recuperação judicial - apostila - governo federal

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7/30/2019 recuperação judicial - apostila - governo federal http://slidepdf.com/reader/full/recuperacao-judicial-apostila-governo-federal 1/50 Braíia, 2011 RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESAS GUIA PRÁTICO

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Braíia, 2011

RECUPERAÇÃOJUDICIAL DE

EMPRESAS

GUIA PRÁTICO

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Secretaria de Reforma do Judicirio

Endereco: Esplanada dos Ministérios, Bloco T, 3o Andar, Sala 324Cep 70.064-900, Brasilia – DF, Brasil.Fone: 55 61 2025-9119Correio eletrônico: [email protected]: www.mj.go.br/reformaDistribuição gratuita

Primeira Edição – Tiragem: 1.000 eemplares

Capa e Diagramação: Luís Henrique Lima e Ednilson Mendes(Conselho Federal de Administração)

Ilustração de Capa: Istockphoto

Reisão: Paola Bello

Impressão: Grao Papers

Redação e organização: Adm. Aleandre Uriel Ortega Duartee Luis Claudio Montoro Mendes

Pesquisa: Adm. Nuria Nagawa SampaioColaboracao e reisao: Aleandre Gualter Sarmento Aline Alencar PereiraCarolina Merizio Borges de OlindaMarcelo Augusto de Caralho FolegoMauricio Amaro da SilaEstagirios:

Christiane Nascimento Sousa ReisFrancine Nobrega Jonatas de Moura LeiteKarina de Souza Calisto

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INSTITUTO RECUPERA BRASIL - IRB

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

SECRETARIA DE REFORMA DO JUDICIáRIO

MINISTÉRIO DO DESENvOLvIMENTO,INDúSTRIA E COMÉRCIO ExTERIOR - MDIC

SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERvIÇOS

CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃOCONSELHOS REGIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO

CFA/CRAsSISTEMA 

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Sumário

RelevânCIA dA leI 11.101/2005 ............................................................... 7

RelevânCIA dA AdmInIsTRAçãOe dO AdmInIsTRAdOR ............................................................................... 9

CARTIlhA PRÁTICA e ORIenTATIvA ......................................................... 13

ReCUPeRAçãO de emPResAs ................................................................. 15

ReCUPeRAções JUdICIAl e exTRAJUdICIAle emPResAs ............................................................................................. 19

vAnTAGens e desvAnTAGens ................................................................ 21

meIOs e óRGãOs dA ReCUPeRAçãO JUdICIAl ...................................... 23

QUem POde ReQUeReR A ReCUPeRAçãO JUdICIAl ............................... 25

COmO fUnCIOnA O PROCessO deReCUPeRAçãO JUdICIAl .......................................................................... 27

COmO deve PROCedeR O emPResÁRIO-devedORnO PROCessO de ReCUPeRAçãO JUdICIAl ............................................ 31

PlAnOs de ReCUPeRAçãO JUdICIAlORdInÁRIO esPeCIAl PARA me e ePP ..................................................... 33

AsPeCTOs COnTÁBeIs e eCOnômICO-fInAnCeIROsdA leI de ReCUPeRAçãO JUdICIAl ......................................................... 35

CRImes fAlImenTARes ........................................................................... 43

GlOssÁRIO ................................................................................................ 45

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Relevância da Lei 11.101/2005

 A Lei 11.101/2005 - Lei de Recuperação de Empresas e Falência,marco regulatório do sistema concursal brasileiro, é tema de superiorimportância na noa ordem social brasileira. Ela busca a solução deconflitos priados, salaguarda empresas e procura dar especial aten-ção a finalidade social, manutenção de empregos, sustentabilidadeeconômica e geração de riquezas ao País.

Este Guia é colocado à disposição de todos os que necessitam de es-clarecimentos sobre recuperação de empresas, quer judicial ou etra- judicialmente. Tem a pretensão de clarificar conceitos e tornar a Lei11.101/05 acessíel a todos os que dela queiram fazer uso consciente.

 A idealização deste Guia surgiu a partir da iência prtica e da cons-tatação de que grande parte dos que se utilizam desta norma encon-

tram dificuldades em compreendê-la. Trata-se de uma Lei multidisci-plinar, repleta de conceitos técnicos, jurídicos e financeiro-contbeis,que merecem ser abordados de tal forma que donos de micro e pe-quenas empresas entendam seus negócios. Assim, possam garantir,com eficiência e eficcia, o processo de recuperação da empresa e ahonra de seus compromissos financeiros, negociando com credores emoldando um plano de recuperação factíel, oltado ao cumprimentode sua função social.

Este Guia em ao encontro dos anseios da sociedade, tendo comoescopo dois pontos principais. O primeiro d ciência aos que da Leise utilizam, ou que a queiram utilizar, de que a normatização recu-peracional propicia meios para recuperar as empresas que atraessamperíodos de dificuldades. O segundo é demonstrar de forma clara,como se desencadeia o procedimento de recuperação, eplicandocada passo e orientando como fazê-lo.

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ReCUPeRAçãO JUdICIAl de emPResAs

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Com este Guia, espera-se orientar e esclarecer o maior nmero pos-síel de pessoas, leando o conhecimento técnico adquirido no dia

a dia da aplicação da Lei 11.101/2005 em todo o País. Este materialsintetiza o esforço do Ministério da Justiça, por meio da Secretariade Reforma do Judicirio, do Ministério do Desenolimento, Comér-cio e Indstria, por meio da Secretaria de Comissão e Seriços e doDepartamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas, do ConselhoFederal de Administração, do Instituto Recupera Brasil ( IRB) e dosoperadores da Lei, que dedicam este Guia a todos os brasileiros.

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GUIA PRÁTICO e ORIenTATIvO

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Relevância da Administração

e do Administrador Administração é toda a tomada de decisão, sobre recursos disponíeis,que trabalha com e atraés de pessoas para atingir objetios. Caracte-riza-se pelo gerenciamento de uma organização, leando em conta asinformações fornecidas por outros profissionais, pensando preiamen-te nas consequências de suas decisões.

