raposinho 23

33
COLABORADORES Professores: Lurdes Ferro, Luís Quintal, Nélia Sousa, Patrícia Brito, Carina Vale, Sara Ferrei- ra, Aurora Sousa, Énio Camarinho, Pedro Oliveira, Sónia Bastos, Judite Perestrelo Alunos: Diogo Alves 6ºA, Laura Freitas 6ºC, Alexis Dantas 7ºA, José Armando Ladeira 7ºA, Diogo Caldeira 7ºA, Maria Silva 7ºA, Liliana Nóbrega 7ºA, Mariana Silva 7ºA, Moisés Freitas 7ºA, Bárbara Lourenço 7ºA, Jorge Sousa 7ºA, Johnny Henrique 7ºA, Duarte Gonçal- ves 7ºA, Francisco Gouveia 8ºB, Daniel Jardim 8ºB, Filipe 8ºB, Tatiana Oliveira 8ºB, Valter Fernandes 8ºB, André 1ºA, Pedro 1ºA, Henriqueta 1ºA, Diego 1ºA, Rúben 1ºA, Arlete 2ºA, Igor 2ºA, João 2ºA, Leo 2ºA, Rui 2ºA, Diogo 2ºA, Luis Filipe 2ºA Técnica Profissional de Biblioteca e Documentação: Zélia Gonçalves 23ª Edição 18 de Fevereiro de 2011 NESTA EDIÇÃO Escola@Notícias 2 ArteCool 14 Gráphos (Γράφος) 18 Ludo Time 27 Raposinho Escola Básica 1º2º3º Ciclos/PE Professor F. M. S. Barreto Escola Básica 1º2º3º Ciclos/PE Professor F. M. S. Barreto Escola Básica 1º2º3º Ciclos/PE Professor F. M. S. Barreto Site: escolas.madeira-edu.pt/eb123pepfmsbarreto Email: [email protected] Telefone: 291870040 Dia dos namorados, dia em que se celebra o Amor. E quando falamos de amor, falamos nas mais diversas formas: amor físico, amor platónico, amor materno, amor a vida… e pode revestir diferen- tes roupagens - pode significar afeição, compaixão, misericórdia, atra- cão, paixão, desejo, conquista, libido… O conceito mais popular envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém. Assim, Amor não é nada mais que a descoberta de nós mes- mos nos outros, e o grande prazer que sentimos desse reconheci- mento. Uma Verdade sobrepõe-se todos procuramos o Amor. Todos procuramos o aconchego do sentimento. Todos precisamos do olhar, do carinho, do abraço, do sentimento. E as palavras podem traduzir ou esconder este sentimento universal, tão ambicionado e tão acari- nhado pelos vates. Provavelmente a escritora Fernanda Castro con- densou magnificamente bem a nossa necessidade intrínseca do amor, quando afirmou: O segredo é amar. Amar a Vida com tudo o que há de bom e mau em nós. Amar a hora breve e apetecida, ouvir os sons em cada voz e ver todos os céus em cada olhar. Amar por mil razões e sem razão. Amar, só por amar, com os nervos, o sangue, o coração. Viver em cada instante a eternidade e ver, na própria sombra, claridade. O segredo é amar, mas amar com prazer, sem limites, fronteiras, horizonte. Beber em cada fonte, florir em cada flor, nascer em cada ninho, sorver a terra inteira como o vinho. (…)” Dinamização da Biblioteca

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Jornal escolar da EB123/PE Prof. Francisco M. S. Barreto

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Page 1: RAPOSINHO 23

COLABORADORES

Professores:

Lurdes Ferro, Luís Quintal, Nélia Sousa,

Patrícia Brito, Carina Vale, Sara Ferrei-

ra, Aurora Sousa, Énio Camarinho,

Pedro Oliveira, Sónia Bastos, Judite

Perestrelo

Alunos:

Diogo Alves 6ºA, Laura Freitas 6ºC,

Alexis Dantas 7ºA, José Armando

Ladeira 7ºA, Diogo Caldeira 7ºA, Maria

Silva 7ºA, Liliana Nóbrega 7ºA, Mariana

Silva 7ºA, Moisés Freitas 7ºA, Bárbara

Lourenço 7ºA, Jorge Sousa 7ºA,

Johnny Henrique 7ºA, Duarte Gonçal-

ves 7ºA, Francisco Gouveia 8ºB, Daniel

Jardim 8ºB, Filipe 8ºB, Tatiana Oliveira

8ºB, Valter Fernandes 8ºB, André 1ºA,

Pedro 1ºA, Henriqueta 1ºA, Diego 1ºA,

Rúben 1ºA, Arlete 2ºA, Igor 2ºA, João

2ºA, Leo 2ºA, Rui 2ºA, Diogo 2ºA, Luis

Filipe 2ºA

Técnica Profissional de Biblioteca e

Documentação: Zélia Gonçalves

23ª Edição

18 de Fevereiro de 2011

NESTA EDIÇÃO

Escola@Notícias 2

ArteCool 14

Gráphos (Γράφος) 18

Ludo Time 27

Raposinho

Escola Básica 1º2º3º Ciclos/PE Professor F. M. S. Barreto Escola Básica 1º2º3º Ciclos/PE Professor F. M. S. Barreto Escola Básica 1º2º3º Ciclos/PE Professor F. M. S. Barreto

