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ItUl-UK ü
EM CE tfalfõ ii Pastara! Uípiin
N.0 BIBLIOTECA/
\ (3R010 IHFCHHATIVO DA PBTAPA - Nfi 01 -- M A 1 O / 77 Sndi para oolaboraçoea e correspondência: Av. Dr. Freitas Rua "A" nfi ^
"•Ç
jÊmÊÊm
"^
Ao assúadr-raos a Presidência da Federação
de Teatro Amador do Pará - FBTAPA -, traçamos ca
mo uma das metas de nossa gestão, o lançamento, de
um Boletim Informativo visando dar maior divulga-
ção desta entidade que a cada dia firm-se mais
como legítima representante da classe teatral em
nosso Kstado, Aqui está nossa meta alcançada, Su£
ge "EM CENA", o Boletim Informativo da F£TAPA,nai
cido do esforço coletivo dos membros atuantes de^
ta Federação»
Reconhecemos que não se trata de uma obra
exuberante, porem, ela espelha a batalha árdua e
corajosa que temos de enfrentar, todas as vezes qus
desajamos fazer algo em prol do teatro de nossa
terra. 15 pois, com justificada alegria, que laa
çamos "EM CBNAn objetivando, entre outras coisas,
servir ao teatro paraense que insiste em existir,
graças ao amor de alguns abnegados que aos poucos
vâo tornando-se muitos.
V Augusto Gamboa
Presidente
l
CONSCIENTIZAÇÃO
Jk Federação de Teatro
Amador do Pará - FBTAPA-
está aí. Pronta para lutar
pelos seus direitos .Poren, e importante a participa-
ção de todos para que ela
tenha a representativida-
de necessária para evitar
que uma cúpula administra
tiva tome decisões sem oca
sultar a política teatral
para o movimento.
< Página 7 )
I&niSTIÇA
Levi Hall de Moura, ro -
manciata, poeta, teatrolfi
go, e o autor de MMaian -
deua*1 peça que a FSTAPAea tá ensaiando para levarão
publico nos próximos dias. Embora editada pela Revii ta da Academia Paraense da
Letras em 1955» "Maiande- uaB passou estos 22 anos
em completo esquecimento por parte dos Grupos tea- trais de nossa terra.
(Página 5)
DESSERTIÇO
Em um Estado onde fazei
teatro, por si só, já é UB
ato de coragem e abnegaçãc
.os grupos paraenses têm a- V inda que enfrentar o pr<Jbl< ma da cobrança de uma tat
do Cr$ 500,00 para apresei tação de espetáculos.Isto é deveras lamentável, prii cipalmente no momento ea
que o Governo Brasileire lançou através dos órgãos
de divulgação a campanha : tt VX AO TEATRO ". . ,
(Página 6)
0^0 - 2
€' yK^^v,"* v-^c1^ i
Exercícios para desenvolvei; a liberdad© de moTisgntos! 3-0 Orupo forma ursa roda.üm fas ua movliaento, reproduzido
pelos' demais, ua a ussuCorso, a ua dado mosjento, ^ estarão todes. juntos se coirir^ntando, não Ibes ocorrerá a idé^ de censura.
2 - Benelhante uo 1, com uma ligeira modificação: ao repetirão moviiaento do vizinho, cada usi Ibci.acrescentará uma pequena alteração, ou eliini
nará um pequeno detalhe, - > 3 - Em círc\ilos olhos fechados.Começain a se movimentar pela ponta do ng,
ria, COBíO se «ate estivesse desenhando no espaço.Hudar o ponto de concentraçi.0 para a orelha, por ex., ou o queixo, deslocardo o pon to de concentração para todas as partes do corpo, que aturrao coaose ©stivessea desenhando no espaço.Sem o perceberem, criara m-vimentos
com mais liberdade. 0BS:Ao final da cada.exercício, aconselha-se que sejam feitos debates em
torno dotí mesmos.
& & à
^y.6 0 T®^T® àQ todos os É3£& Bertolt Brecht.
