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Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
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compensados pela perda das culturas e não da terra. Foi explicado que o governo iria proporcionar-lhes terra alternativa, conforme a legislação. Até à data, um cuidadoso planejamento RAP e uma avaliação de terras bem focada e estratégica com o apoio da Comissão de Reassentamento do Distrito têm sido as salvaguardas, e pouquíssimas queixas ligadas ao processo RAP em geral têm sido levantadas. No entanto, as queixas são uma parte natural de qualquer processo RAP, e espera-se certamente algumas durante a execução do RAP. Estas serão tratadas através do Mecanismo de Queixa. Em Geral Membros da comunidade expressaram sua gratidão por terem sido incluídos no processo de consulta. No entanto alguns manifestaram suas preocupações quanto à falta de confiança que eles têm para com o cliente que prometeu completar-lhes a Mesquita, mas não foi feito nenhum progresso. Entre outras apreensões levantadas, os membros da população estão preocupados com a imigração e a perda de terra, monitoramento de locais sagrados e cemitérios; e questões agrícolas em termos de perda de água e terra de irrigação. Em Pemba, foram levantadas questões sobre a perda de biodiversidade e do impacto que a mina pode vir a ter sobre a vegetação e as florestas de Miombo. Ficou combinado chamar um especialista para avaliar a questão e apresentar-lhes os resultados. Em termos de consulta e o processo de AIA em geral, membros da população local solicitaram a melhoria dos canais de informação. Eles pediram mais informações sobre a descrição do projeto e estudos especializados sobre impactos e medidas de mitigação. Os membros da comunidade ainda estão felizes com fato de que o projeto irá fornecer oportunidades de emprego e do desenvolvimento para poderem sustentar suas famílias.
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Tabela 4.1:Trilha de Questões e Soluções da Fase de Avaliação Prévia
LEVANTADA POR EVENTO E DATA QUESTÃO/RECEIO/COMENTÁRIO RESPOSTA/AÇÃO
Questão 1: Alojamento
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
As 200 a 300 casas para os trabalhadores vão ser destinadas a pessoas desta região?
Não, estas pessoas serão gerentes e outras pessoas qualificadas, proveniente de outros lugares. O plano é que todas as pessoas desta região vão ficar em suas casas e viajar para trabalhar todos os dias.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013) Vão ser construídas casas para pessoas que trabalham na mina?
Sim, vai haver casas na mina para trabalhadores mas serão para pessoas vindas de longe e não para as pessoas daqui. O objetivo é que as pessoas daqui fiquem em suas casas e viagem todos os dias para o trabalho.
Questão 2: Reassentamento e Compensações
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
O que acontece se a obra do projeto ocupar uma machamba?
Se qualquer Machamba for afetada, haverá negociações com as famílias lesadas. O processo envolverá chefes, funcionários do governo e pessoas da mina. As famílias serão então compensadas conforme o que ficar combinado.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00 Algumas pessoas de Ntete têm machambas na área do projeto e queremos saber como é que elas vão ser compensadas por perderem as machambas por causa da mina?
Neste momento ainda não sabemos se alguma machamba vai ser afetada por causa da mina, mas se alguma machamba desaparecer por causa da mina vai ser iniciado um processo de negociações com a família lesada e ficará concordado uma compensação monetária. Neste processo participarão líderes comunitários e departamentos do governo para ter a certeza de que as pessoas recebem uma compensação adequada pelas terras perdidas.
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
Se formos deslocados por causa da mina, vamos ser levados para lugares longe daqui?
Não, se as pessoas forem deslocadas por causa da mina haverá negociações com a população e famílias afetadas. Será procurado um lugar e concordado com as pessoas e famílias afetadas.
Questão 3: Questões sobre Sexos
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00 As mulheres vão trabalhar no projeto? Sim, as mulheres vão ser empregadas na mina. Por exemplo, agora já há mulheres a trabalhar no acampamento.
Questão 4: Emprego
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LEVANTADA POR EVENTO E DATA QUESTÃO/RECEIO/COMENTÁRIO RESPOSTA/AÇÃO
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
Como é que vamos conseguir emprego na mina?
Haverá um processo claro de emprego que vai ser explicado às populações. Logo que haja vagas de empregos na mina, os chefes das aldeias serão informados dessas vagas e por sua vez eles informarão as aldeias. Em princípio serão só as aldeias desta região que vão ser informadas, a menos que haja a necessidade de trabalhadores mais especializados que não se possam achar aqui, nesse caso as vagas serão anunciadas em regiões mais distantes.
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
Vamos precisar de documentos para arranjar emprego na mina? A maior parte das pessoas aqui não têm documentos.
Chefe, sim, vai ser preciso documentos porque o governo quer que as pessoas tenham documentos para trabalhar. Mas já que alguns departamentos do governo vão ficar envolvidos neste processo pode-se criar um plano para que as pessoas desta região possam obter todas as condições para conseguirem emprego na mina.
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
O problema para conseguir documentos é que só podemos obtê-los em Montepeuz ou em Balama e eles custam dinheiro, o que a maior parte das pessoas aqui não tem.
Já que é importante que as pessoas desta região arranjem emprego na mina vai ter que se fazer algum acordo para ajudar aqueles que não têm posses para conseguirem os documentos. Por exemplo, os departamentos do governo estão envolvidos neste processo e podem fazer planos para garantir a todos os que conseguirem emprego na mina uma forma de obterem a documentação necessária. Desta forma as pessoas vão conseguir emprego e documentos. Então há maneiras e estratégias para que as pessoas desta região tenham emprego na mina e não sejam excluídas por falta de documentos.
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
Quantas pessoas vão ser aceitas no projeto?
O número de pessoas a serem empregadas é de 250.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00
Estamos felizes como o projeto, porque vai desenvolver a região, mas como conseguimos emprego na mina?
Os líderes das comunidades, ou seja, os chefes, vão ser informados das vagas de trabalho na mina e depois informam as populações. Vai ser criado um processo de emprego claro e será debatido com as comunidades para que todos saibam como arranjar emprego na mina.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00
Quantas pessoas podem arranjar emprego agora na mina?
Neste momento não há emprego na mina. Quando houver vagas será comunicado ao chefe que por sua vez avisará os chefes das quatro aldeias mais próximas e estes dirão às populações que há vagas de emprego. Logo que a mina estiver ativada haverá mais empregos.
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Por exemplo, a mina vai trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, o ano inteiro. Isso requer muita gente.
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
Como podem ver, muitas pessoas aqui são pobres e esperamos que com a mina as pessoas ganhem dinheiro e melhorem suas condições de vida.
Reparem que esse é o objetivo do Twigg e do governo de Moçambique ao abrirem esta mina aqui. O objetivo é desenvolver as populações.
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
A obra vai empregar pessoas longe daqui? Sim, vai haver pessoas de outros lugares que vão trabalhar na mina principalmente pessoas com conhecimentos especializados que não se encontram aqui. Mas para trabalhos comuns, os empregos vão ser dados as pessoas desta região.
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
Estamos felizes com a mina porque queremos trabalhar e não há emprego nesta região
Haverá mais oportunidades de trabalho logo que o Twigg começar a obra e a mina for ativada.
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
Não estamos satisfeitos com a maneira como os empregos que foram dados agora. Por exemplo, somos a aldeia mais próxima da mina mas só uma pessoa desta aldeia é que está a trabalhar lá.
Notamos isso e já comunicamos com a Twigg Exploration and Mining. Porém agora não há muitas vagas de emprego na mina pois ainda estão a construir o acampamento e a fazer diversos estudos.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
Não queremos ver pessoas de Pemba e de Montepuez a conseguirem emprego primeiro na mina enquanto nós ainda estamos sem trabalho.
Ninguém vai ser empregado de fora para um trabalho que pode ser feito por alguém daqui. Vai ser só para trabalhos que as pessoas daqui não sabem fazer como, pesquisadores, engenheiros de minas, etc. Só esses é que a mina irá buscar fora daqui.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
O problema é que os bilhetes de identidade demoram muito a ser processados e isto pode fazer com que as pessoas percam a oportunidade de emprego.