Site: escolas.madeira-edu.pt/eb123pepfmsbarreto

Email: [email protected]

Telefone: 291870040

Dia dos namorados, dia em que se celebra o Amor. E quando

falamos de amor, falamos nas mais diversas formas: amor físico, amor platónico, amor materno, amor a vida… e pode revestir diferen-tes roupagens - pode significar afeição, compaixão, misericórdia, atra-cão, paixão, desejo, conquista, libido… O conceito mais popular envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém. Assim, Amor não é nada mais que a descoberta de nós mes-mos nos outros, e o grande prazer que sentimos desse reconheci-mento.

Uma Verdade sobrepõe-se – todos procuramos o Amor. Todos procuramos o aconchego do sentimento. Todos precisamos do olhar, do carinho, do abraço, do sentimento. E as palavras podem traduzir ou esconder este sentimento universal, tão ambicionado e tão acari-nhado pelos vates. Provavelmente a escritora Fernanda Castro con-densou magnificamente bem a nossa necessidade intrínseca do amor, quando afirmou:

“O segredo é amar. Amar a Vida com tudo o que há de bom e mau em nós. Amar a hora breve e apetecida, ouvir os sons em cada voz e ver todos os céus em cada olhar. Amar por mil razões e sem razão. Amar, só por amar, com os nervos, o sangue, o coração. Viver em cada instante a eternidade e ver, na própria sombra, claridade. O segredo é amar, mas amar com prazer, sem limites, fronteiras, horizonte. Beber em cada fonte, florir em cada flor, nascer em cada ninho, sorver a terra inteira como o vinho.

(…)”

Dinamização da Biblioteca

Page 2: RAPOSINHO 23

Página 2 O RAPOSINHO

Escola@Notícias

Page 3: RAPOSINHO 23

23ª Edição Página 3

Escolas@Notícias

Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais

Escola@Notícias

Na semana de 3 a 10 de Dezembro de 2010, a equipa de educação especial

do segundo e terceiro ciclos organizou algumas actividades, enquadradas no

âmbito da Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais, com o lema

«Reconhecer a Diferença, construir a Igualdade». Foram realizados momentos

de sensibilização para a problemática das necessidades especiais, nas aulas de

História e Geografia de Portugal do 6.º ano e nas sessões de apoio da Educação

Especial. O evento contou ainda com exibições e demonstrações: a exposição

das ilustrações dos alunos e a exposição e oficina de pintura com uma aluna

autista convidada. Os professores de educação especial e os alunos tiveram o

auxílio dos professores de História e Geografia de Portugal e de Educação Visual

e Tecnológica.

Page 4: RAPOSINHO 23

Página 4

Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais

O RAPOSINHO

Escola@Notícias

Page 5: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Dia da Ciência

No dia 15 de Dezembro realizou-se uma actividade, cuja o tema era “Dia da Ciência” realizado pela Prof. Sónia Bastos e a Prof. Sara Ferreira.

Na sala 203, Sala de Ciências, foram dinamizadas várias experiências.

Na primeira, num guardanapo dobrado a meio, fazíamos duas riscas com duas cores diferentes. Depois, numa lâmina de vidro, colocámos água e o guardanapo em cima da água. Observámos que as duas riscas de cores.

Numa segunda experiência, tínhamos que esmagar giz de várias cores e deitar óleo. A mistura que se obteve, deitava-se sobre um tabuleiro com muita água. Colocámos uma folha branca no tabuleiro e ao retirarmos, reparámos que apareceram vários desenhos.

Fizemos mais duas experiências: com uma vela escrevemos ou desenhamos por cima de uma folha branca. Depois, pincelamos com tintura de iodo e conseguimos ver o que um dos alunos desenhou.

Por último fizemos uma experiência que foi uma simulação de um vulcão em erupção. Com o vinagre, sabão e mais um ingrediente fizemos uma explosão falsa parecida com a lava a sair do vulcão.

Depois de realizadas as diferentes experiências, circulámos pela sala e observámos mais actividades relacionadas com as Ciências.

