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PROJECTO DE MINÉRIO DE FERRO DE TETE DA BAOBAB, MOÇAMBIQUE AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE RUÍDO Preparado para: Preparado pela: Coastal & Environmental Services Limitada Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd Rua do Jardim N.112, 2 ander esquerdo, Bairro do Jardim Maputo, Moçambique +258 82 413 6038 P.O. Box 5260 Halfway House 1685 África do Sul 2015

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PROJECTO DE MINÉRIO DE FERRO DE TETE DA BAOBAB, MOÇAMBIQUE

AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE RUÍDO

Preparado para:

Preparado pela:

Coastal & Environmental Services Limitada Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd

Rua do Jardim N.112,

2 ander esquerdo, Bairro do Jardim

Maputo,

Moçambique

+258 82 413 6038

P.O. Box 5260

Halfway House

1685

África do Sul

2015

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd i Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

DETALHES DO RELATÓRIO

Título do Relatório

Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab | Avaliação de Impacto de Ruído

Cliente Coastal & Environmental Services

Número do Relatório

14CES02-02

Versão do Relatório

Versão 2

Data Novembro 2015

Preparado Por Nicolette von Reiche, Licenciatura (Mecânica) (Universidade de Pretória)

Aviso Prévio

A Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd é uma empresa de consultoria localizada em Midrand, África do Sul, especializando-se em todos os aspectos de qualidade do ar, que vão desde as preocupações da vizinhança a regionais aos impactos da poluição atmosférica, bem como as avaliações de impacto de ruído. A empresa foi originada em 1990 como Environmental Management Services, que amalgamou com sua empresa irmã, Matrix Environmental Consultants, em 2003.

Declaração

A Airshed é uma empresa de consultoria independente, sem interesse no projecto além de cumprir o contrato entre o cliente e o consultor para a entrega de serviços especializados, tal como estipulado nos termos de referência.

Aviso de Direitos de Autor

Salvo disposição em contrário, os direitos de autor em todos os textos e outros materiais (incluindo o modo de apresentação) é propriedade exclusiva da Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd. É uma ofensa criminal reproduzir e/ou a utilizar, sem o consentimento escrito, qualquer questão, procedimento técnico e/ou técnica contida neste documento.

REGISTO DE REVISÃO

Versão Data Secção (ões) Revista (s)

Descrição Sumária de Revisão (ões)

1 Outubro

2015 All Editorial

2 Novembro

2015 6.2

Acrescentou recomendação relativa a distâncias de separação das bombas/casas de bomba.

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd i Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

SUMÁRIO EXECUTIVO A Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd (Airshed) foi contratada pela Coastal and Environmental Services (Pty) Ltd (CES) para empreender uma Avaliação de Impacto Ambiental de Ruído (AIAR) para o Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab proposto (o projecto). O principal objectivo do estudo foi determinar o potencial impacto do ruído sobre o clima acústicos e receptores sensíveis de ruído (RSR) dada mineração e actividades de processamento propostas como parte do Projecto. As seguintes tarefas foram incluídas como parte do âmbito de trabalho:

1. A avaliação de informações técnicas do projecto. 2. Um levantamento de ruído da linha de base que incluiu:

a. A medição de níveis de ruído ambiental existentes/pré desenvolvimento arredores do Projecto e do ruído nas proximidades dos receptores sensíveis;

b. Um levantamento das características do solo e outras características específicas do local que podem influenciar a propagação de ruído da fonte para o receptor; e

c. A identificação das fontes existentes de ruído ambiental na área do projecto, tais como comunidades, mineração, indústrias e vias públicas.

3. A revisão dos requisitos legais e directrizes aplicáveis de ruído do ambiente. 4. Um estudo (de base) do ambiente acústico receptor, incluindo:

a. A identificação de RSRs de mapas disponíveis; b. Um estudo do potencial de atenuação de ruído ambiental por referência a

registos meteorológicos disponíveis, uso da terra e fontes de dados de topografia; e

c. Determinação de níveis de ruído de base representativos em relação aos níveis de ruído ambiente amostrados obtidos a partir do levantamento.

5. Uma avaliação do impacto, incluindo: a. estabelecimento de um inventário de fontes para o Projecto. b. Simulações da propagação do ruído para determinar os níveis de ruído

ambiente. c. O rastreio dos níveis de ruído simulados com base em critérios de ruído

ambiente. d. Determinar a significância dos impactos de ruído.

6. A identificação e recomendação de medidas de mitigação adequadas e requisitos de monitoramento.

7. Um relatório de especialidade em avaliação de impacto de ruído. A avaliação de referência os níveis de ruído amostrados e simulados foi feita para as directrizes da Corporacão Financeira Internacional (IFC) para receptores residenciais, institucionais e educativos; (55 dBA durante o dia e 45 dBA durante a noite) uma vez que estes (a) são aplicáveis a RSR próximos que incluem cidades e vila mineira e (b) em linha com os Padrões Nacionais Sul Africanos (SANS) 10103, directrizes para distritos urbanos. O critério de aumento 3 dBA da IFC é usado para determinar o potencial de impacto do ruído. O ambiente acústico de base foi descrito em termos de a localização dos RSRs em relação às actividades aprovadas e propostas, a capacidade do ambiente para atenuar o ruído em longas distâncias e níveis de ruído existente ou pré-mineração. Foi encontrado o seguinte:

Estes incluem herdades individuais, acampamanto de construção/mina. Excepto para ao acampamento de construção, todos os relatórios nacionais estão situados fora da área do Projecto a mais de 600m de actividades de mineração/processamento. A estrada de transporte proposta para Moatize também vai passar por vários aglomerados habitacionais. O impacto de um ruído industrial

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd ii Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

mineira intrudido no ambiente raramente estende-se por mais de 5 km a partir da fonte e, portanto, é improvável que estas possam ser afectadas pelo projecto.

As condições atmosféricas são mais propícas à atenuação do ruído durante o dia.

Com base na média do campo de vento, os impactos de ruído são esperados para serem mais notáveis para o norte-oeste durante o dia e oeste-noroeste durante a noite.

Níveis de ruído da linha de base na área de estudo estão principalmente afectados pela fauna local (aves e insectos) e barulho da comunidade (incluindo o Ladrar de cães e animais domésticos). Níveis de ruído diurno e nocturno de 44,7 dBA representativos e 41,1 dBA, respectivamente, foram calculados a partir de resultados da pesquisa.

Na época do estudo, informações detalhadas sobre as fases de planeamento, pré-construção e construção e de descomissionamento eram limitadas. A avaliação também indicou que o tráfego na fase de construção seria limitado a um máximo de 2 veículos pesados por hora viajando de Tete/Moatize ao local que fará com que o impacto do ruído de tráfego relacionado seja improvável. Dadas as actividades típicas associadas com estas fases, a significância dos impactos de ruído é esperada a ser igual a ou menor do que a da fase operacional. Estas fases foram, portanto, avaliadas qualitativamente e a significância do impacto considerada BAIXA de acordo com a classificação adoptada pela CES. A fase operacional, representante da mineração e actividades de processamento, manuseamento e transporte associados foi avaliada quantitativamente. Níveis de potência sonora para o equipamento principal foram determinados a partir de especificações e cálculos de equipamentos. O inventário da fonte, as condições meteorológicas locais e informações sobre a utilização local dos solos foram usados para preencher o modelo de propagação de ruído (Concawe). Os níveis de ruído foram calculados por uma área de 10 km a leste-oeste com 10 km norte-sul em intervalos de 125 m, e em receptores sensíves nas proximidades. Foi encontrado o seguinte:

Impactos de ruído durante a fase operacional serão mais notáveis à noite.

A fase operacional resultará em níveis de ruído em excedência dos critérios de impacto seleccionados da IFC no RSR mais próximo durante o dia ou à noite.

Espera-se que o impacto máximo ocorra à noite, durante a fase operacional quando o aumento acima da linha de base no RSR mais próximo for de 1,2 dBA.

A significância geral dos impactos da fase operacional foi considerada BAIXA. Conclui-se que, dada a natureza conservadora da avaliação, a implementação das medidas básicas de gestão de boas práticas recomendadas no presente relatório irão garantir níveis de ruído de impacto de significância BAIXA.

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd iii Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

TABELA DE CONTEÚDOS 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1

1.1 Descrição do Projecto ............................................................................................. 1 1.2 Principais Objectivos ............................................................................................... 2 1.3 Âmbito do Trabalho ................................................................................................. 2 1.4 Estrutura do Relatório ............................................................................................. 2

2 METODOLOGIA ............................................................................................................ 4 2.1 Informação de Base para Avaliação Ambiental de Ruído........................................ 4 2.2 Avaliação ................................................................................................................ 6 2.3 Limitações e Pressupostos ................................................................................... 10 2.4 Metodologia de Avaliação de Impacto................................................................... 10

3 DIRETRIZES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO .......................... 14 3.1 Directrizes da IFC sobre o Ruído Ambiente .......................................................... 14 3.2 SANS 10103 (2008) .............................................................................................. 14

4 DESCRIÇÃO DO LOCAL/AMBIENTE ACÚSTICO RECEPTOR ........................................... 15 4.1 Receptores Sensíveis do Ruído ............................................................................ 15 4.2 Propagação do Ruído Ambiental e Potencial de Atenuação ................................. 15 4.3 Níveis de Ruído da Linha de Base Amostrados Representativos e Pré-desenvolvimento ............................................................................................................. 18

5 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS ...................................................................................... 21 5.1 Introdução ............................................................................................................. 21 5.2 Fase Operacional ................................................................................................. 21 5.3 Fases de Concepção e Pré-construção, Construção e Descomissionamento ....... 32

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 34 6.1 Conclusões ........................................................................................................... 34 6.2 Recomendações ................................................................................................... 34

7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 37 8 APÊNDICE A - CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTO ................................ 38 9 APÊNDICE B - RESULTADOS DETALHADOS DA AMOSTRAGEM DE BASE ..................... 42 10 APÊNDICE C - INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR ................................................... 50 11 APÊNDICE D – CURRICULUM VITAE ............................................................................. 51

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd iv Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Detalhes do equipamento de amostragem de ruído .............................................. 7 Tabela 2: Classificação dos critérios de avaliação .............................................................. 11 Tabela 3: Matriz utilizada para determinar a significância geral de um impacto .................. 12 Tabela 4: Descrição das classificações de significância ambiental ..................................... 13 Tabela 5: Tabela 5: Directrizes de nível de ruído da IFC ..................................................... 14 Tabela 6: Média de parâmetros meteorológicos diurnos ..................................................... 17 Tabela 7: Resumo do estudo de base realizado a 6 e 7 Maio de 2014 ............................... 19 Tabela 8: Tabela 8: Nível de potência sonora geral de bombas acionadas por motor ......... 22 Tabela 9: Inventário de fontes de ruído para fase operacional ........................................... 24 Tabela 10: Níveis de ruído nos RSRs como resultado da fase operacional ........................ 26 Tabela 11: Significância do impacto para a fase operacional ............................................. 32 Tabela 12: Significância do Impacto para as fases de construção e descomissionamento . 32

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Curva de Ponderação A ......................................................................................... 5 Figura 2: Localização de RSRs ........................................................................................... 16 Figura 3: Rosa dos ventos diurno-e-nocturno gerado a partir de dados simulados do local de

......................................................................................................................... 17 Figura 4: Locais de amostragem do levantamento de ruído de base .................................. 20 Figura 5: LAeq Diúrno (1 hora), como resultado da fase operacional do Projecto ................. 28 Figura 6: LAeq Nocturno (1 hora), como resultado da fase operacional do projecto .............. 29 Figura 7: Aumento de LAeq-Diúrno (1 hora), como resultado da fase operacional do projeto

sobre a linha de base de 44,7 dBA ................................................................... 30 Figura 8: Aumento de LAeq nocturno (1 hora), como resultado da fase operacional do

projecto sobre a linha de base 41,1 dBA ........................................................... 31 Figura 11: Resultados detalhados diurnos em Nhambia a 6 de Maio de 2015 .................... 45 Figura 13: Resultados detalhados diurnos em Nhamidima a 7 de Maio de 2015 ................ 47 Figura 14: Resultados detalhados diurnos de base do local a 06 de Maio de 2015 ............ 48 Figura 15: Resultados detalhados nocturnos de base do local a 06 de Maio de 2015......... 49

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd v Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

GLOSSÁRIO E ABREVIATURAS

Airshed Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd

ASG Grupo de Estudos Atmosféricos [Atmospheric Studies Group]

Baobab Baobab Resources PLC

CE Comissão Europeia

CES Coastal and Environmental Services (Pty) Ltd

dB Descritor que é usado para indicar 10 vezes a proporção logarítmica de quantidades que têm as mesmas unidades, neste caso a pressão de som.

dBA Descritor que é usado para indicar 10 vezes a proporção logarítmica de quantidades que têm as mesmas unidades, neste caso a pressão de som que tem sido, ponderado para simular audição humana.