As pessoas podem começar a tratar dos BIs pois ainda falta muito tempo para o projeto começar. Não estamos a dizer que as pessoas daqui sem documentos não vão trabalhar na mina. Vai depender da situação quando a mina começar. Talvez com o envolvimento do governo pode-se criar um plano para garantir que as pessoas consigam os BIs.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00
A gente de Ntete é pobre e quer emprego na mina, como é que vamos ter a certeza de que as pessoas de Ntete arranjam emprego na mina?
As pessoas das regiões perto daqui serão as primeiras a ser consideradas para os empregos da mina, a menos que os conhecimentos requeridos para o trabalho em questão não se achem aqui, só nesse caso a mina emprega gente de outras regiões.
Questão 5: Educação
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
A escola também não tem mobília, como carteiras e cadeiras para os alunos se
Como já foi dito, vão ser implementados alguns processos como parte da responsabilidade social da
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sentarem, e gostaríamos que a mina ajudasse também a escola local.
mina e estes serão debatidos com as populações e priorizados logo que a mina estiver ativada.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00
As necessidades da população aqui são parecidas com as de outras regiões. Por exemplo, temos uma escola mas sem carteiras e cadeiras. Será que a mina pode ajudar?
Não temos a certeza que ajuda a mina prestará às aldeias pois há muitos desafios pela frente ainda, porém é certo que a mina prestará assistência às aldeias como parte da responsabilidade social do governo de Moçambique e dos benfeitores internacionais. Por exemplo, é possível que a Twigg Exploration and Mining tenha fundos para abrir um poço para a população neste momento, mas assistência em termos de material escolar só talvez quando a mina estiver ativada.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
O diretor da escola nos falou dos desafios que a escola enfrenta, e que não têm eletricidade mas têm computadores. Seria melhor se tivessem um gerador ou energia solar. A escola vai do 1º grau ao 7º.
Isso fará parte da responsabilidade social do projeto, mas neste momento ainda estamos na fase de estudos e quando a mina estiver ativada então mais será feito.
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
Na nossa região não temos escola como já repararam. A mina vai prestar assistência à escola?
Sim, a mina vai ajudar as aldeias logo que o projeto seja aprovado e principalmente quando estiver a funcionar.
Questão 6: Água
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013) às 10:00
Não temos água perto da nossa aldeia e as pessoas têm andar muito para buscar água. Será que a mina não pode ajudar com um poço comum or artesiano?
A mina vai ajudar as aldeias como parte da sua responsabilidade social, mas neste momento não podemos fazer muito porque estamos ainda a fazer estudos ESHIA. Logo que a mina estiver a funcionar entraremos em contato com as populações para ver quais são os projetos mais prioritários.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013) às 14:00
A prioridade tem que ser água para a população – a mina não pode abrir um poço para o povo?
Ainda que nesta fase não sabemos muito bem a ajuda que a mina pode prestar à população pois há muitos desafios pela frente, é certo porém que a mina prestará assistência às aldeias como parte da responsabilidade social do governo de Moçambique e dos benfeitores internacionais. Por exemplo, é possível que a Twigg Exploration and Mining tenha fundos para abrir um poço para a população neste momento, mas assistência em termos de material escolar só talvez quando a mina estiver ativada.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
Há falta de água na região, será que o projeto pode abrir poços para a população?
O projeto está disposto a ajudar a população como já prometemos, mas agora estão a ser feitos testes à água do subsolo e logo que se souber os resultados iremos
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considerar outras fontes de água.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
A água do poço não presta e achamos que um novo poço perto da escola poderia ser melhor.
Exames à qualidade da água estão a ser feitos pela EIA, e logo que se saibam os resultados irão ser consideradas outras alternativas. Estão a fazer vários testes para ver a qualidade da água na região, e se a qualidade da água for má então irá pensar-se em outras alternativas.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
O projeto prometeu abrir dois poços na região, mas só abriram um e a qualidade da água não é boa. Irá ser possível abrir outro poço perto da escola?
Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto.
Questão 7: Infraestrutura geral
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
Vão trazer eletricidade para a nossa região por causa da mina?
Não, a mina vai usar também geradores para a energia elétrica mas quando a mina estiver a funcionar talvez o governo também se anime a trazer eletricidade para aqui
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
A estrada para a escola não está transitável, e uma estradinha para a escola com uma ponte vai ajudar, pois as crianças não vão à escola na chuva.
Repare que isto será tido em consideração mas como já dissemos o projeto não pode fazer tudo, apenas as coisas mais prioritárias e com a ajuda do governo e das populações.
Membro da comunidade Ntete (04-03-2013 14:00) Como pode ver, a estrada para o acampamento é estreita e cheia de obstáculos, e com todos os carros passando por aqui como resultado da mina pode haver acidentes se ela não for desimpedida. Será que a mina não pode desimpedir a estrada para evitar acidentes?
Repare, participaremos isto à Twigg Exploration & Mining. Segundo o plano em vigor vai ser construída uma nova estrada para ligar Ntete com a estrada principal. Evidentemente a nova estrada será melhor que a atual.
Questão 8: Saúde
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013 às 10:00
Nós também não temos nenhuma clínica ou hospital na região. Será que a mina não pode ajudar a construir uma clínica para a população?
Há várias coisas que a comunidade precisa ajuda e logo que a mina esteja a funcionar isto será considerado como parte da responsabilidade social da mina e serão implementados vários projetos. Por exemplo, a mina poderá ajudar a construir uma clínica mas para isso precisa de ajuda do governo em termos de pessoal e medicamentos.
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
O maior problema é acesso aos centros de saúde e as pessoas sofrem quando ficam doentes pois têm que fazer uma grande viagem para Balama ou Montepuez
A questão de assistência à comunidade ou responsabilidade social fazem parte do projeto e todas estas coisas serão tidas em consideração logo que os estudos ESHIA sejam aprovados pelo MICOA. Contudo a população não deve esquecer que a mina não vai poder suprir todas as necessidades das aldeias.
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Questão 9: Desportos e lazer
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
A equipe de futebol não tem bola – será que não podemos pelo menos ter uma bola para começarmos a treinar?
Vamos ajudar os clubes daqui, da mesma forma que ajudamos os clubes de Ntete e Nquide como parte da responsabilidade social da mina.
Questão 10: Processo de consulta
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
Estamos felizes com o projeto Twigg Balama pois eles pedem a nossa opinião antes e não fazem como o CMC que empregava pessoal do mercado e nunca pedia conselhos à população.
Reparem que a intenção do Twigg Exploration & Mining é consultar as comunidades durante o funcionamento da mina.
Questão 11: Queixas
Membro da comunidade Piriria (05-03-2013) às 14:00
Quando os representantes da Twigg visitaram a comunidade prometeram-nos construir a Mesquita mas nada disso aconteceu.
Não temos a certeza do que aconteceu mas vamos saber informações e na próxima reunião daremos uma resposta, se até lá nada tiver sido feito.
Questão 12: Benefícios do projeto em geral
Membro da comunidade Maputo/Mualia (05-03-2013)
O projeto vai trazer empregos e as pessoas vão conseguir trabalho e depois comida
Repare que este é o objetivo do projeto para garantir emprego na mina às pessoas da região
Membro da comunidade Nquide (04-03-2013 às 10:00
O projeto é muito grande e vai desenvolver a região. As pessoas vão poder dar dinheiro aos filhos para comprarem outras coisas.
Repare que este é o objetivo da Twigg Exploration & Mining
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4.3 Questões e Trilha de Respostas no Processo de Avaliação do Impacto no Ambiente, Sociedade e Saúde, até à data
LEVANTADA POR EVENTO E DATA QUESTÃO/ RECEIO/ COMENTÁRIO RESPOSTA/ AÇÃO
Questão 1.1 : Emprego, Reunião em Nquide
Enrique Rame
REUNIÃO EM NQUIDE
19/08/2013
Não tenho muito a dizer senão
agradecer à companhia por trazer
este projeto à região. A companhia
emprega menos de três pessoas de
Nquide. Será que podemos não
trabalhar como guardas ou para
colher lixo no acampamento? O
projeto é bom mas precisamos de
trabalho.
