recuperação judicial seminário_legale_30_mai2015

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São Paulo, 30 de maio de 2015. Seminário - Recuperação judicial e seus efeitos contábeis e jurídicos TEORIA DE FINANÇAS Prof. Dr. Rubens Famá Seminário – Recuperação judicial e seus efeitos contábeis e jurídicos Coordenação Prof. Msc. Jadilson Vigas Prof. Msc. Madson Holanda FACULDADE LEGALE

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

TEORIA DEFINANÇASProf. Dr. Rubens Famá Seminário – Recuperação judicial e

seus efeitos contábeis e jurídicos

CoordenaçãoProf. Msc. Jadilson Vigas

Prof. Msc. Madson Holanda

FACULDADE LEGALE

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

AGENDA

1. Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos

9:00 - Micro, pequenas e médias empresas, obrigações contábeis à luz da Lei 6.404/1976 e ss.

2. Prof. Ricardo Braz Filho

9:40 - Elementos históricos, processuais do diferimento do plano de recuperação judicial

3. Prof. Msc. Jadilson Vigas

10:10 - Aspectos Tributários na Recuperação Judicial

4. Prof. Msc. Madson Holanda

10:50 - Desconsideração da personalidade jurídica, extensão da falência e teoria ultra vires

5. Prof. Leandro Esperança Faccini

11:30 - Registro, liquidação, negociação de ativos e títulos em face do significativo aumento

de pedidos de recuperação judicial

12:30 - IFRS - Normas internacionais e sua relevância no plano de recuperação judicial

6. Prof. Msc. R. Maurício Costa

12:00 - Governança corporativa, compliance em face da responsabilidade do profissional contábil

5. Encerramento

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos

Micro, pequenas e médias empresas, obrigações

contábeis à luz da Lei 6.404/1976 e ss.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

FERNANDO DE ALMEIDA SANTOS

Pós-Doutorando em Ciências Contábeis – PUC-SP

Doutor em Ciências Sociais - PUC-SP.

Mestre em Administração - Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Especialista em Avaliação Institucional, em Administração Financeira e em Educação a Distância para o

Ensino Superior.

Graduado em Ciências Contábeis e em Administração Pública e em Administração

Professor e Coordenador da PUC-SP; Professor do Mestrado da FMU das FATEC-Osasco e das

Faculdades Integradas Rio Branco.

Co-autor dos Livros:

Contabilidade com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas - Atlas

Experiências Corporativas de Sustentabilidade e Responsabilidade Social

Gestão de Educação a Distância - Atlas

Autor do Livro: Ética Empresarial: Políticas de Responsabilidade Social em Cinco Dimensões:

Sustentabilidade, Respeito à Multicultura, Aprendizado Contínuo, Inovação e Governança Corporativa -

Atlas

Vice-Conselheiro do CRC-SP (Gestão 2014-2017) e Presidente do Rotary Club SP Jaguaré (Gestão

2014-2015).

Site pessoal: http://www.fernandoasantos.com.br

[email protected]

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

• Plano contendo, entre outros aspectos:

1. Como a empresa ira reverter a situação?

2. Parte contábil, destacando: liquidez, rentabilidade,

produção, estoques e negociação de dívidas, captação de

recursos.

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Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruídacom:

I - a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedore das razões da crise econômico-financeira;

II - as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercíciossociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido,confeccionadas com estrita observância da legislação societáriaaplicável e compostas obrigatoriamente de:

a) balanço patrimonial;

b) demonstração de resultados acumulados;

c) demonstração do resultado desde o último exercício social;

d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção;

LEI N° 11.101 DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruídacom:

III - a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles porobrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um,a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminandosua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dosregistros contábeis de cada transação pendente;

IV - a relação integral dos empregados, em que constem as respectivasfunções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, como correspondente mês de competência, e a discriminação dos valorespendentes de pagamento;

LEI N° 11.101 DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruídacom:

V - certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas,o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuaisadministradores;

VI - a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dosadministradores do devedor;

VII - os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suaseventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive emfundos de investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelasrespectivas instituições financeiras;

LEI N° 11.101 DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruídacom:

VIII - certidões dos cartórios de protestos situados na comarca dodomicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial;

IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em queeste figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com aestimativa dos respectivos valores demandados.

LEI N° 11.101 DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruídacom:

§ 1o Os documentos de escrituração contábil e demais relatóriosauxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão àdisposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorizaçãojudicial, de qualquer interessado.

§ 2o Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo,as microempresas e empresas de pequeno porte poderão apresentarlivros e escrituração contábil simplificados nos termos da legislaçãoespecífica.

LEI N° 11.101 DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Conforme a NBC T G 1.000:

Oferecer informação sobre:

a posição financeira;

o desempenho;

e fluxos de caixa da entidade.

OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Conforme a NBC T G 1.000:

Demonstrações Contábeis também mostram:

os resultados da diligência da administração;

a responsabilidade da administração pelos recursos

confiados a ela.

OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Demonstrações Contábeis são úteis, ainda, para:

Buscar financiamentos;

Divulgar os resultados para os sócios e investidores;

Informar os funcionários, terceirizados, fornecedores

e sociedade externa em geral;

Tomada de decisões.

MELHOR RELAÇÃO COM AS EMPRESAS E COM O MERCADO

OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Instrumentos fundamentais para:

Acompanhamento e controle;

Transparência;

Publicidade interna e externa;

Comparabilidade;

OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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1 - Responsabilidade técnica e civil do Contador

Conselho Federal de Contabilidade;

Código Civil.

