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Temas Dez temas de execução penal 20 D E S E T E MB R O D E 1 8 3 5 R E P U B L I C A R I O G R A N D E N S E ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO CENTRO DE ESTUDOS CENTRO DE ESTUDOS TRIBUNAL DE JUSTIÇA-RS TRIBUNAL DE JUSTIÇA-RS

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Temas

Dez temas de execução penal

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DezTemassobre

ExecuçãoPenal

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ÍndiceApresentação ....................................................................................... 5

1. Regime prisional do réu condenado pela prática de crimehediondo ou assemelhado .................................................................. 7

2. Possibilidade de o Juiz da Execução Penal alterar o regime decumprimento da pena fixado na sentença condenatória, fora dashipóteses de progressão e regressão............................................... 21

3. Saídas temporárias: automatizadas ou planificadas (art. 123da LEP) ................................................................................................ 27

4. Remição da pena através de tempo de estudo (art. 126da LEP) ................................................................................................ 33

5. Execução da pena de multa: competência do Ministério Públicoou do representante da Fazenda Pública ........................................ 39

6. Substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de di-reito (Lei nº 9.714/98): possibilidade no caso de crimes hedion-dos ........................................................................................................ 43

7. Comissão Técnica de Classificação: composição (art. 7º da LEP).Consequência em razão da falta ou nulidade do laudo ................. 51

8. Progressão de regime: requisitos objetivos e subjetivos ................ 55

9. Livramento condicional: reincidência específica impeditiva deconcessão. Suspensão do benefício e ampliação do período deprova (LEP, art. 145) .......................................................................... 63

10. Recurso de agravo: rito procedimental. Peças essenciais doinstrumento. Arquivamento do pedido pelo Juiz da Execução ........ 69

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A Corregedoria-Geral da Justiça fez realizar, de 27 a 28 de junho

de 2002, um encontro de Juízes de Execução Penal, obje-

tivando examinar a importante matéria relacionada com a

execução da pena privativa de liberdade no Estado. A partir da indica-

ção dos Juízes de Direito, foram eleitos dez temas, e convidado o

Coordenador-Geral do Centro de Estudos do Tribunal de Justiça para

participar do referido Encontro. O Des. Vladimir Giacomuzzi, então

Coordenador-Geral do Centro de Estudos, fez, na oportunidade, uma

explanação teórica sobre os temas objeto do Encontro a partir e tendo

por base a jurisprudência do Tribunal de Justiça. A publicação agora

efetivada é circunscrita àquele trabalho, devidamente atualizado, o qual

é fruto de sistematização orientada pelo expositor e pelo Des. Silvestre

Jasson Ayres Torres, então Coordenador-Adjunto de Direito Criminal do

Centro de Estudos, com pesquisa orientada executada pelos estagiá-

rios-acadêmicos Pierre Zílio Marto Flores e Alexsander Cassa Viegas.

O Centro de Estudos é órgão da Administração do Tribunal de

Justiça, competindo-lhe, dentre outras atribuições, a promoção de estu-

dos e pesquisas voltadas ao aperfeiçoamento da jurisdição. O trabalho

realizado pelo Centro de Estudos por ocasião do Encontro de Juízes

de Execução Penal insere-se com toda a adequação em suas finalida-

des, justificando-se sua divulgação para conhecimento e aproveitamen-

to de quantos têm suas atribuições direcionadas na área da execução

ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

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penal. De sua leitura retira-se um panorama atualizado sobre a juris-

prudência do Tribunal de Justiça a respeito dos mais relevantes temas

da execução penal. Resultou destacado, que a atual estrutura

organizacional do Tribunal de Justiça permite a dispersão de entendi-

mento e divergência de julgados sobre o mesmo tema, em prejuízo da

jurisdição e do jurisdicionado. Foi com o propósito de realçar o

dissenso de entendimento entre os diversos órgãos do Tribunal de

Justiça sobre tema particularmente relevante – como seria o do regime

de cumprimento da pena decorrente da condenação pela prática de cri-

me hediondo – e a forma atual de sua composição, que o trabalho in-

cluiu a eventual reforma da decisão local e a orientação do Egrégio

Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria tratada. A propósito desta

dificuldade, deve-se destacar que o Centro de Estudos apresentou à

Direção do Tribunal de Justiça proposta de revitalização das antigas

Turmas Recursais, as quais, com atribuições ampliadas e atualizadas,

passariam a desempenhar a indispensável função de, num Tribunal de

Justiça com as dimensões do nosso, prevenir ou compor divergências

entre Câmaras ou Grupos, nos feitos que envolvam relevante questão

de direito, e de uniformização da jurisprudência. O Centro de Estudos

do Tribunal de Justiça, com esta publicação, confia poder contribuir

para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional no Estado.

Des. Wellington Pacheco Barros

Coordenador-Geral do Centro de Estudos do

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

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PPPPPrimeiro Trimeiro Trimeiro Trimeiro Trimeiro Temaemaemaemaema

RRRRRegime prisional do réu condenado pela práticaegime prisional do réu condenado pela práticaegime prisional do réu condenado pela práticaegime prisional do réu condenado pela práticaegime prisional do réu condenado pela práticade crime hediondo ou assemelhadode crime hediondo ou assemelhadode crime hediondo ou assemelhadode crime hediondo ou assemelhadode crime hediondo ou assemelhado.....

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Dez Temas sobre Execução Penal 9

1) Regime prisional do réu condenado pela prática de crimehediondo ou assemelhado.

Concernentemente ao regime de cumprimento da pena privativade liberdade aplicada aos condenados pela prática de crimes hedion-dos ou assemelhados, exceção feita ao crime de tortura definido naLei nº 9.455/97, o Tribunal de Justiça está dividido.

Enquanto o 1º e o 2º Grupos Criminais orientam-se no sentidode que, naquelas hipóteses, o regime a ser imposto é o integralmentefechado, sem possibilidade de progressão e substituição da pena apli-cada, o 3º e o 4º Grupos Criminais decidem no sentido contrário. Porentender que seria inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei nº8.072/90 ou porque a regra contida no § 7º do artigo 1º da Lei nº9.455/97 tem caráter geral, devendo ser estendida a todos os crimesdefinidos na Lei nº 8.072/90.

São, neste sentido, os seguintes julgados:

1º Grupo Criminal

• Embargos Infringentes nº 70002580298, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 29/06/01.

• Embargos Infringentes nº 70002859940, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 31/08/01.

• Embargos Infringentes nº 70002324432, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 29/06/01.

