receita pública - administração financeira e orçamentária - aula 2

15
PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) 3ª e 4ª AULAS Capitulo 4 1. RECEITAS BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (bens e direitos) PASSIVO (exigências) Bens Imóveis Dinheiro Estoques Direitos Títulos a Receber Depósitos em Bancos Passivo Financiamentos Impostos a Pagar Fornecedores Salários para pagar Patrimônio Líquido (capital próprio) Capital Lucros Acumulado No balanço patrimonial do Estado, o ingresso de No balanço patrimonial do Estado, o ingresso de receita que não tenha contraprestação no passivo receita que não tenha contraprestação no passivo aumentará o patrimônio líquido (PL) da União. Em aumentará o patrimônio líquido (PL) da União. Em contrapartida, o ingresso que tenha contraprestação no contrapartida, o ingresso que tenha contraprestação no passivo não aumentará o PL do Estado. passivo não aumentará o PL do Estado. Receita Pública é uma derivação do conceito contábil de Receita agregando outros conceitos utilizados pela administração pública em virtude de suas peculiaridades. No entanto, essas peculiaridades não interferem nos resultados contábeis regulamentados pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, por meio dos princípios Fundamentais, até porque, a macro missão da contabilidade é atender a todos os usuários da informação contábil, harmonizando conceitos, princípios, normas e procedimentos às particularidades de cada entidade. Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas. 1.2 Classificação 1.2.1. Quanto ao ingresso a) Receita orçamentária: É aquela devidamente discriminada na forma da Lei nº 4.320/64 e integra o orçamento público . Sua arrecadação depende de autorização legislativa, constante na própria lei do orçamento (Lei orçamentária anual ) e são realizadas através da execução orçamentária. Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público arrecadados exclusivamente para aplicação em programas e ações governamentais. Estes ingressos são denominados Receita Pública. Cuidado: nem todas as receitas orçamentárias, que ingressam nos cofres públicos, afetam o saldo patrimonial do Estado. b) Receita extra-orçamentária Receitas extra-orçamentárias são aquelas que não fazem parte do orçamento público. Como exemplos temos as cauções , fianças , depósitos para garantia , consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não reclamados, operações de crédito a curto prazo e outras operações assemelhadas. Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua realização não se vincula à execução do orçamento. Tais receitas também não constituem renda para o Estado uma vez que este é apenas depositário de tais valores. Contudo tais receitas somam-se às disponibilidades financeiras do Estado, porém têm em contrapartida um passivo exigível que será resgatado quando da realização da correspondente despesa extra-orçamentária . Em casos especiais, a receita extra- orçamentária pode converter-se em receita orçamentária. é o caso de quando alguém perde, em favor do Estado, o valor de uma caução por inadimplência ou quando perde o valor depositado em garantia. O mesmo acontece quando os restos a pagar têm sua prescrição administrativa decorrida. É importante frisar que cauções, fianças, e depósitos efetuados em títulos e assemelhados quando em moeda estrangeira são registrados em contas de compensação , não sendo, portanto considerados receitas extra-orçamentárias. Os ingressos extra-orçamentários são aqueles pertencentes a terceiros arrecadados pelo ente público exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Estes ingressos são denominados recursos de terceiros. 1.2.2 quanto à alteração patrimonial: a) Receita Pública Efetiva: A Receita Pública Efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 1

Upload: pcm1nd

Post on 21-May-2015

2.743 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

Capitulo 41. RECEITAS

BALANÇO PATRIMONIAL

 ATIVO (bens e direitos)  PASSIVO (exigências)

 BensImóveisDinheiroEstoques DireitosTítulos a ReceberDepósitos em Bancos

 PassivoFinanciamentosImpostos a PagarFornecedoresSalários para pagar

Patrimônio Líquido (capital próprio)CapitalLucros Acumulado

No balanço patrimonial do Estado, o ingresso de receita queNo balanço patrimonial do Estado, o ingresso de receita que não tenha contraprestação no passivo aumentará o patrimônionão tenha contraprestação no passivo aumentará o patrimônio líquido (PL) da União. Em contrapartida, o ingresso que tenhalíquido (PL) da União. Em contrapartida, o ingresso que tenha contraprestação no passivo não aumentará o PL do Estado.contraprestação no passivo não aumentará o PL do Estado.

Receita Pública é uma derivação do conceito contábil de Receita agregando outros conceitos utilizados pela administração pública em virtude de suas peculiaridades. No entanto, essas peculiaridades não interferem nos resultados contábeis regulamentados pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, por meio dos princípios Fundamentais, até porque, a macro missão da contabilidade é atender a todos os usuários da informação contábil, harmonizando conceitos, princípios, normas e procedimentos às particularidades de cada entidade.

Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.

1.2 Classificação1.2.1. Quanto ao ingressoa) Receita orçamentária:É aquela devidamente discriminada na forma da Lei nº 4.320/64

e integra o orçamento público. Sua arrecadação depende de autorização legislativa, constante na própria lei do orçamento (Lei orçamentária anual) e são realizadas através da execução orçamentária.

Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público arrecadados exclusivamente para aplicação em programas e ações governamentais. Estes ingressos são denominados Receita Pública.

