289) 2731 (261-299) gt0999

Tempo de doenccedila (anos) 160 (90-200) 170 (120-210) 0776

Classificaccedilatildeo angiograacutefica

Hata I 0 0 -

Hata IIa 0 0 -

Hata IIb 0 2 (286) -

Hata III 2 (286) 1 (143) gt0999

Hata IV 0 1 (143) -

Hata V 5 (714) 3 (427) 0592

Atividade de doenccedila - NIH () 1 (143) 1 (143) gt0999

Atividade de doenccedila - ITAS2010 () 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 170 (100-330) 110 (90-160) 0177

PCR (mgL) 41 (05-167) 34 (25-43) 0966

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas IMC iacutendice de massa corporal ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH

National Institute of Health PCR proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS

arterite de Takayasu sessatildeo VHS velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

32

Tabela 11 - Capacidade para realizar atividades da vida diaacuteria qualidade de vida e niacutevel

de atividade fiacutesica dos grupos arterite de Takayasu repouso e arterite de Takayasu

sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

HAQ (000-300) 050 (000-087) 062 (012-087) 0939

SF-36 (0-100)

Capacidade funcional 600 (500-950) 650 (450-900) 0882

Aspecto fiacutesico 1000 (00-1000) 500 (00-1000) 0796

Dor 410 (310-520) 510 (410-640) 0255

Estado geral de sauacutede 470 (470-900) 570 (420-670) 0665

Vitalidade 600 (350-750) 550 (250-650) 0348

Aspectos sociais 750 (630-1000) 880 (380-1000) 0827

Aspectos emocionais 1000 (1000-1000) 1000 (00-1000) 0192

Sauacutede mental 560 (520-840) 640 (320-800) 0737

WIQ (0-100)

Distacircncia da caminhada 510 (361-1000) 828 (680-1000) 0415

Velocidade da caminhada 717 (435-891) 717 (326-717) 0526

Capacidade de subir escadas 792 (458-1000) 666 (541-875) 0637

Escore geral 709 (418-894) 688 (565-864) 0963

IPAQ-SF ()

Baixo 6 (857) 4 (571) 0559

Moderado 1 (143) 3 (429) 0559

Alto 0 0 -

METs por semana 4260 (2400-5960) 4875 (2400-9900) 0422

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas HAQ Health Assessment Questionnaire IPAQ-SF Questionaacuterio Internacional de

Atividade Fiacutesica Versatildeo Curta METs equivalente metaboacutelico SF-36 Short Form Health Survey

TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo WIQ Walking

Impairment Questionnaire

33

Tabela 12 - Paracircmetros da capacidade aeroacutebia e potecircncia aeroacutebia dos pacientes

com arterite de Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7)

TAKS (n=7) Valor de P

FC maacutexima prevista (bpm) 1783plusmn50 1804plusmn57 0471

FC maacutexima em teste (bpm) 1557plusmn79 1464plusmn177 0240

Limiar anaeroacutebio

Tempo ateacute limiar anaeroacutebio (min) 55plusmn17 51plusmn14 0603

FC no limiar anaeroacutebio (bpm) 1094plusmn159 1077plusmn178 0855

VO2 relativo (mLkgmin) no limiar anaeroacutebio 123plusmn29 113plusmn18 0483

Ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio

Tempo ateacute o ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (min) 89plusmn16 80plusmn17 0321

FC no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio (bpm) 1331plusmn110 126plusmn191 0443

VO2 relativo (mLkgmin) no ponto de compensaccedilatildeo respiratoacuterio 165plusmn34 146plusmn28 0303

Tempo ateacute a exaustatildeo (min) 119plusmn25 107plusmn20 0324

VO2 pico relativo (mLkgmin) 200plusmn43 1735plusmn38 0240

VO2 pico absoluto (Lmin) 14plusmn04 12plusmn02 0374

Razatildeo de trocas respiratoacuterias (VCO2 VO2) 15plusmn01 14plusmn01 0359

Pulso de oxigecircnio pico (mLbpm-1) 876plusmn27 840plusmn23 0793

Equivalente metaboacutelico pico (MET) 57plusmn13 52plusmn10 0414

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legendas bpm batimentos por minuto FC frequecircncia cardiacuteaca VO2 volume de oxigecircnio VCO2

volume de dioacutexido de carbono TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu

sessatildeo

34

Tabela 13 - Forccedila muscular e capacidade funcional dos pacientes com arterite de

Takayasu repouso e do grupo arterite de Takayasu sessatildeo

TAKR (n=7) TAKS (n=7) Valor de P

Supino reto 1RM (kg) 260plusmn45 251plusmn43 0721

Leg press 1RM 45ordm (kg) 1309plusmn375 1193plusmn394 0584

Forccedila de preensatildeo palmar

Direita (kg) 290plusmn63 281plusmn46 0777

Esquerda (kg) 274plusmn68 260plusmn46 0327

Capacidade funcional

Teste de sentar e levantar (reps) 151plusmn29 154plusmn19 0832

Teste de levantar e caminhar (s) 67plusmn07 70plusmn06 0541

Os dados estatildeo apresentados em meacutedia plusmn desvio padratildeo

Legenda 1RM Uma repeticcedilatildeo maacutexima rep repeticcedilotildees TAKR arterite de Takayasu repouso

TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

35

432 Seguranccedila da sessatildeo aguda

Durante a sessatildeo de EFC natildeo houve nenhum efeito adverso ou intercorrecircncias

cliacutenicas no grupo de TAKS

Aleacutem disso os reagentes de fase aguda ou seja PCR (Graacutefico 2-A) e VHS

(Graacutefico 2-B) natildeo apresentaram mudanccedilas significativas em ambos os grupos

quando avaliados preacute (baseline) poacutes (imediatamente apoacutes EFC) e nos tempos 30