¥oces, art: que fasem teatro em grandes casas, sob a lua ds sois postiços, ante a platéia em silencio, obssrvcm de vez em quando esse teatro que tem na rua o seu 'palco: cotidiano, miltifário, inglório, A .A ^ rtrtm,1M mas tao vivido e terrestre, feito da vida etn comum dos homens - essa teatro que tem na rua o seu palco Aqui a vizinha, arremedando o senhorio, mostra com toda a clarasa, rememorando o palavrono ae como ele fez para desviai a conversa do cano d^gua que furou.Pelos passeios os moços mostram.as moças, que o riso escondem, como e que elas a noite ée defendem expondo os seios habilmente.Miante, um bebedo imita o padre no sermão abrindo aos pobres os ricos paramos do Paraíso. Tao sério © engraçado, o tao digno ©sse teatro! lao sio como papagaios e macacos que representam por representar, indiferentes ao quo estao^representando, apenas para,dizerem que sabem! tem, ao contrario, propósitos em vista. Oxalá possas , vocêss artistas maiores, imitadores erímios, não ficar nisso abaixo deles! Kio 8« afastem, por mais que se aperfeiçoem na arte,
■ desse teatro ds todos os dias é[ue tem na rua o seu palco! Aquele homem, no canto da ruav vejam: esta mostrando como o acidenta ocorreu, submetendo o%motorista abertamente â sentença da multidão, pela maneira como ia ao volante. « agora faz o papel do atropelado, pelo visto um ancião. Be uai e de outro ele só diz
; 3 •- "©"indlspenôEÜl para entenáer-s® o desastre, •• ms e^o que basta para apresentar os dois aos olhos de vocês. 85o da a entender que nao pudessem ambos evitar o acidente*^ o acidente e compreendido, ôisbora incoispreensiyel, pois tanto um como outro bem poderia ter agido de outra forma: agora ele está mostrando como os dois poderiam ter agido para que o acidente não ocorresse. Boda, de superstições em seu testemunho oculaj»: naç atribui ' a sorte dos mortais a estrela alguma, senso as próprias falhas,
Kotem ainda a seriedade e o cuidado dessa'representaçãoí da sua fidelidade bem sabe qu© dependem muitas coisas * que o inocente não se arruine © que o prejudicado tenha indenização«fejam-no agora repetindo o já feitot guando l$a dmrida, fas um esforço de memória, sem certeza do haver representado bem; parando e pedindo a alguém mais, aqui e ali, quo o corrija. Este ponto observem com respeito1 E com admiração devem ainda notar que esse imitador nao se pardo em nenhum papel, ní|o se confunde ' jamais cçm o personagem que esta intef-pretando.Permanece como interprete, sempre, sem misturas.O outro nao lhe confiou segredo algum, s ele não compartilha do outro Os sentimentos ou pontos de vista; sabe do outro pouquíssimo.Ba sua interpretação nenhum terceiro aparece, nascido do outro e dgle, como#um^composto de ambos, no qual pulsasse um so coração e um só cérebro pensasse: Seu espirito coeso e o de um intérprete a interpretar dois visinhos estranhos,
A fabulosa transfiguração que se pretende passar, nos teatros de vocês, entre o camarim e o palco - um ator sai do camarim, um rei entra no palco * essa mágica (da qual ja tantas vâses tenho visto darca boa risada oè maquinistas, empunhando garrafas de cerveja) nao tem lugar aqui.
Hosso interprete^ no canto da rua, n|o { nenhum sonambulo a quem ninguém se deva dirlgií} nao e nenhum sugremo sacerdote em seu divino ofício... Podem interrompe-lo a qualquer hora, é ele responde com toda a calma, o depois prossegue com a sua exibição,
Nao digamos se homem não e artistaí" -Erguendo tal barreira entre vocês e o mundo, ficarão vocês fora do mundo: nao lhe dão o titulojie artista, e ele a voclá' talvez nao dê o título de homens.,,!» essa restrição dele terá mais grave ainda.Digam,antes: é um artista, porque e um ser humano. Podemos fazer tudo o que ele faz e Síentir-nos multo honrados, pois o que nós fazemos e algo de humano e universal que a toda hora sucede no burburinho das ruas, quase tão caro !aos homens como alimentar-se ® respirar! ,
Conduzam o teatro dejrocfs de volta â vida prática,Digamt as nossas mascaras não tem nada de mais, são simplesmente máscaras*,, ü^vendedor do armarinho, lá embaixo, poe na cabeça o chapéu coco de quem dona corações, pendura ao braço uma bengala^ chega a colar um bigode sob o nariz, e atras do seu balcão ©nsaia uns passos de embalo, mostrando a proveitosa modificação que com um chapéu coco, uma bengala e um bigodinho, os homens godom realizar. Os nossos veros, digam que eles também os tom: os jornalêtros gritam com ritmo aa manchetes, aumentando o impacto delas e'facilitando tantas repetições, líós recitamos textos alheios, mas os namorados e os mercadores também decoram seus textos - e quantas vezes se recitara fraseai Máscaras- versos, frases, são assim coisas comuns; incomuns são a mascara ideada com grandeza, os versos bem compostos
r ""~" ' ' ~ "" eont.