Cuidado: nem todas as receitas orçamentárias, que ingressam nos cofres públicos, afetam o saldo patrimonial do Estado.

b) Receita extra-orçamentáriaReceitas extra-orçamentárias são aquelas que não fazem parte do

orçamento público.Como exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para

garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não reclamados, operações de crédito a curto prazo e outras operações assemelhadas.

Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua realização não se vincula à execução do orçamento.

Tais receitas também não constituem renda para o Estado uma vez que este é apenas depositário de tais valores. Contudo tais receitas somam-se às disponibilidades financeiras do Estado, porém têm em contrapartida um passivo exigível que será resgatado quando da realização da correspondente despesa extra-orçamentária.

Em casos especiais, a receita extra-orçamentária pode converter-se em receita orçamentária. é o caso de quando alguém perde, em favor do Estado, o valor de uma caução por inadimplência ou quando perde o valor depositado em garantia. O mesmo acontece quando os restos a pagar têm sua prescrição administrativa decorrida. É importante frisar que cauções, fianças, e depósitos efetuados em títulos e assemelhados quando em moeda estrangeira são registrados em contas de compensação, não sendo, portanto considerados receitas extra-orçamentárias.

Os ingressos extra-orçamentários são aqueles pertencentes a terceiros arrecadados pelo ente público exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Estes ingressos são denominados recursos de terceiros.

1.2.2 quanto à alteração patrimonial:a) Receita Pública Efetiva:A Receita Pública Efetiva é aquela em que os ingressos de

disponibilidades de recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes e por isto alteram a situação líquida patrimonial.

b) Receita Pública Não-EfetivaA Receita Pública Não-Efetiva é aquela em que os ingressos de

disponibilidades de recursos foram precedidos de registro do reconhecimento do direito, ou de contraprestação no passivo, e por isto não alteram a situação líquida patrimonial. (redação alterada conforme retificação do Diário Oficial da União – 17.05.2004)

1.2.3 quanto à procedência:a) Receitas Originárias: São aquelas que provêm do

próprio EXERCÍCIOS do Estado. Ex: Patrimoniais, Agropecuárias, Industriais, de Serviços.

b) Receitas Derivadas: São aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade COERCITIVA. Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de multas.

1.2.4 QUANTO À CATEGORIA ECONOMICA:CODIFICAÇÃO DA NATUREZA DA RECEITANa elaboração do orçamento público a codificação

orçamentária da natureza da receita é composta dos níveis abaixo:1º Nível – Categoria Econômica 2º Nível – Origem 3º Nível – Espécie 4º Nível – Rubrica 5º Nível – Alínea 6º Nível – Subalínea

1º Nível – Categoria EconômicaUtilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo

na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). É codificada e subdividida da seguinte forma:1 - Receitas Correntes;2 - Receitas de Capital;“7 - Receitas Correntes Intra-Orçamentárias;8 - Receitas de Capital Intra-Orçamentárias;”

Com a Portaria Interministerial STN/SOF n° 338, de 26 de abril de 2006, essas categorias econômicas foram detalhadas em Receitas Correntes Intra-orçamentárias e Receitas de Capital Intra-orçamentárias. As classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas especificações das categorias econômicas: corrente e capital, que possuem os seguintes códigos: MANUAL DE RECEITA NACIONAL

7. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias; 8. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias;

2º Nível – OrigemIdentifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao

fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária,

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 1

Page 2: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

transferências e outras). É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a origem das receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio público. No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio

patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou ainda, de outros ingressos. No caso das de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou ainda, de outros ingressos de capital.

O nível Origem se classifica em:Categoria Econômica 1 – Receitas Correntes

1.1 Receita Tributária1.1.1 Impostos1.1.2 Taxas1.1.3 Contribuição de Melhoria

1.2 Receita de Contribuições1.3 Receita Patrimonial1.4 Receita Agropecuária1.5 Receita Industrial1.6 Receita de Serviços1.7 Transferências Correntes1.9 Outras Receitas Correntes

Categoria Econômica 2 – Receitas de Capital2.1 Operações de Crédito2.2 Alienação de Bens2.3 Amortização de Empréstimos2.4 Transferências de capital2.5 Outras Receitas de capitalOs demais níveis são específicos para cada receita, conforme veremos mais adiante.

1- Receitas CorrentesIniciada com o código 1, as receitas correntes são os ingressos

de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para aplicação em despesas correspondentes, também em atividades operacionais, que não decorre de uma mutação patrimonial, ou seja, são receitas efetivas.

1.1 - Receita Tributária - São os ingressos provenientes da arrecadação de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. Dessa forma, é uma receita privativa das entidades investidas do poder de tributar: União, Estados, Distrito Federal e os Municípios.

Impostos - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte.

Taxas - as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, independente ou não, da utilização do serviço pelo contribuinte.

Contribuição de Melhoria - a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

1.2 - Receitas de Contribuições - É o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. As receitas de contribuições, podem ser definidas da seguinte forma:

Contribuições Sociais – destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social;

Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – derivam da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade.

1.3 – Receita Patrimonial - É o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, ou seja, da

utilização de bens pertencentes ao estado, como, aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmio, juros, participações e dividendos.

1.4 – Receita Agropecuária - É o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos.

1.5 – Receita Industrial - É o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras.

1.6 – Receita de Serviços - É o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços.

1.7 – Transferências Correntes - É o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.