Dentro das características primordiais da Administração eistem o pla-nejamento, a organização, a direção e o controle. A partir desse en-tendimento, é possíel definir suas principais funções:

a) fiar objetios;b) analisar e conhecer os problemas;c) solucionar os problemas;d) organizar e alocar os recursos - tanto financeiros,

quanto tecnológicos e humanos;e) liderar - comunicando, dirigindo e motiando

as pessoas;f) negociar;g) tomar decisões;h) controlar - mensurando e aaliando.

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O bom desempenho da administração depende de um Administradorprofissional capacitado, que tenha isão holística sobre cada departa-

mento da organização – característica que o torna apto a tomar deci-sões a partir de uma isão sistêmica e global da situação que adminis-tra, como nos mostra o fluograma a seguir:

RECURSOS MATERIAIS• Aiitrao a Prouo• PROdUçãO

RECURSOS FINANCEIROS• Aiitrao fiacira• f I n A n ç A s

RECURSOS HUMANOS• Aiitrao Poa• P e s s O A l

RECURSOS ADMINISTRATIVOS• Aiitrao Gra• e m P R e s A

RECURSOS MERCADOLÓGICOS• Aiitrao mrcaogica•m e R C A d O

Nos casos específicos dos quais trata a Lei 11.101/2005, para que setenha um processo eficiente e eficaz, tanto da parte da empresa quan-to da parte da fiscalização (Administrador Judicial), são necessriosconhecimentos multidisciplinares, em especial sobre funcionamentoda organização, finanças, cenrios econômicos, dentre outros.

 A Administração é resultado de um processo de formação que pas-sa por diersas reas, desde eatas, como Matemtica, até humanas,

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como Filosofia. Cada ez mais essa ciência adquire importância naformação de profissionais para estruturar e impulsionar o funciona-

mento dos mais diersos setores das organizações. Uma ez que asempresas adquirem crescente compleidade e tamanho na economiade mercado, é essencial que haja profissionais com competência paraadministr-las, adicionando alor diante do mercado financeiro, bus-cando entender e sistematizar a administração do capital, fator essen-cial na economia atual.

 A Administração, portanto, é um dos pilares do processo de recupe-

ração de empresas. Ao mesmo tempo, é um dos motios principaisque as leam a enfrentar problemas, seja na administração, seja naprofissionalização da estrutura organizacional, na falta de capacitaçãoespecífica para atuar na administração da empresa, nos ícios decor-rentes de empresas familiares com estilo de gestão ultrapassado, ouem outros motios.

 Atualmente, o Administrador desempenha papel de etrema respon-

sabilidade, fundamental dentro da organização. É ele quem dar segu-rança e total transparência aos pilares do processo de recuperação deempresa ou de falência. Cabe ao Administrador orientar para o prepa-ro e enio de demonstrações contbeis e financeiras aos credores, iabalancete de erificação juntado aos autos, além da própria conduçãogerencial da empresa, que ser acompanhada a todo tempo por um Administrador Judicial, pessoa de confiança do Juízo.

Tornar-se um profissional responsel não é tarefa fcil. Essa é umadas preocupações do Conselho Federal de Administração (CFA), que,por meio do Manual de Responsabilidade Técnica do Administrador,estabelece regras a serem seguidas na condução da profissão. Nessesentido, entende-se como necessrio que o Administrador tenha ple-na consciência das mudanças ocorridas, assim como das eigências domercado. Dessa forma, conseguir desempenhar seu papel com ob- jetiidade, competência, ética, probidade, confiabilidade, profissiona-

lismo, diligência, conhecimento do cliente e do mercado, eficiências,conhecimento técnico, zelo, honestidade e transparência.

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Cartilha prática e orientativa

viemos em uma sociedade capitalista, com forte economia de mer-cado, que aloriza a iniciatia priada em todos os seus aspectos.Durante as tomadas de decisões e ações, não são admitidos erros,tanto de ordem administratia quanto gerencial ou financeiro-cont-bil. Nesse sentido, a atiidade econômica das empresas não tem semostrado adequadamente preparada para fazer frente às eigênciasdo mercado, cada ez mais globalizado. Por ezes, o mau uso daempresa deia sequelas.

 A Lei 11.101/2005 - Lei de Recuperação de Empresas e Falência, eioem substituição ao antigo Decreto-Lei 7.661/1945 - Lei de Falências eConcordatas. Ela oferece mais transparência em seus procedimentos,bem como maior controle do processo por parte dos stakeholders (for-necedores, acionistas, goerno, etc.). Também permite que aquelesque tieram insucesso no eercício de sua atiidade econômica pos-sam resgatar sua credibilidade e recuperar suas empresas, econômica

e financeiramente, assegurando equilíbrio nas relações jurídico-eco-nômicas e contribuindo para o fortalecimento da economia.

 A norma técnica possui diersos mecanismos e ferramentas para o so-erguimento da empresa. Porém, eles precisam ser eercitados com efi-ciência e eficcia por profissionais especializados e multidisciplinares.

 A Lei atual eige o acompanhamento dirio da empresa. Esse acom-

panhamento pode ser erificado atraés de relatórios mensais dasatiidades empresariais, bem como pelo cumprimento do Plano deRecuperação. Dessa forma, não se permite o amadorismo, tampoucoa participação de profissionais que não sejam comproadamente es-pecializados.

 A partir desse cenrio, este Guia tem o intuito de serir como orien-tação para os que desejam iniciar a recuperação judicial e obter su-

cesso no soerguimento da empresa. A iência prtica dos autores,

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a obserância do dia a dia das empresas no País e a preocupaçãodemonstrada pelo Ministério da Justiça, atraés da Secretaria de Re-

forma do Judicirio, do Ministério do Desenolimento, Comércio eIndstria, por meio da Secretaria de Comissão e Seriços e do De-partamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas, pelo ConselhoFederal de Administração, assim como pelo Instituto Recupera Brasil(IRB), fizeram com que eles se dedicassem a descreer aqui, de formasimples e sucinta, uma orientação prtica. Seu cumprimento lear aosoerguimento da atiidade priada, possibilitando maiores índices deeficiência na empresa e eficcia quanto ao cumprimento do plano de

recuperação.

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Recuperação de empresas

O significado de recuperar uma empresa é muito mais amplo do queparece. Significa a completa reorganização econômica, administratiae financeira da atiidade priada.