• Embargos Infringentes nº 70002421881, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 29/06/01.

• Embargos Infringentes nº 70002455194, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 29/06/01.

• Embargos Infringentes nº 70002541886, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 29/06/01.

• Embargos Infringentes nº 70002305589, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 04/05/01.

• Embargos Infringentes nº 70001740331, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 01/12/00.

• Embargos Infringentes nº 70001753292, Rel. Des. Nilo Wolff,julgado em 01/12/00.

• Embargos Infringentes nº 70001740430, Rel. Des. RanolfoVieira, julgado em 01/12/00.

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10 Dez Temas sobre Execução Penal

• Embargos Infringentes nº 70000823914, Rel. Des. RanolfoVieira, julgado em 02/06/00.

• Apelação-Crime nº 70005291364, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 04/12/02.

• Embargos Infringentes nº 70004827978, Rel. Des. AntonioCarlos Netto Mangabeira – vencido, Redator do acórdão Des.Silvestre Jasson Ayres Torres, julgados em 06/09/02.

2º Grupo Criminal

• Embargos Infringentes nº 70001529700, Rel. Des. ConstantinoLisbôa de Azevedo, julgados em 10/11/00.

• Revisão Criminal nº 699068201, Relª Desª Elba AparecidaNicolli Bastos, julgada em 10/08/01.

3º Grupo Criminal

• Embargos Infringentes nº 70002632826, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 17/08/01.

• Embargos Infringentes nº 70002707990, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 17/08/011.

• Embargos Infringentes nº 70002239739, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 18/05/012.

• Embargos Infringentes nº 70000986315, Rel. Des. LuísGonzaga da Silva Moura, julgados em 16/06/003.

4º Grupo Criminal

• Embargos Infringentes nº 70002351286, Rel. Des. Ilton CarlosDellandréa, julgado em 27/04/01.

(1) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 445.097/RS, Rel. Min. Gilson Dipp, julga-do em 01/10/02.

(2) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 442.495/RS, Rel. Min. José Arnaldo daFonseca, julgado em 17/10/02.

(3) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 334.150/RS, Rel. Min. Gilson Dipp, julga-do em 16/04/02.

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Dez Temas sobre Execução Penal 11

• Embargos Infringentes nº 70001842921, Rel. Des. TupinambáPinto de Azevedo, julgados em 22/12/00.

• Embargos Infringentes nº 70001352897, Rel. Des. TupinambáPinto de Azevedo, julgados em 27/10/00.

• Embargos Infringentes nº 70000040758, Rel. Des. AidoFaustino Bertocchi, julgados em 26/05/00.

• Embargos Infringentes nº 699242038, Relª Desª Regina MariaPinto de Moraes Bollick, julgados em 24/09/994.

O dissenso provém das Câmaras Criminais Separadas.Com efeito, a 1ª, a 3ª e a Câmara Especial inclinam-se no senti-

do da orientação de que o regime aplicável é o integralmente fechado.Já a 2ª, 5ª, 6ª, 7ª e a 8ª Câmaras Criminais decidem, sempre

por maioria, no sentido inverso.Aqui, os julgados mais recentes representativos destas posições:

1ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70003297678, Rel. Des. Ranolfo Vieira, jul-gada em 19/12/01.

• Apelação-Crime nº 70003671187, Rel. Des. Ranolfo Vieira, jul-gada em 20/02/02.

• Apelação-Crime nº 70003110863, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 03/10/01.

• Apelação-Crime nº 70003756434, Rel. Des. Ranolfo Vieira, jul-gada em 20/02/02.

• Apelação-Crime nº 70003515368, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgada em 19/12/01.

• Apelação-Crime nº 70003346673, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgada em 28/11/01.

• Agravo nº 70002736171, Rel. Des. Ranolfo Vieira, julgado em14/11/01.

• Apelação-Crime nº 70002744472, Rel. Des. Ranolfo Vieira, jul-gada em 14/11/01.

(4) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 266.545/RS, Rel. Min. Edson Vidigal, jul-gado em 05/03/02.

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12 Dez Temas sobre Execução Penal

• Apelação-Crime nº 70002803336, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgada em 17/10/01.

• Apelação-Crime nº 70003050093, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 19/09/01.

• Apelação-Crime nº 70002086312, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 12/09/01.

• Apelação-Crime nº 70002646107, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 15/08/01.

• Apelação-Crime nº 70002144095, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 30/05/01.

• Apelação-Crime nº 70002227411, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 21/03/01.

• Apelação-Crime nº 70001868108, Rel. Des. Ranolfo Vieira, jul-gada em 14/03/01.

• Apelação-Crime nº 70001890706, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 27/12/00.

• Apelação-Crime nº 70001585728, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 13/12/00.

• Apelação-Crime nº 70001868462, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 13/12/00.

• Apelação-Crime nº 70005041058, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 27/11/02.

• Apelação-Crime nº 70004957163, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 20/11/02.

• Apelação-Crime nº 70005052105, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 23/10/02.

• Apelação-Crime nº 70004728499, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 23/10/02.

• Apelação-Crime nº 70003888823, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 02/10/02.

• Apelação-Crime nº 70004165635, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 18/09/02.

• Apelação-Crime nº 70004706867, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 11/09/02.

• Apelação-Crime nº 70004445557, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 11/09/02.

• Embargos Infringentes nº 70004827978, Rel. Des. AntonioCarlos Netto Mangabeira, julgados em 06/09/02.

• Revisão Criminal nº 70003989274, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 02/08/02.

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Dez Temas sobre Execução Penal 13

• Apelação-Crime nº 70003846904, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 26/06/02.

• Apelação-Crime nº 70003880598, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 26/06/02.

• Apelação-Crime nº 70003682465, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 26/06/02.

• Apelação-Crime nº 70004090015, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 26/06/02.

• Apelação-Crime nº 70003124435, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 19/06/02.

• Embargos Infringentes nº 70002895548, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgados em 08/03/02.

• Embargos Infringentes nº 70003313483, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgados em 08/03/02.

• Apelação-Crime nº 70002605020, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 06/03/02.

3ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70002149300, Rel. Dr. Reinaldo JoséRammé, julgada em 23/08/01.

• Agravo nº 70003239746, Rel. Des. José Eugênio Tedesco, jul-gado em 19/09/01.

• Apelação-Crime nº 70002968873, Rel. Des. José EugênioTedesco, julgada em 04/10/01.

• Apelação-Crime nº 70002516334, Rel. Des. José EugênioTedesco, julgada em 24/05/01.