60 90 e 120 minutos apoacutes a sessatildeo conforme Graacutefico 2

Graacutefico 2 Curvas de tempo de reagentes de fase aguda

Dados apresentados em meacutedia e intervalo de confianccedila de 95

Legenda TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo

A distribuiccedilatildeo da frequecircncia de atividade de doenccedila assim como dos valores

de PCR e VHS nos grupos TAKR e TAKS foram semelhantes entre as fases preacute-

EFC e poacutes-1 mecircs da sessatildeo de EFC (Tabela 14)

Durante o periacuteodo de seguimento de um mecircs natildeo houve relatos de efeitos

adversos decorrente do EFC ou reativaccedilatildeo da doenccedila em ambos os grupos (Tabela

14)

36

Tabela 14 - Atividade de doenccedila e seguimento do grupo arterite de Takayasu

sessatildeo preacute- e poacutes- um mecircs de intervenccedilatildeo

TAKS (n=7) TAKR (n=7)

Preacute Poacutes

Valor de P

Preacute Poacutes Valor de P

Atividade de doenccedila

NIH () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

ITAS 2010 () 1 (143) 0 - 1 (143) 1 (143) gt0999

VHS (mm1ordf hora) 110

(90-160) 100

(45-135) 0621

170 (100-330)

160 (76-295)

0599

PCR (mgL) 34

(25-43) 35

(18-57) 0713

41 (05-167)

22 (08-159)

0812

Seguimento

Eventos adversos 0 0 - 0 0 -

Reativaccedilatildeo 0 0 - 0 0 -

Os dados estatildeo apresentados em mediana (25 - 75) ou porcentagem ()

Legendas ITAS2010 Indian Takayasu Clinical Activity Score NIH National Institute of Health PCR

proteiacutena C reativa TAKR arterite de Takayasu repouso TAKS arterite de Takayasu sessatildeo VHS

velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

Adicionalmente todos os pacientes avaliados na segunda fase foram

acompanhados por contato telefocircnico e durante consulta ambulatorial portanto

houve 100 de aderecircncia ao seguimento do presente estudo

5 DISCUSSAtildeO

38

O presente estudo demostrou que pacientes com TAK apresentam

comprometimento significativo da PAE (VO2 pico) e da forccedila muscular de membros

inferiores aleacutem de menor capacidade funcional Adicionalmente as pacientes

apresentaram comprometimento na capacidade de caminhada e aumento do tecido

adiposo visceral Entretanto natildeo houve correlaccedilotildees entre a PAE forccedila e variaacuteveis

relacionadas agrave capacidade funcional e qualidade de vida Por fim a sessatildeo aguda

de EFC demonstrou ser segura sem evidecircncia de reativaccedilatildeo da doenccedila

Apesar de ser uma doenccedila rara foi incluiacuteda uma amostragem representativa de

pacientes com TAK as quais foram tambeacutem pareadas por sexo etnia idade e IMC

com um GC Aleacutem disso foi realizada uma descriccedilatildeo abrangente da condiccedilatildeo

demograacutefica cliacutenica laboratorial de imagens tratamento medicamentoso

comorbidades e status da doenccedila das pacientes com TAK

No presente estudo foram selecionados somente mulheres pela maior

prevalecircncia deste gecircnero na TAK Foram excluiacutedos indiviacuteduos acima de 50 anos

com o objetivo de minimizar a inclusatildeo de indiviacuteduos com comorbidades inerentes a

essa faixa etaacuteria assim como a aterosclerose DAP ou arterite de ceacutelulas gigantes

Durante a fase transversal mesmo com criteacuterios rigorosos de seleccedilatildeo houve a

necessidade de exclusatildeo de cinco das 20 pacientes com TAK jaacute selecionadas por

possiacuteveis comprometimentos cardiopulmonares portanto mesmo as pacientes com

TAK aparentemente saudaacuteveis podem cursar com limitaccedilotildees cliacutenicas visualizadas

somente em testes de esforccedilo maacuteximo Essas informaccedilotildees reforccedilam a necessidade

de avaliaccedilatildeo meacutedica e de um profissional de educaccedilatildeo fiacutesica realizada de maneira

detalhada antes da liberaccedilatildeo para praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos nessas doenccedilas

Com relaccedilatildeo agrave PAE corroborando com estudos que envolvem outras doenccedilas

reumaacuteticas2527 incluindo a TAK29 as nossas pacientes apresentaram significativa

reduccedilatildeo do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2 absoluto e relativo) ou seja reduccedilatildeo

da capacidade de absorccedilatildeo transporte e utilizaccedilatildeo de oxigecircnio16 Esse menor

rendimento no teste pode ser atribuiacutedo a dois fatores

a) Comprometimento do sistema cardiopulmonar esperado para esta populaccedilatildeo

com grandes comprometimentos cardiovasculares como por exemplo estenoses

ou oclusotildees dos ramos da aorta problemas valvares etc

b) Presenccedila de claudicaccedilatildeo vascular que pode dificultar ainda mais a resposta em

teste e consequentemente em atividades da vida diaacuteria assemelhando-se ao

quadro cliacutenico de pacientes com DAP8 A dificuldade para deambular produz

39

ainda mais comprometimento da PAE criando um ciacuterculo vicioso do processo de

reduccedilatildeo do VO2 absoluto e relativo9

Adicionalmente a reduccedilatildeo PAE representa natildeo soacute um fator de risco

independente para DCV mas tambeacutem para morbimortalidade por diversas

causas186667

O grupo TAK apresentou reduccedilatildeo de aproximadamente um terccedilo da

capacidade de caminhada no questionaacuterio WIQ dificuldade semelhante ao visto na

DAP68 Corroborando com a reduccedilatildeo da capacidade de caminhada foi observada

uma reduccedilatildeo nos domiacutenios do questionaacuterio SF-36 (por ex capacidade funcional

aspecto fiacutesico dor estado geral de sauacutede e sauacutede mental) demonstrando que o

comprometimento desta populaccedilatildeo tem uma caracteriacutestica multifatorial