EHS Ambiente, Saúde e Segurança (IFC)

Hz Frequência em Hertz

IEC Comissão Técnica Electrotécnica Internacional

IFC Corporação Financeira Internacional

ISO Organização Internacional de Normalização

kW Poder em quilowatts-

LA90 Os 90% do nível de ruído estatístico ponderado A, ou seja, o nível de ruído que é excedido durante 90% do período de medição. É um descritor muito útil que proporciona uma indicação de que o LAeq poderia ter sido na ausência de eventos individuais ruidosos e é considerado representativo dos níveis de ruído de base (LA90) (em dBA)

LAeq (T) O nível de pressão sonora equivalente ponderada A, onde T indica o tempo durante o qual o ruído é médio (calculado ou medido) (em dBA)

LAFmax O nível máximo de pressão sonora ponderado A, registados durante o período de medição

LAFmin O nível de pressão sonora ponderada A mínima registada durante o período de medição

LAIeq (T) O impulso corrigido ponderado –A e pressão sonora equivalente, onde T indica o tempo durante o qual o ruído é médio (calculado ou medido) (em dBA)

LIMS Separação magnética de baixa intensidade

LP Nível de pressão sonora (em dB)

LPA Nível de pressão acústica pondeada A (em dBA)

LPZ Nível de pressão acústica não ponderda (em dB)

LW Nível de potência sonora (em dB)

OMS Organização Mundial de Saúde

p Pressão em Pa

pref Pressão de referência, 20 μPa

Projecto Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd vi Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

rpm Velocidade de rotação em rotações por minuto

RSR Receptor sensível ruído

SABS Departamento de Normalização Sul Africano

SANS Padrões Nacionais Sul Africanos

SLM Medidor de Nível de Som

SoW Âmbito do Trabalho

t/a toneladas por ano

USGS United States Geological Survey

WG-AEN Grupo de Trabalho - Avaliação do Ruído Ambiente (CE)

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 1 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

1 INTRODUÇÃO A Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd (Airshed) foi contratada pelo Coastal & Environmental Services (CES) para realizar uma Avaliação de Impacto Ambiental de Ruído (AIAR) para o Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab (Projecto) proposto em Moçambique como parte Avaliação de Impacto da Ambiental, Social e de Saúde (AIASS). O objectivo e as tarefas incluídas no âmbito do estudo são apresentados abaixo.

1.1 Descrição do Projecto A Capitol Resources Limitada propõe o desenvolvimento de uma mineração verticalmente integrada e operação de tomada de ferro produzindo 1 milhão de toneladas por ano (t/a) de ferro-gusa e 3 ktpa de ligas de ferro-vanádio. Um Estudo de Viabilidade Bancável (BFS) está em andamento para avaliar a integração vertical completa além de ferro-gusa e na produção de produtos acabados de aço. Inicialmente, a produção será de 0,5 Mt/a, expandindo-se rapidamente para 1 Mt/a. A produção irá predominantemente compreender vergalhão para venda à saída da fábrica, bem como lingotes de aço (para serem vendidos a fábricas de relaminagem nacionais e regionais), ferro-gusa (para exportação por via marítima) e ligas de ferro-vanádio. Futura expansão será acompanhada pelo estabelecimento de uma planta de aço para converter o ferro-gusa em produtos acabados de aço para suportar o rápido crescimento da demanda doméstica e regional. Avaliações de impacto específicas e Plano de Gestão Ambiental (PGA) para a planta de aço não estão incluídas nesta AIASS e serão abordadas no futuro. Para os fins deste estudo no entanto, presume-se que a produção será em 1 Mt/a partir do início. O estudo restringe-se a avaliar os primeiros 25 anos de operação. Durante este período, a mineração será restrita ao bloco de recursos de Tenge (“Poço de Tenge”) com um prazo previsto de vida da mina totalizando 4 Mtpa (3 Mtpa de minério e uma Mtpa de resíduos). Será empregada mineração convencional a céu aberto com perfuração e detonação, seguida de carga e transporte. Infraestrutura necessária para a operação de mineração e planta de aço integrada incluirá:

Uma planta de processamento de minério (esmagamento, cobbing, moagem, separação magnética de baixa intensidade (LIMS), peletização);

Planta de redução directa (compreendendo fornos rotativos);

Forno Elétrico de Arco (EAF);

Planta de co-geração de energia;

Reservatórios de água, para o processo e águas residuais;

Estradas internas para permitir o acesso a várias partes do desenvolvimento e para o transporte de materiais, equipamentos, suprimentos e funcionários;

Estrada de transporte para o transporte de produtos de Moatize;

Uma linha de transmissão de energia ligando a operação com a sub-estação de Moatize;

A área de estaleiro para o produto e materiais de Moatize;

Um central eléctrica alimentada a diesel na fase de construção, inclusive de áreas de armazenamento delimitadas para o combustível diesel, lubrificantes e resíduos de óleo; e

Acomodação para 500 trabalhadores. Além disso, também são esperados desenvolvimentos desta natureza para incluir o seguinte que terá implicações para a gestão de resíduos:

Um acampamento de construção para até 3 000 trabalhadores;

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 2 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Casa de bomba;

Reservatórios de água para o armazenamento de produção e água potável;

Planta (s) de tratamento de água;

Escritórios e edifícios da administração;

Armazenamento de equipamentos, peças de reposição e consumíveis;

Instalações sanitárias e de esgoto tratamentos plantas associadas / fossas sépticas;

Uma cozinha;

Laboratórios;

Instalação temporária de armazenagem de resíduos perigosos;

Aterro sanitário;

Produto de sombra; e

Uma clínica e várias estações de primeiros socorros 1.2 Principais Objectivos O principal objectivo da AIAR foi determinar o potencial impacto sobre o clima acústico e receptores sensíveis de ruído existentes (RSR) dadas a mineração, processamento de minério e actividades de transporte propostas como parte do Projecto. 1.3 Âmbito do Trabalho Dado o principal objectivo do estudo; as seguintes tarefas foram incluídas no âmbito de trabalho:

1. A avaliação de informações técnicas do projecto. 2. Um levantamento de ruído da linha de base que incluiu:

a. A medição de níveis de ruído ambiental existentes/pré desenvolvimento arredores do Projecto e do ruído nas proximidades dos receptores sensíveis;

b. Um levantamento das características do solo e outras características específicas do local que podem influenciar a propagação de ruído da fonte para o receptor; e

c. A identificação das fontes existentes de ruído ambiental na área do projecto, tais como comunidades, mineração, indústrias e vias públicas.

3. A revisão dos requisitos legais e directrizes aplicáveis de ruído do ambiente. 4. Um estudo (de base) do ambiente acústico receptor, incluindo:

a. A identificação de RSRs de mapas disponíveis; b. Um estudo do potencial de atenuação de ruído ambiente por referência a

registos meteorológicos disponíveis, uso da terra e fontes de dados de topografia; e

c. Determinando níveis de ruído de base representativos em relação aos níveis de ruído ambiente amostrados obtidos a partir do levantamento.

5. Uma avaliação do impacto, incluindo: a. estabelecimento de um inventário de fontes para o Projecto. b. Simulações da propagação do ruído para determinar os níveis de ruído

ambiente. c. O rastreio dos níveis de ruído simulados com base em critérios de ruído

ambiente. d. Determinar a significância dos impactos de ruído.

6. A identificação e recomendação de medidas de mitigação adequadas e requisitos de monitoramento.

7. Um relatório de especialidade em avaliação de impacto de ruído.

1.4 Estrutura do Relatório

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 3 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Este relatório está estruturado da seguinte forma:

Secção 1 Uma introdução ao estudo, incluindo uma descrição do projecto, os objectivos do estudo e o âmbito de trabalho.

Secção 2 É dada nesta secção uma descrição pormenorizada da metodologia do estudo, juntamente com todas as limitações e hipóteses.

Secção 3 É apresentado um resumo das directrizes aplicáveis de nível de ruído ambiental.

Secção 4 Nesta secção, é dada uma descrição do ambiente receptor. Ela aborda RSRs, potencial de propagação do ruído, bem como os níveis de ruído da linha de base incluídos na amostra.

Secção 5 Na seçcão cinco, é determinada a significância dos impactos de ruído.

Secção 6 São fornecidas recomendações de gestão e monitoramento.

Secção 7 Referências

Apêndice A Inclui certificados de calibração de SLM.

Apêndice B Inclui resultados detalhados de amostragem da linha de base.

Apêndice C Inclui os detalhes do autor.

Apêndice D Inclui o Curriculum Vitae de especialistas envolvidos no estudo.

Apêndice E Declaração de independência.

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 4 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

2 METODOLOGIA 2.1 Informação de Base para Avaliação Ambiental de Ruído Antes de mais detalhes sobre a abordagem e metodologia adoptada na avaliação serem dados, o leitor é fornecido com alguma informação de base, definições e convenções utilizados nesta medição, cálculo e avaliação do ruído ambiente. O ruído é geralmente definido como um som indesejável transmitido através de um meio compressível, tal como ar. O som, por sua vez, é definido como qualquer variação de pressão que o ouvido pode detectar. A resposta humana ao ruído é complexa e altamente variável, pois é subjectiva, em vez de objectiva. O ruído é reportado em decibéis (dB). “dB” é o descritor que é usado para indicar uma proporção 10 vezes logarítmica de quantidades que têm as mesmas unidades, neste caso a pressão de som. A relação entre a pressão sonora e nível de pressão sonora é ilustrada nesta equação.

(

)

Onde: Lp Lp é o nível de pressão sonora em dB; p É a pressão sonora efectiva em Pa; e pref é a pressão sonora de referência (pref no ar é 20 µPa)

2.1.1 Percepção do Som O som já foi definido como qualquer variação de pressão que pode ser detectada pelo ouvido humano. O número de variações de pressão por segundo é referido como a frequência de som e é medido em hertz (Hz). A audição de uma pessoa jovem, saudável varia entre 20 Hz e 20 Hz 000. Em termos de LP, som audível varia entre o limiar de audição em 0 dB para o limiar de dor de 130 dB e acima. Mesmo que um aumento no nível de pressão de som de 6 dB represente o dobro da pressão de som, um aumento de 8 a 10 dB é necessário antes que o som subjectivamente pareça ser significativamente mais alto. Da mesma forma, a menor alteração perceptível é de cerca de 1 dB (Brüel & Kjaer Medição de Som & Vibração A/S, 2000).

2.1.2 Ponderação de Frequência Uma vez que o ouvido humano não é igualmente sensível a todas frequências, um “filtro” tem sido desenvolvido para simular audição humana. O filtro “ponderação” simula a característica de audição humana, que é menos sensível a sons em baixas frequências do que em altas frequências (Figura 1). "dBA" é o descritor que é usado para indicar uma relação de 10 vezes das quantidades logarítmica, que tem as mesmas unidades (neste caso a pressão de som) que tem sido, ponderada-A.