• Apelação-Crime nº 70002051589, Rel. Des. Marco AntônioBarbosa Leal, julgada em 15/02/01.

• Apelação-Crime nº 70001648781, Rel. Des. Saulo Brum Leal,julgada em 30/11/00.

• Agravo nº 70001710706, Rel. Des. Marco Antônio BarbosaLeal, julgado em 09/11/00.

• Mandado de Segurança nº 70001644699, Rel. Des. SauloBrum Leal, julgado em 26/10/00.

• Apelação-Crime nº 70000586867, Rel. Des. Saulo Brum Leal,julgada em 24/02/00.

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14 Dez Temas sobre Execução Penal

Câmara Especial Criminal

• Apelação-Crime nº 70002930998, Relª Dra. Maria da GraçaCarvalho Mottin, julgada em 31/07/01.

• Apelação-Crime nº 70002100949, Rel. Des. Marco AntônioBarbosa Leal, julgada em 09/03/01.

• Apelação-Crime nº 70002167682, Relª Dra. Maria da GraçaCarvalho Mottin, julgada em 19/07/01.

• Apelação-Crime nº 70002073518, Relª Dra. Maria da GraçaCarvalho Mottin, julgada em 10/04/01.

• Apelação-Crime nº 70002129799, Relª Dra. Maria da GraçaCarvalho Mottin, julgada em 09/03/01.

• Apelação-Crime nº 70002046167, Relª Desª Elba AparecidaNicolli Bastos, julgada em 07/03/01.

• Apelação-Crime nº 70002075778, Relª Dra. Maria da GraçaCarvalho Mottin, julgada em 06/02/015.

• Apelação-Crime nº 70002037687, Rel. Des. VladimirGiacomuzzi, julgada em 10/01/01.

• Apelação-Crime nº 70001336734, Rel. Des. Marco AntônioBarbosa Leal, julgada em 31/10/00.

• Apelação-Crime nº 70001269117, Rel. Des. Marco AntônioBarbosa Leal, julgada em 26/09/00.

• Apelação-Crime nº 70000696732, Rel. Dr. Carlos CiniMarchionatti, julgada em 27/06/00.

• Apelação-Crime nº 699410965, Rel. Des. Sylvio Baptista Neto,julgada em 11/08/996.

• Apelação-Crime nº 70004576641, Rel. Des. Danúbio EdonFranco, julgada em 13/08/02.

• Apelação-Crime nº 70003783222, Relª Dra. Maria da GraçaCarvalho Mottin, julgada em 14/05/02.

2ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70001934157, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 07/02/02.

(5) – HC nº 16.821/RS, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 28/08/01.(6) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 303.208/RS, Rel. Min. Felix Fischer, julga-

do em 16/04/02.

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Dez Temas sobre Execução Penal 15

• Apelação-Crime nº 70003373495, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 29/11/01.

• Apelação-Crime nº 70001137355, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 06/09/017.

• Apelação-Crime nº 70000553792, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 15/06/00.

• Apelação-Crime nº 70001400035, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 21/09/008.

• Apelação-Crime nº 70002983385, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 14/11/01.

• Apelação-Crime nº 70000605071, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 27/04/00.

• Apelação-Crime nº 70003533346, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgada em 20/12/01.

• Apelação-Crime nº 70003215084, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 08/11/01.

• Apelação-Crime nº 70003486297, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgada em 06/12/019.

• Apelação-Crime nº 70000778258, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 16/03/00.

• Apelação-Crime nº 70003172533, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 14/11/01.

• Apelação-Crime nº 70003055035, Rel. Des. José Antônio HirtPreiss, julgada em 04/10/01.

• Apelação-Crime nº 70003033776, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 18/10/01.

• Apelação-Crime nº 70003193406, Rel. Des. José Antônio HirtPreiss, julgada em 04/10/0110.

• Apelação-Crime nº 70002905750, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 19/09/01.

• Agravo nº 70003039823, Rel. Des. Walter Jobim Neto, julgadoem 13/09/01.

(7) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 445.151/RS, Rel. Min. Felix Fischer, julga-do em 05/11/02.

(8) – Pendente de decisão pelo STF – REsp nº 345.932/RS.(9) – Pendente de decisão pelo STJ – REsp nº 493.284/RS, Rel. Min. Hamilton

Carvalhido.(10) – Pendente de decisão pelo STJ – Ag. nº 470.278/RS, Rel. Min. Fontes de

Alencar.

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16 Dez Temas sobre Execução Penal

• Apelação-Crime nº 70002830941, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgada em 06/09/0111.

• Agravo nº 70002725539, Rel. Des. José Antônio Hirt Preiss,julgado em 09/08/01.

• Agravo nº 70002757029, Rel. Des. Antonio Carlos NettoMangabeira, julgado em 09/08/01.

• Apelação-Crime nº 70000236455, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgada em 18/11/9912.

• Apelação-Crime nº 697250512, Rel. Des. Walter Jobim Neto,julgada em 27/08/9813.

• Apelação-Crime nº 70004072351, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 24/10/02.

5ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70000214569, Rel. Des. Paulo Moacir de AguiarVieira, julgado em 09/02/00.

• Agravo nº 70002484533, Rel. Des. Luís Gonzaga da SilvaMoura, julgado em 16/05/01.

6ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70000231746, Rel. Des. Ivan LeomarBruxel, julgada em 11/11/9914.

• Apelação-Crime nº 699344271, Rel. Des. Newton Brasil deLeão, julgada em 26/08/9915.

• Apelação-Crime nº 70002055044, Rel. Des. Sylvio BaptistaNeto, julgada em 15/02/01.

(11) – Pendente de decisão pelo STJ – REsp nº 504.466/RS.(12) – Decisão alterada pelo STJ – REsp n.º 218.959/RS, Rel. Min. Hamilton

Carvalhido, julgado em 15/03/01.(13) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 29.381/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves,

julgado em 08/05/01.(14) – Decisão alterada pelo STJ – REsp n.º 328.969/RS, Rel. Min. Gilson Dipp, julga-

do em 04/10/01.(15) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 271.491/RS, Rel. Min. Jorge Scartezzini,

julgado em 15/02/01.

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Dez Temas sobre Execução Penal 17

• Apelação-Crime nº 70002481182, Rel. Des. Sylvio BaptistaNeto, julgada em 17/05/0116.

• Apelação-Crime nº 70002654283, Rel. Des. Sylvio BaptistaNeto, julgada em 14/08/01.

