manual de apresentação de trabalhos acadêmicos fasem [texto completo com ficha catalográfica]v_2

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    MANUAL DE ELABORAO E APRESENTAO DE TRABALHOS

    ACADMICOS

    URUAU GOIS 2013

    By Faculdade Serra da Mesa FASEM

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    Av. Juscelino Kubitschek, Quadra U5, Setor Sul II, CEP: 76.400-000 Uruau (GO), Brasil. Fone: (62) 3357-7272. Site: www.fasem.edu.br

    E-mail: [email protected]

    Este documento de uso exclusivo da Faculdade Serra da Mesa destinado normatizao e regulamentao da apresentao dos trabalhos acadmicos da instituio.

    permitida a cpia, reproduo e citao desde manual de apresentao de trabalhos acadmicos desde que seja citada a fonte.

    Elaborao do contedo Prof. Esp. Rodrigo de Freitas Amorim

    Projeto grfico, capa e diagramao Prof. Esp. Rodrigo de Freitas Amorim

    Divulgao Diretoria de Imagem e Comunicao DIC

    Diretorias Prof. Ms. Rodrigo Gabriel Moiss Diretor Geral

    Esp. Sr. Sheila Santos C. Ribeiro Diretora acadmica Ms. Christiane Marques Moiss Cardoso Diretora de Imagem e Comunicao

    Prof. Ms. Jess Silva de Arajo Diretor Administrativo Financeiro

    Cursos da Instituio Bacharelado em Administrao

    Curso Superior Tecnolgico em Gesto da Tecnologia da Informao Bacharelado em Enfermagem

    Bacharelado em Farmcia Curso Superior Tecnolgico em Tecnologia de Alimentos

    Licenciatura Plena em Educao Musical Licenciatura Plena em Filosofia

    Parceiros Cursos Telepresenciais Lus Flvio Gomes LFG

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    Ficha catalogrfica

    Catalogao na publicao: Sabrina Gisele S. Felix CRB 1 / 2561

    SUMRIO

    Amorim, Rodrigo de Freitas. A524m Manual de Elaborao e Apresentao de Trabalhos Acadmicos / Rodrigo de Freitas Amorim. Uruau: Faculdade Serra da Mesa, 2013. 61p. : il. ; 29 cm. 1.Trabalhos acadmicos. 2. Normalizao de trabalhos acadmicos. 3. O uso das citaes. 4. Referncias. I. Faculdade Serra da Mesa. II. Ttulo.

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    1 TIPOS DE TRABALHOS ACADMICOS .. 08

    1.1 Trabalhos de leitura e compreenso de texto 08

    1.1.1 A tcnica do sublinhado . 09

    1.1.2 O esquema ou esquematizao 10

    1.1.3 O resumo .. 12

    1.1.4 O fichamento .. 13

    1.2 Trabalhos acadmicos de produo tcnica-cientfica .. 16

    1.2.1 Os relatrios 17

    1.2.2 As resenhas 18

    1.2.3 O projeto de pesquisa .. 19

    1.2.4 A monografia, a dissertao e a tese ... 20

    1.3 O trabalho de concluso de curso .. 22

    2 ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADMICOS .. 23

    2.1 Parte externa capa .. 23

    2.2 Parte externa lombada .. 24

    2.3 Parte interna ... 25

    2.3.1 Elementos pr-textuais 25

    2.3.1.1 Folha de rosto ... 25

    2.3.1.2 Errata .. 26

    2.3.1.3 Folha de aprovao . 26

    2.3.1.4 Dedicatria. 27

    2.3.1.5 Agradecimento .. 27

    2.3.1.6 Epgrafe . 27

    2.3.1.7 Resumo na lngua verncula . 27

    2.3.1.8 Resumo em lngua estrangeira .. 28

    2.3.1.9 Lista de tabelas 28

    2.3.1.10 Lista de ilustraes .. 28

    2.3.1.11 Lista de abreviaturas, siglas e smbolos .. 28

    2.3.1.12 Lista de anexos e apndices .... 29

    2.3.1.13 Sumrio . 29

    2.3.2 Elementos textuais 29

    2.3.2.1 Introduo .. 29

    2.3.2.2 Desenvolvimento . 30

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    2.3.2.3 Concluso . 31

    2.3.3 Elementos ps-textuais ....... 31

    2.3.3.1 Referncias .. 31

    2.3.3.2 Glossrio 32

    2.3.3.3 Apndice 32

    2.3.3.4 Anexo . 32

    2.4 Formatao . 33

    3 O USO DAS CITAES 34

    3.1 Citaes indiretas ...... 35

    3.2 Citaes diretas .. 37

    3.3 Citao da citao .. 39

    4 AS REFERNCIAS 41

    REFERNCIAS .. 47

    ANEXO A Modelo de capa 49

    ANEXO B Modelo de folha de rosto . 50

    ANEXO C Modelo de errata ... 51

    ANEXO D Modelo de folha de aprovao 52

    ANEXO E Modelo de dedicatria .. 53

    ANEXO F Modelo de agradecimento ... 54

    ANEXO G Modelo de epgrafe .. 55

    ANEXO H Modelo de resumo para monografias, dissertaes e teses 56

    ANEXO I Modelo de resumo para artigos cientficos . 57

    ANEXO J Modelo de lista de tabelas .. 58

    ANEXO K Modelo de lista de ilustraes 59

    ANEXO L Modelo de lista de abreviaturas e siglas 60

    ANEXO M Modelo de sumrio .. 61

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    APRESENTAO

    A Faculdade Serra da Mesa (FASEM) vem se consolidando na regio norte

    de Gois, como Instituio de Ensino Superior (IES) voltada para uma formao

    empreendedora, cidad e com forte nfase na responsabilidade social e ambiental.

    Assim, no presente vem se destacando como instituio de ensino slida e

    diferenciada, cujo futuro se revela promissor diante dos compromissos e valores

    assumidos com a sociedade.

    No mbito acadmico, a instituio tem crescido com a consolidao de

    seus cursos pioneiros, Administrao e Gesto em Tecnologia da Informao, e a

    oferta de novos cursos, Enfermagem, Farmcia e Tecnologia de Alimentos. Porm,

    seu crescimento no para: iniciaram-se os cursos de licenciatura em Filosofia e

    Msica, que so um marco para a formao de professores.

    Este crescimento, associado necessidade de organizar melhor os

    processos de ensino e aprendizagem que garantam a qualidade da formao dos

    acadmicos, trs consigo a exigncia de se trabalhar a rea da construo do

    conhecimento atravs da elaborao de trabalhos acadmicos que sejam

    produzidos conforme o esprito cientfico, a partir da investigao criteriosa e crtica

    dos problemas e, conforme as normas tcnicas prprias do trabalho cientfico,

    normatizadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.

    Deste modo, com o objetivo de padronizar em um nico documento normas

    para produo e apresentao de trabalhos acadmicos e suprimir esta lacuna que

    ainda existe no interior da instituio, que apresentamos este Manual de

    Elaborao e Apresentao de Trabalhos Acadmicos, que dever ser utilizado

    como documento norteador da produo cientfica a ser utilizado pelo corpo docente

    e discente da instituio.

    Para elaborao deste manual foram consultados diversos livros de

    metodologia da pesquisa cientfica, documentos eletrnicos de importantes

    instituies de ensino superior espalhadas pelo Brasil e todas as normas especficas

    da ABNT que tratam da informao e documentao relacionadas produo de

    trabalhos acadmicos e cientficos. Portanto, o objetivo deste manual que a

    produo acadmica e cientfica local seja lapidada com o uso padro das normas e

    exigncias para produo de trabalhos acadmicos.

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    A partir de agora, todos, professores e alunos, podero se orientar melhor

    quando solicitar a produo de um trabalho acadmico. Esperamos, assim, que este

    documento seja uma ferramenta valorosa para direcionar todas as produes

    acadmicas, desde as graduaes at as ps-graduaes, lembrando que no o

    simples fato de formatar um trabalho segundo as normas que determina sua

    qualidade, mas sobretudo, a dedicao incansvel do acadmico/pesquisador em

    buscar o conhecimento atravs da investigao sria que l, analisa, sintetiza,

    critica, escreve e reescreve, at alcanar o produto final o trabalho acadmico!

    A todos, bons trabalhos!

    Prof. Esp. Rodrigo de Freitas Amorim Faculdade Serra da Mesa FASEM

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    TIPOS DE TRABALHOS ACADMICOS

    xistem variados tipos de trabalhos acadmicos, cada um com

    objetivos diferentes. Apesar desta variedade, todos tem como

    finalidade colaborar com o crescimento acadmico e intelectual do

    estudante do ensino superior, conduzindo-o leitura de textos filosficos, tcnicos e

    cientficos, investigao, reflexo e produo intelectual no campo das cincias.

    1.1 Trabalhos de leitura e compreenso de textos

    A leitura e compreenso dos textos de carter filosfico, tcnico e cientfico

    constituem o primeiro grande desafio aos estudantes do ensino superior, que no

    ensino mdio esto mais acostumados s leituras da literatura brasileira e textos

    informativos da atualidade (SEVERINO, 2002). Compreender as novas teorias

    relacionadas a uma rea especfica do conhecimento cientfico no tarefa fcil,

    exigindo certo nvel de abstrao e disciplina mental que nem sempre se obtm no

    ensino mdio.

    Nesta categoria da leitura e compreenso de textos esto certas atividades

    de estudo que so denominadas de trabalhos ou atividades acadmicos, como: a

    tcnica do sublinhado, a elaborao de esquemas ou esquematizao, as snteses e

    os resumos, dentre outros.

    E

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    1.1.1 A tcnica do sublinhado

    Sublinhar significa marcar com um trao sob o texto. preciso

    compreender que um texto formado de elementos primrios e secundrios. Os

    elementos primrios so as ideias centrais, as teorias e conceitos que so afirmados

    pelos autores dos textos cientficos em forma de postulados e afirmaes.