Ivana Freitas Nº6, 6ºB

23ª Edição Página 5

Page 6: RAPOSINHO 23

Dia da Ciência

No dia 15 de Dezembro de 2010, a nossa teve uma aula de Ciências muito

diferente. Passámos a aula a fazer várias experiências. Na primeira, fizemos

desenhos com a física, em que esmagamos giz de várias cores até ficar em pó,

depois juntámos óleo vegetal e misturámos tudo. Quando pusemos essa mistura

na água, obtivemos várias formas e vários desenhos. A segunda chamava-se

“Vulcão” e consistia em juntar bicabornato de sódio, uma especiaria (que lhe dava

a cor, e vinagre. Esta mistura fazia com que passado pouco tempo, houvesse uma

reacção muito semelhante à de um vulcão em erupção. A terceira chamava-se

“Escrita Invisível”. Nesta experiência, fazíamos um desenho qualquer com uma

vela, depois pincelávamos tintura de iodo por cima da folha e conseguíamos ver o

que escrevemos. A última chamava-se “Efeito Arco-íris”. Aqui, fizemos várias pintas

num guardanapo com marcadores e depois colocamos em água. Conseguimos

observar que as cores do arco-íris apareciam passado algum tempo. Além disso,

vimos um powerpoint que falava sobre todos os ramos da Ciência.

Diogo Alves nº3 / 6ºA

YouClube

Dia da Ciência

No dia 15 de Dezembro de 2010, o Grupo de Ciências realizou o dia da Ciência.

A sala de Ciências estava decorada com cartazes e neles, existiam curiosidades

e informações sobre ciência e cientistas famosos. Nesse dia, também a sala

funcionou como laboratório, onde fizemos experiências. Ficamos, durante algum tempo, a fazer algumas coisas: fazer experiências, ler informação e identificar

rochas.

Fizemos quatro experiências: na primeira experiência tínhamos que afiar a

base de uma vela até se parecer com um lápis e fazer algo com essa ponta no papel. De seguida, juntamos água e algumas gotas de tintura de iodo e espalhámos no

papel. O que desenhamos apareceu na folha.

Na segunda experiência, colocámos bicarbonato de sódio com corante e vinagre num vulcão, um molde. Desta combinação, dá-se uma reacção que se

parece com um vulcão em erupção.

Na terceira experiência triturámos paus de giz em copos separados e juntamos

em cada copo 10ml de óleo. De seguida, deitámos tudo num recipiente com água e

mexemos. Posteriormente, colocámos uma folha de papel branco na solução. A folha ficou colorida!

Na quarta experiência, pintámos duas manchas num papel de filtro e depois deitámos água nas manchas. Esperamos que a tinta começasse a escorrer e

observámos que apareceram outras cores.

Este dia foi muito divertido!

Laura Freitas,6ºC

Página 6 O RAPOSINHO

Page 7: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Dia da Ciência

No dia 15 de Dezembro de 2010, a nossa teve uma aula de

Ciências muito diferente. Passámos a aula a fazer várias experiências.

Na primeira, fizemos desenhos com a física, em que esmagamos giz de

várias cores até ficar em pó, depois juntámos óleo vegetal e misturámos

tudo. Quando pusemos essa mistura na água, obtivemos várias formas e

vários desenhos. A segunda chamava-se “Vulcão” e consistia em juntar

bicabornato de sódio, uma especiaria (que lhe dava a cor, e vinagre.

Esta mistura fazia com que passado pouco tempo, houvesse uma

reacção muito semelhante à de um vulcão em erupção. A terceira

chamava-se “Escrita Invisível”. Nesta experiência, fazíamos um desenho

qualquer com uma vela, depois pincelávamos tintura de iodo por cima da

folha e conseguíamos ver o que escrevemos. A última chamava-se

“Efeito Arco-íris”. Aqui, fizemos várias pintas num guardanapo com

marcadores e depois colocamos em água. Conseguimos observar que as

cores do arco-íris apareciam passado algum tempo. Além disso, vimos

um powerpoint que falava sobre todos os ramos da Ciência.

Diogo Alves nº3 / 6ºA

23ª Edição Página 7

Page 8: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

No dia da festa de encerramento do 1º Período, dia 17 de Dezembro, foi dinamizada uma actividade a que se chamou “Barraquinha da Amiza-de”.

Esta actividade tinha como objectivo a venda de diversos objectos,

peças de artesanato, e trabalhos manuais, cuja receita será encaminha-da para um fim solidário. Para este efeito contou-se com uma colabora-ção acima do esperado dos Encarregados de Educação dos alunos do 2º e 3º Ciclos, que participaram quer através da entrega de objectos feitos pelos mesmos, quer através da compra de alguns artigos, dando, a maioria das vezes, um valor monetário acima do inicialmente estabeleci-do, que era meramente simbólico. Salienta-se ainda a colaboração do Clube Europeu, que também entregaram diversos materiais para vender na Barraquinha.

Na “Barraquinha da Amizade” estavam a venda diversos trabalhos, como toalhas pintadas com a técnica do guardanapo, garrafas decorati-vas pintadas à mão, marcadores de livros, molduras, carteiras feitas de sacos de café, sabonetes decorativos, entre outros. Considero que esta actividade foi muito satisfatória, tendo resultado plenamente e cumprido o seu principal objectivo: a angariação de fundos para solidariedade,

com a participação da comunidade edu-cativa.