Na prtica, muitas ezes o empresrio construiu a empresa com esfor-ço e competência, mas não conseguiu superar determinadas dificulda-des. Isso acontece deido a:

a) redução no poder de compra e de enda;b) por falta de planejamento em relação à carga tributria

e burocracia ecessia;c) relação com empregados repleta de preconceitos

e potencialmente conflitante;d) a empresa est sustentada por uma legislação trabalhista defasada,

dentre outros problemas.

Recuperar uma empresa mantendo essa situação é iniel. Uma ezque não se tem poder para alterar os óbices inerentes ao que se cos-tuma chamar de custo Brasil, só resta ao empresrio o caminho demodificar o que pode ser modificado: a relação da empresa com seuscolaboradores.

 A iabilidade de uma empresa insolente, e das potencialmente insol-entes, por não operarem com lucro, passa pelo estabelecimento de

uma relação moderna entre os que dirigem a organização e os que sãoresponseis pelos processos inerentes a ela, sejam eles de transforma-ção ou administração.

 A empresa dee ser uma equipe, e os que trabalham nela ou paraela, parceiros. O papel do empresrio é buscar negócios, atenderde forma personalizada aos clientes, isitar fornecedores, conseguirinoações tecnológicas, atualizar-se, participar de associações empre-

sariais, lutar para superar os obstculos gerenciais, e uma série de ou-

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tras coisas que ele geralmente não faz por estar oltado para dentrode sua empresa, enolido em reuniões improdutias e preocupado

com a necessidade de interferir no sistema operacional. Na prtica,suas nicas atiidades eternas resumem-se a buscar dinheiro parasuprir recursos de uma organização que não consegue sobreier semaportes eternos de dinheiro.

O ciclo de ida das empresas é graficamente representado assim:

1ª FASE:

nacitoou Racito

2ª FASE:

Aocêciaa epra

3ª FASE:

maturiaa epra

4ª FASE:

vic aepra

MORTE:faêcia ou vaa epra

Em geral, é possíel se recuperar uma organização, mas esta é umatarefa que o empresrio não pode realizar sozinho. A recuperação daempresa, na maioria das ezes, atraessa um cenrio com as seguin-tes características:

a) insolência ou pré-insolência;b) desordem administratio-financeira;c) baia moral dos funcionrios;d) sérios problemas tributrio-fiscais;e) incapacidade de geração de alor.

Diante disso, surgiu a necessidade de se ter uma noa legislação pro-

fissional, capaz de conter mecanismos modernos e de total transparên-cia. Também que possibilite a esse mesmo empresrio o soerguimento

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de sua empresa, desde que tenha condições mínimas de iabilidade epreencha aos requisitos eigidos por Lei para se recuperar.

 A recuperação da empresa passa a ser amparada pela Lei 11.101/2005,que trata da recuperação nas modalidades Judicial e Etrajudicial,bem como regula a falência do empresrio e da sociedade empresria.

Nesse noo cenrio econômico, haer forte mudança de paradigmaspara a empresa e para o empresrio. Da mesma forma, os credores(Fisco, bancos, comércio, indstria e trabalhadores) deerão reformu-

lar profundamente seus conceitos acerca da preseração da empresa,do emprego e do bom níel de produção, e os colocar como objetiosa serem alorizados noamente.

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Recuperações Judicial e Extrajudicial

de empresasA instituição das recuperações Judicial e Etrajudicial implicar forço-samente em uma noa e desafiadora mentalidade de gestão empresa-rial no Brasil. visar permitir maior transparência e responsabilidadedas ações de gerência da atiidade empresarial perante todos os cre-dores da empresa. Definitiamente, teremos um aanço na direçãode se aperfeiçoar o processo de gestão corporatia, j em curso emalgumas médias e grandes empresas no País.

Diante disso, um conceito semelhante deer ser estendido às micro-empresas e empresas de pequeno porte. Especialmente porque a noaLei etingue a atual concordata preentia e institui para essas empresasum formato diferente para a concessão da Recuperação Judicial.

 A Recuperação Judicial objetia iabilizar a superação da situação decrise econômico-financeira do deedor. Permite a manutenção dafonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse doscredores. Promoe, desse modo, a preseração da empresa e, princi-palmente, de sua função social, continuando a gerar riquezas e forta-lecendo a economia do País.

Em suma, a Recuperação Judicial é uma medida legal destinada a ei-tar a falência. Ela proporciona ao empresrio deedor a possibilidadede apresentar aos seus credores, em juízo, formas para quitação dodébito.

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Objetivos da Recuperação

Triângulos justapostos

eprgo oTrabaaor

Atiiaecoica(oto)

fuosocia

Itr o CrorIiato: Créitomiato: Cotiuia o orcito

fot: Pro. Aabrto sio

fot Proutoraatiia coica

(tabcito praria)

epra

mAnUTençãO

PReseRvAçãO

 J o instituto da Recuperação Etrajudicial, como o próprio nomediz, ocorre fora do judicirio. Com ela, o empresrio deedor podernegociar diretamente com seus credores sem a participação do juiz,hipótese em que é elaborado um acordo que poder ou não ser ho-mologado por este. É importante frisar que as díidas tributrias, tra-balhistas, que deriam de arrendamento mercantil e outras, não serão

incluídas nessa negociação.

Uma ez feito o acordo entre o empresrio deedor e seus credores, eaproado por 3/5 dos credores, seu cumprimento se torna obrigatóriopara todas as partes.

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Vantagens e desvantagens

Na Recuperação Etrajudicial, temos um instituto que propicia umanoa solução. Nela, o deedor negocia diretamente com os credores, eo Plano de Recuperação ai para a Justiça apenas para ser homologado.

É um procedimento muito mais rpido e financeiramente mais atrati-o que a Recuperação Judicial. Pode ser muito interessante para em-presas pequenas, médias e de grande porte, com credores priados,como instituições financeiras, fornecedores e outros.

 A grande antagem da Recuperação Etrajudicial é que ela não precisade unanimidade entre os credores. Se três quintos dos credores assina-rem o plano, os demais são obrigados a aceit-lo. Outra antagem darecuperação é que as despesas são menores. Ela é uma solução menosburocrtica, mais rpida, amigel e que promoe maior proimidadeentre o deedor e os credores.

