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III Congresso Consad de Gestão Pública REDE VIRTUAL DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS Damião José Rodrigues da Rocha

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III Congresso Consad de Gestão Pública

REDE VIRTUAL DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

Damião José Rodrigues da Rocha

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Painel 17/067 O uso das tecnologias de informação e comunicação para a criação de espaços de participação da sociedade

REDE VIRTUAL DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

Damião José Rodrigues da Rocha

RESUMO O Governo de Minas Gerais estabeleceu em seu Planejamento Estratégico – Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) uma carteira de projetos que traduzem as ações prioritárias a serem implementadas. Esses projetos receberam o nome de Projetos Estruturadores. Dentre os Estruturadores encontra-se o projeto Governo Eletrônico. Esse projeto tem os seguintes objetivos: ampliação progressiva dos serviços ao cidadão por meio da Internet e outros recursos de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC); inovação dos processos administrativos ao utilizar-se das TIC para redução de custos e aumento de eficiência das instituições; produção de soluções de TIC que possibilitem a transparência de decisões relacionadas à alocação de recursos, gastos e respectivos resultados; integração de informações para suporte estratégico à tomada de decisões; elaboração da política de Governo Eletrônico, criando diretrizes de desenvolvimento de TIC para o Estado de Minas Gerais; aprimorar a governança eletrônica e aprofundar as relações entre o governo e a sociedade, com ênfase na abertura de novos espaços de interlocução e participação. Merece destaque a ação que visa ampliar os espaços de participação melhorando a relação governo e sociedade. Nessa ação foi criado projeto com o objetivo de definir qual o modelo de participação, forma de implementação e regras de participação a ser utilizado pelo Governo de Minas. Dessa forma, o Projeto de Participação do Governo de Minas teve como objetivo definir um modelo de relacionamento governo sociedade para 5 (cinco) ações componentes dos Projetos Estruturadores do Governo de Minas e a especificação de um ambiente virtual para a operação dessas ações na Internet. O trabalho foi realizado em fases conforme descrito a seguir: Análise dos 57 Projetos Estruturadores – para a análise dos 57 projetos estruturadores foi elaborada uma metodologia que permitiu, a partir de uma matriz de pontuação definir inicialmente 22 projetos que teriam maior potencial para participação. O objetivo da seleção dos projetos foi classificá-los em duas dimensões, que representam dois conjuntos de critérios: aspectos políticos organizacionais e aspectos de público alvo – e Definição das 5 ações dos Projetos Estruturadores que serão implantadas no modelo de participação – por meio do processo de escolha descrito acima foram selecionados 10 Projetos Estruturadores. Foram então realizadas reuniões com os gestores selecionados para identificação de quais seriam as ações a serem implementadas no modelo de participação. Assim, foram definidas as 5 ações elencadas a seguir: Destinos Turísticos, Poupança Jovem, Gestão de Recurso Hídricos em Bacias Hidrográficas, Rede de Inovação Tecnológica – Fomento à cultura empreendedora, Projovem trabalhador, Definição modelo referencial de participação. Para cada espaço de participação foram definidos quais serão as ferramentas a serem utilizadas e os requisitos para participação. Dentre essas ações destaca-se a criação da Rede virtual dos comitês de Bacias Hidrográficas na ação de Gestão de Recursos Hídricos em Bacias

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Hidrográficas. Os Comitês de Bacias Hidrográficas são órgãos normativos e deliberativos que têm por finalidade promover o gerenciamento de recursos hídricos nas suas respectivas bacias hidrográficas. São competências dos comitês, entre outras: promover o debate sobre as questões hídricas; arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com o uso da água; aprovar e acompanhar a execução do plano de recursos hídricos da bacia, bem como estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso da água, sugerindo valores a serem cobrados e aprovando planos de aplicação de recursos oriundos da cobrança. Os comitês são instituídos por ato do Governador do Estado e são compostos por representantes do poder público municipal e estadual, dos usuários e de entidades da sociedade civil ligadas a recursos hídricos. Os Comitês de Bacia Hidrográfica, que são 36 em Minas Gerais, são atores centrais na rede da gestão das águas. O espaço virtual que este projeto propõe, apóia e amplia o trabalho dos Comitês de Bacia. O espaço virtual de participação proposto propicia um ambiente de apoio ao trabalho dos comitês pela aplicação do conceito de redes virtuais com o objetivo de: facilitar a comunicação e divulgação de informações entre os diversos atores permitindo inclusive a identificação de temas afins entre eles; a discussão e o debate por meios virtuais; e a publicação e criação coletiva de documentos. Após a definição do espaço de participação foram então determinados quais seriam as regras para participação conforme abaixo: Formas de participação do cidadão, Regras para a formação das redes, Organização dos conteúdos, Processos de mediação e deliberação. Assim, definidos todos os processos deve-se então escolher qual plataforma atende de melhor forma o modelo de participação proposto. Assim, será utilizada a Plataforma (Ning) que permite a comunicação entre os diversos atores, a discussão de temas por meio de fóruns virtuais, a publicação de documentos e a criação coletiva. Uma plataforma de comunicação onde cada Comitê terá sua “rede” e todos participarão da rede macro.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 04