Sara Ferreira

A Barraquinha da Amizade

Página 8 O RAPOSINHO

Page 9: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Entre os dias 10 e 14 de Janeiro, das 9 horas às 17.30 horas, esteve na nossa

escola, no pátio à frente da escola a antiga carrinha Calouste Gulbenkian, que é atual-

mente dinamizada pelo Baú de Leitura, com a actividade Animação Itinerante. Contém

livros, jogos didácticos e dois computadores.

Este projecto visa concretizar a animação itinerante com potencialidades para

divulgar, promover livros e conteúdos TIC, visando o aumento do conhecimento da Lín-

gua portuguesa, junto de alunos e população geral. E tem como objectivos específicos,

convidar organismos extra-curriculares, nomeadamente, centros de dia, lares de 3ª

idade, IPSS, bibliotecas públicas, museus ou casas da cultura a assistir/participar nas

actividades de animação da leitura desenvolvidas pelas escolas integradas no projecto

e permitir o fácil acesso a recursos de cariz cultural, por parte de toda a comunidade

em geral.

Durante estes dias desenvolveram-se actividades para a comunidade educativa,

tais como:

- Sessão de Leitura

- Hora do conto

- Pesquisa de informação

- Leitura Expressiva

- Escrita criativa

- Jogos de leitura

- Expressão Plástica

- Dramatização

- Construção de materiais lúdicos

Dinamização da Biblioteca

Baú da Leitura

Animação Itinerante

Escola@Notícias

23ª Edição Página 9

Page 10: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Animação Itinerante

Página 10 O RAPOSINHO

Page 11: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Actividade São Valentim

Dia de São Valentim, também conhecido por Dia dos Namorados. Uma data que

visa a comemoração da união amorosa entre casais. Tradicionalmente, neste dia (14

de Fevereiro em Portugal), os casais trocam entre si cartas amorosas e oferecem-se

caixas de bombons em forma de coração.

Para não fugir a tradição, decidiu-se comemorar na Escola esta data e foi colocada

na Biblioteca da escola uma caixa de correio, personalizada. Desta forma, os apaixo-

nados mais envergonhados puderam expressar os seus sentimentos pela pessoa

amada, escrevendo uma declaração de amor.

Os professores do Departamento de Línguas também não quiseram deixar pas-

sar este dia em claro. Decidiram então fazer uns corações muito lindos e coloridos,

onde os alunos escreveram a suas mensagens, e cartas relacionadas com o amor e a

amizade, que foram afixados no corredor em frente à Biblioteca. Os trabalhos dos

alunos foram elaborados nas quatro línguas leccionadas: Alemão, Francês, Inglês e

Português. Os alunos do 1º Ciclo e do Pré-escolar também colaboraram nesta activi-

dade e contaram com a ajuda dos professores Aurora Sousa e Luís Quintal.

O resultado de tudo isto foi uma cortina cheia de corações. Podíamos até dizer:

Love is in the air.

23ª Edição Página 11

Page 12: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Página 12 O RAPOSINHO

Page 13: RAPOSINHO 23

Escola@Notícias

Top de Leitores

1º Joana Neto — 3º Ano

2º Sofia Jardim 3º Ano

3º Ana Castro 5º B

4º Luís Pombo 6º A

5º Francisco França 6ºA

Colecções/Livros mais requisitadas: Colecções/Livros mais requisitadas:

1º Colecção Disney 1º Colecção Disney

2º Colecção Labirinto 2º Colecção Labirinto

3º Colecção Anita 3º Colecção Anita Total de utilizadores:

204 Utilizadores

Total de livros requisitados:

319 Livros

Zélia Gonçalves

23ª Edição Página 13

Page 14: RAPOSINHO 23

ArteCool

Uma vez mais os alunos do 3º Ciclo, revelam as suas capacidades na disciplina de Educação Visual.

Este conjunto de trabalhos reflecte o trabalho desenvolvido ao lon-go de algumas aulas.

Fazer um retrato é algo complexo, pois exige que o(a) seu(sua) autor(a) consiga interpretar os traços faciais que caracterizam o(a) modelo(a).

A maior dificuldade revela-se a tentativa de captar a personalidade de quem está a ser representado(a). As pequenas características pes-soais têm de ser captadas e representadas.

É preciso esclarecer que um retrato pode ser considerado “perfeito” quando reconhecemos os traços faciais de imediato, mas captar a essên-

cia é o mote para a real qualidade de um trabalho do género.