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 5 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Figura 1: Curva de Ponderação A

2.1.3 Adição de níveis de pressão sonora

Uma vez que níveis de pressão sonora são valores logarítmicos, os níveis de pressão sonora, como resultado de duas ou mais fontes não podem simplesmente ser somados. Para obter o nível de pressão sonora combinada de uma combinação de fontes, tais como as que estão em na planta industrial, os níveis de pressão sonora individuais devem ser convertidos para seus valores lineares e acrescentado usando:

(

)

Isto implica que, se a diferença entre os níveis de pressão de som de duas fontes é nula, o nível de pressão de som combinado é 3 dB mais que o nível de pressão sonora de uma fonte sozinha. Da mesma forma, se a diferença entre os níveis de pressão sonora de duas fontes é mais do que 10 dB, a contribuição da fonte mais silenciosa pode ser desconsiderada (Brüel & Kjær Sound & Vibration Measurement A/S, 2000).

2.1.4 Propagação de Ruído Ambiental Muitos factores afectam a propagação de ruído da fonte para o receptor. Os mais importante são:

O tipo de fonte e sua potência sonora (LW);

A distância entre a fonte e o receptor;

Condições atmosféricas (velocidade e direcção do vento, temperatura e gradiente de temperatura, humidade etc.);

Obstáculos como barreiras ou edifícios entre a fonte e o receptor;

Absorção do-terreno; e

Reflexões,

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 6 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Para chegar a um resultado representativo de qualquer medida ou cálculo, todos estes factores têm de ser tidos em conta (Brüel & Kjaer Medição de Som & Vibração A/S, 2000).

2.1.5 Índices de Ruído Ambiente Na avaliação do ruído ambiente, quer por medida ou cálculo, a referência é geralmente feita com os seguintes índices:

LZeq (T) –O nível de pressão sonora equivalente não ponderada, em que T indica o tempo durante o qual é feita a média do ruído (calculada ou medida).

LAeq (T) –O nível de pressão sonora equivalente ponderada-A, onde T indica o tempo durante o qual é feita a média do ruído (calculada ou medida). A Corporação Financeira Internacional (IFC) fornece orientação com relação a LAeq (1 hora), o nível de pressão sonora equivalente ponderada A, em média de 1 hora.

LA90 –Os 90% de nível de ruído estatístico ponderado A, ou seja, o nível de ruído que é excedido durante 90% do período de medição. É um descritor muito útil que proporciona uma indicação de que o LAeq poderia ter estado na ausência de eventos ruidosos individuais e é considerado representativo dos níveis de ruído de base.

LAFmax – O nível máximo de ruído ponderado-A medido com a ponderação temporal rápida. É o mais alto nível de ruído que ocorreu durante um período de amostragem.

LAFmin –O nível máximo de ruído ponderado-A medido com a ponderação temporal rápida. É o menor nível de ruído que ocorreu durante um período de amostragem.

2.2 Avaliação A avaliação incluiu um estudo sobre as exigências legais pertinentes ao impacto do ruído, um estudo do ambiente físico da área em torno do projecto e as análises dos níveis de ruído existentes na área. A avaliação de impacto incidiu sobre a estimativa dos níveis de potência sonora (LW’s) (“emissões” de ruído) e níveis de pressão sonora (impactos de ruído) (LP’s) associados a determinadas fases do Projecto. A significância desses impactos foi avaliada e os resultados trouxeram recomendações de medidas de gestão, incluindo a mitigação e monitoramento. Os aspectos individuais da metodologia de avaliação do impacto de ruído são discutidas em mais detalhe abaixo.

2.2.1 Revisão de Informação Uma lista de requisitos de informação foi apresentada a CES no início do estudo. A CES forneceu, para inclusão na avaliação, as seguintes informações:

Mapas georreferenciados e disposições do local;

Uma descrição detalhada do processo;

Taxas de mineração e processamento; e

Uma lista de equipamentos de mineração (informação da frota). Foram identificadas lacunas ou limitações na informação fornecida. Estas foram endereçadas fazendo suposições técnicas adequadas que são discutidas posteriormente.

2.2.2 Levantamento de Ruído de Base A metodologia de pesquisa, que segue de perto as orientações fornecidas pelas Directrizes Gerais de Ambiente, Saúde e Segurança (EHS) da Corporação Fimnanceira Internacional (IFC) (IFC, 2007) e Padrão Nacional Sul-Africano (SANS) 10103 (2008), é assim resumida:

O levantamento foi concebido e realizado por um especialista treinado.

A amostragem foi realizada utilizando um medidor de nível de som Tipo 1 (SLM) que cumpre todos os padrões apropriados da Comissão Electrotécnica Internacional (IEC) e está sujeita a calibração anual por um laboratório acreditado. Detalhes de

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equipamentos são fornecidos na Tabela 1. Os certificados de calibração estão incluídos no Apêndice A.

A sensibilidade acústica de SLM foi testada com um calibrador acústico portátil, antes e depois de cada sessão de amostragem.

As amostras de 30 minutos de duração, representativas e suficientes para a análise estatística foram feitas com a utilização de SLM portátil capaz de registar dados continuamente ao longo do período de tempo. As amostras representativas do clima acústico diúrno- e- nocturno 1 foram tomadas.

Os seguintes índices acústicos foram registados: o O nível equivalente de pressão sonora ponderada-A, onde T indica o tempo

durante o qual o ruído é médio (calculado ou medido) (LAeq (T)) o Os 90% do nível de ruído estatístico ponderado-A, ou seja, o nível de ruído

que é excedido durante 90% do período de medição. É um descritor muito útil que fornece uma indicação do que o LAeq poderia ter sido na ausência de eventos únicos ruidosos e é considerado representativo dos níveis de ruído de base (LA90).

o O nível máximo de ruído ponderado- A medido com a ponderação temporal rápida (LAFmax). É o mais alto nível de ruído que ocorreu durante um período de amostragem.

o O nível máximo de ruído ponderado- A medido com a ponderação temporal rápida (LAFmin). É o menor nível de ruído que ocorreu durante um período de amostragem.

o Embora não seja exigido pela IFC ou SANS 10103, espectros de frequência de banda oitava também foram registados para ajudar com a caracterização do clima acústico.

A análise de frequência foi realizada como parte do estudo de gabinete de base.

O SLM foi localizado a cerca de 1,5 m acima do solo e a menos de 3 m de qualquer superfície reflectora.

SANS 10103 afirma que deve-se garantir (tanto quanto possível) que as medições não foram afectadas pelo ruído residual e influências externas, por exemplo, vento, a interferência eléctrica e de qualquer outra interferência não-acústica, e que o instrumento é operado nas condições especificadas pelo fabricante. Ele não especifica um limite de velocidade de vento ou limitações de condição meteorológica. As medições não foram realizadas quando as velocidades do vento de mais de 5 m/s ocorriam ou enquanto estava chovendo ou enquanto a terra estava molhada.

Um registo electrônico detalhado foi mantido. Registos incluíram detalhes do local, condições meteorológicas durante a amostragem e observações feitas sobre o clima acústico de cada local.

Tabela 1: Detalhes do equipamento de amostragem de ruído

Equipamento Número de Série Propósito Validade de Calibração

Brüel & Kjær Type 2250 Lite SLM

S/N 2731851 30 minutos de amostragem

Dezembro de 2013 até Dezembro de

1 A IFC define-tempo diurno entre as 7:00-22:00 e nocturno das 22:00-07:00 (IFC, 2007). SANS 10103 define-

tempo diurno entre as 6:00-22:00 e nocturno das 22:00-06:00 (SANS 10103, 2008). A hora de sobreposição 06:00-07:00 foi evitada durante o tempo diúrno-e-nocturno de amostragem.

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Equipamento Número de Série Propósito Validade de Calibração

Microfone Pre-polarizado Tipo Brüel

& Kjær 4950 ½”. S/N 2709293

verificados. 2014

Calibrador Tipo acústico Brüel &

Kjær 4231 S/N 2725297

Teste da sensibilidade

acústica antes e após cada sessão de amostragem diária.

Rastreador de Tempo Kestrel 4000

Pocket S/N 559432

Determinar a velocidade do vento

instantâneo, temperatura e

humidade durante a amostragem.

Não aplicável

2.2.3 Revisão de Critérios de Avaliação

Na ausência de directrizes de ruído ambiental Moçambicanas, é feita referência a directrizes publicadas pela IFC (IFC, 2007) e Bureau Sul-Africano de Padrões (SABS) (SANS 10103, 2008). Ambas directrizes estão em consonância com as Directrizes para Ruído da Comunidade da Organização Mundial da Saúde (OMS) (WHO, 1999). Note-se que estas directrizes referem-se especificamente ao impacto do ruído sobre indivíduos ou comunidades humanas.

2.2.4 Estudo do Ambiente Receptor Os RSRs geralmente incluem residências particulares, edifícios comunitários, como escolas, hospitais e todas as áreas publicamente acessíveis fora de uma mina ou de propriedade da instalação industrial. Herdades e áreas residenciais que foram incluídas na avaliação de receptores sensíveis de ruido foram identificadas a partir de mapas disponíveis e observações feitas durante uma visita à área do projecto. A capacidade do ambiente para atenuar o ruído à medida que viaja através do ar foi estudada considerando a meteorologia local, uso da terra e terreno. O potencial de atenuação atmosférica foi descrito com base em dados meteorológicos simulados específicos do local obtidos para 2011 a 2013. Dados de terreno prontamente disponíveis e cobertura do solo foram obtidos a partir do Grupo de Estudos Atmosféricos (ASG) através do site do United States Geological Survey (USGS). Foi feito um estudo de dados de Shuttle Radar Topography Mission (STRM) (90 m, 3 arc-sec) e dados de global Land Cover Caracterização Global da Cobertura de Terra (GLCC) para a África. A extensão dos impactos de ruído, como resultado de um barulho intrometido depende em grande medida dos níveis de ruído existentes na área do projecto. Níveis mais elevados de ruído ambiente resultarão em impactos de ruído menos perceptíveis e uma área de impacto menor. O oposto também é verdadeiro. O aumento do ruído será mais perceptível em áreas com baixos níveis de ruído ambiente. Os dados do levantamento de ruído da linha de base foram estudados para determinar os níveis de ruído de base representativos para uso na avaliação dos impactos cumulativos.

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2.2.5 Inventário da Fonte O inventário da fonte de ruído foi suplementado por:

Descrição do processo fornecida pela CES;

Equações preditivas de equipamento específico LW para a frota e equipamentos de mina, conforme publicado por Crocker (1998);

Área genérica ampla de LW’s para áreas industriais, publicado pelo Grupo de Trabalho da Comissão Europeia para a avaliação do ruído ambiente (CE WG-AEN, 2003); e

Ruído do tráfego determinado de acordo com SANS 10210 (2008), “Cálculo e Previsão de Ruído de Trânsito Rodoviário”.

2.2.6 Modelagem da Propagação de Ruído

A propagação de ruídos provenientes de actividades propostas foi calculada de acordo com o “Cálculo de Propagação do Som pelo método Concawe” (SANS 10357, 2004) e assim como SANS 10210 (2008) “Cálculo e Previsão de Ruído de Trânsito Rodoviário”'. O método Concawe faz uso parâmetros de absorção de ar e equações para atenuação de ruído da Organização Internacional de Padronização (ISO), bem como os factores para barreiras e efeitos de terreno. Em adição ao método ISO, o método Concawe facilita o cálculo de propagação do som sob uma variedade de condições meteorológicas. A representação básica do modelo é dada:

∑[ ]

Onde;

LP é o nível de pressão sonora no receptor

LW é o nível de potência sonora da fonte

K1 é a correção para a divergência geométrica

K2 é a correção para a absorção atmosférica

K3 é a correcção do efeito de superfície do solo

K4 é a correção para efeitos meteorológicos

K5 é a correção para a altura da fonte e da altura do receptor

K6 é a correção de barreiras O cálculo é repetido para cada fonte e receptor às frequências centrais de bandas de oitava (63 Hz, 125 Hz, 250 Hz, 500 Hz, 1 kHz, 2 kHz e 4 kHz). As médias das condições meteorológicas dia-noite foram consideradas. Se as dimensões de uma fonte de ruído forem pequenas quando comparadas com a distância ao ouvinte, é chamada de uma fonte pontual. Todas as fontes de ruído nas instalações da mina e processamento propostos foram quantificadas como fontes pontuais. A energia sonora de uma fonte pontual espalha-se esféricamente, de modo que o nível de pressão sonora é o mesmo para todos os pontos à mesma distância a partir da fonte, e diminui em 6 dB por duplicação da distância. Isto é válido até à atenuação da terra e ar afectarem significativamente o nível. O impacto de um ruído industrial/mineiro intrometido sobre o meio ambiente, portanto, raramente estender-se-á por mais de 5 km a partir da fonte e, portanto, é sempre considerado “local” em extensão. A propagação de ruído foi calculada sobre uma área de 10 km a leste-oeste com 10 km de norte a sul com o Projecto localizado centralmente. A área foi dividida em uma matriz de grade com uma resolução de 125 m e RSRs foram incluídos como receptores discretos. O modelo calcula LP em cada grade e ponto receptor discreto a uma altura de 1,5 m acima do nível do solo.