,«w
e a frase Inteligente I
Piquemos, pois,1 entendidoss ainda quando aperfeiçoem o que faz o homem do canto da rua, vocês ainda estarão fazendo menos do que ele, se o teatro de roces derem menos sentido, com motivos menores, participando menos da vida do público e com menos serventia
( traduçãos Geir Campos )
§§§§§ .
0 teatro na£õlucacãa
Quando se queixam- e
conto costumam faze-lo -
da eterna crise de púbJJ.
co que afl> o nosso {*&
iro e procuram explicar
os seus motivos, os pra
dutores e astistas nao
hesitam em lançar mao
de todas as alegações ,
justificativas e atérass,
mo superstições imagina
veis.üm aspecto essencl
ai do problema nao cog
tuma, entretanto, ser &
bordado; precisamente o
aspecto que em qualquer
análise em profundidade
deveria talvez aparecer
como o mais importante
entre todos: o virtual
divórcio que existe no
Brasil entre a arte dr^
matiza e o processo edu
cacionai»
A criança francesa a
costuma-se, desde cedo,
a freqüentar os espetá-
culos da Comedie-Pran -
çaise: e nos sólidos OOJJ
tatos que toma, durante
todo o ciclo secundário
com a literatura de seu
País, a análise dos tex-
tos de Comeille, B^cine,
Moláère e dos seus cole-
gas mais recentes ocupa
um lugar de destaque. Os
Jovens inglesinhos nas -
cem e crescem na orgulíag
sa convicção, entusiasta
camente estimulada pelos
seus mestres, de seremig
dos filhos espirituaisds
Shakespeare; alem de re-
ceberem, durante fcoda a
sua vida escolar, amplas
oportunidades para^brin-
carM de teatro, dentro de
uma orientação pedagógi-
ca de exemplar seriedade
e lucidez. Qualquer jo -
vem alemão, ao terminar
seus estudos, tem um co-
nhecimento mais do que rã
zoável da sua dramaturgia
nacional, e um haMto ss
lidamente implantado de
freqüentar as casas deegi
petáculos.Nas üniversida
des borte-americanas, as
atividades extracurricu-
lares, no setor da arte
dramática, gozam de uma
popularidade que pode
rivalizar com a dasoqs
petições esportivas^
Nao ê de admiraijpojt tanto, que em ParÍs|oa
dresj Berlim ou Sbvalgp
que 5 seja quase sempre
difícil conseguir, sem
uma antecedência de s£
manas ou meses,# ingre^
sos para os espetácu -
los mais importantescb
momento.Os cidadãosÔXL
mados numa escola que
desde cedo lhes trans-
mitiu o interesse pelo
teatro tendem a conset£
var esse interesse pa-
ra o resto da vida e a
se tornar freqüentado-
res assíduos, esclare-
cidos e exigentes,"
Hao e de admirar,ta®
pouco, que no Hio ou em
São Paulo seja quase
sempre fácil conseguir,
mesmo em cima da hora,1
entradas para qualquer
espetáculo, 0 jovem hrsk
sileiro atravessa - ou
cont.pag, 8
-5 ' ' "
f
bajamsnt© conlaeeiáo ao maio artístico paraense* I?ocritors tsatrólogo @ poeta, áefiaitilpaísente a m?tQ literária nSo lhe te® segreâos.-
Levila&t 4 o amtor de ,fMaiaiiâeiian, peça<iae a FoásraçSo de Teatro iaador do P&rá-FSTAPÂ- ma. celfecm par^ montar neste 1977,
Satre outras peças, leTifeall «screTetííwSf|í BOLO" ( 23/02/if9 ) ; •'BÜAS FAMÍLIAS PARASSES'» | ftGâKGOB PABA PAZ" ( 19^8 ) } «HEIHO BSCAHTADO • o outras*
nMi CMÂ** apresenta u® áepoisento deste.pà raense injustamente esquecido há tantos anos*
22 ANGS
DC CSPCRA
i A
iá-ifim, vejo programaás,
ensaiada, a fim é® ssrmoa
tfiâM a peça teatral "de q&
nha autoria "t^dandena11^
3a peça foi escrita poi-Bân
ao 19lfJ»-» após eu ler uma
reportagem do jornalista
Flévio Pereira (já faleci
do), s^bre a "vila da Bei:
ca*, e a lenda ^Miianáe -
\wínt das ôswaldo - Orico (rg
i tirada do Vocabulário de
; leaclas anasônicarf) ,IMI ifíâ
plrai, o repleto de entu-
siasmo, transportei a rE
ferida lenda para a "vila
tia Barcat^t,^í^iandeua,, foi
publicada em 1955 naReviâ
ta da Aeademla Paraense di
letras onde ocupo a cadeX
ra Bruno Seabra.Tal imb34
eaçao deu, portanto, o cs,
nhaciaevte do trabalho ao
faatro do Istuáante, úni-
ca üg^eaisçao teatral qu©
Mvla ontre nós aa época.