Segue abaixo exemplos de Transferências constitucionais passadas pela união e pelos estados aos Municípios.

Fundo de Participação dos Municípios - FPMO Fundo de Participação dos Municípios é uma transferência

constitucional (CF, Art. 159, I, b), composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados. A distribuição dos recursos aos Municípios é feita de acordo o número de habitantes.

São fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um coeficiente individual. A Lei Complementar 62/89 determina que os recursos do FPM serão transferidos nos dia 10, 20 e 30 de cada mês sempre sobre a arrecadação do IR e IPI do decêndio anterior ao repasse.

Cota – Parte do ITR - Imposto Territorial RuralRecurso recebido pelos municípios decorrente da participação

na arrecadação do tributo federal sobre a propriedade territorial

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 2

Page 3: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

(Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural-ITR) incidente sobre os imóveis rurais neles situados.

1.9 – Outras Receitas Correntes – São os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Podemos citar como exemplo destas receitas, as multas e juros de mora cobrados sobre os impostos, a receita da Dívida Ativa, Multas e Juro de mora sobre a arrecadação da dívida Ativa, entre outras receitas.

2 – Receitas de CapitalIniciada com o código 2, são receitas que se destinam á

cobertura de despesas de capital e somente com estas despesas podem ser aplicadas. As receitas de capital são denominadas receita de capital porque são derivados da obtenção de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos ou alienação de componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios para atingir a finalidade.

2.1 – Operações de Crédito – São fontes oriundas da realização de recursos financeiros advindos da constituição de dívidas, por meio de empréstimos e financiamento, que podem ser internas ou externas.

2.2 – Alienação de Bens – São fontes das Receitas de Capital, captadas por meio da venda de bens patrimoniais móveis e imóveis.

2.3 – Amortização de Empréstimos – Recebimentos de valores dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de direito público.

2.4 – Transferências de Capital – São outras fontes de recursos recebidas de outras entidades de direito público ou privado, destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. Pode ser usado como um exemplo de Transferências de Capital, os recursos transferidos do Sistema Único de Saúde – SUS com o objetivo de atender despesas classificadas como despesas de capital.

2.5 – Outras Receitas de Capital – São destinadas a arrecadar outras receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não enquadrável nas fontes anteriores.

Receitas Correntes e Receitas de Capital Intra–Orçamentárias.Considerando que o orçamento deve ser consolidado, integrando

todas as operações dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, na estimativa da receita deverão estar contempladas as chamadas Receitas Correntes e Receitas de Capital ‘Intra–Orçamentárias’, conforme dispõe a Portaria Interministerial Nº 338, de 26 de Abril de 2006, das secretarias do Tesouro Nacional. Segundo o que dispõe o artigo 1º desta Portaria Interministerial, são definidas como intra-orçamentárias as operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de matérias, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. Ainda nos termos desta Portaria Interministerial, a classificação dessas operações na codificação da receita, serão identificadas pela substituição dos dígitos relativos ao 1º nível das categorias econômicas (1 e 2) pelos dígitos 7, em se tratando de receita intra-orçamentária corrente, ou 8, em se tratando de receita intra-orçamentária de capital, mantendo – se os demais dígitos da codificação da receita. Observa-se que esta atual classificação substitui a anterior com relação aos itens Y e Z, em que esses eram classificados como fonte e subfonte, respectivamente.

Quanto à categoria econômica, a classificação é a mesma da Lei nº 4320/1964, cabendo destacar a distinção entre Receita de Capital e Receita Financeira. O conceito de Receita Financeira surgiu com a adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do resultado

primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional - FMI. Desse modo, passou-se a denominar como Receitas Financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes

Quadro 2de privatizações, entre outras. Não há um dígito específico para

distinguir as despesas financeiras, mas somente um parâmetro inserido nas rubricas orçamentárias.

A origem refere-se ao detalhamento da classificação econômica das receitas, ou seja, ao detalhamento das receitas correntes e de capital de acordo com a Lei no 4.320, de 1964. Segundo o MTO-02 2006, a mudança da atual nomenclatura (de “fonte” para “origem”) deveu-se à imprecisão do conceito existente entre a fonte a que se refere esse classificador de receitas e a fonte relacionada com o financiamento das despesas constantes da programação orçamentária. Até 2006, a “fonte” constante da rubrica das receitas era chamada de “fonte originária” para que não fosse confundida com a classificação por fonte de recursos.

Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são respectivamente:

Receitas Correntes Receitas de Capital1. Receita Tributária2. Receita de Contribuições3. Receita Patrimonial4. Receita Agropecuária5. Receita Industrial6. Receita de Serviços7. Transferências Correntes9. Outras Receitas Correntes

1. Operações de Crédito2. Alienação de Bens3. Amortização de Empréstimos4. Transferências de Capital5. Outras Receitas de Capital

A espécie constitui um maior detalhamento da categoria anterior (origem). Essa classificação não está relacionada à Lei nº 4.320, de 1964, mas sim à classificação adotada pela SOF/STN (classificação discricionária). No caso dos tributos, a “espécie” relaciona os tipos de tributos previstos na Constituição Federal. Segundo o MTO-02 2006, a mudança da atual nomenclatura (de “subfonte” para “espécie”) deveu-se também à imprecisão daquele conceito, uma vez que alguns entendiam que se tratava de especificação das fontes de recursos relacionadas ao financiamento das despesas constantes da programação orçamentária. Ex.: Receitas de Impostos, Receitas Imobiliárias, Multas e Juros de Mora etc.