    Geralmente, estas afirmaes so bastante conceituais e abstratas. Ento, os

    elementos secundrios constituem explicaes adicionais s ideias centrais que tem

    como objetivo esclarecer a teoria defendida. Neste momento, os autores utilizam-se

    de citaes de outros autores, relatam fatos histricos e do cotidiano e, mesmo,

    exemplos para elucidar a ideia central.

    Sublinhar, como tcnica de estudo acadmico, significa identificar as ideias

    centrais e marc-las, distinguindo-as das secundrias. Este exerccio parece

    bastante elementar, mas fundamental para compreenso correta de um texto

    acadmico evitando-se, assim, os desvios e traies s ideias dos autores. 1

    preciso se certificar da ideia central e, s assim, sublinha-la. Caso o estudante

    continue em dvida, deve reler o texto at estar convencido de que encontrou a ideia

    principal.

    Por exemplo, observe o seguinte trecho extrado do livro Como elaborar

    projetos de pesquisa, do autor Antnio Carlos Gil. O estudante poder l-lo e fazer

    alguns sublinhados, como segue:

    A pesquisa bibliogrfica inicia-se com a escolha de um tema. uma tarefa considerada fcil, porque qualquer cincia apresenta grande nmero de temas potenciais para pesquisa. No entanto, a escolha de um tema que de fato possibilite a realizao de uma pesquisa bibliogrfica requer bastante energia e habilidade do pesquisador. muito comum a situao de estudantes que se sentem completamente desorientados ao serem solicitados a escolher o tema de sua monografia de concluso de curso ou dissertao de mestrado. claro que o papel do orientador nesta etapa fundamental importncia. Com base em sua experincia, ele capaz de sugerir temas de pesquisa e indicar leituras que auxiliem o aluno no desenvolvimento dos primeiros passos. Alm disso, capaz de

    1 Paulo Freire em seu texto, Consideraes em torno do ato de estudar, afirma que quando o leitor

    no compreende corretamente um texto ele pode incorrer no erro de trair o autor do texto. Esta traio pode levar a afirmaes falsas sobre as ideias de um autor e mesmo de uma teoria. Ento, preciso se instrumentalizar, buscando uma compreenso slida e aprofundada do texto. (FREIRE, 1982).

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    advertir quanto s dificuldades que podero decorrer da escolha de determinados temas. No entanto, por mais capacitado que seja o orientador, o papel mais importante nesta etapa do trabalho, assim como nas demais, desempenhado pelo prprio estudante. (GIL, 2010, p. 45-46, grifo nosso)

    Observe que os grifos ou sublinhados acima no so do autor do livro, mas

    do leitor que buscou selecionar o que mais importante no texto. Estas selees

    devem focar as ideias centrais e deixar de lado ideias secundrias. As ideias

    centrais so os conceitos ou fatos mais importantes, so o ncleo do raciocnio do

    autor. Portanto, ao identific-las o leitor atento dever sublinh-las.

    1.1.2 O esquema ou esquematizao

    O esquema ou esquematizao consiste na identificao da estrutura lgica

    de um texto. Todo texto acadmico escrito a partir de ideias centrais que se

    desdobram em argumentos cuja finalidade comprovar o raciocnio e a tese

    defendida pelo estudioso. Esta forma de escrever exige um raciocnio lgico, alm

    de coeso e coerncia textuais.

    Depois de identificar as ideias centrais pela tcnica do sublinhado, o

    estudante j pode esquematizar o texto. Isso significa apresentar de forma sinttica

    o raciocnio lgico do autor. Isso pode ser feito utilizando-se tpicos e subtpicos

    com numerao progressiva ou marcadores; pode-se tambm utilizar diagramas

    com setas e caixas explicativas; os famosos mapas conceituais so um bom

    exemplo de esquematizao2; enfim, no existe uma nica regra, o importante que

    o estudante desenvolva seu prprio jeito de compreender e esquematizar textos.

    Por exemplo, tomemos novamente um fragmento de texto do autor Antnio

    Carlos Gil, como segue:

    Escolha do tema A pesquisa bibliogrfica inicia-se com a escolha de um tema. uma tarefa considerada fcil, porque qualquer cincia apresenta grande nmero de temas potenciais para pesquisa. No entanto, a escolha de

    2 De uma maneira ampla, mapas conceituais so apenas diagramas que indicam relaes entre

    conceitos. Mais especificamente, podem ser interpretados como diagramas hierrquicos que procuram refletir a organizao conceitual de um corpo de conhecimento ou de parte dele. Ou seja, sua existncia deriva da estrutura conceitual de um conhecimento. (MOREIRA, 2006, p. 9)

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    um tema que de fato possibilite a realizao de uma pesquisa bibliogrfica requer bastante energia e habilidade do pesquisador. muito comum a situao de estudantes que se sentem completamente desorientados ao serem solicitados a escolher o tema de sua monografia de concluso de curso ou dissertao de mestrado. claro que o papel do orientador nesta etapa fundamental importncia. Com base em sua experincia, ele capaz de sugerir temas de pesquisa e indicar leituras que auxiliem o aluno no desenvolvimento dos primeiros passos. Alm disso, capaz de advertir quanto s dificuldades que podero decorrer da escolha de determinados temas. No entanto, por mais capacitado que seja o orientador, o papel mais importante nesta etapa do trabalho, assim como nas demais, desempenhado pelo prprio estudante. Primeiramente, deve-se considerar que a escolha de um tema deve estar relacionada tanto quanto for possvel com o interesse do estudante. Muitas das dificuldades que aparecem neste momento decorrem simplesmente do fato de no apresentarem interesse pelo aprofundamento em qualquer dos temas com que o estudante teve contato ao longo do curso de graduao ou mesmo de ps-graduao. Para escolher adequadamente um tema, necessrio ter refletido sobre diferentes temas. Assim, algumas perguntas podero auxiliar nessa escolha, tais como: Quais os campos de sua especialidade que mais lhe interessam? Quais os temas que mais o instigam? De tudo o que voc tem estudado, o que lhe d mais vontade de se aprofundar e pesquisar? No basta, no entanto, o interesse pelo assunto. necessrio tambm dispor de bons conhecimentos na rea de estudo para que as etapas posteriores da monografia ou dissertao possam ser adequadamente desenvolvidas. Quem conhece pouco dificilmente faz escolhas adequadas. Isso significa que o aluno s poder escolher um tema a respeito do qual j leu ou estudou. (GIL, 2010, p. 45-46, grifo nosso)

    A partir do sublinhado feito pelo leitor, pode-se fazer o esquema do texto.

    Veja abaixo como ficaria um esquema utilizando-se marcadores para destacar os

    tpicos e as relaes hierrquicas dos conceitos entre si:

    Escolha do tema

    Inicia-se com uma pesquisa bibliogrfica o Requer energia e habilidade do pesquisador

    O papel do orientador o Sugerir temas de pesquisa o Indicar leituras o Advertir quanto s dificuldades

    O papel do estudante o Buscar um tema de acordo com seus interesses o Refletir sobre temas diferentes

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    o Fazer perguntas o Dispor de bons conhecimentos na rea de estudo

    Este esqueleto acima o esquema ou esquematizao do texto. A partir de

    um esquema pode-se, por exemplo, redigir o resumo do texto. No preciso copiar

    os trechos sublinhados literalmente. Pode-se simplesmente explicar com as prprias

    palavras, a partir do esquema, as ideias centrais do autor do texto.

    1.1.3 O resumo

    O trabalho de resumir um timo exerccio de anlise e sntese. O

    estudante precisa ler com compreenso, encontrar as ideias centrais do texto, de

    preferncia usando a tcnica do sublinhado e, ento, redigir sinteticamente os

    conceitos fundamentais sem fugir da estruturao lgica do autor, isto , manter a

    fidelidade das ideias do autor no afirmando aquilo que ele no diz.

    Segundo a ABNT NBR 6028 (2003), um resumo a apresentao concisa

    dos pontos relevantes de um documento, podendo ser crtico, indicativo ou

    informativo. O resumo crtico redigido por especialistas que emitem uma viso

    crtica sobre determinado documento, geralmente denominado de resenha. No

    resumo indicativo, faz-se apenas a indicao dos pontos principais do texto, sem a

    preocupao com a apresentao de informaes qualitativas ou quantitativas. O

    resumo informativo, por sua vez, vai alm do indicativo, pois se preocupa em

    informar as finalidades, a metodologia, os resultados e as concluses de um

    determinado texto, podendo at dispensar consultas ao texto original.

    importante salientar que, o resumo, no cpia! Muitos estudantes

    copiam trechos dos textos estudados acreditando que esto fazendo um resumo. O

    resumo uma construo pessoal, precisa ser o resultado de uma anlise e sntese

    produzida pelo prprio estudante.

    De acordo com Leda Miranda Huhne (1995), um resumo precisa manter

    fidelidade s ideias originais do autor, apresentar o plano lgico ou a estrutura

    redacional do texto, demonstrar capacidade de sntese ao apresentar os conceitos

    fundamentais e ter um cunho pessoal que evidencie o esforo do estudante.

    Vamos tomar o texto acima, Escolha do tema, de Antnio Carlos Gil, e

    fazer um resumo, como segue:

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    Para se escolher um tema deve-se comear com a pesquisa bibliogrfica. Trabalho relativamente fcil, mas que exige esforos e habilidades do pesquisador. O orientador pode auxiliar com a sugesto de temas de pesquisa, indicao de leituras, alm de advertir quanto s possveis dificuldades relacionadas aos temas. Porm, do estudante a maior responsabilidade, devendo buscar entre vrios temas aquele que seja do seu interesse. Contudo, s interesse no basta preciso tambm ter bons conhecimentos prvios na rea de estudo.