2 - Total segregação entre contabilidade e fisco

Não importa a forma de tributação.

PREMISSAS RELEVANTES

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RESPONSABILIDADES LEGAISCódigo Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002

Seção III

Da Administração

Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos

sócios contas justificadas de sua administração, e apresentar-

lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial

e o de resultado econômico.

Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à

elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço

de resultado econômico.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

RESPONSABILIDADES LEGAIS

Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são

obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado

ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em

correspondência com a documentação respectiva, e a

levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado

econômico.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

RESPONSABILIDADES LEGAIS

Profissional: CFC - Lei 12.249/10 Art. 76. Os arts. 2º,

6º, 12, 21, 22, 23 e 27 do Decreto-Lei no 9.295/46;

Civil: Código Civil – Art. 1.177, trata da responsabilidade

civil do contador.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Deve ser adotada por todas as entidades, independente

da natureza e do porte, na elaboração da escrituração

contábil, observadas as exigências da legislação e de

outras normas aplicáveis, se houver.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

• Princípios de Contabilidade.

• A essência econômica da transação.

• Livros contábeis obrigatórios:

Livro Diário

Livro Razão

• Assinados pelo titular ou representante legal da

entidade e pelo profissional da contabilidade

regularmente habilitado no CRC.

• As demonstrações contábeis devem ser transcritas no

Livro Diário

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

A ESCRITURAÇÃO SERVE DE BASE PARA:

1. Elaborar as demonstrações contábeis;

2. Distribuir lucros;

3. Não pagar imposto de renda se apurar prejuízo fiscal;

4. Compensar prejuízos contábeis e fiscais;

5. Comprovar, em juízo, fatos cujas provas dependam de

perícia contábil;

6. Contestar reclamações trabalhistas, quando as provas

a serem apresentadas dependam de perícia contábil;

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

7. Provar, em juízo, sua situação patrimonial, em questões que

possam existir com herdeiros e sucessores do sócio falecido;

8. Requerer recuperação judicial, por insolvência financeira;

9. Evitar que sejam consideradas fraudulentas as próprias

falências, sujeitando-se seus sócios a penalidades da Lei;

10.Provar, a sócios que se retiram da sociedade, a verdadeira

situação patrimonial da empresa, para fins de restituição de

capital ou venda de participação societária; e

11.Comprovar a legitimidade dos créditos, em caso de impugnação

de habilitações feitas em recuperação judicial ou falência de

devedores.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

a) Classificação segundo a “Lei complementar Nº 123, de 14 de

dezembro de 2006” (Simples Nacional), atualizada a partir de 2012:

Fonte: Simples Nacional, Lei Complementar Federal nº 123 de 14/12/06 e nº 139 de 10/11/11

Porte Simples NacionalFaturamento Anual

Microempresas Até R$ 360 mil

Empresas de

Pequeno Porte

Acima de R$ 360 mil

até R$ 3,6 milhões

DEFINIÇÃO DE EMPRESAS EM RELAÇÃO AO PORTE

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Classificação segundo pronunciamento técnico PME –

NBC T G 1.000:

b) Pequenas e médias empresas são empresas que:

não têm obrigação pública de prestação de contas;

Portanto, elaboram demonstrações contábeis para fins

gerais para usuários externos.

DEFINIÇÃO DE EMPRESAS EM RELAÇÃO AO PORTE

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

c) Grandes Empresas conforme as Leis 11.638/07 e

11.941/09:

Ativo total superior a R$240 milhões e/ou receita bruta

anual superior a R$300 milhões (Lei 11638/07).

Tem obrigação pública de prestar contas.

DEFINIÇÃO DE EMPRESAS EM RELAÇÃO AO PORTE

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Empresas de Grande porte

NBC TG 1 a 46

Normas contábeis completas

+ - 3.000 páginas

PME Pequenas e Médias Empresas

NBC TG 1000

35 seçõesVersão simplificada das

normas completas

+ - 250 páginas

Micro e Empresas de Pequeno Porte

ITG 1000

Versão simplificada da NBC TG 1000

+ - 13 páginas

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E O PORTE DAS EMPRESAS

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS PARA

EMPRESAS QUE SEGUEM A ITG 1000

As Demonstrações Contábeis devem ser identificadas, no

mínimo, com as seguintes informações:

• A denominação da entidade;

• A data de encerramento do período de divulgação e o

período coberto; e

• A apresentação dos valores do período encerrado na

primeira coluna e na segunda, dos valores do período

anterior.

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CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

Obrigatória para as empresas enquadradas na ITG 1000

Local e data

À

EMPRESA DE SERVIÇOS CONTÁBEIS XYZ

CRC n.º XX:

Endereço:

Cidade e Estado CEP

Prezados Senhores:

Declaramos para os devidos fins, como administrador e responsável legal da empresa

<<EMPRESA ABC>>, CNPJ xxxxxxx, que as informações relativas ao período base

<<xx.xx.xx>>, fornecidas a Vossas Senhorias para escrituração e elaboração das

demonstrações contábeis, obrigações acessórias, apuração de impostos e arquivos

eletrônicos exigidos pela fiscalização federal, estadual, municipal, trabalhista e

previdenciária são fidedignas.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

CARTA DE RESPONSABILIDADE DA

ADMINISTRAÇÃO

Também declaramos:

(a) que os controles internos adotados pela nossa empresa são de responsabilidade da

administração e estão adequados ao tipo de atividade e volume de transações;

(b) que não realizamos nenhum tipo de operação que possa ser considerada ilegal, frente

à legislação vigente;

(c) que todos os documentos que geramos e recebemos de nossos fornecedores estão

revestidos de total idoneidade;

(d) que os estoques registrados em conta própria foram por nós avaliados, contados e

levantados fisicamente e perfazem a realidade do período encerrado em 31 de dezembro

de 2012;

(e) que as informações registradas no sistema de gestão e controle interno, denominado

<<SAP, LOGIX, SEM, ETC>>, são controladas e validadas com documentação

suporte adequada, sendo de nossa inteira responsabilidade todo o conteúdo do banco

de dados e arquivos eletrônicos gerados.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

CARTA DE RESPONSABILIDADE DA

ADMINISTRAÇÃO

Além disso, declaramos que não temos conhecimento de quaisquer fatos ocorridos no período

base que possam afetar as demonstrações contábeis ou que as afetam até a data desta carta

ou, ainda, que possam afetar a continuidade das operações da empresa.

Também confirmamos que não houve:

(a) fraude envolvendo administração ou empregados em cargos de responsabilidade ou

confiança;

(b) fraude envolvendo terceiros que poderiam ter efeito material nas demonstrações contábeis;

(c) violação ou possíveis violações de leis, normas ou regulamentos cujos efeitos deveriam ser

considerados para divulgação nas demonstrações contábeis, ou mesmo dar origem ao registro

de provisão para contingências passivas.

Atenciosamente,

.........................................

Administrador da Empresa ABC

Representante Legal

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

NBC TG 1000

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Empresas que não se enquadram como PME

1. companhias abertas – CVM;

2. sociedades de grande porte, Lei nº. 11.638/07 (as

sociedades com ativo total superior a R$ 240 milhões ou

receita bruta anual superior a R$ 300 milhões);

3. as sociedades reguladas pelo Banco Central do Brasil,

Susep, ANS, ANEEL, ANATEL, e outros órgãos reguladores.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Porte Microempresa e Pequeno Porte

Perfil

MicroempresaReceita Bruta Anual até R$ 360.000,00 Pequeno Porte

Receita Bruta Anual acima de R$ 360.000,00 Até R$ 3.600.000,00

Norma Contábil que deve seguir ITG 1000

Plano de Contas Simplificado Obrigatório

Balanço Patrimonial Obrigatório

Demonstração do Resultado do Exercício

Obrigatório

Notas Explicativas Obrigatório

Demonstração dos Fluxos de CaixaNão é obrigatório, mas é incentivado pelo Conselho Federal de Contabilidade

Observação: O critério de classificação das empresas possui exceções, que

devem ser consultadas na legislação vigente.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Demonstrativos Contábeis Obrigatórios

Porte Média

Perfil

a) Não têm obrigação pública de prestação de contas.

b) não são classificadas como microempresa e nem de pequeno porte.

Norma Contábil que deve seguir NBC TG 1000

Balanço Patrimonial Obrigatório

Demonstração do Resultado do Exercício Obrigatório

Notas Explicativas Obrigatório

Demonstração do Resultado Abrangente Obrigatório

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Obrigatório

Demonstração dos Fluxos de Caixa Obrigatório

Observação: O critério de classificação possui exceções, que devem ser

consultadas na legislação vigente.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Demonstrativos Contábeis Obrigatórios

Porte Grande

PerfilReceita Bruta Anual acima de R$ 300 milhões ou Ativos acima de R$ 240 milhões

Normas Contábeis que devem seguir Normas Contábeis Completas

Balanço Patrimonial Obrigatório

Demonstração do Resultado do Exercício Obrigatório

Notas Explicativas Obrigatório

Demonstração do Resultado Abrangente Obrigatório

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Obrigatório

Demonstração dos Fluxos de Caixa Obrigatório

Demonstração do Valor Adicionado Obrigatório

Observação: O critério de classificação possui exceções, que devem ser

consultadas na legislação vigente.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Livro : Contabilidade: com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas

Atualizado pela legislação até fevereirode 2014

Autores: Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos e Prof. Dr. Windsor EspenserVeiga.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Livro :Ética Empresarial: comÊnfaseemMicro,PequenaseMédiasEmpresas

Políticas de Responsabilidade Social em Cinco Dimensões:

Sustentabilidade, Respeito à Multicultura, Aprendizado Contínuo,

Inovação e Governança Corporativa

Page 37: Recuperação judicial seminário_legale_30_mai2015

São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Obrigado.

Prof. Leandro [email protected]

OBRIGADO

Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos

[email protected]

Page 38: Recuperação judicial seminário_legale_30_mai2015

São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

Prof. Ricardo Braz Filho

Elementos históricos, processuais do diferimento do

plano de recuperação judicial

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

DEC. LEI 7661/45

(CONCORDATA)

LEI 11.101/05

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

CREDITOS QUE NÃO ENTRAM NA RECUPERAÇÃO JUDUCIAL

1. Créditos Posteriores ao pedido de Recuperação Judicial;

2. Créditos Tributários;

3. Créditos do Art. 49, § 3º;

i. PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA;

ii. ARRENDAMENTO MERCANTIL;

iii. COMPRA E VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO;

iv. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL COM CLÁUSULA DEIRREVOGABILIDADE OU IRRETRATABILIDADE.

