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III Congresso Consad de Gestão Pública
GOVERNANÇA EM TI: A IMPLANTAÇÃO DO COMITÊ
E A ELABORAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE TI
Francisco Antônio Tavares Junior Rejane Maria Lamounier França
Painel 24/093 Tecnologia da informação e de comunicação aplicada ao Sistema Único de Saúde de Minas Gerais: governança e inovações
GOVERNANÇA EM TI: A IMPLANTAÇÃO DO COMITÊ E A ELABORAÇÃO DO PLANO
ESTRATÉGICO DE TI
Francisco Antônio Tavares Junior Rejane Maria Lamounier França
RESUMO A SES/MG e o SUS podem ser considerados organizações complexas, adhocraticas, com decisões emanando de todos os lados. Do ponto de vista da tecnologia da informação, este cenário pode ser considerado inadequado. No diagnóstico feito, percebeu-se a existência de diversas “áreas de TI” e inúmeros “sisteminhas” dentro da SES/MG e uma necessidade de alinhá-las em torno de um objetivo comum, permitindo que a Tecnologia da Informação seja conduzida em um contexto estratégico, a partir de uma visão mais sistêmica e transformando as “heróicas” iniciativas isoladas em ações integradas e planejadas. O Comitê, instituído formalmente em 2009, atua como um ente de governança e é assessorado por uma Secretaria Executiva. Cabe a ele a tomada de decisão em nível estratégico, sendo que todos os assuntos de seu interesse (segurança da informação, desenvolvimento de sistemas, política de aquisições etc.) são trabalhados no âmbito tático e operacional por grupos de trabalho. Este Comitê tem a atribuição de validar o Planejamento Estratégico de TI que contém dentre outras coisas a visão de futuro para a TI na organização, serve como road map e traz ainda as políticas de TI que devem ser aplicadas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 03
OBJETIVOS............................................................................................................... 08
METODOLOGIA.........................................................................................................09
CONCLUSÕES.......................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 20
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INTRODUÇÃO
Em nosso cotidiano estamos observando as transformações relacionadas
ao acelerado processo de inserção das tecnologias de informação nos dispositivos
de gestão da vida em sociedade. A era da informação está provocando grandes
mudanças nas organizações em geral. Conseqüentemente exige-se novos modelos
e políticas de gestão também no serviço público, com vistas ao atendimento das
necessidades e expectativas da sociedade, cujos clientes são os cidadãos do país.
A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, como uma instituição
pública responsável, entre outros, por fomentar a política de saúde no estado está
incluída nesse contexto. Ela acredita que investir em recursos computacionais e
ciência da informação obterá retorno em cada real investido, não só com melhoria
dos serviços de saúde disponibilizados ao cidadão, mas também na ampliação do
acesso a esses serviços.
Ao longo dos últimos anos a ampliação do uso de tecnologias vem sendo
percebida também no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Bons exemplos disso são a grande disponibilidade de equipamentos, como
desktops, notebooks, equipamentos para videoconferência, data shows, televisores
de LCD e plasma, dentre outros. Quem esteve na área física da Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais há cerca de 5 anos atrás e hoje, por algum
motivar, voltar a visitá-la vai encontrar profundas mudanças no que se refere a infra-
estrutura tecnológica.
O mesmo se dá em relação a algo bem menos tangível ou palpável que
são os softwares. Porém, foi ao longo destes últimos 5 anos que presenciamos
profundas transformações como a implantação do SUS Fácil – Sistema
informatizado de regulação, do Sistema de Classificação de Risco e Sistema de
Gestão Hospitalar (Urgência & Emergência sem papel) adquiridos junto a empresa
portuguesa Alert.
Foi ainda elaborado o edital do Prontuário Eletrônico que encontra-se em
fase de aquisição. Outra empresa, a B2BR, foi contratada para implantar o
Enterprise Project Management (EPM), um escritório virtual de projetos da
Secretaria e para implantar o sistema de Business Intelligence (BI), que possibilita a
melhoria da gestão da informação.
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Isso sem falar no advento da web 2.0 e em outras importantes iniciativas
que já foram ou estão sendo feitas.