    Observe que o resumo sintetizou as ideias principais do texto, de forma

    clara, concisa e coerente, no fugindo do raciocnio original do autor. Atravs de

    exerccios como esse, o estudante vai de apropriando das teorias e conceitos

    fundamentais de sua rea de conhecimento.

    Portanto, mos obra! Aproveite para se exercitar resumindo os textos mais

    importantes das disciplinas de seu curso.

    1.1.4 O fichamento

    O fichamento um tipo de trabalho ou atividade acadmico que pode ser

    denominado de apoio. Ele serve como apoio para a realizao de trabalhos

    acadmicos mais complexos como o artigo cientfico, a monografia, o relatrio

    tcnico-cientfico, etc., que exigiro do estudante no s a simples compreenso do

    texto, mas, sobretudo, a capacidade de articular e relacionar suas ideias s teorias e

    conceitos cientficos defendidos pelos tericos de sua rea de conhecimento.

    O fichamento deve ser explorado pelo estudante desde o incio do curso

    superior. Leituras importantes e textos clssicos de sua rea de conhecimento

    devem ser lidos e fichados para melhor compreenso do assunto e fixao das

    ideias, de forma que, quando solicitado para escrever um trabalho, em que seja

    importante o uso das teorias, o estudante est apto a faz-lo sem grandes

    dificuldades, pois j possui um conjunto de leituras arquivas em forma de

    fichamento.

    Mas, o que o fichamento? Ele provm do verbo fichar, que significa

    registrar e do substantivo ficha, que identifica o objeto no qual era feito no

    passado, em fichas de papel com pauta em que o estudante fichava, registrava

    as principais ideias de um determinado texto, alm de fazer cpias literais de trechos

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    importantes chamados de citaes. Com o uso destas antigas fichas, o estudante

    reunia todas as informaes necessrias sobre a bibliografia, tais como: referncia,

    resumos, citaes, alm de anotar seus comentrios pessoais e ideias, que

    poderiam servir de apoio escrita de outros trabalhos.

    Atualmente, com a popularizao dos computadores pessoais e dos editores

    de texto eletrnicos (Word, Writter etc.), os fichamentos podem ser feitos

    eletronicamente, o que facilitar na hora de redigir um trabalho acadmico, pois com

    as informaes j coletadas e registradas eletronicamente, fica mais fcil produzir

    novos trabalhos, especialmente na hora de copiar as citaes, bastando um ctrl-c e

    um ctrl-v.

    Mas, como fazer um fichamento?

    No modelo manual, feito mo, pode-se usar a antiga ficha (figura 1) para

    elaborar o fichamento. Na parte superior da ficha deve-se colocar a referncia

    bibliogrfica ou o tema que vai ser fichado. No corpo da ficha, deve-se registrar as

    principais ideias do texto por meio de breves resumos e citaes, tendo o cuidado de

    marcar o nmero da pgina em que se encontra as citaes.

    Figura 1 Ficha pautada para fichamento

    Fonte: http://comofas.com/como-fazer-fichamento/

    Estas fichas podem ser arquivadas em fichrios em ordem alfabtica e, com

    o tempo, se transformam em um verdadeiro itinerrio cientfico para o estudante,

    uma espcie de biblioteca de fichas contendo os registros de livros e temas

    estudados no decorrer de sua vida acadmica. Conseguiu perceber a importncia

    desta ferramenta na hora de produzir o seu TCC?!

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    No caso do fichamento eletrnico, pode-se inserir uma tabela simples (figura

    2) no documento em branco e separar as informaes com as linhas da prpria

    tabela. A estrutura a mesma do modelo manual. A diferena que o formato

    eletrnico permite uma srie de funcionalidades, especialmente de formatao e

    tamanho da ficha, que o formato manual no possui.

    Geralmente, pode-se usar uma linha vertical recuada a 3cm da margem

    esquerda para separar as categorias contidas no fichamento resumo, citaes,

    comentrio ou ideias (HUHNE, 1995), o que facilitar a busca da informao

    quando necessrio. Abaixo, apresentamos um modelo de tabela eletrnica3:

    Figura 2 Tabela para fichamento no modelo eletrnico

    Referncia ou Tema

    Resumo

    Citaes

    Comentrio

    Ideia

    Fonte: (prprio autor)

    Antes de terminar, bom lembrar que o fichamento pode ter vrias formas.

    As duas categorias bsicas de um fichamento so denominadas de: bibliogrfico e

    temtico ou de contedo. O fichamento bibliogrfico aquele que ficha, registra,

    as informaes de um nico texto (livro, captulo etc.), por isso, no topo da ficha

    deve ser indicada a referncia do texto de acordo com as normas da ABNT para

    referncias (NBR 6023:2002). O fichamento temtico ou de contedo aquele

    3 Para usar este recurso no Microsoft Word 2010, siga as seguintes orientaes: 1) localize a barra

    de menus na parte superior da tela; 2) selecione a opo Inserir; 3) selecione a opo tabela; 4) marque a tabela no tamanho 2x2 (duas linhas e duas colunas); 5) clique com o boto esquerdo do mouse assim que estiver tabela 2x2.

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    que ficha, registra, as ideias centrais sobre um determinado tema utilizando vrios

    autores (livros, captulos etc.). Em outras palavras, no fichamento bibliogrfico

    utiliza-se um nico texto para fichar as vrias ideias do autor e, no temtico, utilizam-

    se vrios autores para fichar suas ideias sobre um nico tema.

    1.2 Trabalhos acadmicos de produo tcnica-cientfica

    Os trabalhos acadmicos de produo tcnica-cientfica so produes

    intelectuais que exigem do estudante a compreenso das teorias, fatos e fenmenos

    estudados, bem como o domnio das regras de registro cientfico, procedimentos

    para coleta de dados, mtodos de pesquisa e normas de produo e formatao de

    textos.

    Tais trabalhos se constituem como uma fase posterior aos trabalhos de

    leitura e compreenso de textos. Nestes, o estudante aprende a analisar as teorias

    de sua rea do conhecimento por meio de revises bibliogrficas, que consistem na

    busca das informaes atravs dos livros e, tambm, da Internet, em stios

    especializados como os bancos de teses e dissertaes das Instituies de Ensino

    Superior. 4 Por sua vez, os trabalhos acadmicos de produo tcnica-cientfica

    exigem uma sntese pessoal das teorias e, por conseguinte, sua discusso e

    argumentao por meio da produo de textos dissertativos e explicativos. Dada

    esta caracterstica, tais trabalhos so uma tima oportunidade para o estudante

    amadurecer sua capacidade intelectual e acadmica.

    So exemplos de trabalhos acadmicos de produo tcnica-cientfica: os

    relatrios (de eventos, de atividades laboratoriais, de estgio etc.), as resenhas

    crticas, os projetos de pesquisa, as monografias, os artigos cientficos, as

    dissertaes, as teses dentre outros.

    Para matria deste manual, segue abaixo uma descrio dos trabalhos mais

    correntes no meio universitrio.

    4 Para consultas online de textos acadmicos e cientficos, tais como teses e dissertaes dos

    programas de ps-graduao strictu sensu, pode-se pesquisar nos sites das prprias IES, bem como na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertaes (Vide: http://bdtd.ibict.br/), que vem indexando e disponibilizando material para consulta em parceira com as universidades. O site da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES) disponibiliza diversos banners de peridicos eletrnicos cientficos confiveis (Vide: http://www.capes.gov.br/). Quanto famosa enciclopdia digital livre a Wikipdia, deve-se observar que esta tem um valor informacional, porm no deve ser base para pesquisas acadmicas e cientficas, visto que por ser de livre autoria no existe uma avaliao oficial rigorosa sobre as informaes que so ali disponibilizadas.

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    1.2.1 Os relatrios

    Os relatrios so trabalhos acadmicos comuns realidade dos estudantes

    do ensino superior. A ideia bsica de um relatrio o registro fidedigno dos fatos e

    acontecimentos ocorridos em um determinado espao acadmico, que pode ser um

    evento como um seminrio ou congresso, ou uma aula prtica de laboratrio, bem

    como as atividades prprias do estgio curricular supervisionado. Cada uma destes

    espaos possui caractersticas prprias e objetivos especficos, que devero ser

    considerados na elaborao do relatrio. Isso implica dizer que, os relatrios

    apresentam contedos e estruturas diferentes de acordo com a complexidade do

    evento ou fato a ser registrado.

    De forma geral, todo relatrio dever conter uma parte introdutria

    contendo a exposio objetiva do evento ou fato observado, com as seguintes

    informaes: nome do evento, local, data, horrio de incio e trmino, responsveis

    pela realizao, instituio, participantes, dentre outros que se julgar relevante para

    que o leitor entenda do que se trata; o desenvolvimento dever expor de forma

    objetiva, lgica e ordenada, os principais fatos ocorridos, geralmente segundo uma

    ordem cronolgica. Neste momento, o que se pede a descrio do ocorrido. Por

    exemplo, no caso de uma aula prtica de laboratrio, dever ser informado o

    experimento, seus objetivos, os mtodos e materiais utilizados e os resultados

    apresentados; a concluso do relatrio deve registrar comentrios de cunho

    pessoal, em que o estudante informa ao leitor as contribuies colhidas da

    participao no evento bem como tece discusses sobre os resultados encontrados.

    Uma dica importante observar os requisitos e critrios estabelecidos pelos

    professores quando solicitam relatrios. Pea ao professor para explicar o tipo de

    relatrio que ele deseja receber e se h uma estrutura especfica a ser apresentada.

    Se ele deixar a redao do trabalho livre, ento, deve-se seguir as orientaes

    acima descritas. Veja a opinio de Mendona, Rocha e Nunes (2013, p. 66-67):

    Geralmente, os professores elaboram roteiros de participao do aluno em atividades das quais se espera que o aluno apresente um relatrio. Nesse caso, o relatrio deve contemplar as solicitaes pr-estabelecidas no roteiro. No havendo roteiro prvio, o relatrio deve conter apenas os pontos mais significativos.