• Apelação-Crime nº 70000958355, Rel. Des. Sylvio BaptistaNeto, julgada em 08/06/00.

• Apelação-Crime nº 70003720513, Rel. Des. Sylvio BaptistaNeto, julgada em 05/06/02.

7ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70000800789, Rel. Des. Jaime Piterman,julgada em 21/06/01.

• Apelação-Crime nº 70001726207, Rel. Des. Luís Carlos Avilade Carvalho Leite, julgada em 23/08/01.

• Apelação-Crime nº 70002340677, Rel. Des. Luís Carlos Avilade Carvalho Leite, julgada em 10/05/01.

• Apelação-Crime nº 70001726207, Rel. Des. Luís Carlos Avilade Carvalho Leite, julgada em 23/08/01.

• Apelação-Crime nº 698237773, Rel. Des. Jaime Piterman, jul-gada em 11/02/9917.

• Apelação-Crime nº 699157780, Rel. Des. José PaganellaBoschi, julgada em 06/05/9918.

8ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70002589752, Rel. Des. Ilton CarlosDellandréa, julgada em 05/09/01.

• Agravo nº 70001471788, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Aze-vedo, julgado em 11/10/00.

• Apelação-Crime nº 70003041175, Rel. Des. Tupinambá Pintode Azevedo, julgada em 10/10/01.

(16) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 439.680/RS, Rel. Min. Felix Fischer.(17) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 266.545/RS, Rel. Min. Edson Vidigal, jul-

gado em 05/03/02.(18) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 237.390/RS, Rel. Min. Vicente Leal, julga-

do em 21/08/01.

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18 Dez Temas sobre Execução Penal

• Apelação-Crime nº 699148581, Rel. Des. Marco Antônio Ribei-ro de Oliveira, julgada em 26/05/9919.

• Apelação-Crime nº 70003041175, Rel. Des. Tupinambá Pintode Azevedo, julgada em 10/10/0120.

• Apelação-Crime nº 70003070117, Rel. Des. Marco Antônio Ri-beiro de Oliveira, julgada em 03/10/01.

• Apelação-Crime nº 70002707347, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 12/09/01.

• Apelação-Crime nº 70002590529, Rel. Des. Marco Antônio Ri-beiro de Oliveira, julgada em 05/09/01.

• Apelação-Crime nº 70004757571, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 02/10/02.

• Apelação-Crime nº 70004400412, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 11/09/02.

• Apelação-Crime nº 70004912564, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 06/11/02.

• Apelação-Crime nº 70004728499, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 02/10/02.

• Apelação-Crime nº 70004474961, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 07/08/02.

• Apelação-Crime nº 70003913381, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 19/06/02.

• Apelação-Crime nº 70003921475, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 19/06/02.

• Apelação-Crime nº 70003514882, Rel. Des. Roque MiguelFank, julgada em 17/04/02.

(19) – Decisão alterada pelo STJ – REsp n.º 255.650/RS, Rel. Min. Vicente Leal, julga-do em 15/03/01.

(20) – Pendente de decisão pelo STJ – REsp nº 475.223/RS, Rel. Min. Felix Fischer.

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Dez Temas sobre Execução Penal 19

JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

A Jurisprudência consolidada do STJ é no sentido de que “[....] oart. 2º, § 1º, da Lei nº 8072/90 é declarado compatível com a Consti-tuição Federal, segundo o STF (Pleno de 25/04/93, HC nº 69.603/SP,e Pleno de 25/03/98, HC nº 73.371/PR), e impõe aos denominados cri-mes hediondos o cumprimento da pena privativa de liberdade sob regi-me integralmente fechado, sendo vedada a progressão, não tendo sidorevogado pela Lei nº 9.455/97 – Lei da Tortura”.

Algumas decisões daquele Egrégio Tribunal:

* HC nº 198.25/SC, Rel . Min. Edson Vidigal, julgado em05/03/02 – 5ª Turma.

* REsp nº 266.545/RS, Rel. Min. Edson Vidigal, julgado em05/03/02 – 5ª Turma.

* REsp nº 17.820/SP, Rel. Min. Edson Vidigal, julgado em11/12/01 – 5ª Turma.

* REsp nº 282.764/PR, Rel. Min. Jorge Scartezzini, julgado em02/08/01 – 5ª Turma.

* REsp nº 220.443/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 03/12/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 217.783/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 03/12/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 206.501/MG, Rel. Min. Fontes de Alencar, julgado em16/05/00 – 6ª Turma.

* HC nº 16.683/PR, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em07/06/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 293.817/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 08/05/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 280.304/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 26/03/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 275.915/SC, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 26/03/01 – 6ª Turma.

* HC nº 13.685/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em07/12/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 254.309/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 16/11/00 – 6ª Turma.

* HC nº 13537/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em12/09/00 – 6ª Turma.

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20 Dez Temas sobre Execução Penal

* RHC nº 10226/DF, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em22/08/00 – 6ª Turma.

* HC nº 12.829/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em22/08/00 – 6ª Turma.

* HC nº 12.733/DF, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em05/09/00 – 6ª Turma.

* REsp nº 247.681/GO, Rel. Min. Fontes de Alencar, julgado em20/06/00 – 6ª Turma.

* REsp nº 221.968/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 02/05/00 – 6ª Turma.

* REsp nº 229.873/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 02/05/00 – 6ª Turma.

* REsp nº 221.949/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 02/05/00 – 6ª Turma.

* REsp nº 186.572/RS, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em02/03/00 – 6ª Turma.

* HC nº 11.924/MS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em06/04/00 – 6ª Turma.

* HC nº 10.826/SP, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em 14/03/00 –6ª Turma.

* REsp nº 205.472/RS, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em19/10/99 – 6ª Turma.

* REsp nº 195.280/SC, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em04/11/99 – 6ª Turma.

* REsp nº 195.093/SC, Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, jul-gado em 16/11/99 – 6ª Turma.

* REsp nº 184.917/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 15/04/99 – 6ª Turma.

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Segundo TSegundo TSegundo TSegundo TSegundo Temaemaemaemaema

PPPPPossibilidade de o Juiz da Execução Possibilidade de o Juiz da Execução Possibilidade de o Juiz da Execução Possibilidade de o Juiz da Execução Possibilidade de o Juiz da Execução Penalenalenalenalenalalterar o regime de cumprimento da penaalterar o regime de cumprimento da penaalterar o regime de cumprimento da penaalterar o regime de cumprimento da penaalterar o regime de cumprimento da penafixado na sentença condenatória, fora dasfixado na sentença condenatória, fora dasfixado na sentença condenatória, fora dasfixado na sentença condenatória, fora dasfixado na sentença condenatória, fora das

hipóteses de progressão e regressãohipóteses de progressão e regressãohipóteses de progressão e regressãohipóteses de progressão e regressãohipóteses de progressão e regressão.....