Professora Lurdes Ferro

O Retrato

Andreia 9ºB José Paredes 9ºB

Paulo Gonçal-

Página 14 O RAPOSINHO

Page 15: RAPOSINHO 23

Página 15 23ª Edição

ArteCool

José Paulo 9ºB

Cristiano 9ºB

Mário Luís 9ºB

Carlos 9ºB

Laura J.9ºB

Page 16: RAPOSINHO 23

ArteCool

Любовь

IGOR

ARLETE

AMORE

LIEBE

DIEGO

Sevmek

Diogo

Love

Henriqueta Moita

Rui

Aula de TIC — 1º e 2º ano

Página 16 O RAPOSINHO

Page 17: RAPOSINHO 23

Página 17 23ª Edição

ArteCool

AYÁTTN LÉO

Rakastaa João

AMOUR

PEDRO

Amor

Ruben

LÁSKA

LUÍS FILIPE

KARL

ANDRÉ

Aula de TIC — 1º e 2º ano

Page 18: RAPOSINHO 23

Γράφος

Durante as aulas de Formação Cívica, no 1º Período, a turma do 7ºA realizou uma acti-

vidade que teve como objectivo aferir a importância que o nome tem no desenvolver da identidade de cada um. Esta actividade advém do facto dos alunos utilizarem muito fre-

quentemente alcunhas para chamarem os colegas, esquecendo-se, por vezes, do nome do colega e do contexto em que se encontram. Parte da actividade consistia em elaborem uns versos com o seu próprio nome, para depois lerem à turma e justificarem o que escreve-

ram. Em seguida, através de uma breve pesquisa na internet, teriam de procurar o signifi-

cado dos seus nomes.

A actividade foi satisfatória, todos os alunos participaram e alguns demonstraram bastante

criatividade. É pena que nem todos guardaram o trabalho, e por isso não é aqui mostrado.

Sara Ferreira

Alexis bonitão, agarra a bola com a mão.

Alexis Dantas, 7ºA José Armando Jardim: sou bonito e todas as

raparigas gostam de mim.

José Armando Ladeira, 7ºA

O Diogo é uma boa companhia

Põe todos a rir

Que parece

Uma cantoria.

O Diogo quando

Joga PC fica com os olhos arregalados

Até parece um japonês!

Diogo Caldeira, 7ºA

Sou a Liliana,

Gosta muito de estar na cama,

Quando vejo a Hannah Montana

Depois como banana.

Liliana Nóbrega, 7ºA

A Mariana gosta de cantar

Rir e brincar,

Sem nunca parar,

E aos amigos gosta de animar.

Mariana Silva, 7ºA

Bárbara Lourenço,

Não gosta de se assoar

A um lenço.

Bárbara Lourenço, 7ºA

Moisés,

É um grande fã

De Rámses.

Moisés Freitas, 7ºA

Jorge Macedo de Sousa,

anda cá ver uma coisa!

Jorge Sousa, 7ºA

Aula de Formação Cívica

Página 18 O RAPOSINHO

Page 19: RAPOSINHO 23

Página 19 23ª Edição

Γράφος

Mc pimpolho,

O Duarte entra,

E toda a gente,

Assenta.

Venho da Maloeira,

Venho de “bazicla”,

Não corro,

Porque não tenho pica.

Duarte Gonçalves, 7ºA

Eu sou Johnny pedrada,

vou caindo pela estrada.

Sou o Johnny pestana,

vou daqui até Santana…

Eu sou Johnny de triciclo,

vou a pedalar para o terceiro ciclo.

Johnny Henrique, 7ºA

Significado dos Nomes:

Duarte: Variante de “Edward”. Guardião próspero.

Diogo: Origem latim, significa instruído e indica uma pessoa dotada de forte magnetismo e muita

capacidade de liderança. Quem tem esse nome, em geral, se revela um ser humano preocupado com o

bem-estar colectivo.

Liliana: Do inglês Lilian, que significa pura, inocente. Variantes:Liliane, Liliam, Liliosa. É dotada de um

temperamento impulsivo, que não cede diante de nenhum tipo de pressão. Luta para alcançar suas

metas. Investe sempre com sabedoria e precaução.

Mariana: Aglutinação de Maria e Ana. Ver esses nomes. Indica inteireza de ânimo e espírito aberto e

próprio de pessoas que amam a sua profissão e os seus afazeres. Preocupam -se com os demais na

medida em que deles necessitam e, em geral, são pessoas receptivas.

Bárbara: Significa estrangeira e se associa a uma pessoa original, que está sempre em busca de novi-

dades. Por isso, quando sente que suas tarefas estão ficando rotineiras, trata logo de mudar de activi-

dade. Criativa, pode fazer sucesso nas artes ou na literatura, mas não se preocupa muito em ganhar

dinheiro com isso.

Jorge: Significa agricultor e indica um homem determinado e seguro de si. Pode ser um pouco arro-

gante e impetuoso, mas sempre respeita os limites das pessoas à sua volta. Palavra usada na antigui-

dade para designar os que não pertenciam ao império greco-romano".

Moisés: Do hebraico: "o que foi salvo pelas águas".