Segue, abaio, para melhor entendimento, o fluo da RecuperaçãoEtrajudicial:

Negociaçãodo plano

Consenso Homologaçãofacultativa

Homologaçãoobrigatória

3/5 cadaclasse

InviabilidadeRejeição

Recuperação Extrajudicial

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 A Recuperação Judicial, por sua ez, tem aplicação mais onerosa que aanterior. Sua principal antagem é proporcionar ao deedor a chance

de enoler maior nmero de credores e apresentar um plano de re-cuperação que, efetiamente, possa ser cumprido e eite sua falência.

Outra antagem é a ampliação da possibilidade de manutenção dospostos de trabalho. Esse fator é capaz de sensibilizar a sociedade so-bre a importância da manutenção de uma empresa iel economi-camente, assim como aumentar a possibilidade de recuperação docrédito pelos credores.

Na Recuperação Judicial, o controle fica com o Judicirio ( mais es-pecificadamente, com o juiz da recuperação), além do Administrador Judicial, nomeado por ele para fiscalizar o processo de recuperação.Também enole a figura do Comitê de Credores e a Assembleia Geraldos credores. H, também, efetia participação do Ministério Pblico,que atua como fiscal da Lei.

Segue o fluo da Recuperação Judicial, para melhor entendimento.

Ptio Iicia coPio Rcuprao

Prcio o rquiitodpaco Procato

eitai

habiita Créito

eita a 2ª rao cror

no á objo Objo aprtaa

Abéia Gra Cror

eita aioao cror

dcuro o prazo

faêcia

Pao Rcuprao dor o aprta

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Meios e órgãos da Recuperação Judicial

Na Recuperação Judicial, a empresa que a requerer passar por um ea-me de iabilidade efetuado pelo Judicirio, em função da importânciasocial, da mão-de-obra e tecnologia empregadas, do olume do atio epassio, do tempo de eistência da empresa e de seu porte econômico.

Na Lei 11.101/2005, h uma lista de meios de recuperação da atiida-de econômica (artigo 50). Eistindo o interesse de pleitear a antagem,os administradores da empresa deerão analisar quais os meios mais

indicados para a superação da crise.

Dentre os meios possíeis, estão, a título eemplificatio:

a) cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade;b) constituição de subsidiria integral, ou cessão de cotas ou ações,

respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação igente;c) alteração do controle societrio;

d) substituição, total ou parcial, dos administradores do deedor oumodificação de seus órgãos administratios;

d) concessão aos credores de direito de eleição, separado de ad-ministradores, e de poder de eto em relação às matérias que oplano especificar;

e) aumento de capital social;f) redução salarial, compensação de horrios e redução da jornada,

mediante acordo ou conenção coletia, dentre outros meios.

O objetio desse processo é a reorganização da empresa. Para isso,é necessria a atuação de órgãos específicos, como Assembleia Geraldos credores, Administrador Judicial e Comitê.

 A Assembleia Geral é o órgão colegiado e deliberatio responselpela manifestação dos interesses dos credores. Sua competênciaest demonstrada no art. 35, I, letras de “a” a “f”, da Lei 11.101/05.

Nela, h rias instâncias de deliberação: plenrio da assembleia,

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credores trabalhistas, titulares de direitos reais de garantia, titula-res de priilégios geral ou especial, quirografrios e subordinados.

Para aproação do Plano de Recuperação Judicial, é preciso maioria sim-ples dos presentes em cada instância, com eceção do plenrio. Depoisda primeira otação, o plano dee ser aproado pelos titulares de maisda metade do passio correspondente à classe presente à Assembleia.

O Administrador Judicial é o auiliar nomeado pelo juiz que atua sobsua direta superisão. Suas funções ariam: caso eista ou não o comitê;caso tenham sido ou não afastados os administrados da empresa. Ele

precisa ser um profissional idôneo ou uma pessoa jurídica especializada.

O Comitê de Credores é o órgão facultatio da recuperação judicial.Sua eistência ou não é decidida pelos credores, em assembleia. Suafunção é a de fiscalizar tanto o administrador como a sociedade em-presria. Pode, esporadicamente, elaborar um plano alternatio e de-liberar sobre alienações de bens do atio.

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Quem pode requerer a Recuperação Judicial

É necessrio eplicar que nem todos os empresrios poderão se a-ler da Recuperação Judicial. O empresrio dee eercer regularmentesuas atiidades h mais de dois anos e atender aos seguintes requisitoslegais, cumulatiamente:

a) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas etintas, por senten-ça transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;

b) não ter, h menos de cinco anos, obtido concessão de Recupera-

ção Judicial;c) não ter, h menos de oito anos, obtido concessão de Recupera-

ção Judicial com base no Plano Especial;d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio-

-controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes preis-tos na Lei Falimentar.

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GUIA PRÁTICO e ORIenTATIvO

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Como funciona o processo

de Recuperação JudicialO processo de recuperação judicial se desenole em três fases distintas:

a) fase postulatória (ingresso da ação em juízo);b) fase deliberatia (otação do plano de recuperação);c) fase eecutória (eecuta o plano de recuperação aproado pelos

credores).

 Abaio, segue o fluograma da Recuperação Judicial:

supo a - 180 iadrito

a Rcuprao

Igro opio

habiita (aoAiitraor)

ipuga (ao Juiz)no aprtaa

drito oprocato

noao oA. Juicia

Aprtaoo pao

Opoi

Aproao

Aprtaa

AGC

Cra ow

Rjitao faêcianoao o GtorJuicia

A quaqur oto

Cnd

Acopaatoo pao

do procato a Rcuprao Juicia

Atuação na Recuperação Judicial

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ReCUPeRAçãO JUdICIAl de emPResAs