4. Adiantamento de Contrato de Câmbio – ACC.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

CRÉDITOS QUE ENTRAM NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL:

•Trabalhista e Acidente de Trabalho;

•Com garantia Real;

•Privilégio Especial;

•Privilégio Geral;

•Crédito Quirografário;

•Subordinados.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

REQUISITOS PARA SE PEDIR UMA RECUPARAÇÃOJUDICIAL (ART.48 DA LEI 11.1101/05):

1) Somente o devedor pode pedir recuperação judicial;

2) O devedor tem que ser Empresário/Sociedade;Empresária ou Eireli, que esteja em atividade regularhá mais de 2 anos;

3) Não ser falido e se já o foi ter suas obrigaçõesdeclaradas extintas por sentença;

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

4) Não ter há menos de 5 cinco anos obtido concessãode recuperação judicial;

5) Não ter a menos de 8 anos obtido concessão derecuperação judicial com base em plano especial;

6) Não ter sido condenado por crime falimentar.

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

I - PETIÇÃO INICIAL

Dizer que está em crise;

Demonstrar as causas concretas da crise;

Demonstrativos contábeis dos últimos três exercícios sociais;

Relação de credores; e

O juiz verificar se a petição inicial preencheu os Requisitos do Art. 51.

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II - Despacho de processamento

Nomeação do administrador Judicial

Suspensão de todas as ações/execuções contra o devedor →6º § 4ª → 180 dias Improrrogável

•Exceções: Ações que não são suspensas.

Ações fiscais → Art. 6º § 7º

Ações que demandarem quantia ilíquida → Art. 6º § 1º

Ações Trabalhistas → Fase de Conhecimento

→ Fase de Execução

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III – EDITAL

→ Despacho de Processamento

+

→ Relações de Credores/ Já apresentado na Inicial

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IV – PLANO

•A) Prazo Improrrogável de 60 dias, contados daPublicação da Decisão que deferiu o processamento.

•B) Meios: Modalidades de Superação de Crise Art. 50 (éum rol exemplificativo) há uma liberdade ao fazer oplano de Recuperação Judicial.

•Liberdade com Limitação: Art. 54 da Lei 11.101/05

•Crédito Trabalhista/ acidente de Trabalho não pode terprazo superior a 1 ano para pagamento dos créditosderivado da legislação Trabalhista.

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V – Habilitação de Crédito:

•Prazo Art. 7º, § 1º - Será de 15 dias contados do Edital;

•Administrador judicial 45 Nova relação de Credores;

•VI – OBJEÇÃO – Art. 7º, § 2º - é o instrumentoprocessual utilizado pelo credor para rejeitar o plano deRecuperação judicial – Art. 55 da lei é de 30 dias,contados.

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• VII – APROVAÇÃO DO PLANO:

• Se passou o prazo de 30 dias da Objeção e não houve Objeção:

• Apresentado Objeção (art.56) → Convocar uma (A.G.C):

• VIII – DECISÃO CONCESSIVA

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OBRIGADO

Prof. Ricardo Braz Filho

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Prof. Msc. Jadilson Vigas

Aspectos Tributários na Recuperação Judicial

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Seria possível o sobrestamento

(suspensão) das ações de execução

fiscal durante o processo de

recuperação judicial?

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O artigo 6º da Lei de Recuperação Judicial, em seu

parágrafo 7º, diz que ipsis litteris:

“(...) as execuções de natureza fiscal não são suspensas

pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a

concessão de parcelamento nos termos do Código

Tributário Nacional e da legislação ordinária

específica”.

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Por sua vez, o extremamente criticado artigo 57 doreferido diploma legal, assim assevera:

”(...) após a juntada aos autos do plano aprovado pelaassembleia-geral de credores ou decorrido o prazoprevisto no art. 55 desta lei sem objeção de credores, odevedor apresentará certidões negativas de débitostributários nos termos dos arts. 151, 205, 206 da lei nº5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código TributárioNacional”.

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Temos, portanto, que após a juntada do plano de

recuperação aprovado pela assembleia geral de

credores ou mesmo que após decorrido o prazo legal

para que sejam feitas eventuais objeções, a empresa

solicitante do favor legal (Recuperação Judicial), deverá

acostar aos autos, certidões negativas de débitos

tributários, o que, no nosso sentir, parece descabido e

até mesmo - do ponto de vista lógico – incoadunável.

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Na leitura atenta do dispositivo acima, concluímos,

sem a menor sombra de dúvidas, que tal exigência é

severamente árdua para as pretensões da empresa que

almeja a Recuperação Judicial. Diríamos até mesmo que,

põe em risco todo o Instituto Recuperatório.

É muito comum que toda e qualquer empresa que

busca o favor legal, evidentemente, está em crise

econômica e, por conseguinte, inadimplente com as

obrigações tributárias. Não é, sequer ao longe, razoável tal

exigência.

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Por outro lado, o artigo 68 da Lei nº 11.101, de 09

de fevereiro de 2005 – Lei de Recuperação Judicial,

determina que:

“ As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS poderão deferir, nos termos da legislação

específica, parcelamento de seus créditos, em sede de

recuperação judicial, de acordo com os parâmetros

estabelecidos na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de

1966 – Código Tributário Nacional”.

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Também entende-se, de maneira pacífica, que as

dívidas tributárias não estão abrangidas pela recuperação

judicial, portanto, não sofrem os seus efeitos.