O comprometimento pode ser observado em situaccedilotildees da vida diaacuteria como

apontada no questionaacuterio HAQ mesmos os pacientes apresentando estabilidade

cliacutenica e em sua maioria sem a atividade da doenccedila

A reduccedilatildeo da forccedila de membros inferiores pode ter desfechos significativos

aleacutem de corroborar com a possiacutevel reduccedilatildeo do rendimento no teste

ergoespiromeacutetrico ou seja por reduccedilatildeo da resposta perifeacuterica diminuiccedilatildeo da

resistecircncia ao esforccedilo

Ademais a reduccedilatildeo da forccedila eacute comumente vista em diversas doenccedilas

reumaacuteticas2369 produzindo evidentes decliacutenios da capacidade funcional e da

qualidade de vida Entretanto como visto com relaccedilatildeo CA e a PAE a reduccedilatildeo da

forccedila muscular representa aumento do risco de DCV70 e da morbimortalidade por

diversas causas7172

Outro importante fator apontado em nossos resultados eacute a reduccedilatildeo do niacutevel

total de gasto caloacuterico semanal aleacutem da maioria da populaccedilatildeo apresentar baixo

niacutevel e intensidade da atividade fiacutesica ou seja sem preencher as novas

recomendaccedilotildees da Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede73 que destacou a importacircncia da

reduccedilatildeo da inatividade fiacutesica e do sedentarismo aleacutem de ampliar a importacircncia do

exerciacutecio de forccedila portanto um baixo niacutevel de atividade fiacutesica pode representar risco

independente de morbimortalidade7475

A distribuiccedilatildeo de IMC foi semelhante entre os grupos TAK e controle mesmo

ambos os grupos apresentando sobrepeso76 o mesmo observado com relaccedilatildeo agrave

massa magra e gordura corporal onde ambos os grupos natildeo apresentaram

40

diferenccedilas significativas

Entretanto as pacientes apresentaram aumento significativo da relaccedilatildeo cintura-

quadril sendo este classificado em alto risco de DCV para esta faixa etaacuteria e

sexo7778 Adicionalmente tambeacutem foi demonstrado o aumento do tecido adiposo

visceral que por sua vez estatildeo relacionados ao aumento da intoleracircncia agrave glicose

reduccedilatildeo da sensibilidade agrave insulina e dislipidemia podendo em uacuteltima instacircncia levar

ao DM2 siacutendrome metaboacutelica e DCV 79-81

Nosso estudo sugere a utilizaccedilatildeo de ferramentas adicionais para a avaliaccedilatildeo

da composiccedilatildeo corporal por exemplo o DXA ou a afericcedilatildeo da relaccedilatildeo cintura-

quadril pois o uso isolado do IMC natildeo foi capaz de classificar o grupo TAK pelo seu

maior conteuacutedo adiposo visceral assim como visto por Baumgartner et al82

Tradicionalmente os pacientes com TAK apresentavam risco aumentado para

DCV e seus fatores de risco tradicionais como visto em nossa casuiacutestica com o

aumento da incidecircncia de HAS e da dislipidemia

No entanto focamos nos possiacuteveis FRCM que corroboram com o maior risco

de morbimortalidade e que parecem estar interligados e apresentar efeitos adicionais

nas demais variaacuteveis como por exemplo a reduccedilatildeo da PAE reduccedilatildeo da forccedila

reduccedilatildeo do niacutevel e da intensidade da atividade fiacutesica e aumento do depoacutesito de

tecido adiposo visceral

Entretanto natildeo encontramos diferenccedilas significativas no tempo ateacute a exaustatildeo

em teste ou diferenccedila nos limiares metaboacutelicos podemos sugerir que a

adaptabilidade dos protocolos de teste ergoespiromeacutetrico aos pacientes ou seja a

anaacutelise com protocolo individualizados pode ter dificultado a avaliaccedilatildeo da CA

De maneira pioneira embora em uma casuiacutestica pequena nosso estudo

demonstra agrave seguranccedila do EFC na TAK aleacutem de demostrar o a estabilidade dos

reagentes de fase aguda e atividade de doenccedila aguda e cronicamente atraveacutes de

escores validados e utilizaacuteveis na praacutetica clinica

Em estudos preacutevios como por exemplo Oliveira et al30 que utilizou o

treinamento aeroacutebio similarmente demonstrou seguranccedila e reduccedilatildeo da expressatildeo

de citocinas proacute inflamatoacuterias assim como o demonstrado recentemente por Li et

al83 desta vez utilizando treinamento de forccedila no protocolo

O grande diferencial do nosso estudo foi adicionar o uso combinado dos dois

modelos de exerciacutecio exerciacutecio aeroacutebio e de forccedila proporcionando a anaacutelise da

seguranccedila do EFC na TAK A hipoacutetese eacute que este modelo possa proporcionar

41

benefiacutecios aditivos ou seja cardiovasculares e musculoesqueleacuteticos aleacutem de ser o

modelo mais utilizado pela populaccedilatildeo em geral aumentando a validade externa do

nosso protocolo

Entretanto para obtenccedilatildeo de respostas mais conclusivas seratildeo necessaacuterios

protocolos que visem o EFC e tambeacutem o treinamento fiacutesico combinado

possibilitando visualizar suas adaptaccedilotildees aditivas aleacutem de atender a necessidade

de casuiacutesticas mais abrangentes mesmo se tratando de uma doenccedila onde a maior

parcela da casuiacutestica estaacute em fase economicamente ativa dificultando protocolos

com longo periacuteodo de execuccedilatildeo

Por fim destacamos a importacircncia do exerciacuteciotreinamento fiacutesico e

principalmente a participaccedilatildeo Profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica na reabilitaccedilatildeo e na

manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta populaccedilatildeo

6 CONCLUSOtildeES

43

Os pacientes do grupo TAK apresentam significativa reduccedilatildeo dos FRCM

Especificamente com piora em variaacuteveis como por exemplo PAE forccedila de

membros inferiores aumento do tecido adiposo visceral relaccedilatildeo cintura-quadril

ligadas ao aumento do risco de morbimortalidade aleacutem da reduccedilatildeo da

capacidade funcional e da qualidade de vida

A reduccedilatildeo da PAE (VO2 pico) e da forccedila de membros inferiores natildeo se

correlacionou com a reduccedilatildeo da capacidade funcional qualidade de vida e com a

da piora composiccedilatildeo corporal

Aleacutem disso agudamente e cronicamente (1 mecircs apoacutes a sessatildeo de EFC) as

pacientes natildeo apresentaram intercorrecircncias cliacutenicas laboratoriais ou recidivas da

doenccedila demonstrando a seguranccedila deste protocolo para este grupo de pacientes

com TAK

7 ANEXO

45

Anexo A - Ficha de coleta de dados Criteacuterios de ACR _________________________________________________