1.1 Governo Eletrônico.............................................................................................. 06

1.2 Projetos estruturadores........................................................................................ 09

1.3 Participação popular............................................................................................ 10

2 PARTICIPA MG...................................................................................................... 13

2.1 Rede virtual dos Comitês de Bacias Hidrográficas.............................................. 15

3 CONCLUSÕES....................................................................................................... 21

4 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 22

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1 INTRODUÇÃO

A sociedade tem passado por diversas transformações nas últimas

décadas, muitas dessas impulsionadas pelas Tecnologias de Informação e

Comunicação (TICs). Passou a ser do cotidiano de diversas pessoas o acesso à

Internet, seja no trabalho e também nas escolas e faculdades. A Internet, mas não

somente ela, abre uma série de possibilidades à sociedade em termos de facilidade,

e também de acesso à informações e serviços.

Hoje, a partir de um computador ligado à uma linha telefônica, é possível

enviar mensagens para qualquer parte do globo, através dos serviços de correio

eletrônico, ou realizar compras e também transações bancárias.

Esses fatos impuseram uma série de desafios às organizações, que

agora não devem mais contar somente com o usuário em um espaço físico. Ele

pode estar em qualquer lugar, no “mundo virtual”. Assim as organizações têm de se

adaptar à essas mudanças, levando em consideração que as Tecnologias de

Informação e Comunicação estão criando novos perfis de usuários.

Essas mudanças proporcionadas pelas Tecnologias de Informação e

Comunicação também têm impacto na Administração Pública, uma vez que esta

também produz e oferece serviços e que a mudança de perfil do usuário não se dá

somente quando este utiliza um serviço privado, mas também quando busca um

serviço público. Quando o usuário percebe a comodidade que é oferecida por um

serviço “on line” ele também espera que a Administração Publica possa lhe oferecer

tal comodidade.

Assim segundo Vilella (2003):

O que parece se caracterizar como um novo desafio é, na realidade, a necessidade de atuação dos governos em um novo cenário, marcado por novas exigências impostas pelos cidadãos e, de forma muito acentuada, pela própria multiplicidade e velocidade de desenvolvimento das soluções tecnológicas, que acabam, por sua vez, impondo aos gestores públicos a realização de uma análise ainda mais criteriosa dos objetivos, estratégias e metas dos governos para o uso das inúmeras possíveis soluções tecnológicas. (VILELLA, 2003, p.21-22)

De acordo com Barbosa et al (2004), os governos necessitam de um

componente de ligação entre os serviços públicos e os cidadãos. Assim as

Tecnologias de Informação e Comunicação podem desempenhar tal função,

integrando os processos operacionais dos governos para o fornecimento de serviços

e informações.

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Dessa maneira, está ocorrendo um processo de assimilação pelos

governos em diversos países e localidades, das Tecnologias de Informação e

Comunicação no processo de prestação de serviços e interação com a sociedade. A

Internet, dentre as Tecnologias de Informação e Comunicação, traz grandes

potencialidades para a Administração Pública.

Em um momento em que exige-se que o Estado tenha uma atuação

rápida e eficiente na resolução dos problemas, os gestores públicos vêem na

Internet uma possibilidade de estarem conseguindo tornar as ações do governo mais

eficientes e também uma maneira de estreitar as relações com os cidadãos.

Como exposto anteriormente as TICs estão impondo uma série de

desafios tanto às organizações privadas quanto públicas. Assim, muito se discute

impactos da utilização dessas tecnologias para essas organizações e também quais

os benefícios que oferecem para a sociedade. Mas antes que se possa entender

como essas tecnologias são importantes no desenvolvimento de políticas de

governo eletrônico, é importante que se explique melhor o que são Tecnologias de

Informação e Comunicação. A definição dessas tecnologias,

[...] inclui tanto os componentes mais tradicionais, tais como, equipamentos de informática de uso geral, periféricos, ambientes operacionais, aplicativos e a informação armazenada neles, quanto os dispositivos de informática embutida, a comunicação e a ciência que está fundamentando a tecnologia. (COSTA e SIQUEIRA, 2003,p.2)

As TICs envolvem:

[...] uma imensa malha de meios de comunicação que cobre países inteiros, interliga continentes e chega às casas e empresas: são fios de telefone, canais de microondas, linhas de fibra ótica, cabos submarinos transoceânicos, transmissões via satélite. São computadores, que processam informações, controlam, coordenam e tornam compatíveis os diversos meios. (TAKAHASHI, 2000, p.3)

Assim, é todo esse aparato que envolve as TICs, que permite que sejam

realizadas transações bancárias ou compras on line. Os governos também buscam a

cada dia, se utilizar das potencialidades oferecidas por essas tecnologias. O uso das

TICs pelos governos é tratado na literatura sob a denominação de governo eletrônico.