Page 20: RAPOSINHO 23

Γράφος

Às vezes tu morrias nos meus olhos

E eu desmaiava

Desmaiava,

Porque estava ao teu lado

Todos os dias eram finos.

Mas isso era a tua vida do dia-a-dia.

Era no meu tempo em que teu amor baia junto do meu

coração

Éramos um coração em pensamento

Hoje, os dias são apenas dias

E é muito pouco tempo

Um dia como todos os outros.

Já gastámos a nossa vida

Quando agora quero encontrar-te

Já não te procuro

E há o silêncio…

Escuto o silêncio…

Francisco Gouveia 8B

Às vezes tu morrias nos meus olhos

Página 20 O RAPOSINHO

Page 21: RAPOSINHO 23

Página 21

Às vezes tu dizias: os teus lábios são escorpiões vermelhos!

E eu acreditava

Acreditava,

Porque ao teu lado

Todas as coisas eram impossíveis

Mas isso era o tempo de Júlio César

Era no tempo em que teu corpo era um universo

Era no tempo que os teus lábios

Eram realmente escorpiões vermelhos

Agora são apenas os teus lábios

Não é muito, mas é verdade

Uns lábios como todos os outros

Já gastámos os adjectivos

Quando agora digo: meu diabinho

Já não se passa absolutamente nada:

E, no entanto, antes dos adjectivos gastos,

Tenho a certeza

De que todas as coisas estremeciam

Só de sussurrar os teus defeitos

No barulho do teu coração

Não temos já nada para oferecer

Fora de ti

Não há nada que me peça ouro

O futuro é inútil como uma professora de língua portuguesa

E já te disse: os adjectivos estão gastos

Adeus

José Daniel Correia Jardim

8ºB Nº9

23ª Edição

Γράφος

Às vezes tu dizias: os teus lábios são escorpiões

Page 22: RAPOSINHO 23

Γράφος

No mundo incerto

encontra-se o infiel silêncio,

Pois as mil cores destinaram

A minha morte.

A magenta traição cobriu-se

Encontrar a paixão agora

É impossível

pois agora ela está

Imersa, ausente, sem cor

Como estivesse debaixo de água

No profundo silêncio.

Só encontro o azul profundo

Do mar,

não encontro o mapa

Para o caminho do brilho do

sol.

Mas quando o encontrar

Sei que estará alguém

Para me levar.

Filipe jardim 8B

Página 22 O RAPOSINHO

Page 23: RAPOSINHO 23

Página 23 23ª Edição

Γράφος

Mar infiel

Como a morte da paixão

Como os mudos ausentes

Mar infiel

Cúmplice de traição

Mar fiel

Como mil cores silenciosas

Amarelo, azul e magenta

Como formas incertas

Mar fiel

Mar infiel e fiel

Como um imenso mapa de traição

Mar infiel e fiel de morte de paixão

Como um mar imerso no azul

José Daniel Correia Jardim

8ºB

Mar infiel

Page 24: RAPOSINHO 23

Γράφος

Incerto mar que é infiel

Nas vagas azuis

Silenciosas como o mel

Ausente estais lá

Meu barco naufragado

Paixão que se afundou

Como cúmplice amargurado

Fiel foi a vida, imersa distante

Mil cores sobrevoaram o céu belo e mirante

Agora és mudo, agora és imensidão

Traído pelas ondas, traído por teu Lar

Teu mapa foi curto, teu mapa foi concretizado

És a magenta e o amarelo

O ar e o luar

És paixão de uma vida

Levada pelo mar.

Valter 8B

Paixão imersa

Página 24 O RAPOSINHO

Page 25: RAPOSINHO 23

Página 25 23ª Edição

Γράφος

Às vezes tu dizias os teus lábios. São rosas.

Às vezes tu dizias os teus lábios. São rosas.

E eu acreditava,

Acreditava,

Porque ao teu lado

Todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era tempo das mentiras

Era no tempo que teu rosto era um labirinto

Era no tempo que os teus lábios

Não eram realmente rosas

Hoje são apenas os teus lábios

É pouco mas é verdade.

Uns lábios como todos os outros.

Já gastámos as palavras e olhares.

Quando agora digo: meu amor,

Já não se passa absolutamente nada

E, no entanto, antes das palavras gastas,

Tenho a certeza

De que todas as coisas floriam

Só de te beijar

No silêncio de um olhar.

Não temos já nada para dar.

Dentro de ti

Não há nada que me fascine.

O presente é inútil como um papel amarrotado.

E já te disse, tudo acabou.

Adeus.

Tatiana Oliveira 8ºB Nº19

Page 26: RAPOSINHO 23

Γράφος

Às vezes tu dizias, teus lábios são duas maçãs

E eu acreditava

Imaginava-os assim

Pois a teu lado

Tudo era possível e real.

