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PROJECTO DE MINÉRIO DE FERRO DE TETE, BAOBAB MOÇAMBIQUE AVALIAÇÃO DE IMPACTO DA QUALIDADE DO AR Preparado para: Preparado pela: Coastal & Environmental Services Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd P.O. Box 934 Grahamstown 6140 África do Sul P.O. Box 5260 Halfway House 1685 África do Sul 2015

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PROJECTO DE MINÉRIO DE FERRO DE TETE, BAOBAB MOÇAMBIQUE

AVALIAÇÃO DE IMPACTO DA QUALIDADE DO AR

Preparado para:

Preparado pela:

Coastal & Environmental Services Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd

P.O. Box 934

Grahamstown

6140

África do Sul

P.O. Box 5260

Halfway House

1685

África do Sul

2015

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd i Projecto de Ferro de Tete

DETALHES DO RELATÓRIO

Título do Relatório

Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab | Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar

Cliente Coastal & Environmental Services

Número do Relatório

14CES02-02

Versão do Relatório

Rev1Final

Data Setembro 2015

Preparado pela

Natasha Shackleton, Licenciatura (Meteorologia) (Universidade de Pretória)

Nicolette von Reiche, BEng Hons (Mech.) (Universidade de Pretória)

Aviso prévio

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd é uma empresa de consultoria localizada em Midrand, África do Sul, especializando-se em todos os aspectos da qualidade do ar, que vão desde as preocupações aos impactos da poluição atmosférica da vizinhança próxima a regional, bem como as avaliações de impacto de ruído. A empresa originou-se em 1990 como Environmental Management Services, que amalgamou com sua empresa irmã, Matrix Environmental Consultants, em 2003.

Declaração

A Airshed é uma empresa de consultoria independente, sem interesse no projecto além de cumprir o contrato entre o cliente e o consultor para a entrega de serviços especializados, tal como estipulado nos termos de referência.

Aviso de direitos de autor

Salvo disposição em contrário, os direitos de autor em todos os textos e outros materiais (incluindo o modo de apresentação) é propriedade exclusiva da Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd. É uma ofensa criminal reproduzir e/ou a utilização, sem o consentimento escrito, de qualquer questão, procedimento técnico e/ou técnica contida neste documento.

REGISTO DE REVISÃO

Versão Data Secção (s)

Revista Descrição Sumária de Revisão (s)

Rev1Final Outubro 2015

Rev2Final Outubro 2015 Secção 5 Adição de O3 e impactos da rota da

estrada

Rev3Final Novembro

2015 Secção 5

Actualizado de parcelas que excluem infraestrutura da planta de aço

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd ii Projecto de Ferro de Tete

AUTORES Natasha Shackleton (nee Gresse) (Consultora Sênior de Qualidade do Ar) Natasha possui Licenciatura em Meteorologia e um bacharelato pela Universidade de Pretória. Ela está actualmente empregada na Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd como Consultora Sênior da Qualidade do Ar. O principal foco da Natasha são estudos de impacto da qualidade do ar. Ela tem sido uma Consultora de Qualidade do Ar para aproximadamente 4 anos e como tal tem estado focada principalmente na gestão da qualidade do ar e avaliação de impacto. Natasha tem trabalhado em avaliações de impacto da qualidade do ar e planos de gestão na África do Sul, Botswana, Burkina Faso, Moçambique, Zimbabwe, Zâmbia, Namíbia e Madagáscar. Nicolette von Reiche (nee Krause) (Consultora Principal) Nicolette possui Licenciatura BEng em Engenharia Mecânica (Avanço de Calor e Transferência de Massa, Mecânica Avançadas de Fluidos, Fluxo-térmico Numérico, e Tribologia) e um grau de Bacharelato BEng em Engenharia Mecânica pela Universidade de Pretória. Ela está actualmente empregada na Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd como Consultora Principal. Principais focos de Nicolette são estudos de impacto de qualidade do ar e ruído. Ela tem mais de 9 anos de experiência na qualidade do ar e avaliação de impacto de ruído e de gestão. Ela concluíu com êxito avaliações de impacto de qualidade do ar e de ruído e planos de gestão destinados a projectos na África do Sul, Moçambique, Zimbabwe, Namíbia, República Democrática do Congo, Botswana, Gana, Libéria, Togo, Mali, Burkina Faso, Tanzânia, Malawi, Angola, Nigéria e Suriname.

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd iii Projecto de Ferro de Tete

SUMÁRIO EXECUTIVO A proposta de Projecto de Minério de Ferro de Tete (PMFT) ficará situada na Província de Tete, Moçambique. O PMFT será composto de uma mina a céu aberto, planta de beneficiamento e fundição, fábrica de aço e vanádio. A Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd (Airshed) foi nomeada pela EOH Coastal and Environmental Services (CES) para realizar um estudo especialidade em qualidade do ar para as plantas da mina, beneficiamento, vanádio e fundição para o PMFT. O principal objectivo do estudo da qualidade do ar foi determinar os potenciais impactos da qualidade do ar relacionados associados com o PMFT proposto sobre o meio ambiente e a saúde humana. Como é típico de uma avaliação do impacto da qualidade do ar, o estudo incluiu: a revisão das actividades do projecto proposto, de modo a identificar as fontes de emissões e poluentes associados emitidos; um estudo dos requisitos regulamentares e os limiares de saúde para os principais poluentes identificados; um estudo do meio receptor na vizinhança do projecto; a compilação de um inventário de emissões abrangente para a fase operacional do projecto, modelagem de dispersão atmosférica para simular concentrações de poluentes no ar ambiente e das taxas sedimentação de poeiras como resultado da PMFT, uma avaliação de triagem para determinar a conformidade com os critérios de qualidade do ar; e a elaboração de um relatório de especialidade global em qualidade do ar, detalhando a abordagem do estudo, limitações, suposição, resultados e recomendações de mitigação e gestão de impactos na qualidade do ar. Poluentes incluídos na avaliação são partículas (PM), a matéria partículada de diesel (DPM), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2) e os compostos orgânicos voláteis (VOCs). Impactos associados às emissões foram quantificados, tendo em conta: operações não mitigadas; medidas de mitigação que fazem parte do projecto PMFT; bem como as emissões após mitigação adicional. A principal conclusão é que as operações do PMFT propostas não são susceptíveis de resultar em excedências dos critérios selecionados para PM2.5, PM10, NO2, SO2, CO, DPM e compostos orgânicos voláteis em torno de receptores sensíveis. Existe a probabilidade de que hajam excedências horárias dos Padrões de Qualidade do Ar Ambiente de Moçambique (AAQS) para NO2 fora do limite do projecto. Existe a possibilidade de excedências dos critérios selecionados fora do limite do projecto e em receptores sensíveis em uma base cumulativa das fontes existentes e o projeto PMFT. Com crivagem de água em combinação com produtos químicos em estradas não pavimentadas, crivagem de águas de em plataformas de perfuração, trituradoras, telas, pontos de manuseamento de materiais e o despejo de estéril (WRD) e instalações de armazenamento de rejeitos (TSF), a adesão aos limites de emissões internacionais de escape dos veículos, concentrações ambiente de poluentes, como resultado da PMFT irão reduzir, e concentrações de poluentes acumulados são mais propensas a estar em níveis dentro de critérios de qualidade do ar. A significância ambiental das operações do projecto é moderada sem mitigação aplicada; e, baixa, com concepção e mitigação adicional aplicada. As recomendações incluem:

Crivagem de água com inibidores químicos em estradas não pavimentadas;

Crivagem de água na plataforma de perfuração, trituradores, telas, pontos de manuseio de materiais, WRD e TSF;

Conformidade com normas de emissões para veículos industriais a diesel;

Testagem de emissões de escape do veículo como parte de um programa de inspecção e manutenção;

Diesel particulate filters (DPFs) on vehicles;

Filtros de partículas de diesel (DPF) nos veículos;

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd iv Projecto de Ferro de Tete

Amostragem de sedimentação de poeiras bem como PM10 and PM2.5 ambiente; e

Instalação de uma estação meteorológica.

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd v Projecto de Ferro de Tete

TABELA DE CONTEÚDOS 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1

1.1 Introdução ............................................................................................................... 1 1.2 Âmbito do Trabalho ................................................................................................. 2 1.3 Descrição das Actividades do Projecto a partir de uma Perspectiva de Qualidade do Ar 2 1.4 Estrutura do Relatório ............................................................................................. 5

2 METODOLOGIA ............................................................................................................ 7 2.1 A avaliação ............................................................................................................. 7 2.2 Pressupostos, Exclusões e Limitações ................................................................... 8 2.3 Metodologia de Avaliação de Impacto..................................................................... 9

3 REUISITOS REGULAMENTARES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .............................................. 13 3.1 Padrões de Qualidade Ambiental para Poluentes Critérios ................................... 13 3.2 Critérios de Inalação de Saúde e Unidade de Factores de Risco para Poluentes Não-critérios .................................................................................................................... 16 3.3 Regulamentos de Controle de Poeira ................................................................... 17 3.4 Emissões de gases de estufa e as alterações climáticas ...................................... 18 3.5 Critérios de avaliação adoptado para o PMFT ...................................................... 18

4 DESCRIÇÃO DE BASE DO AMBIENTE RECEPTOR ................................................. 21 4.1 Receptores Sensíveis de Qualidade do Ar ............................................................ 21 4.2 Potencial de Dispersão Atmosférica ..................................................................... 22 4.3 Fontes Existentes de Poluição do Ar na Área ....................................................... 29 4.4 Status Quo da Qualidade do Ar Ambiente ............................................................ 31

5 RESULTADOS DE EMISSÕES E MODELAGEM ........................................................ 32 5.1 Emissões Atmosféricas ......................................................................................... 32 5.2 Rastreio da Simulação de Impactos sobre a Saúde do Homem (incremental e cumulativo) ...................................................................................................................... 45 5.3 Análise de Impacto das Emissões no Meio Ambiente (poeiras fugitivas) (incremental e cumulativa)............................................................................................... 63

6 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS .................................................................................... 67 6.1 Introdução ............................................................................................................. 67 6.2 Uso da Terra Actual .............................................................................................. 67 6.3 Fase de Construção .............................................................................................. 67 6.4 Fase De Operação................................................................................................ 68 6.5 Fase de Decomissionamento ................................................................................ 69

7 MEDIDAS RECOMENDADAS PARA GESTÃO DA QUALIDADE DO AR ................... 70 7.1 Objectivos da Gestão de Qualidade do Ar ............................................................ 70 7.2 Classificação das Fontes ...................................................................................... 70 7.3 Medidas de Gestão e Mitigação Recomendadas Específicas Para a Fonte .......... 71 7.4 Indicadores de Desempenho ................................................................................ 76 7.5 Monitoramento ...................................................................................................... 77 7.6 Registos, Relatórios Ambientais e de Ligação Com a Comuniade ........................ 79

8 IMPACTOS RESIDUAL NA QUALIDADE DO AR .................................................................... 80 8.1 Emissões Atmosféricas Adicionalmente Mitigadas................................................ 80 8.2 Rastreio da Simulação de Impactos sobre a Saúde do Homem Adicionalmente Mitigados ......................................................................................................................... 81 8.3 Análise de Impactos de Emissões Adicionalmente Mitigadas no Ambiente (Dustfall) 89 8.4 Qualificação da Significância do Impacto .............................................................. 89

9 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 90 9.1 Conclusões ........................................................................................................... 90 9.2 Recomendações ................................................................................................... 90

10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 91 11 APÊNDICE 1 - METODOLOGIA DE QUANTIFICAÇÃO DE EMISSÃO ................... 93

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd vi Projecto de Ferro de Tete

11.1 Estimativa de Emissões Fugitivas de Poeira ......................................................... 93 11.2 Escapes de Veículos ............................................................................................ 98

12 APÊNDICE 2 - DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS ADEQUADAS DE REDUÇÃO DA

POLUIÇÃO .......................................................................................................................... 100 12.1 Geral ................................................................................................................... 100 12.2 Arrastamento de Poeiras Por Veículos nas Estradas não pavimentadas ............ 100 12.3 Britagem ............................................................................................................. 101 12.4 Manuseamento de Materiais ............................................................................... 102 12.5 Emissões de escape de veículos ........................................................................ 102

13 APÊNDICE 3 - CURRICULUM VITAE ...................................................................... 104 14 APÊNDICE 4 - DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIAERROR! BOOKMARK NOT

DEFINED.

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd vii Projecto de Ferro de Tete

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Emissões de atmosféricas e poluentes associados à mineração a céu aberto ...... 4 Tabela 2: Emissões atmosféricas e poluentes associados a planta de beneficiamento ........ 5 Tabela 3: Emissões atmosféricas e poluentes associados com fundição e planta vanádio ... 5 Tabela 4: Classificação dos critérios de avaliação .............................................................. 10 Tabela 5: Matriz utilizada para determinar a significância geral do impacto com base na probabilidade e efeito do impacto........................................................................................ 11 Tabela 6: Descrição das Classificações de Significância Ambiental e faixa de pontuação associada ............................................................................................................................ 11 Tabela 7: Padrões de qualidade do ar ambiente nacionais de Moçambique (Decreto nº 18/2004 e Decreto nº 67/2010) ........................................................................................... 13 Tabela 8: Padrões Moçambicanos de emissão de poluentes por indústrias (Decreto nº 18/2004 e Decreto nº 67/2010) ........................................................................................... 13 Tabela 9: Critérios de avaliação internacionais para os poluentes critérios ......................... 15 Tabela 10: Critérios de triagem de inalação crônica e aguda e unidade e factores de risco do câncer ................................................................................................................................. 16 Tabela 11:Excesso de risco de câncer ao longo da vida (como aplicado pelo New York Department of Health) ......................................................................................................... 17 Tabela 12: Bandas de taxas de sedimentação de poeiras proposta para adopção (Botswana) .......................................................................................................................... 18 Tabela 13: Regulamento Nacional Sul-Africano de Controle de Poeira ............................... 18 Tabela 14: Critérios de avaliação propostos para o PMFT .................................................. 19 Tabela 15: Descrição e localização de pontos de interesse próximos do PMFT ................. 21 Tabela 16: Temperaturas mínima, máxima e média (dados MM5, 2011 a 2013) ................ 27 Tabela 17: Precipitação mensal para para o PMFT (MM5 dados de 2011 a 2013) ............. 27 Tabele 18: Minas em Moçambique ..................................................................................... 29 Tabela 19: Impactos de poeira evasivas típicas e actividades associadas durante a construção da infraestrutura do PMFT ................................................................................ 32 Tabela 20: Emissões de actividades de construção não mitigadas e mitigadas .................. 33 Tabela 21: Resumo das taxas de emissão de gases estimados para a fase operacional proposta .............................................................................................................................. 37 Tabela 22: Actividades, aspectos e seus pressupostos associados para as operações propostas no PMFT ............................................................................................................ 38 Tabela 23: Significância do impacto incrimental do PMFT .................................................. 89 Tabela 24: Factores de Emissões de Escape de Veículos .................................................. 99

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd viii Projecto de Ferro de Tete

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Localização do PMFT proposto e comunidades vizinhas ....................................... 1 Figura 2: Disposição do PMFT ............................................................................................. 3 Figura 3: AQSRs nas Proximidades .................................................................................... 21 Figure 4: Topografia da área de estudo .............................................................................. 23 Figura 5: Rosa dos ventos médio do período (dados MM5, 2011 a 2013) ........................... 24 Figura 6: Rosa dos ventos diurno e nocturne (dados MM5, 2011 a 2013) ........................... 24 Figura 7: Rosa dos ventos sasonal (dados MM5, 2011 a 2013) .......................................... 25 Figura 8: Rosas dos ventos Sub-sazonais (dados MM5, 2011 a 2013) ............................... 26 Figura 9: Perfil de temperatura média mensal Diurna (MM5 dados de 2011 a 2013) .......... 27 Figura 10: Estabilidade atmosférica diurna (Dados MM5, 2011-2013) ................................ 28

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd ix Projecto de Ferro de Tete

GLOSSÁRIO E ABREVIATURAS

Airshed Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd

AMS Sociedade Meteorológica Americana

AQG(s) Directriz (es) de Qualidade do Ar

AQSR(s) Receptor(es) Sensível de Qualidade do Ar

ASG Grupo de Estudos Atmosféricos

ASTM Sociedade Americana para Testagem e Materias

Baobab Baobab Resources Plc

CALEPA Agência de Protecção Ambiental da Califórnia

Capitol Capitol Resources Limitada

CE Eficiência de Controle

CE Comunidade Europeia

CES EOH Coastal and Environmental Services

CPVs Valores de Potência de Cancer

DEA Departamento de Assuntos Ambientais

DEAT Departamento de Assuntos Ambientais e Turismo

DPF(s) Filtro (s) de Partículas de Diesel

EHS Ambiente, Saúde e Segurança

EMS Sistemas de Gestão Ambiental

FOE Frequência de Excedência

GIIP Boa Prática Internacional daIndústria

GLC(s)) Nível de Concentração (s) de Base

GLCC Caracterização Global da Cobertura de Terra

IFC Corporação Financeira Internacional

IRIS Sistema Integrado de Informação de Risco

ITIS Alvo Interino

LPG Gás Liquefeito de Petróleo

mamsl Metros acima do nível médio do mar

MEI Indivíduo Exposto Maximamente

MM5 Modelo Mesoscale Quinta-Generation Penn State / NCAR

Mtpa Milhões de toneladas por ano

NAAQS Padrões Nacionais de Qualidade do Ar Ambeinte

NCAR Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica

NDCR(s) (s) Regulamento Nacional de Controle de Poeira (s)

NEM:AQA: Gestão Ambiental Nacional: Lei da Qualidade do Ar 2004

NPI Inventário Nacional de Poluentes

OMS Organização Mundial de Saúde

PI&As Partes Interessadas e Afectadas

PM Matéria Particulada

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd x Projecto de Ferro de Tete

RELs Níveis de Referência de Exposição

RfC Concentração de referência

RoM Minério Bruto

SA África do Sul

SABS Bureau Sul Africano de Padrões

SANS Padrões Nacionais da África do Sul

SRTM Shuttle Radar Topography Mission

STCF Forçadores de Clima de Curto Prazo

TCEQ Comissão em Qualidade Ambiental do Texas

TIOP Projecto de Minério de Ferro de Tete

tpat Toneladas por ano

TSF Instalação de Armazenamento de Rejeitos

TSP Partículas Totais em Suspensão

URFs Factores de Unidade de Risco

US EPA Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos

USGS United States Geological Survey

VKT Quilômetros de Veículos Percorridos

WB Banco Mundial

WBG Grupo do Banco Mundial

WRD Despejo de Estéril

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd xi Projecto de Ferro de Tete

GLOSSÁRIO

poluição do ar (a)

A presença de substâncias na atmosfera, particularmente aquelas que não ocorrem naturalmente

Dispersão (a)

A disseminação de constituintes atmosféricos, tais como poluentes atmosféricos

Poeira (a)

Os materiais sólidos em suspensão na atmosfera sob a forma de pequenas partículas irregulares, muitas das quais são de dimensões microscópicas

Instabilidade (a)

Uma propriedade do estado estacionário de um sistema de tal modo que certos distúrbios ou perturbações introduzidos no estado estacionário irão aumentar em magnitude, a amplitude máxima da perturbação permanecendo sempre maior do que a amplitude inicial

mistura mecânica

(a)

Qualquer processo de mistura que utiliza a energia cinética do movimento de fluido relativo

Óxidos de nitrogênio (NOx)

A soma de óxido de nitrogênio (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2), expressa como dióxido de nitrogênio (NO2)

Matéria Particulada (MP)

Matéria particulada total, que é a matéria sólida contida na corrente de gás no estado sólido, bem como o material sólido insolúvel e solúvel que contém gotas arrastadas na corrente de gás

PM2.5 O material particulado com um diâmetro aerodinâmico inferior a 2,5 µm

PM10 O material particulado com um diâmetro aerodinâmico inferior a 10 µm

Estabilidade (a)

A característica de um sistema se pequenas perturbações suficientemente têm apenas pequenos efeitos, seja diminuindo em amplitude ou oscilando periodicamente; é assintoticamente estável se o efeito de pequenas perturbações desaparece durante períodos de tempo longos

Notas:

(a) Definição do glossaário de meteorologia da American Meteorological Society’s (AMS, 2014)

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd xii Projecto de Ferro de Tete

SÍMBOLOS E UNIDADES

°C Graus Celsius

C Carbono

CH4 Metano

C6H6 Benzeno

CO Monóxido de carbono

CO2 Dióxido de carbono

DPM Matéria Particulada de diesel

g Grama (s)

HC(s) Hidrocarboneto (s)

H2S Sulfato de hidrogênio

kg Quilogramas

1 kilogram 1 000 gramas

kg/l Quilograma (s) por litro

km Quilómetro (s)

km² Quilómetros Quadrados(s)

m Metro(s)

m² Metro quadrado (s)

m/s Metros por segundo

µg 1x10−6

gramas

µg/m³ Microgramas por Metro quadrado

mgmg 0.001 gramas

mg/m²/day Miligramas por Metro quadrado por dia

mm Milímetros

Mtpa 1 000 000 toneladas

N2O Óxido Nitroso

NO Óxido de Nitrogênio

NO2 Dióxido de Nitrogênio

NOx Óxidos de Nitrogênio

O3 Ozono

PAH hydrocarbons Hidrocarbonetos oliacrílicos aromáticos

Pb Chumbo

PM2.5 Matéria particulada inalável

PM10 Matéria particulada torácica

SO2 Dióxido de enxofre

1 ton 1 000 000 gramas

VOC(s) Compostos orgânicos voláteis

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 1 Projecto de Ferro de Tete

1 INTRODUÇÃO 1.1 Introdução Capitol Resources Limitada (Capitol), uma subsidiária da Baobab Resources Plc (Baobab) propõe-se a desenvolver o Projecto de Ferro de Tete (PMFT). O projecto estará localizado em Moçambique na Província de Tete nos Distritos de Chiúta e Moatize. O projecto estará localizado a cerca de 50 km ao norte de Cidade de Tete (Figura 1). A Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd (Airshed) foi nomeada pelo EOH Coastal and Environmental Services (CES) para realizar um estudo especialidade do ar para o PMFT proposto (mineração, plantas de beneficiamento, vanádio e fundição). O principal objectivo do estudo da qualidade do ar foi determinar os potenciais impactos da qualidade do ar relacionados associados com o PMFT proposto sobre o meio ambiente e a saúde humana.

Figura 1: Localização do PMFT proposto e comunidades vizinhas Legenda: Town = Comunidade; Airport = Aeroporto; Power Transmission = Linha de Transmissão; Main road =

Estrada principal; Minor road = Estrada secundária; Track = Caminho; Railway = Linha Fêrrea; Watercourse = Curso de água; Project area = área do projecto; Licence boundary = Limites do projecto

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 2 Projecto de Ferro de Tete

1.2 Âmbito do Trabalho Como é típico de uma avaliação do impacto da qualidade do ar, as seguintes tarefas foram incluídas no estudo:

Uma revisão das actividades do projecto proposto, de modo a identificar as fontes de emissões e poluentes associados emitidos.