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1.1 Governo Eletrônico

A utilização pelos governos de Tecnologias de Informação, como a

Internet, na prestação de serviços e informações à sociedade vem sendo discutida

na literatura dentro do tema governo eletrônico.

É importante ressaltar que existe na literatura uma confusão entre as

definições de governo eletrônico e governança eletrônica. Alguns autores como

Chain por exemplo, tendem a considerar governança eletrônica como parte do

governo eletrônico. Porém a tendência aponta para se considerar governança

eletrônica algo que engloba as políticas, estratégias, visões e recursos necessários

para a efetivação do governo eletrônico, visão esta defendida por Barbosa.

De acordo com Chain et al,(2004): “O tema do governo eletrônico (e-

gov) ingressou nas agendas governamentais com grande visibilidade, ensejando

a discussão sobre seu sentido e suas implicações para as experiências de

reforma administrativa”. Referindo-se a esse aspecto de reforma da máquina

pública, as Tecnologias de Informação e Comunicação são instrumentos

importantes nesse processo.

Assim:

Para atender os anseios de uma gestão profissional na administração pública, o governo eletrônico traz de maneira estruturada respostas às questões ligadas à capacidade dos governos em prover uma infra-estrutura tecnológica que permita aos agentes governamentais oferecerem de maneira eficiente, seus serviços à comunidade usuária. (BARBOSA et al, 2004, pág.4).

Ainda segundo BARBOSA (2004):

O governo eletrônico pode ser entendido como uma das principais formas de modernização do estado e está fortemente apoiado numa nova visão dos uso das tecnologias para a prestação de serviços públicos, mudando a maneira com que o governo interage com o cidadãos, empresas e outros governos. (BARBOSA et al, 2004, pág.2).

Pode-se perceber que o conceito de governo eletrônico funda-se

basicamente no aspecto de utilização das Tecnologias de Informação e

Comunicação pelos governos, voltada para o aspecto de interação da Administração

Pública com a sociedade de maneira geral.

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É possível enumerar algumas funções características do governo

eletrônico:

a) prestação eletrônica de informações e serviços;

b) regulamentação das redes de informação, envolvendo principalmente governança, certificação e tributação;

c) prestação de contas públicas, transparência e monitoramento da execução orçamentária;

d) ensino à distância, alfabetização digital e manutenção de bibliotecas virtuais; e) difusão cultural com ênfase nas identidades locais, fomento e preservação de culturas locais; f) e-procurement, isto é, aquisição de bens e serviços por meio da Internet, como licitações públicas eletrônicas, pregões eletrônicos, bolsas de compras públicas virtuais e outros tipos de mercados digitais para os bens adquiridos pelo governo; g) estímulo aos e-negócios, através da criação de ambientes de transações seguras, especialmente para pequenas e médias empresas. (FERNANDES, 2000, p.1).

Segundo Barbosa et al (2004) o governo eletrônico envolve basicamente

quatro tipos de relações: Governo-Empresas (G2B), Governo-Cidadãos (G2C),

Governo-Servidor Público (G2E) e Governo-Governo (G2G).

a) G2B (Governo-Empresas)- Caracterizada pela interação do governo

com as empresas do setor privado na troca de informações e

processamento de transações eletrônicas, buscando reduzir ao

máximo as barreiras para fazer negócios com o governo; (BARBOSA et

al, 2004, p.7)

Nesse tipo de relação, o governo oferece serviços e informações para

facilitar as transações e também passa ser um comprador dos serviços e bens

produzido pelas empresas. Assim as empresas podem pagar seus impostos, solicitar

serviços e também ser um fornecedor do Governo.

Para as empresas existem uma série de benefícios, uma vez que todo

um processo que costuma ser muito burocrático, citando-se o caso de abertura de

firmas, pode ser mais eficiente, com a possibilidade de realizar diversas etapas do

processo “on-line”.

O governo tem papel fundamental como um incentivador desses

processos de compras eletrônicas e de apoio às empresas. A redução da burocracia

e também mecanismos de apoios às pequenas e médias empresas é fundamental.

Nesse aspecto uma política do governo eletrônico pode estar englobando a criação

de portais específicos para as pequenas e médias empresas.