Este “boom” tecnológico ocorreu, contudo, sem um alicerce ou uma base
de um planejamento sólido e sem uma coordenação ou um processo de
governança. Conseqüentemente, alguns riscos podem ser apresentados:
1. Desenvolvimento de uma série de “sisteminhas” feitos muitas vezes por
profissionais não-TI (expressão para definir profissionais que não tem
formação em Tecnologia da Informação, mas que aprendem
“artesanalmente” alguma linguagem;
2. Estes “sisteminhas” respondem apenas a partes incompletas de
processos, são desenvolvidos em linguagens diversas, sem que a
equipe de Tecnologia da Informação se quer tenha conhecimento (e em
geral é ela que é demandada na hora da manutenção). Os diversos
“sisteminhas” não conversam entre si.
3. Falta um planejamento estratégico consistente, que conceba, por
exemplo, o dimensionamento das necessidades de infra-estrutura
relacionado com o aumento do número de funcionários, mudanças de
endereços ou mesmo em relação ao tamanho do Data Center X o
número de usuários de um determinado sistema.
4. O “oba-oba” em relação as tecnologias faz com eu o processo de
reposição seja, muitas vezes, mais rápido do que o necessário. Um
bom exemplo disso é o caso dos aparelhos de LCD adquiridos pouco
depois dos aparelhos de data-show que ficaram até mesmo colocados
em segundo plano no que se refere à tecnologia para apresentações
em reuniões e eventos.
5. Os profissionais e, acima de tudo, os processos da gestão em
Tecnologia da Informação não acompanham o ritmo da reposição
tecnológica;
6. Existe uma segregação da equipe de Tecnologia da Informação na
SES/MG. Invariavelmente cada área capta os seus profissionais de
Tecnologia da Informação, dificultando o processo de governança e
enfraquecendo a equipe formal de TI.
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7. Faltam padrões adequados, opções robustas (clausulas pétreas) que
orientem as grandes decisões. Deve haver desenvolvimento interno na
Secretaria? O que deve ser desenvolvido internamente? O que deve
ser contratado? O que deve ser comprado como encontrado no
mercado? A compreensão de que muitas vezes a melhor opção é por
aquilo que pode ser qualificado como commodities também é de
fundamental importância, pois não é incomum o fato de o Estado ficar
dependente de um determinado fornecedor por ter adquirido uma
tecnologia muito específica.
Os exemplos acima são apenas alguns dos riscos vivenciados pela
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e que apontam para duas
importantes soluções:
� A implantação do processo de governança em Tecnologia da
Informação;
� Elaboração do Plano Estratégico de Tecnologia da Informação.
Neste sentido, um importante avanço é reconhecer o ciclo dos recursos
em TI que precisa ser compreendido e administrado.
Figura 1: Diagrama de recursos da Tecnologia da Informação
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A governança de TI pode ser entendida como a autoridade e
responsabilidade pelas decisões referentes ao uso de TI. A administração de TI,
com seus processos de planejamento, organização, direção e controle, tem como
objetivo garantir a realização bem-sucedida dos esforços para o uso de TI, desde a
sua definição com o alinhamento estratégico, influenciado pelo contexto, até a
mensuração dos seus impactos no desempenho empresarial. Ela não deve ser
realizada apenas pelos executivos dessa área, mas como uma responsabilidade
organizacional pelos executivos de negócio, que têm participação decisiva no seu
sucesso.
O Plano Estratégico de Tecnologia da Informação da Saúde, por sua vez,
deve ser visto no contexto do planejamento estratégico da Secretaria de Estado de
Saúde de Minas Gerais. Ele serve como um “roadmap” para levar a tecnologia aos
processos da saúde, às metas pactuadas com o governo do estado, e em ultima
instancia, aos projetos estruturadores.
À medida que os recursos de TI são aplicados de acordo com o
planejado, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais terá condições de
desenvolver sua missão mais rapidamente, mais facilmente e com custo reduzido.
Levar tecnologia aos processos de saúde exige:
1. Entendimento profundo da missão da Secretaria de Estado de Saúde
de Minas Gerais;
2. Clareza das metas pactuadas para os Projetos Estruturadores da
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais;
3. Emprego das melhores práticas;
4. Implementação de arquiteturas padronizadas e estruturadas;
5. Comprometimento de todos os níveis da gestão;
6. Gerenciamento e proteção da informação, enquanto insumo
estratégico.