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Fase postulatória: é a fase do requerimento do benefício da Recupe-ração Judicial. Nela, o requerente dee instruir o pedido com:

a) eposição das causas concretas da situação patrimonial do dee-dor e das razões da crise econômico-financeira;

b) demonstrações contbeis relatias aos três ltimos eercíciossociais e as leantadas especialmente para instruir o pedido, con-feccionadas com estrita obserância da legislação societria apli-cel e compostas obrigatoriamente de I - balanço patrimonial, II- demonstração de resultados acumulados, III - demonstração do

resultado desde o ltimo eercício social, Iv - relatório gerencialde fluo de caia e de sua projeção ; c) relação nominal completa dos credores, inclusie aqueles por obri-

gação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cadaum, a natureza, a classificação e o alor atualizado do crédito,discriminando sua origem, o regime dos respectios encimentose a indicação dos registros contbeis de cada transação pendente;

d) relação integral dos empregados, em que constem as respectias

funções, salrios, indenizações e outras parcelas a que têm direi-to, com o correspondente mês de competência, e a discriminaçãodos alores pendentes de pagamento;

e) certidão de regularidade do deedor no Registro Pblico de Em-presas, o ato constitutio atualizado e as atas de nomeação dosatuais administradores;

f) relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos admi-nistradores do deedor;

g) etratos atualizados das contas bancrias do deedor e de suaseentuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusi-e em fundos de inestimento ou em bolsas de alores, emitidospelas respectias instituições financeiras;

h) certidões dos cartórios de protestos, situados na comarca do domi-cílio ou sede do deedor e naquelas onde possua filial;

i) relação, subscrita pelo deedor, de todas as ações judiciais em queeste figure como parte, inclusie as de natureza trabalhista, com a

estimatia dos respectios alores demandados.

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Fase deliberativa: estando a documentação eigida em ordem, o juizdeterminar o processamento da recuperação judicial, e, no mesmo

ato, tomar as seguintes medidas:

a) nomear o Administrador Judicial, obserado o disposto no art. 21desta Lei;

b) determinar a dispensa da apresentação de certidões negatiaspara que o deedor eerça suas atiidades, eceto para contrata-ção com o Poder Pblico ou para recebimento de benefícios ouincentios fiscais ou creditícios;

c) ordenar a suspensão de todas as ações ou eecuções contra odeedor, permanecendo os respectios autos no juízo onde seprocessam, com as ressalas da Lei;

d) determinar ao deedor a apresentação de contas demonstratiasmensais, enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena dedestituição de seus administradores;

e) ordenar a intimação do Ministério Pblico e a comunicação porcarta às Fazendas Pblicas Federal e de todos os Estados e Muni-

cípios em que o deedor tier estabelecimento.

Fase de execução: concedida a recuperação, encerra-se a fase delibe-ratia e inicia-se a fase de eecução, dando-se cumprimento ao Planode Recuperação.

Proferida a decisão, o deedor permanecer em Recuperação Judicialaté que se cumpram todas as obrigações preistas no Plano e que

encerem em até dois anos depois da concessão da Recuperação Judi-cial. Durante este período, o descumprimento de qualquer obrigaçãopreista no Plano acarretar a conolação da recuperação em falência.

Em todos os atos, contratos e documentos firmados pelo deedor su- jeito ao procedimento de recuperação judicial, deer ser acrescida,após o nome empresarial, a epressão “em Recuperação Judicial”.

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De acordo com o artigo 63 da Lei 11.101/2005, uma ez cumpridasas obrigações encidas no prazo, o juiz decretar, por sentença, o

encerramento da recuperação judicial e determinar:

a) o pagamento do saldo de honorrios ao Administrador Judicial,somente podendo efetuar a quitação dessas obrigações medianteprestação de contas, no prazo de 30 dias, e aproação do relató-rio preisto no item c;

b) a apuração do saldo das custas judiciais a serem recolhidas;c) a apresentação de relatório circunstanciado do Administrador

 Judicial, no prazo mimo de 15 dias, ersando sobre a eecuçãodo Plano de Recuperação pelo deedor;d) a dissolução do Comitê de Credores e a eoneração do Adminis-

trador Judicial;e) a comunicação ao Registro Pblico de Empresas para as proidên-

cias cabíeis.

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Como deve proceder o empresário-devedor

no processo de Recuperação JudicialDentre os deeres do empresrio-deedor, est o de apresentar em ju-ízo os meios pelo qual pretende sair da crise, o que ser demonstradoatraés do chamado Plano de Recuperação. Uma ez ingressado o pe-dido em juízo, o deedor não poder desistir da recuperação judicialapós o deferimento de seu processamento, salo se obtier aproaçãoda desistência na Assembleia Geral de Credores.

O Plano de Recuperação Judicial é um estudo realizado junto à de-edora, que tem o objetio de analisar a empresa como um todo,identificando pontos forte e fracos, sugerindo mudanças que leem aempresa a ter sucesso na recuperação.

O Plano de Recuperação é elaborado em duas fases. A primeira é a dodiagnóstico, com base em uma contabilidade real, onde se analisarãoenquadramentos tributrio e contbil, empregados, sistemas de ges-tão, estruturas de produção, fluo de caia, atual e projetado, dentreoutras medidas. A segunda fase consiste na elaboração do laudo deiabilidade econômica, calculando-se a margem de lucro e seu fatura-mento projetado, com assunção a ajustes e correções, possibilitando aeficcia de implementação do mesmo.

O Plano de Recuperação ser apresentado pelo deedor em juízono prazo improrrogel de 60 dias, contados a partir da publicaçãoda decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sobpena de transformação em falência. Este plano deer conter:

a) a discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a seremempregados, e seu resumo;

b) a demonstração de sua iabilidade econômica;c) o laudo econômico-financeiro e de aaliação dos bens e atios

do deedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ouempresa especializada.

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Diante disso, o juiz ordenar a publicação de edital, contendo aisoaos credores sobre o recebimento do Plano de Recuperação e fiando

o prazo para a manifestação de eentuais objeções.

O Plano de Recuperação  Judicial não poder preer prazo superiora um ano para pagamento dos créditos deriados da legislação dotrabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho encidos até a datade seu pedido.

O Plano não poder, ainda, preer prazo superior a 30 dias para o

pagamento, até o limite de cinco salrios mínimos por trabalhador,dos créditos de natureza estritamente salarial, encidos nos três mesesanteriores ao pedido de Recuperação Judicial.

Qualquer credor poder manifestar ao juiz sua objeção ao Plano deRecuperação Judicial no prazo de 30 dias, contados da publicação darelação de credores. Haendo objeção de qualquer credor ao Planode Recuperação Judicial, o juiz conocar a Assembleia Geral de Cre-

dores para deliberar sobre o Plano de Recuperação.