A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior precisão, especificando a origem dos recursos financeiros. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. Ex.: Impostos sobre o Comércio Exterior, Aluguéis, Multas e Juros de Mora dos Tributos etc.

A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. Ex.: Imposto sobre a Importação, Receita de Outorga de Serviços de Telecomunicações etc.

A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea. Ex.: Receita do Principal da COFINS, Receita do REFIS da COFINS.

Vamos ver, no quadro 2, um exemplo de uma classificação de receitas por categoria econômica:

Categoria Origem Espécie Rubrica Alínea SubalineaCorrente Tributaria Impostos Impostos sobre o Comércio Exterior Imposto sobre a Importação. xxxxxxxxxxxxxxxDe capital Transferências de Capital Transferências Intragovernamentais Transferências da União xxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 3

Page 4: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

(ANEXO 3 DA LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964) CÓDIGO E S P E C I F I C A Ç Ã O1000.00.00 Receitas Correntes (categoria econômica) 1100.00.00 Receita Tributária (origem)1110.00.00 Impostos (espécie) 1111.00.00 Impostos sobre o Comércio Exterior (rubrica)1111.01.00 Imposto sobre a Importação (alínea)1111.02.00 Imposto sobre a Exportação1112.00.00 Impostos sobre o Patrimônio e a Renda1112.01.00 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural1112.02.00 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana1112.04.00 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza e Adicional1112.04.01 Pessoas Físicas (Subalínea)1112.04.02 Pessoas Jurídicas1112.04.03 Retido nas Fontes1112.04.04 Adicional do Imposto sobre a Renda - Pessoas Físicas1112.04.05 Adicional do Imposto sobre a Renda - Pessoas Jurídicas1112.05.00 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores1112.07.00 Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Bens e Direitos1112.08.00 Imposto sobre Transmissão "Inter Vivos" de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis1113.00.00 Impostos sobre a Produção e a Circulação1113.01.00 Imposto sobre Produtos Industrializados1113.02.00 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação1113.03.00 Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários1113.04.00 Imposto Provisório sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira1113.05.00 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza1113.07.00 Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos1115.00.00 Impostos Extraordinários1120.00.00 Taxas1121.00.00 Taxas pelo Exercício do Poder de Polícia1122.00.00 Taxas pela Prestação de Serviços1130.00.00 Contribuição de Melhoria1200.00.00 Receita de Contribuições1210.00.00 Contribuições Sociais1220.00.00 Contribuições Econômicas1300.00.00 Receita Patrimonial1310.00.00 Receitas Imobiliárias1320.00.00 Receitas de Valores Mobiliários1390.00.00 Outras Receitas Patrimoniais

1400.00.00 Receita Agropecuária1410.00.00 Receita da Produção Vegetal1420.00.00 Receita da Produção Animal e Derivados1490.00.00 Outras Receitas Agropecuárias1500.00.00 Receita Industrial1510.00.00 Receita da Indústria Extrativa Mineral1520.00.00 Receita da Indústria de Transformação1530.00.00 Receita da Indústria de Construção1540.00.00 Receita de Serviços Industriais de Utilidade Pública1600.00.00 Receita de Serviços1700.00.00 Transferências Correntes1710.00.00 Transferências Intragovernamentais1711.00.00 Transferências da União1712.00.00 Transferências dos Estados1713.00.00 Transferências dos Municípios1720.00.00 Transferências Intergovernamentais1721.00.00 Transferências da União1721.01.00 Participação na Receita da União1721.01.01 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal1721.01.02 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Municípios1721.01.04 Transferência do Imposto sobre a Renda Retido nas Fontes (arts. 157, I e 158, I da Constituição)1721.01.05 Cota-Parte do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural1721.01.12 Cota-Parte do Imposto sobre Produtos Industrializados - Estados Exportadores de Produtos Industrializados1721.01.30 Cota-Parte da Contribuição do Salário-Educação1721.01.32 Cota-Parte do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários -

Comercialização do Ouro1721.09.00 Outras Transferências da União1721.09.01 Transferência Financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios - Lei Complementar no 87/961721.09.99 Demais Transferências da União1722.00.00 Transferências dos Estados1722.01.00 Participação na Receita dos Estados1722.09.00 Outras Transferências dos Estados1723.00.00 Transferências dos Municípios1730.00.00 Transferências de Instituições Privadas1740.00.00 Transferências do Exterior1750.00.00 Transferências de Pessoas1900.00.00 Outras Receitas Correntes1910.00.00 Multas e Juros de Mora1920.00.00 Indenizações e Restituições1921.00.00 Indenizações1921.01.00 Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 4