Criteacuterios angiograacuteficos de Hata et al __________________________________

Nome________________________________________ Data Nasc_______

Idade ___________

Cor ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda

Iniacutecio de sintomas________ Diagnoacutestico________ Tempo de doenccedila_____

Evoluccedilatildeo cliacutenica __________________________________________________

_______________________________________________________________

Recidivas da doenccedila ______________________________________________

Comorbidades ___________________________________________________

_______________________________________________________________

Claudicaccedilatildeo

( ) MSE tempo_____ ( ) MSD tempo_____ ( ) MIE tempo_____ ( ) MID

tempo_______

Medicaccedilotildees utilizadas (preacutevias e atuais) _______________________________

46

Anexo B - Health Assessment Questionnaire (HAQ)

Capacidade habitual DURANTE A SEMANA PASSADA

Sem QUALQUER Com ALGUMA Com MUITA Incapaz

dificuldade dificuldade dificuldade de fazer

1 VESTIR-SE E ARRUMAR-SE

-Vestir-se inclusive amarrar os cordotildees dos

sapatos e abotoar suas roupas

- Lavar sua cabeccedila e seus cabelos

2 LEVANTAR-SE

- Levantar-se de maneira ereta de uma cadeira

de encosto reto e sem braccedilos

- Deitar-se e levantar-se da cama

3 COMER

- Cortar um pedaccedilo de carne

- Levar a boca um copo ou uma xiacutecara cheia

de cafeacute leite ou aacutegua

- Abrir um saco de leite comum

4 ANDAR

- Caminhar em lugares planos

- Subir cinco degraus

5 HIGIENE PESSOAL

- Lavar e secar seu corpo apoacutes o banho

- Tomar banho de chuveiro

- Sentar-se e levantar-se de um vaso sanitaacuterio

6 ALCANCAR COISAS

- Levantar os braccedilos e pegar um objeto de aprox

25kg que esta posicionado pouco

acima da cabeccedila

- Curvar-se para pegar suas roupas no chatildeo

7 AGARRAR

- Segurar-se em pe no ocircnibus ou metro

- Abrir potes ou vidros de conservas que tenham

sido previamente abertos

- Abrir e fechar torneiras

8 ATIVIDADES

- Fazer compras nas redondezas onde mora

- Entrar em e sair de um ocircnibus

- Realizar tarefas tais como usar a vassoura para

varrer e rodo para puxar aacutegua

47

Anexo C - Questionaacuterio de Qualidade de Vida- versatildeo curta (SF-36) 1- Em geral vocecirc diria que sua sauacutede eacute

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada haacute um ano como vocecirc classificaria sua sauacutede em geral agora

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens satildeo sobre atividades que vocecirc poderia fazer atualmente durante um dia comum Devido agrave sua sauacutede vocecirc teria dificuldade para fazer estas atividades Neste caso quando

Atividades Sim dificulta

muito Sim dificulta um

pouco

Natildeo natildeo dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas que exigem muito esforccedilo tais como correr levantar objetos pesados participar em esportes aacuterduos

1 2 3

b) Atividades moderadas tais como mover uma mesa passar aspirador de poacute jogar bola varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir vaacuterios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilocircmetro 1 2 3

h) Andar vaacuterios quarteirotildees 1 2 3

i) Andar um quarteiratildeo 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular como consequecircncia de sua sauacutede fiacutesica

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p ex necessitou de um esforccedilo extra)

1 2

5- Durante as uacuteltimas quatro semanas vocecirc teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diaacuteria como consequecircncia de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)

Sim Natildeo

a) Vocecirc diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades

1 2

b) Realizou menos tarefas do que vocecirc gostaria 1 2

c) Natildeo realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz

1 2

6- Durante as uacuteltimas 4 semanas de que maneira sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais em relaccedilatildeo agrave famiacutelia amigos ou em grupo

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo vocecirc teve durante as uacuteltimas 4 semanas

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

48

8- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questotildees satildeo sobre como vocecirc se sente e como tudo tem acontecido com vocecirc durante as uacuteltimas 4 semanas Para cada questatildeo por favor decirc uma resposta que mais se aproxime de maneira como vocecirc se sente em relaccedilatildeo agraves uacuteltimas 4 semanas

Todo

Tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nunca

a) Quanto tempo vocecirc tem se sentindo cheio de vigor

de vontade de forccedila 1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa muito nervosa

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo vocecirc tem se sentido tatildeo deprimido que nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo vocecirc tem se sentido calmo ou tranquilo

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo vocecirc tem se sentido com muita energia

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo vocecirc tem

se sentido desanimado ou abatido

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo vocecirc tem se sentido esgotado

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo vocecirc tem se sentido uma pessoa feliz

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo vocecirc tem se sentido cansado

1 2 3 4 5 6

10- Durante as uacuteltimas 4 semanas quanto de seu tempo a sua sauacutede fiacutesica ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos parentes etc)

Todo Tempo

A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso eacute cada uma das afirmaccedilotildees para vocecirc

Definitivamente

verdadeiro

A maioria das vezes eacute

verdadeiro Natildeo sei

A maioria das vezes eacute

falso

Definitivamente eacute falso

a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tatildeo saudaacutevel quanto qualquer pessoa que eu conheccedilo