Um estudo de requisitos regulamentares e os limiares de saúde para os principais poluentes identificados em relação aos qual a conformidade deve ser avaliada e riscos para a saúde selecionados.

Um estudo do meio receptor na vizinhança do projecto; Incluindo: o A identificação de potenciais receptores sensíveis à qualidade do ar

(AQSRs); o Um estudo do potencial de dispersão atmosférica da área levando em

consideração a meteorologia local, uso do solo e topografia; e o A análise de todas as informações qualidade do ar ambiente/dados

disponíveis para determinar a pré-desenvolvimento níveis de poluentes do ambiente e das taxas sedimentação de poeiras.

A compilação de um inventário de emissões abrangente, que incluiu: o Emissão de poeiras fugitivas de actividades da fase operacional; o As emissões de combustão (o material particulado (PM) e de poluentes

gasosos), durante a fase operacional;

Modelagem de dispersão atmosférica para simular concentrações de poluentes no ar ambiente e das taxas sedimentação de poeiras como resultado do projecto,

Uma avaliação de triagem para determinar: o Conformidade de poluentes prioritários com as normas de qualidade do ar

ambiente; o Riscos potenciais para a saúde, como resultado da exposição a poluentes

não prioritários; e o Incômodo de sedimentação de poeira

A compilação de um relatório global de especialidade em qualidade do ar detalhando a abordagem do estudo, limitações, suposição, resultados e recomendações de mitigação e gestão de impactos na qualidade do ar.

1.3 Descrição das Actividades do Projecto a partir de uma Perspectiva de

Qualidade do Ar A disposição para o projecto é mostrada na Figura 2. O PMFT será composto de uma mina a céu aberto, planta de beneficiamento e fundição, fábrica de aço e vanádio. A mineração inclui a remoção de estéril e minério, o carregamento de minério e estéril para camiões de transporte, o transporte de minério e resíduos ao longo das estradas não pavimentadas para o pátio de minério bruto (RoM pad) e despejo de estéril (WRD). As operações na planta de beneficiamento incluem recuperação e transporte de minério, a trituração, triagem e processamento do minério. Para a mina a céu aberto grandes escavadeiras hidráulicas serão utilizadas para extração do minério e estéril. O estéril, então, sera transportado em camiões de transporte para o despejo de estéril. O minério será derrubado em camiões de transporte e transportado para o empilhamento de Minério Bruto no pátio de minério bruto. O minério RoM será então transportado via correia transportadora para a planta de beneficiamento. Na planta de beneficiamento, o minério será enviado para trituradores. O minério esmagado será enviado através de telas antes de ser alimentado à unidade de transformação. Triagem

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será seguida por etapas do processo húmido, improvável de resultar em emissões atmosféricas. O produto será empilhado na planta, então, transportado via correia transportadora para as instalações de fundição. Os rejeitos secos serão armazenados na planta e, em seguida, transportados via camiões para a unidade de armazenamento de rejeitos (TSF). Na fábrica de fundição, o minério é aquecido, fundido, reaquecido e reduzido. Na planta de vanádio,o vanádio é recuperado a partir de Fe/V. O produto será transportado através de uma rota de estrada dedicada ao armazenamento armazém perto da junção na EN103. Apenas a porção no local deste percurso de transporte foi modelado neste estudo. Impactos ao longo da porção no local da estrada de transporte são baixos e é provável que sejam os mesmo ao longo de todo o percurso.

Figura 2: Disposição do PMFT

A mineração a céu aberto abrange amplamente os seguintes processos de funcionamento da unidade que podem resultar em emissões atmosféricas:

Perfuração e detonação de minério e estéril;

Escavação de minério e estéril;

Transporte de minério e estéril;

Armazenamento e manuseamento de minério e estéril; e,

Erosão dos empilhamentos, WRD e TSF. As operações de beneficiamento de plantas amplamente abrangem os seguintes processos de funcionamento da unidade que podem resultar em emissões atmosféricas:

britagem e crivagem de minério;

processamento do minério;

manuseio do concentrado e transporte; e

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erosão dos empilhamentos. As operações de fundição e planta de vanádio amplamente abrangem os seguintes processos de funcionamento da unidade que podem resultar em emissões atmosféricas:

fornos rotativos;

fundição;

co-geração;

fundição de ferro gusa; e

concha de recuperação de vanádio. As emissões atmosféricas potenciais que podem resultar das operações são dependentes da natureza do próprio material de origem (Tabela 1, Tabela 2 e Tabela 3). Ozono (O3) é um poluente que pode potencialmente ser emitido pelos veículos, fundição e plantas de vanádio. O O3 é formado como resultado de reacções químicas entre o oxigénio (O2) e de compostos orgânicos voláteis ou os NOx. Devido à pouca informação sobre a formação de O3 relacionadas com as fontes discutidas abaixo não foi incluída nas tabelas. Tabela 1: Emissões de atmosféricas e poluentes associados à mineração a céu aberto

Detalhes Actividades Poluentes

Perfuração e detonação de

minério e estéril no poço

Operações de perfuração e

detonação

Principalmente TSP, as partículas

com um diâmetro aerodinâmico

inferior a 10 µm (PM10) e matéria

particulada com um diâmetro

aerodinâmico de menos de 2,5

µm (PM 2,5), mas as emissões de

detonação, incluindo os óxidos de

nitrogénio (NOx), dióxido de

carbono (CO2 ), monóxido de

carbono (CO), dióxido de enxofre

(SO2), metano (CH4), sulfureto de

hidrogénio (H2S) e particulado

Escavação de minério e

estéril no poço

Escavação TSP, PM10 e PM2.5

Transporte de minério e

estéril ao longo do poço e

estradas de transporte no

local

Arrastamento de rodas e gás de

escape

Principalmente TSP, PM10 e

PM2.5, mas as emissões de

escape de veículos, incluindo

NOx, CO2, CO, SO2, CH4, óxido

nitroso (N2O), compostos

orgânicos voláteis (VOCs) e

particulado

Transferência de minério e

estéril no poço, no despejo

e no pátio de RoM

Descarregamento, recuperação e

outras operações de quedas

TSP, PM10 e PM2.5

Armazenamento de minério

e estéril

Erosão eólica TSP, PM10 e PM2.5

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Tabela 2: Emissões atmosféricas e poluentes associados a planta de beneficiamento

Detalhes Actividades Poluentes

Britadores e peneiras Britagem e crivagem primário,

secundário e terciário

TSP, PM10 e PM2.5

Minério na planta Operações de transferência de

correia trasnportadora

TSP, PM10 e PM2.5

Carregamento e transporte

de concentrado

Operações descarga

Arrastamento de rodas e gás de

escape

Principalmente TSP, PM10 e

PM2.5, mas as emissões de

escape de veículos, incluindo

NOx, CO2, CO, SO2, CH4, óxido

nitroso (N2O), compostos

orgânicos voláteis (VOCs) e

particulado

Armazenamento de minério

esmagado, concentrado e

rejeitos

Empilhamento e recuperação

Erosão eólica

TSP, PM10 e PM2.5

Tabela 3: Emissões atmosféricas e poluentes associados com fundição e planta vanádio

Detalhes Actividades Poluentes

Fornos rotativos Redução directa de concentrado

magnético com calcário para

produzir ferro de redução directa

(DRI)

TSP, PM10 e PM2.5, NOx, CO2,

CO, SO2, CH4 e N2O.

Fundição Operações de transferência de

correia transportadora

TSP, PM10 e PM2.5

Co-geração geração de energia usando gás TSP, PM10 e PM2.5, NOx, CO2,

CO, SO2, CH4 e N2O.

Fundição de ferro-gusa Reaquecimento e fundição de

ferro gusa

TSP, PM10 e PM2.5, NOx, CO2,

CO, SO2, CH4 e N2O.

Concha de recuperação de

vanádio

Recuperação de vanádio TSP, PM10 e PM2.5

1.4 Estrutura do Relatório Este relatório está estruturado da seguinte forma:

Secção 1 Uma introdução ao estudo, incluindo uma descrição do projecto e o escopo do trabalho.

Secção 2 É dada nesta secção uma descrição pormenorizada da metodologia do estudo, juntamente com todas as limitações e hipóteses relevantes.

Secção 3 É apresentado um resumo das directrizes de qualidade do ar ambiente

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aplicáveis.

Secção 4 É dada a descrição do ambiente receptor. Ele aborda AQSRs, potencial de dispersão, bem como a qualidade do ar da linha de base.

Secção 5 Emissões e resultados de modelagem proposto caso sejam aplicadas medidas de mitigação.

Secção 6 A avaliação dos impactos da qualidade do ar.

Secção 7 Impactos da qualidade do ar caso sejam aplicadas medidida de mitigação adicionais a certas fontes.

Secção 8 São fornecidas recomendações de gestão e monitoramento.

Secção 9 Conclusões e Recomendações

Secção 10 Referências

Apêndice 1 Inclui metodologia de quantificação de emissões.

Apêndice 2 Inclui uma descrição pormenorizada das medidas adequadas de combate à poluição.

Apêndice 3 Inclui o Curriculum Vitae dos especialistas envolvido no estudo.

Apêndice 4 Declaração de independência.

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2 METODOLOGIA 2.1 A avaliação A abordagem e metodologia seguida na conclusão de tarefas concluídas como parte do escopo de trabalho são discutidos nesta secção. 2.1.1 Informação do Projecto e Revisão da Actividade Todas as informações do projecto/processo relacionado referidos no presente estudo foram fornecidas pela CES. 2.1.2 A Identificação dos Requisitos Regulatórios e Limiares de Saúde A avaliação dos impactos da qualidade do ar ambiente e as taxas de referência de sedimentação de poeiras foi feita para:

Critérios de qualidade do ar de Moçambique (Decreto nº 18/2004, de 2 de Junho de 2004 e Decreto nº 67/2010..);

Critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) de qualidade do ar ambiente referido pelo Grupo Banco Mundial (WBG) Corporação Financeira Internacional (IFC);

Padrões Nacionais da África do Sul de Qualidade do Ar Ambiente (SA NAAQS), tal como estabelecido na Gestão Ambiental Nacional: Lei de Qualidade do Ar (Lei n.º 39 de 2004) (NEM: AQA) e Regulamentos Nacionais de Controle de Poeira (SA NDCR); e,

Níveis de triagem de risco de saúde para não-poluentes critérios publicados pelas diferentes autoridades reguladoras reconhecidas internacionalmente.

2.1.3 Estudo do Meio Receptor Parâmetros ambientais físicos que influenciam a dispersão de poluentes na atmosfera incluem terreno, cobertura do solo e meteorologia. A qualidade do ar ambiente existente pré-desenvolvimento na área de estudo também é considerada. Dados prontamente disponíveis do terreno e cobertura do solo foram obtidos a partir do Grupo de Estudos Atmosféricos (ASG) através do site da United States Geological Survey (USGS) (ASG, 2011). Foi feito uso de dados de Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) (90 m, 3 arc-sec) e de dados do Global Land Cover Characterisation (GLCC) para a África. Uma compreensão do potencial de dispersão atmosférica da área é essencial para uma avaliação do impacto da qualidade do ar. Na ausência de dados meteorológicos no local (que são necessários para a modelagem de dispersão atmosférica), foi feito uso de dados simulados para um período entre 2011 e 2013. O MM5 (abreviação do Mesoscale Model Penn State/NCAR da quinta-geração) é um modelo regional de mesoscala usado para criar previsões de tempo e projeções climáticas. É um modelo de comunidade mantido pela Penn State University e Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR). 2.1.4 Determinação do Impacto do Projecto no Ambiente Receptor O estabelecimento de um inventário completo das emissões formaram a base para a avaliação dos impactos na qualidade do ar das emissões do projecto sobre o meio receptor. Na quantificação das emissões, foi feito uso de factores de emissão que associam a quantidade de um poluente para a actividade associada com o lançamento desse poluente. As emissões foram calculadas utilizando factores de emissão e equações, como as publicadas pela Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (US EPA) e do Meio

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Ambiente da Austrália em seu Inventário Nacional de Poluentes(NPI) nos Manuais Técnicos Emissão Estimação (EETMs). Na simulação de concentrações ambiente de poluentes atmosféricos e taxas de sedimentação de poeiras foi feito uso dispersão atmosférica suíte de modelagem AERMOD dos EUA EPA. O AERMOD é um modelo de pluma Gaussiana melhor usado para aplicações de campo próximas, onde a suposição de meteorologia no estado estacionário é mais provável que se aplique. O AERMOD é um modelo desenvolvido com o apoio da Regulatory Model Improvement Committee AMS/EPA (AERMIC), cujo objectivo foi o de incluir o estado-da-arte da ciência em modelos de regulação (Hanna, Egan, Purdum, e Wagler, 1999). O AERMOD é um sistema de modelagem de dispersão com três componentes, a saber: AERMOD (modelo de dispersão AERMIC), AERMAP (AERMOD pré-processador de terreno), e AERMET (AERMOD pré-processador meteorológico). 2.1.5 Avaliação da Conformidade e Triagem do Saúde de Risco A conformidade foi avaliada através da comparação de concentrações simuladas de poluentes ambientais critérios (CO, NO2, PM2.5, PM10 e SO2) e as taxas de qualidade do ar ambiente e critérios de sedimentação de poeiras seleccionados. A triagem de risco à saúde foi feita por meio da comparação de concentrações de poluentes não-critérios simulados (matéria particulada de diesel (DPM) e VOCs) para níveis de inalação de rastreio seleccionados. 2.1.6 Desenvolvimento de um Plano de Gestão de Qualidade do Ar As conclusões dos componentes acima trouxeram recomendações de medidas de gestão da qualidade do ar, incluindo a mitigação e monitoramento. 2.2 Pressupostos, Exclusões e Limitações Um número de suposições tinha de ser feito, resultando em certas limitações associadas com os resultados. As premissas e limitações da avaliação de impacto da qualidade do ar mais importantes são:

As emissões foram com base na descrição de processos e plano de disposição fornecidos pela CES.

Este estudo considerou apenas as emissões atmosféricas e os impactos associados com mineração, beneficiamento, fundição e as plantas de vanádio para o PMFT e não as outras operações que possam, no futuro, ser localizadAs dentro da área.

Nenhuma fracção específica do tamanho de partícula no local, conteúdo de humidade ou silte estavam disponíveis para várias fontes e foram usados valores US EPA e valores padrão de operações semelhantes na África Austral.

Apenas as emissões de rotina para as operações propostas foram simuladas. Dertonação foi contabilizada na modelagem, simulada como se estivesse operacional durante 1 hora às segundas, quartas e sextas-feiras. Todas as outras operações serão contínuas.

Modelos de dispersão não contêm todas as características de um sistema ambiental real, mas contêm a característica de interesse para a questão de gestão ou problema científico a ser resolvido (MFE, 2001). Modelos de pluma Gaussianas são geralmente considerados a ter um intervalo de incerteza entre -50% e 200%. Tem sido geralmente descoberto que a precisão dos modelos de dispersão off-the-shelf melhora com o aumento de períodos médios. As precisões exactas de picos instantâneos são as mais difíceis e são normalmente realizadas com modelos de dispersão mais complicados especificamente afinados e validados para a localização. A duração destas concentrações de pico de curto prazo são muitas

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vezes apenas durante alguns minutos e no local, em seguida, os dados meteorológicos são essenciais.

O AERMOD não pode calcular os processos em tempo real; por isso foram utilizadas capacidades úteis médias de processo, mesmo que a natureza das operações possa mudar ao longo da vida das operações.

As emissões gasosas resultariam de veículos, geradores a diesel e detonações. As taxas de emissão para fontes de combustão são dependentes da quantidade de combustível utilizado e para as emissões dos veículos do tipo e tamanho de veículos usados. Apenas a quantidade de uso de combustíveis para veículos foi fornecida e, portanto, somente as emissões de escape de veículo foram estimadas e modeladas.

Gerador será um gerador de retaguarda apenas para emergências, portanto, não estará continuamente emitindo como escapamentos de veículos. Eles serão consequentes somente quando operacionais.

O monóxido de nitrogênio (NO) é rapidamente convertido na atmosfera para o dióxido de nitrogênio muito mais tóxico (NO2). A taxa deste processo de conversão é determinada pela velocidade dos processos físicos de dispersão e mistura da pluma e as taxas de reacção química, bem como a concentração de nitrogênio atmosférico local. 20% das emissões de NOx dos gases de escape de veículos foram assumidos como NO2 (Howard, 1988).

A estimativa de gases de efeito estufa não faz parte do escopo deste estudo.

A fases de construção, descomissionamento e encerramento são avaliadas qualitativamente. Assumiu-se que todas as operações de processamento terão terminado pela fase de encerramento. O potencial de impactos durante esta fase dependerá da extensão da demolição e esforços de reabilitação durante o encerramento e sobre os recursos que permanecerão. Informações sobre a extensão dos procedimentos de demolição e/ou de reabilitação foram limitadas e, portanto, não incluídas no inventário de emissões ou na modelagem de dispersão.

2.3 Metodologia de Avaliação de Impacto Cinco factores precisam ser considerados quando se avalia a significância dos impactos, a saber:

1. Relação do impacto para escalas temporais - a escala temporal define a significância do impacto em várias escalas de tempo, como uma indicação da duração do impacto.

2. Relação do impacto para escalas espaciais - a escala espacial define a extensão

física do impacto. 3. A gravidade do impacto - a escala gravidade/benéfico é utilizada para avaliar

cientificamente quão grave o impacto negativo seria, ou o quão benéfico impactos positivos seria em um sistema particular afectado (por impactos ecológicos) ou uma parte afectada particular.

A gravidade dos impactos pode ser avaliada com e sem mitigação, de modo a demonstrar o quão grave o do impacto é quando nada for feito a respeito. A palavra “mitigação” significa não apenas “compensação”, mas inclui conceitos de contenção e remediação. Para impactos benéficos, a optimização significa qualquer coisa que pode aumentar os benefícios. No entanto, a mitigação ou optimização devem ser práticas, tecnicamente exequíveis e economicamente viáveis.

4. A probabilidade de ocorrência do impacto - a probabilidade de impactos ocorrerem

como resultado das acções do projecto difere entre os impactos potenciais. Não há dúvida de que alguns impactos iria ocorrer (por exemplo, perda de vegetação), mas

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outros impactos não são tão prováveis de ocorrer (por exemplo, acidente de veículo), e podem ou não resultar do desenvolvimento proposto. Apesar de alguns impactos poderem ter um efeito grave, a probabilidade de sua ocorrência pode afectar a sua significância geral.

Cada critério é classificado com pontuações atribuídas conforme apresentado na Tabela 4 para determinar a significância geral de uma actividade. O critério é, em seguida considerado em duas categorias, a saber. efeito da actividade e probabilidade do impacto. As contagens totais registadas para o efeito e probabilidade são então lidas fora da matriz apresentada na Tabela 5 e na Tabela 6, para determinar a significância geral do impacto. A significância geral é negativa ou positiva. A escala de significância ambiental é uma tentativa de avaliar a significância de um impacto particular. Esta avaliação deve ser realizada no contexto relevante, como um impacto tanto pode ser ecológico ou social, ou ambos. A avaliação da significância do impacto depende muito dos valores da pessoa que efectua o julgamento. Por esta razão, os impactos de natureza social especialmente precisam reflectir os valores da sociedade afectada. Priorizando A avaliação dos impactos, como descrito acima é usada para priorizar os impactos que exigem medidas de mitigação. Os impactos negativos que são classificados como sendo de “MUITO ELEVADOS” e “ELEVADOS”, a significância será adicionalmente investigada para determinar como o impacto pode ser minimizado ou que actividades ou medidas de mitigação alternativas podem ser implementadas. Esses impactos podem também auxiliar os tomadores de decisão, ou seja, inúmeros impactos negativos elevados podem levar a uma decisão negativa. Para impactos identificados como tendo um impacto negativo de significância “MODERADA”, é prática padrão investigar actividades alternativas e/ou medidas de mitigação. As medidas de mitigação mais eficazes e práticas serão então propostas. Para impactos classificados como de significância “BAIXA”, nenhumas investigações ou alternativas serão consideradas. Possíveis medidas de gestão serão investigadas para garantir que os impactos permanecem de baixa significância.

Tabela 4: Classificação dos critérios de avaliação

EF

EIT

O

Escala temporal

Pontuação

Curto prazo Menos de 5 anos 1

Médio prazo Entre 5-20 anos 2

Longo prazo Entre 20 e 40 anos (uma geração) e de uma perspectiva humana também permanente 3

Permanente Mais de 40 anos, resultando em uma mudança permanente e duradoura que sempre vai estar lá 4

Escala espacial

Localizada Na escala localizada e alguns hectares de extensão 1

Área de estudo O local proposto e seus arredores imediatos 2

Regional Nível Distrital e Provincial 3

Nacional País 3

Internacional Internacionalmente 4

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Gravidade Gravidade Benéficio

Ligeira

Impactos ligeiros sobre o sistema afectado (s) ou parte (s)

Ligeiramente benéfico para o sistema afectado (s) e parte (s) 1

Moderada

Impactos moderados sobre o sistema afectado (s) ou parte (s)

Moderadamente benéfico para o sistema(s) afectado e parte (s) 2

Grave/Benéfico

Impactos graves sobre o sistema (s) afectado uo parte(s)

Um benefício substancial para o sistema(s) afectado substancial e parte (s) 4

Muito Grave/Benéfico

Mudanças muito graves sobre o sistema (s) afectado uo parte(s)

Um benefício muito substancial para o sistema(s) afectado substancial e parte (s) 8

PR

OB

AB

ILID

A

DE

Probabilidade

Pouco provável A probabilidade destes impactos ocorrerem é ligeira 1

Pode Ocorrer A probabilidade destes impactos ocorrerem é possível 2

Provável A probabilidade destes impactos ocorrerem é provável 3

Definitivo A probabilidade é que este impacto vai certamente ocorrer 4

Em certos casos, pode não ser possível determinar a gravidade de um impacto, assim, pode determinar-se: Não se sabe/Não é possível saber

Tabela 5: Matriz utilizada para determinar a significância geral do impacto com base na probabilidade e efeito do impacto

Pro

bab

ilid

ad

e

Efeito

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

1 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

3 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

4 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Tabela 6: Descrição das Classificações de Significância Ambiental e faixa de pontuação associada

Taxa de Significância

Descrição Score

Baixa Um impacto aceitável para o qual a mitigação é desejável, mas não essencial. O impacto por si só é insuficiente, mesmo em combinação com outros impactos baixos para impedir que o desenvolvimento seja aprovado. Esses impactos resultarão em qualquer meio positivo ou negativo para efeitos de curto prazo sobre o ambiente social e/ou natural.

4-8

Moderada Um impacto importante que requer mitigação. O impacto é insuficiente por si só para impedir a execução do projecto, mas que em conjunto com outros impactos podem impedir sua implementação. Esses impactos normalmente irão resultar em qualquer um meio positivo ou negativo para efeito de longo prazo sobre o ambiente social e/ou natural.