Muito embora a Lei de Recuperação judicial não

seja específica no sentido de afastar a incidência dos

débitos tributários, pois não encontramos nenhum

dispositivo particular que diga expressamente que eles

estão excluídos do processo de recuperação.

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Quando o juiz verifica que estão presentes todos osrequisitos legais para a recuperação judicial, ele manifesta-se no sentido de determinar o processamento do pedido,vale dizer, autoriza que o processo siga o seu curso normal,para a posterior apresentação do plano de recuperaçãojudicial e sua eventual aprovação ou reprovação.

Ao assim agir, uma das consequências imediatas doseu despacho, é determinar que TODAS as execuçõescontra o devedor sejam SUSPENSAS, ressalvando osdébitos tributários.

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Utilizando-se de uma mínima razoabilidade, omagistrado deverá dispensar a apresentação de taiscertidões e o processo de recuperação judicial seguirá oseu normal processamento.

É o que vem comumente ocorrendo, pois, se assimnão fosse, não faria sentido tal instituto permanecer,baseado também numa exigência ilógica.

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Prof. Msc. Madson Holanda

Desconsideração da personalidade jurídica, extensão

da falência e teoria ultra vires

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• FÁBIO KONDER COMPARATO:

“(…) Se se quiser indicar uma instituição social que, pelasua influência, dinamismo e poder de transofrmação,sirva como elemento explicativo e definidor dacivilização contemporânea, a escolha é indubitável: essainstituicão é a EMPRESA.” (COMPARATO, P.3, 1990)

EMPRESA = (ORGANIZAÇÃO, PESSOA JURÍDICA, FIRMA,NÚCLEO PRODUTIVO, ENTIDADE, NÃO AFETAÇÃOPATRIMONIAL, ENTRE OUTROS).

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OBJETO SOCIAL DA EMPRESA

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ALINHAMENTO TOTAL

OBJETO SOCIAL DA EMPRESA

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A consideração da personalidade jurídica é uma ficçãolegal criada para distinguir e separar os sócios/acionistasde determinada sociedade empresária, da qual fazemparte, dando ensejo ao princípio da autonomiapatrimonial.

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CONTABILIDADE

POSTULADOS: CONTINUIDADE E ENTIDADE)

A ENTIDADE SURGE COM O SEU REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL, POR

MEIO DO ESTATUTO, CONTRATO SOCIAL, CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO

EMPRESARIAL.

INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL (ART. 997, Inciso III)

LIVRO DIÁRIO (OBRIGATÓRIO)

LIVROS FISCAIS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

BALANÇO PATRIMONIAL

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GOVERNANÇA CORPORATIVA

1.0 OUTORGA DE PODER (CONFLITO DE AGÊNCIA);

2.0 PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA;

2.1 PRESTAÇÃO DE CONTAS;

2.2 RESPONSABILIDADE CORPORATIVA;

2.3 EQUIDADE;

2.4 TRANSPARÊNCIA.

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De acordo com o disposto no artigo 997, do CC-2002, asociedade constitui-se mediante contrato escrito,particular ou público.

Posto isto, é possível afirmar que elas nascem com oregistro na Junta Comercial (Sociedade Empresária) oupelo registro no Cartório de Registro Civil de PessoasJurídicas (Sociedade Simples) dos seus atosconstitutivos.

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A desconsideração, no contexto trazido à baila, quer dizer

ignorar, não levar em conta. Assim, desconsiderar a

personalidade jurídica significa não levar em conta essa

distinção criada pela ficção legal.

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TEORIA DOS ATOS “ultra vires"

Atos praticados pelos sócios: ACIONISTAS E COTISTAS

(QUOTISTAS), administradores, controllers, Contadores,

Diretores, entre outros que detenham outorga de poder.

Atos estranhos aos limites do objeto social, com desvio de

finalidade ou abuso de poder.

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Caracterização de abuso de poder de

controle e responsabilidade dos sócios ou

administradores

(Lei 6.404/76, art. 89, art. 117, 158):

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Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de atoregular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder:

I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;

II - com violação da lei ou do estatuto.

§ 1º O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros administradores, salvo se com eles for conivente, se negligenciar em descobri-los ou se,

deles tendo conhecimento, deixar de agir para impedir a sua prática. Exime-se de responsabilidade o administrador dissidente que façaconsignar sua divergência em ata de reunião do órgão de administração ou, não sendo possível, dela dê ciência

imediata e por escrito ao órgão da administração, no conselho fiscal, se em funcionamento, ou à assembléia-geral.

§ 2º Os administradores são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por

lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles.

§ 3º Nas companhias abertas, a responsabilidade de que trata o § 2º ficará restrita, ressalvado o disposto no

§ 4º, aos administradores que, por disposição do estatuto, tenham atribuição específica de dar cumprimento àqueles deveres.

§ 4º O administrador que, tendo conhecimento do não cumprimento desses deveres por seu predecessor, ou pelo administrador competente nos termos do § 3º, deixar de comunicar o fato a assembléia-geral, tornar-se-á por ele solidariamente responsável.

§ 5º Responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto.

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QUESTÃO IMPORTANTE!!!!!

A RECUPERAÇÃO JUDICIAL NÃO ABRANGE OSCONSÓRCIOS ENTRE EMPRESAS.

HÁ POSSIBILIDADE DE FUNGIBILIDADE DO CONSÓRCIOENTRE EMPRESAS PARA UMA SOCIEDADE ANÔNIMAPARA REQUERER A RECUPERAÇÃO JUDICIAL?