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha sauacutede vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha sauacutede eacute excelente 1 2 3 4 5

49

Anexo D - Questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ-SF)

As perguntas incluem as atividades que vocecirc faz no trabalho para ir de um lugar a

outro por lazer por esporte por exerciacutecio ou como parte das suas atividades em

casa ou no jardim Suas respostas satildeo MUITO importantes Por favor responda

cada questatildeo mesmo que considere que natildeo seja ativo Obrigado pela sua

participaccedilatildeo

Para responder as questotildees lembre que

1048766 atividades fiacutesicas VIGOROSAS satildeo aquelas que precisam de um grande esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

1048766 atividades fiacutesicas MODERADAS satildeo aquelas que precisam de algum esforccedilo

fiacutesico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que vocecirc realiza por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos de cada vez

1a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc CAMINHOU por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos em casa ou no trabalho como forma de transporte para ir de um lugar

para outro por lazer por prazer ou como forma de exerciacutecio

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que vocecirc caminhou por pelo menos 10 minutos contiacutenuos quanto

tempo no total vocecirc gastou caminhando por dia

Horas ______ Minutos _____

2a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades MODERADAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo pedalar leve na bicicleta

nadar danccedilar fazer ginaacutestica aeroacutebica leve jogar vocirclei recreativo carregar pesos

leves fazer serviccedilos domeacutesticos na casa no quintal ou no jardim como varrer

aspirar cuidar do jardim ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente

sua respiraccedilatildeo ou batimentos do coraccedilatildeo (POR FAVOR NAtildeO INCLUA

CAMINHADA)

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades moderadas por pelo menos 10

minutos contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades

50

por dia

Horas ______ Minutos _____

3a Em quantos dias da uacuteltima semana vocecirc realizou atividades VIGOROSAS por

pelo menos 10 minutos contiacutenuos como por exemplo correr fazer ginaacutestica

aeroacutebica jogar futebol pedalar raacutepido na bicicleta jogar basquete fazer serviccedilos

domeacutesticos pesados em casa no quintal ou cavoucar no jardim carregar pesos

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiraccedilatildeo ou

batimentos do coraccedilatildeo

Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que vocecirc fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos

contiacutenuos quanto tempo no total vocecirc gastou fazendo essas atividades por dia

Horas ______ Minutos _____

Estas uacuteltimas questotildees satildeo sobre o tempo que vocecirc permanece sentado todo dia

no trabalho na escola ou faculdade em casa e durante seu tempo livre Isto inclui o

tempo sentado estudando sentado enquanto descansa fazendo liccedilatildeo de casa

visitando um amigo lendo sentado ou deitado assistindo TV Natildeo inclua o tempo

gasto sentando durante o transporte em ocircnibus trem metrocirc ou carro

4a Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante um dia de semana

______horas ____minutos

4b Quanto tempo no total vocecirc gasta sentado durante em um dia de final de

semana

______horas ____minutos

51

Anexo E- The Edinburgh Claudication Questionnaire (ECQ)

52

Anexo F - Walking Impairment Questionnaire (WIQ)

53

Anexo G - Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) validado e traduzido para liacutengua portuguesa

54

Anexo H - National Institute of Health (NIH)

Itens Caracteriacutesticas

1 Sintomas sistecircmicos febre musculoesqueleacuteticos (sem uma causa

aparente)

2 Elevaccedilatildeo de velocidade de hemossedimentaccedilatildeo

3 Caracteriacutesticas de isquemia ou inflamaccedilatildeo vascular tais como

claudicaccedilatildeo diminuiccedilatildeo ou ausecircncia de pulsos dor vascular (carotiacutedea)

assimeacutetrica de pressatildeo arterial (membros superiores eou inferiores)

4 Tiacutepico de caracteriacutesticas angiograacuteficas

Piora ou presenccedila nova ge 2 dos itens anteriores configura atividade da doenccedila em arterite de Takayasu

55

Anexo I ndash Parecer consubstanciado

56

57

58

ANEXO J - Produccedilatildeo cientiacutefica

Publicaccedilotildees cientiacuteficas

Santos AM Oliveira DS Misse RG Souza JM Shinjo SK Exerciacutecio fiacutesico nas

miopatias autoimunes sistecircmicas novas evidecircncias para um antigo aliado

Revisatildeo Rev Paul Reumatol 2019

Santos AM Misseacute RG Borges IBP Shinjo SK The aerobic capacity in patients with

antisynthetase syndrome and dermatomyositis Adv Rheumatol 2019

Souza JM Oliveira DS Perin LA Misse RG Santos AM Gualano B Saacute Pinto AL

Roschel HAO Lima FR Shinjo SK Feasibility safety and efficacy of exercise

training in immune-mediated necrotising myopathies a quasi-experimental

prospective study Clin Exp Rheumatol 2019

Misse RG Borges IBP Santos AM Oliveira DS Souza JM Gualano B Costa-Hong

V Bortolloto LA Shinjo SK Effects of exercise training on endothelial function

arterial structure and physical conditioning in patients with systemic autoimmune

myopathies A case series study Open J Rheumatol Autoim Dis 2019

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there an association

between upper limb claudication and handgrip strength in Takayasu arteritis

Reumatismo 2020

Borges IBP De Oliveira DS Misse RG Santos AM Hong VAC Bortolotto LA

Shinjo SK Safety of atorvastatin in patients with stable systemic autoimmune

myopathies A pilot prospective study J Clin Rheumatol 2020

Araujo CSR Santos AM Olivo Pallo PA Pereira RMR Shinjo SK Is there a reliable

association between patient-reported limb claudication and vascular imaging

methods in Takayasu arteritis Reumatismo 2020

Misse RG Dos Santos AM De Souza JM Shinjo SK Transcranial direct current

stimulation improves myofascial pain syndrome and chronic fatigue

Reumatismo 2020

59

Santos AM Misse RG Borges IBP Gualano B De Souza AWS Takayama L

Pereira RMR Shinjo SK Increased modifiable cardiovascular risk factors in

Takayasu arteritis A multicenter cross-sectional study Adv Rheumatol (em

revisatildeo)