 Aproado o Plano pela Assembléia de Credores, o juiz conceder aRecuperação Judicial. Se nenhum plano for aproado, decretar a fa-lência do empresrio.

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Planos de Recuperação Judicial

Ordinário e Especial para ME e EPPO Plano de Recuperação Judicial tem como objetio permitir às em-presas em dificuldades financeiras que oltem a se tornar participantescompetitias e produtias da economia. Quem se beneficia diretamen-te com um plano eficiente e eficaz são os controladores, credores e em-pregados, e, principalmente, a deedora e a sociedade como um todo.

Não se dee confundir o Plano de Recuperação Judicial com um alon-gamento de díida somente. O Plano dee conter os instrumentosque identifiquem, ataquem e superem as causas para o surgimento doendiidamento, acreditando que ele não ser apenas meio de procras-tinação da falência da empresa.

O Plano de Recuperação Judicial poder ser apresentado de duas for-mas, dependendo do porte e do faturamento, quais sejam:

a) Plano de Recuperação Judicial Ordinrio;b) Plano de Recuperação Judicial Especial para Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte.

O Plano de Recuperação Ordinrio est preisto no artigo 53 da Lei11.101/2005 e dee ser apresentado ao juiz da recuperação no prazode 60 dias, contados do deferimento do processamento da recupera-ção. Geralmente é utilizado por empresas de médio e grande porte. Po-

rém, nada impede que uma empresa de pequeno porte também se uti-lize do mesmo, desde que arque com o alto custo deste procedimento.

Também poder ser apresentado o Plano de Recuperação Especialpara Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Este j traz todasas condições eplicitadas em lei, mais especificadamente nos artigos70, 71, 72 da Lei 11.101/2005. Dentre as condições prescritas h apreisão de parcelamento da díida em 36 parcelas mensais, iguais e

sucessias, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% aoano. Também abrange somente os credores quirografrios (fornecedores).

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É necessrio salientar, também, que o credor que concordar com oPlano de Recuperação apresentado poder optar por continuar a for-

necer ao deedor. Nesse caso, ter priilégio na hora de receber seucrédito em uma eentual falência da deedora, sendo retirado da clas-se dos quirografrios.

De outro lado, se porentura o credor optar em parar de fornecer,uma ez decretada a falência da empresa deedora, seu crédito obe-decer à ordem legal de pagamentos da falência, sendo pago poste-riormente aos créditos fiscais (tributos, por eemplo) e com garantia

real (de bancos, por eemplo).

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Aspectos contábeis e econômico-financeiros

da Lei de Recuperação JudicialDentre os diversos aspectos da Lei 11.101/2005, podem-se destacar seus

aspectos contábeis e econômico-fnanceiros, elencados a seguir:

Contabilidade: é, objetiamente, um sistema de informação e aalia-ção destinado a proer seus usurios com demonstrações e anlises denatureza econômica, financeira, física e de produtiidade, com rela-ção à entidade objeto de contabilização.

Por meio da contabilidade, é possíel analisar a situação econômicadas empresas. Os indícios de dificuldades e insolência normalmentesão erificados mediante anlise dos demonstratios contbeis.

Balanço: é a demonstração sintética do estado patrimonial de umaempresa ou de uma entidade, atraés de seus inestimentos e da ori-gem desses inestimentos.

Tem como finalidades cumprir eigências do Imposto de Renda e daLegislação Federal, apurar a situação final e o resultado do eercício,fornecer bases para preisão e planos, e prestar contas de uma ges-tão administratia.

Balanço especial: é o balanço leantado para determinada finalidadee em data específica, tais como no caso de dissolução de sociedades ena instrução do pedido de Recuperação Judicial.

Demonstração de resultados: é utilizada para oferecer uma ordem

lógica para a anlise de fenômenos patrimoniais. Ou seja, no caso dedemonstrações de resultado, ser sempre um quadro que analisa aapuração de lucro, custos e receitas.

Laudo econômico-financeiro: é o relatório técnico onde serão aalia-das as condições pretéritas, atuais e futuras da empresa, sua iabilidademercadológica, dentre outros fatores. Dee ser feita por economista e/ ou administrador, tendo como base a contabilidade real da empresa.

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Laudo de avaliação dos bens do ativo: é o relatório técnico que isaa alorar os bens constantes do atio da empresa - conjunto de alo-

res que epressa o inestimento, ou as aplicações de capital, sendo aparte positia do patrimônio.

 Stakeholders: o termo stakeholders designa todos os segmentos queinfluenciam ou são influenciados pelas ações de uma organização, fu-gindo do entendimento de que o pblico-alo de uma organização éo consumidor. Pode-se entender, de maneira simplista, que stakehol-

der, na isão administratia, seriam os usurios da informação no am-biente empresarial. Estão mais detalhados no quadro a seguir.

USUÁRIO DA INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO DESEJADA

ACIONISTA EM GERAL fuo iio, aor rcao aao, ucro por ao.

MÉDIA E ALTAADMINISTRAÇÃO

Rtoro obr o patriio íquio atio ituao iquiz.

CORPO FUNCIONAL fuo caia rtabiia qu agur

o pagato aário a autoo prgao.

CREDORES EM GERAL fuo caia uturo, uicit para o pa-gato o capita prtao ai o juro.

GOVERNO vaor aicioao, proutiia, ucro tributá- pajato acrocoico.

Diferenças entre Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte: o ar-

quiamento da Declaração de Microempresa (ME) ou de Empresa dePequeno Porte (EPP) garante o tratamento diferenciado e faorecidonos âmbitos administratio, de crédito, trabalhista, preidencirio e dedesenolimento empresarial, nos termos do Estatuto aproado pelaLei Complementar N. 123 de 14 de Dezembro de 2006.

 As empresas serão enquadradas de acordo com a sua receita brutaanual, dentro dos seguintes limites: até R$ 240 mil como Microem-

presa (ME) e de R$ 240.000,01 a R$ 2,4 milhões como Empresa dePequeno Porte (EPP).