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Dez Temas sobre Execução Penal 23

2) Possibilidade de o Juiz da Execução Penal alterar o regi-me de cumprimento da pena fixado na sentença condenatória, foradas hipóteses de progressão e regressão.

Outra questão relacionada com o regime de cumprimento dapena privativa de liberdade diz respeito à possibilidade que o Juiz daexecução tem para alterar o regime estabelecido na sentença condena-tória, fora das situações de progressão e regressão.

Houve, inicialmente, alguma indecisão sobre como se deveriaproceder nestes casos.

Atualmente, a jurisprudência do Tribunal de Justiça é firme nosentido de que ao Juiz da execução não compete alterar o regime es-tabelecido na decisão condenatória. Ainda que o entenda inadequadoou incorreto.

São, neste sentido, os seguintes julgados:

1ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70002829380, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 08/08/01.

• Agravo nº 70003584307, Rel. Des. Ranolfo Vieira, julgado em27/02/02.

• Agravo nº 70003145547, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 19/09/01.

• Agravo nº 70002904696, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 12/09/01.

• Agravo nº 70003029725, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 12/09/01.

• Agravo Regimental nº 70001576545, Rel. Des. Ranolfo Vieira,julgado em 18/10/00.

• Agravo Regimental nº 70000556464, Rel. Des. Ranolfo Vieira,julgado em 09/02/00.

• Agravo nº 70002767515, Rel. Des. Ranolfo Vieira, julgado em05/12/01.

• Agravo nº 70005371562, Rel. Des. Ranolfo Vieira, julgado em18/12/02.

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24 Dez Temas sobre Execução Penal

2ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70003436920, Rel. Des. Marcelo Bandeira Pereira,julgado em 27/12/01.

• Agravo nº 70003215084, Rel. Des. Antonio Carlos NettoMangabeira, julgado em 08/11/01.

• Agravo nº 70002823003, Rel. Des. Marcelo Bandeira Pereira,julgado em 16/08/01.

• Agravo nº 70002774982, Rel. Des. Walter Jobim Neto, julgadoem 09/08/01.

• Agravo nº 70002760890, Rel. Des. Antonio Carlos NettoMangabeira, julgado em 09/08/01.

• Agravo nº 70002584019, Rel. Des. Marcelo Bandeira Pereira,julgado em 21/06/01.

3ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70002584068, Rel. Des. José Eugênio Tedesco, jul-gado em 24/05/01.

• Agravo nº 70003215324, Rel. Des. José Eugênio Tedesco, jul-gado em 01/11/01.

• Agravo nº 70002629772, Rel. Des. José Eugênio Tedesco, jul-gado em 09/08/01.

• Agravo nº 70003968336, Rel. Des. José Antônio Hirt Preiss,julgado em 11/04/02.

• Agravo nº 70003256427, Relª Desª Elba Aparecida Nicolli Bas-tos, julgado em 22/11/01.

• Agravo nº 70002584019, Relª Desª Elba Aparecida Nicolli Bas-tos, julgado em 22/03/01.

4ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70002126456, Rel. Des. Vladimir Giacomuzzi, julga-do em 22/03/01.

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Dez Temas sobre Execução Penal 25

5ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70001985506, Rel. Des. Aramis Nassif, julgado em21/02/01.

• Agravo nº 70002484533, Rel. Des. Luís Gonzaga da SilvaMoura, julgado em 16/05/01.

6ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70002801868, Rel. Des. Alfredo Foerster, julgadoem 01/11/01.

• Agravo nº 70002990729, Rel. Des. Alfredo Foerster, julgadoem 27/09/01.

• Agravo nº 70002576122, Rel. Des. Alfredo Foerster, julgadoem 24/05/0121.

7ª Câmara Criminal

• Agravo nº 699201554, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Azevedo,em julgado em 08/09/99.

• Agravo nº 70003460755, Rel. Des. Luís Carlos Avila de Car-valho Leite, julgado em 29/11/01.

8ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70003033917, Rel. Des. Marco Antônio Ribeiro deOliveira, julgado em 05/09/01.

• Agravo em Execução nº 70001471788, Rel. Des. TupinambáPinto de Azevedo, julgado em 11/10/00.

• Agravo em Execução nº 70002175826, Rel. Des. TupinambáPinto de Azevedo, julgado em 08/08/01.

• Agravo em Execução nº 70002625077, Rel. Des. Ilton CarlosDellandréa, julgado em 08/08/01.

(21) – Pendente de decisão pelo STJ – REsp nº 476.476/RS, Rel. Min. FontesAlencar.

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26 Dez Temas sobre Execução Penal

Câmara Especial Criminal

• Apelação-Crime nº 70002126456, Rel. Des. VladimirGiacomuzzi, julgado em 14/02/01.

• Agravo nº 70002694636, Relª Dra. Vanderlei TeresinhaTremeia Kubiak, julgado em 01/08/01.

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TTTTTerceiro Terceiro Terceiro Terceiro Terceiro Temaemaemaemaema

Saídas temporárias: automatizadas ouSaídas temporárias: automatizadas ouSaídas temporárias: automatizadas ouSaídas temporárias: automatizadas ouSaídas temporárias: automatizadas ouplanificadas (art. 123 da LEP).planificadas (art. 123 da LEP).planificadas (art. 123 da LEP).planificadas (art. 123 da LEP).planificadas (art. 123 da LEP).

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Dez Temas sobre Execução Penal 29

3) Saídas temporárias: automatizadas ou planificadas (art.123 da LEP).

Pode o Juiz da Execução Penal conceder, mediante portaria ououtro ato de caráter geral, saída temporária automática ou planificada?

A jurisprudência amplamente prevalente do Tribunal de Justiça éno sentido negativo.

Com efeito, por força de várias decisões, a 1ª, 2ª, 3ª, 7ª e a Câ-mara Especial Criminal decidiram que, nos termos do artigo 123 daLEP, o deferimento do benefício deve ser objeto de deliberação caso acaso, com a fiscalização prévia do Ministério Público, o que se tornainviável na decisão coletiva, além de delegar a decisão à Administra-ção Penitenciária.

São, neste sentido, os seguintes julgados:

1ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003256450, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgado em 21/11/01.