O Plano Estratégico de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde
do Estado de Minas Gerais tem o objetivo principal de servir como um guia para os
profissionais de gestão da Secretaria de Saúde de Minas Gerais no tema da
Tecnologia da Informação.
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Além de oferecer um norte para os profissionais de TI, ele estabelece as
principais diretrizes que serão referências para a normatização da infra-estrutura
tecnológica, do ponto de vista da plataforma de hardware, de software bem como
para a topologia da rede lógica dos edifícios, tecnologia utilizada, plataformas
adotadas, serviços de TI etc.
Além disso, o documento pretende estabelecer uma proposta de
governança de TI, capaz de garantir o envolvimento e a participação de todas as
áreas assegurando decisões acertadas e que contemplem as necessidades de
todas as áreas.
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OBJETIVOS
Os objetivos do trabalho realizado são garantir uma orientação estratégica
e um processo de governança no que se refere ao uso da tecnologia da informação
no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde.
Na medida em que estes objetivos forem alcançados, será possível sanar
ou minimizar os impactos dos riscos apresentados no início deste texto.
É importante salientar ainda que apenas uma parte deste trabalho
(bastante árduo e desafiador) foi realizada até o presente momento. Existem
próximos passos a serem delineados e percorridos, visando possibilitar o alcance
destes objetivos aqui apresentados. Todavia, mesmo sendo apenas alguns dos
passos necessários, os primeiros avanços já começam a ser percebidos.
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METODOLOGIA
Passamos a apresentar agora algumas das estratégias já realizadas
tendo em vista os objetivos apresentados acima.
Em relação ao Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) da
Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais foi concluído ao final de 2008 seu
anteprojeto. O Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) da Secretaria
de Saúde do Estado de Minas Gerais, em sua formulação inicial deverá ser
composto pelos seguintes itens:
� Sumário Executivo que apresenta um resumo dos principais tópicos
abordados no documento. Seu objetivo é proporcionar ao leitor, uma
visão geral das ações contidas no plano em uma leitura curta e rápida.
Caso haja interesse no aprofundamento de qualquer um dos pontos,
basta se dirigir ao capítulo correspondente;
� Premissas Fundamentais de TI para a Secretaria de Estado de Saúde
de Minas Gerais – Esse capítulo descreve as premissas fundamentais
que irão lastrear o trabalho a ser elaborado. Aqui serão definidas as
políticas de TI tais como a Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais se posiciona na aquisição & desenvolvimento de software,
quais serviços de TI são passíveis de terceirização, qual a plataforma
de sistemas operacionais que a Secretaria de Estado de Saúde de
Minas Gerais irá trabalhar, política de troca de equipamentos e outras
também importantes;
� Onde Estamos? Esse capítulo descreve a situação atual na secretaria
dentro do contexto da TI, contemplando a infra-estrutura de TI
existente, tanto de hardware quanto de software, os aplicativos em uso,
os níveis de governança entre os diversos setores e demais requisitos.
Essa etapa vai exigir ainda um grande levantamento de informações,
um inventário dos atuais recursos de TI da secretaria.
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� Onde Queremos Chegar? Esse capítulo descreve qual a situação que a
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais está vislumbrando
para a TI ao final de dois períodos: 2014 (quando se encerra o próximo
período de governo) e 2023 (alinhado com o planejamento estratégico
do governo estadual e com a visão de futuro “Tornar Minas o melhor
Estado para se viver até 2023). Quais os caminhos a serem
percorridos, quais estratégias implementadas, quais cenários
simulados. Discutiremos também os modelos dos processos por onde a
TI se faz necessária, os requisitos para a elaboração do Plano
Estratégico e sua implementação.
2009 foi um ano de discussão do anteprojeto e de refinamento. O
planejamento para 2010 é concluir um processo de licitação com base nos termos
do anteprojeto e contratar uma consultoria para elaboração do PETI.
Outro importante avanço obtido em 2009 foi a elaboração do mapa
estratégico para a Tecnologia da Informação na Secretaria de Estado de Saúde de
Minas Gerais. Este mapa está alinhado ao mapa estratégico do governo e ao mapa
estratégico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Abaixo estão demonstrados os 3 mapas:
Figura 2: Mapa estratégico do Governo de Minas Gerais
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Figura 3: Mapa estratégico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Figura 4: Mapa estratégico do uso da tecnologia da informação na SES/MG
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Em relação ao estabelecimento da governança em TI, destaca-se como
importante progresso obtido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais a
implantação do Comitê de Tecnologia da Informação.