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    No nos ateremos neste manual em descrever as diversas possibilidades

    existentes, por isso, o dilogo com o professor o melhor caminho para dirimirem-se

    as dvidas.

    1.2.2 As resenhas

    Em geral, resenhar significa resumir ou sintetizar uma obra (livro, filme,

    artigo etc.) com o objetivo de simplesmente informar o leitor sobre os pontos

    principais da obra e/ou fazer uma apreciao crtica da mesma.

    No caso da simples informao, a resenha se aproxima do resumo

    informativo. Sendo assim, o resenhista tem apenas o objetivo de apresentar as teses

    centrais, seus desdobramentos e resultados para que o leitor tenha uma viso

    sucinta e geral da obra. Este tipo de resenha denominada resenha descritiva.

    No caso da apreciao crtica (tambm denominada de recenso crtica), a

    resenha tem como objetivo informar e opinar sobre a obra. Alm da apresentao

    dos elementos essenciais informativos o resenhista busca tecer uma srie de crticas

    que apontam para aspectos positivos e negativos da obra, extrados de anlises

    internas da obra por meio da identificao de lacunas, contradies ou incoerncias

    tericas e textuais. Pode-se tambm utilizar outras bibliografias para auxiliar na

    elaborao da crtica. Este tipo denominada resenha crtica.

    Quanto apresentao da resenha, fundamental que se contemple os

    seguintes elementos textuais:

    Ttulo da resenha;

    Referncia bibliogrfica da obra;

    Dados biogrficos do autor da obra;

    Resumo ou sntese do contedo com foco nas teses centrais;

    Apreciao crtica da obra;

    Indicao da obra, referindo-se a que pblico ela se destina.

    Com relao ao ttulo, o resenhista deve criar um ttulo prprio para sua

    resenha que identifique seu trabalho. Por exemplo, imaginemos uma resenha do

    livro Metodologia do Trabalho Cientfico, de Antnio Joaquim Severino. Ela poderia

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    ter o ttulo Princpios de Estudos acadmicos: como estudar e elaborar trabalhos

    acadmicos na universidade, ou Mtodos e procedimentos de trabalhos

    acadmicos: uma iniciao ao estudo da metodologia cientfica. Vejam que, o ttulo

    uma criao pessoal do resenhista, que tanto aponta para a ideia principal da obra

    resenhada como para sua viso interpretativa.

    1.2.3 O projeto de pesquisa

    O projeto de pesquisa um trabalho de planejamento da pesquisa cientfica.

    importante lembrar que o processo de produo do conhecimento cientfico se d

    por meio de esforos e trabalhos de desenvolvimento da prpria cincia. Este

    desenvolvimento est estruturado em trs fases bsicas: o planejamento, a

    execuo e a avaliao da pesquisa (MENDONA, 2003).

    Na fase de planejamento, deve-se elaborar um projeto de pesquisa que

    definir o tema que ser pesquisado, sua delimitao e o problema que motivou o

    estudo do assunto. Em torno deste problema objeto da pesquisa, o projeto deve

    tambm apresentar os objetivos (geral e especficos), uma justificativa, o referencial

    terico e a metodologia para realizao da pesquisa. Por fim, a durao da pesquisa

    e os recursos necessrios para sua execuo devem ser expressos em forma de um

    cronograma de atividades e de um oramento.

    A fase da execuo da pesquisa consiste na implementao prtica do que

    foi planejado e expresso no projeto de pesquisa, o que implicar na coleta de dados

    por meio de procedimentos como levantamentos, aplicao de questionrios,

    realizao de entrevistas, observaes sistemticas, estudos de casos, etc. Com os

    dados coletados, o pesquisador passar sua anlise para identificao dos

    resultados da pesquisa, que sero posteriormente redigidos em forma de um

    relatrio cientfico.5 Por fim, a fase da avaliao da pesquisa a ltima do processo

    de produo do conhecimento cientfico. Ela ser realizada por bancas

    5 Toda pesquisa cientfica s concluda quando se redigi os seus resultados em forma de relatrios

    cientficos. Tais relatrios cientficos podem ser elaborados em diversos formatos dependendo-se dos objetivos da pesquisa. Por exemplo, se a pesquisa faz parte de um processo de trabalho de concluso de curso, o relatrio cientfico poder ser uma monografia, um artigo cientfico, um memorial e mesmo um relatrio tcnico. O que determina estas diferenas o projeto pedaggico dos cursos superiores. No caso de um programa de ps-graduao, o relatrio pode ser um artigo cientfico, uma dissertao de mestrado ou mesmo uma tese de doutorado.

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    examinadoras que julgaram a qualidade da pesquisa e de seus resultados

    apresentados.

    Neste sentido, fundamental que o estudante compreenda o projeto de

    pesquisa como um documento formal que delimita o planejamento da pesquisa. As

    normas da ABNT NBR 15287 (2011) define os requisitos mnimos para a

    apresentao de um projeto de pesquisa, com elementos pr-textuais, textuais e

    ps-textuais (que sero abordados mais a frente). Quanto aos elementos textuais

    veja o que a norma afirma:

    O texto deve ser constitudo de uma parte introdutria, na qual devem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hiptese(s), quando couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s). necessrio que sejam indicados o referencial terico que o embasa, a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessrios sua consecuo. (ABNT, 2011b, p. 5)

    1.2.4 A monografia, a dissertao e a tese

    Etimologicamente, monografia a juno de duas palavras gregas, mono

    que significa um ou nico, e grafein que significa escrito ou registro. Portanto,

    uma monografia o escrito/registro de um nico assunto. Tecnicamente, todo

    trabalho acadmico com exceo dos resumos, esquemas, fichamentos ou

    resenhas, podem ser caracterizados como monografias (KOCHE, 2003), pois

    registram os resultados de pesquisas sobre um nico problema.

    De acordo com Marconi e Lakatos (2004, p. 262), uma monografia consiste

    em:

    [] um estudo sobre um tema especfico, particular com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto no s em profundidade, mas tambm em todos os seus ngulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.

    Comumente, as monografias so exigncias acadmicas do ensino superior

    tidas como trabalhos de concluso de cursos de graduao, aperfeioamento e ps-

    graduao lato sensu. interessante observarmos que o termo monografia perdeu

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    seu uso na mais atual norma da ABNT que versa sobre a apresentao de trabalhos

    acadmicos a ABNT NBR 14724 (2011). Provavelmente, isso se deve pelo fato de

    que monografia, num sentido amplo, pode se referir ao escrito de qualquer trabalho

    acadmico, desde um trabalho para finalizao de uma disciplina de graduao ou

    ps-graduao, at mesmo para as teses de programas de doutorado. Neste

    sentido, o termo trabalho de concluso de curso TCC tem se tornado cada vez

    mais usual, consistindo em:

    Documento que apresenta o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, mdulo, estudo independente, curso, programa, e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenao de um orientador. (ABNT, 2011, p. 4)

    A dissertao, por sua vez, exigncia para obteno do ttulo de mestre

    em programa de ps-graduao stricto sensu. Seu objetivo maior aprimorar a

    formao acadmica do estudante, exigindo dele o domnio de padres

    metodolgicos e de apresentao estabelecidos pela comunidade cientfica

    (MENDONA; ROCHA; NUNES, 2008, p. 73) dentro de uma rea especfica do

    conhecimento cientfico (cincias humanas, sociais, exatas etc.).

    Segundo as normas da ABNT 14724 (2011, p. 6), uma dissertao :

    Documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposio de um estudo cientfico retrospectivo, de tema nico e bem delimitado em sua extenso, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informaes. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematizao do candidato. feito sob a coordenao de um orientador (doutor), visando obteno do ttulo de mestre.

    No caso da tese, um trabalho acadmico exigido para obteno do ttulo

    de doutor em programa de ps-graduao stricto sensu. Tambm exigncia para

    obteno do cargo de professor titular livre docente, que o ltimo degrau da

    carreira profissional acadmica (MENDONA; ROCHA; NUNES, 2008).

    De acordo com as normas da ABNT 14724 (2011, p. 8), uma tese :

    Documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposio de um estudo cientfico de tema nico e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigao original, constituindo-se em real contribuio para a especialidade em

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    questo. feito sob a coordenao de um orientador (doutor) e visa obteno do ttulo de doutor, ou similar.

    1.3 O trabalho de concluso de curso

    O trabalho de concluso de curso, mais comumente conhecido como TCC,

    um trabalho acadmico de produo tcnica-cientfica que pressupe o domnio do

    estudante do ensino superior de diversas teorias relacionadas sua rea do

    conhecimento, bem como competncias e habilidades para utilizar mtodos e

    procedimentos de pesquisa capazes de serem aplicados a situaes problemas em

    busca de uma resposta que atenda aos requisitos cientficos de sua cincia.

    Neste sentido, a expresso TCC genrica, pois os cursos superiores

    podem definir diferentes tipos de trabalhos para concluso de seus cursos em seus

    projetos pedaggicos. Por exemplo, monografias, relatrios de estgio

    supervisionado, artigos cientficos, estudos de casos, ensaio clnico, dentre outros,

    podem ser definidos como TCCs pelos diferentes tipos de cursos superiores

    existentes.

    A fim de normatizar a apresentao de tais trabalhos, a ABNT por meio da

    terceira edio da NBR 14724 (2011), definiu um padro para apresentao de tais

    trabalhos, o que ser exposto objetivamente no prximo captulo.

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    2

    ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADMICOS

    odo trabalho acadmico cientfico possui uma estrutura bsica para

    apresentao, seja ele um trabalho acadmico com a finalidade de

    cumprir requisitos para avaliao de uma disciplina, ou mesmo os

    denominados trabalhos de concluso de cursos TCC, para obteno dos ttulos de

    bacharis, tecnlogos, licenciados, especialistas, mestres ou doutores.