Dinís Napido - Twigg
Entendemos que o problema principal são empregos. O projeto
está a andar rapidamente e logo vamos abrir a mina. Estamos a
trabalhar com o governo do distrito para resolver a questão da
distribuição dos empregos.
Há um plano de recrutamento de trabalhadores através de
comitês comunitários. Estas comissões serão criadas aqui e em
todas as comunidades e serão assistidas por membros do
governo – o Ministério do Trabalho. O Ministério do Trabalho vai
dar uma mão neste processo de seleção de acordo com o tipo
de trabalho necessário. Agora temos poucos empregos e
entendemos que temos que agir rapidamente para cobrir todas
as comunidades. Nós não vamos empregar todos mas haverá
benefícios, até mesmo para aqueles que não trabalham na mina.
Cabral Mutiquinhene- Twigg
Não temos trabalho para todos, mas existem alguns trabalhos
que são necessários ocasionalmente e para aqueles empregam
pessoas à porta. Tentamos distribuir os postos de trabalho por
todas as aldeias. Recentemente empregados 7 pessoas de
Nquide e o trabalho vai terminar na próxima semana. Ainda
estamos a estudar como melhorar o processo de recrutamento
com o apoio do governo.
Katchatepa
Nassir Mualuwe
REUNIÃO EM NQUIDE 19/08/2013
Gostaria de apoiar o Enrique. Da
montanha até aqui, a terra pertence
ao Nquide, mas não estamos a
ganhar nada com o projeto. Não
temos empregos. Espero que as
oportunidades de emprego podem ser
para todos. Se arranjarmos emprego,
vamos dançar toda a noite. Temos
pessoas que sabem dirigir tratores,
máquinas pesadas, temos pedreiros,
carpinteiros, mas sofremos porque
não há empregos.
A prioridade agora é concluir o processo de identificação dos
donos das terras, para permitir que a mina comece. Nessa
altura, teremos mais empregos. Agora, o bolo é pequeno e os
empregos não são permanentes. Mas quando a mina começar,
mais pessoas serão empregadas.
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Martins Nicula
REUNIÃO EM NQUIDE 19/08/2013
Precisamos de empregos para Nquide. Deixamos casas para procurar emprego no acampamento e passamos o dia inteiro sem saber de nada, se há emprego ou não. Às vezes a empresa diz que não há emprego, mas depois disso ficamos a saber que alguém foi empregado.
Em relação às pessoas que vão e ficam no portão para procurar trabalho, não podemos dizer-lhes para irem embora e voltarem amanhã. Deixamos que as pessoas fiquem no portão, porque às vezes temos trabalhos provisórios que duram 1-3 dias.
Pedro Manuel
Mustafa
REUNIÃO EM NQUIDE 19/08/2013
Pode ser empregado um estrangeiro residente em Moçambique? Uma pessoa que venha de Maputo durante a fase de recrutamento poderá ser empregada na mina?
Dinís Napido - Twigg
Quanto a estrangeiros, o nosso governo dá prioridade aos
moçambicanos porque os recursos lhes pertencem. Para
qualquer tipo de trabalho, procuramos primeiro nos
moçambicanos e somente na falta de pessoas qualificadas,
procuramos nos estrangeiros. Pessoas de Maputo, Niassa, Cabo
Delgado são todos moçambicanos e não queremos
discriminação entre moçambicanos. No entanto, será dada
prioridade aos moradores locais.
Mahamudo
Jesefo
REUNIÃO EM NQUIDE 19/08/2013
Está visto que uma equipa irá à aldeia
para falar com os chefes. Gostaria de
recomendar que os chefes não
dessem os empregos só aos seus
familiares.
Sobre corrupção no processo de recrutamento, a equipa não será formada só por líderes da Comunidade teremos representantes de departamentos governamentais como o Ministério do Trabalho, autoridades distritais e representantes da empresa. Temos que seguir a nossa organização e confiar nos nossos dirigentes.
Catarina Jeremias
REUNIÃO DE NQUIDE 19/08/2013
Não temos muito a dizer, só
queremos ver os nossos maridos
empregados. Eles vão trabalhar e
trazer dinheiro para nós.
Dinís Napido – Twigg
Quando se trata de trabalho não há discriminação se a pessoa
ficar doente durante o trabalho, a empresa irá garantir que faz
tudo para ajudar. Há um sistema de segurança social, se houver
acidentes, existem maneiras de compensar.
Para o processo de seleção, existem formas de avaliações que
são feitas de acordo com a dificuldade do trabalho.
Augusto Cassimo
REUNIÃO DE NQUIDE 19/08/2013
Quando a empresa chegar não vai querer empregar pessoas doentes (deficientes). Que tipos de doenças são permitidos? E sobre as pessoas com deficiências?
Dinís Napido – Twigg
Quando se trata de trabalho não há discriminação se a pessoa
ficar doente durante o trabalho, a empresa irá garantir que faz
tudo para ajudar. Há um sistema de segurança social, se houver
acidentes, existem maneiras de compensar.
Questão 1.2: Emprego, Reunião em Ntete
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Fernando
Cassona
REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013
Estamos gratos pela informação que não sabíamos antes. Sofremos por falta de emprego. Estamos registados desde o ano passado, mas não sabemos os resultados desses registos. Não importa se perdermos a mesquita, ficaremos felizes se conseguirmos emprego.
Dinís Napido – Twigg
Compreendemos as preocupações apresentadas e
reconhecemos que ter emprego é muito importante; a empresa
abriu há dois anos e agora está pensando estabelecer a mina.
Começamos a falar com o governo para cobrir todas as
comunidades no emprego. Não só o emprego no projeto, mas
também em projetos que virão devido ao projeto.
Não é possível empregar todas as pessoas, então procuramos
uma maneira de beneficiar aqueles que não estão na mina.
Vamos trabalhar com o Ministério do Trabalho, para criar uma
equipe composta por membros da Comunidade, o governo do
Distrito, o Departamento Provincial do Trabalho e da empresa. O
objetivo da equipe será estudar a forma de recrutar pessoas
para a mina.
Sabemos que vocês nunca trabalharam numa mina. A equipa
vai estudar como vos encaixar na mina. As pessoas à espera na
entrada da mina, queremos dizer que não estamos a recrutar a
tempo inteiro, na mina vamos trabalhar de forma diferente, agora
nós recrutamos para períodos curtos de 2 a 4 dias.
A empresa não começou a recrutar ninguém para a mina. As
pessoas estão a trabalhar na fase de exploração do projeto. É
preciso ter calma e paciência e vamos trabalhar com o governo.
Manuel Razão
REUNIÃO DE NTETE 19/08/2013
Nós moçambicanos estamos mal
porque com a chegada da empresa
temos limitações porque as áreas
agrícolas são poucas e a terra está
limitada ao distrito de Balama. O que
será dado aos nossos filhos? Eu sei
que a empresa trará benefícios, mas
nem todos serão empregados. O que
acontecerá com aqueles que não são
empregados?
Não é possível dar emprego a toda a gente, então procuramos
uma maneira de beneficiar aqueles que não trabalham para a
mina. Vamos trabalhar com o Ministério do Trabalho, para criar
uma equipe composta por membros da população, o Governo do
Distrito, o Departamento Provincial do Trabalho e pela empresa.
A equipa terá o objetivo de estudar a forma de recrutar pessoas
para a mina.
Para aqueles que não têm empregos, haverá outros benefícios e
projetos que a empresa fará como parte de sua responsabilidade
social. Assim, haverá outras oportunidades para as pessoas
criarem.