O Comitê de TI foi instituído em 2009, através de Resolução que
determina não apenas sua criação e dos grupos de trabalho, mas também a
implantação da política de TI na SES/MG.
O Comitê de TI possui a seguinte configuração:
Figura 5: Representação do Comitê de TI da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
O CODETI ou Comitê Deliberativo de TI é responsável por deliberar sobre
as recomendações dos Grupos Técnicos. O CODETI deve realizar reuniões
mensais, com a previsão de onze reuniões em 2010 de fevereiro a dezembro.
A Secretaria Executiva é responsável por levar os assuntos para
discussão nos Grupos Técnicos, auxiliar na montagem desses grupos, negociar os
prazos iniciais, acompanhar os trabalhos dos Grupos Técnicos através de um
representante em cada GT, garantindo a execução do trabalho de acordo com o
proposto, validar Relatórios de Recomendação para serem enviados ao CODETI,
elaborar pauta da reunião do CODETI e assessorar o CODETI.
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Cada Grupo Técnico, por sua vez, é responsável por trabalhar de acordo
com a missão do grupo e montar plano de trabalho e cronograma tendo em vista os
objetivos e escopo geral do grupo. Os GTs têm previsão de reuniões periódicas
segundo cronograma montado pelo próprio grupo e de acordo com o escopo.
Os primeiros Grupos Técnicos instituídos foram:
GT Segurança da Informação
Missão:
Coordenar toda a gama de ações necessárias para a implantação de
Modelo de Gestão de Segurança da Informação no âmbito da SES/MG.
Premissas
Básicas:
Estabelecer formas de proteção a sistemas de informação contra acessos
não autorizados bem como formas de prevenir, detectar, deter e
documentar eventuais ameaças a seu ambiente computacional.
Estabelecer políticas de segurança e de utilização das redes LAN, WAN e
da Internet;
Adotar as melhores práticas como ISO/IEC 27001 e outras;
A implantação da política não é de responsabilidade do GT, caberá a ele
monitorar os trabalhos da equipe do projeto de implantação garantindo o
alcance do produto final.
Escopo Geral:
Levantar as políticas hoje existentes e em prática;
A partir do projeto de Segurança da Informação fornecido pela Módulo em
2006, avaliar o trabalho, solicitar atualização e partir para aplicação
imediata no ambiente da SES;
Se necessário, buscar expertise para auxiliar o grupo;
Estar aderente à política de Governo Eletrônico da SEPLAG
Se necessário, criar sub comitês para discussão de temas específicos;
Monitorar a implantação da política.
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GT Qualificação de Demanda de Sistemas de Informação
Missão:
Corresponder às expectativas de informatização da SES/MG atendendo
conforme critérios previamente definidos, buscando priorizá-las de acordo
com o planejamento estratégico da Organização.
Premissas
Básicas:
A atribuição do GT está dividida em duas etapas. A primeira, diz respeito á
elaboração de padrões e procedimentos para recebimento , avaliação e
monitoramento da demanda. A segunda, diz respeito ao tratamento
individualizado de cada demanda;
Atentar para a necessidade de fazer cumprir o princípio constitucional da
eficiência, buscando organizar as estratégias, as ações, os prazos, os
recursos financeiros, humanos e materiais;
Estar aderente à política de Governo Eletrônico da SEPLAG
Realizar estudos técnicos detalhados, completos e de qualidade sobre as
demandas de recebidas. Realizar a análise de acordo com o método,
padrões e diretrizes estabelecidas. Eventualmente, buscar expertise para
auxiliar na análise da demanda (através de sub comitês) ;
Propor alternativa para demanda por Sistemas de Informação.
Escopo Geral:
Criar padrões, métodos e diretrizes que tornarão possíveis as análises das
demandas;
Receber as demandas encaminhadas pela Secretaria Executiva;
Montar o grupo de acordo com a demanda que será estudada;
Elaborar a recomendação balizada e documentada a ser encaminhada para
o CODETI para deliberação;
Acompanhar a execução das demandas aprovadas pelo CODETI;
Levantar os recursos necessários decorrentes da demanda tais como
manutenção do sistema, equipamentos, conectividade, hospedagem,
service desk, gestão do conhecimento, recursos técnicos, financeiros e
outros.