    Esta estrutura bsica foi revista e normalizada na terceira edio da ABNT

    NBR 14724 no ano de 2011, que dividiu o trabalho em duas partes bsicas externa

    e interna. Sendo a parte interna, subdividida em trs elementos pr-textuais,

    textuais e ps-textuais. Observe na figura 3 o esquema de estrutura do trabalho

    acadmico.

    Deste modo, capa e lombada passaram a fazer parte da parte externa do

    trabalho acadmico, como segue:

    2.1 Parte externa - Capa

    Elemento obrigatrio que deve conter as principais informaes do trabalho

    revestindo-o exteriormente (Anexo A). Deve conter:

    Nome da instituio (deve vir em letras maisculas, sem negrito,

    centralizado, fonte Arial ou Times New Roman 12);

    Nome do autor (letras maisculas, sem negrito, centralizado, fonte 12);

    T

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    Ttulo (letras maisculas, negrito, centralizado, fonte 12);

    Subttulo (quando houver deve aparecer logo abaixo do ttulo em letras

    maisculas, sem negrito, centralizado, fonte 12);

    Nmero do volume (quando houver mais de um volume deve apresentar

    o nmero do volume em cada uma das partes, por exemplo, Vol. I - para

    o primeiro volume, Vol. II - para o segundo, e assim por diante.

    Centralizado, sem negrito, fonte 12);

    Local (nome da cidade) onde o trabalho foi apresentado (maisculas,

    centralizado, sem negrito, fonte 12);

    Ano de depsito data da entrega do trabalho (deve vir logo abaixo do

    local em letras maisculas, centralizado, sem negrito, fonte 12).

    Figura 3 Esquema da estrutura do trabalho acadmico

    Fonte: (ABNT, 2011, p. 9)

    2.2 Parte externa - Lombada

    um elemento opcional cujas informaes esto normatizadas pela ABNT

    NBR 12225:2004. Consiste em uma parte da capa do trabalho que rene as

    margens internas das folhas, sejam elas coladas, grampeadas, costuradas ou

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    mantidas juntas de outra maneira. Nos livros, aquela parte externa que apresenta

    o nome da obra e do autor de forma verticalizada. No caso de ser utilizada em

    trabalhos acadmicos deve ser impressa no formato de paisagem e deve conter:

    O nome da instituio ou sigla na margem superior;

    O nome do autor(es) e o ttulo da obra na posio longitudinal;

    Elementos alfanumricos (se houve), por exemplo: Vol. 2;

    O ano do depsito na margem inferior.

    2.3 Parte interna

    Est fundamentada em trs elementos bsicos e se aplicam a todas as

    modalidades de trabalhos acadmicos acima mencionados, que so:

    Elementos pr-textuais;

    Elementos textuais;

    Elementos ps-textuais.

    2.3.1 Elementos pr-textuais

    So denominados elementos pr-textuais todos os itens, obrigatrios e/ou

    opcionais, que antecedem a apresentao da produo cientfica propriamente dita.

    Constituem-se elementos pr-textuais:

    2.3.1.1 Folha de rosto

    elemento obrigatrio do trabalho acadmico devendo aparecer logo aps a

    capa e contendo informaes essenciais para a identificao do trabalho (Anexo B).

    As informaes devero aparecer na seguinte ordem e formatos:

    Autoria: centralizado, maisculas, sem negrito, fonte 12;

    Ttulo da obra: em negrito, centralizado, maisculas, fonte 12;

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    Subttulo da obra (quando houve): sem negrito, abaixo do ttulo,

    centralizado, maisculas, fonte 12;

    Nota explicativa: deve aparecer recuada a 8 cm da margem esquerda

    direita da pgina, justificada, especificando o tipo de trabalho, finalidade,

    grau pretendido (em caso de TCC), instituio responsvel, nome do

    orientador(a) e coorientadores(as) antecedido da abreviao do ttulo de

    professor (Prof. / Prof.) e de sua titularidade (Esp. = especialista / Ms. =

    mestre / Dr. = doutor), espaamento entre linhas simples (1,0), sem

    negrito, fonte 11;

    Local (nome da cidade) onde o trabalho foi apresentado (maisculas,

    centralizado, sem negrito, fonte 12);

    Ano de depsito data da entrega do trabalho (deve vir logo abaixo do

    local em letras maisculas, centralizado, sem negrito, fonte 12).

    2.3.1.2 Errata

    um elemento eventual, que geralmente produzido depois de apresentado

    o trabalho, que consta uma lista de folhas e linhas indicando a ocorrncia de erros e

    suas devidas correes. Aparece, na maioria das vezes, em papel avulso, que

    anexado logo aps a folha de rosto do trabalho (Anexo C).

    2.3.1.3 Folha de aprovao

    elemento obrigatrio para trabalhos de concluso de curso, como

    graduaes, especializaes, mestrados e doutorados. Apresenta-se com os

    mesmos itens da folha de rosto, exceto a meno do local e data das ltimas linhas,

    acrescido de (Anexo D):

    Data de aprovao (dia / ms / ano):

    Nome dos membros da banca examinadora com suas respectivas

    titularidades e instituies a que pertencem.

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    2.3.1.4 Dedicatria

    Elemento opcional, cujo objetivo principal o de dedicar o trabalho a

    determinado tipos de pessoas escolhidos pelos autores que desejam expressar sua

    estima (Anexo E).

    2.3.1.5 Agradecimento

    Elemento opcional, em que o(s) autor(es) agradece(m) as pessoas ou

    instituies por contribuies significativas que deram realizao do trabalho. Deve

    ser escrito de modo simples, sbrio e discreto (Anexo F).

    2.3.1.6 Epgrafe

    Elemento opcional. Trata-se de uma pgina em que o autor apresenta uma

    citao, seguida da indicao do autor, referente temtica abordada no trabalho

    (Anexo G).

    2.3.1.7 Resumo na lngua verncula

    Elemento opcional para trabalhos acadmicos cuja finalidade a avaliao

    parcial de uma disciplina especfica.

    Elemento obrigatrio para trabalhos acadmicos tais como: artigos

    cientficos, monografias, dissertaes e teses.

    Deve apresentar uma sntese objetiva elaborada pelo prprio autor do

    trabalho contendo as informaes mais importantes do trabalho e suas concluses.

    Deve ser um instrumento prtico para consulta rpida evitando-se a leitura completa

    do texto para o caso de uma busca de informaes por outrem.

    Em caso de monografias, dissertaes e teses, dever ser redigido em

    pgina separada, com espaamento entre linhas 1,5 cm e fonte 12 (Anexo H),

    seguida das palavras chaves. Poder conter de 150 a 500 palavras.

    Em caso de artigos cientficos, o resumo aparece logo aps o ttulo e o autor

    da obra, sendo redigido com espaamento simples entre linhas e fonte 11 (Anexo I).

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    Dever conter entre 100 e 250 palavras, sendo escrito em um nico

    pargrafo.

    As palavras-chave devem retratar os principais temas e matrias

    relacionados ao trabalho. Devero ser redigidas abaixo do resumo, com o mesmo

    tamanho da fonte, sendo de no mnimo trs e no mximo seis.

    2.3.1.8 Resumo em lngua estrangeira

    elemento obrigatrio. Trata-se da verso do resumo em idioma estrangeiro

    de divulgao internacional. Em ingls denomina-se Abstract, em espanhol

    Resumen e em francs Rsum, por exemplo. Segue as mesmas caractersticas de

    formato do resumo na lngua verncula, seguido das palavras chaves.

    2.3.1.9 Lista de tabelas

    elemento opcional. Deve constar todas as tabelas com seus nomes e

    respectivas pginas na ordem em que aparecem na obra. (Anexo J)

    2.3.1.10 Lista de ilustraes

    Tambm elemento opcional. uma listagem de acordo com a ordem

    apresentada na obra de todos os tipos de ilustraes que objetivam exemplificar

    fenmenos, relacionar fatos, elucidar resultados obtidos, etc. Por exemplo, so

    ilustraes: esquemas, plantas, fotografias, desenhos, grficos, mapas,

    organogramas, fluxogramas, quadros e outros. (Anexo K)

    Em casos de quantidade numerosa de um determinado item, recomenda-se

    uma lista separada para o item em destaque.

    2.3.1.11 Lista de abreviaturas, siglas e smbolos

    elemento opcional. Consiste na relao alfabtica das abreviaturas e

    siglas utilizadas pelo autor da obra em sua produo, seguidas das palavras ou

    expresses correspondentes grafadas por extenso. Os smbolos, por sua vez,

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    devem aparecer de acordo com a ordem apresentada no texto, seguido de sua

    designao ou significado grafado por extenso. (Anexo L)

    2.3.1.12 Lista de anexos e apndices

    Elemento opcional. descrita de acordo com a ordem apresentada no texto

    seguido da respectiva pgina.

    2.3.1.13 Sumrio

    Elemento obrigatrio, que apresenta as partes, ttulos ou sees do trabalho,

    com seus desdobramentos, subttulos, subtpicos ou subsees, de acordo com a

    ordem apresentada no texto com a indicao da respectiva pgina. Caso o trabalho

    possua mais de um volume, em cada volume deve ser apresentado um sumrio

    completo da obra e no apenas o sumrio do volume em particular.

    O sumrio o elemento que precede a apresentao dos elementos

    textuais, portanto, no dever constar no sumrio os elementos pr-textuais, mas

    alm de todos os elementos textuais, incluir os elementos ps-textuais, como

    referncias, glossrio, apndices e anexos. (Anexo M)

    2.3.2 Elementos textuais

    Os elementos textuais de um trabalho acadmico consistem

    fundamentalmente de: introduo, desenvolvimento e concluso.