Apresentaccedilotildees em eventos cientiacuteficos

Santos AM Misse RG Borges IBP Oliveira DS Souza JM Lima FR Pinto ALS

Shinjo SK The aerobic capacity in patients with antisynthetase syndrome and

dermatomyositis 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Pereira RMR Shinjo SK Is there a cross-talk

between upper limb claudication and hand strength in Takayasu arteritis 36ordm

Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Santos AM Misse RG Borges IBP Lima FR Pinto ALS Pereira RMR Shinjo SK

Aerobic capacity in Takayasursquos arteritis possible correlations with functional

capacity and lower limb claudication 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Shinjo SK Clinical relevance of self-reported visional

capacity in patients with systemic autoimmune myopathies 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Misse RG Santos AM Sousa IFA Santos IM Tanaka C Baptista AF Greve JMD

Shinjo SK Transcranial direct current stimulation is safe and improves the flexor

muscle torque and total work in patient with dermatomyositis 36ordm Congresso

Brasileiro de Reumatologia 2019 (Poster)

Borges IBP Misse RG Oliveira DS Santos AM Costa-Hong VA Bortolloto IA

Shinjo SK Effect of atorvastatin in endothelial function and arterial stiffness of the

patients with systemic autoimmune myopathies A randomized double-blind

60

placebo-controlled pilot study 36ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2019

(Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Safety of

acute combined physical exercise session in patients with Takayasu arteritis a

pilot multicenter randomized clinical study 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Apresentaccedilatildeo Oral - Tema Livre)

Santos AM Misse RG Borges IBP Souza AWS Pereira RMR Shinjo SK Patients

with Takayasus arteritis exhibit an impaired health status and physical function

A multicenter cross-sectional study 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia

2020 (Poster)

Santos AM Misse RG Santos LM Baptista AF Tanaka C Pereira RMR Greve

JMD Shinjo SK Transcranial direct current electrical stimulation improves the

quality of life associated to vascular claudication of a patient with Takayasu

arteritis 37ordm Congresso Brasileiro de Reumatologia 2020 (Poster)

Misseacute RG Silva lRS Silva TCM Cordeiro RA Santos AM Simotildees MSM Shinjo SK

Fatigue and pain perceptions are inversely correlated to physical activity levels in

patients with systemic autoimmune myopathies 37ordm Congresso Brasileiro de

Reumatologia 2020 (Poster)

61

8 REFEREcircNCIAS

62

1 Lupi-Herrera E Sanchez-Torres G Marcushamer J et al Takayasursquos arteritis

Clinical study of 107 cases Am Heart J 19779394-103

2 Takayasu M A case with peculiar changes of the retinal central vessels Acta

Soc Ophthalmol Jpn 190812554-555

3 Kerr GS Hallahan CW Giordano J et al Takayasu arteritis Ann Intern Med

1994120919-929

4 Arend WP Michel BA Bloch DA et al The American College of Rheumatology

1990 criteria for the classification of Takayasu arteritis Arthritis Rheum

1990331129-1134

5 Hata A Noda M Moriwaki R et al Angiographic findings of Takayasu arteritis

new classification Int J Cardiol 199654S155-163

6 Hachiya J Current concepts of Takayasursquos arteritis Semin Roentgenol Vol 5

WB Saunders 1970245-259

7 Kato Y Terashima M Ohigashi H et al Vessel wall inflammation of takayasu

arteritis detected by contrast-enhanced magnetic resonance imaging association

with disease distribution and activity PLoS One 201510e102015

8 Criqui MH Aboyans V Epidemiology of peripheral artery disease Circulation

Res 20151161509-1526

9 Parmenter BJ Dieberg G Smart NA Exercise training for management of

peripheral arterial disease a systematic review and meta-analysis Sports Med

201545231-244

10 Padilla J Fadel PJ Prolonged sitting leg vasculopathy contributing factors and

clinical implications Am J Physiol Heart Circ Physiol 2017313722-728

11 de Carvalho JF Bonfa E Bezerra MC et al High frequency of lipoprotein risk

levels for cardiovascular disease in Takayasu arteritis Clin Rheumatol

200928801-805

12 de Carvalho JF Pereira RM Viana VS et al Lack of antilipoprotein lipase

antibodies in Takayasus arteritis Clin Develop Immunol 20091-4

13 Sato EI Hatta FS Levy-Neto M et al Demographic clinical and angiographic

data of patients with Takayasu arteritis in Brazil Int J Cardiol 19986667-70

14 Sato EI Sassaki Jr RH Leatildeo CS et al Clinical and angiographic features of

Takayasursquos arteritis Rev Bras Reumatol 1998389-14

15 Balducci S Zanuso S Cardelli P et al Italian Diabetes Exercise Study (IDES)

Investigators Changes in physical fitness predict improvements in modifiable

63

cardiovascular risk factors independently of body weight loss in subjects with

type 2 diabetes participating in the Italian Diabetes and Exercise Study (IDES)