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2.2.7 Apresentação de Resultados Impactos de ruído foram calculados em termos de:

Níveis de ruído do dia-noite como resultado do Projecto, em comparação com as directrizes; e

O aumento efectivo de níveis de ruído ambiente diurnos e nocturnos sobre a linha de base, como resultado do projecto.

Os resultados são apresentados na forma de isopleto. Um isopleto é uma linha num mapa de pontos de ligação na qual uma determinada variável (neste caso LP) tem um valor constante especificado. Isso é análogo às linhas de contorno em um mapa mostrando elevação do terreno. Na avaliação do ruído ambiente, isopletos apresentam as linhas de nível de ruído constante em função da distância. Níveis de ruído simulados foram avaliados de acordo com as directrizes da IFC. Para avaliar o incómodo em locais de residência, foi feita referência as directrizes publicadas no SANS 10103.

2.2.8 Recomendações da Gestão e Mitigação As conclusões do estudo de especialidade em ruído trouxeram recomendação de medidas de gestão de ruído e medidas de mitigação adequadas. 2.3 Limitações e Pressupostos

Todas as actividades de mineração foram assumidas como estando na superfície das áreas do poço. O efeito de redução das paredes do poço e depósitos de estéril, portanto, não foram contabilizados. Esta é considerada uma abordagem conservadora.

Na altura da realização deste estudo, informações detalhadas sobre planeamento, fases de pré-construção, construção e descomissionamento eram limitadas. A avaliação também indicou que o tráfego da fase de construção seria limitado a um máximo de 2 veículos pesados por hora viajando de Tete/Moatize ao local que fará com que o impacto do ruído de tráfego relacionado improvável. Dadas as actividades típicas associadas com estas fases, a significância dos impactos de ruído é esperada a ser igual a ou menor do que a da fase operacional. Estas fases foram, por conseguinte, avaliadas qualitativamente.

O estudo excluiu a avaliação do impacto da detonação. O aspecto “ruído” de detonação é referido como a sobrepressão do jato de ar. Prever o ruído causado pelo excesso de pressão de ar gerado durante um evento de detonação é um processo altamente complexo. A sobrepressão de ar consiste em ondas de pressão sonora de ar transmitidas que se movem para fora a partir de uma carga explodindo. O leitor deve consultar a avaliação de detonação realizada pela Blast Management & Consulting (Ref. No. CES ~ TeteIronOre ~ EIAReport141130V01) como parte da AIASS do Projecto.

2.4 Metodologia de Avaliação de Impacto Esta secção descreve, em detalhes, a metodologia de avaliação de significância do impacto adoptada pela CES. Vários factores precisam ser considerados quando se avalia a significância dos impactos. Os primeiros dos quatro são:

1. A relação do impacto a escalas temporais - a escala temporal define a significância do impacto em várias escalas de tempo, como uma indicação da duração do impacto.

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2. A relação entre o impacto de escalas espaciais - a escala espacial define a extensão física do impacto.

3. A gravidade do impacto - a escala de gravidade/ benefício é utilizada de modo a avaliar cientificamente o quão grave um impacto negativo seria, ou como o sistema de impactos positivos benéficos sobre os proprietários seriam afectados (por impactos ecológicos) uma parte afectada particular. A gravidade dos impactos pode ser avaliada com e sem mitigação, de modo a demonstrar o quão a gravidade do impacto é quando nada for feito a respeito. A palavra “mitigação” não significa apenas “compensação”, mas inclui conceitos de confinamento e remediação. Para impactos benéficos, a optimização de qualquer coisa significa que pode melhorar os benefícios. No entanto, a mitigação ou optimização devem ser práticos, tecnicamente exequíveis e economicamente viáveis.

4. A probabilidade de que um impacto vai ocorrar - a probabilidade de Impactos ocorrendo como resultado das acções do projecto difere entre os potenciais impactos negativos. Que não há dúvida de que alguns impactos ocorrem (por exemplo, perda de vegetação), mas outros impactos não são tão prováveis de ocorrer (por exemplo, acidente de veículo), e podem ou não resultar do desenvolvimento proposto. , Embora alguns impactos podem ter um efeito grave, a probabilidade de sua ocorrência pode afectar a sua significância global.

Cada critério é classifcado com pontuações atribuídas conforme apresentado na Tabela 2 para determinar a significância geral de uma actividade. O critério é, em seguida, considerado em duas categorias, a saber viz. efeito da actividade e da probabilidade do impacto. O número total de pontuações registadas para o efeito e probabilidade são, então, lidos na matriz apresentada na Tabela 3 para determinar a significância geral do impacto. A significância geral é negativa ou positiva. A escala de significância ambiental é uma tentativa de avaliar a Importância de um particular. Esta avaliação deve ser realizada no contexto relevante, como um impacto ou pode ser social ou ecológico, ou ambos. A avaliação da significância do impacto depende fortemente dos valores da pessoa que efectua a julgamento. Por esta razão, Impactos de carácter social especialmente necessecitam de reflectir os valores da sociedade afectada. A avaliação dos impactos, como descrito acima é usada para priorizar que impacto requer medidas de mitigação. Impactos negativos que estão a ser classificados como de significância “MUITO ELEVADA” e “ELEVADA” serão mais investigados para determinar como o impacto pode ser minimizado ou quais actividades alternativas ou de mitigação de medidas que podem ser implementadas. Estes impactos podem ajudar também os tomadores de decisão, ou seja, numerosos ELEVADA podem trazer impactos negativos sobre uma decisão negativa. Para impactos identificados como tendo um impacto negativo de significância “MODERADA” é prática padrão investigar actividades alternativas e/ou medidas de mitigação. As medidas mais eficazes e práticas de mitigação serão, em seguida, propostas. Para Impactos classificado como de significância “BAIXA”, nenhuma investigações ou alternativas serão consideradas. Possíveis Medidas de Gestão serão investigadas para assegurar que continuam a ser os impactos da baixa significância.

Tabela 2: Classificação dos critérios de avaliação

EF

EIT

O

Escala Temporal Pontua

ção

Curto prazo Menos de 5 anos 1

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Médio prazo Entre 5 a 20 anos 2

Longo prazo Entre 20 e 40 anos (uma geração) e de uma perspectiva humana também permanente

3

Permanente Mais de 40 anos, resultando em uma mudança permanente e duradoura, que estará sempre lá

4

Escala espacial

Localizado Localizado em escala e alguns hectares de extensão 1

Área de Estudo

O local proposto e seus arredores imediatos 2

Regional Nível Distrital e Provincial 3

Nacional país 3

Internacional Internacionalmente 4

Gravidade Gravidade Benefício

Ligeiro Impactos ligeiros no sistema (s) afectado no ou parte (s)

Ligeiramente benéfico para o sistema afectado (s) e parte (s)

1

Moderado Impactos moderados no sistema (s) afectados no ou parte (s)

Moderadamente benéfico para o sistema (s) afectado e parte (s)

2

Grave/Benéfico

Impactos graves no sistema (s) afectado no ou parte (s)

Um benefício substancial para o sistema afeCtado (s) e parte (s)

4

Muito Grave

Benéfico

Mudança muito graves para o sistema afectado (s) ou parte (s)

Um benefício muito substancial para o sistema afectado (s) e parte (s)

8

PR

OB

AB

ILID

AD

E

Probabilidade

Pouco provável

A probabilidade destes impactos ocorrerem é possível 1

Pode ocorrer Probabilidade 2

Provável A probabilidade destes Impactos é ocorrerem e provável

3

Definitivo A probabilidade é que isso definitivamente vai ocorrer um impacto

4

Tabela 3: Matriz utilizada para determinar a significância geral de um impacto

Efeito

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Pro

bab

il

idad

e 1 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

3 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

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4 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Tabela 4: Descrição das classificações de significância ambiental

Taxa de Signifiçância

Descrição Pontos

Baixa

Um impacto aceitável para uma mitigação é desejável, mas não essencial. O impacto por si só é insuficiente, mesmo em combinação com outros impactos baixos para evitar o que o desenvolvimento seja aprovado.

Estes Impactos resultarão em meio positivo ou negativo para efeitos de curto prazo sobre o social e/ou ambiente.

4-8

Moderada

Um importante impacto que requer mitigação. O impacto é suficiente por si só para impedir a execução do projecto, mas em conjunto com outros que possam prevenir os impactos a sua implementação.

Normalmente Impactos estes irão usulamnte resultar em positivo ou negativo médio a longo prazo sobre o ambiente social e/ou natural.

9-12

Elevada

Um impacto sério, se não mitigados, pode impedir a execução do projecto (se for um impacto negativo).

Esses impactos seriam considerados pela sociedade como constituindo uma alteração importante do ambiente(natural e/ou social) e normalmente de longo prazo e resultar em efeitos graves ou efeitos benéficos.

13-16

Muito Baixa

Um impacto muito sério que, se for negativo, pode ser suficiente por si só para impedir a execução do projecto. O impacto pode resultar em mudança permanente. Muito Frequentemente estes Impactos não podem ser mitigados e geralmente resultam em efeitos muito graves ou efeitos muito benéficos.

17-20

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3 DIRETRIZES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO 3.1 Directrizes da IFC sobre o Ruído Ambiente As Directrizes Gerais de EHS da IFC abordam os impactos do ruído para além do limite da propriedade da instalação em causa e fornecem directrizes de nível de ruído A IFC afirma que os impactos de ruído não devem exceder os níveis apresentados na Tabela 5, ou resultar em um aumento máximo acima dos níveis de base de 3 dBA no local mais próximo do receptor fora do local (IFC, 2007). Para uma pessoa com uma acuidade auditiva média, um aumento de menos de 3 dBA no nível de ruído ambiente geral

não é detectável. = 3 dB é, portanto, um indicador de significância útil para um impacto sonoro.

Tabela 5: Tabela 5: Directrizes de nível de ruído da IFC

Directrizes de Nível de Ruído (IFC, 2007)

Área 1 Hor aLAeq (dBA)

07:00 as 22:00

1 Hora LAeq (dBA)

22:00 as 07:00

Receptores industriais 70 70

Receptores residenciais, institucionais e educativos

55 45

3.2 SANS 10103 (2008) O SANS 10103 fornece uma orientação útil para estimar a resposta da comunidade a um aumento no nível de ruído ambiente global causado por intromissão de ruído. Se Δ é o aumento no nível de ruído, os seguintes critérios são de relevância:

0 dB: Não haverá nenhuma reacção da comunidade;

0 dB < 10 dB: Haverá reacção “pouca” com “queixas esporádicas”;

5 dB < 15 dB: Haverá uma reação “média” com “queixas generalizadas”. = 10 dB é subjetivamente percebido como uma duplicação do volume do ruído;

10 dB < 20 dB: Haverá uma reação “forte” com “ameaças de acção comunitária

15 dB < : Haverá uma reação “muito forte” com “acção vigorosa da comunidade”.