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b) G2C (Governo-Cidadão)- caracterizada pela interação do governo, de

forma ampla e completa, com o cidadão, provendo a ele informações e

serviços públicos que atendam as suas necessidades de contribuinte,

controlador das ações de governo, beneficiário e usuários dos serviços

públicos ao longo do ciclo de vida-infância, adolescência, maioridade e

terceira idade; (BARBOSA et al, 2004, p.7)

Aos cidadãos a disponibilidade de informações e serviços, possibilita que

tenham maior conhecimento da Administração Pública, como o acompanhamento da

execução orçamentária, e também acessar serviços “on-line” evitando-se por

exemplo a espera em filas.

c) G2E (Governo-Servidor Público- caracterizada pela interação do

governos com os funcionários do serviço público provendo informações

e prestação de serviços necessários para o desenvolvimento de suas

atividades profissionais e benefícios decorrentes da sua relação com o

governo; (BARBOSA et al, 2004, p.7)

Assim os servidores públicos podem ter acesso a seu contra cheque, ou

se inscrever em cursos de treinamento e também acessar serviços relacionados à

previdência.

d) G2G (Governo-Governo)- caracterizada pela interação dos diferentes

agentes governamentais e governos nas diferentes esferas (municipal,

estadual e federal), provendo informações, prestação de serviços e

processamento de transações para o desenvolvimento de suas

atividades. (BARBOSA et al, 2004, p.7)

É importante a integração de redes entre os diversos níveis de governo,

para que os gestores públicos possam oferecer melhores serviços à sociedade. Isso

porque o que costuma-se observar é que, cada ente desenvolve isoladamente sua

rede de tecnologia, fazendo com tenha pouca comunicação e integração.

Assim, Governo Eletrônico tem como uma de suas bases fundamentais a questão

de relacionamento Governo-Sociedade seja na prestação de serviços ou também na

abertura de espaços de participação.

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1.2 Projetos estruturadores

O Governo do Estado de Minas Gerais estabeleceu projetos

estruturadores que traduzem as prioridades governamentais. Os projetos

estruturadores nasceram do planejamento estratégico do atual Governo de Minas

Gerais e consistem em ações prioritárias dentro do Plano Mineiro de

Desenvolvimento Integrado (PMDI) e do Plano Plurianual (PPA) de Ação

Governamental. Neste sentido, merecem destaque entre os objetivos estratégicos

do PMDI:

� Ampliar a transparência e o controle social das ações de governo,

implementando a governança social;

� Aumentar a utilização do governo eletrônico, dando ênfase à prestação

de serviços ao público;

� Efetivar política de prestação de contas à sociedade.

Entre os 57 Projetos Estruturadores que fazem parte do PPA, o projeto

estruturador Governo Eletrônico (e-Gov) tem como objetivos:

� Ampliação progressiva dos serviços ao cidadão por meio da Internet e

outros recursos de Tecnologias da Informação e da Comunicação

(TIC);

� Inovação dos processos administrativos ao utilizar-se das TIC para

redução de custos e aumento de eficiência das instituições;

� Produção de soluções de TIC que possibilitem a transparência de

decisões relacionadas à alocação de recursos, gastos e respectivos

resultados;

� Integração de informações para suporte estratégico à tomada de

decisões;

� Elaboração da política de Governo Eletrônico, criando diretrizes de

desenvolvimento de TIC para o Estado de Minas Gerais;

� Aprimorar a governança eletrônica e aprofundar as relações entre o

governo e a sociedade, com ênfase na abertura de novos espaços de

interlocução e participação.

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Assim, busca-se com esse projeto utilizar-se dos recursos de TIC para

aumentar o relacionamento do governo e sociedade e também ampliar e tornar mais

eficiente os processos de prestação de serviços.

Outro ponto que merece destaque no Projeto Estruturador Governo

Eletrônico é o aprimoramento da Governança Eletrônica com ênfase na abertura de

novos espaços de interlocução e participação.

Assim, busca-se utilizar-se dos recursos de TIC para a abertura de

espaços de participação. Essas novas tecnologias oferecem grandes

potencialidades para propiciarem maior interação com a sociedade. Toda essa

lógica está diretamente alinhada com os conceitos de web 2.0. Já há também na

literatura a utilização do termo Governo 2.0.

1.3 Participação popular

Na Sociedade da Informação, cada cidadão deve ter acesso a um

conjunto básico de ferramentas computacionais e de telecomunicações, associado a

conhecimento de utilização, que lhe permita receber, produzir e transmitir

informação e usufruir de serviços eletrônicos. As tecnologias de informação e

comunicação são usualmente encaradas como instrumentos potenciais para uma

melhor adoção de políticas de governança, bem como para a intensificação da

democracia, melhoria da prática de cidadania e de relacionamento entre as

autoridades públicas e a população em geral. Os espaços virtuais de participação

são formas de organizações virtuais, criadas pelos governos, com o objetivo de

ampliar a participação da sociedade nos seus processos decisórios. Esses espaços

de participação são novas formas de relacionamento entre o governo e os cidadãos

e sua organização típica são as redes de participação voluntária que utilizam a

Internet como meio para o relacionamento com o governo. Sua criação e

funcionamento são facilitados pelo desenvolvimento de novas tecnologias na

Internet que permitem comunicação multidirecional fácil e instantânea, assim como

diversas formas de interação e colaboração independentemente das distâncias

geográficas. O uso da Internet permite colocar o governo mais próximo do cidadão,

oferecendo serviços que atendem às expectativas de conveniência, acessibilidade e

oportunidade. E “estar mais próximo” não se refere apenas a pessoas, mas também

aos diversos tipos de organizações da sociedade civil e às empresas.