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Prof. Leandro Esperança Faccini

Registro, liquidação, negociação de ativos e títulos

em face do significativo aumento dos pedidos de

recuperação judicial

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AGENDA

i. Ambientes;

ii. Funcionamento dos ambientes;

iii. Autorregulação e governança;

iv. Produtos (títulos);

v. Legislação;

vi. Relação dos ambientes com a recuperação judicial;

vii. O que acontece com os títulos e com as ações?; e

viii. Conclusão.

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Os ambientes onde os ativos são registrados, custodiados e negociados

A Cetip é a integradora do mercado financeiro.

Companhia de capital aberto que oferece serviços deregistro, central depositária, negociação e liquidação deativos e títulos. < CTIP3 >

A BM&F Bovespa administra mercados organizados tvm.

Companhia de capital aberto que oferece serviços denegociação de ações, contratos derivativos referenciadosem ações, índices, taxas entre outros. < BVMF3 >

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História, IPO e valorização da açãoGráfico ação CTIP3 nos últimos 5 anos

Fonte: www.exame.abril.com.br/mercados/cotacoes-bovespa

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Funcionamento

A Cetip atua como câmara de registro, depósito, negociação e liquidaçãode títulos e valores mobiliários. A Cetip atua de acordo com as normasaplicáveis da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e do Banco Central.

Governança corporativa

Autorregulação – área independente que fiscaliza e supervisiona asoperações e o mercado, para verificar se as atividades que ocorrem emseus ambientes estão dentro das normas.

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Segurança e Tecnologia

Informação como principal ativo

A Cetip investe constantemente em novas tecnologias para oferecersegurança, confiabilidade e eficiência às operações financeiras.

O papel da Cetip

Milhões de pessoas físicas são beneficiadas todos os dias por produtos eserviços prestados pela companhia como processamento de TEDs eliquidação de DOCs, além de registro de CDBs e títulos de Renda Fixa, eserviço de entrega eletrônica das informações necessárias para o registrode contratos e anotações dos gravames pelos órgãos de trânsito.

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Produtos e Plataformas

Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez,segurança e transparência para as operações financeiras, contribuindopara o desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade brasileira.

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Instituições Participantes

Cetip integra empresas do mercado financeiro brasileiro

Instituições participantes abrangem universo amplo e extremamenterepresentativo do mercado de capitais.

Fonte: www.cetip.com.br

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Principais títulos registrados, custodiados e liquidados naCetip

Certificados de Depósito Bancário – CDB;

Depósitos Interfinanceiros – DI;

Letras de Câmbio-LC, Letras Hipotecárias – LH;

LCA – Letras de Crédito do Agronegócio;

CCI - Cédula de Crédito Imobiliário;

Debêntures; e

COE – Certificado de Operações Estruturadas;

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COE – Certificado de Operações Estruturadas

O COE é um novo investimento que passa a ser disponibilizado aomercado brasileiro. É instrumento inovador e flexível, que mesclaelementos de Renda Fixa e Renda Variável.

Traz ainda o diferencial de ser estruturado com base em cenários deganhos e perdas selecionadas de acordo com o perfil de cada investidor. Éa versão brasileira das Notas Estruturadas, muito populares na Europa enos Estados Unidos.

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Legislação

Em razão da repercussão negativa no sistema financeiro nacional daquebra de uma instituição financeira, foi criada em 1974 uma legislaçãoespecífica para tratar da intervenção e da liquidação extrajudicial das IFs, aLei nº 6.024.

Porém, a Lei 11.101/05 é utilizada de forma subsidiária, para suprireventuais lacunas na Lei 6.024/74.

Lei n.º 11.101/05 Lei n.º 6.024/74

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Legislação

A decisão da decretação ou não da liquidação extrajudicial compete ao

Banco Central que, decide sobre a gravidade dos fatos determinantes da

liquidação extrajudicial, considerando as repercussões deste sobre os

interesses dos mercados financeiro e de capitais, (podendo, em lugar da

liquidação, efetuar a intervenção, se julgar esta medida suficiente para a

normalização dos negócios da instituição e preservação daqueles

interesses).

“Lei 6.024/74, art . 1º As instituições financeiras privadas e as públicasnão federais, assim como as cooperativas de crédito, estão sujeitas,nos termos desta Lei, à intervenção ou à liquidação extrajudicial, emambos os casos efetuada e decretada pelo Banco Central do Brasil...”

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Possibilidade de inclusão no plano de recuperação judicial os créditosfinanceiros excluídos pelo art. 49, §§3° e 4º da Lei 11.101/05.

Leasing, como exemplo mais comum.

Bens essenciais, como sede, maquinários e veículos, não devem ser

retirados da posse da empresa durante o processo recuperação judicial,

disto decorre que os contratos de alienação fiduciária, até para que

possam ser honrados, precisam constar da lista de credores final,

submetida ao plano de recuperação judicial.

Por que essa dívida deve fazer parte do processo de recuperação judicial?

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Empresas envolvidas na operação lava jato que entraram com pedido derecuperação judicial após as denúncias e investigações:

i. Inepar

ii. Jaraguá

iii. Alumini

iv. Galvão Engenharia

v. OAS

vi. Schahin

Fonte: Folha de São Paulo, matéria de Renata Agostini 17/04/2015.

A Schahin protocolou o pedido derecuperação judicial no dia 17 de abril de2015 na 2ª vara de falências e recuperaçãojudicial de São Paulo.