Os estrangeiros não terão direitos enquanto estamos aqui. Eles
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serão contratados só quando não houver ninguém em
Moçambique com suas qualificações. Os estrangeiros vêm para
ensinar moçambicanos e depois voltar. Para o caso de Tete,
Niassa, etc, eles também são moçambicanos, mas a prioridade
é para os moradores. Temos que contar com pessoas de outras
províncias para promovermos a unidade nacional.
O chefe da equipa falou dos benefícios do desenvolvimento da
região, não só de empregos. Podemos ter boas estradas,
hospitais, escolas, etc.
Issufo Jaisse
Narape
REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013
Fico muito satisfeito com este
programa. É bom saber que a
empresa vai vir e trazer empregos.
Vão vir pessoas de fora mas nós
ficaremos no nosso controlo. Há
dificuldades porque há pessoas que
estudaram mas estão sem emprego.
Eles deveriam pelo menos aceitar
algumas dessas pessoas.
Dinís Napido – Twigg
Vamos trabalhar com o Ministério do Trabalho, para criar uma
equipe composta por membros da comunidade, o Governo do
Distrito, o Departamento Provincial do Trabalho e pela empresa.
A equipa terá o objetivo de estudar a forma de recrutar pessoas
para a mina. As pessoas da região com aptidões necessárias na
mina terão preferência para obterem emprego.
Mamade Muhale
REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013
Sou jovem e estou preocupado
porque os jovens vão à empresa
todos os dias, mas não são
contratados. Há pessoas que estão lá
desde o ano passado, mas não são
empregadas.
Como já foi dito, não há empregos exceto trabalhos ocasionais
por 2 ou 3 dias então a companhia não pode mandar embora as
pessoas à espera no portão porque os trabalhos aparecem de
um momento para o outro.
Lordino Sawalé
REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013
Esses trabalhos foram obtidos por
pessoas vindas de Maputo, queremos
que a companhia traga pessoas
daqui.
Dinís Napido – Twigg
Soubemos da questão da Sra Bibiana e achamos que é um
problema para todas as mulheres de Ntete. Obrigado por ter
levantado esta questão, iremos corrigir o erro e empregar
mulheres de Ntete.
Seus filhos e netos irão beneficiar-se com esta mina. Se vocês
tiverem outra alternativa aconselhamos a fazerem a vossa
agenda porque não contratamos por longos períodos e às vezes
podemos ficar 15 dias sem recrutar ninguém. Estamos em
negociações com o governo sobre o recrutamento.
António Muatuca
– Chefe da aldeia
REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013
Eu gostaria de agradecer pela boa
contribuição para a Comunidade. As
pessoas querem ver o projeto a
Cabral Mutiquinhene (Twigg)
Agradeço a presença de todos. Eu quero falar sobre a questão
do emprego, como o Sr. Dinís Napido disse, usaremos
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funcionar. As pessoas querem
trabalhar, mas sabemos que nem
todos serão empregados. Estamos a
pedir emprego, pelo menos que as
mulheres trabalhem na mina de
grafite.
transparência para lidar com a questão do emprego. Ninguém
paga para ingressar na empresa, não queremos ouvir que
alguém pagou para conseguir um emprego.
DPCA Latifa António
Agradeço a todos que vieram ouvir sobre o projeto. Temos a
certeza que o projeto trará benefícios.
Dinís Napido – Twigg
Somos irmãos e sabemos que há muitos jovens em Ntete. A
empresa possui programas para abranger toda a gente,
crianças, jovens e adultos.
Questão 1.3: Emprego, Reunião em Pirira
Simão Roberto
Amimo
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Eu gostaria de ouvir os membros do
governo, confirmando se as
informações que recebemos são
corretas. MICOA é a favor do
governo ou das pessoas em geral?
Sabemos que as promessas não
serão cumpridas; Recebemos
pessoas do governo, do
Departamento de Eletricidade,
cortaram nossos coqueiros e
disseram-nos que seremos
compensados, mas não fomos
compensados. Queremos saber se
o governo é pela população ou pela
empresa.
No princípio gostamos da forma
como a empresa Twigg trabalhou,
mas não agora. Naquela altura era
fácil arranjar emprego no portão,
mas agora é difícil. Há pessoas que
dizem que conseguem arranjar uma
vaga de emprego. Como é que as
pessoas que não são da empresa
podem prometer emprego? A
Dinís Napido – Twigg
É um prazer estarmos aqui, fomos calorosamente recebidos no
nosso parque de campismo em Pirira muito obrigado pela
hospitalidade.
Estamos no terceiro ano do projeto e está tudo bem. Vamos
começar a próxima fase do projeto para ter nossa mina, vai
haver muito trabalho extra tais como construção de estradas, de
paredes, etc. A empresa dá empregos para as pessoas, mas
haverá uma estratégia de recrutamento. Esta estratégia de
recrutamento será feita com o governo e a comunidade. O
departamento de governo é o Ministério do Trabalho.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 33 Relatório do Processo da Participação Pública
empresa é a única responsável por
empregar pessoas.
Josefina Lumasse
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Nossa preocupação é o emprego, o
benefício foi dada somente às
mulheres de Balama Sede e não às
de Pirira mas fomos nós que
recebemos o projeto em nossa
terra.
Dinís Napido – Twigg Como já dissemos, vamos criar uma estratégia de recrutamento para garantir que estes problemas não aconteçam e que as pessoas desta área tenham preferência durante o recrutamento. Nesta fase não há empregos permanentes mas apenas empregos ocasionais por alguns dias.
Maria Saibo
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Precisamos de trabalho, mas
quando vamos à mina não somos
contratados porque não sabemos
falar Português e por causa da
idade.
Dinís Napido – Twigg
Não haverá nenhuma discriminação para empregos exceto onde
o trabalho requer habilidades especiais. Em relação à idade,
existem limites, por exemplo, a empresa não pode empregar
menores de 18 anos. Então velhos e jovens abaixo da idade
para trabalhar não serão empregados.
Questão 1.4: Emprego, Reunião em Mualia-Maputo
Sumaila Nandioca
– Deputada do
primeiro distrito
REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
Esta montanha é ao lado de Mualia,
mas só pessoas de Balama são
empregadas. Para ter um emprego
é necessário ter um BI, mas existem
pessoas com BI que deixaram seus
nomes mas ainda não têm emprego
porque a empresa não veio para
Mualia.
Dinís Napido – Twigg
Gostaria de esclarecer que a empresa não enviou ninguém para
recolher uma lista de nomes e/ou BIs para o emprego. A questão
do emprego será tratada em coordenação entre o governo e a
comunidade. Este projeto está a dar o primeiro passo, então só
tem 50 trabalhadores. Nós vamos entrar na fase de construção e
empregar 300 pessoas. Quando chegarmos a esse estágio
trabalharemos com as quatro comunidades... porque eles são
diretamente afetados pelo projeto. Vamos trabalhar com o
Ministério do Trabalho e com as comunidades no processo de
seleção dos trabalhadores
As equipes que estão a fazer a pesquisa percebem que as
pessoas estão à espera de algo. Este é o processo que o
governo tinha decidido antes do projeto, então contratamos
CES. Neste momento só estamos a fazer a pesquisa; Não
andamos a escolher pessoas em suas áreas. As pessoas podem
continuar a agricultura e quando a mina abrir, vamos pagar por
tudo encontrado na machamba. O governo já determinou o
preço dos produtos. Todos os produtos têm seus preços, até
árvores de fruta. Estamos a trabalhar e queremos manter boas
relações com a população.
Arlindo White
Siare
MUALIA-MAPUTO MEETING 20/08/13
Obrigado por apresentar o projeto em detalhes. Este é o primeiro
Dinis Napido – Twigg Esta empresa nunca pede nomes para trabalho. Quando
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 34 Relatório do Processo da Participação Pública
projeto que acontece no distrito. Agradeço a presença da equipe e eu gostaria de recomendar que o governo seja informado de que a população de Mualia está feliz com o projeto. Existem pessoas cadastradas, mas não entendem o propósito do registo. Quais são as formalidades para obter empregos? Ele disse que esta montanha é perto de Mualia, mas apenas as pessoas de Balama é têm empregos. Há pessoas de Mualia que deixaram nomes mas ainda não têm emprego porque a empresa não veio para Mualia
queremos trabalhadores casuais recrutamo-los imediatamente. Temos de estar vigilantes porque algumas pessoas podem aproveitar para criar confusão.