• Agravo em Execução nº 70003222361, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgado em 17/10/01.

• Agravo em Execução nº 70003243722, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 10/10/01.

• Agravo em Execução nº 70002742476, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 15/08/01.

• Agravo em Execução nº 70001576941, Rel. Des. Nilo Wolff,julgado em 01/11/00.

• Agravo nº 70003256450, Rel. Des. Manuel José MartinezLucas, julgado em 21/11/01.

• Agravo nº 70003222361, Rel. Des. Manuel José MartinezLucas, julgado em 17/10/01.

2ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003529153, Rel. Des. José AntônioHirt Preiss, julgado em 28/03/02.

• Agravo em Execução nº 70003541273, Rel. Des. José Antônio

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30 Dez Temas sobre Execução Penal

Hirt Preiss, julgado em 28/03/02.• Agravo em Execução nº 70003224730, Rel. Des. Antonio

Carlos Netto Mangabeira, julgado em 06/12/01.• Agravo em Execução nº 70003252830, Rel. Des. José Antônio

Hirt Preiss, julgado em 01/11/01.• Agravo em Execução nº 70003222973, Rel. Des. Marcelo

Bandeira Pereira, julgado em 25/10/01.• Agravo em Execução nº 70003251725, Rel. Des. Antonio

Carlos Netto Mangabeira, julgado em 18/10/01.• Agravo nº 70005073507, Rel. Des. José Antônio Cidade

Pitrez, julgado em 21/11/02.• Agravo nº 70003224730, Rel. Des. Antonio Carlos Netto

Mangabeira, julgado em 06/12/01.• Agravo nº 70003252830, Rel. Des. José Antônio Hirt Preiss,

julgado em 01/11/01.• Agravo nº 70003251725, Rel. Des. Antonio Carlos Netto

Mangabeira, julgado em 18/10/01.

3ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002736577, Rel. Des. Marco Antô-nio Barbosa Leal, julgado em 21/06/01.

7ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003222338, Rel. Des. JaimePiterman, julgado em 06/12/01.

• Agravo em Execução nº 70003225935, Rel. Des. JaimePiterman, julgado em 08/11/01.

• Agravo em Execução nº 70003224904, Rel. Des. JaimePiterman, julgado em 08/11/01.

• Agravo em Execução nº 70003221785, Rel. Des. Luís CarlosAvila de Carvalho Leite, julgado em 01/11/01.

• Agravo em Execução nº 70003226768, Rel. Des. Luís CarlosAvila de Carvalho Leite, julgado em 01/11/01.

• Agravo nº 70003222338, Rel. Des. Jaime Piterman, julgadoem 06/12/01.

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Dez Temas sobre Execução Penal 31

• Agravo nº 70003225935, Rel. Des. Jaime Piterman, julgadoem 08/11/01.

• Agravo nº 70003221785, Rel. Des. Luís Carlos de CarvalhoLeite, julgado em 01/11/01.

Câmara Especial Criminal

• Agravo em Execução nº 70002798882, Relª Dra. VanderleiTeresinha Tremeia Kubiak, julgado em 01/08/01.

Isolada está a orientação seguida pelas Egrégias 6ª e 8ª Câma-ras Criminais, as quais entendem que tal decisão democratiza a jurisdi-ção, desburocratiza a Administração e não impede que o Ministério Pú-blico, a posteriori, requeira a revogação do benefício, caso a caso.

6ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003226149, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 21/02/02.

• Agravo em Execução nº 70003277878, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 21/02/02.

• Agravo em Execução nº 70003433372, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 21/02/02.

• Agravo de Instrumento Originário nº 70000683052, Rel. Des.Alfredo Foerster, julgado em 23/03/00.

• Agravo nº 70003226149, Rel. Des. Alfredo Foerster, julgadoem 21/02/02.

8ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003225455, Rel. Des. Ilton CarlosDellandréa, julgado em 19/12/01.

• Mandado de Segurança nº 70004088530, Rel. Dr. Nereu JoséGiacomolli, julgado em 08/05/02.

• Agravo em Execução nº 70003225455, Rel. Des. Ilton CarlosDellandréa, julgado em 19/12/01.

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Quarto TQuarto TQuarto TQuarto TQuarto Temaemaemaemaema

RRRRRemição da pena através de tempo de estudoemição da pena através de tempo de estudoemição da pena através de tempo de estudoemição da pena através de tempo de estudoemição da pena através de tempo de estudo(artigo 126 da LEP)(artigo 126 da LEP)(artigo 126 da LEP)(artigo 126 da LEP)(artigo 126 da LEP).....

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Dez Temas sobre Execução Penal 35

4) Remição da pena através de tempo de estudo (art. 126 daLEP).

Pode a freqüência às aulas de curso regular, durante a execu-ção, autorizar a remissão da pena privativa de liberdade cumprida sobregime fechado?

A jurisprudência majoritária do Tribunal de Justiça é favorável àinterpretação extensiva ou sistemática da regra inscrita no art. 126 daLEP, segundo a qual o condenado que cumpre pena em regime fecha-do ou semi-aberto pode remir, pelo trabalho, parte do tempo da penaprivativa de liberdade.

Os julgados que assim se pronunciam ponderam, no entanto,que a freqüência deve comprovar o aproveitamento esperado.

Neste sentido, são os seguintes julgados:

4º Grupo Criminal

• Embargos Infringentes nº 700000881375, Rel. Des. TupinambáPinto de Azevedo, julgados em 30/06/0022.

1ª Câmara Criminal

• Agravo nº 692013642, Rel. Des. Guilherme Oliveira de SouzaCastro, julgado em 01/04/92.

• Agravo em Execução nº 70002746337, Rel. Des. Ranolfo Viei-ra, julgado em 19/12/01.

• Agravo em Execução nº 70003531563, Rel. Des. Ranolfo Viei-ra, julgado em 19/12/01.

• Agravo em Execução nº 70002767515, Rel. Des. Ranolfo Viei-ra, julgado em 05/12/01.

• Agravo em Execução nº 70002768216, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 15/08/01.

• Agravo em Execução nº 70002603975, Rel. Des. MarcelEsquivel Hoppe, julgado em 20/06/01.

• Agravo nº 70003880002, Rel. Des. Manuel José MartinezLucas, julgado em 18/09/02.

(22) – Pendente de decisão pelo STJ – REsp nº 418.091/RS, Rel. Min. Fontes deAlencar.

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36 Dez Temas sobre Execução Penal

3ª Câmara Criminal

• Agravo nº 692003197, Rel. Des. Egon Wild, julgado em13/03/92.