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Não se deve imaginar que a tecnologia é, por si mesma, um mecanismo

de ampliação da participação da vida pública. Mas há razoável concordância nas

possibilidades de aumento de participação do cidadão e algumas propostas de uso

da tecnologia da informação para essa participação são tecnologicamente viáveis.

As novas tecnologias contribuem para a ação coletiva e estruturam os processos

pelos quais a mobilização social é inspirada, como por exemplo, reduzindo custos

dos atores coletivos, fazendo com que pequenos grupos ativistas que seriam

marginalizados se tornem relevantes no discurso público, reduzindo custos

individuais de engajamento e participação (tempo e espaço não mais restringem a

participação), reduzindo hierarquias intraorganizacionais dos movimentos sociais,

facilitando a formação de identidade coletiva e sendo efetivas na sugestão da força

de um ator coletivo - o fato de estar na rede dá a impressão às pessoas que são

parte de uma rede virtual global.

O contexto tecnológico de ampliação da participação na Internet é a “Web

2.0”. Esse termo, Web 2.0, foi criado no início dos anos 2000 para designar uma

nova geração de comunidades e serviços na rede, tendo como conceito a "Web

como plataforma", envolvendo aplicações baseadas em redes sociais e tecnologia

da informação. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a

Web, ele não se refere a uma nova geração técnica de aplicações, mas a uma

mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores - um

ambiente de interação que engloba múltiplas linguagens e motivações. É comum o

uso de ferramentas que reforçam o conceito de troca de informações e colaboração

dos internautas com sites e serviços virtuais, tais como wikis, blogs, vídeos,

podcasts, RSS, fóruns e chats. Os usuários colaboram para a construção do

conteúdo que utilizam.

Por associação com o conceito Web 2.0, está se popularizando o conceito

Governo 2.0. Não se trata de uma “nova versão” do governo, mas de um governo

que se utiliza das ferramentas de colaboração e interação para facilitar e ampliar a

participação da sociedade. Ferramentas da Web 2.0 permitem a comunicação de

maneira fácil e direta entre governo e população. Como a população está se

utilizando destas ferramentas cada vez mais à-vontade, e principalmente os jovens,

não há esforço de desenvolvimento de novas habilidades entre os cidadãos. No

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mundo, há exemplos do uso destas ferramentas em governos nacionais, sub-

nacionais e locais. Busca-se a ampliação da prática democrática, o desenvolvimento

e suporte a redes sociais, a ampliação e melhoria da qualidade dos serviços

públicos, a promoção do desenvolvimento social e econômico de regiões ou

localidades, o uso em práticas de gestão internas ao governo e de relacionamento

com o servidor público.

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2 PARTICIPA MG

A participação eletrônica, e a sua combinação com a participação

presencial, têm sido apontadas como potencializadoras de novas formas de

governança, típicas da Sociedade da Informação. Neste contexto, o Participa-MG

tem como objetivo a definição de um modelo de relacionamento governo-sociedade

para 5 (cinco) ações componentes dos Projetos Estruturadores do Governo de

Minas e a especificação de um ambiente virtual para a operação dessas ações na

Internet.

O Projeto de Participação Popular do Governo de Minas foi realizado em

fases conforme descrito abaixo:

1 Análise dos 57 Projetos Estruturadores

Para a análise dos 57 projetos estruturadores foi elaborada uma

metodologia que permitiu, a partir de uma matriz de pontuação definir inicialmente

22 projetos que teriam maior potencial para participação.

O objetivo da seleção dos projetos é classificá-los em duas dimensões,

que representam dois conjuntos de critérios que permitam uma visualização dos

projetos conforme a tabela a seguir. Os projetos desejáveis são aqueles que reúnem

aspectos político organizacionais que permitam indicar que há facilidade de

implantação nos governos e também que são de interesse ou de oportunidade de

utilização por uma comunidade.

Aspectos político organizacionais

Descrição do fator Critério de avaliação Critério de avaliação

1. Há oportunidades de interação do governo de MG com atores da sociedade?

1 – nenhuma oportunidade

5 – grande oportunidade

2. Há oportunidade de interação do governo com secretarias/grupos/funcionários do governo? O projeto envolve múltiplas áreas ou fortalece redes sociais de cooperação?

1 – o projeto envolve apenas uma área do governo

5 – o projeto é tipicamente multidisciplinar

3. Há expectativa de visibilidade do projeto em outras regiões do Brasil?

1 – espera-se pouca repercussão na imprensa nacional

5 – deve despertar grande interesse na imprensa de outras regiões

4. O projeto traz benefício social para um grupo/região/estado?

1 – não

5 – muita

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5. O projeto traz benefício econômico para um grupo/região/estado?