Líder na aldeia REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
A informação que temos é que o
número de trabalhadores foi
reduzido, mas há um grande
número de trabalhadores de Balama
na mina. No dia da reunião,
encontrei quase 20 pessoas. O
diretor disse que iria informar as
pessoas quando houvesse uma
vaga.
A mina deveria seguir o exemplo de
equidade, e os empregos deveriam
ser divididos igualmente entre as
aldeias. Não sei se a pessoa deve
ficar no portão para conseguir
emprego. Se assim for eu enviarei
os jovens da aldeia para o portão do
acampamento. Ouvi dizer que havia
uma demarcação de terras. Isso
acontecerá aqui também?
Dinís Napido – Twigg
Obrigado pela sugestão contratar o mesmo número de
trabalhadores em cada aldeia. Sobre as pessoas em frente ao
portão, eu encorajo as pessoas a não largarem o trabalho que
têm para virem para o portão.
Pegamos um grupo de pessoas para coletar uma amostra... mas
isto não acontecerá mais, o projeto estava para começar quando
recrutássemos pessoas e reconhecemos que temos de corrigir
esta situação através de um bom programa de recrutamento.
O processo de demarcação de terras começou como parte do
RAP.
Adelino Sadique
REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
As pessoas que fazem a pesquisa
dizem que as pessoas lesadas não
serão pagas quando se acha terra
DPREME
Como membros do governo, somos testemunhas deste
casamento e esperamos continuar esse casamento para
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 35 Relatório do Processo da Participação Pública
somente, e perguntam se queremos
dinheiro.
sempre. Este projeto depende fortemente de envolvimento da
comunidade. Se você não ajudar, o projeto não vai funcionar. Se
houver dúvidas, você deve abordar-nos e evitar fofocas.
Questão 1.5: Administração de Balama
Administrador
ADMINISTRAÇÃO DE BALAMA 08/19/2013
Obrigado para a apresentação, o
governo já sabe sobre o projeto.
Queremos ter boa coordenação
entre governo, empresa e
comunidades.
Eu gostaria de saber sobre a mão-
de-obra estrangeira. Sabemos que
a empresa contratou técnicos
moçambicanos e estrangeiros e
tivemos problemas com
estrangeiros em outras empresas.
No projeto de Ancuabe, o
acampamento foi dividido entre
moçambicanos e estrangeiros,
moçambicanos não podiam cruzar o
lado estrangeiro do campo.
Dinís Napido – Twigg
Um projeto nunca se desenvolve sozinho. Temos o
administrador Cabral que é responsável pela gestão e temos
três diretores, eu sou o diretor moçambicano, temos tido a
experiência de outras empresas de mineração e queremos
trabalhar com o governo em relação à mão-de-obra. Vamos
abordar o governo para discutir os termos de uma política de
emprego.
Existem modelos de gestão para os estrangeiros. Em nossa
companhia, o estrangeiro só pode ficar dois anos e sua missão é
ensinar, temos de encontrar pessoas dispostas a aprender para
ocupar estas posições depois deste período.
Quanto à discriminação, no campo, temos áreas para
funcionários seniores e júniores. Não há nenhuma discriminação
racial; tentamos minimizar o ingresso de trabalhadores
estrangeiros. Os estrangeiros que temos agora no acampamento
são os consultores.
Issa Rachide
(Secretário
Permanente do
Distrito de
Balama)
ADMINISTRAÇÃO DE BALAMA 08/19/2013
O projeto é bem vindo, porque irá
ajudar desenvolver o distrito e os
membros do governo estão
conscientes disto e faremos o nosso
máximo para fornecer apoio.
Gostaria de compreender melhor o
mercado de grafite e urânio porque
tinha ouvido dizer que possuímos
urânio.
Sabemos que a empresa irá treinar
os nossos cidadãos baseados em
estrangeiros, ás vezes esquecemos
nos que o papel dos estrangeiros é
para o ensino. Os estudos devem
incorporar a questão de formação
A questão de estrangeiros é complexa. Uma maneira que
achamos para ignorar os problemas de estrangeiros é para
trabalhar em coordenação com as autoridades. A Lei de
Trabalho estabelece a percentagem de estrangeiros que podem
ser utilizados por uma empresa. Sabemos que não é fácil de
seguir estritamente e que haverá maneira de acomodar os
específicos de cada projeto. Os estrangeiros devem cá vir para
partilharem o conhecimento deles. Isto será realizado através de
acordos escritos e memorandos com o governo.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 36 Relatório do Processo da Participação Pública
de moçambicanos.
Questão 1.6: Emprego: Reunião em Pemba
Mbeua Cabudo REUNIÃO EM PEMBA
21/08/2013
Qual é o trabalho que será feito
pelas pessoas locais?
Dinís Napido – Twigg
A questão de emprego é muito sensível porque Balama nunca
teve um projeto desta natureza. Existem diversos programas
para serem desempenhado e formação para a juventude e as
mulheres, mesmo antes da construção da mina. É difícil
empregar todos. Mas existem outros benefícios que poderão
acumular.
Omar Martins –
Estudante
REUNIÃO EM PEMBA
21/08/2013
Incentivo o projeto a trabalhar com o
governo. “O filho da casa lava o
chão melhor do que o hospede”.
Balama necessita uma escola
técnica.
Dínis Napido – Twigg
A questão de desemprego será monitorado pelo governo para
garantir que as pessoas do local conseguem emprego.
Trabalharemos juntamente com o Departamento de Trabalho.
Queremos que 99% dos trabalhadores sejam moçambicanos.
Abdul-Estudante
REUNIÃO EM PEMBA
21/08/2013
Os mega projetos não cumprem
suas promessas. Sobre o emprego,
as pessoas que vão trabalhar lá são
de fora do país?
Dínis Napido – Twigg
Não podemos parar as pessoas com habilidades especiais de
trabalharem no projeto mas o alvo da empresa é que estas
pessoas devem treinar pessoas locais para eventualmente
continuarem com o trabalho deles
Questão 2.1: Reassentamento e compensação: Reunião em Nquide
Ussene Bwana REUNIÃO EM NQUIDE
19/08/2013
Eu sou agricultor, então gostaria de
saber se posso ou não continuar na
agricultura.
Sim, nesta altura o processo é para identificar aqueles de quem
a terra será afetada pela mina. A mina informará as pessoa que
serão afetadas quando a mina iniciará a construção da
infraestrutura para que as pessoas possam colher o que estive
na terra delas antes da mina puder utilizar a terra.
Questão 2.2 : Reassentamento e compensação: Reunião em Ntete
Basílio Pajume
REUNIÃO EM NTETE
19/08/2013
A terra pertence ao estado. Quais
são os mecanismos que serão
usados para a compensação?
Isto será discutido com a comunidade e as pessoas afetadas
antes da mina começar a funcionar. Os departamentos
governamentais estarão envolvidos no processo.
Agostinho Paulo REUNIÃO EM NTETE
19/08/2013
Sabemos que a mina ainda não
abriu. Paramos agora de cultivar?
Não, as pessoas não devem parar de cultivar mas não devem
fazer machambas novas. Antes da mina iniciar as pessoas
receberão tempo para a colheita das suas terras ou serão
compensadas por o que estiver presente nas terras delas
naquela altura.
Nazário Aly REUNIÃO EM NTETE
19/08/2013
Há estacas nos nossos campos e
vimos pessoas a passar pelo
campo.