• Agravo nº 699058962, Rel. Des. Saulo Brum Leal, julgado em29/04/99.

• Agravo Regimental nº 70001266113, Rel. Des. Saulo BrumLeal, julgado em 10/08/00.

• Agravo nº 70003490281, Relª Desª Elba Aparecida Nicolli Bas-tos, julgado em 29/11/01.

4ª Câmara Criminal

• Agravo nº 697011393, Rel. Des. Walter Jobim Neto, julgadoem 19/03/97.

5ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002290773, Rel. Des. Paulo MoacirAguiar Vieira, julgado em 20/06/01.

6ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002765154, Rel. Des. Ivan LeomarBruxel, julgado em 06/09/01.

• Agravo em Execução nº 70002690808, Rel. Des. SylvioBaptista Neto, julgado em 16/08/01.

7ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002765212, Rel. Des. José AntonioPaganella Boschi, julgado em 02/08/01.

• Agravo em Execução nº 70002652568, Rel. Des. José AntonioPaganella Boschi, julgado em 21/06/01.

• Agravo nº 70002625515, Rel. Des. José Antonio PaganellaBoschi, julgado em 21/06/01.

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Dez Temas sobre Execução Penal 37

8ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003506441, Rel. Des. Marco Antô-nio Ribeiro de Oliveira, julgado em 05/12/01.

• Agravo em Execução nº 70003058708, Rel. Dr. Nereu JoséGiacomolli, julgado em 27/03/02.

• Agravo nº 70003891231, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Aze-vedo, julgado em 28/08/02.

Julgados existem, no entanto, em sentido contrário, sob o funda-mento de que a Lei de Execuções Penais é precisa, restrita, ao permi-tir a remissão unicamente à hipótese do trabalho do condenado, nãocabendo ao intérprete e ao aplicador da lei ampliar aquela autorizaçãoa qualquer pretexto.

2ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002747244, Rel. Des. MarceloBandeira Pereira, julgado em 16/08/01.

• Agravo em Execução nº 70002755361, Rel. Des. MarceloBandeira Pereira, julgado em 16/08/01.

• Agravo nº 70004431029, Rel. Des. Antonio Carlos NettoMangabeira, julgado em 12/09/02.

3ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003490281, Relª Desª ElbaAparecida Nicolli Bastos, julgado em 29/11/01.

6ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003480704, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 21/02/02.

• Agravo em Execução nº 70002763548, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 27/09/01.

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38 Dez Temas sobre Execução Penal

7ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002763837, Rel. Des. Luís CarlosAvila de Carvalho Leite, julgado em 30/08/01.

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Quinto TQuinto TQuinto TQuinto TQuinto Temaemaemaemaema

Execução da pena de multa: competência doExecução da pena de multa: competência doExecução da pena de multa: competência doExecução da pena de multa: competência doExecução da pena de multa: competência doMinistério Público ou do representante daMinistério Público ou do representante daMinistério Público ou do representante daMinistério Público ou do representante daMinistério Público ou do representante da

FFFFFazenda Pública.azenda Pública.azenda Pública.azenda Pública.azenda Pública.

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Dez Temas sobre Execução Penal 41

5) Execução da pena de multa: competência do MinistérioPúblico ou do representante da Fazenda Pública.

A Lei nº 9.268/96, que deu nova redação ao art. 51 do CódigoPenal, retirou da pena de multa a característica de sanção penal?

Após alguma hesitação, a jurisprudência do Tribunal de Justiçafirmou seu entendimento, segundo o qual o fato de a lei estabelecerque a “multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhe as nor-mas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusiveno que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição”,não retira-lhe o caráter de sanção criminal, competindo ao MinistérioPúblico promover-lhe a execução no Juízo da Execução Penal, semnecessidade de inscrição do débito em dívida ativa.

A alteração é restrita, portanto, à redação da conversão de penade multa em privativa de liberdade, a par de estabelecer que o proce-dimento em caso de execução deve seguir aquele determinado paracobrança judicial do crédito fiscal.

Neste sentido, são as seguintes decisões:

1ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002654309, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 19/09/01.

3ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003037769, Rel. Des. José Eugê-nio Tedesco, julgado em 04/10/01.

6ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70002654382, Rel. Des. AlfredoFoerster, julgado em 02/08/01.

Existe é certo, decisão em sentido contrário, representativa deantiga orientação:

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42 Dez Temas sobre Execução Penal

4ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70000871772, Rel. Des. Constantino Lis-bôa de Azevedo, julgada em 05/09/02.

Diversa é a orientação do STJ sobre a matéria:“É firme o entendimento desta Corte Superior de Justiça no sen-

tido de que, com o advento da Lei nº 9.268/96, dando nova redaçãoao art. 51 do CP, afastou-se do Ministério Público a legitimidade parapromover a execução da pena de multa imposta em decorrência deprocesso criminal. Trata-se, pois, de atribuição da Procuradoria da Fa-zenda Pública, havendo juízo especializado para a cobrança da dívida,que não o da Vara das Execuções Penais”. (Agravo Regimental no Re-curso Especial nº 226.981/SP, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgadoem 18/09/01, 6ª Turma)

Neste sentido:

* REsp nº 151.307/SP, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins,julgado em 08/02/00 – 2ª Turma.

* REsp nº 172.714/SP, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em16/03/99 – 2ª Turma.

* REsp nº 151.315/SP, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em15/10/98 – 2ª Turma.

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Sexto TSexto TSexto TSexto TSexto Temaemaemaemaema

Substituição da pena privativa de liberdadeSubstituição da pena privativa de liberdadeSubstituição da pena privativa de liberdadeSubstituição da pena privativa de liberdadeSubstituição da pena privativa de liberdadepor restritiva de direito (Lpor restritiva de direito (Lpor restritiva de direito (Lpor restritiva de direito (Lpor restritiva de direito (Lei nei nei nei nei nººººº 9.714/98): 9.714/98): 9.714/98): 9.714/98): 9.714/98):

possibilidade no caso de crimes hediondos.possibilidade no caso de crimes hediondos.possibilidade no caso de crimes hediondos.possibilidade no caso de crimes hediondos.possibilidade no caso de crimes hediondos.

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Dez Temas sobre Execução Penal 45

6) Substituição da pena privativa de liberdade por restritivade direito (Lei nº 9.714/98): possibilidade no caso de crimes he-diondos.

Pode a pena privativa de liberdade aplicada em razão de conde-nação por crime hediondo – tráfico de entorpecente – ser substituídapor restritiva de direito?