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GT Sistemas de Informação Legados
Missão:
Identificar o parque global de sistemas existente na SES inventariando os
utilizados e os não utilizados.
Premissas
Básicas:
Levantar sistemas/produtos através de ferramentas específicas,
questionários e/ou visita ao setor;
Levantar a existência de bases de dados;
Responsabilizar gestores pela veracidade e temporalidade das informações
através da pactuação no instrumento de Acordo para Resultados;
Escopo Geral:
Identificar os sistemas utilizados, destacar os problemas e riscos;
Separar os sistemas que são utilizados dos que não são utilizados;
Dar um destino de “arquivo morto” aos não utilizados;
Tornar público a informação;
Do leque dos sistemas utilizados analisar a viabilidade de atualização e
padronização tecnológica;
Levantar necessidade de recursos técnicos e financeiros para a realização
dessa tarefa;
Elaborar recomendação para deliberação pelo CODETI.
GT Sistemas do DATASUS
Missão:
Identificar os aplicativos do Datasus e estabelecer interfaces com sistemas
da SES de forma a melhor entender a arquitetura de informações em
saúde.
Premissas
Básicas:
Estabelecer ambiente colaborativo com Ministério da Saúde e do
DATASUS;
Direcionar esforços para entender as funcionalidades dos sistemas e os
fluxos de informação.
Escopo Geral:
Desenhar a arquitetura de informações relevantes desses sistemas e que
são utilizados pelos estabelecimentos de saúde e pela SES, tanto do ponto
de vista clínico, quanto do ponto de vista de faturamento;
Buscar expertise para desenhar a arquitetura de informações em saúde �
provavelmente especialista em Datasus
Fazer com que as informações sejam compartilhadas e disseminadas.
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GT Definição do modelo de Service Desk
Missão:
Definir o modelo de Service Desk para atender os sistemas aplicativos
(finalísticos) da SES visando eficiência, qualidade e efetividade no
atendimento aos usuários dos sistemas.
Premissas
Básicas:
O serviço não tem como objetivo o atendimento ao cidadão;
No processo de modelagem incluir os aplicativos já em uso;
Incluir expansão para atender aplicativos futuros;
Modelagem deverá seguir as melhores práticas utilizadas mundialmente;
Buscar expertise fora da SES para auxiliar o trabalho.
Escopo Geral:
Apropriar conhecimento sobre os modelos de service desk dos aplicativos
em uso (se houver);
Buscar conhecimento das melhores práticas utilizadas para definição do
modelo SES;
Projetar o modelo amplo do serviço para a SES;
Levantar recursos financeiros e humanos necessários para manutenção da
base de conhecimento dos sistemas e para manter a operação do serviço
dentro da SES.
Elaborar relatório de recomendação para ser deliberado pelo CODETI
GT Políticas e padrões de aquisição e distribuição de Insumos de TI
Missão:
Definir os padrões para aquisição e distribuição de materiais e insumos de
TI a partir das normas vigentes, primando pela transparência do processo,
pela otimização dos recursos, pela qualidade dos contratos e efetividade na
execução dos mesmos
Premissas
Básicas:
Promover o alinhamento das ações de TI aos objetivos estratégicos,
identificando as necessidades de recursos atuais e futuros;
Estabelecer padrões para utilização de insumos de TI e a partir destes,
estabelecer regras para utilização;
Validar com as áreas jurídicas e de compras;
Publicar e oficializar para esses padrões;
O trabalho deverá contemplar questões relacionadas com a mudança para
a Cidade Administrativa.
Escopo Geral:
Criar padrões de aquisição e distribuição de materiais insumos de TI para
as áreas que não irão para o CA e para as GRS;
Publicar e divulgar padrões e normas de distribuição.
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GT Políticas e Padrões de Aquisição de Serviços de TI
Missão:
Definir os padrões para aquisição de serviços de TI a partir da normas
vigentes, primando pela transparência do processo, pela otimização dos
recursos, pela qualidade dos contratos e efetividade na execução dos
mesmos, alinhado com o Mapa Estratégico da SES e diretrizes da
SEPLAG.