Page 5: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

1921.02.00 Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais1921.03.00 Compensação Financeira pela Extração do Óleo Bruto, Xisto Betuminoso e Gás1921.09.00 Outras Indenizações1922.00.00 Restituições1930.00.00 Receita da Dívida Ativa1931.00.00 Receita da Dívida Ativa Tributária1932.00.00 Receita da Dívida Ativa não Tributária1990.00.00 Receitas Diversas2000.00.00 Receitas de Capital (categoria econômica) 2100.00.00 Operações de Crédito(origem)2110.00.00 Operações de Crédito Internas(espécie)2120.00.00 Operações de Crédito Externas2200.00.00 Alienação de Bens2210.00.00 Alienação de Bens Móveis2220.00.00 Alienação de Bens Imóveis2300.00.00 Amortização de Empréstimos2400.00.00 Transferências de Capital2410.00.00 Transferências Intragovernamentais2411.00.00 Transferências da União2412.00.00 Transferências dos Estados2413.00.00 Transferências dos Municípios2420.00.00 Transferências Intergovernamentais2421.00.00 Transferências da União2421.01.00 Participação na Receita da União2421.09.00 Outras Transferências da União2421.09.01 Transferência Financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios - Lei Complementar no 87/962421.09.99 Demais Transferências da União2422.00.00 Transferências dos Estados2422.01.00 Participação na Receita dos Estados2422.09.00 Outras Transferências dos Estados2423.00.00 Transferências dos Municípios2430.00.00 Transferências de Instituições Privadas2440.00.00 Transferências do Exterior2450.00.00 Transferências de Pessoas2500.00.00 Outras Receitas de Capital2520.00.00 Integralização do Capital Social2590.00.00 Outras Receitas

1.3. ESTÁGIOS DA RECEITAO ingresso de recursos na receita possui etapas ou operações

para que sejam cumpridas as normas e os ditames legais pertinentes a matéria. São quatro estágios:

1. Previsão; 2. Lançamento; 3. Arrecadação; 4. Recolhimento.

A seguir, veremos detalhadamente cada estágio de Arrecadação.1.3.1 PrevisãoSão estimativas de Receitas, discutidas e incorporadas no

orçamento, com base em estudos, comparações e planejamento. A previsão da receita deve obedecer normais legais, conforme Lei 4.320/64, LRF, Portaria Conjunta Nº 2 da STN, entre outras. Os valores das previsões das receitas geralmente são previstos com base na variação do índice de preços/inflação, crescimento econômico; efeitos das alterações na legislação, ampliação da base de cálculo; ou qualquer outro fato relevante.

1.3.2 LançamentoÉ o ato administrativo que o poder Executivo utiliza, visando

notificar e individualizar o contribuinte ou o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos.

É a inscrição, no rol dos devedores, do agente passivo, bem como o crédito fiscal correspondente (importância a ser paga).

É a verificação se há um fato gerador da contribuição.Pode ser:a)Lançamento direto: cabe ao fisco;“Quando realizado unilateralmente pela autoridade

administrativa, ou seja, sem intervenção do contribuinte. Exemplos: IPTU, IPVA;”

b)Lançamento por homologação: cabe ao contribuinte com a homologação do fisco;

“Quando informado pelo próprio contribuinte e, posteriormente, homologado pela autoridade administrativa. Exemplos: ISS, ICMS.

Ainda sobre esse tema, cabe mencionar a definição apresentada no Regulamento Geral de Contabilidade Pública, que, por ser mais explícito com referência a este tópico, complementa o assunto ao discriminar como passíveis de lançamento:

a) os impostos diretos e outras receitas com vencimentos determinados em leis especiais, regulamentos ou contratos, mediante relações nominais dos contribuintes;

b) os aluguéis, arrendamentos, foros e qualquer outra prestação periódica de serviço pelos bens patrimoniais da União;

c) os serviços industriais do Estado, a débito de outras administrações ou de terceiros, quando não imediatamente indenizados;

d) todas as outras rendas, taxas ou proventos que decorrerem de direitos pré-existentes do Estado, contra terceiros ou que se possam originar de direito novo prescrito em lei, regulamento ou contrato aprovado ou concluído no decurso do exercício financeiro.”

c)Lançamento por declaração: cabe ao fisco com base em informações prestadas pelo contribuinte.

“Quando efetuado pela autoridade administrativa com a colaboração do próprio contribuinte ou de uma terceira pessoa, obrigada por lei a prestar informações sobre a matéria de fato indispensável à sua efetivação. Exemplo: Imposto de Renda - IR;

Para saber mais“O lançamento é um fato contábil, pelo novo entendimento do

Conselho Federal de Contabilidade – CFC, visto que não há entrada de recurso, mas há o reconhecimento da receita, contemplando, assim, o regime de competência.”

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 5

Page 6: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

“Alguns receitas não passam por este estágio, a exemplo do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).”

1.3.3 ArrecadaçãoA arrecadação ocorre no instante em que o contribuinte

comparece perante as repartições públicas ou agentes arrecadadores para pagamento ou transferência por depósito, geralmente da rede bancária, das guias de arrecadação.

Precariamente, alguns tributos não percorrem mais este estágio, pois já são recolhidos diretamente (art. 52 da lei 4320/64).

Nota: As normas que regem o reconhecimento dos resultados no Brasil são bastante precárias e estão consubstanciadas na Lei 4.320/64 que estabelece, no art. 35, como regra básica desse reconhecimento que:

Nota: apesar da importância não estar ainda nos cofres públicos, esta já é da união, visto que o contribuinte já liquidou sua obrigação para com o Estado.