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Não pode ser enquadrada como ME ou EPP a empresa que tier, comosócia ou titular, pessoa física domiciliada no eterior. Também não é

permitida como sócia pessoa jurídica ou ainda pessoa que participede outra empresa enquadrada no estatuto, em alor superior a 10%do capital social, salo se a receita bruta global anual não ultrapassaros limites estabelecidos.

Livros de Escrituração: são aqueles destinados aos registros dos fatospatrimoniais da empresa. Podem ser impostos pela Lei (obrigatórios),impostos pelos regulamentos fiscais (Fiscais) e por um planejamento

da empresa (Facultatios).

Quanto aos livros das Micro e Pequenas Empresas

Descrição A pra proiciar o rgitro autticaoo guit iro:diário;Baact diário Baao, a criturao or raiza-a atraé ica;

Ata a Aiitrao, our aiitraor oaoora o cotrato;Ata a Abéia, para a socia liitaa co ai z cio;Coo fica, our;Rgitro dupicata, aia a itir. 

Ato Regulador Cigo Cii Braiiro, li 10406/2002 (artigo 1180,1181 1185), li 5474/68, dcrto 486/69, Itruonoratia 65/97 o dpartato nacioa Rgitro oCoércio (dnRC)

Órgão Compe-tente

Junta Comercial: para socia epra Iiiuaieprariai.Registro Civil para Pessoas Jurídicas (RCPJ): para soci-a sip Coopratia.

Periodicidade At o iício a atiia, a ubtituio ou rguari-zao oo iro.

Tratamento Dife-renciado ME/PP no á.

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Prazo Escrituração Manual: a autticao r tuaaat o iício a criturao;

Escrituração mecânica ou eletrônica: ap a cara-o a ica ou oruário cotíuo.

Responsáveis Tituar, cio, aiitraor cotabiita

Penalidade pelodescumprimento

A paia aria acoro co a giao rgt,o bito ra, taua uicipa.no bito ra, a rgra gra é qu a ata critura-o o iro diário ipicará o arbitrato o ucro apra, qu é a ora tributao ai oroa.

Para a pra quaraa o sImPles o lucro Pr-uio, apa para ito ica, é pritia a crituraoot o liro Caia, qu ta gob toa uaoitao iacira bacária. na prática, igiicaqu a icaizao ot porá igir a aprtao oliro Caia.no tato, aé iúra outra gia, a Pri-êcia socia ig qu a pra rgitr, a-t, o aor ratio à ua oa aário, ocargo, a cotribui ai tributo icit

obr a a, icui o IR/fot rtio. eta obri-ga, qu grat o quitaa o ê guit,ot po r aaa o liro diário, ua z quo liro Caia tia apa ao rgitro o aorrcbio pago.na icita tabé é igio qu a pra partici-pat copro a ua quaiicao coico-iacirapor io o Baao Patrioia a dotrao Rutao o útio rcício.Pa giao corcia, a ata criturao cotábi

copta, qu icui a o iro diário, ip qu a pr-a utiiz o rcuro a cocorata. no cao aêcia,ta po r coiraa rauuta.

Custo/Incidência Pro o liro ou a ipro carao

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Documentação Na Junta ComercialRqurito ua ia, coto o ro

copto a pra co o núro Icrio o Rgi-tro epra (nIRe);liro a rgitrar;Pagato a taa;

Rgitro Cii Poa Juríica;Rqurito irigio ao Cartrio;Pagato a taa autticao;

liro atrior, o or o priiro iro;liro a r autticao, co o Tro Abrtura aiao. 

Observações Livro Registro de Duplicatas - coirao qu a aioriaa pra aota a cobraa por boto bacário, qupaou a ubtituir a upicata, o iro Rgitro dupica-ta ria r aboio para toa a pra.

Escrituração do Livro Caixa - o liro Caia o pritrgitro cotro cotábi copto a ra ituao patri-

oia iacira a pra, poi tia a rgitrarapa a traa aía urário. dta ora, oirito obriga a pra o o criturao,ipio qu o Baao a dotrao Rutaopoa r atao ao ia caa rcício, cooig a gia corcia priciária.Para a obto créito, ou quao ica iaipt,a pra qu o cogu aprtar u baaoauai ica ujita a rico, paia taa juroai ata, pa ipoibiia coproar ua rai

coi coico-iacira.Portato, a utiizao apa o liro Caia para rgitroa opra traa aía urário, ii-ro ou cqu, o at à cia prtao iora pa pra, ao u cio, cror, -prgao, orcor, ao fico ao rcao gra.O Coo fra Cotabiia coira paí puio o cotabiita qu rpoabiiza por ua co-tabiia icopta, co a criturao apa o liroCaia, por r atat prjuicia ao u cit. 

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Observações Escrituração Contábil Completa - o rgitro toaa traa, obriga irito a pra ot

po r raizao pa criturao o liro diário, qutabé po r tiao ao aato o Baao dotrao Rutao caa rcício.A criturao o liro Caia rprta crca 90% otrabao cotábi ua pqua pra, pricipa-t coiraro qu o aproitao o totai aao para trarêcia para o iro diário, qu ucioacoo iro auiiar.sot a cotabiia copta o Baao pocotr iora ai coiái para rpaar a

traa corciai, critícia, iacira coproar, juízo ou ora , o irito trciro - icui oprgao, o orcor, o cio, u riroou ucor, cao aatato ou ort.Por toa ta raz, gai coica, é iipá- qu toa a pra, aia qu ta optao posImPles ou lucro Pruio, ija qu u cotabiitaata a criturao cotábi copta, qu icui oliro diário, atao criturao o o iro, aoia caa rcício, o Baao a dotrao o

Rutao, qu r aiao por po rpr-tat ga a pra. 

Livros Contábeis Obrigatórios

Livro Diário: é o liro de escrituração contbil que se destina ao re-gistro de todos os fatos patrimoniais que se sucedem em uma empre-sa ou em uma organização. É considerado como obrigatório e indis-pensel pela Lei 10.406 de 10/01/2002 (artigo 1.180), bem como

pelo Decreto-Lei No. 486 de 03/03/1969 e pelo Decreto 64.567 de22/05/1969.