Üo obstante essa divulga
çSos o Teatro do Istudan--
te preferiu ignorar o teg
to.Minguam me procurou,^
nhum Grupo se lembrou de
^Maiandeua"«Mostrei o mm
texto para diversas pesso
as, dentre as quais posso
citar tdestro Taldemarüqg
rique, Paschoal Carlos 1^;
no, Tito Franco de Almei-
âa..*Todos se entusiasma-
ram, mas aao passou disso,
com exceção de Tito Fran-
co de Almeida, que, quan-
do estava aprontando tudo
para montá-lo teve morte
súbita»
Mtiitos dos textos aqui
encenados, são textos d4
ficílimos,19fto para os ata
res.Has, para os especta-
dores .Textos pouco inte -
ressantes, que nio satis-
fazem o público, tm& que
forçam o interesse dele •
longe de nos querermos com
isso chamar de ignorante,
desligada ou de mau gosto
a platéia paraense.
%s últimas gerações do
Pará, Istado subdesenvol-
vido, apoiado numa mono -
cultura, a da borracha,fâ
dada a vir abaixo, como £
feticamente vemos com as
fatais oscilaçSes do mer-
cado capitalista interna-
cional, começou a faltar
o hábito do teatro. Bra
preciso criar este hábito
Tal hábito nSo se criaria
com fhakespeare,Ionesco y
Burípedes, etc...tão poa
eo cora o teatro religioso
A religião deveria limi -i
tar-se aos templos qas são
lugares adequados.Lembro
-me que, de. uma feita, a sisti, m arraial do
go de Hasare, a uma
sentação teatral na qual
constava uma apoteose a
Santa Padroeira da festa.
Pois bsm.Perante toda a
cena o público permanecei
calado, mostrando evidan-
te desagrado e ao termi-
nar a exibição, não deu
uma palma sequer;
São se diga que o tea-
tro tem origem religiosa,
com os oratórios na Idad«
Média (o teatro grego nã<
era religioso).0 verdade
ro teatro nasceu com o
realismo aa Idade.Moder-
na, no século XIX. No Pa-
ís subdesenvolvido o te& tr# deve preparar o p& -
blico para algo aaisstfca
tancial» algo melhor, si godfe bba> algo de mala
A»! pôuc®s ç©sso Gruí» mo tomando citncia d© u- Bsa malfadada portaria, o- ritmda nao sabemos d© qti« órgão ou Poder, que insti txá. o pagamento de tiaa t& za da quinhentos cruzei - ros^ a quando da apresen- tação de^espetáculos em locais públicos.
Esta portaria, decerto smquinada para bloquear a arte, pois não vemos nela outro objetivo, vem rele- gar ao descrédito toda a caapanlm feita gel© ítlnia tario de Educação e Coita ra, conclamando o povo a comparecer ao teatro,
Como se nao bastasse» os nossos problemas, que nao sao poucos, ainda nos prestam .^ais esse desser- viço ^Ora, nusa terra como esta, onde não se conhece, um Grupo d© Teatro sequer que^nao sobíjeviva em con- dições precárias, onde as nossas rendas emrbilhete- ria, quando muito, dão pg ra cobrir nossos gastos a obrigatoriedade de se dispor desta quantia é v3L
tftl«l nao se pense que se quer diser com Isto, que desejamos ver nossos gru- pos ganhando dinheiro a rodo.O teatro amadoç não visa#lucros, assim ©, mas também entendemos^que © simples fato de nao visax mos lucro, mo quer dl - ger que devei^s onerar-K) -nos.