Premissas
Básicas:
Promover o alinhamento das ações de TI aos objetivos estratégicos,
identificando as necessidades de recursos atuais e futuros;
Criar instrumento jurídico que possa dar base legal à nova forma de
contratação
Publicar e oficializar para esses padrões;
Referencial � gestão do novo contrato do SUSFÁCIL.
Escopo Geral:
Analisar e validar a Metodologia de Contratação de TI com vistas a tornar
sua utilização um instrumento jurídico legal;
Criar chek lists para as diversas instâncias como forma de garantir a
adequação de cada contrato;
Criar SLAs (Service Level Agreements), indicadores e metas para avaliação
do desempenho dos contratos e avaliar os SLAs propostos pela SEPLAG
(consultoria PRICE)
Publicar e divulgar padrões.
Um dos primeiros trabalhos “patrocinados” pelo Comitê de TI foi o 1o
Fórum de Profissionais de TI da SES/MG, realizado em Outubro de 2009.
Neste Fórum, foi possível reunir por dois das os profissionais que pensam
Tecnologia da Informação na SES/MG. Além deles, diversos participantes de outros
órgãos (SEPLAG, PRODEMGE, SBIS, UFMG etc.) estiveram presentes dando início
a importantes reflexões sobre o tema.
Figura 6: Logomarca de divulgação do 1o Fórum de TI da SES/MG
Neste fórum, foi criada, também em 2009, a 1a comunidade virtual da SES
para profissionais de TI: o conexão TI.
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Conexão TI é uma rede social de tecnologia da informação com mais de
cinqüenta membros. Seguindo o modelo padrão das redes sociais online, os
membros da Conexão podem criar perfis de usuário com informações pessoais,
experiência profissional, foto e até blogs
Figura 7: Página no NING do Conexão TI
O Conexão TI permite que os membros formem grupos para discutir os
tópicos mais recentes em suas áreas de atuação. Os usuários também podem incluir
dicas e fazer perguntas em páginas especiais.
A postagem dos Grupos Técnicos e COTI é uma parte importante da
nossa rede social
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CONCLUSÕES
Conforme salientado e demonstrado neste trabalho, importantes avanços
vêm sendo realizados concernente aos processos de tecnologia da informação na
Secretaria de Estado de Saúde.
Ainda existem muitos aspectos a serem trabalhados: conclusão do
documento final e implantação do PETI, manutenção da agenda planejada do
Comitê e implementação de suas primeiras deliberações, dentre outros.
A sensibilidade dos gestores da organização e de todos os profissionais,
à partir do que já foi feito tem se configurado um importante avanço.
O reconhecimento da importância da TI para a SES/MG, como forma de
alcançar sua visão de futuro é, certamente, o maior passo dado até aqui.
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REFERÊNCIAS
AUDY, J.; BEKER, J.; FREITAS, H. Modelo de planejamento estratégico de sistemas de informação. In: Encontro Anual da ANPAD, 23., 1999. Foz do Iguaçu. Anais… Foz do Iguaçu: ANPAD, 1999. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão. Avaliação continuada da gestão pública: Repertório/Secretaria de Gestão. Brasília: MP, SEGES, 2004. DAVENPORT, T. H.; PRUSACK, L. Ecologia da informação. São Paulo: Futura, 1998. FERNANDES, A. A.; ALVES, M. M. Gerência estratégica da tecnologia da informação: obtendo vantagens competitivas. Rio de Janeiro: LTC, 1992. KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: Campus, 1997. PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1989. 536p. PORTER, M. E; TEISBERG, E. O. Repensando a saúde: estratégias para melhorar a qualidade e reduzir os custos. Porto Alegre: Bookman, 2007.
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AUTORIA
Francisco Antônio Tavares Junior – Graduado em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro e especializado em Economia da Saúde e Farmacoeconomia pelo IDEC/Universidad Pompeu Fabra de Barcelona na Espanha. Atualmente é Assessor Chefe de Gestão Estratégica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Endereço eletrônico: [email protected] Rejane Maria Lamounier França – Engenheira Civil com pós-graduação em Análise de Sistemas pela UFMG. Atualmente, é empreendedora pública do Governo de Minas Gerais e está lotada na Assessoria de Gestão Estratégica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, sendo responsável pelo planejamento estratégico de Tecnologia da Informação.
Endereço eletrônico: não disponibilizou e-mail