9-12

Elevada Um impacto sério, se não mitigado, pode impedir a execução do projecto (se for um impacto negativo). Esses impactos seriam considerados pela sociedade como

13-16

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 12 Projecto de Ferro de Tete

constituindo a principal e, geralmente, uma mudança de longo prazo para o meio ambiente (natural e/ou social) e resultam em efeitos graves ou efeitos benéficos.

Muito Elevada Um impacto muito sério que, se for negativo, pode ser suficiente por si só para impedir a execução do projecto. O impacto pode resultar em mudança permanente. Muitas vezes, esses impactos não podem ser mitigados e geralmente resultam em efeitos muito graves ou efeitos muito benéficos.

17-20

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3 REUISITOS REGULAMENTARES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 3.1 Padrões de Qualidade Ambiental para Poluentes Critérios 3.1.1 Nacional Para conhecimento dos autores, apenas padrões ambientais de qualidade do ar para o SO2, NO2, CO, o nitrogênio (O3), TSP e chumbo (Pb) (Tabela 7) e padrões de emissão de TSP (Tabela 8) são estabelecidos na legislação de Moçambique. Estes estão especificados no Decreto nº. 18/2004, de 2 de Junho de 2004 e Decreto nº. 67/2010, de 31 de Dezembro de 2010 (alterações ao Apêndice I e inclusão de Apêndice 1A e 1B para o Decreto nº. 18/2004). Os padrões de TSP são dados como concentrações.

Tabela 7: Padrões de qualidade do ar ambiente nacionais de Moçambique (Decreto nº 18/2004 e Decreto nº 67/2010)

Poluentes Símbolo

Padrões de Qualidade de AR Ambiente

(µg/m³)

1 hora 8 horas 24 horas Anual

Dióxido de enxofre SO2 800 - 100 40

Dióxido de nitrogênio NO2 190 - - 10

Monóxido de carbono CO 30 000 10 000 - -

Ozônio O3 160 120 50 70

Partículas totais em suspensão TSP - - 150 60

Chumbo Pb 3 - - 0.5 – 1.5

Tabela 8: Padrões Moçambicanos de emissão de poluentes por indústrias (Decreto nº 18/2004 e Decreto nº 67/2010)

Poluentes Símbolo Padrões de Emissão (mg / Nm³)

Partículas totais em suspensão TSP 20, onde há presença de metais tóxicos, 50 em

outros

3.1.2 Internacional Normalmente, quando não há critérios de qualidade do ar ambiente locais existente, ou estão em vias de serem desenvolvidos, é feita referência aos critérios internacionais. Além disso, se um projecto tem de cumprir os Padrões de Desempenho da Corporação Financeira Internacional (IFC), em seguida, as normas estipulam que quando há uma diferença de limites, o mais rigoroso será aplicável. Isso serve para fornecer uma indicação da gravidade dos potenciais impactos das actividades propostas. Os critérios internacionais de qualidade do ar mais amplamente referenciados são os publicados pelo Grupo Banco Mundial, a OMS e a Comunidade Europeia (CE). Os padrões de qualidade do ar ambiente Sul-Africano também são referenciados uma vez que são considerados indicadores representativos para Moçambique devido às características ambientais, sociais e econômicas semelhantes entre os dois países.

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3.1.2.1 Directrizes de Saúde e Segurança da IFC Orientações Os documentos de referência técnicos publicados nas Directrizes de Ambiente, Saúde e Segurança (EHS) da IFC dão exemplos específicos e gerais de Boas Práticas Internacionais da Indústria (GIIP). As Directrizes Gerais de EHS são projectadas a serem usadas em conjunto com o Diretrizes de EHS do Sector da Indústria relevante. A abordagem geral das Directrizes EHS 'para a qualidade do ar (IFC, 2007) afirma que os projectos deverão evitar ou minimizar os impactos, garantindo que:

As emissões não resultam em concentrações de poluentes que atinjam ou ultrapassem as diretrizes nacionais relevantes e padrões de qualidade do ar ambiente, ou na sua ausência, a actual Organização Mundial de Saúde (OMS) Directrizes de Qualidade do Ar (AQG) ou de outras fontes internacionalmente reconhecidas;

Emissões não contribuem com uma parcela significativa para o cumprimento dos AQG ou padrões de ambiente relevantes. A directriz sugere 25% dos padrões de qualidade do ar ambiente aplicáveis para permitir o desenvolvimento adicional, futuro no mesmo campo visual.

As Orientações Gerais de HSE afirmam que ao nível do projecto, os impactos devem ser estimados por meio de avaliações qualitativas ou quantitativas através da utilização de avaliações de referência da qualidade do ar e modelos de dispersão atmosférica. O modelo de dispersão deve ser reconhecido internacionalmente e capaz de tomar em conta os dados locais, climáticos e atmosféricos de qualidade do ar, bem como os efeitos de turbilhão descendente, ou efeitos de remoinho gerados por estruturas e características do terreno (IFC, 2007). As Directrizes Gerais de HSE também fornecem orientação com relação a:

projectos localizados em bacias atmosféricas degradadas ou áreas ecologicamente sensíveis;

fontes pontuais e alturas de pilha;

emissões de pequenas instalações de combustão (3 a 50 MWth de capacidade nominal de entrada de calor);

fontes fugitivas;

substâncias que destroem o ozono;

fontes móveis terrestre;

gases de efeito estufa;

monitoramento; e

tecnologias de prevenção e contreole de emissões Além das Directrizes Gerais de EHS, a IFC também proporciona Directrizes de EHS específicas da indústria. As Diretrizes de EHS para fundição e refinaria só são relevantes para fundição e refinaria de chumbo, zinco, cobre, níquel e alumínio. 3.1.2.2 Directrizes de Qualidade do Ar da OMS Diretrizes de qualidade do ar (AQGs) foram publicadas pela OMS em 1987 e foram revistas em 1997. Desde a realização da segunda edição das Diretrizes de qualidade do ar para a Europa que incluiu uma nova pesquisa de países de baixa e média renda, onde os níveis de poluição do ar são os mais elevados, a OMS comprometeu-se a rever a evidência científica acumulada e considerar suas implicações para os seus AQGs. O resultado deste trabalho é o documento em “Directrizes de Qualidade do Ar - Actualização Global de 2005” sob a forma de valores de referência revistos para critérios selecionados poluentes do ar, que são aplicáveis em todas as regiões da OMS.

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 15 Projecto de Ferro de Tete

Dado que os níveis de poluição do ar nos países em desenvolvimento frequentemente excedem em muito o recomendado pela OMS AQGs, níveis alvo intermédios (IT) foram incluídos na actualização. Estes são superiores aos AQGs, para promover o progresso constante no sentido de cumprir o AQGs OMS (WHO, 2005). Há entre duas a três objectivos intercalares a partir de interino da OMS alvo-1 (IT-1) como a mais branda e IT-2 ou IT-3 como alvo mais rigorosas antes de atingir os AQGs. SA NAAQS são, por exemplo, de acordo com o 3-alvos para PM2.5 e PM10 e IT-1 para o SO2. Deve notar-se que a OMS permite uma frequência de ultrapassagem de 1% por ano (4 dias por ano) durante 24 horas de PM 2,5 média e concentrações de PM10. Na ausência de alvos intercalares para NO2, é feita referência ao valor AQG. Estes são fornecidos na Tabela 9 para poluentes considerados neste estudo. 3.1.2.3 Padrões Nacionais de Qualidade do Ar Ambiente da África do Sul (SA) O Bureau Sul-Africano de Padrões (SABS) foi contratado para ajudar o Departamento de Assuntos Ambientais (DEA, então conhecido como o Departamento de Assuntos Ambientais e Turismo ou DEAT) na facilitação do desenvolvimento de padrões de qualidade do ar ambiente. Isto incluiu a criação de uma comissão técnica para supervisionar o desenvolvimento de padrões. Os padrões foram determinados com base nas melhores práticas internacionais para PM10, PM2.5, sedimentação de poeira, SO2, NO2, O3, CO, Pb e benzeno (C6H6). A SA NAAQS final revista foi publicada no Diário da República em 24 de Dezembro de 2009 e incluía uma margem de tolerância (ou seja, frequência de excedência) e prazos de execução ligados a ele. SA NAAQS para PM2.5 foram publicados em 29 de julho de 2012. Como mencionado anteriormente, SA NAAQS acompanha de perto os alvos intermédios OMS, que são metas para os países em desenvolvimento, para PM2.5, PM10 e SO2. A SA NAAQS para as concentrações ambiente de NO2 são equivalentes ao AQGs OMS. SA NAAQS referidos no presente estudo são também apresentados na Tabela 9.

Tabela 9: Critérios de avaliação internacionais para os poluentes critérios

Poluentes Período médio

Valores Limite Frequência de Excedência

Concentração (µg/m³)

Referência Ocorrências

por ano Referência

CO 1 hora 30 000 WHO AQG & SA

NAAQS 88 SA NAAQS

NO2

1 hora 200 WHO AQG & SA NAAQS

88 SA NAAQS

1 ano 40 WHO AQG & SA NAAQS

n/a n/a

PM2.5 24 horas 37.5 WHO IT-3 4 OMS

1 ano 15 WHO IT-3 n/a n/a

PM10 24 horas 75

WHO IT-3 & SA NAAQS

4 WHO & SA NAAQS

1 ano 30 WHO IT- n/a n/a

SO2

1 hora 350 SA NAAQS 88 SA NAAQS

24 horas 125 WHO IT-1 & SA

NAAQS 4 SA NAAQS

1 ano 50 SA NAAQS n/a n/a

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 16 Projecto de Ferro de Tete

Poluentes Período médio

Valores Limite Frequência de Excedência

Concentração (µg/m³)

Referência Ocorrências

por ano Referência

O3 8 horas 120 SA NAAQS 11 SA NAAQS

C6H6 1 ano 5 SA NAAQS n/a n/a

Notes:

(a) n/a – não aplicável

(b) n/s – não especificado

3.2 Critérios de Inalação de Saúde e Unidade de Factores de Risco para Poluentes

Não-critérios O potencial de impactos para a saúde associados com os poluentes não-critérios emitidos a partir de fontes de combustão a diesel móvel são avaliados de acordo com as directrizes publicadas pelas seguintes instituições:

OMS AQGs e unidade de factores de risco do cancro (URFs);

concentrações de Inalação de referência (FICA) e URFs publicados pelo Sistema de Informação de Risco Integrado US EPA (IRIS)

Níveis de referência da exposição (RELs) e Valores de Potência Cancer (CPVs) publicado pela Agência de Protecção Ambiental da Califórnia (CALEPA)

A Comissão de Qualidade Ambiental do Texas (TCEQ) Critérios de inalação crónicos URFs/CCVs para poluentes considerados no estudo encontram-se resumidos na Tabela 10 (OMS, 2000). Aumento do risco de câncer de vida é calculado mediante a aplicação dos faCtores de risco de unidade para concentrações de longa duração previstas (média anual) de poluentes.

Tabela 10: Critérios de triagem de inalação crônica e aguda e unidade e factores de risco do câncer

Poluentes Critérios de

Triagem crônicas (µg/m

3)

Critérios de Triagem agudas

(µg/m3)

Inalação URF/CPV

(µg/m3)-1

Escapes de Diesel como DPM

5 (US EPA IRIS) Não especificado 3x10-04

(CALEPA)

VOC (combustível diesel utilizado como indicador)

100 (TCEQ) Não especificado Não Especificado

A identificação de um nível aceitável o risco de câncer tem sido debatida por muitos anos e, possivelmente, ainda continuará como normas e valores da sociedade mudam. Algumas pessoas iriam facilmente aceitar riscos mais elevados do que outras, mesmo que não fosse dentro de seu próprio controle; outros preferem a assumir riscos muito baixos. Um risco aceitável é uma questão de aceitação social e, portanto, variam de sociedade para sociedade. Apesar da dificuldade para fornecer um definitivo “nível de risco aceitável”, a estimativa de um risco associado com uma actividade fornece os meios para uma comparação da actividade a outros riscos todos os dias e, portanto, permitir que as decisões de política de gestão de risco. Avaliações de riscos técnicos raramente definiem a agenda regulatória por causa das diferentes formas em que o público não-técnico percebe riscos. Consequentemente, a ciência não fornece diretamente uma resposta para a pergunta.

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 17 Projecto de Ferro de Tete

Embora talvez seja inadequado para fazer um julgamento sobre o quanto de risco deve ser aceitável, através da revisão dos níveis de risco aceitáveis seleccionados por outras organizações bem conhecidas, afigura-se que o pedido da US EPA’s é o mais adequado, ou seja, “Se o risco para o indivíduo maximamente exposto (MEI) é não mais do que 1x10-6, então não é necessária nenhuma acção adicional. Se não, o risco MEI deve ser reduzido para não mais do que 1x10-4, independentemente de viabilidade e o custo, ao mesmo tempo proteger o maior número de pessoas possível na população geral contra riscos superior a 1x10-6 “. Algumas autoridades tendem evitar a especificação de um único nível de risco aceitável. Em vez de um “sistema de classificação de riscos” é o preferido. Por exemplo, o Departamento de Saúde de Nova York produziu uma classificação qualitativa das estimativas de risco de câncer, de muito baixo a muito alto (Tabela 11). Portanto, se o descritor qualitativa foi “baixo”, então o excesso de tempo de vida do risco de cancro é que a exposição na gama de mais do que um por milhão a menos de um por dez mil.

Tabela 11:Excesso de risco de câncer ao longo da vida (como aplicado pelo New York Department of Health)

Taxa de Risco Descriptor Qualitativa

Igual ou inferior a um em um milhão Muito baixo

Mais do que um a um milhão de menos de um em dez mil

Baixo

Um em cada dez mil a menos de um em mil Moderado

Um em mil de menos de um em dez Elevada

Igual ou maior do que um em cada dez Muito Elevada

3.3 Regulamentos de Controle de Poeira Moçambique não têm regulamentos de controle de poeira. Botswana publicou recentemente critérios de avaliação de deposição de poeira (BOS 498: 2013). De acordo com estes limites, uma empresa pode apresentar um pedido às autoridades para operar dentro do 3 Band (banda de acção) por um período limitado, desde que isso seja essencial em termos do funcionamento prático da empresa (por exemplo, a remoção final de um depósito de rejeitos) e desde que a melhor tecnologia de controle disponível seja aplicada para a duração. Sem margem de tolerância será concedida para operações que resultam em taxas sedimentação no 4 Band (banda de alerta). Esta escala de quatro bandas é apresentada na Tabela 12. África do Sul publicou os regulamentos nacionais de controle de poeira em Novembro de 2013 (Diário do Governo Nº 36974) com o objectivo de prescrever medidas gerais para o controle de poeira em todas as zonas, incluindo áreas residenciais e comerciais. As taxas de sedimentação de poeiras aceitáveis tal como medido utilizando a American Society of Testing and Materials (ASTM) D1739: 1970 (padrão ASTM D1739-70, 1998) ou equivalente, e para além do limite das instalações onde é originária a poeira são dadas na Tabela 13. É importante notar que a sedimentação de poeira é avaliada para o impacto de incômodo e não impacto inalação na saúde.

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 18 Projecto de Ferro de Tete

Tabela 12: Bandas de taxas de sedimentação de poeiras proposta para adopção (Botswana)

Número

da

Banda

Rótulo de Descrição

de Banda

Média de 30 Dias de

Sedimetação de Poeira

(mg/m2 dia)

Comentário

1 RESIDENCIAL D < 600 Admissível para residenciais e

comerciais ligeiros

2 INDUSTRIAL 600 < D < 1 200 Admissível para comercial pesada

e industrial

3 ACÇAO 1 200 < D < 2 400

Requer investigação e remediação

se dois meses sequenciais cairem

nesta banda, ou mais de três

ocorrerem em um ano.

4 ALERTA 2 400 < D

Acção imediata e correção

necessária após a primeira

excedência. Relatório de incidente

a ser submetido à autoridade

competente.

Tabela 13: Regulamento Nacional Sul-Africano de Controle de Poeira

Área de Restrição Taxa de Sedimentação de Poeira

(mg/m2 -dia)

Frequência de Excedência

Permitida

Área residencial D < 600

Duas dentro de um ano, não meses

sequenciais

Área não residencial 600 < D < 1 200

Duas dentro de um ano, não meses

sequenciais

3.4 Emissões de gases de estufa e as alterações climáticas Moçambique é um (não-Anexo 1) país em desenvolvimento em termos do Protocolo de Quioto e, portanto, não tem obrigação de relatar suas emissões de gases com efeito de estufa no âmbito do protocolo. No entanto, este projecto está a ser feito para atender aos padrões de desempenho da IFC, assim, um limiar de 25 000 toneladas de equivalente CO2 por ano foi definido. Este montante é inclusive de emissões do projecto directos, indirectos e determinados. As emissões directas serão a partir das operações de instalações dentro do limite do projecto. As emissões indirectas estão associadas com a produção de fora do local de energia para ser utilizada pelo projecto. Isso é abordado separadamente na AIASS. 3.5 Critérios de avaliação adoptado para o PMFT O Grupo do Banco Mundial faz referência às directrizes da OMS, mas indica que quaisquer outros critérios internacionalmente reconhecidos podem ser utilizados, tais como a US EPA ou CE. NAAQS da SA são referenciados porque estes foram desenvolvidos após uma análise minuciosa de todos os critérios internacionais e seleccionados com base nas condições sócio, económicos e ecológicos do país. Verificou-se que apenas adoptando as directrizes da OMS resultaria em potencial não-conformidade em muitas áreas devido a áreas industrializadas já estabelecidas no país. A OMS também afirma que estes AQGs e objectivos intercalares devem ser usados para orientar os processos que definem padrões e

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ter como objectivo e alcançar as concentrações mais baixas possíveis no contexto dos condicionalismos locais, capacidades e prioridades de saúde pública. Estas directrizes também se destinam a ambientes urbanos nos países desenvolvidos (WHO, 2005). Os NAAQS da SA para SO2 sobre uma média de 24 horas são os mesmos que o limite CE e Padrão Interino da OMS IT-1 de 125 µg/m³. O padrão de qualidade do ar ambiente Australiano é mais brando, viz. 209 mg/m³ para médias de 24 horas, enquanto a OMS IT-2 (50 µg/m³) e da OMS AQG (20 µg/m³) são mais rigorosos. É também a melhor prática (como por WBG) que um sector específico contribui apenas 25% dos padrões de qualidade do ar aplicáveis para permitir o desenvolvimento sustentável adicional, futuro na mesma bacia aérea. Para VOCs o valor TCEQ é usado. O3 não está incluído como não estavam disponíveis técnicas detalhadas de estimativa das emissões para determinar o O3 das operações e, portanto, O3 não podia ser determinado e avaliado. Além disso, devido às directrizes internacionais limitadas para sedimentação de poeira, as directrizes Sul-Africanas são referenciadas.

Tabela 14: Critérios de avaliação propostos para o PMFT

Poluentes Período Médio Critérios

Seleccionados Fonte

PM10

Média de 24 horas

(µg/m³) 75

(a) WHO-IT3 & SA NAAQS

Média Anual (µg

/m³) 30

WHO-IT3

PM2.5

Média de 24 horas

(µg/m³) 37.5

WHO-IT3

Média Anual (µg

/m³) 15

WHO-IT3

SO2

Média de 1 hora

(µg/m³) 350

(b) Limite de EC & Padrão SA

Média de 24 horas

(µg/m³) 125

(a)

OMS-IT2 (visto como 40% dos limites SA e

EC)

Média de 24 horas

(µg/m³) 100 AAQS de Moçambique

Média Anual (µg

/m³) 40 AAQS de Moçambique

NO2

Média de 1 hora

(µg/m³) 200

(b) AQG da OMS & NAAQS da SA

Média de 1 hora

(µg/m³) 190 AAQS de Moçambique

Média Anual (µg

/m³) 10 AAQS de Moçambique

CO Média de 1 hora

(µg/m³) 30 000

(b)

AQG da OMS, NAAQS da SA & AAQS de

Moçambique

DPM Média Anual (µg

/m³) 5 US EPA IRIS RfC

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 20 Projecto de Ferro de Tete

Poluentes Período Médio Critérios

Seleccionados Fonte

VOCs Média Anual (µg

/m³) 100 TCEQ

Sedimentação

de Poeiras

Média de 30 dias

(µg /m³) 600

(c) Limite residencial NDCR SA e Botswana

Notas:

(a) Não se excedido mais de 4 vezes por ano (NAAQS da SA)

(b) Não se excedido mais de 88 vezes por ano (SA NAAQS).

(c) Duas excedências dentro de um ano, meses não sequenciais

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 21 Baobab Tete Iron Ore Project

4 DESCRIÇÃO DE BASE DO AMBIENTE RECEPTOR 4.1 Receptores Sensíveis de Qualidade do Ar O PMFT ficará situado a cerca de 50 km ao norte da Cidade de Tete. Os actuais usos de terra nas imediações da área do projecto são a agricultura e residencial. Há um número de residências na vizinhança do local do projecto. Casas individuais (Tabela 15) e comunidades foram incluídas neste estudo como AQSRs (Figura 1).

Figura 3: AQSRs nas Proximidades

Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limite

Tabela 15: Descrição e localização de pontos de interesse próximos do PMFT

Pontos de interesse perto do PMFT

Identidade Tipo WGS-84 UTM; Zona UTM 36S

Coordenada X (m) Coordenada Y (m)

7 Casas Rurais 583241 8263178

9 Casas Rurais 584340 8263044

10 Casas Rurais 584564 8263031

11 Casas Rurais 585057 8263042

12 Casas Rurais 584683 8263830

13 Casas Rurais 584506 8263944

14 Casas Rurais 584665 8264063

15 Casas Rurais 584908 8264174

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Coastal & Environmental Services 22 Projecto de Ferro de Tete

Pontos de interesse perto do PMFT

Identidade Tipo WGS-84 UTM; Zona UTM 36S

Coordenada X (m) Coordenada Y (m)

16 Casas Rurais 584533 8264177

17 Casas Rurais 584820 8264294

18 Casas Rurais 580165 8264183

19 Casas Rurais 579839 8262958

20 Casas Rurais 579857 8263488

22 Casas Rurais 580815 8258954

23 Casas Rurais 580245 8259189

25 Casas Rurais 580447 8258628

29 Casas Rurais 583045 8263231

30 Campos agrícolas 583523 8264178

32 Casas Rurais 583202 8265230

4.2 Potencial de Dispersão Atmosférica Mecanismos físicos e meteorológicos governam a dispersão, a transformação, e eventual remoção de poluentes da atmosfera. A análise dos dados meteorológicos médios por hora é necessária para facilitar uma compreensão abrangente do potencial de dispersão do local. Parâmetros úteis em descrever a dispersão e diluição potencial do local ou seja, velocidade do vento, direcção do vento, temperatura e estabilidade atmosférica, são posteriormente discutidas. 4.2.1 Topografia e Uso da Terra O terreno em torno do local é suavemente ondulado, tornando-se progressivamente intercalado com colinas. A elevação do terreno que circunda o local varia entre 262 e 451 metros acima do nível médio do mar (mamsl). Dados topográficos foram incluído em simulações de dispersão. A topografia da área de estudo é apresentada na Figura 4: Topografia de área de estudo.