1 demais sabido por t$ dos o quanto o paraense • desligado do teatro.Tam - bl® e fato que grande çax te deste desligamento e# culpa nosga. 0 nosso pú- blico <|sta aí, em poten - ciai, e apenas juma ques#- tao prepara-lo t" o que BQ podcj ser feito com tima 4| temática apresentação d® feças teatrais.CoiJKs fase- o se a quem cabe ^estiMi-
l^-lo fas o contráriotSe- ra que as pessoas que de- terminam ojpagamento des- ta exorbitância, nao fa - sem diferença entre ama - dor e profissional t Fará tudo nao ©xist© proporçibí Porque ©ntao para o tea- tro não ha esse critério?
fiâ de regra, as mespas taxas impostas ao tea r tro profissional, que ej| ta protegido por um »& lido esquema financeixo, valem para o teatro ama dor, que agonizante te^ ma em existir.
Urge que tomemos po- sição?
Precisamos fazer uma campanha de esclareci - mento. Temos de. interca der Junto a quem de di- reito para que haja uma conscientização dessa pg sioao, Hão e calando qti conseguiremos o lugar que nos e devido.
â elass^ teatral pa- raense esta pronta pam o dialogo aberto, po^e^ exigimos que este dial^ go seja, acima de tudo, sincero.Ja somos umadà se suficientemente adaX ta para entendermos qu© é ItmmmX fazer- se teatro messat,' jetos.
em ctma de pr^ planos © prg»
*/
I
í AGORA É S FÁCIL
JÈá . «-■
0 surgimento de FQá© - ? rações de teatro pôr todo i o Brasil, dão*nos a certt, ; 20, da q\iQ noros rtiMis es~ í *«• j tao reservados ao teatro
: nao-Gapresarial, 0 Ssta-
Ido âo Para rmo poderia^
; xax d@'cerrar fileiras $ia
' to aos EsOTimentos teatra-
9 cjue se desenrolas em
;nosso País e assim folqpy
dia 1^ de dezembro de
■1975» surgia a Federação sde Teatro amador do Pará~
pIüMPÂ-, coraposta por Ih
rapo a Teatrais não esiprg
i riais.
Hoje^ 17 aeses apósam
jfundação, a FETAPA conti~
niíi^firs© na sua luta eu
tprol do teatro Amador de
^nossa terra,
• 1-luito tm por faser. Í
recito que todos se unam
mm torno da Federação pji
«ra qiLQ se possa cosíbater,
(ie saneira aiâis concreta,'
«os eapecilbos que atraras
caa o desenrolviumatô do
í teatro em nosso Sstado.lSi
pâcilbos estes, que sSo
comuns em todos os pontos
do Brasil onde se procura
fomentar o' teatro nao-co-
sereialt falta d© liberda
ídQ de expressão, ausência
ide apoio oficial, inesls -
jtencia de bibliografias e
jprineipalmtnte a prolife-
ração de ^curiosos**.'
âpos o surgimento da
IBfâÉâ, começarata a sur-
gir teztes escritos por
autores paraenses B Muitas
deles sem o brilhantismo
e a qualidade de um Hel-
son Rodrigues, Merle Cls.
ra Macbado e outrosf |fi
rem, sao nossos, espelliK!
a nossa realidade, e o
teatro que imo questionas
a própria realidade nao
tem rasao de existir.'
2>esd9 sua criação, a
FBTAPA cumpre ma trabal»
pioneiro de formação d©
atores em nosso Bstado í
através d© manhas de es-
tudos, palestras, deba »
tea & apresentação de M
ças teatrais escritas ps»
autores paraenses»Através
de sua Presidência, a Fg
deraçao de Teatro Amador
do Para se fas presente
em todaa as reuniões da
Confederação lacieaal de
Teatro Amador, a exemplo
do que ocorreu em Janei-
ro próximo passado no
Istado do Maranbio, onde,
durante quatro dias fo-
ram debatidos assuntos âs
alta relevância para o
teatro Amador brasileiro^
Üúm o passar do tempo*
a FiTAPA vai adquirindo
o caráter d© verdadeira e
única representante da
classe teatral amadorln
ta em nosso Sstado e «a
turidade suficiente pa-
ra combater aqueles que^'
prtstam verdadeiros de^
serviços ao nosso tea -
tro amador, •
A Federaçio de Teatio
amador do Para tem VQQ bjetiirosí Amp8.rar e dei?
denderos interesses g£
raie dos grupos associü.
dos, bem como represen-
tá-lo perante a comuni%
de, os poderes públicos
federais, estaduais e
municipais, colaborando
com os mesmos no estudo
e solução de todos osg?
stmtos que, direta ou Ia
diretamente, possam de
qualquer forma, fomenta^
Ibes a coesão e o fortâ
lecimento; Pleitear e a
dotar medidas de inter^g.
se dos grupos filiados,
bem como estudar e pro-
por soluções para as qua^.
tSes e probleaas relati
vos a seus representa -
dos.