Diabetes Care 2012351347-54

16 Wasserman K Whipp BJ Koyl SN et al Anaerobic threshold and respiratory gas

exchange during exercise J Appl Physiol 197335236-243

17 Wasserman K Whipp BJ Excercise physiology in health and disease Am Rev

Respir Dis 1975112219-249

18 Wasserman K The anaerobic threshold measurement in exercise testing Clin

Chest Med 1984577-80

19 Mandsager K Harb S Cremer P et al Association of cardiorespiratory fitness

with long-term mortality among adults undergoing exercise treadmill testing

JAMA Netw Open 20181e183605

20 Young DR Hivert MF Alhassan S et al Sedentary behavior and cardiovascular

morbidity and mortality a science advisory from the american heart association

Circulation 2016134262-279

21 Gayda M Merzouk A Choquet D et al Aerobic capacity and peripheral skeletal

muscle function in coronary artery disease male patients Int J Sports Med

200324258-263

22 Houmlrnberg K Sundstroumlm B Innala L et al Aerobic capacity over 16 years in

patients with rheumatoid arthritis relationship to disease activity and risk factors

for cardiovascular disease PloS One 201712e0190211

23 Ekdahl C Broman G Muscle strength endurance and aerobic capacity in

rheumatoid arthritis a comparative study with healthy subjects Ann Rheum Dis

19925135-40

24 Stavropoulos-Kalinoglou A Metsios GS Zanten JJV et al Individualised aerobic

and resistance exercise training improves cardiorespiratory fitness and reduces

cardiovascular risk in patients with rheumatoid arthritis Ann Rheum Dis

2013721819-1825

25 Carvalho MR Sato EI Tebexreni AS et al Effects of supervised cardiovascular

training program on exercise tolerance aerobic capacity and quality of life in

patients with systemic lupus erythematosus Arthritis Rheum 200553838-844

26 Pinto AJ Miyake CN Benatti FB et al Reduced aerobic capacity and quality of

life in physically inactive patients with systemic lupus erythematosus with mild or

inactive disease Arthritis Care Res (Hoboken) 2016681780-1786

64

27 Stroumlmbeck B Jacobsson LT The role of exercise in the rehabilitation of patients

with systemic lupus erythematosus and patients with primary Sjoumlgrens

syndrome Curr Opin Rheumatol 200719197-203

28 Alemo Munters L Dastmalchi M Katz A et al Improved exercise performance

and increased aerobic capacity after endurance training of patients with stable

polymyositis and dermatomyositis Arthritis Res Ther 2013151-13

29 Dassouki T Benatti FB Pinto AJ et al Objectively measured physical activity

and its influence on physical capacity and clinical parameters in patients with

primary Sjogrens syndrome Lupus 201726690-697

30 Oliveira DS Shinjo SK Silva MG et al Exercise in Takayasu arteritis effects on

inflammatory and angiogenic factors and disease-related symptoms Arthritis

Care Res (Hoboken) 201769892-902

31 Thompson PD Buchner D Pina IL et al Exercise and physical activity in the

prevention and treatment of atherosclerotic cardiovascular disease a statement

from the Council on Clinical Cardiology (Subcommittee on Exercise

Rehabilitation and Prevention) and the Council on Nutrition Physical Activity

and Metabolism (Subcommittee on Physical Activity) Circulation

20031073109-3116

32 Fleck SJ Kraemer WJ Fundamentos do treinamento de forccedila muscular Artmed

Editora 2017

33 Suchomel TJ Nimphius S Bellon CR et al The importance of muscular

strength training considerations Sports Med 201848765-785

34 Westcott WL Resistance training is medicine effects of strength training on

health Curr Sports Med Rep 201211209-216

35 Donnelly JE Blair SN Jakicic JM et al American College of Sports Medicine

Position Stand Appropriate physical activity intervention strategies for weight

loss and prevention of weight regain for adults Med Sci Sports Exerc

200941459-471

36 American College of Sports Medicine position stand Progression models in

resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc 200941687-708

37 Coelho-Juacutenior HJ Irigoyen MC Aguiar SS et al Acute effects of power and

resistance exercises on hemodynamic measurements of older women Clin Interv

Aging 2017121103-1114

38 Cavalcante PAM Rica RL Evangelista AL et al Effects of exercise intensity on

65

postexercise hypotension after resistance training session in overweight

hypertensive patients Clin Interv Aging 2015101487-1495

39 Cucato GG Ritti-Dias RM Wolosker N et al Post-resistance exercise

hypotension in patients with intermittent claudication Clinics 201166221-226

40 Parmenter BJ Raymond J Dinnen P et al High-intensity progressive resistance

training improves flat-ground walking in older adults with symptomatic peripheral

arterial disease J Am Geriatrics Soc 2013611964-70

41 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

42 Ploeger HE Takken T de Greef MH et al The effects of acute and chronic

exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic

inflammatory disease a systematic review Exerc Immunol Rev 2009156-41

43 Petersen AM Pedersen BK The anti-inflammatory effect of exercise J Appl

Physiol 2005981154-1162

44 Petersen AM Pedersen BK The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory

effects of exercise J Physiol Pharmacol 20065743-51

45 Ekdahl C Eberhardt K Andersson SI et al Assessing disability in patients with

rheumatoid arthritis Use of a Swedish version of the Stanford Health

Assessment Questionnaire Scand J Rheumatol 198817263-271

46 da Mota Falcatildeo D Ciconelli RM Ferraz MB Translation and cultural adaptation

of Quality of Life Questionnaires an evaluation of methodology J Rheumatol

200330379-385

47 Makdisse M Nascimento Neto R Chagas AC et al Cross-cultural adaptation

and validation of the Brazilian Portuguese version of the Edinburgh Claudication

Questionnaire Arq Bras Cardiol 200788501-506

48 Ritti-Dias RM Gobbo LA Cucato GG et al Translation and validation of the

Walking Impairment Questionnaire in Brazilian subjects with intermittent

claudication Arq Bras Cardiol 200992136-149

49 Misra R Danda D Rajappa SM et al Development and initial validation of the

Indian Takayasu Clinical Activity Score (ITAS2010) Rheumatology (Oxford)