    2.3.2.1 Introduo

    A introduo do trabalho deve apresentar o assunto ou tema do objeto da

    pesquisa, sua problemtica, a justificativa com os objetivos do estudo, alm dos

    procedimentos, mtodos e tcnicas que foram utilizados para tratamento do

    problema e breve meno dos resultados alcanados.

    Sua leitura deve proporcionar ao leitor uma apreenso global da obra e seus

    desdobramentos permitindo-lhe a opo da continuidade ou no da leitura.

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    2.3.2.2 Desenvolvimento

    a parte principal do trabalho que consiste na apresentao do contedo

    em ordem, com seus ttulos, tpicos ou sees, conforme a natureza da pesquisa,

    do tema, das tcnicas e mtodos utilizados. Geralmente, o desenvolvimento

    apresenta as seguintes partes bsicas, porm, estas partes podem variar de

    trabalho para trabalho de acordo com a natureza do assunto e dos mtodos

    empregados, quais sejam:

    Fundamentao terica: apresenta o estgio de desenvolvimento do

    tema ou objeto de pesquisa no campo dos saberes pertinentes a cada

    rea do conhecimento. Tambm denominada de reviso da literatura

    ou referencial terico. Toda pesquisa realizada a partir do conjunto de

    conhecimentos preexistentes e, antes de apresentar os mtodos e

    resultados de uma pesquisa necessrio fundament-los com as teorias

    existentes.

    Procedimentos metodolgicos: apresenta os mtodos e tcnicas de

    pesquisa que foram utilizados para realizao da pesquisa, isto , para

    coleta e anlise dos dados. Pode variar desde uma simples pesquisa

    bibliogrfica e exploratria sobre determinado assunto para escrever uma

    monografia de cunho descritivo ou informativo at a observao de um

    fenmeno em laboratrio com o uso de experimentaes, observaes e

    controle de variveis para descoberta de uma nova substncia que ir

    tratar uma doena, por exemplo. Sendo assim, deve-se explicar quais

    procedimentos metodolgicos foram utilizados e como eles auxiliaram na

    obteno dos dados.

    Resultados da pesquisa: apresenta os dados, as anlises e

    interpretaes dos resultados obtidos com a pesquisa. Podem confirmar,

    ampliar ou mesmo contradizer um conhecimento j existente sobre

    determinado assunto. Geralmente, podem incluir o uso de tcnicas

    estatsticas com o uso de grficos e tabelas para apresentao dos

    resultados. Podem, tambm, ser apresentados em categorias de anlise

    ou tpicos.

    Discusso: a parte final do desenvolvimento, em que o autor discute

    os resultados encontrados luz das teorias apresentadas inicialmente.

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    Esta discusso importante momento da produo intelectual do

    pesquisador, em que revela capacidade de anlise e sntese,

    relacionando os fatos e/ou fenmenos com os conhecimentos j

    consolidados.

    2.3.2.3 Concluso

    A concluso deve retomar o tema inicial e o problema cientfico que

    conduziu pesquisa apresentando em sntese os resultados obtidos de forma direta

    e objetiva. Acrescenta qual foi a contribuio da pesquisa para o conhecimento do

    assunto, se seus resultados foram positivos e se os objetivos foram alcanados,

    fazendo relao do referencial terico que foi utilizado na pesquisa com os

    resultados alcanados. Neste momento, especialmente importante retomar o

    problema central que motivou a pesquisa e responde-lo para o leitor.

    2.3.3 Elementos ps-textuais

    Segundo a ABNT NBR 14724:2011, os elementos ps-textuais para

    apresentao dos trabalhos acadmicos so: referncias, glossrio, apndice e

    anexo.

    2.3.3.1 Referncias

    Elemento obrigatrio. Deve apresentar as referncias do conjunto das obras

    e documentos que foram utilizadas para elaborao e fundamentao do trabalho.

    So elementos descritivos que permitem a identificao individual de cada obra.

    Esto normalizadas pela NBR 6023:2002, que apresenta a ordem abaixo como

    bsica para as referenciais bibliogrficas, no entanto, h inmeros documentos que

    possuem sua prpria norma de descrio, exigindo a consulta norma sempre que

    houver dvidas. Veja os elementos essenciais abaixo:

    SOBRENOME, Nome do Autor. Ttulo: subttulo (se houver). Edio. Local: editora, ano.

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    2.3.3.2 Glossrio

    Elemento opcional. Trata-se de um conjunto de palavras e termos tcnicos

    ou de sentido obscuro ao leitor que so utilizados no trabalho e que o autor julga

    necessrio oferecer a devida explicao dos significados dos mesmos. Deve vir em

    ordem alfabtica.

    2.3.3.3 Apndice

    Elemento opcional. So documentos ou textos adicionais que o autor

    elaborou e julga necessrio apresentar sem prejuzo para o sentido nuclear do

    trabalho. Por exemplo, modelo de questionrios, formulrios, entrevistas, etc.

    Deve ser identificado pela palavra APNDICE, seguido das letras do

    alfabeto quando houver mais de um e acrescido de expresso que o identifique. Por

    exemplo:

    2.3.3.4 Anexo

    Elemento opcional. Diferentemente do apndice, o anexo um conjunto de

    materiais no elaborados pelo autor que servem de apoio fundamentao do

    trabalho, alm de ilustrar dados que se julguem relevantes. So exemplos de anexo:

    documentos, textos, ilustraes, comprovaes, fotos e outros.

    Deve ser identificado pela palavra ANEXO, seguido das letras do alfabeto

    quando houver mais de um e acrescido de expresso que o identifique. Por

    exemplo:

    APNDICE A Avaliao numrica dos resultados obtidos com a observao

    exploratria do comportamento do consumidor diante das promoes do setor

    varejista.

    APNDICE B Avaliao qualitativa do comportamento do consumidor diante

    das promoes do setor varejista.

    ANEXO A Grfico demonstrativo da distribuio de renda da populao

    conforme o censo IBGE 2010.

    ANEXO B Fotografia area da regio metropolitana de Goinia GO.

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    2.4 Formatao

    O padro para formatao dos trabalhos acadmicos deve seguir as

    orientaes abaixo:

    Papel: A4;

    Fonte: Arial ou Times New Roman;

    Tamanho da fonte: 12 para todo o trabalho, inclusive capa, com exceo

    da nota de finalidade da folha de rosto, citaes com mais de trs linhas,

    notas de rodap, paginao, dados internacionais de catalogao,

    legendas e fontes das ilustraes e das tabelas, que devero ter fonte

    menor e uniforme;

    Espaamento: 1,5 para todo o trabalho, com exceo da nota de

    finalidade da folha de rosto, citaes com mais de trs linhas, notas de

    rodap, referncias, legendas das ilustraes e das tabelas, que devem

    ser em espao simples. As referncias devero ser separadas entre si

    por um espao em branco;

    Pargrafo: 1,5 cm da margem esquerda;

    Margens: 3 cm para superior e esquerda e 2 cm para inferior e direita;

    Numerao das pginas: as pginas dos elementos pr-textuais devem

    ser contadas, mas nunca enumeradas. A numerao aparecer sempre a

    partir dos elementos textuais, no canto superior direito a 2 cm da borda

    superior e 2 cm da borda direita da folha;

    Numerao progressiva: todos os tpicos e subtpicos devem ser

    enumerados progressivamente, alm do uso de destaque como negrito,

    itlico ou sublinhado;

    Sees primrias: usar letras maisculas e negrito. Ex: 1 INTRODUO;

    Sees secundrias: usar negrito. Ex.: 1.1 Delimitao do tema;

    Sees tercirias: usar negrito e itlico. Ex.: 1.1.1 Linha de pesquisa;

    Sees quaternrias: usar s itlico. Ex.: 1.1.1.1 Cincias Humanas;

    Sees quinrias: s a numerao. Ex.: 1.1.1.1.1 Filosofia;

    Ilustraes: centralizadas, precedidas da denominao e descrio (Ex:

    Figura 1 Mapa de Gois) e, sucedidas da fonte (Ex.: ATLAS DO

    BRASIL, 2012, p. 15).

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    3

    O USO DAS CITAES

    egundo a ABNT NBR 10520 (2002, p. 1), uma citao a meno de

    uma informao extrada de outra fonte. Isso significa que todas as

    informaes que so extradas dos livros, dos artigos cientficos, dos

    peridicos, mesmo da Internet, so propriedade autoral de outros e devem ser

    citadas conforme a normatizao estabelecida pela ABNT para que sejam

    respeitados os crditos e direitos de propriedade intelectual de seus autores. No

    citar as fontes de pesquisa na produo dos trabalhos acadmicos plgio!1

    Todo trabalho acadmico deve se basear em outras fontes, sejam primrias

    (dicionrios ou enciclopdias) ou secundrias (livros, compndios, artigos

    eletrnicos), para ser elaborado e construdo. A atividade cientfica uma atividade

    criadora, porm, diferentemente da produo literria em que a imaginao e a

    fantasia so abundantemente usadas, a produo cientfica prima pela objetividade,

    pela veracidade e fidedignidade das informaes, sempre se remetendo realidade

    mediante o uso de conhecimentos j consolidados e comprovados cientificamente.

    Isso significa que, o trabalho acadmico precisa de embasamento nas

    diversas teorias e campos dos saberes. Esses conhecimentos esto registrados nas

    fontes, disponveis em bibliotecas e, atualmente, tambm na rede mundial de

    computadores a Internet.

    1 Para compreender melhor o plgio no meio acadmico, a Comisso de Avaliao de Casos de

    Autoria (Binio 2008-2010), do Departamento de Comunicao Social Instituto de Arte e Comunicao Social (IACS), da Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ), elaborou uma cartilha intitulada de Nem tudo que parece : entenda o que plgio. Acesse a cartilha na ntegra em: http://www.proppi.uff.br/portalagir/sites/default/files/cartilha_autoria_-_digital.pdf.