Portanto, embora faa
eionando em condiçõespj^
cãrias por não dispor de
uma sede apropriadaj1 Ã
FITâPA esta pronta paüfa
cumprir seus deverea e,
lutar por seus direito»*
pslo mmê atravessada, at@ há, muito pouco tem- po - todas^as etapas da sua educação escolar ,§« ter tido tm escola ouâi qaar contato estiisaían- te com o teatro| e nui- tas flses sea ter s# :,- qu^r otrsrido falar m^0Ü:: csistlncia io teatr<j.% mo esperar -dele. o ftaM.» to de ir ao teatro tprl|| cipalmente levando em c^nta o fato de que^, a~ l©a da escola» tambea a fumilia e os^amigos diâ cilments tsrlo tomado a iniciatlTa de abrir-lM
i os olhos para as ri(|u@«- • sas do universo teatral
SQ a un^ca consequêa cia do divorcio entre o teatro e a educação foi se apenas esta rtpercujg, sao negativa sobre a 02^ açlt das futuras platé- ias, o prf jt^ízo ficaria restrito a área especi- ficamente teatraU acon- tece que o prejuíso e mito mais amplo íigno - raado as virtudes ^áuc^ tlr&a do jogo draimtico» a escola brasileira pfc4 va-se. até há pouco, áe
j um veiculo de extraordl | narias possibilidadespn ) dagogicas.Hole em dia , í nãa e cais licito duvi- I dar que as técnicas e I os «sercícios teatjrais I constituem vm dos recuE j sos mais poderosos de ; que o educador se possa 1 valer para promover ura I harmonioso amadurecimeu l to esiocional e inteleo- \ tual dos seus eduoandos.
■ ■ ' ■ .
Para que esse objeti \ TO possa ser devidamen- ; te cumprido, e para que as perspectivas que c£
I meçaa a se abrir agora, diante da implantaçãodó teatro na educação bra- sileira conduzam ao re- sultado dese;} ado, prec^ samos desligar-nos de pratiôamente #todos os conceitos clássicos de ^teatrinho de colégio11, o procurar elaborar uma filosofia de trabalho compatível com os con - coitos modernos da psi- cologia educacional.
Precisamos desligar-
-nos nao apenas^de todos os conceitos clas|ieos d© «teatrinho de colegio^isss taüabém de quase to^os os conceitos que a própria^ lavra teajro normalmente nos traz a eonscilnciaj 0 sentid^ do teatro na edu- cação e essencialmente ôX ferente do sentido do te^ tro ^tout ôsaai*t-% e, se não nos convescensos éSM 30 de saída, desperdiçará mos fatalmente o magmfl- eo instrumento educacio - nal que temos ao alcance das mãos*
0 ob^etiTO principal âs teatro e | criação de uma eoiirunicaç|o entre os ato- res e o publico .Os tipos dessa comunicação pedem ® sumir aspectos os mais v^ riados, dependendo da fox ma e dó conteúdo^do |ex; - to e da realização clniaai mas trata-se sempre de transi|itir algtasa coisa , através das vo^es e dos corpos dos intérpretes, a qtjeaeftá presente na plu teia.Ja no teatro educa » cioml esse fenômeno da c^ raunicaçao com a platéia pode e deve ser virtual/- mente esquecidoj e a pró- pria platéiaf aliás, pode e deve ser virtualmente^ Çrimida. ô^qu® conta aqui e a exgerilncia viveneial dos próprios partiolpan - t^s, obtida por meio de técnicas e recursos tea - trais, mas que independe de qualquer noç|o de coa^ aicaçao com ©^publico, e que nío vis^ a realização de ua espetáculo teatral. 0 artista de teatro tem o dever de preocupar-se com g aperfeiçoamento da arte a qua!|. se dedica, tem de procurar fazer "bom tea - tro1*, por mais vago © sufe íetivo que seja o slgB$fl cado desta expressão.Ja o professor que lança maoáb teatro com finalidades •- ducativas nao tem qualquer compromisso com a arte t^ tralj com o rendimento a£ tis^íco|#o que deve preo- cupa-lo é apenas o desen- volvimento o mais integaü possível das jovens pe^s^. as humanas que ele esta üt rientajjdo.Io teatro,o que conta eí a Qualidade de pr^ auto final.Io teatro edu- cacional, o que conta é
o próprio prosesiô ds v*. ■bslho,
. 1" quali^áe.!|0 pro.|.mto fiiml - o espüta,ctül0:,"*nao podo contar, imito no tea.- tro ■ íídiieaciorial,entre ou- tros motivos^porque multo •g&mm crianças slo capa- zes de faser boa teatrOj . ífes todas, êm exceciõ^i^ dem participar profícua « mente do proeesa® de tr^,- balho que se vale dos re- cursos teatrais, porque todas elas são fundamen - talmente criativas, e to- das elas item © faz-ée-^-o ta-que é a convenção mSSt ca do qualquer |pgo tem - trai- no, aangao*
«. •.