As estacas foram colocadas para assistir os inspetores mas
serão removidos porque são temporários.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 37 Relatório do Processo da Participação Pública
Questão 2.3 : Reassentamento e compensação: Reunião em Pirira
Salvador Rajabo
Momola
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Agradeço a apresentação
detalhada, eu não sou contra o
projeto, pois sabemos que onde há
uma empresa teremos benefícios,
mesmo não estando nós mesmos a
trabalhar lá. Estamos preocupados
com as nossas machambas,
precisamos de machambas para
nosso sustento. Eu gostaria de ver
as pessoas que perdem suas
fazendas a ser recompensadas
decentemente.
Ainda bem que nem todos os
terrenos serão afetados. Nós
também reservamos áreas
importantes e ficamos satisfeitos por
saber que o projeto não usará essas
áreas.
Ana Maria Jone-DPCA
A empresa designada por a Direção Provincial para a Coordenação de
Assuntos Ambientais irá testemunhar tudo que irá acontecer. O
ambiente é tudo á nossa volta. Nos estamos do lado das pessoas e
somos testemunhas ás promessas feitas pelo projeto.
Simão Roberto
Amimo
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Eu gostaria de ouvir os membros do
governo, confirmando se as
informações que recebemos são
corretas. MICOA é a favor do
governo ou das pessoas em geral?
Sabemos que as promessas não
serão cumpridas; Recebemos
pessoas do governo, do
Departamento de Eletricidade,
cortaram nossos coqueiros e
disseram-nos que seremos
compensados, mas não fomos
compensados. Queremos saber se
o governo é pela população ou pela
empresa.
No princípio gostamos da forma
como a empresa Twigg trabalhou,
Dinís Napido – Twigg
É um prazer estarmos aqui, fomos calorosamente recebidos no nosso
parque de campismo em Pirira muito obrigado pela hospitalidade.
Estamos no terceiro ano do projeto e está tudo bem. Vamos começar a
próxima fase do projeto para ter nossa mina, vai haver muito trabalho
extra tais como construção de estradas, de paredes, etc. A empresa dá
empregos para as pessoas, mas haverá uma estratégia de
recrutamento. Esta estratégia de recrutamento será feita com o
governo e a comunidade. O departamento de governo é o Ministério do
Trabalho.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 38 Relatório do Processo da Participação Pública
mas não agora. Naquela altura era
fácil arranjar emprego no portão,
mas agora é difícil. Há pessoas que
dizem que conseguem arranjar uma
vaga de emprego. Como é que as
pessoas que não são da empresa
podem prometer emprego? A
empresa é a única capaz de
empregar pessoas.
Simão Roberto
Amimo
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Queremos saber quem vai pagar a
compensação -- será o distrito ou a
empresa?
Estamos em dúvida, foi dito que o
distrito pagaria a compensação,
mas hoje não vemos qualquer
representante distrital. Sr. Anton
disse que a compensação seria
paga pelo Banco Mundial e Twigg.
A empresa vai pagar a compensação pela terra e não o governo. O
que Anton estava a dizer é que o processo de compensação pela
perda de terras será feito segundo as normas internacionais ou do
Banco Mundial.
Simão Roberto
Amimo
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Houve outra reunião a 6 de agosto e
foi dito que isso não será pago
porque a terra pertence ao estado.
As pessoas não serão compensadas pela terra mas serão
compensadas pelas culturas e árvores na terra. Isso porque a terra
pertence ao estado.
Assamo Calmane
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Estou preocupado porque os
membros de governo provincial aqui
presentes (DPREME) estiveram
também em outro projeto que ainda
não pagou a nossa compensação.
Como podemos confiar nesses
membros?
Ana Maria Jone-DPCA
A empresa chamou a Direção Provincial para a Coordenação de
Assuntos Ambientais para testemunhar tudo o que vai acontecer.
Estamos do lado do povo e somos testemunhas das promessas feitas
pelo projeto. Este também é um projeto diferente de empresa privada e
não do governo
Molande Zumane
Dumbwa
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Eu não estou muito preocupado, só
quero saber se vamos poder
continuar a cultivar ou não?
Dinís Napido – Twigg
Sim, podem continuar a cultivar. Será dada a oportunidade de colher o
que está na terra antes que a mina abra.
Mário António
Mário
Sabemos que estas terras são
emprestadas na comunidade, se
alguém tem um terreno com árvores
de caju e manga que não pagou, é
melhor pagar e não comprometer a
empresa.
Dinís Napido – Twigg
Se já existem pessoas que perderam as colheitas devido à operação
de mina, eles terão a oportunidade de reclamar uma vez iniciado o
processo RAP.
Questão 2.4 : Reassentamento e compensação: Reunião em Mulia-Maputo
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 39 Relatório do Processo da Participação Pública
Aquino Aide
REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
Não estou satisfeito porque as
brigadas não dizem a verdade, você
está mentindo. As pessoas que
fazem as pesquisas nas fazendas
dizem que a pessoa perderá
machamba mas não dizem o valor a
ser pago. Não queremos o projeto
venha explorar as pessoas e
achamos que o Administrador
deveria estar na reunião. Nos
campos só há milho e sorgo. Já
colhemos e se não há nada na
machamba, como a compensação
será paga?
Concordamos que a terra pertence
ao estado, e é melhor obedecer à
lei, não vale o risco. As pessoas
deveriam poder estabelecer o preço
das fazendas.
Dinís Napido – Twigg É preciso prestar muita atenção. Falamos de terra onde existem machambas como sendo o mesmo terreno onde a empresa pretende estabelecer a mina de grafite. Não lutaremos com a comunidade por causa deste pedaço de terra. O governo é responsável por orientar-nos, que é o mesmo governo que é responsável pela alimentação de água, etc.
Gil António Alí Ouvi dizer que as pessoas vão ter
outros campos e que não vão ter
lucros. É possível trabalhar sem
benefícios?
Dinís Napido – Twigg
O governo procura dinheiro em impostos e outras empresas. O
governo vai querer o dinheiro da mina de grafite para abrir estradas e
fazer casas. O governo diz que devemos trabalhar bem com as
pessoas. O governo diz que ninguém pode ser retirado de sua fazenda
para ficar pobre e não ter nada para comer. Então o governo já tem
uma política que diz que devemos apoiar as pessoas quando são
deslocadas para fora da sua terra. É preciso apoiar não só onde elas
estão sendo tiradas, mas também onde eles serão alocados. A missão
da empresa é garantir que ninguém sofra com perda de machamba
Amade Quiname
Nipira
REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
É bom saber que as pessoas não
vão ser realojadas para fora dos
campos de maneira errada. Nunca
imaginei que um dia poderíamos
terr uma grande obra em Balama.
Vivi muito tempo em Balama e não
sabia que temos recursos.
Recebemos informações erradas
das pessoas que estão a fazer a
Dinís Napido – Twigg
Quando à demarcação, neste momento a companhia ainda não tem
nenhuma previsão para esta área, então continuem a trabalhar.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 40 Relatório do Processo da Participação Pública
pesquisa, porque dizem que não
haverá nenhum benefício.
Líder da
comunidade
REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
A informação que temos é que o
número de trabalhadores foi
reduzido, mas há um grande
número de trabalhadores de Balama
na mina. No dia da reunião,
encontrei quase 20 pessoas. O
diretor disse que ele iria informar as
pessoas quando houvesse alguma
vaga.
A mina deveria seguir o exemplo de
equidade, e os empregos deveriam
ser divididos igualmente entre as
aldeias. Não sei se a pessoa deve
ficar no portão para conseguir
emprego. Se assim for eu enviarei
os jovens da aldeia para o portão do
acampamento.
Ouvi dizer que havia uma
demarcação de terras. Isso
acontecerá aqui também?
Dinís Napido – Twigg
Obrigado pela sugestão contratar o mesmo número de trabalhadores
em cada aldeia. Sobre as pessoas em frente ao portão, eu encorajo as
pessoas a não largarem o trabalho que têm para virem para o portão.