Nota: segundo a lei 4.320, de 17 de março de 1964:

“Art. 35 - Pertencem ao exercício financeiro:I - as receitas nele arrecadadas;II - as despesas nele legalmente empenhadas”.1.3.4 RecolhimentoÉ a transferência, pelos agentes arrecadadores, desses

recursos aos cofres públicos competentes, efetivamente, ficando disponíveis para utilização pelos gestores financeiros.

O recolhimento compreende a entrega do produto da arrecadação pelas referidas repartições e estabelecimentos bancários ao Banco do Brasil para crédito da Conta Única do Tesouro, referente à Receita da União no Tesouro Nacional (ou bancos estaduais para crédito da Conta Receita Estadual do Tesouro Estadual ou da Conta Receita Municipal do Tesouro Municipal, conforme o caso). O recolhimento da receita far-se-á em estrita observância ao princípio da unidade de caixa, sendo proibida a criação de caixas especiais (art. 56 da Lei no 4.320/64).

1.4 Divida AtivaA Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez

foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no Ativo. Não se confunde com a Dívida Passiva, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros, e que é contabilmente registrada no Passivo e denominada de Dívida Pública.

Para saber mais“Ter se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento

pela lei ou por decisão final prolatada em processo regular.”A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é

definida desde a Lei 4320/64, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos legais. O texto legal referido, que versa sobre normas gerais de direito financeiro e finanças públicas, institui os fundamentos deste expediente jurídico-financeiro, conforme seu artigo 39:

“Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, eDívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições

estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978.(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 6

Page 7: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).”

A Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no Ativo.

Não se confunde com a Dívida Passiva, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros, e que é contabilmente registrada no Passivo e denominada de Dívida Pública.

Para o caso da União, a Constituição Federal, em seu artigo 131, § 3º, atribui expressamente a representação da Dívida Ativa de natureza tributária da União àProcuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN. A Lei Complementar nº 73 estabelece uma nova situação quando, além de atribuir competência à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN para apuração da liquidez e certeza da dívida ativa tributária e representação da União em sua execução, delega as mesmas atribuições às autarquias e fundações, em seus artigos nº 12 e nº 17:

“Capítulo VIIDa Procuradoria-Geral da Fazenda

NacionalArt. 12. À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão administrativamente subordinado ao titular do Ministério da Fazenda, compete especialmente:I - apurar a liquidez e certeza da dívida da União de natureza tributária, inscrevendo-a para fins de cobrança, amigável ou judicial;II - representar privativamente a União, na execução de sua dívida ativa de caráter tributário.Capítulo IXDos Órgãos VinculadosArt. 17. Aos órgãos jurídicos das autarquias e das fundações públicas compete:I - a sua representação judicial e extrajudicial;II - as respectivas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos;III - a apuração da liquidez e certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial.”

As receitas não arrecadadas e não lançadas constituirão receita própria do exercício em que forem realizadas. Já a receita lançada e não arrecadada tem seu valor perfeitamente definido: é saldo da conta receita lançada. É esse saldo que constitui os resíduos do ativo ou restos a arrecadar.

No Brasil, não se adota o regime de competência para as receitas (no sistema orçamentário). O saldo, portanto, não arrecadado da receita lançada não é apropriado ao exercício ao qual pertence. Entretanto, o valor conhecido dos restos a arrecadar é incorporado ao patrimônio, no ativo permanente, como componente da dívida ativa.

Para saber maisA dívida ativa será inscrita no ativo, seguindo o regime de

competência. Assim, As Dívidas Ativas são créditos oriundos da fazenda pública,

podendo ser de origem Tributária ou Não Tributária, que, quando não quitados tempestivamente e no seu tempo de acordo com a legislação própria, devem ser objeto de inscrição em livros de registros e escriturada no patrimonial da entidade como um direito a receber da entidade.

Tipos de Dívida Ativa1. Dívida Ativa tributáriaEntende-se por Dívida Ativa Tributária créditos da fazenda

pública referentes às obrigações legais relativas a tributos pagos por parte dos contribuintes do município e respectivos adicionais e multas afins.

2. Dívida Ativa Não TributáriaSão os demais créditos, muito bem definidos pelo § 2º do art. 39

da Lei Federal Nº 4,320/64, tais como:Empréstimos compulsórios, contribuições, contribuições

estabelecidas em Lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimento públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca e outras obrigações legais.

Inscrição da Dívida AtivaA inscrição em divida ativa é o ato administrativo que, depois de

verificada a legalidade da constituição do crédito pelo lançamento, assim como da certeza do objeto e dos valores constituídos e apontados na notificação do lançamento que usualmente ocorre na emissão da cobrança, promovendo a transcrição dos créditos inadimplentes para registros próprios, ficando a fazenda pública, assim apta a promover a execução fiscal dos inadimplentes.

A inscrição da divida ativa não é uma receita no sentido stricto sensu, e sim um registro de direito ativo do ente público. O pagamento, por parte do contribuinte inadimplente aos cofres públicos, é que será reconhecido como uma receita.

1.4 RESTITUIÇÕES DA RECEITAÉ de iniciativa do contribuinte, através, de requerimento,

solicitar restituição dos valores pagos a mais ou indevidamente. Se houver restituição no mesmo exercício ao qual se refere o tributo, será contabilizada como anulação de receita. Se autorizada e não reclamada até 31 de dezembro, a importância será classificada com “ Restituições a pagar”.