1 – não

5 – muita

6- rojeto promove integração com outros governos? com municípios, outros estados e governo federal

1 – pouca ou nenhuma interação

5 – grande interação

7. Existe capacidade técnica e administrativa na secretaria/órgão responsável para a implementação do projeto? As pessoas que vão lidar com o portal têm perfil e recursos para isto?

1 – não

5 – as equipes são altamente capacitadas

8. O projeto está cumprindo as metas/marcos previstos? Pontuação de acordo com o relatório de taxa de execução (%) do mês de abril

1 – até 70%

2 – maior que 70% até 80%

3 – maior que 80% até 95%

4 – maior que 95% até 99%

5 – maior que 99%

9. Risco do espaço virtual transformar-se numa arena de exibição de adversários políticos

1 – grande risco

5 – pequeno risco

Aspectos de público alvo

Descrição do fator Critério de avaliação Critério de avaliação

1. A comunidade alvo do projeto (oportunidade de interação) tem acesso à Internet?

1 – não tem

5 – conectado

2. A comunidade alvo tem formação escolar?

1 – primário

5 - graduação

3. A oportunidade de uso do portal é significativa para um público bem especifico? O tema é capaz de mobilizar um público determinado?

1 – genérico

5 - muito específico

4. O portal oferece possibilidade de formação de network para um grupo específico? de rede é significativa e importante

1 – não oferece

5 – a possibilidade de formação

5. O portal dá oportunidade de inclusão de pessoas (servidores/cidadãos/empresas/prefeituras) que não poderiam participar no projeto? Há dificuldade de reunir as pessoas fisicamente (distância ou tempo, p.ex)?importante do projeto

1 – pouca oportunidade

5 – este aspecto é característica

6. Já há grupos organizados interessados no tema do projeto?

1 – não é característica desse tema a existência de grupos organizados

5 – existem muitos grupos organizados interessados no tema e têm atuação importante

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Dessa forma, os Projetos Estruturadores foram classificados em uma

matriz que permitiu identificar aqueles que têm maior potencial para a Participação

Popular.

Após a delimitação de 22 Projetos foi realizada validação pela Secretaria

de Planejamento e Gestão em que foi possível determinar 11 Projetos que estariam

alinhados à estratégia do Governo em relação ao tema de participação.

2. Definição das 5 ações dos Projetos Estruturadores que serão implantadas no

modelo de participação:

Após a escolha de 11 Projetos foi realizado um trabalho com cada um dos

gestores de levantamento de informações para que fosse possível realizar um filtro

em que fossem elencadas quais as ações com maior potencial de participação.

Assim, foram definidas as 5 ações elencadas abaixo:

1 – Destinos Turísticos

2 – Poupança Jovem

3 – Gestão de Recurso Hídricos em Bacias Hidrográficas

4 – Rede de Inovação Tecnológica - Fomento à cultura empreendedora

5 – Projovem trabalhador

3. Definição modelo referencial de participação

Para cada espaço de participação foram definidos quais serão as

ferramentas a serem utilizadas e os requisitos para participação.

2.1 Rede virtual dos Comitês de Bacias Hidrográficas

Os Comitês de Bacias Hidrográficas são órgãos normativos e

deliberativos que têm por finalidade promover o gerenciamento de recursos hídricos

nas suas respectivas bacias hidrográficas. São competências dos comitês, entre

outras: promover o debate sobre as questões hídricas; arbitrar, em primeira instância

administrativa, os conflitos relacionados com o uso da água; aprovar e acompanhar

a execução do plano de recursos hídricos da bacia, bem como estabelecer

mecanismos de cobrança pelo uso da água, sugerindo valores a serem cobrados e

aprovando planos de aplicação de recursos oriundos da cobrança.

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Os comitês são instituídos por ato do Governador do Estado e são

compostos por representantes do poder público municipal e estadual, dos usuários e

de entidades da sociedade civil ligadas a recursos hídricos.

Os Comitês de Bacia Hidrográfica, que são 36 em Minas Gerais, são

atores centrais na rede da gestão das águas. O espaço virtual que este projeto

propõe, apóia e amplia o trabalho dos Comitês de Bacia.

2.1.1 Finalidade do espaço virtual

O espaço virtual de participação proposto propicia um ambiente de apoio

ao trabalho dos comitês pela aplicação do conceito de redes virtuais com o objetivo

de: facilitar a comunicação e divulgação de informações entre os diversos atores

permitindo inclusive a identificação de temas afins entre eles; a discussão e o debate

por meios virtuais; e a publicação e criação coletiva de documentos.

2.1.2 Formas de participação do cidadão

A participação na rede é livre. O cidadão pode participar da rede, dos

grupos na rede à sua escolha, incluir proposições, postar e visualizar conteúdos

públicos. Como se busca participação não anônima, o visitante deve ser identificado

para participar da rede. Algumas funções dentro dos Grupos dos Comitês de Bacias

são restritas aos membros do Comitê formalmente indicados como, por exemplo, a

construção de documentos de forma colaborativa.