Pegamos um grupo de pessoas para coletar uma amostra... mas isto
não acontecerá mais, o projeto estava para começar quando
recrutássemos pessoas e reconhecemos que temos de corrigir esta
situação através de um bom programa de recrutamento.
O processo de demarcação de terras começou como parte do RAP.
Questão 2.5 : Reassentamento e compensação: Administração de Balama
Mbeua Cabudo REUNIÃO EM Balama 21/08/2013
As pessoas que foram reassentadas
vão ter terras para produzir?
Elisa Vicente – CES Consultante
O reassentamento não é um assunto novo em Moçambique e temos o
exemplo de Tete onde houve muitos problemas. Vamos aprender com
os erros para não fazer o mesmo. A nível nacional já temos
regulamentos e também serão usadas as normas de desempenho da
IFC que apresentam os procedimentos sobre reassentamento
involuntário. Vamos proceder à procura de terras alternativas para as
pessoas que vão perder a terra por causa da mina.
Questão 2.6 : Reassentamento e compensação: Reunião em Pemba
Angela
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Estamos a aprender com os
megaprojetos e começamos a
entender os riscos. Vimos que
haverá um reassentamento e foi
mencionado monitoramento mas
Gostaria de corrigir isso e informar que este projeto não terá nenhum
reassentamento físico. Prevemos o reassentamento económico devido
à perda de campos. Os regulamentos nacionais e internacionais dizem
que quando as pessoas são retiradas de suas fazendas devem receber
outras áreas de tamanho equivalente para continuarem a trabalhar em
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 41 Relatório do Processo da Participação Pública
nunca vemos o seguimento disso. seus campos. Em nossos regulamentos, é da responsabilidade do
governo fornecer novas áreas e o proponente do projeto deve criar
condições para que as áreas sejam utilizadas.
Questão 3.1: Suprimento de Água: Reunião em Nquide
Martins Nicula
REUNIÃO EM NQUIDE 19/08/2013
Ouvi dizer que se a fazenda foi identificada, a pessoa será compensada pela perda de colheitas, mas a terra é da responsabilidade do governo. A empresa tinha prometido trazer um tanque de água 1000 L. Não aconteceu nada até hoje.
Dinís Napido – Twigg Eu não sei quem disse que seria um tanque de 1000 L. Estamos a considerar um projeto muito grande onde a água vem de Chipembe, passa por Ntete até ao nosso acampamento, daí teremos água para Ntete e Nquide e podem ter mais de 1000 L
Secretário do bairro
REUNIÃO EM NQUIDE 19/08/2013
Eu não tenho muito a dizer só quero agradecer a todos os presentes. O povo contribuiu muito. Nesta aldeia de Nquide não temos água. Gostaríamos de ter água. Temos fontes e isso não está a funcionar, gostaríamos de ter ajuda para reparação. Temos um ribeiro que se for escavado pode vir a ser uma boa fonte de água. Estamos prontos para receber a mina.
Dinís Napido – Twigg
O problema da água será resolvido quando a mina estiver a funcionar,
pois canalizaremos a água da barragem de Chipembe e parte dessa
água pode ser usada pela aldeia. Todos os vossos receios e questões
serão considerados no processo.
Maria Jone
Obrigada ao povo da aldeia pela vossa paciência e pela liberdade de
fazer perguntas. Espero que o projeto vá para a frente.
Miguel Francisco (DPREM)
(Agradeceu a todos pelas suas contribuições e paciência.)
Dinís Napido – Twigg Em nome da empresa, temos ouvido as vossas opiniões e percebemos que as vossas preocupações são por causa do pequeno número de pessoas que vão ser empregadas na mina. Nós faremos todos os esforços para resolver vossos receios, já temos mais duas senhoras de Nquide trabalhando na mina. O processo continuará para os homens. Como sabem, seremos vizinhos. O acampamento será sob aquela montanha em frente, somos vizinhos, o que significa que haverá benefícios. Vamos querer comer alface, milho, tomate e queremos comprar esses produtos aqui. O projeto é para todos e vamos corrigir os erros do passado. Obrigado
Questão 3.2: Suprimento de água: Reunião em Pirira
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 42 Relatório do Processo da Participação Pública
Amane Nusso
REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13
Obrigado pela vossa presença, só
estou preocupado com a bomba da
água que está danificada.
Dinis Napido
Vamos consertar a bomba de água. O nosso administrador (Twigg) vai
arranjar um técnico para consertar a bomba.
Questão 4.1: Assistência à comunidade – Desportos e lazer: Reunião em Nquide
Santos Romey
REUNIÃO EM NQUIDE MEETING 19/08/2013
Não tenho muito a dizer. Faço parte
da equipe de futebol e a empresa
prometeu equipamento e bolas mas
até agora só recebemos uma bola.
Sobre a equipa de futebol, Ntete é a localidade e tem muitas aldeias, e
Nquide é uma das aldeias de Ntete. Conversamos com os líderes e
concordou que iríamos ter uma equipe para representar a localidade. É
esta equipe que vai competir no Campeonato Distrital. Nós daremos
mais bolas, mais tarde e já demos bolas para as Escolas Primárias e,
em seguida, vamos dar bolas para a juventude.
Questão 4.2 Assistência à comunidade – Desportos e lazer: Reunião em Mualia-Maputo
Janito Eugénio
Estou no grupo de jovens e nos
prometeram que vamos receber
bolas. Em Ntete Nquide já
receberam bolas, mas até agora
não recebemos, Ntete tem
equipamentos e bolas mas não
temos nada.
Dinís Napido – Twigg
Quanto à juventude, foi concordado com o chefe que a aldeia deve ter
uma equipe. A localidade tem várias aldeias. A equipe de Ntete é uma
seleção dos melhores jogadores de todas as aldeias. Esta equipe foi
formada e chama-se Grafinhos. A empresa agora está a promover os
desportos nas escolas e então veremos como apoiar os jovens. Em
Nquide demos bolas só para as escolas. Então, vamos fazer um
programa para cobrir todas as partes.
Questão 5.1: Questão dos sexos: Reunião em Ntete
Bibiana Ernesto
REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013
Participamos em todas as reuniões,
ouvimos dizer que as mulheres de
Pirira e Maputo foram empregadas,
nós também queremos emprego.
Nós sabemos limpar.
Dinís Napido – Twigg
Entendemos as questões de emprego levantadas pelas mulheres e
trabalharemos com o governo e com Ntete, com o objetivo de
apresentar o tipo de trabalho que temos. Haverá trabalho para fortes,
fracos, e até mesmo deficientes - vamos encontrar maneiras de
abranger todos.
Questão 5.2: Questão dos sexos: Reunião em Mualia-Maputo
Luisa Aquino
REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13
Houve uma reunião e eu fiquei toda
entusiasmada porque foi
mencionado que as mulheres
podem trabalhar. Na mina de grafite
as mulheres não trabalham?
Dinís Napido – Twigg
Quanto à questão do emprego, a empresa não discrimina as mulheres.
Não há emprego para homens e mulheres, o processo de emprego irá
incluir as mulheres no plano. Agora mesmo, a mina ainda não abriu
mas as mulheres estão a trabalhar.
Questão 6: Educação: Administração de Balama
Administrador
ADMINISTRAÇÃO DE BALAMA 08/19/2013
Sabemos que nas aldeias, a
população é ignorante e eu já tinha
pedido à empresa para abrir uma
escola de alfabetização pois Balama
Dinís Napido – Twigg
Como parte do desenvolvimento de aptidões no distrito de Balama, a
empresa vai criar um programa de desenvolvimento de aptidões para
assegurar uma melhoria nas competências dentro das comunidades.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 43 Relatório do Processo da Participação Pública
tem altos níveis de analfabetismo.
Eu gostaria de saber se haverá um
laboratório nacional para o
processamento de grafite.
Sobre o laboratório, temos o nosso laboratório, vamos construir o
nosso laboratório de controlo de qualidade.