Quanto mais livre #•£ pontaneo for o pro#0«8o criativo, i»s^ttla» detsf tro, mB.lt didático-110 bor eentldo-sera & seu resul- tado «'Quanto i^is O JOVttll sentir que o seu corpoT*» seu gesto, a sua vozp seu olhar, a sua moviaegtação estão traduz^aâo idéias que elo também suas e lhe dizem diretamente respei- to, tanto mais. efi«az será o seu trabâlfediffteatrti c£ mo formação da personali- dade, e tan^o menos bieo- nlm parecera a sua ineipj, ente gama de recursos ts^ trais.
• •* >- Outro caminho através
do qual o teatro pode ser utilmente explorado n& e* ducaçiúe é o caminho das dramatizações considera ^ das como uma espécie de recursos auxiliares para o ensino de outras^discl- plinas.Benhum episódio da História relatado pelop^ fessor, ficara conacieati zado e^assimilado pelo &«• luno tão profundamente ca mo seri^ o caso se o ates* mo episódio tivesse sido vividQ pelo próprio aluno através de uma representa çio dranátiiadm, se ele ti vasse tido oportunidade á^ colocar-se na pele dos principais protagonistas do episódio e analisar as circunstancias a partir dos seus respectivos pon- tos de vista. " -
Tan Hichalski levista SDÜGAÇSO rJ "■ Janeiro/mercê' de 1973
■ -.-,-: ■ ■
r\
Ss escrever xaa& Ms * toria da Cenografia bra- sileira, Já 4 tarefa ex- treaasente difícil pelo fato de que mmea nii^iés^ a nio ser a partir de
1933, aproximadamente,se preocupou em realiaar e guardar uaa docuoeiitaçio qiiü, sea duvida algusa , contribuiria para uma B&
| Is profunda coapreensao 1 do espetáculo em nossa tgf I ra, alem de enriquecer o
i
f patrimônio de nossos a^
| seus e bibliotecas,mais difícil ainda, 4 Msto - riar a oenografia em no^ so Betado*
Os poucos cenógrafos atuantes que nós possui* mo®, consegues, com ex - traordinária dificuldade c criatividade, superar a falta de recursos fís^ cos, utilizando-se de a^ tori&is nem sempre ade * qiiados para a boa cenogi^
fia de um espetáculo,vl^ to que, os grupos teat»- is nao dispõem de verba
uficiente para adquiri-
|-los, ilem disto, nossos lls
rmita
palcos nio tem relaciona- mento diseneional, ocasi^ nando o grande problema &
mudança de cenografia de um local para outro,
Ba meios para uma cei^ grafia existir de verdade ••• nessas condições pr^ caríssimas ?
â cenografia e uma ar- te complexa, que vivs de sua realiaaçao e nao éa
seus projetesr Uma bela maqueta somente tem sen tido quando corresponde exatamente ao que serámoâ trado no palco, e vice - versa.