As categorias de resposta da comunidade sobrepõem-se porque a resposta de uma comunidade não ocorre como uma função gradual, mas sim como uma mudança gradual.

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4 DESCRIÇÃO DO LOCAL/AMBIENTE ACÚSTICO RECEPTOR Este capítulo fornece detalhes do ambiente acústico receptor o qual é descrito em termos de:

RSRs locais;

O potencial de propagação do ruído ambiental e de atenuação; e

Amostragem de base ou níveis de ruído da linha de base pré-desenvolvimento. 4.1 Receptores Sensíveis do Ruído

Os RSRs potenciais dentro dos 10 km por 10 km da área de estudo são mostrados na Figura 2. Estes incluem herdades individuais, vilas e acampamento de construção/da mina. Excepto para o acampamento de construção, todos os relatórios RSRs estão situados fora da área do Projecto e mais de 600 m de actividades de mineração/processamento. A estrada de transporte proposta de Moatize também vai passar por vários aglomerados habitacionais identificados na Avaliação de Impacto de Trânsito e Transporte (King & Rowlston, 2014). 4.2 Propagação do Ruído Ambiental e Potencial de Atenuação

4.2.1 Absorção atmosférica e Meteorologia A absorção atmosférica e as condições meteorológicas já foram mencionadas no que diz respeito ao seu papel na propagação de ruído de uma fonte para o receptor (Secção 2.1.4). Os principais parâmetros meteorológicos que afectam a propagação de ruído incluem a velocidade do vento, direcção do vento e a temperatura. Estes, juntamente com outros parâmetros, tais como: humidade relativa, pressão atmosférica, radiação solar e cobertura de nuvens, afectam a estabilidade da atmosfera e a capacidade da atmosfera de absorver a energia do som. Velocidade média de dia e noite, vento, direcção do vento, temperatura, humidade relativa, pressão e dados de radiação solar usados como entrada para o modelo de propagação de ruído seleccionados são apresentados na Tabela 6. Na ausência de dados de superfície confiáveis, MM5 dados simulados (2011 a 2013) para uma localização no local foi referenciada. A velocidade do vento aumenta com a altitude. Isto resulta na “dobra” do caminho de som para “foco” no lado a favor do vento e a criação de uma “sombra” no lado contra o vento da fonte. Dependendo da velocidade do vento, a na direcção a favor do vento pode aumentar o por alguns nível dB, mas nível contra o vento pode cair em mais de 20 dB (Brüel & Kjær Sound & Vibration Measurement A S, 2000). Isso deve-se notar geralmente, a velocidades de vento de mais de 5 m/s, níveis de ruído ambiente são maioritariamente dominados pelo ruído gerado pelo vento. O campo de vento no local diurno é apresentado na Figura 3. rosas do vento do vento representa frequências para as direcções do vento para 16 cadinais. As frequências são indicadas pelo comprimento da haste quando comparada com os círculos desenhados para representar uma frequência de ocorrência. Classes de velocidade do vento são designadas para ilustrar as frequências altas e baixas, com ventos que ocorrem para cada vector. As frequências de calma, como períodos definidos para velocidades de vento que estão abaixo de 1 m/s, são também indicadas. Em média, os impactos de ruído são esperados para serem mais visíveis para o norte-oeste durante o dia e oeste-noroeste durante a noite.

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Figura 2: Localização de RSRs

Legenda

Project area = Área do projecto

Tenge pit, stage 1 = Poço de Tenge, Estágio 1

Waste rock dump = Despejo de Estéril

Roads = Estradas

Beneficiation and Smeltin = Beneficiamento e Fundição

Construction Village = Acampamento de construção

Iron Plant Expansion = Expansão da Planata de Ferro

Maintenance = Manutenção

RoM Pad = Pátio de Minério Bruto

Slag Dump = Despejo de Escória

Steel Plant = Planta de Aço

Tailing Storage Facility = Instalação de Armazenamento de

Rejeitos

Vanadium Plant = Planta de Vanádio

200m Buffer = Tampão de 200 m

Noise Sensitive Receptors = Receptores Sensíves de Ruído

Baobab Tete Iron Ore Project = Projecto de Minério de Ferro

da Baobab

10 km by 10 km ENIA study area and noise sensitive

receptors = 10 km por 10 km área de estudo ENIA e

receptores sensíveis ao ruído

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(a) Campo de ventos diurno (07:00 as 22:00) (b) Campo de ventos nocturno (22:00 as

07:00)

Figura 3: Rosa dos ventos diurno-e-nocturno gerado a partir de dados simulados do local de Legenda: North = Norte; South = Sul, West = Oeste = East = Este; Resultant Vector = Vector Resultante; Wind speed = Velocidade do vento.

Gradientes de temperatura na atmosfera criam efeitos que são uniformes em todas as direcções a partir de uma fonte. Em um dia ensolarado, sem vento, a temperatura diminui com a altitude e cria um efeito de “sombra” para sons. Em uma noite clara, temperaturas podem aumentar com a altitude, assim, “focando” o som na superfície do solo. Portanto, impactos de ruído são geralmente mais notáveis durante a noite.

Tabela 6: Média de parâmetros meteorológicos diurnos

Parâmetro

Parâmetros meteorológicos diurnos médios

(MM5 data 2011 to 2013)

Diurno Nocturno

Temperatura 25.6 °C 20.4 °C

Humidade Relativa 59% 80%

Velocidade do Vento 3.1 m/s 3.6 m/s

Direcção do Vento (a partir de)

SE ESE

Pressão de Ar 96.3 kPa 96.3 kPa

radiação Solar 427 W/m2 não aplicável

Cobertura de nuvens (octas) 3 3

4.2.2 Terreno, Absorção-do-solo e Reflexão

A redução de ruído causada por uma barreira (ou seja, um terreno natural, barreira acústica instalada, construção) depende de dois factores nomeadamente, a diferença do caminho da onda sonora, do modo que viaja através da barreira comparado com transmissão directa

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para o receptor e o conteúdo da frequência do ruído (Brüel & Kjær Sound & Vibration Measurement A/S, 2000). Não há no entanto características naturais significativas locais dentro da área de estudo que podem agir como barreiras acústicas entre as operações e os RSRs mais próximos. Bordas do poço e depósitos de estéril podem agir como barreiras acústicas, mas, como medida conservadora, não foram incluídos na avaliação. O som reflectido pelo solo interfere com o som directamente propagado. O efeito da terra é diferente para superfícies mistas acusticamente duras (por exemplo, concreto ou água), macias (por exemplo, relva, árvores ou vegetação) . Muitas vezes a atenuação do-terreno é calculada em faixas de frequências para ter em conta o conteúdo de frequência da fonte de ruído e o tipo de solo entre a fonte e o receptor (Brüel & Kjær Sound & Vibration Measurement A/S, 2000). Com base em observações feitas durante uma visita ao local, a cobertura do solo foi encontrada a ser acusticamente mista (pouco propícia para a atenuação de ruído). 4.3 Níveis de Ruído da Linha de Base Amostrados Representativos e Pré-

desenvolvimento Como parte do escopo de trabalho, uma pesquisa de ruído de base foi realizada em Maio de 2014. A pesquisa foi realizada em conformidade com as directrizes, tal como estabelecido no ponto 2.2.2 em locais indicados na Figura 4. A pesquisa consistiu de amostras de 30 minutos durante o dia e noite. Resultados (séries temporais, análises de frequência e estatísticas) estão incluídos no Apêndice B e LAFmax, LAFmin, LA90 e LAeq registados resumidos na Tabela 7. A Tabela 7 também inclui uma LAeq “ajustado”, isto é, os nível médio de ruído excluindo niveis de eventos de ruído como resultado da presença do operador SLM. Níveis de ruído ambiente são os mais afectados pela fauna local (pássaros e insectos) e actividades comunitárias. Para estimar o aumento dos níveis de ruído ambiente, como resultado do Projecto, os seguintes níveis de ruído de base representante foram calculados a partir resultados da pesquisa.

44.7 dBA durante o dia; e

41.1 dBA durante a noite.

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Tabela 7: Resumo do estudo de base realizado a 6 e 7 Maio de 2014

Site P1 P2 P3 P4

Descrição Tenge Makodwe Nhambia Nhamidima Background Site

Latitude 15˚41’55.5” S 15˚44’45.0” S 15˚44’15.6” S 15˚46’34.8” S 15˚42’36.6” S

Longitude 33˚48’29.6” E 33˚45’02.0” E 33˚45’18.9” E 33˚38’47.8” E 33˚47’49.0” E

Hora do Dia Dia Noite Dia Noite Dia Dia Noite

Hora de Inicio 08:39:37 23:00:23 10:53:27 22:00:29 09:08:28 09:24:43 22:18:10

Duração 00:30.00 00:30.00 00:30.00 00:30.00 00:30.00 00:30.00 00:30.00

Observações Acústicas

Principalmente ruído da

comunidade, aves e

insectos.

Tranquilo, insectos.

Galinhas, o som das folhas

e insectos.

Tranquilo, principalmente

insectos.

Ruído da Comunidade,

tráfego de peões, vento,

galinhas.

Tranquilo, principalmente

aves e insectos.

Tranquilo, principalmente aves nocturnas

e insectos.

Condições Meteorológicas

25.8˚C,

75% de humidade

0.5 m/s,

85% cobertura de nuvens

28.8˚C,

76% humidade,

wind still,

100% cobertura de nuvens

30.4˚C,

73% humidade,

1.9 m/s,

75% cobertura de nuvens

24.5˚C,

85% humidade

vento ainda,

céu limpo

25.5˚C,

71% humidade

1.4 m/s,

85% cobertura de nuvens

28.7˚C,

74% humidade

0.4 m/s,

75% cobertura de nuvens

27.8˚C,

80% humidade

vento ainda 85% cobertura

de nuvens

LAmax (dBA) 81.4 62.2 62.6 62.1 75.7 53.9 88.8

LAmin (dBA) 33.1 38.3 29.5 36.1 26.5 28.8 28.2

LA90 (dBA) 41.0 41.5 36.1 38.9 30.4 32.6 32.2

LAeq (dBA) 55.7 45.4 43.0 41.6 46.1 38.0 57.9

LAeq (dBA), ajustado

49.3 43.5 43.0 41.6 38.1 38.0 33.3

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 20 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Figura 4: Locais de amostragem do levantamento de ruído de base

Sites Included in the Baseline Noise Survey = Locais incluídos na Pesquisa de ruído da base

Legenda

Project area = Área do projecto; Sampling sites = Locais de amostragem

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5 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 5.1 Introdução Nesta secção, é abordada a significância dos impactos associados às várias fases do projecto. Considerando que o ponto 5.2 lida com fase operacional quantitativamente, a significância dos impactos associados às fases de concepção e pré-construção, construção e descomissionamento é abordada qualitativamente na Secção 5.3. 5.2 Fase Operacional A extensão e o caráter do ruído de fase operacional, especialmente a mineração, serão variados como à medida em que a mina progride. As seguintes fontes de ruído da fase operacional foram incluídas no estudo:

Equipamentos móveis a Diesel, operação dentro do poço, ao longo das rotas do curso, pelo despejo de estéril, a instalação de armazenamento de rejeitos e dentro da planta;

Materiais de manuseamento o Manusear estéril dentro do poço e na descarga de esteril; e o O Manuseamento Dentro do bloco de poço e ROM pad.

Britagem, triagem e moagem;

Ruído da Planta incl.: o Planta de vanádio; o Planta de ferro; o Beneficiamento e Planta de fundição; o Áreas de manutenção ou

O transporte de: o Minério do poço para a pátio de RoM; o Esteril do poço para o despejo de estéril; o Entrega de diesel para o local; e o produto ou exportação para o armazém de armazenamento perto da junção

na EN103.