O grupo tem aproximadamente 12 bilhõesem dívidas e optou incluir cerca de 6,5bilhões no processo.

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O que acontece com os títulos das Cias. durante a recuperação judicial?

Podemos traçar um paralelo com que tem acontecido no judiciário com oscontratos de arrendamento mercantil (leasing) para falar da maneira comoa Cetip procede com os títulos de empresas em recuperação judicial.

Os títulos permanecem livres para a negociação.

Podem ser liquidados em favor dos credores com determinação judicial,mas assim com máquinas, equipamentos e veículos são necessários paraum determinado seguimento, como uma fábrica ou transportadora porexemplo, os títulos são ativos que poder ser liquidados para o pagamentoaos credores ou fazem parte do negócio da instituição financeira.

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O que acontece com as ações das Cias. durante a recuperação judicial?

Quando uma empresa apresenta o pedido de recuperação judicial, as

negociações de suas ações são suspensas na BM&Fbovespa por um

período determinado pelo juiz do processo.

Como já vimos em alguns slides dessa apresentação, o objetivo da

recuperação judicial é reestabelecer o equilíbrio financeiro da empresa,

motivo pelo qual depois de todo o levantamento das condições da

empresa e comunicado ao mercado, o juiz concede a autorização para que

as ações voltem a ser negociadas.

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Conclusão

Pode-se afirmar que a Autorregulação praticada na Cetip e o elevado nívelde governança corporativa exigido pela BM&FBovespa colaboram com atransparência e dificultam ações fraudulentas ou impensadas,contribuindo para redução dos índices de pedidos de recuperação judicial.

Entretanto, esses ambientes estão preparados para cuidarem dos ativosdas Cias. e não de seus passivos.

Continua sendo de responsabilidade dos Administradores a tomada dedecisões equilibradas para que não levem as empresas a um processo derecuperação judicial.

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Prof. Msc. R. Maurício Costa

Governança corporativa, compliance em face da

responsabilidade do profissional contábil

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CABEÇA DO CONTADOR

RESOLVE PROBLEMAS

PREVINE PROBLEMAS

ESTADO DA ARTE...FUTURO

CONTROLE

PLANEJAMENTO

INOVAÇÃO

Capacidade técnica

Capacidade técnica

exposiçãopostura

PerenidadeCONTINUIDADE

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Governança Corporativa

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O termo compliance significa agir de acordo com uma

regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido.

Compliance

Estar em “compliance” é estar dentro das leis e

regulamentos externos e internos.

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Seminário - Recuperação judiciale seus efeitos contábeis e jurídicos

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São Paulo, 30 de maio de 2015.

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• “Fraudes ocorrem quando as práticas contábeis adotadas não estão em conformidade com os princípios geralmente aceitos”

DECHOW, Patricia M., SKINNER, Douglas J. Earnings management: reconciling the views of Accounting academics, practitioners, and regulators. Accounting Horizons, v.14, n.2, p.235, 2000.

FRAUDES

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FRAUDES

Fatores facilitadores Ausência de controles e procedimentos internos

Existência de pessoas de má índole e conduta questionável

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Erro clássico

Critério Confiança

No limite a tomada de decisão é sempre a favor!!“Conflito de interesse”

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Teoria da Reciprocidade“ Você está me devendo uma”

Teoria da EscassezAlega que uma determinada oportunidade é por tempo muito limitado”

Algumas teorias

Teoria da Autoridade Muitas pessoas ficam cegas quando pensam estarem lidando comautoridades. Por isso os golpistas muitas vezes alegam seremligados a órgãos ou entidades públicas que lhe conferiram poder, ouse apresentavam com altos cargos.

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Autenticação por associação :Consiste em fazer alguma documentação parecer autêntica, mesmo não

a sendo, através da associação ou apresentação conjunta com outrosdados confiáveis ou comprovadamente autênticos.

Teoria da Prova Social:Muitos golpistas alegam (sem fornecer provas convincentes) que o que

eles estão propondo já foi feito por muitas pessoas ou empresas, criando

assim a ideia implícita que a coisa deve ser boa se tantos assim a

fizeram supostamente com sucesso.

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Teoria da Fixação em Fantasias:Esta tática visa fazer com que a vítima fique tão fixada em umdeterminado "prêmio" que acabe perdendo a capacidade de pensarobjetivamente. Por isso o golpista insistirá em evidenciar econcentrar a atenção sobre os supostos grandes benefícios queesperam a vítima.

Mercado pouco reguladoIneficiência das leis, incerteza da pena, incerteza jurídica, sistema

financeiro evoluído, existência de inúmeras oportunidades, pouca

fiscalização, pouca organização das autoridades em nível nacional,

desrespeito as leis sendo visto como comportamento comum (inclusive em

função dos exemplos em nível de governo).

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Fraudes Internas

São as fraudes aplicadas por funcionários:

i. Descontos excessivos ou indevidos a clientes;

ii. Descontos de fornecedores não repassados à empresa;

iii. Desvio de clientes ou negócios da empresa para outra entidade

(própria ou de terceiros); e

iv. Concessões e benefícios em favor de "amigos" ou outros tipos de

conflito de interesses.

TIPOS DE FRAUDES NAS EMPRESAS

Fraudes Externas

Qualquer tipo de fraude que não seja interna, aplicada por clientes,

prestadores de serviço, ou qualquer agente externo. Neste tipo de

fraude podemos citar sinistros fraudulentos para o recebimento da

indenização de uma seguradora,utilização indevida do nome e marca de uma companhia, dentre outros.