Celso Nhumaio
(Especialista em
Recursos
Minerais)
ADMINISTRAÇÃO DE BALAMA 08/19/2013
Sugiro que quando começar o
treinamento, seja criada uma escola
de geologia semelhantemente ao
que foi feito pela Vale em Tete.
Dinís Napido – Twigg
Levaremos em conta todas as propostas dadas. Vamos tentar achar
um meio termo para melhor cobrir as necessidades do trabalho e
formação.
Antes de qualquer exploração, existem muitos estudos para determinar
se há um recurso viável ou não. Isso deve ser feito usando imagens de
satélite e informações geológicas. Para o caso de Balama as imagens
de satélite mostraram uma montanha diferente e foi assumido que
poderia conter urânio. Estudos têm sido realizados, não encontramos
urânio mas sim grafite.
Questão 7: Imigração: Reunião em Pemba
Mbeua Cabudo
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Preocupa-me a imigração e a perda
das terras. Os megaprojetos
deslocam muita gente. Jovens vão
viver na área do projeto arranjam
namoradas e criam problemas. Qual
será o futuro?
Dinís Napido – Twigg
A questão da imigração é muito delicada e não pode ser ignorada. O
objetivo é limitar o número de imigrantes na área, mas será difícil
impedir que as pessoas venham para aqui procurar oportunidades de
emprego.
Questão 8: Saúde: Reunião em Pemba
Mucaurima
Américo
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Bem-vindos ao projeto, acho que ao
avaliarmos o impacto na saúde
teremos mais oportunidades de nos
envolvermos e saber como intervir.
O projeto traz desafios para o setor
de saúde. Gostaríamos de ver
melhorias na saúde de Ntete.
Elisa Vicente – Consultora do CES
Durante a avaliação de impactos na saúde vamos trabalhar lado a lado
com o setor de saúde para sabermos quais são os principais
problemas de saúde no distrito, que consequências na saúde advirão
com o projeto, e elaborar medidas de mitigação e controlo destes
problemas.
Estamos numa fase preliminar e ainda não sei quais as áreas serão
afetadas pelo projeto. Nossos estudos especializados irão abordar este
aspecto. Os regulamentos ambientais atestam a necessidade de
estudos de impacto ambiental em novas áreas de reassentamento
para garantir a existência de condições aceitáveis, tais como água e
solos férteis. Se não houver condições, recomendaremos medidas
para a melhoria.
Questão 9: Transporte: Reunião em Pemba
Fakir Sevenha- REUNIÃO EM PEMBA Quero saber sobre o uso de Dinís Napido – Twigg
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 44 Relatório do Processo da Participação Pública
Estudante de
Gestão Ambiental
na Universidade
de Pedagogia
21/08/2013 caminhos-de-ferro, porque nas
apresentações só se fala de
estradas. Já que Cabo Delgado não
tem caminhos-de-ferro, como é que
a carga vai ser levada para o porto
de Pemba?
Conversamos com o CFM-Norte para sabermos dos planos para o
porto e caminhos-de-ferro em Pemba. Haverá uma linha férrea de
Lichinga a Pembpor passando por Balama. O diretor do CFM gostou
de saber que o projeto de Balama vai apoiar a linha férrea. Mas para já
será tudo transportado por estrada até Pemba ou Nacala.
Quanto ao porto, este será expandido para o norte da baía e será
edificado um cais para a exportação de minerais
Questão 10: Económica: Reunião em Pemba
Joel Paulo-
Empresário
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Ficamos preocupados ao vermos
que em mega projetos só há
companhias italianas ou sul-
africanas. Eu gostaria que os
serviços nacionais tivessem
prioridade.
Dinís Napido – Twigg
Há lugar para as companhias nacionais, porém temos que nos
preparar para as necessidades de mercado.
Questão 11: Cultural: Reunião de Pemba
Estudante REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Como vai ser feita a proteção aos
locais sagrados e aos cemitérios?
Elisa Vicente – Consultora da CES De acordo com nossa experiência em relação aos locais sagrados, o primeiro passo é identificar esses locais com a ajuda da população. Existem alguns monumentos que não podem ser removidos, e, portanto, é preciso garantir que as populações continuem a ter acesso a esses lugares. Quando se trata de sepulturas, propomos a deslocalização das sepulturas se houver sepulturas afetadas pela mina. O processo deve ser feito respeitando os costumes locais. É necessário que as cerimônias tradicionais sejam realizadas e que sejam apoiadas e financiadas pelo proponente do projeto.
Questão 12.1: Agrícola: Administração de Balama
Administrador
ADMINISTRAÇÃO DE BALAMA 08/19/2013
A empresa gasta muita água e água
que irá ser bombeada de Chipembe
é vital para a irrigação agrícola. A
empresa não perturbará a
agricultura?
Dinís Napido – Twigg
Quanto à barragem de Chipembe, sabemos que isso é um benefício
público e o governo tem planos para isso. Estamos a trabalhar e
negociar com ARA-Norte para apoiarmos a reabilitação da barragem
para evitar perdas e aumentar a sua capacidade.
Temos projetos agrícolas na Austrália, porque o foco da
sustentabilidade é criar outros projetos.
Controle de carbono: usaremos equipamento diesel que emite carbono
e será necessário compensar esta emissão de carbono com a criação
de projetos verdes, como projetos agrícolas e florestas.
Recursos Syrah Pty Ltd. e Exploração e Mineração Twigg Lda.
Serviços Costeiros e Ambientais Lda. 45 Relatório do Processo da Participação Pública
Questão 12.2: Agrícola: Reunião em Pemba
Joel Paulo -
Empresário
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
O ToR iria avisar sobre a questão
da água, há muitos interesses
agrícolas na área. É melhor estar
ciente, porque ouvi dizer que a
irrigação de Chipembe irá promover
a agricultura na região.
O uso da barragem por diferentes obras será debatido com o governo e logo que a mina esteja aberta tomar-se-á uma decisão. Outras alternativas para o fornecimento de água podem ser consideradas tais como o uso das águas subterrâneas.
Questão 13: Biodiversidade: Reunião em Pemba
Fakir Sevenha-
Estudante de
Gestão Ambiental
na Universidade
de Pedagogia
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Obrigado pela apresentação, onde
foi dito que haverá alta perda da
vegetação e biodiversidade. Sendo
uma fase preliminar, sugeri que os
estudos finais fossem apresentados
a nós também.
Elisa Vicente – Consultora do CES
Quanto à perda de biodiversidade, já temos estudos especializados
que cobrirão este aspecto. Baseados na nossa experiência vamos
apresentar estudos onde recomendamos compensações na
conservação e biodiversidade, translocação de espécies, etc.
No final dos estudos, teremos um encontro como este para apresentar
os resultados.
Matias
REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013
Tivemos experiências ruins com a
Anadarko. Há grafite nas florestas
de Miombo. Foram descobertas
espécies endémicas, isto foi levado
em conta?
Elisa Vicente – Consultora do CES
Os diversos estudos especializados feitos como parte do projeto irão
dar a mesma importância a estas áreas que dão às áreas proibidas
que deverão ser protegidas
Sean Nazerali
Através do email Foi mencionado apenas de passagem a existência de áreas de conservação muito significativamente importantes nas proximidades (Parque Nacional das Quirimbas, Reserva Nacional do Niassa e Reservas de Caça). É preciso avaliar o impacto sobre estes. Especialmente, Twigg deve avaliar o impacto do uso de água na bacia de Montepuez, incluindo no Parque Nacional das Quirimbas. NB e PNQ têm uma zona-tampão de 10km, o que traz tudo para muito mais perto da proposta mina. (Isso não está no vosso mapa)
Resposta do CES As áreas protegidas são discutidas na seção 4.3.2 (pág.37) do EPDA. O PNQ fica aproximadamente a 85 km de distância no seu limite mais próximo (Figura 4-5 pág. 37). Tomado em consideração. O relatório especializado dará mais detalhes.
Sean Nazerali
Através do e-mail O EPDA menciona que as normas de desempenho da IFC vão ser
Resposta do CES