Bombas e estações de bombeamento. É de notar que não há informações sobre o tamanho, tipo e localização das estações de bombas eram estimativas específicas disponíveis e o local desses tipos de áreas de origem ou de impacto de LW não pôde ser determinado. Uma breve descrição sobre os parâmetros que afectam a LW de bombas e casas de bomba e distâncias de impacto típicas/globais estão incluídas no Parágrafo 5.2.1.5.

A Secção 5.2.1 aborda o inventário fonte fase operacional. Os resultados de simulações de propagação de ruído são apresentados na secção.

5.2.1 Inventário de Fontes

5.2.1.1 Equipamento Móvel a Diesel A lista de equipamento susceptível de ser utilizado durante a fase operacional foi fornecida pela Baobab. LW’s do equipamento foram estimados através da aplicação da seguinte equação recomendada por Crocker (1998):

Na equação, LW é o nível de potência sonora total em dB e kW é a potência dos equipamentos de motor. Na prática, o nível de potência sonora média será de cerca de 4 dB

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 22 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

inferior ao nível calculado, uma vez que os motores não estão sempre a funcionar nas condições de potência máxima (Crocker, 1998). Níveis de potência sonora da banda Octave foram obtidos pela aplicação de ajustes recomendados por Crocker (1998). O tamanho da frota Durante a fase operacional e LW’s calculados são apresentados na Tabela 8 num resumo do inventário de fonte da fase operacional. 5.2.1.2 Manuseamento de Materias, Britagem, Triagem e Moagem LW’s do minério e manuseio do estéril, britagem, triagem e operações de moagem estão incluídos na Tabela 8. Estas leis foram obtidas a partir de uma base de dados de referência para tais operações (Francois Malherbe Acoustic Consulting). 5.2.1.3 Ruído Geral da Planta Na ausência de informação detalhada da planta de processamento, foi adoptada uma abordagem de “área ampla”. Esta abordagem é recomendada para utilização pela EC WG-AEN (2003). Ela assume uma LW para as áreas da indústria pesada de 65 dBA/m2. Áreas do vanádio, ferro, beneficiamento e planta de fundição, bem como a área de manutenção foram determinados a partir de mapas de disposição do local. Estes LW’s e Calculados L estão incluídas na Tabela 8. As banda de oitava LW’s foi foram determinadas através da aplicação de factores tipicamente associados a equipamentos industriais como Dado em Crocker (1998). 5.2.1.4 Ruído de Tráfego O ruído do tráfego contabilizado na avaliação do ruído da fase operacional inclui o transporte de materiais para o depósito de estéril da mina e pátio de minério bruto ROM, entrega de diesel e entrega do produto para o armazém de armazenamento perto da junção na EN103. Volumes de tráfego incluíndo viagens de retorno necessárias para camiões para o transporte de minério, resíduos ou produto con sus destinos e entrega o diesel respondeu por duas viagens por hora na estrada de acesso. As informações de trânsito como incluídas no inventário de fonte é mostrado na Tabela 8. 5.2.1.5 Bombas e Estações de Bombagem Crocker (1998) recomenda o uso de equações listadas na Tabela 8 para estimar LW de bombas, dividido pelo motor. O PV de bomba accionada por motor depende em grande medida a velocidade de operação (em rpm), o valor de placa do motor (kW) e A, a área de superfície conformada (em m2) a 1 m da bomba. Essas equações são baseadas em medições LP 1 m da bomba e incluiem algum som portanto, contribuições do motorista e de sucção e tubulação de descarga. Para aplicações de alta pressão, o nível da banda lâmina que contém a segunda passagem frequência harmônica e seu pode ser 5 a 10 dB acima dos níveis calculados.

Tabela 8: Tabela 8: Nível de potência sonora geral de bombas acionadas por motor

Velocidade de operação (rpm)

Para ratings sob motor de 75 kW

Para ratings acima motor de 75kW

490 – 900

1 000 – 1 500

1 600 – 1 800

3 000 – 3 600

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Um “envelope” típico de área impactada estimada pode ser para os extremos das equações. Em um A de 5 m2 e motor de tamanhos de 75 e 150 kW e assumindo divergência hemisférica média, o limite de 70 dBA para áreas industriais pode ser excedido até entre 4 e 11 m da bomba. As directrizes 55 dBA e 45 dBA podem ser ultrapassadas até 85 m Entre e 220 m. Nota ESTA Essa estimativa conservadora é pouco provável, uma vez que não leva em conta a atenuação atmosférica ou absorção do solo e reflexão. Uma avaliação mais detalhada e precisa só pode ser realizada se os dados específicos do projecto da bomba for disponibilizado.

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Tabela 9: Inventário de fontes de ruído para fase operacional

Equipamento Móvel a Diesel

Tipo de Equipamento Qty.

Classificação

da energia

(kW)

Nível de Potência Sonora de Bandas Oitavas, LWi (dB)

LWA (dBA) 63 Hz 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1 kHz 2 kHz 4 kHz

Camião, Komatsu HD785-7 5 895 121.5 119.5 114.5 110.5 106.5 103.5 95.5 113.0

Perfuradora, Atlas Copco ROC L8

2 900 121.5 119.5 114.5 110.5 106.5 103.5 95.5 113.0

Excavadora, Komatsu PC2000-8 2 500 119.0 117.0 112.0 108.0 104.0 101.0 93.0 110.4

Buldozer, Komatsu D275A-5 2 337 117.3 115.3 110.3 106.3 102.3 99.3 91.3 108.7

Escavadora de rodas, CAT 834H 1 390 117.9 115.9 110.9 106.9 102.9 99.9 91.9 109.4

Niveladora, Komatsu GD825A 2 209 115.2 113.2 108.2 104.2 100.2 97.2 89.2 106.7

Camião de água, Komatsu HD785-7

1 895 121.5 119.5 114.5 110.5 106.5 103.5 95.5 113.0

FEL, Komatsu WA800-3E0 2 603 119.8 117.8 112.8 108.8 104.8 101.8 93.8 111.3

Manuseamento de Materiais, Britagem, Triagem e Moagem

Fonte Qty. Nível de Potência Sonora de Bandas Oitavas, LWi (dB) LWA

(dBA) 63 Hz 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1 kHz 2 kHz 4 kHz

Britagem, Triagem e Moagem 1 80.0 90.0 98.8 97.6 100.7 101.4 95.4 105.8

Manuseamento 4 121.1 122.3 120.1 120.0 117.3 112.5 106.3 121.7

Ruído Geral da Planta

Planta Total Area (m2) Nível de Potência Sonora de Bandas Oitavas, LWi (dB) LWA

(dBA) 63 Hz 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1 kHz 2 kHz 4 kHz

Planta de Vanádio 23.9 118.8 118.8 118.8 118.8 118.8 118.8 118.8 125.0

Planta de Ferro 26.9 119.3 119.3 119.3 119.3 119.3 119.3 119.3 125.6

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Beneficiamento e Fundição 60.2 122.8 122.8 122.8 122.8 122.8 122.8 122.8 129.0

Manutenção 2.40 109.3 109.3 109.3 109.3 109.3 109.3 109.3 115.5

Tabela 8 (continuação): Ruído de Tráfego

Rota de Transporte Material

Transportado Camião de Carga Viagens por Hora

Velocidade Média do Veículo (km/h)

% de Veículos Pesados

Minério para o Pátio de Armazenamento de Minerio (RoM Pad)

3 Mt/a 91 t 7.5 30 100%

Resíduos para Depósito de Estéril

1 Mt/a 91 t 2.5 30 100%

Exportação de Produtos 1 Mt/a 35 t 10.3 80 100%

Entrega de Diesel 7.7 Ml/a 22 kl 2 80 100%

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5.2.2 Resultados da Simulação A propagação de ruído gerado durante a fase operacional foi calculada de acordo com o SANS 10357 (2004) e SANS 10210 (2008). Parâmetros meteorológicos e acústicos específicos do local como discutido na secção 4.2.1, juntamente com dados de origem discutidos em 5.2.1, foram aplicados no modelo. Os resultados são apresentados como isopletos na Figura 5 a Figura 8 e na forma tabular como como níveis de ruído nos RSRs na Tabela 9. Durante o dia, o ruído relacionado com a fase operacional poderá exceder a linha da directriz IFC diurna de 55 dBA apenas na proximidade imediata das actividades (Figura 5). O RSR mais próximo, portanto, não será exposto ao ruído em níveis mais elevados do que a diretriz da IFC. Em um nível de ruído de linha de base durante o dia de 44,7 dBA um aumento de 3 dBA é esperado até 1,2 km da área de planta (Figura 7). Um aumento de menos de 1 dBA é esperado em todos os RSRs. Como resultado das condições atmosféricas menos favoráveis à atenuação de ruído e directrizes mais rigorosas, impactos de ruído nocturnos são mais visíveis. A área sobre a qual a orientação nocturna de 45 dBA IFC está prevista para ser excedida, como resultado de ruído de fase de actividades operacionais estende-se até 1,5 km da área da planta (Figura 6). Em um nível de ruído de linha de base de 41,1 dBA, um aumento de 3 dBA pode ser esperado até 2 km da área de planta (Figura 8). As simulações indicam um nível de ruído nocturno de 36,1 dBA no RSR mais próximo e um aumento de 1,2 dBA sobre a linha de base de 41,1 dBA. As directrizes da IFC não serão excedidas em portanto no RSR mais próximo.

Tabela 10: Níveis de ruído nos RSRs como resultado da fase operacional

No de Receptor

Descrição

LAeq (1 hora), como resultado da Fase

Operacional do Projecto

(dBA)

Aumento de LAeq (1 hora), como resultado da fase operacional do projecto

sobre a linha de base

(dBA)

Diurno Nocturno Diurno Nocturno

1 Casas Rurais 30.5 34.3 0.2 0.8

2 Casas Rurais 31.2 35.9 0.2 1.2

3 Casas Rurais 31.0 36.1 0.2 1.2

4 Casas Rurais 29.6 35.8 0.1 1.1

5 Casas Rurais 27.2 32.1 0.1 0.5

6 Casas Rurais 26.1 31.3 0.1 0.4

7 Casas Rurais 25.5 30.5 0.1 0.4

8 Casas Rurais 25.0 30.3 0.0 0.3

9 Casas Rurais 25.2 30.3 0.0 0.3

10 Casas Rurais 24.5 29.3 0.0 0.3

11 Casas Rurais 22.3 23.6 0.0 0.1

12 Casas Rurais 22.5 24.3 0.0 0.1

13 Casas Rurais 21.6 23.4 0.0 0.1

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No de Receptor

Descrição

LAeq (1 hora), como resultado da Fase

Operacional do Projecto

(dBA)

Aumento de LAeq (1 hora), como resultado da fase operacional do projecto

sobre a linha de base

(dBA)

Diurno Nocturno Diurno Nocturno

14 Casas Rurais 28.6 30.3 0.1 0.3

15 Casas Rurais 26.5 27.5 0.1 0.2

16 Casas Rurais 26.4 28.0 0.1 0.2

17 Casas Rurais 30.3 34.2 0.2 0.8

18 Campos Agrícolas 25.7 28.8 0.1 0.2

19 Casas Rurais 22.5 25.0 0.0 0.1

20 Acampamento de

Construção 31.2 32.4 0.2 0.6

21 Nhambia 22.9 23.7 0.0 0.1

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Figura 5: LAeq Diúrno (1 hora), como resultado da fase operacional do Projecto

Legenda

Project area = Área do projecto

Tenge pit, stage 1 = Poço de Tenge, Estágio 1

Waste rock dump = Despejo de Estéril

Roads = Estradas

Beneficiation and Smeltin = Beneficiamento e Fundição

Construction Village = Acampamento de construção

Iron Plant Expansion = Expansão da Planata de Ferro

Maintenance = Manutenção

RoM Pad = Pátio de Minério Bruto

Slag Dump = Despejo de Escória

Steel Plant = Planta de Aço

Tailing Storage Facility = Instalação de Armazenamento de

Rejeitos

Vanadium Plant = Planta de Vanádio

200m Buffer = Tampão de 200 m

Noise Sensitive Receptors = Receptores Sensíves de Ruído

Baobab Tete Iron Ore Project = Projecto de Minério de Ferro

da Baobab

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Figura 6: LAeq Nocturno (1 hora), como resultado da fase operacional do projecto