2013521795-1801

50 Fritsch S Copes RM Savioli B et al Translation and validation of the Indian

66

Takayasu clinical activity score (ITAS2010) for the Brazilian Portuguese

language Adv Rheumatol 2019591-6

51 Davies MJ DAlessio DA Fradkin J et al Management of Hyperglycemia in

Type 2 Diabetes 2018 A consensus report by the American Diabetes

Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes

(EASD) Diabetes Care 2018412669-2701

52 American Diabetes Association Diagnosis and classification of diabetes mellitus

Diabetes Care 20143781-90

53 Whelton PK Carey RM Aronow WS et al 2017

ACCAHAAAPAABCACPMAGSAPhAASHASPCNMAPCNA guideline for

the prevention detection evaluation and management of high blood pressure in

adults Executive summary A report of the American College of Cardiology

American Heart Association Task Force on clinical practice guidelines

Hypertension 2018712199-2269

54 De Backer G Ambrosioni E Borch-Johnsen K et al European guidelines on

cardiovascular disease prevention in clinical practice third joint task force of

European and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical

practice (constituted by representatives of eight societies and by invited experts)

Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2003101-10

55 Matsudo S Arauacutejo T Matsudo V et al Questionaacuterio internacional de atividade

fiacutesica (IPAQ) estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil Ver Bras Ativ Fis

Saude 200165-18

56 Heubert RAP Quaresima V Laffite LP et al Acute moderate hypoxia affects the

oxygen desaturation and the performance but not the oxygen uptake response

Int J Sports Med 200526542-551

57 Brown LE Weir JP ASEP procedures recommendation I accurate assessment

of muscular strength and power J Exerc Physiol 200141-21

58 Newcomer KL Krug HE Mahowald ML Validity and reliability of the timed-

stands test for patients with rheumatoid arthritis and other chronic diseases J

Rheumatol 19932021-27

59 Podsiadlo D Richardson S The timed ldquoUp amp Gordquo a test of basic functional

mobility for frail elderly persons J Am Geriatr Soc 199139142-148

60 Innes EV Handgrip strength testing a review of the literature Australian

Occupational Ther J 199946120-140

67

61 Feigenbaum MS Pollock ML Strength training rationale for current guidelines

for adult fitness programs Phys Sportsmed 19972544-63

62 American College of Sports Medicine American College of Sports Medicine

position stand Progression models in resistance training for healthy adults Med

Sci Sports Exerc 20094687-708

63 Borg G Psychophysical scaling with applications in physical work and the

perception of exertion Scand J Work Environ Health 19901655-58

64 Moye L Statistical methods for cardiovascular researchers Circ Res

2016118439-453

65 Chan YH Biostatistics 104 correlational analysis Singapore Med J

200344614-619

66 Kodama S Saito K Tanaka S et al Cardiorespiratory fitness as a quantitative

predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and

women a meta-analysis JAMA 20093012024-2035

67 Ladenvall P Persson CU Mandalenakis Z et al Low aerobic capacity in middle-

aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up

Eur J Prev Cardiol 2016231557-1564

68 Dziubek W Bulińska K Stefańska M et al Peripheral arterial disease decreases

muscle torque and functional walking capacity in elderly Maturitas 201581480-

486

69 Haumlkkinen A Kautiainen H Hannonen P et al Muscle strength pain and disease

activity explain individual subdimensions of the Health Assessment

Questionnaire disability index especially in women with rheumatoid arthritis Ann

Rheum Dis 20066530-4

70 Artero EG Lee DC Lavie CJ et al Effects of muscular strength on

cardiovascular risk factors and prognosis J Cardiopulm Rehabil Prev

201232351-358

71 Atlantis E Martin SA Haren MT et al Inverse associations between muscle

mass strength and the metabolic syndrome Metabolism 2009581013-1022

72 Katzmarzyk PT Craig CL Musculoskeletal fitness and risk of mortality Med Sci

Sports Exerc 200234740-744

73 Bull FC Al-Ansari SS Biddle S et al World Health Organization 2020 guidelines

on physical activity and sedentary behaviour Br J Sports Med 2020541451-

1462

68

74 Kubota Y Evenson KR MacLehose RF et al Physical activity and lifetime risk of

cardiovascular disease and cancer Med Sci Sports Exerc 2017491599-1605

75 Arem H Moore SC Patel A et al Leisure time physical activity and mortality a

detailed pooled analysis of the dose-response relationship JAMA Intern Med

2015175959-967

76 Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO

consultation World Health Organ Tech Rep Ser 20008941-253

77 Heyward VH Stolarczyk LM Avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal aplicada Satildeo

Paulo Manole 2000

78 World Health Organization Waist circumference and waist-hip ratio report of a

WHO expert consultation Geneva 8-11 December 2008 2011

79 Britton KA Massaro JM Murabito JM et al Body fat distribution incident

cardiovascular disease cancer and all-cause mortality J Am Coll Cardiol

201362921-925

80 Murphy RA Bureyko TF Miljkovic I et al Association of total adiposity and

computed tomographic measures of regional adiposity with incident cancer risk a

prospective population-based study of older adults Appl Physiol Nutr Metab

201439687-692

81 Fox CS Massaro JM Hoffmann U et al Abdominal visceral and subcutaneous

adipose tissue compartments association with metabolic risk factors in the

Framingham heart study Circulation 200711639-48

82 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the

epidemiology of chronic disease Obes Res 1995373-95

83 Li G Liu F Wang Y et al Effects of resistance exercise on treatment outcome

and laboratory parameters of Takayasu arteritis with magnetic resonance

imaging diagnosis A randomized parallel controlled clinical trial Clin Cardiol

2020431273-1278

Page 18: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 19: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 20: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 21: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 22: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 23: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 24: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 25: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 26: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 27: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 28: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 29: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 30: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 31: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 32: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 33: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 34: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 35: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 36: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 37: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 38: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 39: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 40: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 41: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 42: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 43: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 44: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 45: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 46: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 47: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 48: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 49: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 50: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 51: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 52: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 53: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 54: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 55: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 56: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 57: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 58: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 59: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 60: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 61: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 62: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 63: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 64: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 65: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 66: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 67: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 68: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 69: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 70: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 71: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 72: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 73: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 74: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 75: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 76: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 77: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 78: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 79: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 80: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 81: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 82: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 83: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 84: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 85: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 86: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 87: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …
Page 88: ALEXANDRE MOURA DOS SANTOS Fatores de risco …