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Coastal & Environmental Services 23 Projecto de Ferro de Tete

Figure 4: Topografia da área de estudo

Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limite; Elevation = Elevação

4.2.2 Campo de Vento de Superfície O campo de vento determina quer a distância de transporte descendente como a taxa de diluição de poluentes. A geração de turbulência mecânica é uma função da velocidade do vento, em combinação com a rugosidade da superfície. O campo de vento para a área de trabalho é descrita com a utilização de rosas do vento. Rosas do vento compreendem 16 raios, que representam as direcções a partir das quais os ventos sopraram durante um período específico. As cores utilizadas no rosa dos ventos abaixo, reflectem as diferentes categorias de velocidades do vento; a área amarela, por exemplo, representa ventos em entre 2,5 e 3 m/s. Os círculos pontilhados fornecem informações sobre a frequência de ocorrência de velocidade do vento e categorias de direcção. A frequência com que acalma ocorreu, ou seja, períodos durante os quais a velocidade do vento era inferior a 1 m/s também é indicada. O período do rosa dos ventos para o período de Janeiro de 2011 a Dezembro de 2013 é mostrado na Figura 5. Rosa dos ventos diurno e nocturno para o período de Janeiro 2011 a Dezembro de 2013 são fornecidos na Figura 6. Rosa dos ventos sazonais para o período de Janeiro de 2011 a de Dezembro de 2013 são mostrados na Figura 7 e Figura 8. O campo DE vento foi dominado por ventos de sudeste e leste-sudeste. Ventos menos frequentes também ocorreram a partir dos sectores norte. Condições calmas ocorreram em 9,8% do tempo. Durante o dia, os ventos mais frequentes em velocidades de vento mais elevadas ocorreram nos sectores de leste com quase 17,3% condições calmas. Fluxo de ar nocturno teve ventos menos frequentes dos sectores noroeste e em baixas velocidades de vento com ventos mais frequentec a partir dos sectores-sul-sul leste. Os percentuais de condições calmas diminuiu para 2,3%. Todas as épocas reflectem a média de direcção do vento prevalecente a partir do leste-sul-leste para o sul-sudeste.

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Coastal & Environmental Services 24 Projecto de Ferro de Tete

Figura 5: Rosa dos ventos médio do período (dados MM5, 2011 a 2013) Legenda: Wind speed = Velocidade do vento

Diurno Nocturno

Figura 6: Rosa dos ventos diurno e nocturne (dados MM5, 2011 a 2013)

Legenda: Wind speed = Velocidade do vento

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Coastal & Environmental Services 25 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Época chuvosa

(Nov - Abr)

Época seca (Mai – Out)

Figura 7: Rosa dos ventos sasonal (dados MM5, 2011 a 2013)

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Coastal & Environmental Services 26 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Época chuvosa (quente) (Nov-Abri)

Época seca (fresca) (Mai-Ago)

(Época chuvosa (quente) (Set-Out)

Figura 8: Rosas dos ventos Sub-sazonais (dados MM5, 2011 a 2013)

4.2.3 Temperatura A temperatura do ar é importante, tanto para a determinação do efeito de flutuação da pluma (quanto maior for a diferença de temperatura entre a pluma e o ar ambiente, mais alto a pluma poluição é capaz de subir), e a determinação do desenvolvimento das camadas de mistura e de inversão. Temperaturas mínima, máximas e médios para a área do projecto, como obtido a partir de dados MM5, são apresentados na Tabela 16: temperaturas mínima, máxima e média (dados MM5, 2011 a 2013). Temperaturas médias mensais diurnas mostradas fornecidas na Figura 9. As temperaturas máxima, mínima e média foram de 32,6°C, 2,6°C e 20,8°C, respectivamente. O mês de Junho experimentou menor temperatura de 2,6°C, enquanto

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Avaliação de Impacto da Qualidade do Ar – Outubro 2015

Coastal & Environmental Services 27 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

que a temperatura máxima de 32,6° C ocorreu em Janeiro. As temperaturas atingem seu mínimo, pouco antes do nascer do sol e máximo entre o meio-dia e o pôr do sol.

Tabela 16: Temperaturas mínima, máxima e média (dados MM5, 2011 a 2013)

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Máximo 35.9 35.8 34.5 33.8 30.6 29.9 28.5 32.2 35.4 37.5 36.9 36.6

Mínimo 19.1 18.9 17.6 13.9 11.5 10.6 9.8 10.1 13.5 13.2 16.1 18.8

Média 27.4 26.8 26.1 23.1 20.6 19.0 17.6 20.3 23.5 25.1 26.9 27.7

Figura 9: Perfil de temperatura média mensal Diurna (MM5 dados de 2011 a 2013)

4.2.4 Precipitação A chuva representa um mecanismo de remoção eficaz de poluentes atmosféricos e é, portanto, considerada frequentemente durante os estudos de poluição do ar. Na área do projecto, a chuva normalmente ocorre principalmente como tempestades e chuvas individuais podem ser intensas. Isso cria uma distribuição de chuvas irregular ao longo da estação chuvosa (Novembro a Abril). A poeira é gerada por ventos fortes que às vezes acompanham estas tempestades. Essa poeira geralmente ocorre em áreas com solos secos e vegetação esparsa. A maior quantidade de chuva cai em Janeiro (Tabela 17: precipitação mensal para O pmft (MM5 dados de 2011 a 2013)).

Tabela 17: Precipitação mensal para para o PMFT (MM5 dados de 2011 a 2013)

Precipitação Mensal (mm/hr)

Jan Fev Marc Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

665.3 157.2 16.7 39.8 12.1 18.2 17.1 18.7 3.3 66.2 96.9 136.1

4.2.5 Estabilidade Atmosférica e Profundidade de Mistura Os novos modelos de dispersão de ar da nova geração diferem dos modelos tradicionalmente utilizados num certo número de aspectos, o mais importante dos quais são a descrição de estabilidade atmosférica como um processo contínuo em vez de classes

Meses

Horas

Perfil de Temperatura (2011 – 2013)

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discretas. As propriedades da camada limite atmosférica são, portanto, descritas por dois parâmetros; a profundidade da camada limite e o comprimento de Monin-Obukhov, ao invés dos termos do parâmetro único Pasquill Class. O comprimento Monin-Obukhov (LMo) proporciona uma medida da importância de flutuabilidade gerada pelo aquecimento do solo e mistura mecânica gerada pelo efeito de fricção da superfície da terra. Fisicamente, ele pode ser considerado como representando a profundidade da camada limite dentro da qual a mistura mecânica é a forma dominante de geração de turbulência (CERC, 2004). A camada limite atmosférica constitui as primeiras centenas de metros da atmosfera. Durante o dia, a camada limite atmosférica é caracterizada pela turbulência térmica devido ao aquecimento da superfície da terra. Períodos nocturnos são caracterizados pela mistura vertical fraca e a predominância de uma camada estável. Estas condições estão normalmente associadas a ventos de baixa velocidade e menor potencial de diluição. Variação diurna na estabilidade atmosférica, calculada a partir de dados no local, e descrita pelo inverso comprimento Monin-Obukhov e da profundidade da camada limite é fornecido na Figura 10. As concentrações mais elevadas de nível do solo, ou quase ao nível do solo e lançamentos de fontes não-dependentes de vento iria ocorrer durante a velocidade do vento fraco e condições atmosféricas estáveis (em tempo nocturno). Para versões elevadas, condições instáveis podem resultar em concentrações muito elevadas de emissões mal diluídas perto da pilha. Isso é chamado de looping e ocorre principalmente durante o dia. Condições neutras dispersam a pluma de maneira sensivelmente igual em ambos os planos vertical e horizontal e a forma da pluma é referida como de rebobinagem. Condições estáveis impedem que a pluma misture verticalmente, embora ainda possa espalhar-se horizontalmente e chamado de ventilação (Tiwary & Colls, 2010). Para emissões do nível do solo as maiores concentrações de nível do solo ocorrem durante as condições noturnas estáveis.

Figura 10: Estabilidade atmosférica diurna (Dados MM5, 2011-2013) Legenda: Average = Média; More Stable = Mais estável; More Unstable = Mais Instável

Hora do dia

Mis

tura

nd

o A

ltu

ra (

m)

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4.3 Fontes Existentes de Poluição do Ar na Área O uso da terra na região inclui assentamentos rurais, a agricultura de subsistência, mineração e deserto. Fontes esperadas de emissões atmosféricas incluem:

As emissões gasosas e particuladas de outras operações de mineração;

Fontes de poeiras fugitivas diversos incluindo arrastamento de veículo em estradas e poeira pelo vento de áreas abertas;

As emissões gasosas e de particulado de emissões de escape de veículos;

As emissões gasosas e de particulado da queima de combustível doméstico; e

As emissões gasosas e de particulado da queima de biomassa (por exemplo, práticas agrícolas de corte e queima).

4.3.1 Operações de Mineração Existem inúmeras minas existentes e propostas localizadas em Moçambique (Tabela 18). As minas localizadas ou para serem localizadas na Província de Tete incluem Projecto de Carvão Moatize Fase 2 Rio Doce (da Vale), projecto de Carvão Benga da Internacional Coal Ventures Limited, Projecto do Zambeze da Internacional Coal Ventures Limited, da Riversdale Mining Limited Mozambi Coal, de Mozambi Coal Tete Ocidental e Projecto de Carvão de Moatize da Índia (INE, nd). Fontes de emissões fugitivas de operações de mineração a céu aberto e subterrâneas consistem, principalmente, de operações de compensação de terra (ou seja, raspagem, buldozers e escavação), materiais de operações de manuseamento (ou seja, queda, descarregamento, e carregamento, pontos de transferência do transportador), arrastamento de veículo da estradas de transporte, erosão eólica de áreas abertas e de perfuração e detonação. Essas actividades resultam principalmente em fontes de poeiras fugitivas com pequenas quantidades de NOx, CO, SO2, o metano e o CO2 sendo liberados durante as operações de detonação.

Tabele 18: Minas em Moçambique

Principais empresas Nome do ProjeCto

Mozambi Coal Songo

Mozambi Coal Mutarara

Mozambi Coal Tete Ocidental

Internacional Coal Ventures Limited Zambeze

Internacional Coal Ventures Limited/Tata Steel Limited Carvão de Benga

Rio Doce (Vale) Fase 2 do Carvão Moatize

Coal India Moatize

Jindal Steel and Power Jindal Steel and Power

Ncondzezi Coal Limited Ncondzezi

Beacon Hill Resources Minas Moatize

Talbot Group, Nippon Steel e Posco Minas de Revuboe

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4.3.2 Fontes Diversas de Poeiras Fugitivas As emissões de poeiras fugitivas podem ocorrer como resultado de poeira de veículos arrastados de estradas pavimentadas e não pavimentadas locais, a erosão eólica e de áreas abertas ou vegetação escassa. A extensão de emissões de particulado provenientes das estradas principais dependerá do número de veículos que utilizam as estradas e na carga sedimentos nas estradas. A extensão, natureza e duração da actividade de uso da estrada e do conteúdo de humidade dos solos e sedimentos são obrigados a serem conhecidos, de modo a quantificar as emissões fugitivas a partir desta fonte. A quantidade de poeira soprada pelo vento é semelhante em função da velocidade do vento, a extensão das áreas expostas e o conteúdo de humidade e silte de tais áreas. 4.3.3 Emissões pelo Tubo de Escape de Veículos A poluição do ar pelas emissões dos veículos pode ser agrupada em poluentes primários e secundários. Poluentes primários são aqueles emitidos directamente para a atmosfera, e secundário, esses poluentes formados na atmosfera, como resultado de reacções químicas, tais como a hidrólise, oxidação, ou reacções fotoquímicas. Os poluentes primários significativos emitidos pelos veículos incluem CO2, CO, hidrocarbonetos (HC), SO2, NOx, DPM e Pb. Os poluentes secundários incluem: NO2, fotoquímicos oxidantes (por exemplo, a camada de ozono), HCs, ácido sulfúrico, sulfato, ácido nítrico, ácido nítrico e nitrato de aerossóis. Hidrocarbonetos emitidos incluem benzeno, 1,2-butadieno, aldeídos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAH). Benzeno representa um HC aromático presente na gasolina, com 85% a 90% das emissões de benzeno que emana a partir de gases de escape e o restante de perdas por evaporação. As emissões de escape de veículos são fontes localizadas e improvável para impactar campos distantes. 4.3.4 Queima de Combustível Doméstico A utilização de energia no sector residencial é dada como caindo dentro de três categorias principais, viz .: (i) tradicional - que consiste em madeira, esterco e bagaço, (ii) de transição - que consiste em carvão, parafina e GLP, e (iii) moderno - que consiste de electricidade (cada vez mais o que inclui a utilização de energias renováveis). A tendência típica universal é dada como sendo de (i) a (ii) a (iii). 4.3.5 Queima de Biomassa A queima de biomassa inclui a queima de florestas verdes e caducifólias, florestas, pastagens e terras agrícolas. Nas imediações do projecto incêndios florestais e queima controlada para limpar os campos podem, portanto, representar uma fonte de emissões relacionadas com a combustão. A queima de biomassa é um processo de combustão incompleta, com gases CO, metano e NO2 sendo emitidos. Aproximadamente 40% do azoto em biomassa é emitido como o azoto (N2), 10% que resta são as cinzas, e que pode considerar-se que 20% do azoto é emitido como compostos de azoto de maior peso molecular. A visibilidade das plumas de fumo é atribuída ao teor de aerossol (matéria particulada). Para além do impacto da queima de biomassa dentro da vizinhança do projecto, as emissões de longo alcance transportadas a partir desta fonte podem ainda ser esperadas a ter impacto sobre a qualidade do ar. É impossível controlar esta fonte de poluição atmosférica; no entanto, deve notar-se como parte do fundo ou estado inicial antes de considerar os impactos de outras fontes locais.

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4.4 Status Quo da Qualidade do Ar Ambiente Nenhm dado de qualidade do ar ambiente medido estava disponível para estabelecer concentrações de poluentes linha de base pré-desenvolvimento e as taxas de sedimentação de poeiras. Um projecto foi concluído por Pandey, et al. (2006) para estimar os níveis médios anuais de exposição PM10 do residente urbano médio a partículas exterior em países individuais. Ele determinou os níveis de PM10 ponderados para as áreas residenciais de cidades com mais de 100 000 habitantes. Os níveis de PM10 ponderados são baseados em dados agregados para países e regiões e grupos de renda são para populações urbanas. Um importante determinante das concentrações de material particulado é o estado da tecnologia e controles de poluição de um país. Com base neste método, calculou-se que a concentração de PM10 média anual de Moçambique teria sido 26μg/m³ para 2007, 26 ug/m³ para 2008 e 24ug/m³ para 2009. Embora existam valores para anos anteriores eles variam consideravelmente. Para ser conservador será assumido que a concentração de PM10 anual média actual é de aproximadamente 26 mg/m³. Dada a falta de dados medidos e o fato de que a poeira representa o poluente mais abundante susceptível de ser libertada da operação de mineração proposta, esse valor será utilizado para determinar os impactos cumulativos. Embora a concentração média anual de PM10 seja baixo, o potencial para altas concentrações de partículas finas no ar cumulativos ainda existe. É necessário que as emissões de partículas pelo desenvolvimento proposto sejam minimizadas.

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5 RESULTADOS DE EMISSÕES E MODELAGEM 5.1 Emissões Atmosféricas 5.1.1 Fase de Construção As operações de construção vão incluir a construção dos empilhamentos, plantas, estradas de transporte, WRD, TSF, despejo da escória e pré remoção do estéril. As operações de construção não são susceptíveis de ocorrer em simultâneo com as operações de mineração. As actividades específicas que possam resultar em emissões de ar estão listadas na Tabela 19.

Tabela 19: Impactos de poeira evasivas típicas e actividades associadas durante a construção da infraestrutura do PMFT

Impacto Fonte Actividade

TSP,

PM10 e

PM2.5

Geração de poeira de

terraplenagem

Actividades de perfuração e detonação

Actividades de limpeza, colecta e escavação

Escavação do solo

Armazenagem de solo e outros materiais

Eliminação e tratamento de solo contaminado

Geração de poeira do

desenvolvimento do

local

Supressão de vegetação (excluindo queima) e solo superficial

Aterramento de material de câmaras de empréstimo

Abertura e gestão de câmaras de empréstimo

Poeira de veículo

arrastado

Construção e utilização de novas estradas no local, limpeza de

áreas

Operação e circulação de veículos de construção e maquinaria

Gases e

partículas

Actividade de veículos

e equipamentos de

construção

As emissões de escape de veículos e equipamentos de

construção, tais como niveladoras, raspadeiras e tractores de

esteira

Essas actividades compreendem normalmente uma série de diferentes operações, incluindo limpeza de terrenos, remoção de solo superficial, gradagem rodoviária, material de carga e transporte, armazenamento, classificação, compactação, (etc.). Cada uma dessas operações tem a sua própria duração e potencial para a geração de poeira. Prevê-se que o grau de emissão de poeiras que variem substancialmente de dia para dia, dependendo do nível de actividade, as operações específicas e das condições meteorológicas prevalecentes. Isso está em contraste com a maioria das outras fontes de poeiras fugitivas, onde as emissões são ou relativamente estáveis ou seguem um ciclo anual discernível. Se informações detalhadas sobre a fase de construção do projecto proposto estivesse disponível, o processo de construção teria sido dividido em operações de componente como mostra a Tabela 19: Impactos típicos da poeira fugitiva e actividades associadas durante a construção da infraestrutura do PMFT, para a quantificação das emissões e simulações de dispersão. Devido à falta de informações detalhadas, as emissões das actividades de construção podem ser estimada em uma área de base ampla. Esta abordagem calcula as

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emissões de construção para toda a área afectada sem levar em conta os planos reais do projecto de construção individual. Na quantificação de emissões da fase de construção, é feito uso de factores de emissão publicados pela US EPA (US EPA, 1996). Os factores de emissão aproximados para as operações de actividade de construção são dados como: ETSP = 2.69 Mg/hectar/mês de actividade Este factor de emissão é mais aplicável a operações de construção com (i) os níveis médios de actividade, (ii) o conteúdo moderado de silte, e (iii) climas semi-áridos e aplica-se a TSP. Assim, ele irá resultar em estimativas conservadoramente altas quando aplicado a MP10. Além disso, como a derivação do factor assume que a actividade de construção ocorre 30 dias por mês, é considerada como conservadora alta para TSP (US EPA, 1995). O factor de emissão não fornece uma indicação de qual o tipo de actividade durante a construção resultaria em mais afectadas, portanto, não fornecem informações para desenvolver um plano de controle de poeira eficaz. Por exemplo, as fontes secundárias de poeira durante a construção podem ser muito mais importantes do que as operações reais de construção no local. Tais fontes secundárias podem incluir actividade de veículos em estradas fora do local, exploração de pedreiras e os estoques localizados longe do local real (US EPA, 1995). As emissões calculadas a partir de actividades de construção são apresentadas na Tabela 20: Emissões de actividades de construção não mitigadas e mitigadas. As medidas de mitigação a serem consideradas durante a fase de construção incluem crivagem de água em todas as áreas desmatadas e gradadas; garantir que as distâncias entre a remoção do solo superficial e empilhamento de solo superficial são mantidas a um mínimo e empilhamentos de solo superficial vegetados. As medidas de mitigação recomendadas são indicadas na secção 7. A mitigação considerada na estimativa de emissões é a aplicação de crivagem de água, resultando em 50% de eficiência de controle (CE).

Tabela 20: Emissões de actividades de construção não mitigadas e mitigadas

Poluentes Não mitigado (tpa) Mitigado (tpa)

PM2.5 1 054.5 527.2

PM10 2 109.0 1 054.5

TSP 6 025.6 3 012.8

5.1.2 Fase Operacional As operações de mineração propostas no PMFT serão compostas por uma série de diferentes operações a céu aberto. Os principais impactos ambientais estão associados com operações de mineração a céu aberto são perfuração e detonação, escavação e resíduos de minério, carga e descarga de camiões, pontos de transferência, transportador de britagem e crivagem, vias de circulação não pavimentadas, tudo contribui para as emissões de poeira. Um inventário de emissões foi concluído por um 1 Mtpa taxa de produção de ferro-gusa (caso base). Fontes de emissão atmosférica associadas com as operações de mineração propostas no PMFT estão listadas na Tabela 22, com informações relevantes como utilizado nos cálculos de emissões incluídos. Os factores de emissão e equações são fornecidos no Apêndice 1 e um resumo das taxas de emissão é apresentado na Tabela 23.

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Taxas de emissão foram calculadas para fontes com métodos de mitigação indicados aplicados às principais fontes. As medidas de mitigação são baseadas nas informações fornecidas. 5.1.2.1 Perfuração e Detonação Na quantificação das emissões de perfuração e detonação, um único factor de emissão valorizado publicada pela US EPA foi aplicado para calcular a quantidade de poeira que será gerads (Anexo 1). A detonação é uma ocorrência instantânea, geralmente limitada a uma explosão a cada 3,3 dias. A detonação provavelmente terá lugar às 10h00. Mesmo que os impactos visíveis de A detonação sejam significativos, os impactos na saúde são geralmente baixos, devido à curta duração da explosão. Estimar as emissões de A detonação requer área da explosão por explosão. Um resumo dos dados utilizados está incluído na Tabela 22. Um resumo da emissão de perfuração e remoção é fornecido na Tabela 23. Crivagem de água são susceptíveis de serem aplicados em operações de perfuração reduzindo as emissões em 70% (NPI, 2012). 5.1.2.2 Manuseamento de Materiais O manuseamento de estéril, ROM, minério triturado, minério processado e rejeitos são potenciais fontes importantes de geração de poeira nos diversos pontos de transferência entre o céu aberto, os empilhamentos e a planta. Pontos de transferência de cooreia transportadora também constituem ponto em que as emissões de poeira são geradas. A quantidade de poeira gerada depende de vários parâmetros climáticos, tais como a velocidade do vento e a precipitação, em adição aos parâmetros não climáticas, tais como a natureza e volume do material tratado. Partículas finas são mais prontamente desagregadas e liberadas para a atmosfera durante o processo de transferência de material, como resultado da exposição aos ventos fortes. Aumento no conteúdo do material vai sendo transferido para diminuir o potencial de emissão de poeiras de humidade, visto que a humidade promove a agregação e a cimentação de partículas finas para as superfícies de partículas maiores. Foi identificado um conjunto de pontos de transferência e resumido na Tabela 22 com os factores de emissão utilizados fornecidos no Apêndice 1. A Tabela 23 resume as taxas de emissão de criação de pontos de transferência de materiais. 5.1.2.3 Operações de britagem e crivagem Britadoras e operações de crivagem podem ser uma fonte de geração de poeira significativa se não controladas. A sedimentação de poeira na vizinhança de trituradores também dá origem à possibilidade de re-arrastamento de pó por veículos ou pelo vento numa data posterior. A grande percentagem de finos no material depositado aumenta o potencial para que possa ser transportada pelo ar. Britagem e crivagem primário, secundário e terciário irão ocorrer. Factores de emissão são fornecidos para o minério de alta humidade (humidade em excesso de 4%) e baixa humidade do minério (de humidade inferior a 4%) (Anexo 1). A humidade de minério foi feita a partir de informação fornecida. Os parâmetros de fontes são listados na Tabela 22, com as taxas de emissão resumidas na Tabela 23.