    S

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    Portanto, fazer uso de citaes fundamental para a produo de trabalhos

    acadmicos, pois o estudante pesquisador, deve demonstrar capacidade de anlise

    e sntese das diversas teorias para produzir seus trabalhos e, as citaes sero

    ferramentas indispensveis para consolidao desse processo.

    Em linhas gerais, as citaes so classificadas em indiretas, diretas e

    citao da citao. Vejamos adiante as caractersticas, aplicaes e formas de uso

    de cada uma delas.

    3.1 Citaes indiretas

    As citaes indiretas tambm so denominadas de parfrase. Trata-se da

    produo de um texto em que as ideias so baseadas na obra de outro autor. Quem

    escreve, escreve com suas prprias palavras, usando seu vocabulrio e estruturas

    gramaticais habituais, porm preservando a ideia original do autor.

    Nestes casos, o nome do autor e ano de sua obra sero citados pelo

    sistema de chamada (autor-data ou notas de rodap)2, ou no incio do pargrafo

    como parte do texto, ou no final do pargrafo entre parnteses. Veja os exemplos:

    Exemplo A citao indireta com chamada do autor no incio do pargrafo:

    De acordo com Severino (2002), o ingresso do estudante no ensino superior

    provoca-lhe surpresa diante de uma nova realidade de estudos que requer medidas

    no sentido de seu aproveitamento. Estas medidas sero fundamentais para seu

    rendimento acadmico.

    Exemplo B citao indireta com a chamada do autor no final do pargrafo:

    O ingresso do estudante no ensino superior provoca-lhe surpresa diante de

    uma nova realidade de estudos que requer medidas no sentido de seu

    aproveitamento. Estas medidas sero fundamentais para seu rendimento acadmico

    (SEVERINO, 2002).

    2 Este manual utiliza o modelo do sistema de chamada autor-data. Portanto, no ser matria deste

    documento a explicao do sistema de notas no rodap, conhecido tambm como Vancouver. Vide ABNT NBR 10520 (2002).

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    Observao importante! Quando o autor referido no termo da orao, ou

    seja, no texto do pargrafo, deve ser redigido normalmente, como um nome prprio

    (com a 1 letra maiscula). Mas, quando no se menciona o nome do autor dentro

    do pargrafo, deve-se coloca-lo juntamente com o ano de sua obra, sem o nmero

    da pgina, entre os parnteses e com todas as letras maisculas.

    Exemplo C Citao indireta com chamada de dois autores no incio do

    pargrafo:

    Segundo Marconi e Lakatos (2004), o conhecimento cientfico mais bem

    diferenciado quando estudado em comparao com outros tipos de conhecimentos,

    por exemplo, o senso comum.

    Exemplo D Citao indireta com a chamada de dois autores no final do

    pargrafo:

    O conhecimento cientfico mais bem diferenciado quando estudado em

    comparao com outros tipos de conhecimentos, por exemplo, o senso comum

    (MARCONI; LAKATOS, 2004).

    Exemplo E Citao indireta com a chamada de trs autores:

    O processo de produo do trabalho cientfico de suma importncia para o

    crescimento do estudante, por isso, ele precisa ser muito bem planejado, qualquer

    que seja a modalidade do trabalho a ser realizado. Porm, geralmente, os alunos

    no do a devida ateno ao planejamento, se lanando apressadamente ao

    trabalho de investigao, o que prejudicar o alcance dos resultados (MENDONA;

    ROCHA; NUNES, 2008).

    Quando os autores forem mais de trs, ento, deve-se citar apenas o

    primeiro autor seguido da expresso et al., que vem do latim e significa e outros.

    Por exemplo: O planejamento vital para o sucesso do trabalho acadmico

    (MENDONA et al., 2008).

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    3.2 Citao direta

    No estudo das teorias e conhecimentos das diversas reas da cincia,

    encontram-se diversos autores que so fontes referenciais destes conhecimentos.

    Em determinados momentos da investigao bibliogrfica, o estudante pesquisador

    se depara com conceitos, afirmaes ou comentrios que so singulares. Da

    decorre a necessidade de se transcrever literalmente aquele trecho consultado a

    isto se denomina citao direta. Portanto, a citao direta a transcrio textual

    literal de trechos de outros autores consultados (ABNT 10520, 2002).

    As citaes diretas so classificadas em curta e longa. Uma citao direta

    curta aquela em que a transcrio textual vai at 3 linhas. Nestes casos, a citao

    dever ser destacada entre aspas () antecedida ou sucedida do sistema de

    chamada autor-data, incluindo-se sempre o nmero da pgina. Veja os exemplos:

    Exemplo A Citao direta curta com chamada do autor no incio:

    A metodologia fundamental do processo de elaborao e construo da

    pesquisa cientfica. Para Pedro Demo (2012, p. 59), metodologia disciplina

    instrumental para o cientista social [] condio necessria para a competncia

    cientfica [].

    Exemplo B Citao direta curta com chamado do autor no final do

    pargrafo:

    A metodologia apesar de instrumental, condio necessria para a

    competncia cientfica, porque poucas coisas cristalizam incompetncia mais

    gritante do que a despreocupao metodolgica. (DEMO, 2012, p. 59)

    Ambos os exemplos demonstram que o autor consultado pode ser citado no

    incio ou no final da citao. O que diferencia uma forma da outra simplesmente o

    estilo literrio de quem escreve. No exemplo A, o escritor preferiu inserir o autor

    consultado no termo da frase conferindo assim autoridade ao seu argumento

    relacionando-o diretamente com o autor. Enquanto isso, no exemplo B, o escritor

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    prefere enfatizar primeiro o argumento e deixa a chamada do autor para o final. A

    regra bsica a ser observado a seguinte: ao iniciar a escrita de um trabalho

    acadmico utilizando-se um determinado estilo (como o exemplo A), ento, deve-se

    proceder assim at o final do trabalho.

    No caso das citaes diretas longas, esta regra tambm se aplica. Porm,

    as citaes longas possuem uma peculiaridade: elas devem ser destacadas do texto

    com um duplo enter (antes e depois), recuadas 4 cm da margem esquerda, com

    espaamento simples e um ponto a menos do que a fonte do texto (fonte 11). Veja

    os exemplos abaixo:

    Exemplo C Citao direta longa com chamada do autor no incio:

    Sobre a discusso que reduz a metodologia a um conjunto de mtodos e

    tcnicas, Pedro Demo (2012, p. 12), afirma que:

    Metodologia distingue-se em nosso meio de Mtodos e Tcnicas, por estar em jogo no segundo caso o trato da realidade emprica, enquanto no primeiro existe a inteno da discusso problematizante, a comear pela repulsa em aceitar que a realidade social se reduza face emprica. No se trata de rebaixar Mtodos e Tcnicas a atividade secundria. Para o trato da face emprica so essenciais. Metodologia adquire o nvel de tpica discusso terica, inquirindo criticamente sobre as maneiras de se fazer cincia. Sendo algo instrumental, dos meios, no tem propriamente utilidade prtica direta, mas fundamental para a utilidade da produo cientfica. A falta de preocupao metodolgica leva mediocridade fatal.

    Exemplo D Citao direta longa com chamada do autor no final:

    O campo da metodologia bastante frtil e passvel de discusses e

    posicionamentos antagnicos. Quando se relaciona a metodologia com a questo do

    uso de Mtodos e Tcnicas de pesquisa h posies divergentes, como o caso do

    campo das cincias sociais.

    Metodologia distingue-se em nosso meio de Mtodos e Tcnicas, por estar em jogo no segundo caso o trato da realidade emprica, enquanto no primeiro existe a inteno da discusso problematizante, a comear pela repulsa em aceitar que a realidade social se reduza face emprica. No se trata de rebaixar Mtodos e

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    Tcnicas a atividade secundria. Para o trato da face emprica so essenciais. Metodologia adquire o nvel de tpica discusso terica, inquirindo criticamente sobre as maneiras de se fazer cincia. Sendo algo instrumental, dos meios, no tem propriamente utilidade prtica direta, mas fundamental para a utilidade da produo cientfica. A falta de preocupao metodolgica leva mediocridade fatal. (DEMO, 2012, p. 12)

    Neste caso, no se pode reduzir a metodologia a um simples conjunto de

    Mtodos e Tcnicas de pesquisas.

    3.3 Citao da citao

    A citao da citao pode ser uma citao direta ou indireta de um texto em

    que no se teve acesso ao original (ABNT 10520, 2002, p. 2). As regras gerais para

    fazer uma citao da citao so as mesmas mencionadas acima. No entanto, deve-

    se ater a um detalhe importante o uso da expresso latina apud que significa

    citado por, conforme, segundo. Veja alguns exemplos:

    Exemplo A Citao da citao direta curta com chamada dos autores no

    incio do pargrafo:

    De acordo com Demo (1996, apud RAMOS, 2009, p. 130), a proposta atual

    da metodologia tem como pressuposto crucial a convico de que o aprendizado

    pela pesquisa a especializao mais prpria da educao escolar e acadmica

    [].

    Exemplo B Citao da citao direta curta com chamada dos autores no

    final do pargrafo:

    Alguns estudiosos defendem o uso da pesquisa com melhor ferramenta para

    o ensino. A proposta atual da metodologia tem como pressuposto crucial a

    convico de que o aprendizado pela pesquisa a especializao mais prpria da

    educao escolar e acadmica [] (DEMO, 1996 apud RAMOS, 2009, p. 130).

    (continuao do exemplo)

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    Exemplo C Citao da citao indireta com a chamada dos autores no

    incio do pargrafo:

    Segundo Demo (1996, apud RAMOS, 2009), a metodologia cientfica teria

    uma utilidade muito alm de simples instrumento para realizao de pesquisas

    cientficas, visto que o processo de ensino e aprendizagem est diretamente

    relacionado s atividades de pesquisa, ento, nada seria melhor para o aprendizado

    de professores e alunos do que o uso constante de prticas de pesquisa no contexto

    escolar.