Legenda

Área do projecto

Poço de Tenge, Estágio 1

Despejo de Estéril

Estradas

Beneficiamento e Fundição

Acampamento de construção

Expansão da Planata de Ferro

Manutenção

Pátio de Minério Bruto

Despejo de Escória

Instalação de Armazenamento de Rejeitos

Planta de Vanádio

Tampão de 200 m

Receptores Sensíves de Ruído

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 30 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Figura 7: Aumento de LAeq-Diúrno (1 hora), como resultado da fase operacional do projeto sobre a linha de base de 44,7 dBA

Legenda

Área do projecto

Poço de Tenge, Estágio 1

Despejo de Estéril

Estradas

Beneficiamento e Fundição

Acampamento de construção

Expansão da Planata de Ferro

Manutenção

Pátio de Minério Bruto

Despejo de Escória

Instalação de Armazenamento de Rejeitos

Planta de Vanádio

Tampão de 200 m

Receptores Sensíves de Ruído

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Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 31 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Figura 8: Aumento de LAeq nocturno (1 hora), como resultado da fase operacional do projecto sobre a linha de base 41,1 dBA

Legenda

Área do projecto

Poço de Tenge, Estágio 1

Despejo de Estéril

Estradas

Beneficiamento e Fundição

Acampamento de construção

Expansão da Planata de Ferro

Manutenção

Pátio de Minério Bruto

Despejo de Escória

Instalação de Armazenamento de Rejeitos

Planta de Vanádio

Tampão de 200 m

Receptores Sensíves de Ruído

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5.2.3 Classsificação da significância do Impacto A significância geral dos impactos de ruído da fase operacional (foi determinada considerando a metodologia de avaliação de impactos aprovada pela CES (Secção 2.4) e os resultados das simulações da propagação do ruído (Secção 5.2.2). A significância geral dos impactos na fase operacional foi considerada BAIXA. Embora não seja essencial, as medidas de gestão descritas na Secção 6 devem ser consideradas para garantir que os impactos permanecem de baixa significância.

Tabela 11: Significância do impacto para a fase operacional

Critérios de Avaliação

Pontuação Descrição

Escala Temporal

2 Médio Prazo: Entre 5 e 20 anos

Escala Espacial

2 Área de Estudo: O local proposto e seus arredores imediatos

Gravidade 1 Ligeiro (negativo): Impactos ligeiros em RSRs

Efeito 5

Probabilidade 3 Provável: A probabilidade destes impactos ocorrerem é provável

Significância Geral

8

Baixa: Um impacto aceitável cuja mitigação é desejável, mas não essencial. O impacto por si só é insuficiente, mesmo em combinação com outros Impactos baixos para impedir que o desenvolvimento seja aprovado.

5.3 Fases de Concepção e Pré-construção, Construção e Descomissionamento Como explicado em outras secções deste relatório, a significância das fases de pré-construção, construção e descomisionamento foi determinada qualitativamente. Tal como para a fase operacional, verificou-se ser BAIXA. Embora não seja essencial, as medidas de gestão descritas na Seccão 6 devem ser consideradas para garantir que os impactos permanecem de baixa significância.

Tabela 12: Significância do Impacto para as fases de construção e descomissionamento

Critérios de Avaliação

Pontuação Descrição

Escala Temporal

1 Médio Prazo: Entre 5 e 20 anos

Escala Espacial

2 Área de Estudo: O local proposto e seus arredores imediatos

Gravidade 1 Ligeiro (negativo): Impactos ligeiros em RSRs

Efeito 4

Probabilidade 3 Provável: A probabilidade destes impactos ocorrerem é provável

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Significância Geral

7

Baixa: Um impacto aceitável cuja mitigação é desejável, mas não essencial. O impacto por si só é insuficiente, mesmo em combinação com outros Impactos baixos para impedir que o desenvolvimento seja aprovado.

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 34 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 6.1 Conclusões O principal objectivo do estudo foi determinar o potencial impacto sobre o clima acústico existente e RSRs, dadas actividades de mineração, processamento de minério e transportes como parte do projecto proposto. Verificou-se que é pouco provável que resulte em níveis de ruído em excedência das várias directrizes do nível de ruído atmosférico da IFC, ou em níveis que poderão ser irritantes para RSRs, nas proximidades do Projecto. Por isso, pode-se concluir que a significância dos impactos de ruído durante todas as fases do projecto será BAIXA. Medidas de gestão descritas na secção devem ser consideradas para garantir que os impactos permanecem de baixa significância. 6.2 Recomendações Recomenda-se que as seguintes medidas básicas de boas práticas sejam consideradas como parte do Plano de Gestão de Ruído Ambiental do Projecto (PGRA).

6.2.1 Boas Práticas de Engenharia e Operacionais Actividades gerais para as seguinte boas práticas de engenharia devem ser aplicadas:

Todos os equipamentos movidos a diesel e veículos da planta devem ser mantidos a um nível elevado de manutenção. Isto deve incluir particularmente a inspecção regular e, se necessário, a substituição de silenciadores de entrada e de escape. Qualquer mudança na emissão de ruído de características do equipamentos devem servir como gatilho para retirá-los para manutenção.

Minimizar a geração de ruído, os fornecedores devem ser obrigados a garantir concepção de equipamento com níveis de ruído optimizado.

Equipamento vibratório: tais como britadores e peneiras devem ser montados em suportes de isolamento de vibração.

Deve ser desenvolvido um mecanismo para monitorar os níveis de ruído, registar e responder às reclamações e os mitigar impactos.

Detonações na superfície serão audíveis em longas distâncias e podem causar uma reacção surpreendente nos receptores nas proximidades. Isso pode ser mitigado através da adesão aos horários de detonação que tenham sido comunicados às partes interessadas.

Na ausência de uma avaliação detalhada de ruído bombeado, recomenda-se, como medida de precaução, que as bombas e estações de bombeamento não sejam colocado dentro de 250 m de uma comunidade ou habitação.

6.2.2 Tráfego

Seguem abaixo as medidas consideradas boas práticas na redução do ruído do tráfego relacionado. O ruído do tráfego rodoviário é a única combinação de ruído dos veículos em um fluxo de tráfego e é considerado como uma linha de fonte, se a densidade de tráfego for elevada o suficiente para distingui-la a partir de uma fonte pontual. Os seguintes factores são geralmente considerados os mais significativos que diz respeito à geração de ruído do tráfego rodoviário:

Os volumes de tráfego ou seja, tráfego médio diário;

A velocidade média do tráfego;

Composição do tráfego i.n. percentagem de veículos pesados;

Gradiente da estrada;

Tipo de superfície da estrada e condição; e

Avaliação de Impacto de Ruído - Novembro 2015

Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd 35 Projecto de Minério de Ferro de Tete da Baobab

Ruído veículo individual Incluindo o ruído do motor, o ruído de transmissão, o ruído de contacto (a interação dos pneus e a vibração da superfície da estrada, corpo, plataforma e de carga e ruído aerodinâmico.

Especificamente na gestão do ruído relacionado com o transporte de camiões, os esforços devem ser dirigidos a:

Minimizar o motor individual do veículo, transmissão e ruído/vibração do corpo. Isto é conseguido através da implementação de um programa de manutenção de equipamentos.

Minimizar taludes através da gestão e planeamento de gradientes de estrada para evitar a necessidade de excesso de aceleração/desaceleração.

Faze manutenção de superfície da estrada regularmente para evitar ondulações, buracos etc.

Evitar marcha lenta desnecessária.

Minimizar a necessidade de inversão de camiões/equipamentos. Isto irá reduzir a frequência com que avisos perturbadores mas necessários de reversão irão ocorrer. Alternativas para o alarme tradicional de inversão “bip”: como uma “auto-regulação” ou alarme “inteligente” poderiam ser consideradas. Estes alarmes incluem um mecanismo para detectar o nível de ruído local e automaticamente ajustar a saída do alarme é de modo que ele está 5 a 10 dB acima do nível de ruído na vizinhança do equipamento móvel. Os materiais promocionais para alguns alarmes inteligentes dizem que a habilidade para ajustar o nível do alarme é vantajosa para esses locais “com baixo nível de ruído ambiente” Burgess & McCarty, 2009). 6.2.3 Monitoramento

Medições de ruído ambiente de curto prazo (24 horas) deverão ser efectuadas anualmente durante a fase operacional e mais frequentemente durante a fase de construção à medida em que as actividades de construção aproximam-se de RSR e como parte da investigação de reclamações. Os resultados das medições devem ser usados para informar qualquer seguimento intervenções. O procedimento a seguir deve ser adoptado para todos os levantamentos de ruído:

Todos os levantamentos devem ser concebidos e realizados por um especialista treinado.

A amostragem deve ser realizada utilizando um medidor de nível de som (MNS) Tipo 1 Apropriado que cumpre todas os padrões da International da Electrotechnical Commission (IEC) e está sujeita a calibração anual por um laboratório acreditado.

A sensibilidade acústica do MNS deve ser testada com um calibrador acústico portátil antes e depois de cada sessão de amostragem.

As amostras de pelo menos 24 horas de duração e suficientes para a análise estatística devem ser feitas com o uso do MNS portátil, capaz de registar dados continuamente ao longo do período. As amostras representativas do clima acústico diúrno e nocturno devem ser tomadas.

Os seguintes índices acústicos deve ser registados e reportados: o LAeq (T) o Nível de ruído estatístico LA90, o LAmin e LAmax o Espectros de frequência de banda oitava ou 3a banda de oitava.

O MNS deve estar localizado a cerca de 1,5 m acima do solo e não mais perto do que 3 m de qualquer superfície reflectora.

Devem ser feitos esforços para garantir que as medições não são afectadas pelo ruído residual e influências externas, por exemplo, vento, a interferência eléctrica e de qualquer outra interferência não-acústica, e que o instrumento é operado nas

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condições especificadas pelo fabricante. É uma boa prática evitar a realização de medições quando a velocidade do vento for superior a 5 m/s, enquanto está chovendo ou quando o solo está molhado.

Deve ser mantido um registo detalhado. Os registos devem incluir detalhes de local, as condições meteorológicas durante a amostragem e observações feitas em relação ao clima acústico de cada local.

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7 REFERÊNCIAS

Brüel & Kjær Sound & Vibration Measurement A/S, 2000. www.bksv.com. [Online] Available at: http://www.bksv.com [Accessed 14 October 2011].

Burgess, M. & McCarty, M., 2009. Review of Alternatives to 'Beeper' Alarms for Construction Equipment, Canberra: University of New South Wales.

Crocker, M. J., 1998. Handbook of Acoustics. s.l.:John Wiley & Sons, Inc.

EC WG-AEN, 2003. Good Practice Guide for Strategic Noise Mapping and the Production of Associated Data on Noise Exposure, s.l.: s.n.

IFC, 2007. General Environmental, Health and Safety Guidelines, s.l.: s.n.

King, T. & Rowlston, B., 2014. Coastal and Environmental Services (Pty) Ltd, December 2014: Traffic and Transport Impact Assessment: Capitol Resources Tete Iron Ore Project, Grahamstown: CES.

SANS 10103, 2008. The measurement and rating of environmental noise with respect to annoyance and to speech communication, Pretoria: Standards South Africa.

SANS 10210, 2008. Calculating and Predicting Road Traffic Noise, Pretoria: Standards South Africa.

SANS 10357, 2004. The Calculation of Sound Propagation by the Concawe Method. s.l.:Standards South Africa.