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5.1.2.4 Arrastamento de veículos em estradas não pavimentadas Poeiras arrastadas por veículos de estradas não pavimentadas são uma fonte significativa de poeira, especialmente onde há alto volume de tráfego em uma estrada e/ou utilizados por equipamentos pesados. A força das rodas que viajam em estradas não pavimentadas causa a pulverização do material da superfície. As partículas são levantadas e deixadas cair das rodas rotativas, e a superfície da estrada está exposta a fortes correntes de ar em cisalhamento turbulento com a superfície. A turbulência atrás do veículo continua a agir na superfície da estrada depois que o veículo passou. A quantidade de emissões de poeira de estradas não pavimentadas irá variar linearmente com o volume de tráfego esperado naquela estrada. A extensão das emissões de partículas de estradas pavimentadas é uma função do “carregamento de silte”, presente na superfície da estrada, e, em menor medida do peso médio dos veículos que circulam na estrada (Cowherd e Engelhart, 1984; US EPA, 2006a) . Sedimento de carga refere-se à massa de material de sedimentos de tamanho (isto é, igual a ou inferior a 75 mícrons de diâmetro) por unidade de área da superfície do curso. Sedimento de carga é o produto da fracção do lodo e da carga total. O teor de silte foi obtido a partir do estudo anterior. A equação de emissão, tal como previsto no Anexo 1 foi utilizada para quantificar a emissão de todas as estradas não pavimentadas. A informação utilizada é fornecida na Tabela 22. Um resumo das emissões de actividade de camião em estradas não pavimentadas é apresentado na Tabela 23. Foi indicado que a mina irá controlar a poeira das estradas de cascalho no local através de crivagem de água com inibidores químicos e assumiu-se que pelo menos 90% na CE todas as estradas não pavimentadas serão alcançados. 5.1.2.5 Poeira soprada pelo vento A erosão eólica é um processo complexo, incluindo três fases diferentes de arrastamento de partículas, transporte e deposição. Ela é influenciada principalmente pelas condições atmosféricas (por exemplo, vento, precipitação e temperatura), propriedades do solo (por exemplo, a textura do solo, composição e agregação), características de superfície da terra (elementos por exemplo, topografia, umidade, comprimento de rugosidade aerodinâmica, vegetação e não-degradáveis) e prática no uso da terra (por exemplo, agricultura, pastoreio e mineração) (Shao, 2008). Poeiras transportadas pelo vento são geradas por fontes naturais e antropogênicas. Para erosão eólica ocorrer, a velocidade do vento deve exceder um determinado limite, chamado de velocidade de limiar. Isto relaciona-se com gravidade e a coesão entre partículas que resiste à remoção. Propriedades da superfície, tais como a textura do solo, humidade do solo e cobertura vegetal influenciar o potencial de remoção. Por outro lado, a velocidade de atrito ou cisalhamento do vento na superfície está relacionada com as condições de fluxo atmosféricos e propriedades aerodinâmicas de superfície. Assim, para as partículas no ar para se tornar o cisalhamento do vento na superfície deve exceder as forças gravitacionais e coesos agindo sobre eles, chamou a velocidade de limiar de fricção (Shao, 2008). Os empilhamentos propostos, WRD e TSF são as prováveis fontes de erosão eólica. As emissões dos estoques deverão ser baixas devido ao tamanho do material e os teores de humidade. Foi utilizada uma velocidade limite de vento de 5 m/s. Um resumo da emissão a partir da erosão do vento é fornecido na Tabela 23.

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5.1.2.6 Planta de beneficiamento De acordo com a descrição do processo da planta de processamento incluirá processos húmidos. Isto resulta na quantidade de emissões atmosféricas provenientes do processamento de ser desprezível. 5.1.2.7 Plantas de fundição e vanádio De acordo com a descrição do processo as plantas vão incluir pilhas. Foram fornecidos os parâmetros da pilha e as emissões poluentes. Emissões de chaminés para as partículas (TSP) estão em conformidade com as normas de emissão de Moçambique. Informação sobre as chaminés está resumida na Tabela 22. Um resumo da emissão das chaminés é fornecido na Tabela 23. 5.1.2.8 Escapamentos de veículos As emissões resultantes de veículos a motor podem ser agrupadas em poluentes primários e secundários. Enquanto poluentes primários são emitidos directamente para a atmosfera, poluentes secundários na atmosfera formam-se por causa de reacções químicas. Poluentes primários significativos emitidos de motores de combustão incluem CO2, carbono (C), SO2, NOx (principalmente NO), partículas e chumbo. Os poluentes secundários incluem NO2, oxidantes fotoquímicos, como o ozônio, ácido sulfúrico, sulfatos, ácido nítrico e nitrato de aerossóis (material particulado). Tipo do veículo (ou seja, ano-modelo, sistema de fornecimento de combustível), combustível (ou seja, teor de oxigênio), operacional (ou seja, velocidade do veículo, da carga, poder) e os parâmetros ambientais (isto é, altitude, humidade) taxas de emissão a influência do veículo (Onursal & Gautam, 1997) . Fatores de emissões de escape de veículo foram utilizados, sumarizados no Apêndice 1. ATabela 23 resume as taxas de emissão de escapamentos de veículos. 5.1.2.9 Resumo de Inventário de Emissões - emissões de PM Não mitigado As contribuições do grupo de origem para as emissões totais são apresentadas na Tabela 23. As fontes de concepção mitigadas mais significativas de PM2,5, as emissões de PM10 e TSP são as pilhas a 90% para as PM2,5, 71% para as PM10 e 44% para TSP. A segunda fonte mais significativa de emissões de PM2,5 é de britagem e crivagem. A segunda fonte mais significativa de emissões de PM10 e TSP é o arrastamento de veículo em estradas não pavimentadas. A menos importante fonte de emissões de PM2.5, PM10 e TSP está explodindo. A única fonte de DPM é o escapamentos de veículos. Sem mitigação no lugar das emissões gerais de TSP são 2 055 toneladas por ano (tpa), com PM10 em 1 267 toneladas por ano, PM2.5 em 991 toneladas por ano e DPM às 7 toneladas por ano. Concepção mitigada As contribuições do grupo de origem para as emissões totais são apresentadas na Tabela 23. A fonte mais significativa de emissões de PM2.5, PM10 e TSP são as chaminés que contribuem 93%, 86% e 72% ao PM2.5 geral, PM10 e TSP emissões, respectivamente. A segunda fonte mais significativa de PM2,5, as emissões de PM10 e TSP é de britagem e crivagem. A menos importante fonte de emissões de PM2.5, PM10 e TSP esão explodindo. A única fonte de DPM é o escapamentos de veículos. Com mitigação da concepção em prática as emissões globais TSP são 1 248 toneladas por ano, com PM10 em 1 042 toneladas por ano, PM2.5 em 969 toneladas por ano e DPM às 7 toneladas por ano.

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5.1.2.10 Resumo de inventário de emissões - emissões gasosas Devido a uma falta de informação (tipo de material utilizado) a respeito de detonação, somente as emissões de gases de escapamentos de veículos e chaminés poderiam ser determinados (Tabela 21). As chaminés são a maior fonte de NOx e SO2. As emissões globais de NOx são 2 878 toneladas por ano, com CO em 56 tpa, SO2 em 1 801 toneladas por ano e compostos orgânicos voláteis em 6 tpa.

Tabela 21: Resumo das taxas de emissão de gases estimados para a fase operacional proposta

Fonte do Grupo

NOx CO SO2 VOC

tpa tpa tpa tpa

Escapamentos de veículos

131 56 0.1 6

Chaminés 2 747 1 801

Total 2 878 56 1 801 6

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Tabela 22: Actividades, aspectos e seus pressupostos associados para as operações propostas no PMFT

Aspecto Fonte Actividade Comentários/Pressupostos /

Mitigação

Poeiras

fugitivas

(TSP, PM10

e PM2.5) e

gases

As operações

de mineração

em minas a céu

aberto

Remoção de resíduos

Remoção de minério

Poeira arrastado or veículo e as emissões de escape dos veículos viajando em

estradas não pavimentadas no poço

Baseado em 24 horas de segunda-

feira a domingo.

Largura das estradas no poço = 10 m.

Conteúdo de silte para estradas no

poço é de 7,1%.

Crivagem de água com produtos

químicos aplicados às estradas no

poço, resultando em um 90% CE.

Perfuração Perfuração de minério e estéril - 55 furos dia Crivagem de água aplicados à

perfuração, resultando em um 70%

CE.

Detonações Detonação de minério e estéril - 1 122 m² área/explosão Não há controle de eficiência de

detonação disponível.

Assumiu que a detonação ocorrerá às

segundas-feiras e quintas-feiras para

fins de modelagem.

Detonação ocorre durante uma hora

em cada dia das 10h00 às 11h00.

Operações de

Manuseamento

de manipulação

Carregando resíduos em camiões e despejando no poço

Carregando minério em camiões e despejando para o pátio de RoM

Minério para a correia transportadora e, em seguida, para trituradores

Minério triturado de correia transportadora para sistema de transporte de plantas

Processado minério para o transportador e, em seguida, para estocar

Pontos de transferência transportador

Britagem e Britagem primária, secundária e terciária de minério na planta Baseado em 24 horas de segunda-

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Coastal & Environmental Services 39 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Aspecto Fonte Actividade Comentários/Pressupostos /

Mitigação

crivagem Triagem de minério na planta feira a domingo.

Actividade de

veículos em

estradas de

transporte não

pavimentadas

Transporte de planta descartar no poço para aterro

As emissões de escape do veículo de veículos que viajam em estradas de

transporte não pavimentadas

As medidas de mitigação incluem

crivagem de água com produtos

químicos em estradas de transporte

não pavimentadas (assumido 90%

CE).

Silte de 7,1% para todas as vias de

circulação não pavimentadas.

Largura da estrada = 10 m.

camiões de transporte de 91 ton de

capacidade.

Erosão eólica Erosão eólica em empilhamentos, WRD e TSF Assumiu nenhuma geração de poeira

dos empilhamentos devido ao

tamanho do conteúdo de materiais e

humidade.

Fundição

planta e de

vanádio

Aquecimento, fundição, reaquecimento e redução de minério processado, de co-

geração e recuperação de vanádio a partir de Fe/V fundido

Chaminé de forno rotativo:

Número de chaminés: 1

Altura: 120 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 3,8 m

Taxa de fluxo: 310 000 Nm³ /h

Temperatura de saída: 100 °

C

PM: 50 mg/Nm³

SO2: 400 mg/Nm³

Chaminé de recuperação de vanáfio:

Número de chaminés: 1

Altura: 30 m

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Coastal & Environmental Services 40 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Aspecto Fonte Actividade Comentários/Pressupostos /

Mitigação

Diâmetro de saída da

chaminé: 2.0 m

Taxa de fluxo: 35 000 Nm³ / h

Temperatura de saída: 70 ° C

PM: 20 mg/Nm³ Co-generation

stack: Pilha de Co-geração:

Número de chaminés: 1

Número de pilhas: 1

Altura: 120 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 5.0 m

Taxa de fluxo: 750 000 Nm³/h

Temperatura de saída: 130°C

PM: 50 mg/Nm³

SO2: 100 mg/Nm³

NO2: 400 mg/Nm³

Conversor de purificação de gás da

chaminé:

Número de chaminés: 2

Número de pilhas: 2

Altura: 60 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 1.22 m

Taxa de fluxo: 50 000 Nm³/h

Temperatura de saída: 150°C

PM: 50 mg/Nm³

Conversor chaminés de gás

secundário:

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Coastal & Environmental Services 41 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Aspecto Fonte Actividade Comentários/Pressupostos /

Mitigação

Número de chaminés: 2

Número de pilhas: 2

Altura: 30 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 3.5 m diâmetro de

saída Pilha: 3,5 m

Taxa de fluxo: 500 000 Nm³/h

Exit temperature: 40°C Exit

temperatura: 40 ° C

PM: 20 mg/Nm³ PM: 20 mg /

Nm³

Despoeiramento para dessulfurização

e alimentação de chaminé:

Número de chaminés: 1

Número de pilhas: 1

Altura: 30 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 3.5 m

Taxa de fluxo: 500 000 Nm³ /

h

Exit temperatura: 40 ° C

PM: 20 mg/Nm³

Despoeiramento para misturar

chaminé de fogão de ferro:

Número de chaminés: 1

Número de pilhas: 1

Altura: 30 m

Diâmetro de saída da

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Coastal & Environmental Services 42 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Aspecto Fonte Actividade Comentários/Pressupostos /

Mitigação

chaminé: 3.1 m

Taxa de fluxo: 400 000 Nm³ /

h

Temperatura de saída: 40 ° C

PM: 20 mg / Nm³

Despoeiramento para chaminé de silo

subterrâneo:

Número de chaminés: 1

Altura: 30 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 2.5 m

Taxa de fluxo: 250 000 Nm³/h

Temperatura de saída: 25°C C

PM: 20 mg/Nm³ PM: 20 mg /

Nm³

Forno e chaminé de moinho:

Número de chaminés: 1

Altura: 70 m

Diâmetro de saída da

chaminé: 2.2 m

Taxa de fluxo: 48 000 Nm³/h

Temperatura de saída: 400°C

PM: 20 mg/Nm³

SO2: 150 mg/Nm³

NO2: 300 mg/Nm³

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Coastal & Environmental Services 43 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Tabela 23: Resumo das taxas de emissão de partículas estimadas para a fase operacional proposta

Grupo fonte PM2.5 PM10 TSP DPM PM2.5 PM10 TSP DPM

Mitigação Aplicada

tpa tpa tpa tpa % % % %

Não Mitigado

Perfuração - 6 12 - - 0% 1% -

Detonação 0.03 0.4 1 - 0% 0% 0% -

Manipulação de materiais

1 6 12 - 0% 0% 1% -

Britagem e crivagem 39 78 210 - 4% 6% 10% -

Estradas não pavimentadas

24 245 889 - 2% 19% 43% -

Erosão do vento 23 27 27 2% 2% 1% -

Escape de veículos 7 8 8 7 1% 1% 0% 100%

Chaminé 897 897 897 - 90% 71% 44% - Casa de filtros

Total 991 1 267 2 055 7 100% 100% 100% 100%

Mitigado

Perfuração - 2 4 - - 0% 0% - 70% CE para aspersão

de água

Detonação 0.03 0.4 1 - 0% 0% 0% -

Manipulação de materiais

1 6 12 - 0% 1% 1% -

Britagem e crivagem 39 78 210 - 4% 7% 17% -

Estradas não pavimentadas

2 24 89 - 0% 2% 7% -

90% CE em estradas não pavimentadas por aspersão de água com produtos químicos em

estradas

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Coastal & Environmental Services 44 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Grupo fonte PM2.5 PM10 TSP DPM PM2.5 PM10 TSP DPM

Mitigação Aplicada

tpa tpa tpa tpa % % % %

Erosão do vento 23 27 27 - 2% 3% 2% -

Escape do veículo 7 8 8 7 1% 1% 1% 100

Pilhas 897 897 897 - 93% 86% 72% - Casa de filtros

Total 969 1 042 1 248 7 100% 100% 100% 100%

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Coastal & Environmental Services 45 Baobab, Tete Iron Ore Project

5.1.3 Fase de Encerramento Supõe-se que todas as operações terão cessado na fase de fecho. Espera-se que todas infraestruturas de superfície sejam demolidas e removidas, e as estradas de acesso fechadas. Espera-se também que a superfície seja coberta com solo superficial e vegetação. O potencial de impactos na qualidade do ar durante esta fase dependerá da extensão dos esforços de demolição e reabilitação durante o encerramento e sobre as características que permanecerão. Aspectos e actividades associadas com a fase de fecho das operações são listados na Tabela 24.

Tabela 24: Actividades e aspectos identificados para a fase de encerramento das operações

Impacto Fonte Actividade

TSP,

PM10 e

PM2.5

Estoques de Solo

superficial

Topsoil recuperado de estoques para a reabilitação e re-vegetação

das áreas à volta

plantas

deprocessamento Remoção de infraestrutura no local da planta de processamento

Estradas não

pavimentadas

Arrastamento de veículo em pisos não pavimentadas durante a

reabilitação. Uma vez feito isto, a actividade de veículos deve

cessar

Gases e

partículas

Detonação Demolição de infraestrutura pode exigir a utilização de detonação

Veículos

As emissões de escape dos veículos utilizados durante a fase de

encerramento. Uma vez feito isto, a actividade de veículos deve

cessar.

5.1.4 Fase Pós Encerramento Não são esperadas emissões devido ao PMFT após o encerramento. As emissões de pós-encerramento serão semelhante à linha de base, mas podem ser ligeiramente aumentadas pela utilização pela comunidade das estradas restantes. 5.2 Rastreio da Simulação de Impactos sobre a Saúde do Homem (incremental e

cumulativo) 5.2.1 Fase de Construção Modelagem de dispersão para a fase de construção do PMFT foi considerada não representativa das actividades reais que resultarão em emissões de poeira e gases, devido ao cálculo excessivamente conservador da taxa de emissão. Não se prevê que as várias actividades de construção resultem em maior concentrações de PM2.5, PM10, DPM, NO2, CO, SO2, COV do que fora do local do projecto do que as as atividades fase operacional. O carácter temporário das actividades de construção provavelmente reduziria a significância dos impactos potenciais. 5.2.2 Fase Operacional: rota de transporte Apenas uma porção de terra batida da estrada de acesso foi simulado para determinar as prováveis concentrações ao nível do solo (GLCs) e frequência das excedências (FOE) do

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Coastal & Environmental Services 46 Baobab, Tete Iron Ore Project

centro da estrada. A razão para isto é que espera-se que os GLCs e a FOE sejam semelhantes ao longo do comprimento da estrada e é improvável que haja veículos ao longo de toda extensão da estrada de uma só vez. Para determinar a distância a partir da borda da estrada 5 m são subtraídos da distância no gráfico, para ter em conta a porção da estrada incluída no gráfico. Concentrações simuladas das médias anuais de PM2.5 a nível do solo não estão acima da diretriz da OMS-IT3 de 15 µg/m³ como resultado das operações da estrada de acesso (Figura 5-1). Concentrações simuladas das médias diárias de PM2.5 a nível do solo não estão acima da diretriz da OMS-IT3 de 37.5 µg/m³ como resultado das operações da estrada de acesso (Figura 5-1). Concentrações simuladas das médias anuais de PM10 a nível do solo não estão acima da diretriz da OMS-IT3 de 30 µg/m³ para uma distância de aproximadamente 95m da borda da estrada não mitigada (Figura 5 2). A maior distância a partir da borda da estrada não mitigada em que o padrão diário de WHO-IT3 para PM10 de 37,5 mg / m³ é ultrapassado por 4 dias por ano é de aproximadamente 267,5 m da fonte (Figura 5 3). Se houver quaisquer receptores localizados dentro da área de excedência da estrada de acesso sugere-se estes receptores sejam realocados ou que a estrada definitivamente seja mitigada.

Figura 5.1: Fase operacional não mitigada - concentrações médias anuais de PM2,5 no transecto para da estrada de acesso

Figura 5.2: Fase operacional não mitigada - concentrações média anual de PM10no nível do solo no transecto para a estrada de acesso

Concentrações médias anuais de PM2,5

Concentr

ações (

µg/m

3)

Concentr

ações (

µg/m

3)

Distância(m)

Distância(m)

Concentrações médias anuais de PM10

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Coastal & Environmental Services 47 Baobab, Tete Iron Ore Project

Figura 5.3: Fase operacional não mitigada - Frequência de excedências do limite NAAQ da SA de 75 µg/m³ para concentrações médias diárias de PM10 no transecto para a estrada de acesso

5.2.3 Fase Operacional: Actividades no local do projecto Parcelas isopletas só foram incluídas para os poluentes, onde ocorrem excedências em relação as directrizes/padrões selecionados. 5.2.3.1 PM2.5

As concentrações anuais simuladas de PM2.5 não mitigadas e a frequência diária de excedências são mostradas nas Figura 15 e Figura 14, respectivamente. Sobre a média diária, a frequência de excedência do IT3 do padrão da OMS de 37.5 µg/m³ foi menos de 4 dias por ano em todos os receptores sensíveis e fora da área do projecto (Figura 14). Sobre a média anual as concentrações ao nível do solo previstas não excedem o IT3 da diretriz da OMS de 15 µg/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área do projecto (Figura 15).

As concentrações anuais simuladas de PM2.5 mitigadas e a frequência diária de excedências são mostradas nas Figura 17 e Figura 16, respectivamente. Baseado na média diária, a frequência de excedência do IT3 do padrão da OMS de 37.5 µg/m³ foi menos de 4 dias por ano em todos os receptores sensíveis e fora da área do projecto (Figura 16). Sobre a média anual as concentrações ao nível do solo previstas não excedem o IT3 da diretriz da OMS de 15 µg/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área do projecto (Figura 17).

As principais fontes que contribuem para as concentrações simuladas de PM2.5 não mitigadas e mitigadas foram a britagem e a crivagem. A fonte que contribui menos para as concentrações simuladas de PM2.5 não mitigadas e mitigadas foi a detonação.

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de PM2.5 (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP).

Distância (m)

Dia

s

Frequência de excedências do limite de 75 µg/m³ para concentrações médias diárias de PM10

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Coastal & Environmental Services 48 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 14: Fase operacional não mitigada – Frequência de excedência do IT-3 da OMS para concentrações médias diárias de PM2,5

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Não mitigada

Frequência de excedência do IT-3

da OMS para concentrações

médias diárias de PM2,5

4 Dias

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Coastal & Environmental Services 49 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 15: Fase operacional não mitigada - Área de excedência do IT-3 da OMS para concentrações médias anuais de PM2,5

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Não mitigada

Para concentrações médias anuais

de PM2,5

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Coastal & Environmental Services 50 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 16: Fase operacional mitigada – Frequência de excedência do IT-3 da OMS para concentrações médias diárias de PM2,5

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Desenhar mitigada

4 Dias

Frequência de excedência do IT-

3 da OMS para concentrações

médias diárias de PM2,5

Limite de concentração

37.5ug/m3

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Coastal & Environmental Services 51 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 17: fase operacional mitigada - Área de excedência do IT-3 da OMS para concentrações médias anuais de PM2,5

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Desenhar mitigada

Área de excedência do IT-

3 da OMS para concentrações

médias anuais de PM2,5

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Coastal & Environmental Services 52 Baobab, Tete Iron Ore Project

5.2.3.2 PM10

As concentrações anuais simuladas de PM10 não mitigadas e a frequência diária de excedências são mostradas nas Figura 19 e Figura 18, respectivamente. Sobre a média diária, a frequência de excedência do IT3 do padrão da OMS de 75 µg/m³ foi menos de 4 dias por ano em todos os receptores sensíveis e fora da área do projecto (Figura 18). Sobre a média anual as concentrações ao nível do solo previstas não excedem o IT3 da diretriz da OMS de 30 µg/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área do projecto (Figura 19).