2.1.3 Regras para a formação das redes

Cada rede de comitê é composta pelos membros do comitê formalmente

designados e por cidadãos que desejam acompanhar e participar das atividades do

grupo. No entanto, os membros formais do comitê têm ações diferenciadas dos

cidadãos participantes como a proposição de agenda, construção coletiva de

documentos e publicação no blog. Podem ser definidas também áreas de trabalho

que somente são acessadas pelos membros formais do comitê.

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A criação dos grupos para os comitês ficará a cargo da SEMAD e a

manutenção dos membros dos comitês nos grupos criados ficará a cargo das

secretárias dos comitês. Cada membro de comitê tem um espaço individualizado na

rede e será responsável pela manutenção das suas informações.

A qualquer tempo, podem ser formados novos grupos sobre assuntos

específicos e cada membro da rede pode associar-se livremente aos grupos de seu

interesse. Desta forma, os grupos de discussão de temas específicos são compostos

por membros de diversos comitês além de representantes da sociedade facilitando a

troca de experiências e enriquecendo a discussão entre os diversos comitês.

2.1.4 Organização dos conteúdos

A construção coletiva de documentos permite a um grupo específico

(definido pelo grupo de membros) trabalhar simultaneamente na criação de

documentos. Estes documentos em seguida são aprovados pelo grupo de

construção para uso posterior. O objetivo é facilitar o trabalho de alguns grupos na

construção de documentos mesmo quando os seus membros não têm a

possibilidade de realizar encontros presenciais para discutir sobre o documento.

Dentro dos grupos de Comitês de Bacias, o acesso à construção de documentos é

restrito aos membros do Comitê, formalmente designados.

O espaço para a formulação de proposições permite que qualquer

membro da rede possa sugerir idéias para serem debatidas e respondidas no

âmbito da rede, ou pela SEMAD. As proposições ganham a atenção da SEMAD na

medida em que recebem a adesão de membros da rede, criando assim uma

classificação, por ordem, daquelas que possuem uma quantidade maior de

adesões. Este método é proposto para auxiliar a participação democrática dos

membros na rede e para organização das proposições que serão tratadas e

observadas pela SEMAD e outros órgãos responsáveis. Desta forma, a própria

rede possui um mecanismo para filtrar essas proposições, permitindo que a

SEMAD se ocupe apenas daquelas que tenham adesão de um número significativo

de membros da rede. Este número será definido pela SEMAD e poderá ser

ajustado de acordo com a evolução da experiência.

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O espaço conta ainda com um grupo de informações fixas, que devem ser

informadas pela SEMAD. Estas informações podem ser textos explicativos sobre os

projetos tratados no espaço, marco legal e normativo, links para outras instituições

governamentais que complementam o trabalho da SEMAD, divulgação de

campanhas e eventos, links publicitários (quando indicados), e outros que forem

definidos.

O espaço prevê recursos comuns às ferramentas de redes sociais, como

agenda, blog, chat e fórum.

2.1.5 Processos de mediação e deliberação

De início, a deliberação das proposições dos Comitês será feita de forma

presencial. No futuro, a rede poderá ser utilizada para deliberação e, nessa ocasião,

as regras de mediação e deliberação deverão ser definidas.

2.1.6 Descrição funcional do espaço

A descrição funcional do espaço apresenta os atores identificados que

atuam no espaço e as ações realizadas pelos atores. Essa descrição define as

funções que são oferecidas no espaço virtual proposto.

São os seguintes os atores na rede.

Tabela 1: Atores da aplicação Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas

Ator Descrição

Visitante Indivíduo que entrar no espaço da rede.

Membro cadastrado na rede

Indivíduo que realizou um cadastro, preenchendo os requisitos necessários para ser um membro da rede.

Membro do Comitê Membros de um comitê de bacia formalmente designado.

Secretária Funcionária responsável por atividades de natureza administrativa nos Comitês. Utiliza uma estrutura com computador e acesso Internet para realização de seus trabalhos.

SEMAD (Secretaria de Gestão Participativa)

Órgão responsável pela rede que realiza algumas funções de animação e organização na rede.

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Cada ator possui um nível de acesso diferente na rede. Os atores e os

direitos de executar tarefas na rede são:

� Visitante

Os visitantes podem consultar algumas informações e executar outras,

conforme descrito. Informações que podem ser consultadas por todos os visitantes:

� Consultar blog

� Consultar fórum

� Consultar documentos publicados (não designados como de acesso

restrito)

Além das consultas, deve ser possível realizar as seguintes tarefas na rede:

� Solicitar cadastramento como membro de uma rede

� Buscar informações

� Membro da Rede

Para que o visitante possa participar de outras atividades na rede, ele

deve ser um membro da rede, devidamente cadastrado. Desta forma ele poderá

contribuir com a rede tendo acesso e participando das seguintes funcionalidades

(além das já citadas no nível de visitante):

� Denunciar abuso;

� Enviar emails:

o Escolher destinatários entre os grupos participantes;

� Participar de proposições:

o Incluir uma proposição;

o Comentar uma proposição;

o Aderir a uma proposição;

� Convidar amigos para se associar a rede;

� Criar grupos;

� Postar no blog;

� Personalizar seu perfil;

� Buscar informações;

� Criar e/ou participar de fóruns de discussão;

� Participar da construção coletiva de conteúdos utilizando a

ferramenta ‘wiki’.