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Obrigado.

Prof. Leandro [email protected]

OBRIGADO

Prof. Msc. R. Maurício Costa

[email protected]

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Prof. Leandro Esperança Faccini

IFRS - Normas internacionais e sua relevância no

plano de recuperação judicial

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AGENDA

i. História recente das IFRS no Brasil;

ii. Como as IFRS tratam a recuperação judicial?

iii. CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes;

iv. CPC 46 Mensuração do Valor Justo;

v. Destaque dos CPCs 25 e 46 no processo de recuperação judicial;e

vi. Conclusão.

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História recente das IFRS no Brasil

As primeiras normas internacionais, então conhecidas como IASs(International Accounting Standard), foram emitidas em 1973, mas amovimentação global para a adoção do IFRS iniciou somente depois doescândalo da Enron, em 2002, com a constatação de que uma normabaseada em princípios seria mais fiel à realidade econômica de transaçõesdo que normas baseadas em regras rígidas.

Fonte: Paper PwC

IFRS e CPCs – A nova contabilidade brasileira

Impactos para o profissional de RI – Outubro de 2010

IFRS - International Financial Reporting Standards

Emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)

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História recente das IFRS no Brasil

As mudanças nas normas brasileiras começaram com a sanção da Lei nº

11.638/07. Essa lei estabeleceu três pontos fundamentais para o processo

de convergência ao IFRS:

i) Conferiu à CVM a autoridade de estabelecer normas contábeis no Brasil.

Antes as normas contábeis eram estabelecidas pelas leis. Como uma lei só

pode ser alterada por outra lei, qualquer mudança regulatória constituía

um longo e burocrático processo que poderia levar anos para ser

concluído. Em um ambiente em que os mercados mudam com muita

velocidade, sua regulamentação precisa ser igualmente célere.

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História recente das IFRS no Brasil

ii) Estabeleceu que a CVM, ao regulamentar normas contábeis, deveria

garantir que estas estejam em conformidade com as normas

internacionais de contabilidade: as IFRS.

iii) Facultou à CVM a possibilidade de firmar convênio com entidade

independente que a assessorasse no processo técnico de regulamentação

contábil – concretizado pelo convênio que a CVM firmou com o CPC.

Fonte: Paper PwC

IFRS e CPCs – A nova contabilidade brasileira

Impactos para o profissional de RI – Outubro de 2010

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Como as IFRS tratam a recuperação judicial?

Não há uma norma específica para tratar de recuperação judicial.

A recuperação judicial é um processo no qual o principal objetivo é tentar

evitar a falência da empresa, logo, em se tratando do negócio das

empresas a Contabilidade se faz presente e fundamental nesse processo.

Há CPCs mais relevantes quando do processo de recuperação judicial e eu

destaco os pronunciamentos técnicos 25 e 46 como dois deles.

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CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer que sejam

aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados

a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada

informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários

entendam a sua natureza, oportunidade e valor.

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CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Provisão

Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada)como resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos queincorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

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CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Passivos Contingentes

(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cujaexistência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou maiseventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que nãoé reconhecida porque:

(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícioseconômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou

(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficienteconfiabilidade.

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CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Ativos Contingentes

São ativos possíveis que resultam de eventos passados e cuja existência

será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos

futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.

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CPC 46 Mensuração do Valor Justo

Definição

Este Pronunciamento define valor justo como o preço que seria recebido

pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um

passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na

data de mensuração.

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CPC 46 Mensuração do Valor Justo

Objetivo

O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma

mensuração específica da entidade. Para alguns ativos e passivos, pode

haver informações de mercado ou transações de mercado observáveis

disponíveis e para outros pode não haver.

Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos é o

mesmo – estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para

vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do

mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado.

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Por que os CPCs 25 e 46 foram destacados nessa pesquisacomo importantes no processo de recuperação judicial?

Exatamente pela relevância dessas normas no tratamento das dívidasconhecidas (presentes) e das conhecidas ou esperadas (futuras), ascontingências passivas, tratadas pelo CPS 25.

Tão importante quanto identificar e registrar adequadamente os passivosdas Cias., a mensuração inicial e as mensurações subsequentes devem serfeitas de maneira que o valor dos passivos represente fielmente o valor aser pago por sua liquidação.

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Conclusão

Como a recuperação judicial é um processo baseado na negociação, onde

credores e devedores buscam as condições possíveis e que acreditam ser

razoáveis para a retomada das operações, todos os livros contábeis são

analisados e utilizados como base para a projeção do plano financeiro

(também operacional) para que a empresa saia do vermelho.

Neste contexto, a correta aplicação dos CPCs 25 e 46 será fundamental

para determinar a estratégia a ser adotada para projeção do plano

financeiro de recuperação.

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Obrigado.

Prof. Leandro [email protected]

OBRIGADO

Prof. Leandro Esperança Faccini

[email protected]

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Agradecemos a presença de todos e o interesse pelo assunto

proposto para o seminário.

Fica aqui um agradecimento especial aos Coordenadores, pela

iniciativa e coordenação do evento, a Faculdade Legale e seus

colaboradores por viabilizarem o seminário e aos professores que se

dedicaram para elaboração das palestras.

ENCERRAMENTO

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Obrigado.

Prof. Leandro [email protected]

OBRIGADO

Coordenação

Prof. Msc. Jadilson Vigas

Prof. Msc. Madson Holanda