As concentrações anuais simuladas de PM10 mitigadas e a frequência diária de excedências são mostradas nas Figura 22 e Figura 21, respectivamente. Baseado na média diária, a frequência de excedência do IT3 do padrão da OMS de 75 µg/m³ foi menos de 4 dias por ano em todos os receptores sensíveis e fora da área do projecto (Figura 21). Sobre a média anual as concentrações ao nível do solo previstas não excedem o IT3 da diretriz da OMS de 30 µg/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área do projecto (Figura 22).

As principais fontes que contribuem para as concentrações simuladas de PM10 não mitigadas foram os veículos que viajam em estradas não pavimentadas. As principais fontes que contribuem para as concentrações simuladas de PM10 mitigadas foi a britagem e crivagem. A fonte que contribui menos para as concentrações simuladas de PM10 não mitigadas e mitigadas foi o manuseio de materiais.

Os impactos cumulativos de PM10 foram obtidos com base na metodologia tal como proposto pela Agência de Meio Ambiente Nova Zelândia (MFE, 2001). Considerando que concentrações médias anuais podem ser somadas para a representação cumulativa, as médias diárias não podem. Isto é porque o local de maiores concentrações diárias pode não ser o mesmo para a linha de base e previu concentrações diárias incrementais. A média da concentração de PM10 da linha de base de fundo foi assumida como sendo 26 µg/m³ (Secção 4.4). Concentrações cumulativas anuais não mitigadas (concentrações ambientes e futuras concentrações do PMFT) de PM10 não excedem a diretriz IT3 da OMS em qualquer um dos receptores sensíveis, mas foi superior apenas para além do limite leste (Figura 20). Concentrações cumulativas anuais mitigadas de não excede a diretriz IT3 da OMS em nenhum receptores sensíveis, mas excedeu essa diretriz pouco além do limite leste (Figura 23).

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Coastal & Environmental Services 53 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 18: Fase operacional não mitigada - Frequência de excedência do IT-3 OMS para concentrações médias diárias de PM10.

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Frequência de excedência do IT-

3 OMS para concentrações

médias diárias de PM10

Não mitigada

4 Dias

Limite de concentração 75ug/m

3

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Coastal & Environmental Services 54 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 19: Fase operacional não mitigada - Área de excedência do IT-3 OMS para concentrações médias anuais de PM10

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Para concentrações

médias anuais de PM10

Não mitigada

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Coastal & Environmental Services 55 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 20: Fase operacional não mitigada cumulativa - Área de excedência do IT-3 OMS para concentrações médias anuais de PM10

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Para concentrações

médias anuais de PM10

Não mitigada

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Coastal & Environmental Services 56 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 21: Medidas de mitigação na fase operacional - Frequência de excedência do IT-3 OMS e SA NAAQS para concentrações diárias de PM10

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Desenhar mitigada

4 Dias

Frequência de excedência do IT-

3 OMS e SA NAAQS para

concentrações diárias de PM10

Limite de concentração 75ug/m

3

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Figura 22: Medidas de mitigação na fase operacional - Área de excedência do IT-3 OMS para concentrações médias anuais de PM10

Legenda: Receptors = Receptores ; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Desenhar mitigada

Para concentrações

médias anuais de PM10

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Figura 23: Medidas cumulativas de mitigação na fase operacional - Área de excedência do IT-3 OMS para concentrações médias anuais de PM10

Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Desenhar mitigada

Para concentrações médias anuais

de PM10

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5.2.3.3 DPM

Concentrações incrementais simuladas de DPM, como resultado das emissões de escapes de veículos são baixas e não excedem os critérios de avaliação anual selecionado de 5 µg/m³ no local do projecto, fora dele ou em qualquer um dos receptores sensíveis.

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de DPM (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP).

Aumento do risco de câncro como resultado da exposição crônica ao DPM é considerado 'muito baixo' (menos de 1 em 1 milhão) a "baixo" (entre 1 em 1 milhão e 1 em 10 000) em receptores sensíveis (Tabela 25).

Tabela 25: Aumento do risco de câncro al longo da vida em AQSRs para operações não mitigados

AQSR Aumento do risco de câncro ao longo da vida

Nhambia baixo

Nhamidima baixo

Muchena muito baixo

Matacale baixo

7 baixo

9 baixo

10 baixo

11 baixo

12 baixo

13 baixo

14 baixo

15 baixo

16 baixo

17 baixo

18 baixo

19 baixo

20 baixo

22 baixo

23 baixo

25 baixo

29 baixo

30 baixo

32 baixo

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5.2.3.4 CO

Concentrações incrementais simuladas de CO, como resultado das emissões de escapes de veículos e chaminés não excedem os critérios de avaliação selecionados de 30 000 µg/m³ mais de 88 horas por ano no local do projecto, fora dele ou em qualquer um dos receptores sensíveis.

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de CO (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP).

5.2.3.5 NO2

Como uma medida conservadora, e na ausência de concentrações precisas de O3, assumiu-se que 20% de todos os NOx emitidos pelos veículos automóveis serão sob a forma de NO2. Segundo a literatura, entre 10% e 20% das emissões de NOx provenientes da combustão veículo será NO2 (Howard, 1988).

Concentrações incrementais simuladas de NO2, como resultado das emissões de escapes de veículos e chaminés não excedem os critérios de avaliação selecionados de 200 µg/m³ mais de 88 horas por ano no local do projecto, fora dele ou em qualquer um dos receptores sensíveis. Os GLCs previstos não excedem o critério horário seleccionado de 190 ug/m3 em qualquer um dos receptores sensíveis, mas este é excedido fora do local do projecto (Figura 24). Mais de uma média anual os GLCs previstas não ultrapassam o padrão selecionado moçambicano de 10 ug/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora do local do projecto (Figura 25).

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de NO2 (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP).

5.2.3.6 O3

É provável que as concentrações incrementais de O3 sejam menores do que o padrão Moçambicano de qualidade do ar no local do projecto, fora do local e em todos os receptores sensíveis. Isto baseia-se no pressuposto de que todas as concentrações incrementais de NO2 simuladas como resultado do escape dos veículos e emissões de chaminés serão convertidas em O3 e NO.

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de O3 (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP). Na linha de base da África Austral as concentrações de O3 tendem a ser elevadas, o que cumulativamente significa que concentrações de O3 poderão possivelmente estar em excedência do padrão moçambicano de qualidade do ar.

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Figura 24: Fase operacional não mitigada - Área de excedências das concentrações horárias de NO2 em relação ao padrão moçambicano para AAQS Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Não mitigada

Área de excedências das concentrações

horárias de NO2

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Figura 25: - Área de excedência do padrão Moçambicano de AAQS para concentrações médias anuais de NO2 - fase operacional não mitigada Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Não mitigada

Área de excedências das concentrações

horárias de NO2

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5.2.3.7 SO2

As concentrações incrementais simuladas de SO2 são baixas e não excedem os critérios de avaliação no local do projecto, dentro dele e em qualquer um dos receptores sensíveis.

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de SO2 (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP).

5.2.3.8 COV

As concentrações incrementais simuladas de COV como resultado das emissões de escape de veículos são baixas e não excedem os critérios anuais de avaliação selecionados de 100 mg/m³ no local do projecto, dentro dele e em qualquer um dos receptores sensíveis.

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente (linha de base), não foi possivel determinar as concentrações cumulativas de COV (concentrações ambientais e futuras GLCs o TIOP).

5.2.4 Fase de Encerramento Não foi possível fazer a modelagem de dispersão devido à informação limitada sobre o cronograma de encerramento. Não se prevê que as várias atividades de encerramento resultem em alta concentração de PM2.5, PM10, DPM, NO2, CO, SO2 e COVs e GLCs. 5.2.5 Fase Pós Encerramento Não são esperadas emissões ou impactos de PM2.5, PM10, DPM, NO2, CO, SO2 e VOC devido ao PMFT no pós-encerramento. 5.3 Análise de Impacto das Emissões no Meio Ambiente (poeiras fugitivas)

(incremental e cumulativa) 5.3.1 Fase de Construção Devido à natureza variável das actividades da fase de construção só foi avaliado qualitativamente. Prevê-se que as várias actividades de construção não resultem em altas taxas de poeiras fugitivas fora do local do projecto do que actividades da fase de operação. O carácter temporário das actividades de construção poderiam reduz a significância dos impactos potenciais. 5.3.2 Fase de Operação

Taxas incrementais de poeiras fugitivas são no geral baixas para as operações não mitigadas. Estas estão abaixo do limite NDCR da SA e do Botswana de 600 mg/m²/dia para áreas residenciais em todos os receptores sensíveis e fora do local (Figura 26).

Taxas incrementais de poeiras fugitivas são no geral baixas para as operações nas mitigadas. Estas estão abaixo do limite NDCR da SA e do Botswana de 600 mg/m²/dia para áreas residenciais em todos os receptores sensíveis e fora do local (Figura 27).

As principais fontes que contribuem para as taxas não mitigadas de poeiras fugitivas foram o arrastamento de veículos em estradas de transporte não pavimentadas. As principais fontes que contribuem para as taxas mitigadas de poeiras fugitivas foram

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a britagem e crivagem. A fonte que contribui menos para as taxas simuladas de poeiras fugitivas não mitigadas e mitigadas foram os escapes dos veículos.

Devido à ausência de linha de base de taxas de poeiras fugitivas, as taxas comulativas de poeiras fugitivas (taxas ambiente de poeiras fugitivas e taxas de poeiras fugitivas com o PMFT) não puderam ser determinadas.

5.3.3 Fase de Fechamento Não foi possível fazer a modelagem de dispersão devido à informação limitada sobre o cronograma de fechamento. Prevê-se que as várias actividades de fecho iriam resultar em taxas baixas de poeiras fugitivas fora da área do projecto. 5.3.4 Fase Pós-Encerramento Não são esperados impactos de poeiras fugitivas devido ao PMFT, excepto para o uso das comunidades das estradas que permanecerão.

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Figura 26: Taxas diárias de poeiras fugitivas não mitigadas previstas (limite residencial da SA NDCR e Botswana é de 600 mg/m²/dia) Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Taxas diárias de poeiras fugitivas

Não mitigada

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Coastal & Environmental Services 66 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 27: Taxas diárias de poeiras fugitivas mitigadas previstas (limite residencial da SA NDCR e Botswana é de 600 mg/m²/dia) Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Taxas diárias de poeiras fugitivas

Desenhar mitigada

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6 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS 6.1 Introdução Este capítulo detalha os impactos da qualidade do ar identificados pelos consultores especialistas durante a fase de estudos especializados. Para cada questão identificada, são fornecidos pormenores, seguidos pelas medidas de mitigação necessárias para minimizar os impactos negativos associados com a questão. A metodologia de qualificação do impacto utilizada para determinar os impactos abaixo é apresentada no Capítulo 2 deste relatório. 6.2 Uso da Terra Actual 6.2.1 Questão 1: Aumento de poluentes atmosféricos O uso da terra na região inclui assentamentos rurais, a agricultura de subsistência, mineração e wilderness. Essas actividades sem a adição do proposto PMFT irão provavelmente resultar em concentrações elevadas de poluentes no ar ambiente e as taxas de poeiras fugitivas comparando com uma área onde não há fontes de emissões antrópicas. 6.2.1.1 Impacto 1: impactos do uso da terra existentes sobre a qualidade do ar 6.2.1.1.1 Causa e Comentário As fontes esperadas de emissões atmosféricas incluem:

Emissões gasosas e de partículas pelas outros operações de mineração;

Fontes de poeiras fugitivas diversas incluindo arrastamento por veículo em estradas e poeira levantada pelo vento em áreas abertas;

Emissões gasosas e de partículas das emissões de escape de veículos;

Emissões gasosas e de partículas da queima de combustível doméstico; e

Emissões gasosas e de partículas da queima de biomassa (por exemplo, incêndios florestais).

Estas fontes estão associados ao aumento de poluentes gasosos e partículas. 6.2.1.1.2 Declaração de Significância Os impactos existentes do uso da terra na qualidade do ar da área do projeto resultam num impacto negativo ligeiro a médio e longo prazo na área de estudo. A significância ambiental deste impacto é MODERADA.

Impacto

Efeito

Risco ou Probabilidade

Significância Geral Escala Temporal

Escala Espacial

Gravidade do

impacto

Sem Mitigação 2 a 3 -

médio e longo prazo

2 - Área de

Estudo 1 - Ligeira 3 - Provável 8 a 9 - MODERADA

Com Mitigação N/A N/A N/A N/A N/A

6.3 Fase de Construção Esta secção apresenta os problemas que podem afectar a qualidade do ar decorrente da construção da mina, incluindo as suas infra-estruturas associadas, tais como alojamentos, a estrada de transporte e o beneficiamento, fundição e plantas de vanádio e infra-estrutura associada.

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6.3.1 Questão 2: Aumento de poluentes atmosféricos Além do actual uso da terra, haverá actividades de construção. 6.3.1.1 Impacto 1: Redução da qualidade do ar devido a operações de construção 6.3.1.1.1 Causa e comentário Estas actividades normalmente compreendem uma série de diferentes operações, incluindo limpeza de terrenos, remoção de solo superficial, terraplanagem das estradas, carregamento e transporte de material, armazenamento, terraplanagem, compactação, (etc.). Cada uma dessas operações tem a sua própria duração e potencial para geração de poeira. Prevê-se que o grau de emissão de poeiras varie substancialmente de dia para dia, dependendo do nível de actividade, das operações específicas e das condições meteorológicas prevalecentes. 6.3.1.1.2 Declaração de Significância Os impactos não mitigados da fase de construção na qualidade do ar na área de projecto resultam num impacto negativo moderado a curto prazo na área de estudo. A significância ambiental deste impacto é BAIXA. Os impactos da fase de construção sobre a qualidade do ar na área do projecto resultam num impacto negativo moderado no curto prazo na área de estudo. A significância ambiental deste impacto é BAIXA.

Impacto

Efeito Risco ou

Probabilidade Significância Geral Escala

Temporal Escala

Espacial Gravidade do

impacto

Sem Mitigação

1 - Curto Prazo

2 - Área de Estudo

2 - Moderada 2 - Pode ocorrer

7 - BAIXA

Com Mitigação

1 - Curto Prazo

2 - Área de Estudo

1 - Ligeira 2 - Pode ocorrer

7 - BAIXA

6.4 Fase De Operação Esta secção apresenta os problemas que podem afectar a qualidade do ar decorrente da operação da mina, a estrada de transporte e beneficiamento, fundição de plantas de vanádio e infra-estrutura associada. 6.4.1 Questão 2: Aumento de poluentes atmosféricos Além do uso actual da terra haverá actividades operacionais associadas ao projecto. 6.4.1.1 Impacto 1: Redução da qualidade do ar devido às actividades operacionais 6.4.1.1.1 Causa e comentário Embora a operação da mina proposta irá resultar em emissões atmosféricas, as operações não são susceptíveis de resultar em excedências nos parâmetros selecionados para PM2.5, PM10, NO2, SO2, CO, DPM, OCVs e poeira fugitiva nos receptores sensíveis à volta. No entanto, há possibilidade de haverem excedências em relação ao padrão horário de qualidade do ara para NO2 fora do limite da área do projeto a norte da cava inicial (Figura 24).

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Coastal & Environmental Services 69 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

6.4.1.1.2 Declaração de Significância Os impactos mitigados da fase de operação na qualidade do ar na área de projecto resultam num impacto ligeiro negativo a médio prazo na área de actividade. A significância ambiental deste impacto é MODERADA. Os impactos mitigados da fase de operação na qualidade do ar na área de projecto resultam num impacto ligeiro negativo a médio prazo na área de actividade. A significância ambiental deste impacto é BAIXA.

Impacto

Efeito Risco ou

Probabilidade Significância

Geral Escala

Temporal Escala

Espacial Gravidade do impacto

Sem Mitigação

2 – Médio Prazo

1 - Localizada

1 - Ligeira 4 – Definitivo 8 - MODERADA

Com Mitigação

2 – Médio Prazo

1 - Localizada

1 - Ligeira 3 - Provável 7 – BAIXA

6.5 Fase de Decomissionamento Uma variedade de impactos são susceptíveis de resultar da desactivação dos vários componentes da mina, estes são discutidos abaixo. 6.5.1 Questão 2: Aumento de poluentes atmosféricos Além do uso actual da terra haverá desactivação de actividades associadas ao projecto 6.5.1.1 Impacto 1: Redução da qualidade do ar devido às actividades de

descomissionamento 6.5.1.1.1 Causa e comentário Não se prevê que as várias actividades de encerramento resultem em excedências dos padrões dos parâmetros selecionados PM2.5, PM10, DPM, NO2, CO, SO2, COV, GLCs e poeiras fugitivas. Prevê-se que as concentrações de poluentes e poeiras fugitivas sejam mais baixas do que as concentrações da fase operacional e poeiras fugitivas. 6.5.1.1.2 Declaração de Significância Os impactos não mitigados da fase de decomissionamento na qualidade do ar na área de projecto resultam num impacto negativo moderado a curto prazo na área de estudo. A significância ambiental deste impacto é BAIXA. Os impactos mitigados da fase de decomissionamento na qualidade do ar na área de projecto resultam num impacto negativo moderado no curto prazo na área de estudo. A significância ambiental deste impacto é BAIXA.

Impacto

Efeito Risco ou

Probabilidade Significância

geral Escala

Temporal Escala

Espacial Gravidade do

Impacto

Sem Mitigação

1- Curto Prazo 2 - Área de

Estudo 2 - Moderada

2 - Pode ocorrer

7 - BAIXA

Com Mitigação

1 - Curto Prazo 2 - Área de

Estudo 2 - Moderada

2 - Pode ocorrer

7 - BAIXA

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7 MEDIDAS RECOMENDADAS PARA GESTÃO DA QUALIDADE DO AR Recomenda-se que o proponente do projecto comprometa-se no planeamento da gestão da qualidade do ar ao longo da vida das operações. Esta secção expande o plano de gestão da qualidade do ar para as futuras operações do PMFT. 7.1 Objectivos da Gestão de Qualidade do Ar Recomenda-se que um plano de gestão da qualidade do ar faça parte das fases de construção, operação e decomissionamento do PMFT. O plano de gestão da qualidade do ar irá incluir opções para o controle de poeira nas principais fontes com a rede de monitoramento elaborada de uma forma que vai facilitar o acompanhamento da eficácia das medidas de mitigação. As fontes devem ser classificadas de acordo com a força das fontes (emissões) e impactos. Uma vez identificadas as principais fontes, podem ser definidas as eficiências de controlo para cada fonte para assegurar concentrações cumulativas aceitáveis de base. Nos locais de ocupação humana constante as concentrações de poluentes não deve exceder os critérios selecionados e as taxas de poeiras fugitivas devem estar abaixo do limite residencial de 600 mg/m²/dia da SA NDCR. No local, As taxas poeiras fugitivas na área do projecto deve estar abaixo do limite não residencial de 1 200 mg/m2/dia da SA NDCR. 7.2 Classificação das Fontes A classificação das fontes centra-se na fase operacional uma vez que a fase de construção não foi avaliada em detalhe. A classificação das fontes serve para confirmar, e possivelmente rever, o actual entendimento da significância de fontes específicas e para avaliar os potenciais de redução de emissões exigidos para cada um. Fontes de emissões durante a concepção a fase operacional do proposto PMFT podem ser classificados com base nas emissões e impactos. 7.2.1 Classificação das Fontes por Emissões As fontes mitigadas mais significativas de emissões de PM2,5, PM10 e TSP são as chaminés. A segunda fonte mais significativa de emissões de PM2,5 é a britagem e crivagem. A segunda fonte mais significativa de emissões de PM10 e TSP é o arrastamento veículos em estradas não pavimentadas. A única fonte de DPM, CO e VOCs é de escape do veículo. A maior fonte de emissões de SO2 e NO2 são as chaminés. Mitigada A fonte mais significativa de emissões de PM2.5, PM10 e TSP são as empilhadoras. A segunda fonte mais significativa de emissões de PM2,5, PM10 e TSP são a britagem e crivagem. A fonte menos importante de emissões de PM2.5, PM10 e TSP é a detonação. A maior fonte de emissões de SO2 e NO2 são as chaminés. 7.2.2 Classificação de Fontes por Impacto As principais fontes que contribuem para as concentrações simuladas não mitigadas e mitigadas de PM2,5 foram a britagem e crivagem. A fonte que contribui menos para as concentrações simuladas não mitigados e mitigadas PM2.5 foi a detonação. As principais fontes que contribuem para as concentrações simuladas não mitigadas de PM10 são os veículos que rodam em estradas não pavimentadas. As principais fontes que contribuem para as concentrações simuladas mitigadas de PM10 foram a britagem e

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Coastal & Environmental Services 71 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

crivagem. A fonte que contribui menos para as concentrações simuladas não mitigadas e nitigadas de PM10 foi o manuseamento de materiais. Da simulação, as principais fontes que contribuem para a poeira fugitiva não mitigada são os veículos que andam em estradas não pavimentadas. As principais fontes que contribuem para a poeira fugitiva mitigada foi o de britagem e a crivagem. A fonte que contribui menos para a poeira fugitiva não mitigada e mitigada foram os escapes dos veículos. 7.3 Medidas de Gestão e Mitigação Recomendadas Específicas Para a Fonte As medidas de mitigação mínimas devem ser alcançadas; no entanto, sugere-se que seja necessário tomar medidas adicionais de mitigação. Estas medidas de mitigação são brevemente discutidas abaixo (Tabela 26 para a fase de construção, Tabela 27 para a fase operacional e Tabela 28 para a fase de desmantelamento e encerramento) (com mais detalhe no Anexo 2).

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Coastal & Environmental Services 72 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Tabela 26: Plano de Gestão da Qualidade do Ar: fase de construção do proposto PMFT

Aspecto Impacto Acções de Gestão/Objetivos Pessoa(s)

Responsável Data prevista

Actividades de limpeza do

terreno, uso de bulldozers

e nivelamento da Estrada e

detonações

Elevada

concentração de

PM10 e PM2.5 e

taxas poeiras

fugitivas

Aspersão de água na área a ser limpa.

Solo húmido vai reduzir o potencial de geração de poeira

quando acumulado em pilhas.

Garantir que distância de viagem entre a área de remoção

da vegetação e as pilhas de topsoil seja mínima.

Contratada (s)

Gestor Ambiental da

PMFT

Durante a

construção

Actividades de construção

de estradas, tais como

terraplanagem de estradas

Elevada

concentração de

PM10 e PM2.5 e

taxas poeiras

fugitivas

Aspersão de água na área a ser limpa.

Áreas recentemente terraplanadas devem ser mantidas

mínimas.

Baldes de poeiras fugitivas colocados ao redor da ára do

projecto proposto.

Durante as operações de construção as taxas mensais de

poeiras fugitivas não deverá exceder 600 mg/m/dia (a) em

qualquer um das oito unidades individuais de poeiras

fugitivas.