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� Membro do Comitê

São os representantes da sociedade formalmente designados como

integrantes do comitê gestor de uma bacia. Estes membros poderão utilizar a rede

como um local auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos. A SEMAD, assim como

cada Comitê de Bacia, no âmbito da sua atuação, pode criar fóruns de discussão ou

propor a criação coletiva de documentos, com participação restrita dos membros

formalmente designados. Os membros do Comitê realizam funções específicas,

além de todas as funcionalidades descritas para o membro da rede:

� Manter agenda

� Construir documentos coletivamente

� Postar no blog da página

� Secretária do Comitê

Cada Comitê de Bacias possui uma secretária que realiza as atividades

administrativas para auxiliar na gestão.

A secretária realiza atividades para auxiliar na gestão da rede que é

proposta neste documento. Estas atividades estão relacionadas a seguir:

� Manter Membros dos Comitês

� Manter agenda

� SEMAD

A SEMAD, através da Secretaria de Gestão Participativa terá o papel de

animador da rede, fazendo a manutenção das informações que são de sua

responsabilidade e promovendo o bom andamento e a evolução do espaço e o

adaptando as novas necessidades que forem surgindo. As seguintes

funcionalidades são executadas por este ator:

� Criar Grupos de Comitês;

� Manter informações fixas;

� Definir critérios para seleção de proposições.

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3 CONCLUSÕES

Atualmente os Governos têm se utilizado das Tecnologias de Informação

e Comunicação (TICs) para a prestação de serviços e também para estreitar as

relações Governo-Sociedade. A utilização das TICs pelos governos vem sendo

tratada dentro da temática de Governo Eletrônico.

A utilização dessas Tecnologias possibilita uma série de inovações na

Administração Pública como a prestação de serviços on-line. Outra forma eficiente

de utilização das TICs é para o aumento da participação popular em ações

governamentais. Essa participação está diretamente alinhada ao que hoje chama-se

de web 2.0 que torna a internet um canal de construção de conhecimento coletivo.

O Governo de Minas estabeleceu Projetos Estruturadores em seu

planejamento estratégico – Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI).

Dentre esses projetos encontra-se o de Governo Eletrônico que tem um de seus

objetivos o aumento da participação popular.

Assim, foi criado projeto para identificação de ações com maior potencial

de participação entre os projetos estruturadores. Foram elencadas 5 ações entre as

quais a construção da Rede dos Comitês de Bacias Hidrográficas.

A implementação dessa ação permitirá um ambiente de apoio ao trabalho

dos comitês pela aplicação do conceito de redes virtuais com o objetivo de: facilitar a

comunicação e divulgação de informações entre os diversos atores permitindo

inclusive a identificação de temas afins entre eles; a discussão e o debate por meios

virtuais; e a publicação e criação coletiva de documentos.

O modelo definido contempla:

� Formas de participação do cidadão

� Regras para a formação das redes

� Organização dos conteúdos

� Processos de mediação e deliberação

A criação desse espaço traz avanços significativos em relação à temática

de participação no Governo Minas. Além do fato de utilizar-se dos conceitos da

web2.0 para relacionamento governo e sociedade.

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4 REFERÊNCIAS

BARBOSA, Alexandre Fernandes; FARIA, Fernando Inacio; PINTO, Solon Lemos. Governo Eletrônico: um modelo para a sua implementação. In: Congresso Anual DE Tecnologia de Informação. 2004, São Paulo. Anais do Congresso Anual de Tecnologia da Informação. p. 1-15.2004 BARBOZA, Elza F.; NUNES, Eny M.; SENA, Nathália K.. Websites governamentais, uma esplanada à parte. Ciência da Informação, Brasília, v.29, n.1, p. 118-125, jan./abr. 2000. CHAIN, Ali; CUNHA, Maria Alexandra; KNIGHT, Peter T.; PINTO, Solon Lemos. Egov.br: a próxima revolução brasileira. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 380p. RUEDIGER, Marco Aurélio. Governo eletrônico e democracia: uma análise preliminar dos impactos e potencialidades na gestão pública. Organizações e Sociedade, Salvador, v.9, n.25, p.29-43, set./dez. 2002.

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AUTORIA

Damião José Rodrigues da Rocha – Formado em Administração Pública pela Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, MBA em Gestão Estratégica de Projetos pelo Centro Universitário (UMA BH). É Diretor Central de Gestão do Minas On Line da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Governo de Minas.

Endereço eletrônico: [email protected]