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8 APÊNDICE A - CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTO

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9 APÊNDICE B - RESULTADOS DETALHADOS DA AMOSTRAGEM DE BASE

Figura 9: Resultados detalhados diurnos em Tenge Makodwe a 6 de Maio de 2015

Figura 10: Resultados detalhados nocturnos em Tenge Makodwe a 6 de Maio de 2015

Figura 11: Resultados detalhados diurnos em Nhambia a 6 de Maio de 2015

Figura 12: Resultados detalhados nocturno em Nhambia a 7 de Maio de 2015

Figura 13: Resultados detalhados diurnos em Nhamidima a 7 de Maio de 2015

Figura 14: Resultados detalhados diurnos de base do local a 06 de Maio de 2015

Figura 15: Resultados detalhados nocturno de base do local a 06 de Maio de 2015

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Figura 9: Resultados detalhados diurnos em Tenge Makodwe a 6 de Maio de 2015

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Figura 10: Resultados detalhados nocturnos em Tenge Makodwe a 6 de Maio de 2015

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Figura 9: Resultados detalhados diurnos em Nhambia a 6 de Maio de 2015

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Figura 12: Resultados detalhados nocturnos em Nhambia a 7 de Maio de 2015

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Figura 10: Resultados detalhados diurnos em Nhamidima a 7 de Maio de 2015

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Figura 11: Resultados detalhados diurnos de base do local a 06 de Maio de 2015

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Figura 12: Resultados detalhados nocturnos de base do local a 06 de Maio de 2015

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10 APÊNDICE C - INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR Nicolette von Reiche (nee Krause) Nicolette tem o grau de licenciatura em Engenharia Mecânica (Calor Avançado e Transferência de Massa, Mecânica dos Fluidos Avançada, Fluxo Térmico Numérico, e Tribologia) e um grau de bacharelato em Engenharia Mecânica pela Universidade de Pretória. Actualmente, ela está empregada na Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd como Consultora Principal. Os principais focos de Nicolette são estudos de qualidade do ar e impacto de ruído. Ela tem mais de 9 anos de experiência na avaliação e gestão de impacto da qualidade do ar e de ruído. Ela concluíu com êxito avaliações de impacto e planos de gestão da qualidade do ar e de ruído e planos destinados a projectos na África do Sul, Moçambique, Zimbabwe, Namíbia, República Democrática do Congo, Botswana, Gana, Libéria, Togo, Mali, Burkina Faso, Tanzânia, Malawi, Angola , Nigéria e Suriname.

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11 APÊNDICE D – CURRICULUM VITAE

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CURRICULUM VITAE NICOLETTE VON REICHE

CURRICULUM VITAE

Nome Nicolette von Reiche (nee Krause) Data de Nascimento 22 de Outubro de 1982 Nacionalidade Sul Africana Empregador Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd Posição Consultora Principal e Gestora do Projecto Profissão Engenheira Mecânica empregada como Consultora de

Qualidade de Ar e Avaliação Ambiental de Ruído Anos com a Companhia 9 Anos FILIAÇÃO EM SOCIEDADES PROFISSIONAIS

South African Acoustic Institute (SAAI), 2006 até o presente

National Association for Clean Air (NACA) 2006 até o presente

International Institute for Acoustics and Vibration (IIAV) 2014 até o presente EXPERIÊNCIA Nicolette possui mais de nove anos de experiência, tanto na qualidade do ar e avaliação de e gestão de impacto de ruído. Ela é funcionária da Airshed Planejamento Profissionais (Pty) Ltd e está envolvida na compilação dos inventários de emissões, modelagem de dispersão atmosférica, mitigação da poluição do ar e gestão, e trabalhode impacto de poluição atmosférica. A Airshed Planning Professionals está afiliada com a Francois Malherbe Acoustic Consulting cc e na assistência a vários projectos que ela ganhou experiência em modelagem de medição de ruído ambiental e de avaliação também. A lista de vários projectos concluídos em vários sectores é dada abaixo: Geração de Energia, Petróleo e Gás Eni East Africa S.p.A Rovuma Area 4 linha de base para gás em mar aberto (Moçambique), Companhia Energética Staatsolie Suriname (Suriname), Central Eléctrica Carvão Benga (Moçambique), Projecto Zuma Energy (Nigéria), a Projecto Anglo Coal Methane, Projectos de Eliminação de Cinzas da Eskom para a Central Eléctrica Kusile, Central de Energia Camden e Central de Energia Kendal, Projecto de Central de Energia Térmica de Hwange (Zimbabwe), Central Eléctrica de Gás da Eskom Ankerlig. Sector Industrial Projecto de Cimento Scantogo (Togo), Bricks Boland, Brits Projecto de Fundição de Ferrocromo, Ferrometals Cromo de Samancor, Ferrocromo de Middelburg e Ferrocromo de Tubatse, BHP Billiton Projectos de Ligas Metálicas de Ferromanganês e Projectos de Plantas Sinter de Mamatwan, Projecto Planta de Concentrador da Tharissa Minerals, Processamento de Ouro Vegetal Obuasi (Gana), Projecto de Planta de Tratamento Pompora da Mina de Ouro Obuasi (Gana), Projecto Afrisam Saldanha, Projecto Scaw Metals, incluindo uma instalação de co-geração e Project Planta de Fios de Aço, Projecto Delta EMD, Separação de Meio Denso (DMS) Projecto de Pós, Ligas-Trans de Sílica

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Manganês, Metais Precioso Tsumeb de Dundee (Namíbia), Planta de dessalinização de Urânio Rossing (Namíbia), Projecto de Aço Otavi (Namíbia). Qualidade do Ar e Gestão de Ruído Ambiente

Zona de Desenvolvimento Industrial (ZDI) de Saldanha - Parte de uma equipe integrada de especialistas que desenvolveram as o desenvolvimento proposto e estratégias de gestão para a IDZ. Directrizes de qualidade do ar foram desenvolvidas e um método de determinação das emissões para potenciais desenvolvedores. A investigação incluiu o estabelecimento das emissões atmosféricas correntes e impactos na qualidade do ar (base) com o objectivo de promover o desenvolvimento na IDZ e para permitir a igualdade de oportunidades para o desenvolvimento, sem exceder os níveis de poluição do ar inaceitáveis.

de plano de qualidade do ar e ruído do Departamento de Transportes de Gauteng A gestão dos transportes - O plano envolveu a identificação das principais fontes relacionadas com o tráfego de ruído e poluição do ar, a identificação de estratégias de intervenção por meio para reduzir o ruído do tráfego relacionado e emissões para a atmosfera e o teste teórico de estratégias de intervenção através da quantificação de emissões e modelagem de dispersão de estudos de caso selecionados.

Avaliação de Impacto Ambiental Estratégica de Erongo (Namíbia) e Plano de Gestão da Qualidade do Ar

SECTOR MINEIRO

Mineração de carvão: Mina de Carvão da Elders, Mina de Carvão da Grootgeluk, Mina de Carvão Inyanda, Mina de Carvão Boschmanspoort, Mina de Benga (Moçambique), Monitoramento de Poeira da Mina de Carvão Vangtfontein, T-Projecto de Mina de Carvão Subterrânea, Mina de Carvão Lusthof.

Minas metalíferrosas: Minas de Cromo de Samancor Orientais e Ocidentais, Mina de Cobre de Kinsenda (RDC), Benneman Mina de Urânio (Namíbia), Projecto de Sulfuretos Profundo da Mina de Ouro Sadiola (Mali), Monitoramento de Ruido da Mina de Ferro de Kolomela, Mina de Manganês Mamatwan, Mina de Manganês Ntsimbintle, Projecto de Mina a Céu Aberto de Cromo e Metais do Grupo da Plantina da Tharisa Minerals, Mina de Ouro Obuasi (Gana), Mina de Cobre de Omitomine (Namíbia), Projecto de Zinco Perkoa (Burkina Faso), Mina de Cobre Tschudi (Namíbia), Mina de Urânio Rossing (Namíbia), Mina de Minério de Ferro WLC (Libéria), Projecto de Ouro Fekola (Mali), Projecto de Ouro Esaase (Gana), Minas de Carvão Subterrâneas da Xstrata Paardekop e Amersfoort, Mina de Ouro Mampon (Gana), Mina de Urânio Husab (Namíbia), Projecto de Urânio do Rio Mkuju (Tanzânia ), Mina de Platina de Impala, Angola Projecto de Prospeção de Recursos Minerais (Angola), Mine de Nióbio Kanyka (Malawi).

Pedreiras: Pedreira de Calcário de Scantogo, Monitoramento de Queda de Poeiras do da Pedreira Lion Park.

Sector de Eliminação e Tratamento de Resíduos

Local de Eliminação de Resíduos Perigosos de Aloes, Local de Eliminação de Resíduos Perigosos Holfontein, Local de Eliminação de Resíduos Perigosos Shongweni, Local de Eliminação de Resíduos Gerais e Perigosos Coega, Trabalho de Tratamento de Águas Residuais de Umdloti, Incinerador de Resíduos Hospitalares.

Sector de Transportes e Logística

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Projecto de Porto de Ferro e Linha Férrea de Saldanha, Projecto de Monitoramento Ruído Ambiental do Gautrain, Projecto de Porto e Ferroviá de Guiné (Guiné), Aeroporto Internacional Kenneth Kaunda (Zâmbia), Projecto de Porto Seco de Zâmbia em Walvis Bay (Namíbia). Amostragem de Qualidade do Ar Ambiente e Ruído

Material Particulado (PM) Gravimétrico e amostragem de queda poeira

Amostragem de poluentes gasosos passivos difusos

Amostragem de ruído ambiental

Medições de fonts de ruído PROFICIÊNCIA SOFTWARE

Modelos de Disperão Atmosférica: AERMOD, ISC, CALPUFF, ADMS (Reino Unido), CALINE, GASSIM, TANKS

Modelagem de Propagação de Ruído: Modelo Integrado de Ruído (para ruído de aeroporto), CONCAWE, Padrões Nacionis Sul Africanos (SANS 10210) para o Cálculo e Predicção de Ruído Rodoviário.

Processamento Gráfico: Surfer, ArcGIS (Profciência básica)

Outros: MS Word, MS Excel, MS Outlook. EDUCAÇÃO

Bacharelato em Engenharia Mecânica, 2005, Universidade de Pretória

Licenciatura em Engenharia Mecânica, 2010, Universidade de Pretória, com especialização em:

o Calor Avançado e Transferência de Massa o Fluídos Mecanicoa Avançados o Fluxo-Térmico Numérico o Tribologia

CURSOS CONCLUÍDOS E PARTICIPAÇÃO EM CONFERÊNCIAS

Curso: Gestão de Qualidade do Ar, Apresentado pela Universidade de Johannesburg (Março 2006)

Curso: Modelos de Dispersão AERMET/AERMAP/AERMOD Apresentado pela Universidade de Johannesburg (Março 2006)

Conferência: NACA (Outubro 2007), Participou e apresentou um artigo

Conferência: NACA (Outubro 2008), Participou e apresentou um artigo

Conferência: NACA (Outubro 2011), Participou e apresentou um artigo

Conferência: NACA (Outubro 2012), Participou e apresentou um artigo

Conferência: IUAPPA (Outubro 2013), Participou e apresentou um artigo

PAÍSES DE EXPERIÊNCIA DE TRABALHO África do Sul, Moçambique, Zimbabwe, Zâmbia, Namibia, República Democrática do Congo, Botswana, Gana, Libéria, Togo, Mali, Burkina Faso, Tanzania, Malawi, Angola, Nigeria e Suriname. LÍNGUAS Falado Leitura Escrita

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Inglês Excelente Excelente Excelente Afrikaans Excelente Excelente Excelente REFERENCIAS

Nome Posição Número de Contact

Dr. Gerrit Kornelius Associado da Airshed Planning Professionals

+27 (82) 925 9569 [email protected]

François Malherbe Proprietário da François Malherbe Acoustic Consulting

+27 (82) 469 8063 [email protected]

Dr. Hanlie Lebenberg Enslin

Director Geral da Airshed Planning Professionals

+27 (83) 416 1955 [email protected]

CERTIFICAÇÃO Eu, abaixo assinado, declaro que segundo melhor de meu conhecimento e crença, estes dados descrevem-me corretamente, as minhas qualificações e minha experiência

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