Erosão eólica das áreas

expostas

Elevada

concentração de

PM10 e PM2.5 e

taxas poeiras

fugitivas

Certificar-se que as áreas expostas permanecem húmido

por meio de aspersão regular de água durante, nos períodos

secos e com ventos fortes.

Taxas mensais de poeiras fugitivas não deverá exceder 600

mg/m2/dia (a), nas unidades de poeiras fugitivas.

Notes: (a) SA NDCR residential limit of 600 mg/m²/day

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Coastal & Environmental Services 73 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Tabela 27: Plano de Gestão da Qualidade do Ar: fase operacional da mina do TOP proposta

Aspecto Impacto Acções de Gestão/Objectivos Pessoa(s)

Responsável

Data

prevista

Perfuração

Concentrações de

PM10 e PM2.5 e

taxas de poeiras

fugitivas

Recomenda-se que a britagem e crivagem seja controlada através da

utilização de aspersores de água que resultam em 50% CE.

Taxas mensais de poeiras fugitivas não deverá exceder 600 mg/m2/dia (a),

nas unidades de poeiras fugitivas.

Gestor

Ambiental do

PMFT

Contínuo

durante a

fase

operacional

Actividade dos

veículos em estradas

de transporte não

pavimentadas

Concentrações de

PM10 e PM2.5 5,

NO2, SO2, CO e

DPM e taxas de

poeiras fugitivas

Minima medida de mitigação de aspersores de água com químicos nas

estradas não pavimentadas para garantir um mínimo de 90% CE.

Escapes de veículos - É recomendada uma eficiência de controlo de 90%

das partículas através da instalação de filtros de partículas de diesel (FPD)

nos veículos. Programas de inspeção e manutenção dos veículos.

Taxas mensais de poeiras fugitivas não deverá exceder 600 mg/m2/dia (a),

nas unidades de poeiras fugitivas.

Manuseio de materiais

Concentrações de

PM10 e PM2.5 e

taxas de poeiras

fugitivas

Recomenda-se que a britagem e crivagem seja controlada através da

utilização de aspersores de água que resultam em 50% CE.

Taxas mensais de poeiras fugitivas não deverá exceder 600 mg/m2/dia (a),

nas unidades de poeiras fugitivas.

Britagem e crivagem

Concentrações de

PM10 e PM2.5 e

taxas de poeiras

fugitivas

Recomenda-se que a britagem e crivagem seja controlada através da

utilização de aspersores de água que resultam em 50% CE.

Taxas mensais de poeiras fugitivas não deverá exceder 600 mg/m2/dia (a),

nas unidades de poeiras fugitivas.

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Coastal & Environmental Services 74 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Aspecto Impacto Acções de Gestão/Objectivos Pessoa(s)

Responsável

Data

prevista

Erosão eólica

Concentrações de

PM10 e PM2.5 e

taxas de poeiras

fugitivas

Recomenda-se que sejam usados aspersores de água nas fontes poeiras

durante episódios de ventos fortes, resultando em um 50% CE.

Taxas mensais de poeiras fugitivas não deverá exceder 600 mg/m2/dia (a),

nas unidades de poeiras fugitivas.

Geral

Concentrações de

PM10 e PM2.5 e

taxas de poeiras

fugitivas

Um total de 8 baldes individuais com taxas mensais de poeiras fugitivas

não superior a 600 mg/m/dia(a)

.

Amostrador de PM10 e PM2.5 ambiente sem excedências dos critérios

selecionados.

Notes: (a) SA NDCR residential limit of 600 mg/m²/day.

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Tabela 28: Plano de Gestão da Qualidade do Ar: fase de descomissionamento e encerramento (actividades de reabilitação) para o proposto PMFT

Aspecto Impacto Acções de gestão/Objetivos Pessoa Responsável (s) Data prevista

Erosão eólica de

áreas expostas

Concentrações de

PM10 e PM2.5 e

taxas de poeiras

fugitivas

Demolição de infra-estrutura para ter aspersores de água

onde é necessária uma grande quantidade de actividade

do veículo.

Certificar-se que local é restaurado para as condições

pré-mineração, tanto quanto possível.

Contratada (s)

Gerente de Meio Ambiente

do PMFT

Pós-operacional, pode

cessar assim que a

reabilitação esteja

concluída

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Coastal & Environmental Services 76 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

7.4 Indicadores de Desempenho Indicadores ambientais são cada vez mais usados em Ordenamento e Gestão Ambiental do Território para simplificar as avaliações ambientais. Os indicadores são definidos como uma única medida de uma condição de um elemento ambiental, que representa o estado ou a qualidade desse elemento. Um índice é uma combinação de um grupo de indicadores para medir o estado geral de um elemento do ambiente, e o limiar é o valor de um indicador ou índice. Por exemplo, as concentrações ambientais de PM10 monitoradas dentro de uma área específica serão o indicador, com a TI-3 da OMS como o limiar. Recomenda-se que os critérios selecionados como listadas na Secção 3 sejam adoptado como indicadores para o proposto PMFT. 7.4.1 Indicadores de Desempenho Principais indicadores de desempenho para aferir os progressos podem ser avaliadas na base para todas as práticas eficazes de gestão ambiental. Na definição de indicadores-chave de desempenho é geralmente prestada atenção especial para garantir que possa ser medido o progresso em direção ao seu alcançe, e que os metas definidas são alcançáveis tendo em conta a tecnologia e experiência disponíveis. Os indicadores de desempenho são geralmente selecionados para refletir tanto a fonte de emissão directamente e o impacto sobre o meio receptor. A garantia de que não existe nenhuma evidência visível de erosão eólica representa um exemplo de um indicador baseado na fonte, enquanto que a manutenção de taxas de poeiras fugitivas abaixo de 600 mg/m2/dia fora da área do projecto representa um indicador de desempenho baseado no impacto ou no receptor. Critérios para concentrações de poluentes e taxas de poeiras fugitivas foram publicados como indicado na Secção 3. Não deve ser excedidas as normas de avaliação discutidas na Secção 3. 7.4.2 Especificação de Indicadores de Desempenho Baseados na Fonte A ausência de pluma de poeira visível em todos os pontos de inflexão, britadores e crivos seria o melhor indicador do controlo eficaz do equipamento instalado. Quando ocorrer a detonação irá sempre resultar na geração significativa de poeiras, mas os impactos precisam ser controlados, por garantir que a detonação só ocorre durante o meio-dia, quando não há nenhuma camada de inversão e por períodos tão curtos quanto possível. 7.4.3 Indicadores de Desempenho baseados no Receptor Com base nos impactos simulados das operações propostas sobre o meio ambiente à volta e as limitações associadas com os dados utilizados, recomenda-se que o seguinte seja implementado desde antes do início das atividades de construção até a conclusão das actividades de encerramento:

Deve ser realizado monitoramento de emissões fugitivas. Recomenda-se que o monitoramento da deposição de poeira seja limitado a locais dentro de proximidade (<2 km) das operações propostas. O monitoramento deve ser realizado utilizando-se o método de teste padrão da Sociedade Americana para Testes e Materiais para a recolha e análise das poeiras fugitivas (ASTM D-1739) (ASTM D1739-98, 2004).

Recomenda-se que seja erguida uma estação meteorológica e mantida em bom estado de funcionamento.

Recomenda-se ainda que amostragem de PM2.5 e PM10 seja realizada perto da Receptor Sensível de Qualidade do Ar (RSQA) mais próximo. As folhas de registos

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devem ser mantidas fornecendo informações sobre as condições à volta (tais como actividades de construção), a data de amostragem, duração, fluxo e número de filtro. Isto é essencial para a elaboração dos relatórios de concentrações de PM2.5 e PM10.

7.5 Monitoramento 7.5.1 Monitoramento da Fonte Não é necessário monitoramento nas fontes. 7.5.2 Monitoramento da Qualidade do Ar Ambiente

A colecção de Dustfall fornece uma ferramenta útil e efectiva para acompanhar o sucesso das medidas de mitigação e geração global de poeira do proposto PMFT. Recomenda-se que a mina proposta inicie o monitoramento mensal de dustfall, bem como monitoramento de PM2.5 e PM10 ambiente. Amostragem de PM2.5 e PM10 no local deve ser conduzida perto da residência mais próxima (Figura 28).

Recomenda-se que seja colocada uma estação de monitoramento meteorológico no local (Figura 28) e mantida em bom estado de funcionamento para registar a velocidade média do vento, direção do vento e temperatura. A precipitação pode ser relatada mensalmente. A estação meteorológica deve ser calibrada pelo menos uma vez por ano com verificações regulares e feita uma validação de dados para garantir que os dados reportados estão corretos. Além disso, um sensor de radiação solar pode ser adicionado para medir a radiação para aplicações agrícolas, meteorológicas e hidrológicas.

Recomenda-se que, além da rede de monitoramento sugerida na Figura 28 baldes de dustfall sejam localizados ao longo da estrada de acesso e pelo menos um amostrador de PM10 seja colocado numa residência a uma distância de 267 m da borda da estrada de acesso.

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Coastal & Environmental Services 78 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 28: Proposta de rede de monitoramento para as operações propostas no PMFT Legenda: Meteorological station = Estação meteorológica; PM2.5 and PM10 Monitoring = PM2,5 e PM10 monitoração; Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit =

Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos; Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Proposta de rede de

monitoramento

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7.6 Registos, Relatórios Ambientais e de Ligação Com a Comuniade 7.6.1 Inspecções e auditorias periódicas Recomenda-se que as inspecções e relatórios de progresso sejam realizados em intervalos regulares (pelo menos trimestralmente) durante as operações, com auditorias ambientais anuais sendo conduzidas. As auditorias ambientais anuais fazem parte dos sistemas globais de gestão ambiental (SGA) na mina. Os resultados de inspecções no local e os esforços de monitoramento fora do local do projecto devem ser combinados para determinar o progresso em relação aos indicadores de desempenho. O progresso deve ser relatado a todas as partes interessadas e afectadas, incluindo as autoridades e as pessoas afectadas pela poluição. Devem ser propostas ao fórum das partes interessadas as acções correctiva ou a implementação de medidas de contingência no caso de as revisões trimestrais/anuais mostrarem um avanço insatisfatório para o padrão. 7.6.2 Estratégia de Ligação para a Comunicação com as Partes Interessadas e

Afectadas (PI &As) Fóruns de partes interessadas fornece possivelmente os mecanismos mais eficazes de divulgação e consulta de informações. Intervalos específicos em que estes fóruns serão realizados, e fornecer informação sobre como as partes interessadas serão notificadas de tais reuniões. 7.6.3 Provisão Financeira (Orçamento) O orçamento deve fornecer uma indicação clara dos custos de capital e de manutenção anual associados às medidas de controle de poeira e planos de monitoramento de poeira. Pode ser necessário fazer suposições sobre a duração do acompanhamento antes do encerramento. Esta hipótese deve ser explicitada de modo a que o plano financeiro possa ser avaliado tomando isso em conta. Os custos relacionados com as inspecções, auditorias, relatórios ambientais e interacção com PI&As também devem ser indicados se for caso disso. Devem, também, ser feitos cálculos dos custos de capital e de funcionamento associados às medidas de contingência de controle de poeira e para medidas de segurança. O plano financeiro deve ser auditado por um consultor independente, com avaliações realizadas numa base anual.

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8 IMPACTOS RESIDUAL NA QUALIDADE DO AR Esta secção discute os resultados simulados, se as medidas de mitigação com as mais altos controlos de eficiências, discutidos na secção 7, forem implementadas. As medidas de mitigação seleccionadas e recomendadas e as relativas eficiências de controle aplicadas à modelagem residual estão listadas na Tabela 29.

Tabela 29: Mitigação medidas recomendadas e contabilizados na avaliação de impacto da qualidade do ar residual

Fonte Medidas de Mitigação e Controle de eficência

Geração de poeira das

operações de

mineração

Manuseamento de materiais e actividades e actividades de perfuração

materiais a serem controlados pela aspersão para garantir 50% e 70% CE,

respectivamente

Actividade de veículos

nas estradas não

pavimentadas

Aspersão regular com inibidores químicos nas estradas não pavimentadas

para garantir um mínimo de 90% CE.

Pontos de

transferência de

materiais

Manuseio de materiais a ser controlado por meio de aspersão de água,

resultando em 50% CE

Britagem e crivagem Britagem e crivagem para ser controlado através de pulverizadores de água,

resultando em 50% CE

A erosão pelo vento Certifique-se que áreas expostas permanecem húmido por meio de

aspersão regular de água durante períodos secos e e com ventos (CE 50%)

Escapes de veículos A montagem de DPF para escapes de veículos

8.1 Emissões Atmosféricas Adicionalmente Mitigadas As contribuições do grupo fonte para as emissões totais são apresentadas na Tabela 30. A fonte mais significativa de PM2.5, PM10 e TSP emissões são as contribuições das empilhadoras que contribuem com 96%, 92% e 80% do total de PM2.5, PM10 e TSP emissões, respectivamente. A segunda fonte mais significativa de emissões de PM2.5, PM10 e TSP é de britagem e crivagem. A fonte menos importante de emissões de PM2.5, PM10 e TSP é a detonação. A única fonte de DPM é o escape dos veículos. Com a implementação de mitigação de mitigação o valor global de emissões totais de TSP são 1 116 toneladas por ano, com PM10 a 980 toneladas por ano, PM2.5 em 931 toneladas por ano e DPM a 1 tpa.

Tabela 30: Resumo das taxas estimadas de emissão de partículas para a proposta fase operacional, adicionalmente mitigada

Grupo fonte

Adicionalmente Mitigado Medidas

Adicionais de Mitigação PM2.5 PM10 TSP DPM PM2.5 PM10 TSP DPM

tpa tpa tpa tpa % % % %

Perfuração - 2 4 - - 0% 0% - 70% CE para pulverizadores

de água

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Coastal & Environmental Services 81 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Detonação 0.03 0.4 1 - 0% 0% 0% -

Manuseamento de materiais

0.4 3 6 - 0% 0% 1% - 50% CE para pulverizadores

de água

Britagem e crivagem

20 39 105 - 2% 4% 9% - 50% CE para pulverizadores

de água

Estradas não pavimentadas

1 10 37 - 0% 2% 8% -

90% CE em estradas não pavimentadas

por pulverização de água com

produtos químicos em

estradas

A erosão do vento

11 13 14 - 1% 1% 1% - 50% CE para pulverizadores

de água

Escape dos veículo

1 1 1 1 0% 0% 0% 100%

90% CE através da

instalação de filtros de partículas

diesel para escapamentos

Chaminés 897 897 897 - 96% 92% 80% - filtros de manga

Total 33 69 167 1 100 100 100 100

8.2 Rastreio da Simulação de Impactos sobre a Saúde do Homem Adicionalmente Mitigados

8.2.1 PM2.5

Concentrações anuais simuladas de PM2.5 ao nível do solo adicionalmente mitigadas e frequência diária de excedências estão apresentados na Figura 30 e Figura 29, respectivamente. Mais de uma média diária, as concentrações não excedem o critério selecionado de 37,5 ug/m³ por mais de 4 dias por ano em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora do local do projecto (Figura 29). Mais de uma média anual as concentrações previstas ao nível do solo não excedem o critério selecionado de 15 mg/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área do projecto (Figura 30).

As principais fontes simuladas que contribuem para as concentrações de PM2,5

adicionalmente mitigadas foi o de britagem e crivagem. A fonte que contribui menos para as concentrações de PM2,5 adicionalmente mitigada foi a detonação..

Devido à ausência de dados de qualidade do ar ambiente, as concentrações de PM2,5 cumulativos não puderam ser determinadas.

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Coastal & Environmental Services 82 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 29: Frequência de excedência do IT-3 da OMS para concentrações médias diárias de PM2,5 para fase operacional com mitigação adicional Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Além disso mitigado

Frequência de excedência do

IT-3

Limite de concentração

37.5ug/m3

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Figura 30: Área de excedência de IT-3 da OMS para concentrações médias anuais de PM2,5 para fase operacional com mitigação adicional Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Além disso mitigado

Para concentrações médias anuais

de PM2,5

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8.2.2 PM10

Concentrações anuais simuladas de PM10 ao nível do solo adicionalmente mitigadas e frequência diária de excedências estão apresentados na Figura 32 e Figura 31, respectivamente. Mais de uma média diária, as concentrações não excedem o critério selecionado de 75 ug/m³ por mais de 4 dias por ano em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora do local do projecto (Figura 31). Mais de uma média anual as concentrações previstas ao nível do solo não excedem o critério selecionado de 30 mg/m³ em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área do projecto (Figura 32).

As principais fontes que contribuem para as concentrações de PM10 adicionalmente mitigadas foram a britagem e crivagem. A fonte que contribui menos para as concentrações de PM10 adicionalmente mitigadas foram os escapes de veículos.

As concentrações cumulativas anuais de PM10 adicionalmente mitigadas não excedem em qualquer um dos receptores sensíveis ou fora da área de projecto (Figura 33).

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Figura 31: Frequência de excedência de IT-3 da OMS para concentrações médias diárias de PM10 para fase operacional com mitigação adicional Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Além disso mitigado

Frequência de excedência de IT-3 da OMS

para concentrações médias diárias

de PM10

Limite de concentração 75ug/m

3

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Figura 32: Área de excedência de IT-3 da OMS para concentrações médias anuais de PM10 para fase operacional com mitigação adicional Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Além disso mitigado

Para concentrações médias anuais

de PM10

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Coastal & Environmental Services 87 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

Figura 33: Área de excedência de IT-3 da OMS para concentrações médias anuais cumulativas de PM10 para fase operacional com mitigação adicional

Legenda: Receptors = Receptores; Boundary = Limtes; Tenge Pit = Poço de mina da Tenge; WRD = Despejo de Estéril; TSF = Instalação de Armazenamento de Rejeitos;

Slag Dump = Despejo de Escória; Plant = Planta; Unpaved Roads = Estradas não pavimentadas

Além disso mitigado

Para concentrações médias anuais

de PM10

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8.2.3 DPM

As Concentrações incrementais de DPM simuladas, como resultado de emissões dos veículos são baixas e não excedem o critério anual de avaliação de 5 mg/m³.

Devido à falta de dados de qualidade do ar ambiente, as concentrações cumulativas de DPM não puderam ser determinadas.

O aumento do risco de contrair câncro como resultado da exposição crônica ao DPM é considerado 'muito baixo' (menos de 1 em 1 milhão) a "baixo" (entre 1 em 1 milhão e 1 em 10 000) nos receptores sensíveis (Tabela 31).

Tabela 31: Aumento do risco de contrair câncro ao longo vida em AQSRs para operações adicionalmente mitigadas (escapes de veículos com DPF)

AQSR Aumento do risco de contrair câncro

Nhambia baixo

Nhamidima muito baixo

Muchena muito baixo

Matacale muito baixo

7 muito baixo

9 muito baixo

10 muito baixo

11 muito baixo

12 muito baixo

13 muito baixo

14 muito baixo

15 muito baixo

16 muito baixo

17 muito baixo

18 muito baixo

19 baixo

20 baixo

22 baixo

23 baixo

25 baixo

29 muito baixo

30 muito baixo

32 muito baixo

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Coastal & Environmental Services 89 Projecto de Ferro de Tete da Baobab

8.3 Análise de Impactos de Emissões Adicionalmente Mitigadas no Ambiente (Dustfall)

Taxas incrementais de poeiras fugitivas são baixas para as operações adicionalmente mitigadas. Estes estão abaixo do Regulamento Nacional de Controle de Poeira (NDCR) da África do Sul que é de 600 mg/m²/dia para áreas residenciais em todos os receptores sensíveis, dentro e fora do local do projecto.

A principal fonte que contribui para as taxas simuladas de poeiras fugitivas adicionalmente mitigado foi o arrastamento por veículos em estradas de transporte não pavimentadas. A fonte que menos contribuiu para as taxas simuladas de poeiras fugitivas, adicionalmente mitigada, foi o escape dos veículos.

Devido à ausência de taxas dustfall ambientais, as taxas cumulativas de dustfall não pôde ser determinada.

8.4 Qualificação da Significância do Impacto A significância dos impactos incrementais (apenas operações do PMFT) é descrito na Tabela 32.

Tabela 23: Significância do impacto incrimental do PMFT

Efeito

Probabilidade

Significância ambiental

Escala temporal

Escala espacial

Escala de gravidade

Adicionalmente mitigado

2 - Médio Prazo

1 - Localizado Ligeira 3 - Provável 7 - BAIXA

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9 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 9.1 Conclusões A principal conclusão é que as operações do PMFT propostas não são susceptíveis de resultar em excedências nos parâmetros selecionados de PM2.5, PM10, NO2, SO2, CO, DPM e compostos orgânicos voláteis na vizinhança dos receptores sensíveis. É provável que sejam excedidos os padrões horários Moçambicanos de qualidade do ar para o NO2 imediatamente a seguir ao limite da área do projecto devido ao baixo valor do padrão. Existe a possibilidade de excedências dos parâmetros seleccionados fora do limite da área do projecto e em receptores sensíveis numa base cumulativa. A aspersão de água com inibidores químicos nas estradas não pavimentadas, aspersão de águas nas máquinas de perfuração, britadores, crivagem, pontos de manuseamento de materiais e nas pilhas de estéril e TSF, são susceptíveis de resultar em adesão aos limites internacionais de emissões para escapes de veículos, concentrações de poluentes ambientais como resultado da PMFT. Concentrações cumulativas de poluentes são propensas a estar em níveis dentro de critérios de qualidade do ar com a aplicação de medidas adicionais de mitigação recomendadas. A significância ambiental das operações do projeto é moderada sem mitigação aplicada e baixa com a aplicação de medidas adicionais de mitigação. 9.2 Recomendações Recomenda-se que as medidas de gestão e de mitigação propostas como indicadas na Secção 7 sejam implementadas e acima do que é incluído como parte da concepção do PMFT. As recomendações incluem:

Aspersão de água com inibidores químicos em estradas não pavimentadas;

Aspersão de água na máquina de perfuração, britadores, peneiração, pontos de manuseamento de materiais, pilha de estéril e na TSF;

Conformidade com padrões de emissões para veículos industriais a diesel;

Teste das emissões de escape dos veículos como parte de um programa de inspeção e manutenção;

Filtros de Partículas de Diesel (DPF) em veículos;

Amostragem de poeiras precipitadas; PM10 e PM2.5; e,

A instalação de uma estação meteorológica.