Livro Caixa (escrituração contábil simplificada - MEs e EPPs): é oliro de escrituração contbil simplificado que sere para o registro domoimento de dinheiro. Nele, na parte do Débito, escrituram-se as en-tradas em dinheiro (recebimentos) e na parte do Crédito, escrituram-seas saídas em dinheiro (pagamentos). A legislação do Imposto de Renda

tem dispensado a escrituração comercial para empresas optantes do

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SIMPLES ou pela tributação com base no Lucro Presumido, desde queseja escriturado o Liro Caia, contendo toda a moimentação.

Livros Fiscais: são liros de escrituração contbil destinados ao regis-tro de todos os fatos sujeitos à fiscalização tributria.

Registro de Entrada: é o liro de escrituração contbil destinado aregistrar os recebimentos em dinheiro. Nele, são identificados indii-dualmente fornecedor, notas fiscais e alores, entradas, recebimentosou compras de mercadorias ou materiais.

Registro de Saída: é o liro de escrituração contbil destinado aoregistro das saídas em dinheiro, ou os pagamentos.

Registro de Controle e Produção do Estoque: é o liro de escritura-ção destinado ao registro das entradas, saídas e saldos de mercadoriase materiais, que hoje são comumente substituídos pelas fichas de con-trole de estoque, bem como por regimes de computação eletrônica.

Registro de Inventário: é o liro de escrituração contbil-fiscal des-tinado a registrar as erificações das eistências de bens. Nele, sãoregistrados dados como a quantidade de bens, a descrição de cadabem, o seu alor unitrio, bem como o alor total de bens que aempresa possui.

Registro de apuração do IPI: é o liro fiscal destinado a registrar os to-

tais dos alores contbeis e fiscais, relatios ao Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) das operações de entrada e saída de mercadorias,

Registro de Apuração do ICMS: é o liro fiscal destinado a registrartodos os totais dos alores contbeis e fiscais relatios ao Imposto so-bre Circulação de Mercadorias e Seriços (ICMS) das operações con-tbeis de entrada e saída de mercadorias.

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Crimes falimentares

 A Lei de Recuperação de Empresas e Falência (No. 11.101/2005)aponta algumas condutas que, se ierem a ser praticadas, quer peloadministrador da sociedade, quer por seu contador responsel, serãoconsideradas crimes e learão à prisão dos responseis.

Tais condutas estão geralmente relacionadas à escrituração, seja pelafalta de apresentação de documentação contbil fiscal, seja pela apre-sentação parcial dessa documentação. Também podem estar relacio-

nadas à fraude aos credores (como desio ou enda de bens e direitos)ou, ainda, à falsidade no curso do processo.

É importante frisar que tais crimes, definidos como crimes falimenta-res, também se aplicam aos empresrios em processo de Recuperação Judicial ou Etrajudicial de empresas.

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Glossário

Sistema concursal brasileiro - Competição dos credores do deedorcomum insolente que disputam simultaneamente a prelação sobrea coisa pertencente a este, ou o rateamento, entre si, do produto dasua enda.

Função social -  A Lei 11.101 de 9 de feereiro de 2005 apresentauma opção para o empresariado, isando a aplicação do princípioda função social e da preseração do negócio jurídico, propondo a

utilização do instituto da recuperação das empresas. O objetio pro-posto pela legislação é manter as atiidades da sociedade empresria,considerando que a mesma tenha iabilidade econômica, e, com isso,possa se restabelecer no mercado sem gerar prejuízos significatiospara todos os enolidos, direta ou indiretamente.

 Visão holística - A isão holística de uma empresa equiale à imagemnica, sintética, de todos os elementos da empresa, que normalmente

podem ser relacionados a isões parciais, abrangendo suas estratégias,atiidades, informações, recursos e organização (estrutura da empre-sa, cultura organizacional, qualificação do pessoal, assim como suasinterrelações).

 Stakeholders - O termo stakeholders designa todos os segmentos queinfluenciam ou são influenciadas pelas ações de uma organização.São eles: fornecedores (podem ser agentes impactando, agentes foca-

dos em alor e agentes fortemente impactados); Goerno (podem seragentes impactando, agentes focados em alor e agentes fortementeimpactados); futuras gerações (que se situam, particularmente, entreos agentes fortemente impactados); acionistas (podem ser agente im-pactando, agente focado em alor, agentes impactados, ou agentesfortemente impactados).

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ReCUPeRAçãO JUdICIAl de emPResAs

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Cisão, Incorporação, Fusão ou Transformação de Sociedade -  Acisão das sociedades é uma forma de reorganização societria que

objetia maior organização administratia, otimizando, assim, dier-sas funções da empresa, tornando-a mais competitia no mercado,atraés da transferência de capital de uma empresa para outra(s). Aempresa que adquire tal capital absore, também, direitos e obriga-ções correspondentes à parcela absorida, total ou parcialmente. J aincorporação é entendida como a operação pela qual uma ou maissociedades são absoridas por outra, que lhes sucede em todos osdireitos e obrigações. Nesse caso, desaparecer uma das sociedades (a

incorporada), permanecendo, porém, com sua pessoa jurídica inalte-rada à sociedade incorporadora. Esta suceder à sociedade incorpora-da em todos os direitos e obrigações. A fusão, ou transformação da

sociedade, é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedadespara formar uma sociedade noa, que lhes suceder em todos os di-reitos e obrigações.

Subsidiária Integral - é uma companhia constituída, mediante escri-

tura pblica, por um nico acionista, o qual deer ser, obrigatoria-mente, sociedade brasileira. A sociedade que subscreer em bens ocapital de Subsidiria Integral deer aproar o laudo de aaliação dosbens e responder pelos danos causados a terceiros, por culpa ou dolona aaliação. A Subsidiria Integral também poder ser constituída:

a) por conersão mediante aquisição, por sociedade brasileira, detodas as suas ações; ou

b) por incorporação de todas as ações do capital social ao patrimôniode outra companhia brasileira.

 A incorporação de todas as ações do capital social ao patrimônio deoutra companhia brasileira, para conertê-la em Subsidiria Integral,ser submetida à deliberação da assembléia geral das duas compa-nhias, mediante protocolo e justificação.

Cessão de cotas ou ações - Ato de ceder a titularidade das cotas de umfundo para outra pessoa.

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Itituto Rcupra BraiCONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃOCONSELHOS REGIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO

CFA/CRAsSISTEMA 

Secretaria de

Comércio e Serviços