Mas isso era no tempo dos segredos

No tempo em que teus lábios

Eram encarnados

Eram realmente duas maçãs

Agora, são apenas pedaço de carne pintada

Apenas isso, tão pouco, mas real

Uns lábios como qualquer outro

Já gastamos os olhares

E quando te digo: amo-te

Meu coração diz-me: Já não te quero

E, simultaneamente, todo meu ser relembra

A beleza do teu rosto

De ti retirada

Já não temos nada

Dentro de mim, és o passado

Um passado inabitado

Um passado desejado

Inútil, que nem um pedaço de papel amarrotado

Os olhares já se cansaram

E agora te digo:

Adeus

Valter Fernandes 8ºB

Às vezes tu dizias, teus lábios são duas maçãs

Página 26 O RAPOSINHO

Page 27: RAPOSINHO 23

LudoTime

”O Número Extra do Bilhete de Identidade ”

Em Portugal, os Bilhetes de Identidade possuem um

misterioso número extra que normalmente não serve

para nada. Costuma dizer-se que este é número de

pessoas com o mesmo nome do dono do cartão.

Mas será isto verdade?

O número extra é um algarismo de controlo de erros.

Para um número típico: abcdefg h em que h é o algarismo extra é válida a seguinte condição:

No caso do número 9383310 - 5b teríamos:

Conclui-se que 176 é múltiplo de 11 e assim sendo, o número do Bilhete de Identidade é válido.

Verifique se o seu Bilhete de Identidade é válido.

Prof. Sónia Bastos

1112345678 demúltiplohgfedcba

1765102133435863798

23ª Edição Página 27

Page 28: RAPOSINHO 23

LudoTime

Às folhas tantas do livro matemático

um Quociente apaixonou-se um dia

doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável

e viu-a do ápice à base uma figura ímpar;

olhos rombóides, boca trapezóide, corpo rectangular, seios esferóides. Fez de sua uma vida

paralela à dela até que se encontraram

no infinito. "Quem és tu?", indagou ele em ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode chamar-me de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde a almas irmãs)

primos entre si. E assim se amaram

ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando

ao sabor do momento e da paixão

rectas, curvas e círculos nos jardins da quarta dimensão. Escandalizaram os ortodoxos das fórmu-

las euclidianas e os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

E enfim resolveram se casar

constituir um lar, mais que um lar, um perpendicular.

Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissectriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade

integral e diferencial. E se casaram e tiveram uma secante e

três cones muito engraçadinhos. E foram felizes

até aquele dia em que tudo vira afinal

monotonia. Foi então que surgiu

O Máximo Divisor Comum frequentador de círculos concêntricos, viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta

e reduziu-a a um denominador comum. Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo,

uma unidade. Era o triângulo,

tanto chamado amoroso. Desse problema ela era uma fracção, a mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade

e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como aliás em qualquer

sociedade.

Millôr Fernandes

Prof. Sónia Bastos

A Matemática e o S. Valentim — Poesia Matemática

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Aprende, Brincando…

1.Completa o crucigrama.

1. Saída do ar dos pulmões

2. Gás combustível indispensável à libertação de energia nas célu-

las.

3. Órgão formado por anéis incompletos.

4. Ramificações da traqueia.

5. Órgãos respiratórios dos peixes.

6. Os peixes retiram dela o oxigénio necessário à sua respiração.

7. Cavidade do corpo humano onde estão alojados os pulmões.

8. Entrada de ar nos pulmões.

9. Órgãos esponjosos e elásticos situados na cavidade torácica.

10. Local onde ocorre a hematose pulmonar.

11. Membrana que protege os pulmões.

12. Troca gasosa que se dá nos alvéolos pulmonares.

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Page 30: RAPOSINHO 23

LudoTime

Menu Matemático

Não deixe que a inteligência desfaleça, nutra matematicamente a sua capaci-

dade para encontrar soluções.

Este menu apresenta uma série de sugestões para alimentar a capacidade de

raciocínio, enriquecer o intelecto e nutrir a curiosidade, tudo com um sabor de

divertimento e alegria.

Desde as entradas às sobremesas, passando pelos pratos principais, delicie-se

e deixe-se contagiar pelas emoções de uma viagem matemática.

Pode experimentar o que quiser. Aqui, o perigo de indigestões não existe. É até

fartar, sem medo do colesterol ou do excesso de açúcar.

Bom apetite!

Carta

Entradas

- Quantas fatias consegues cortar de um pão inteiro?

- Na sequência de números 1, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 5, 5, 5,... o que acon-

tece é que cada um dos números naturais vai aparecer tantas vezes quantas o seu

valor numérico.

Qual é o número natural que se encontrará na posição 101ª, nesta sequência?

-Quantos números de dois algarismos podemos encontrar que tenham o algarismo

das dezenas maior que o algarismo das unidades?

Pratos Principais

Sardinha grelhada

- Se um pescador e meio pesca uma sardinha e meia em hora e meia, quantas sar-

dinhas pescará em 6 horas?