    Exemplo D Citao da citao indireta com chamada dos autores no final

    do pargrafo:

    A metodologia cientfica teria uma utilidade muito alm de simples

    instrumento para realizao de pesquisas cientficas, visto que o processo de ensino

    e aprendizagem est diretamente relacionado s atividades de pesquisa, ento,

    nada seria melhor para o aprendizado de professores e alunos do que o uso

    constante de prticas de pesquisa no contexto escolar (DEMO, 1996 apud RAMOS,

    2009).

    Em todos os exemplos, importante observar que o nome do primeiro autor

    citado exatamente aquele do qual no se teve acesso obra original, portanto, ele

    foi citado pelo segundo autor, que o autor cuja obra consultada. No caso, das

    citaes das citaes diretas longas, as regras so as mesmas, devendo-se ter o

    cuidado de no esquecer a expresso latina apud.3

    3 A expresso latina apud quando utilizada na elaborao de citao da citao, deve ser digitada

    normalmente, sem o uso do itlico. Por exemplo: (DEMO, 1996 apud RAMOS, 2009).

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    4

    AS REFERNCIAS

    O uso das referncias fundamental para a elaborao e apresentao dos

    trabalhos acadmicos no contexto do ensino superior. Para muitos estudantes

    encarada como uma parte chata do trabalho, repleta de regras e normas que

    muitas vezes confunde a cabea dos desavisados. Porm, para compreender sua

    necessidade preciso entender sua importncia, que est diretamente relacionada

    s citaes.

    Produzido os elementos textuais do trabalho acadmico, as referncias

    constituem o primeiro dos elementos ps-textuais. Todos os autores e fontes citados

    na parte textual devero estar presentes nas referncias. Assim, os leitores do

    trabalho podero averiguar e conferir a fidelidade e veracidade das informaes. Por

    meio das referncias, pode-se identificar que tipo de posicionamento terico e

    metodolgico o autor do trabalho assume. Tambm, pode-se averiguar o grau de

    profundidade da pesquisa, se o autor do trabalho se dedicou a uma quantidade

    relativamente considervel ou no de outros textos e, mesmo se, os autores citados

    so referncia ou no para o assunto em discusso.

    De acordo com as normas da ABNT a referncia um conjunto

    padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua

    identificao individual (ABNT 14724, 2011, p. 3), que possui elementos essenciais

    e complementares. Os elementos essenciais dizem respeito aos dados

    indispensveis para identificao dos documentos (autoria, ttulo da obra, edio,

    local, editora e ano de publicao). Os elementos complementares, por sua vez,

    dizem respeito a uma melhor caracterizao do documento (subttulos, nmeros de

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    pginas, dimenses fsicas etc.). Quanto aos elementos essenciais, veja o modelo e

    algumas observaes:

    SOBRENOME, Nome do Autor. Ttulo. Edio. Local: editora, ano.

    O ltimo sobrenome deve sempre iniciar a referncia sendo digitado em caixa

    alta, isto , todas as letras maisculas;

    O ttulo da obra consultada deve ser destacado (negrito, sublinhado ou

    itlico). O modelo utilizado na primeira referncia dever ser padro para as

    demais;

    A edio s mencionada a partir da segunda;

    O local refere-se cidade. Quando se tratar de cidades homnimas, deve-se

    indicar a sigla da unidade federativa. Ex.: Viosa, AL; Viosa, MG; Viosa, RJ;

    Em editora deve-se indicar apenas o nome principal. No necessrio redigir

    toda a razo social da editora. Por exemplo: Editora Atlas Ltda. = Atlas;

    O ano deve ser registrado em algarismos arbicos.

    Abaixo, passaremos para uma lista de exemplos que caracterizam a

    utilizao mais usual de referncias em trabalhos acadmicos.1

    Exemplo A Referncias de livros contendo um nico autor:

    DEMO, Pedro. Pesquisa participante: saber pensar e intervir juntos. 2. ed. Braslia: Liber Livro, 2008. MAXIMIANO, Antnio Cesar Amaru. Administrao de projetos: como transformar ideias em resultados. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2010.

    1 Esta lista de exemplos no exaustiva. A ABNT 6023 (2002) possui uma lista detalhada com os

    diversos tipos de documentos e a forma de referenci-los. Sempre que houver dvidas, sua consulta indispensvel.

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    Exemplo B Referncias de livros contendo dois e trs autores:

    MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho cientfico. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2003. CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da; Metodologia cientfica. 6. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

    Exemplo C Referncias de livros contendo mais de trs autores:

    menciona-se apenas o primeiro autor e acrescenta-se a expresso latina et al., que

    significa e outros.

    HULLEY, Stephen B. et al. Delineando a pesquisa clnica: uma abordagem epidemiolgica. Trad. Michael Schmidt Duncan. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. VOLPATO, Gilson Luiz et al. Dicionrio crtico para redao cientfica. Botucatu, SP: Best Writing, 2013.

    Exemplo D Referncias de livros contendo vrios autores em que a

    organizao realizada por um, dois ou trs autores: nestes casos, segue-se o

    padro dos exemplos A e B, seguidos da abreviatura Org., organizador(a), entre

    parnteses. Veja:

    BARRETO, Raquel Goulart (Org.). Tecnologias educacionais e educao a distncia: avaliando polticas e prticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos (Org.). Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

    Exemplo E Referncias de livros traduzidos para o portugus:

    KERZNER, Harold. Gesto de projetos: as melhores prticas. Trad. Lene Belon Ribeiro. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construo do saber: manual de metodologia da pesquisa em cincias humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.

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    Exemplo F Referncias de partes de livros de vrios autores, tais como

    captulos e outros: nestes casos, inicia-se a referncia com o autor do texto

    consultado e o ttulo, depois, insere-se a expresso inglesa In:, que significa em,

    dentro, e acrescenta-se a referncia do livro. Veja:

    FILATRO, Andrea. As teorias pedaggicas fundamentais em EAD. In: LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos (Org.). Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p. 98-104. TOSCHI, Mirza Seabra. TV Escola: o lugar dos professores na poltica de formao docente. In: BARRETO, Raquel Goulart (Org.). Tecnologias educacionais e educao a distncia: avaliando polticas e prticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. p. 85-104. Observao: o ttulo em destaque (negrito) deve estar sobre o nome do livro principal.

    Exemplo G Referncias de partes de livros de vrios autores, em que o

    captulo citado do mesmo autor do livro: neste caso, depois da expresso In:

    deve-se utilizar um trao (underline) com o tamanho de seis toques (6x o underline),

    que representar o mesmo nome do autor citado. Veja:

    BARRETO, Raquel Goulart. As polticas de formao de professores: novas tecnologias e educao a distncia. In: ______. Tecnologias educacionais e educao a distncia: avaliando polticas e prticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. p. 10-28.

    Exemplo H Referncias de obras consultadas online: alm dos elementos

    essenciais, indispensvel o uso da expresso Disponvel em: < >, indicando o

    endereo eletrnico da obra dentro dos sinais de < >, seguido de Acesso em: dd

    ms ano. O ms deve ser abreviado.

    ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponvel em: . Acesso em: 10 jan. 2002.

    Observao: [S.l.] abreviatura de sine loco, do latim que significa sem local determinado.

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    Exemplo I Referncias de obras em que o autor no uma pessoa, mas

    uma entidade: nestes casos, a autoria ser identificada com o nome da entidade,

    seguindo-se as mesmas regras anteriores. Veja:

    ENCICLOPDIA multimdia dos seres vivos. [S. l.]: Planeta DeAgostini, 1998. CD-ROM 9. DICIONRIO da lngua portuguesa. Lisboa: Priberam Informtica, 1998. Disponvel em: . Acesso em: 8 mar. 1999. SO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Entendendo o meio ambiente. So Paulo, 1999. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: 8 mar. 1999.

    Exemplo J Referncias de monografias, trabalhos de concluso de

    cursos, dissertaes de mestrado e teses de doutorado, em meios fsicos ou

    eletrnicos: a regra a mesma para o meio fsico ou eletrnico, lembrando-se que o

    que ir variar o acrscimo das expresses Disponvel em: < > e Acesso em:

    para o meio eletrnico. Veja:

    SILVA, Clemente Ricardo. Empreendedorismo e o profissional de biblioteconomia: uma abordagem da competncia. 2011. 75f. Monografia (Graduao em Biblioteconomia) Centro de Cincias Sociais Aplicadas, Universidade Federal da Paraba, Joo Pessoa, 2011. FRANCO, Renata Rosa. O cinema como (im)possibilidade formativa: uma discusso a partir da perspectiva de Adorno. 2012. 100 f. Dissertao (Mestrado em Educao) Faculdade de Educao. Universidade Federal de Gois, 2012. Disponvel em: < http://www.ppge.fe.ufg.br/uploads/6/original_Disserta%C3%A7%C3%A3o__Renata_Rosa_Franco.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2013. MACHADO, Maria Margarida. Poltica Educacional para Jovens e Adultos: A experincia do projeto AJA (93/96) na SME/Go. 1997. 160 f. Dissertao (Mestrado em Educao) Faculdade de Educao. Universidade Federal de Gois, 1997. DURAN, Dbora. Analfabetismo digital e desenvolvimento: das afirmaes s interrogaes. 2008. 228 f. Tese (Doutorado em Educao) Faculdade de Educao. Universidade de So Paulo, 2008.

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    Exemplo K Referncias de documentos jurdicos e legislao:

    BRASIL. Constituio (1988). Emenda constitucional n 9, de 9 de novembro de 1995. Lex: legislao federal e marginalia. So Paulo, v.