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11 APÊNDICE 1 - METODOLOGIA DE QUANTIFICAÇÃO DE EMISSÃO Na quantificação das emissões fugitivas tais como emissões fugitivas de poeiras provenientes de arrastamento pelo vento, arrastamento por veículos, operações mineiras e movimentação de materiais, recomenda-se que a utilização de factores de emissão. Dado que não existem factores locais de emissão, propõe-se que seja feita referência a factores que são amplamente utilizados internacionalmente. A Base de Dados de Factor de Emissão AP-42 da EPA EUS é amplamente utilizada para a quantificação de fontes fugitivas e difusas. Embora esta base de dados não aborde separadamente as operações de processamento ela fornece uma lista abrangente dos factores de emissão para uso em mineração e processos industriais. Factores de emissão separados são dados para intervalos específicos de tamanho de partículas, p.e., partículas finas na faixa de inaláveis (PM10, partículas em suspensão inferiores a 10 mícrons de diâmetro aerodinâmico) e partículas totais em suspensão (PTS). PTS são quantificadas com o objetivo de avaliar os potenciais de impacto de incômodo por poeira, enquanto PM10 é motivo de preocupação devido ao potencial de riscos para a saúde humana associados com essa fração inalável. 11.1 Estimativa de Emissões Fugitivas de Poeira Na quantificação das emissões de poeiras fugitivas, tais como operações de movimentação de materiais e arrastamento pelo vento a partir das instalações de armazenamento de rejeitos foi feito uso principalmente dos factores de cálculo de emissões e protocolos da US EPA e NPI. 11.1.1 Poeira arrastada por Veículos nas estradas não pavimentadas As emissões de partículas arrastadas por veículos foram determinadas como responsáveis por grande parte das emissões de poeiras fugitivas das operações de mineração. A força das rodas dos veículos que viajam nas estradas não pavimentada do local do projecto faz causa a pulverização do material da superfície. As partículas são levantadas e depositadas das rodas em rotação, e a superfície da estrada está exposta a fortes correntes de ar em pressão turbulenta com a superfície. O vento turbulento atrás do veículo continua a agir na superfície da estrada depois que o veículo passa. A quantidade de emissões de poeira de estradas não pavimentadas varia linearmente com o volume de tráfego. A equação do factor de emissão de tamanho específico de estrada não pavimentada da EPA dos EUA, utilizada na quantificação das emissões, é dada como segue:

E = k*(s/12)a*(W/3)b*281.9 (1) Onde, E = emissões em g de partículas por quilômetro percorrido pelo veículo (g/VKT) k = multiplicador do tamanho de particulas (adimensional) S = Conteúde de silte do material da superfície da estrada (%); W = significa o peso do veículo (toneladas) O multiplicador do tamanho de partícula na equação (k) varia com o intervalo de tamanho aerodinâmico das partículas e é dado como 0,15 para PM2,5, 1,5 para PM10 e 4,9 para TSP. As constantes a e b são dadas como 0,9 e 0,45, respectivamente, para PM2.5, 0,9 e 0,45, respectivamente, para PM10 e como 0,7 e 0,45, respectivamente, para TSP. 11.1.2 Manuseio de Materiais A quantidade de poeira que vai ser gerada a partir de materiais de diversas operações de manuseamento irá depender de vários parâmetros climáticos, tais como a velocidade do vento e a precipitação, em adição aos parâmetros não climáticos, tais como a natureza e o volume do material manuseado. As partículas finas são mais prontamente desagregadas e

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libertadas para a atmosfera durante o processo de transferência de material, como resultado da exposição aos ventos fortes. Aumento no conteúdo humidade do material que está sendo transferido iria diminuir o potencial de emissão de poeiras de, visto que a humidade promove a agregação e a cimentação de finos para as superfícies de partículas maiores. A seguinte equação predictiva da US EPA AP42 foi utilizada para estimar emissões de operações de transferência de materiais:

E = k*0.0016*(U/2.3)1.3*(M/2)1.4 (2) Onde, E = emissões de partículas em kg por tonelada de material transferido U = velocidade média do vento (m/s) M = teor de humidade de material (%) k = multiplicador do tamanho de partícula (kPM2.5 = 0,053; kPM10 = 0,35; KTSP = 0,74) 11.1.3 Britagem e crivagem As operações de britagem e crivagem podem ser uma significativa fonte de geração de poeira se não forem controladas. Precipitação de poeira na proximidade dor britadores também dá origem ao potencial para o arrastamento de poeira por veículos ou pelo vento numa data posterior. A grande percentagem de finos no material depositado aumenta o potencial para que possam ser transportados pelo ar. Na mina ocorrerá britagem primária, secundária e peneiração. As emissões de poeiras fugitivas devido à britagem e peneiração para operações de mina foram quantificados utilizando o único factor de emissão NPI determinado para tais operações. Factores de emissão são fornecidos para o minério de alta humidade (humidade acima de 4%) e minério baixa humidade (humidade inferior a 4%) (Tabela 33). Os factores de emissão de britagem incluem as emissões desde o carregamento dos funis do britador, britagem e descarga do britador. O factor de emissão PM2.5 é assumido como sendo 50% do factor de emissão de PM10.

Tabela 33: Factores de emissão para britagem e peneiração de minerais metálicos

Fonte

Factor de Emissão (kg/ton de material processado)

Material de baixa humidade (a)

Material de alta humidade (b)

PM10 TSP PM10 TSP

Britagem primária 0.02 0.2 0.004 0.01

Britagem

secundária 0.04 0.6 0.012 0.03

Britagem terciária 0.08 1.40 0.01 0.03

Peneiração 0.06 0.06 - -

Notas: (a) O teor de humidade de 4% ou menos

(b) Teor de humidade mais do que 4%

11.1.4 Perfuração e Desmonte O maior impacto da perfuração e desmonte é causado geralmente pelas minas a céu aberto, onde os resíduos de rocha e minério são perfurados e detonados.

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Detonação, é uma ocorrência instantânea, geralmente limitada a uma explosão por dia. Normalmente, a detonação é feita no início da tarde entre 12h00 e as 15h00. Mesmo que os impactos visíveis da detonação sejam significativos, os impactos na saúde são geralmente baixos, devido à curta duração da detonação. Estimar as emissões da detonação requer a área de detonação. As emissões fugitivas de poeiras devido à detonação na mina foram quantificadas utilizando a equação do factor preditivo de emissão do NPI para mineração:

ETSP = 0.00222*A1.5 (3) EPM10 = 0.000114*A1.5 (4)

Rácio PM2.5/TSP = 0,03 (US EPA AP-42 mineração de carvão de superfície ocidental)

Onde;

E = factor de emissão (kg poeira/detonação)

A = área de detonação (m²)

11.1.5 Erosão pelo vento A erosão eólica é um processo complexo, incluindo três fases diferentes de arrastamento de partículas, transporte e deposição. Ela é influenciada principalmente pelas condições atmosféricas (por exemplo, vento, precipitação e temperatura), propriedades do solo (por exemplo, textura do solo, composição e agregação), características da superfície da terra (por exemplo, topografia, humidade, comprimento de rugosidade aerodinâmica, vegetação e elementos não-erodíveis) e prática de uso da terra (por exemplo, agricultura, pastoreio e mineração) (Shao, 2008). Poeiras transportadas pelo vento são geradas a partir de fontes naturais e antropogênicas. Para erosão eólica ocorrer, a velocidade do vento deve exceder um determinado limite, chamado de velocidade limiar. Isto relaciona-se com a gravidade e a coesão entre partículas que resiste à remoção. Propriedades da superfície, tais como a textura do solo, humidade do solo e cobertura vegetal influencia o potencial de remoção. Por outro lado, a velocidade de atrito ou a tensão causada pelo vento na superfície, está relacionada com as condições de fluxo atmosférico e das propriedades aerodinâmicas da superfície. Assim, para as partículas tornarem em suspensão, a tensão causada pelo vento na superfície deve exceder as forças gravitacionais e de coesão agindo sobre elas, chamada velocidade de limiar de fricção (Shao, 2008). Saltação e suspensão são os dois modos de partículas estarem suspensas na atmosfera. O primeiro refere-se a partículas de areia maiores, que saltam e podem ser depositadas assim que a velocidade do vento reduz ou altera-se. Suspensão refere-se a partículas mais finas de poeira que permanecem suspensas na atmosfera durante mais tempo e podem ser dispersas e transportadas a grandes distâncias. Deve notar-se que a erosão pelo vento envolve física complexa que ainda não está completamente compreendida (Shao, 2008). A Airshed desenvolveu um modelo interno de erosão eólica chamado Addas (Burger et al, 1997; Burger, 2010). Este modelo, desenvolvido para uso específico pela Eskom na quantificação das emissões fugitivas de seus depósitos de cinzas, baseia-se nos modelos de emissões de poeira propostas pelo Marticorena e Bergametti (1995) e mais recentemente no de Shao (2008). O modelo tenta explicar a variabilidade na fonte de erodibilidade através da parametrização do limiar de erosão (com base na distribuição de tamanho de partícula da fonte) e o comprimento de rugosidade da superfície. Na quantificação das emissões de erosão pelo vento, o modelo incorpora o cálculo de dois parâmetros importantes, a saber, a velocidade de limiar de atrito de cada tamanho de

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partícula, e o fluxo horizontade poeira verticalmente integrado, na quantificação do fluxo vertical de poeira (isto é, a taxa de emissão). Na quantificação das emissões erosíveis pelo vento, o modelo incorpora o cálculo de dois parâmetros importantes, a saber, a velocidade limiar de atrito de cada tamanho de partícula, e o fluxo horizontal de poeira verticalmente integrada, na quantificação do fluxo vertical de poeira (isto é, a taxa de emissão). As equações são as seguintes:

)6134.0(10 C

ii GE (5)

Onde,

)1)(1(261.023

iia

i RRUg

G

(6)

U

UR it

i (7)

e,

Ei = Taxa de emissão (tamanho de categoria i)

C = teor de argila (%)

a = densidade do ar

g = aceleração gravitacional

U* = velocidade de atrito

Ut*i = velocidade limiar de fricção (categoria de tamanho i)

A mobilização de poeira ocorre apenas para as velocidades de vento maiores que um valor de limiar, e não é linearmente dependente da fricção e velocidade do vento. O limiar de velocidade de fricção, definida como a velocidade mínima de fricção necessária para iniciar o movimento de partículas, é dependente do tamanho das partículas erodíveis e o efeito da tensão de cisalhamento criada pelo vento sobre a superfície. O limiar de velocidade de fricção diminui com a diminuição do diâmetro das partículas, para as partículas com diâmetros> 60 µm. As partículas com um diâmetro <60 µm resultam em cada vez mais elevadas velocidades de atrito de limiar, devido às cada vez maiores forças de coesão que ligam tais partículas umas às outras (Marticorena e Bergametti, 1995). A relação entre os tamanhos de partículas variando entre 1 um e 500 µm e as velocidades limiares de fricção (0,24 m/s a 3,5 m/s), estimada com base nas equações de Marticorena e Bergametti (1995), está ilustrada na Figura 10-1. O perfil do logarítmo da velocidade do vento pode ser usado para estimar as velocidades de fricção a partir dos dados de velocidade do vento gravados a uma altura anemométrica de referência de 10 m (EPA, 1995):

10

* 053.0 UU (8)

(Esta equação assume uma altura rugosidade típica de 0,5 cm para o terreno aberto, e é restrita a grandes pilhas relativamente planas ou áreas expostas com pouca penetração na camada de superfície.) Velocidade de atrito equivalente pode também ser calculada utilizando um re-arranjo da distribuição logarítmica do perfil de velocidade do vento no limite de superfície (EPA, 1995):

(9)

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Onde,

= velocidade de fricção (m/s)

K = constante de von Karma (0,41)

Z = altura da velocidade do vento (neste caso, 10 m)

Z0 = altura da velocidade do vento (neste caso, 10 m)

Figura 34: Relação entre tamanhos de partículas e velocidades limiar de fricção utilizando o método de cálculo proposto pela Marticorena e Bergametti (1995)

A variação da velocidade do vento sobre o despejo foi baseado no trabalho de Cowherd et al. (1988). Com a ajuda de modelos físicos, a EPA dos EUA tem mostrado que a face frontal de uma pilha elevada (isto é, o lado de barlavento) está exposta a ventos de velocidade da mesma ordem que a velocidade do vento no topo da pilha. Os rácios de velocidade do vento de superfície (us) para aproximar a velocidade do vento (ur), derivados de estudos em túnel de vento para duas formas de cones representativas, estão indicados na Figura 35 (viz. Uma pilha cônica, e uma pilha oval com um topo plano e 37° inclinação lateral. os contornos da velocidade dos ventos de superfície normalizada são indicados para o oval, pilha plana no topo para várias orientações pilha em relação à direção predominante de fluxo de ar. (Quanto maior a taxa, maior o potencial de exposição ao vento). Dados distribuição granulométrica foram tomados a partir de operações semelhantes. A distribuição do tamanho de partícula foi tomada em conta tanto na estimativa das emissões e na simulação de sedimentação de partículas e concentrações ambiente de PM10.

Particle Size vs Threshold Friction Velocity

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

1 10 100 1000

Particle Size (µm)

Th

resh

old

Fri

cti

on

Velo

cit

y (

m/s

)

Tamanhos de partículas vs Velocidades limiar de fricção

Tamanhos de partículas (µm)

Ve

loc

idad

es lim

iar

de f

ric

çã

o (

m/s

)

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Figura 35: Contornos de velocidade normalizada do vento na superfície (por exemplo, velocidade do vento na superfície/velocidade de aproximação do vento) (US EPA, 1996)

11.2 Escapes de Veículos Factores de emissões de PM2.5, PM10, CO, NOx e de SO2 publicados pelo NPI (NPI, 2008) para veículos a diesel são fornecidos na Tabela 34. O factor de emissão de SO2 no diesel é baseado num teor de enxofre de 10 ppm. O consumo de combustível é de 7,7 Ml/ano.

Direção do fluxo

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Tabela 24: Factores de Emissões de Escape de Veículos

Tipo de

Equipamento

Móvel

Unit PM2.5 PM10 CO NOx SO2 VOCs

Emissões do

escape de veículos

a diesel (camião

fora de estrada)

kg/l 1.92x10-03

2.08x10-03

1.46x10-02

3.41x10-02

2.39x10-05

1.55x10

-03

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12 APÊNDICE 2 - DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS ADEQUADAS DE REDUÇÃO DA POLUIÇÃO

12.1 Geral O plano providenciado indica que a maioria das fontes geradoras de poeiras está centralizada dentro de um limite específico. A aderência a este plano vai limitar o potencial de impactos fora do local. Mudanças drásticas no plano proposto poderão ter efeitos adversos sobre as concentrações de PM2.5 e PM10 e taxas de dustfall fora da área do projecto. 12.2 Arrastamento de Poeiras Por Veículos nas Estradas não pavimentadas Existem três tipos de medidas que podem ser tomadas para reduzir as emissões a partir de estradas não pavimentadas: (a) medidas destinadas a reduzir a extensão de estradas não pavimentadas, por exemplo, pavimentação, (b) medidas de controle de tráfego destinadas a reduzir o arrastamento de material, restringindo os volumes de tráfego e reduzindo a velocidade dos veículos, e (c) Medidas destinadas a agregação do material de superfície ou melhorar a retenção de humidade, tais como a supressão húmida e estabilização química (Cowhert et ai, 1988;. APCD, 1995). Os principais factores de geração de poeira em estradas não pavimentadas incluem:

Velocidade dos veículos

Número de rodas por veículo

Volume de tráfego

Distribuição do tamanho das partículas do agregado

A compactação do material da superfície

Humidade da superfície

Clima

Quando é feita a quantificação das emissões de estradas não pavimentadas, a maioria destes fatores são tomados em conta. A velocidade dos veículos é um dos factores significativos que influenciam a quantidade de poeiras fugitivas geradas a partir de superfícies de estradas não pavimentadas. A aeficiência de controle obtido por redução de velocidade pode ser calculada através da variação do parâmetro de velocidade do veículo na equação predictiva do factor de emissão dado por estradas não pavimentadas. Uma avaliação da eficiência do controle resultante das reduções dos volumes de tráfego pode ser calculada devido à relação linear entre o volume de tráfego, dada em termos de quilómetros percorridos pelos veículos, e poeiras fugitivas emitidas. Efeitos semelhantes serão alcançados através da redução dos volumes de caminhões nas estradas. Assim, pelo aumento da carga do veículo, menos viagens serão necessárias para transportar a mesma quantidade de material. A medida de mitigação proposta para ser implementada na mina é o uso de aspersão de água em estradas de transporte não pavimentadas. É o meio mais comum de supressão de poeiras fugitivas devido ao arrastamento por veículos em minas, mas não é necessariamente o meio mais eficiente (Thompson & Visser, 2000). Thompson & Visser (2000) desenvolveram um modelo para determinar as implicações de custo e gestão de supressão de poeiras em estradas de transporte em minas que utilizam água ou outros paliativos químicos. O estudo foi realizado em 10 minas na África Austral. O modelo foi

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desenvolvido primeiro olhando para a frequência de re-aplicação de água necessária para a manutenção de um grau específico de paliação de poeira. A partir disto, o custo e efectividade da supressão por aspersão de água pode ser determinada e comparada com outras estratégias. Os factores tomados em conta no modelo incluiram clima, tráfego, velocidade dos veículos e do material do agregado da estrada. Uma série de produtos químicos paliativos, incluindo sais higroscópicos, lignosulponatos, resinas de petróleo, emulsões de polímero e produtos de asfalto e betumen foram avaliados para determinar o seu desempenho e identificar estratégias apropriadas de gestão. Elementos de custo tidos em consideração incluíram entre outros equipamentos de capital, custos de operação e manutenção, custos de material e custos relacionados à actividade. As principais conclusões foram de que a aspersão à base de água é a opção mais barata de supressão de poeiras no curto prazo. A longo prazo, porém, a opção de polímero-emulsão é marginalmente mais barata com benefícios adicionais como a melhoria das estradas durante o tempo chuvoso, redução da erosão e resistência à derrapagem a seco (Thompson & Visser, 2000). 12.3 Britagem O uso de invólucros ou cobertura para os britadores pode conter a poeira de modo que um sistema de controle de poeira pode operar de forma mais eficiente. São recomendadas as seguintes medidas:

Deve ser instalada uma caixa de alimentação do britador com um número mínimo de

aberturas;

Devem ser usadas cortinas de borracha para minimizar a fuga de poeira e do fluxo

de ar;

O britador deve ser alimentado de forma brusca para reduzir o arrastamento de ar e

as emissões de poeiras; e

A poeira que escapa no fim do ponto de descarga do britador pode ser minimizada

por chutes de transferência devidamente projetados e instalados.

Poeira dos britadores é normalmente controlada por aspersão de água e extractores locais do enclausuramento do britador. A quantidade de água necessária para fazer o trabalho é difícil de especificar, uma vez que depende do tipo de material triturado e o tipo de problemas de gestão que a água irá causar a jusante. Se o minério for seco um ponto de partida seria adicionar uma quantidade de água equivalente a 1% do peso do material a ser triturado. A pressão do bico de aspersão deve evitar criar uma nuvem de pó e reduzir a eficiência do sistema de ventilação. A quantidade de ar necessária para o controlo de poeira depende de quanto o britador pode ser fechado. Uma quantidade suficiente de ar deve ser retirada do britador cheio de produto para produzir uma crosta forte à volta do britador. As reduções de emissões que normalmente podem ser conseguidas são as seguintes (NPI, 2012):

65% para cobertura com ciclones

75% para cobertura com lavadores

83% para cobertura com filtros de tecido

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12.4 Manuseamento de Materiais Operações de manuseamento de materiais, incluindo vários pontos de transferência resultaram em impactos significativos ao nível do solo próximo à fonte a longo prazo. Inventário Nacional de Poluente (NPI) australiano indica que um chute telescópico com névoa de água garantiria 75% de eficiência de controle e cobertura de pilhas de armazenamento onde ocorre inflexão reduziria as emissões em 99%. De acordo com o NPI australiano, jacto de água pode ter até 50% de eficiência de controle e hoods com lavadores de até 75%. Se, além disso, os esfregadores e telas estejam encobertos, pode ser alcançada uma eficiência de controlo de até 100%. Com estas medidas de controlo em vigor, os impactos iriam reduzir a níveis insignificantes. É importante que estes equipamentos de controlo sejam inspeccionado e mantidos numa base regular para garantir que as eficiências de controlo esperados são satisfeitas. A controle da eficiência da supressão de água pura de pode ser estimado com base no factor de emissão da US EPA que relaciona conteúdo de humidade de material para controlar a eficiência. Esta relação é ilustrada na Figura 36. A partir da relação entre o teor de humidade e a eficiência de controle de poeira, é evidente que ao dobrar o conteúdo de humidade do material pode ser alcançada uma redução de emissão de 62%. Assim, os produtos químicos misturados na água não irão apenas poupar no consumo de água, mas também melhorar ainda mais a eficiência de aplicação de controlo.

Figura 36: Relação entre o teor de humidade do material manuseado e a eficiência de controle de poeira (calculado com base na equação de factor de emissão preditivo US-EPA para operações contínuas e descontínuas)

12.5 Emissões de escape de veículos De acordo com H. Liebenberg-Enslin, et al (2012) as emissões podem ser reduzidas através dos seguintes métodos:

Filtros de partículas e outras tecnologias de escape semelhantes;

Use diesel de melhor qualidade; e

Programas de inspeção e manutenção.

RELAÇÃO ENTRE O TEOR DE HUMIDADE DO MATERIAL MANUSEADO E A EFICIÊNCIA DE

CONTROLE DE POEIRA

Eficiência de controle (%)

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12.5.1 Emissores Controlados 12.5.1.1 Armadilhas de partículas e outras tecnologias de escape semelhantes Filtros de Partículas Diesel (FPD) podem ser instalados em veículos. Nova tecnologia que foi identificada como uma opção a ser considerada é a adaptação de filtros de partículas em veículos a diesel. A concepção do filtro de partículas de diesel (ou FPD) é para remover partículas de diese ou fuligem dos gases de escape de um motor a diesel. O material particulado (MP) pode ser reduzido em até 90% quando os FPDs são montados nos veículos. Normalmente, 85% ou mais de fuligem podem ser removidos com a utilização de filtros de fluxo de parede de partículas de diesel. Uma ficiência de remoção de fuligem de perto de 100% pode ser obtida sob certas condições. Carbono negro que é produzido por meio de veículos a diesel ou combustão de diesel tem duas implicações para a saúde e é considerado como força climática de curto prazo (FCCP). Os principais benefícios para a saúde e mitigação de mudanças climáticas de curto prazo poderiam ser alcançados com a redução de FCCP ou gases que controlam o clima ou seja, ozono, metano e carbono negro). Uma desvantagem dos DFPD é que filtros passivos não são muito eficazes e filtros activos são tecnicamente complicados. 12.5.2 Combustíveis Controlados Troca de combustível pode ser implementada para reduzir partículas finas e as emissões de carbono preto. 12.5.2.1 Utilização de diesel de melhor qualidade Fumaça preta dos veículos pesados a diesel pode ser reduzida por esta medida. 12.5.3 Programas de Inspeção e Manutenção Programas eficazes de inspeção e manutenção podem garantir que novos veículos permaneçam em bom estado e reduzir as emissões dos veículos antigos. A redução das emissões de CO em 17% pode ser conseguida através de programas de inspeção e manutenção eficazes. Uma redução de outros poluentes entre 7% e 9% pode ser conseguida por meio de programas de controlo e de manutenção eficazes. A desvantagem dos programas de inspeção e manutenção é que eles podem ser caros e podem ter desafios de recursos humanos.

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13 APÊNDICE 3 - CURRICULUM VITAE

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