As restituições aprovadas em exercícios seguintes, ao qual se refere o tributo, processar-se-ão regulamente como despesas orçamentárias, onerando dotação própria de restituições e indenizações. Não sendo pago até 31 de dezembro, o valor será transferido para a conta restos a pagar.

Para saber mais:

Lei Complementar 101/2000 (LRF)“Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário - financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.”

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 7

Page 8: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA (Orçamento Público) – 3ª e 4ª AULAS

DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected] - INFORMAÇÕES SOBRE AFO: TWITTER.COM/PAULOJLACERDA 8

Page 9: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA PLÊIADE DE AFO E CONTABILIDADE

PÚBLICA

EXERCÍCIOS1. (TST) Com relação às receitas, julgue os seguintes itens.__ As chamadas renúncias de receitas, apesar de não representarem dispêndios de recursos, devem ser objeto de estimativa que acompanha o projeto de lei orçamentária, de forma a se evidenciarem os seus efeitos segundo critério de distribuição regional dessas renúncias.__ Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias destinadas ao Poder Judiciário ser-lhe-ão entregues até o dia 20 de cada mês, na proporção das liberações efetuadas pelo Poder Executivo às suas próprias unidades orçamentárias.__ A receita extra-orçamentária é representada no balanço patrimonial como passivo financeiro, por se tratar de recursos de terceiros que transitam pelos cofres públicos.__ Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza tributária, estando o produto de sua arrecadação vinculado à despesa que lhe fundamentou a instituição. Dependendo de sua modalidade, estarão ou não sujeitos ao princípio da anterioridade.__ Constituem receitas de capital as receitas imobiliárias e as intergovernamentais das quais não decorra exigência de contraprestação por parte do beneficiário dos recursos.2. (MESQUITA/RJ) As receitas de concessões e permissões são classificadas como:(A) de serviços; (B) patrimoniais; (C) de contribuições; (D)tributárias; (E) mobiliárias.3. (MESQUITA/RJ) Não são classificadas como receitas extra-orçamentárias:(A) inscrições de despesas empenhadas e não pagas em restos a pagar;(B) operações de crédito por antecipação de receita orçamentária;(C) consignações retidas na folha de pagamento para a previdência geral;(D) cauções em dinheiro recebidas para garantia de execução contratual;(E) rendimentos de aplicações financeiras em instituições bancárias.4. (TCM SP 2006) Identifique a alternativa que corresponde ao regime contábil para a apuração dos resultados na contabilidade pública brasileira, no que tange às receitas e despesas. a) misto, ou seja, receitas arrecadadas (regime de caixa) e despesas empenhadas (regime de competência). b) competência, ou seja, receitas e despesas orçadas. c) caixa, ou seja, receitas recebidas e despesas pagas. d) misto, ou seja, receitas arrecadadas (regime de caixa) e despesas orçadas (regime orçamentário). e) orçamentário, ou seja, receitas e despesas orçadas e legalmente empenhadas. 5. (TCM SP 2006) No âmbito da Administração Pública, os estágios da receita pública são, respectivamente, a) a previsão (estimativa), o empenho (inclusão no orçamento) e a arrecadação (pelo pagamento do contribuinte). b) o empenho (inclusão no orçamento), a arrecadação (pelo pagamento do contribuinte) e a realização (pelo recebimento da receita). c) a previsão (estimativa), a arrecadação (pelo pagamento do contribuinte) e o recolhimento (pelo crédito na conta de receita proveniente da entrega do produto da arrecadação). d) a dotação (estimativa), a arrecadação (pelo pagamento do contribuinte) e o empenho (baixa na dotação orçamentária pelo recebimento efetivo da receita arrecadada). e) a previsão (estimativa), o recolhimento dos pagamentos dos contribuintes (pelas repartições fiscais ou rede bancária) e a realização (pelo recebimento da receita). 6. (FNDE) As receitas são classificadas quanto à afetação patrimonial em efetivas e mutações. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, uma receita efetiva e uma por mutação.a) aluguel ativo e empréstimo contraído. b)pessoal ativo e aquisição de bens.

c) alienação de bens e ISS arrecadado. d) IPTU arrecadado e multa arrecadada. e) amortização de empréstimos contraídos e empréstimos concedidos7. (FNDE) O valor das Receitas de Capital com base no quadro a seguir é:

Receitas Previsão Arrecadação RecolhimentoAlienação de bens 2.000 1.500 0

Dividendos recebidos 5.000 4.500 4.000Empréstimos

contraídos3.000 2.500 2.500

Multas 4.000 3.500 3.500Total 14.000 12.000 10.000

a) 2.500. b) 8.500. c) 4.000. d) 10.000. e) 8.000.8. (FNDE) A da Dívida Ativa a ser inscrita conforme as informações abaixo é:

Receitas Previsão Lançamento Arrecadação RecolhimentoTotal 20.000 18.000 15.000 10.000

a) 3.000. b)2.000. c) 5.000. d) 8.000. e)10.000.9. (FNDE) As receitas que afetam o resultado econômico do governo apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais são:a) todas as de mutação. b) todas as efetivas. c) todas as correntes. d)todas as de capital. e) todas as receitas, sejam correntes ou de capital.10.(SENADO) No que diz respeito aos estágios da receita pública, julgue os itens seguintes.__ O artigo 139 do Regulamento de Contabilidade Pública (Decreto Federal n°. 15.783/22), que regulamentou o Código de Contabilidade Pública (Decreto Legislativo n°. 4.536/22), dispõe que a receita percorrerá os seguintes estágios: fixação, lançamento, arrecadação e recolhimento.__ A fixação correspondente ao processo de estimativas de receitas que se originam de previsões processadas com elevado grau de segurança e confiabilidade. Nela, fica determinado o montante máximo a ser obtido junto à sociedade.__ Lançamento é o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora, inscrevendo-lhe o débito.__ Arrecadação de receitas públicas pode ocorrer, muitas vezes, mediante o pagamento de compromissos por meio de depositários, quando estes retêm ou descontam de outras pessoas tributos e contribuições devidos.__ Somente após o recolhimento, pode-se dizer que os recursos estão efetivamente disponíveis para a utilização pelos gestores financeiros, de acordo com a programação financeira estabelecida.11. (SENADO) No que concerne à dívida ativa, é correto afirmar que__ a mesma passa a gozar de presunção relativa (juris tantum) de certeza e liquidez após a sua regular inscrição. __ passa a não mais admitir prova em contrário, já que, ao Estado, não é mais necessário apresentar prova para a afirmação de seu crédito.__ a maioria dos autores defende que a correspondente receita será apropriada no exercício em que ocorrer a inscrição.__ é constituída dos créditos da Fazenda Pública, somente de natureza tributária, que deixaram de ser pagos no vencimento, após serem apuradas sua liquidez e sua certeza, de acordo com a legislação específica.__ demanda a utilização de registros próprios, nos quais ficarão assinalados o nome do devedor, seu domicílio ou residência, a quantia devida, a origem e a natureza do crédito, entre outros requisitos essenciais. 12. (CGU) Considere os seguintes dados de receitas e despesas constantes da proposta orçamentária de um determinado ente da federação (valores em mil):

Receitas Previsão de ArrecadaçãoReceitas de Serviços 2.000

Receitas de Alienação de Bens 3.400Receitas de Juros 2.300

Receitas Tributárias 15.300Receitas de Operações de Crédito - Contratual 15.500

Receitas de Contribuições 12.500Receitas de Operações de Crédito – Refinanciamento da Dívida 20.000

Dúvidas, sugestões e críticas: [email protected] 9

Page 10: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA PLÊIADE DE AFO E CONTABILIDADE

PÚBLICA

Receitas de Dívida Ativa 2.000Despesas Dotação

Despesa de Pessoal 21.000Despesa de Inversão Financeira 13.000

Despesa de Juros 2.500Despesa de Investimentos 7.500Despesa de Amortização 20.000

Outras Despesas Correntes 9.000

Com base nos dados apresentados, julgue os itens__ A proposta respeita o princípio orçamentário do equilíbrio, mas apresenta um déficit no orçamento corrente.__ O ente ainda poderá incorporar na proposta orçamentária, novas operações de crédito com a finalidade de realizar despesas correntes, até o montante de 5.000, sem desrespeitar a regra de ouro estabelecida na Constituição Federal.__ O superávit do orçamento de capital foi de 1.600.__ O ente poderá destinar a totalidade da Receita de Alienação de Bens para pagamento de juros da dívida.13.(STF) julgue__ Uma diferença que usualmente se estabelece entre receitas correntes e receitas de capital é o caráter recorrente das primeiras e esporádico das últimas. Do mesmo modo, entre as receitas próprias e as receitas de transferências: as primeiras são livres, e as últimas, vinculadas.__ Receitas imobiliárias e de valores mobiliários constituem receita patrimonial, que se classifica como receita corrente, para qualquer esfera da administração.14(DNPM) Segundo o Manual do Orçamento 2010, o código identifcador da natureza da receita pública é formado por seis níveis distintos: X (Categoria Econômica); Y (Origem); Z (Espécie); W (Rubrica); TT (Alínea); e KK (Subalínea). Considerando as características dessa codifcação, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta.I – A receita é classificada em quatro Categorias Econômicas.II – Entre as Receitas Correntes, incluem-se as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas.III – Espécie é o nível de classificação vinculado à Origem, e é composto por títulos, que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador de tais receitas.IV – A Rubrica é o nível que detalha a Alínea com maior precisão, especificando a origem dos recursos financeiros.V – A Alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros.A sequência correta é:(A) F, F, V, F, V.(B) F, V, F, F, V.(C) F, V, V, V, F.(D) V, V, F, F, F.(E) V, F, F, V, F.1CECCE 2B 3E 4A 5C6A 7C 8A 9B 10EECCC11CEEEC 12ECEE 13 EC 14A

Dúvidas, sugestões e críticas: [email protected] 10

Page 11: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR: PAULO LACERDA PLÊIADE DE AFO E CONTABILIDADE

PÚBLICA

Dúvidas, sugestões e críticas: [email protected] 11

Page 12: Receita pública - Administração Financeira e Orçamentária - Aula 2

PROFESSOR : PAULO LACERDA PLÊIADE DE AFO E CONTABILIDADE PÚBLICA

Dúvidas, sugestões e críticas: [email protected] 12