Í Otávio Pinto,um dos poucos cenógrafos que &- tum em nosso Bstado,quem nos dá uma visão da si taaçSo atual de nossa^ acgrafiat
* Com imagineçSo e uti Usando os recursos natu- rais existentes na re- gião, se consegue efei- tos maravilhosos como « o caso de «Maiandena1» , um cenário simples mas de
grande significado, poiso
material usado e leve, barato e da própria re- gião, onde encontramos farta variedade de ma- térias-primas como a ja ta, a palba,1 madeiras
leves,ete* * 8b caso de espeta»
culos como "O Beijo m asfalto", tivemos que
preparar um cenário m& is sugestivo do que rs ai uma ves que o texto não e de nossa região e nem tio pouco de nossa época. O mesmo . ocorre
com a cenografia da moa tagem de "ádipo ReiV
A maioria dos Grupos de Teatro em nosso Ss- tado, quando montam um
espetáculo, devido ap% sina situação finaíieel ra que enfrentam, são a brigados a abrir moda
cenografia, ou quando muito, colocam apenas o material necessário p§
ra o desenrolar da peça, material este, consegi^
do com os próprio» atjü res do grupo, ou com a coEíunidade»
»ii«<WiiiiWWl--ffl«iii™i|l—rniWiiiWitiiniimllNiin»MimÉ uWMmiiaa'iiifiiiiill iiwomUftwwwMM^
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WQTICIAS
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Wô próxl!fô; dia 27 dô maio oco.2 rerá a estreia de t♦MAIÂ!iaíEüAf, p^ ça do ■ teatrologo L&wy Wll de Ifoi ra, qn© a ^dtraçio d© Teatro Âa^
:áüp ^u; íará ©scol&eu para ensemr 2s«gte'tiso de 1977.'A referida ptça
será eaqeiíada Ba liçola Jofen leu osdy, pro3cl®ô â Praça Batista Cag pos, onde p@3tisan@cerâ ainda adi dias 28 e 29 do mesmo rals»
S Direção- do espetaoulo 1 dUn
Cláudio erradas eoia Cenografia da Otáirío Pinto e HüJ Godinl^s ® aleu «o formado por atores filiados a íSf APÂ. ,
Na oportimidade, esta federa - çao âstara ho&enageanlo o autoras "Naiandeim*! pelos relevantes sez Ylqos que têm prestado ao teatro paraenseT
A montagem do espetáculo tem o i^itrocínio da Secretaria de Bsta- do de Cultura, Desportos e Turis-
Tmhim neste dia 27 de raaio estará; estr^ ando "ádlpo Rei», tragédia grega de ao - focles, Ttrsao & adaptaçio moderna de %
ir Campos ♦A direção i de -deodon Oondlw* Produção d© Seraláo Sales © cenários i^ ântonio Carlos som figurinos de- Otávio (
Pinto.4 raontageai | do Grupo S^perilncià/' 0 local da estreia será as escadarias
do Palácio Antônio LSSOSJ (Prefeitura !Éi* nleipal de Selem)t onde ficara durante - 13 dias.
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Pela segunda r®z coiaseeutiva, João de Jesus Paes Xíôureiro arrebatou o ul meiro prêmio do concurso.de peças teft traia promovido pelo Wtèi
Á peça premiada e "A Proeissio do Cairé5', contando em termos dramátieoa^
â peregrinação "de uma comunidade pri- mitiva pelo interior da Aiméonia, tm
busca de uma cidade ideal criada pelt tecnologia, culminando com o. conflito dessa gente com a republica ideal en- contrada. J ■ vm i
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eoütinuaçio da pg» 5 artísticof menos conren- cionalç- ©"ritando a dei^s- rada. ©posição do fato em cena.,
Da laesma forma que Im fato @ direito, em rela- caís ao direito, ha fato©
arte ©a relação ao espe^ üüIô teatral, sendo que, i&m direito, o fato ganfea, muitas irerês,-foros de
cidadania, ao passo que es teatro, e fato corre o risco de não ser eon - vonientemente apresenta»
do da maneira artística*:
Ao lado do caráter po- pular da peça de minimla vra * Mâiandeua *, 1^ nt -Ia uma mensagem - a do amor - que não conhece barreiras, e que redimei do convencional e do f a t© que, por acaso, nela baja,
Não me parece trabalbo d© urdidura muito origi- nal, mas nao i«ca pelo excessivo lugar comam , pelo nenhum sentido ag tistlco*.-,
S :^ÊKÊÊ0 religio - sa ? wB " Maiandí^ua *
nio haverá, por acaso * ®ssa*#nf®cafíiO,_ pergtm» tara alguém t Sim, Ia •' M&s essa invocação , em
seus devidos tensos.Hão trMisuite ■ Miaiandeua * nenhuma ilusão religie- sa ao assistente, nem lhe profana a ereaç* ^
Serve apeiast;":^ f^a-- do, a um antío';,':v^
WÊm esperança.;V *:.::^ símbolo, â pèteiitefbi
ça' «ítrig do; Éaorí '| ■;" %rante os St anos de
existência do meu texto, anotei cronologicamente* todos os textos montadas*