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LudoTime

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LudoTime

Lulas à Romana

(Torne estas igualdades possíveis)

Secretos de porco

(Com os sinais + e -, torne as afirmações verdadeiras)

5 5 5 5 5 = 10

1 2 3 4 = 4

5 5 5 5 5 = 0

5 6 7 8 = 12

Sobremesa

Crescente de Números

(Coloque por ordem crescente os seguintes números)

990909 900999 990099 900909 909009

Decrescente de números

(Coloque por ordem decrescente os seguintes números)

2,101 2,9 2,09 2,11 2,909 2,019 2,001

Prof. Sónia Bastos

Página 32 O RAPOSINHO

Page 33: RAPOSINHO 23

LudoTime

O MITO

O mito constituía nos tempos antigos a base para a explicação dos fenómenos naturais. Com o pas-

sar do tempo e o desenvolvimento do pensamento racional é notória a sua dessacralização. Todo e qual-

quer fenómeno estranho ao ser humano passa a ser teorizado e explicado segundo uma análise crítica e

empírica. Consequentemente o mito quase desaparece, mantendo-se num posto secundário enquanto

realidade imanente ao espírito humano.

Mas nos tempos que correm, o mito e a sua respectiva aplicação sofrem nova metamorfose. De ser

praticamente nulo evolui para uma entidade generalizadora, matizadora de aspectos vários da sociedade

em geral (como a beleza, o sucesso, a riqueza, a fama). Adquire de forma coadjuvante um nível de esca-

la comparativa de eventos e factos, por vezes epocalmente longínquos. Dito de outro modo, torna-se

algo banal.

Vivemos actualmente numa sociedade cuja vitalidade económica advém em grande parte da conju-

gação dos factores tecnologia e racionalidade. O constante desenvolvimento de técnicas promotoras de

melhorias económicas e sociais tem fomentado um laborioso estudo quer da problemática do mito quer

dos seus reflexos na psique individual e colectiva, por antropólogos, filósofos, psicólogos e escritores. Ao

mesmo tempo que procura perceber qual o seu lugar no universo, o homem tenta percepcionar qual a

entidade ou as entidades que contribuíram e contribuem para a sua evolução contínua.

Por outro lado, ao generalizar o conceito de mitos a aspectos mais ou menos descontínuos ou de

importância relativa, o homem contemporâneo acaba por procurar no estudo do passado as bases para

uma compreensão do que erradamente faz no presente, tendo sempre em vista um futuro mais próspero

e equilibrado para cada um e para todos. Ao mesmo tempo contribui para o surgimento de modas, ten-

denciosamente desagregadoras da entidade nacional colectiva

Enquanto no passado os homens se serviam das modas como meio de transmissão de uma imagem

ou de uma ideia relativa a problemas sociais, actualmente estas reflectem uma perda gradativa da capa-

cidade individual de criação. Como as massas podem aceder a produtos e ideias até então apenas ao

alcance de grupos restritos, cai-se por vezes, num círculo competitivo vicioso. Por exemplo, quando

alguém procura adquirir uma novidade do mercado, tem em vista o granjear de fama e de respeito.

Todavia, como raramente alguém quer ficar em posição de subalternidade, desencadeiam-se conflitos

que em muitos casos representam a busca do mito da fama.

Neste sentido, os traços imanentes a cada indivíduo e a cada sociedade revelam algo pontual em

detrimento de uma ideia objectiva. Contribuem igualmente para uma compreensão do mundo, indepen-

dentemente do seu carácter racional, negativo ou crítico. Cada um procura desmistificar ou desmitologi-

zar aquilo que o rodeia, mesmo podendo ou não destruir os frutos de outrem. Esta ideia foi a base consti-

tutiva do espírito de missão adjacente a certas sociedades identificadas com ideais ecuménicos. A título

de exemplo, os colonizadores europeus, ao imporem as suas crenças, achavam que cumpriam uma mis-

são divina de destruição de velhas tradições e de velhos mitos, considerados pagãos. Substituíam-nos

por elementos artificiais e incompreensíveis para os povos colonizados, ou desenvolviam um decalque do

que pretendiam anular, atribuindo-lhe um suposto carácter inovador.

Todos estes factos contribuíram para uma crescente decadência da religião coadjuvada por um pro-

cesso de questionamento dos valores tradicionais. Os milagres e as crenças foram aos poucos substituí-

dos por factos provados pela ciência. A fé, durante muito tempo ponto central da vida em sociedade do

homem, vai-se aos poucos convertendo num refúgio. Em conjunto com o mito muito contribui para a for-

mulação de uma ideia de segurança, fornecendo ao homem enquanto ser humano uma escala de valores

pelas quais se rege nos mais diversos actos vivenciais, a qual lhe permite de igual modo integrar-se quer

numa comunidade específica, quer no universo humano em geral.

Pedro Oliveira

23ª Edição Página 33