A jurisprudência do Tribunal de Justiça é no sentido de conside-rar incompatível a substituição da pena privativa de liberdade, decor-rente da condenação por crime hediondo, por pena restritiva de direito.

Isto porque a prática de crime hediondo, ou delito a ele equipa-rado, denota perigosidade, por parte do agente, determinando maiordano social na sua realização, mostrando-se, assim, injustificável aconcessão daquele benefício.

Eis as decisões mais recentes:

1º Grupo de Câmaras Criminais

• Embargos Infringentes nº 70002937951, Rel. Des. ManuelJosé Martinez Lucas, julgados em 31/08/01.

• Embargos Infringentes nº 70002200608, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgados em 04/05/01.

• Embargos Infringentes nº 70001650878, Rel. Des. MarceloBandeira Pereira, julgados em 01/12/00.

2º Grupo de Câmaras Criminais

• Embargos Infringentes nº 70001543792, Rel. Des. GasparMarques Batista, julgados em 10/11/00.

• Embargos Infringentes nº 70001344233, Rel. Des. GasparMarques Batista, julgados em 29/09/00.

• Apelação-Crime nº 70000791111, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 19/04/00.

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46 Dez Temas sobre Execução Penal

1ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70004074142, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgada em 24/04/0223.

• Apelação-Crime nº 70003708088, Rel. Des. Marcel EsquivelHoppe, julgada em 17/04/02.

• Apelação-Crime nº 70003718988, Rel. Des. Marcel EsquivelHoppe, julgada em 10/04/02.

• Apelação-Crime nº 70003375235, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgada em 19/12/01.

• Apelação-Crime nº 70002642502, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 19/12/01.

• Apelação-Crime nº 70002802551, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 19/12/01.

• Apelação-Crime nº 70002595411, Rel. Des. Silvestre JassonAyres Torres, julgada em 19/12/0124.

• Apelação-Crime nº 70003527181, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgada em 12/12/01.

• Apelação-Crime nº 70003384526, Rel. Des. Marcel EsquivelHoppe, julgada em 12/12/01.

2ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70003471695, Rel. Des. José Antônio HirtPreiss, julgada em 18/03/02.

• Apelação-Crime nº 70003884806, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgada em 14/03/02.

• Apelação-Crime nº 70003602760, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 28/02/02.

• Apelação-Crime nº 70003070422, Rel. Des. José Antônio HirtPreiss, julgada em 27/12/01.

• Apelação-Crime nº 70003203403, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 11/10/01.

• Apelação-Crime nº 70002660413, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 28/06/01.

(23) – HC nº 23.975, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 05/11/02.(24) – Pendente de decisão pelo STJ – AI nº 481.179/RS, Rel. Min. Vicente Leal.

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Dez Temas sobre Execução Penal 47

• Apelação-Crime nº 70000490623, Rel. Des. Marcelo BandeiraPereira, julgada em 27/04/00.

3ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70003256427, Relª Desª Elba AparecidaNicolli Bastos, julgada em 22/11/01.

• Apelação-Crime nº 70003179603, Rel. Des. José EugênioTedesco, julgada em 01/11/01.

• Apelação-Crime nº 70003388550, Relª Desª Elba AparecidaNicolli Bastos, julgada em 01/11/01.

• Agravo Regimental nº 70001268697, Rel. Des. Saulo BrumLeal, julgado em 31/08/00.

• Agravo nº 70002251395, Relª Desª Elba Aparecida Nicolli Bas-tos, julgado em 22/03/01.

Há, é certo, acórdãos em sentido contrário, formando, estes, aminoria, quando não superados pela decisão do respectivo Grupo.

O fundamento desta corrente minoritária é no sentido de que ainterpretação sistemática do direito não impede que, em tese, o benefí-cio possa ser estendido aos condenados por tráfico ilícito de entorpe-cente.

2ª Câmara Criminal

• Apelação-Crime nº 70000686758, Rel. Des. Antonio CarlosNetto Mangabeira, julgada em 28/02/0225.

• Apelação-Crime nº 70003428521, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgada em 28/02/02.

• Agravo nº 70002728608, Rel. Des. Walter Jobim Neto, julgadoem 21/06/0126.

(25) – Pendente de decisão pelo STJ – REsp nº 495.414/RS, Rel. Min. Vicente Leal.(26) – Decisão alterada pelo STJ – REsp nº 423.665/RS, Rel. Min. Jorge Scartezzini.

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48 Dez Temas sobre Execução Penal

A jurisprudência consolidada do STJ é no sentido da orientaçãoprevalente da jurisprudência de nosso Tribunal de Justiça:

“A Lei nº 9.174/78, introduzindo modificações nos arts. 44 e se-guintes do CP, no que tange à substituição da pena privativa de liber-dade por restritiva de direito, não se aplica aos crimes hediondos quetem regulação específica (lex generalis non derogat lex specialis), daíporque o condenado por tráfico (art. 12 da Lei nº 6.368/76) não tem di-reito ao benefício. Precedentes do STF e desta Corte”.

* REsp nº 260.762/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 11/09/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 330.032/MG, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em07/05/02 – 5ª Turma.

* HC nº 18.864/MS, Rel . Min. V icente Leal , ju lgado em05/03/02 – 6ª Turma.

* HC nº 16 .405/SP, Rel . Min. Gi lson Dipp, ju lgado em06/12/01 – 5ª Turma.

* REsp nº 341.615/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 03/12/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 299.065/SP, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgadoem 20/11/01 – 6ª Turma.

* HC nº 16.705/MG, Rel. Min. Paulo Galotti, julgado em 16/10/01 – 6ªTurma.

* REsp nº 317.618/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 03/12/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 255.310/MG, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgadoem 11-09-01 – 6ª Turma.

* REsp nº 303.381/MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em04/10/01 – 5ª Turma.

* REsp nº 329.333/RS, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em04/10/01 – 5ª Turma.

* REsp nº 321.998/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgadoem 23/10/01 – 6ª Turma.

* HC nº 16.246/RJ, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgado em21/06/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 316.503/RS, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em04/10/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 235.043/RS, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em11/09/01 – 6ª Turma.

* REsp nº 260.762/RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado

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Dez Temas sobre Execução Penal 49

em 11/09/01 – 6ª Turma.* REsp nº 254.035/GO, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado

em 11/09/01 – 6ª Turma.* REsp nº 226.804/PB, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, jul-

gado em 28/06/01 – 5ª Turma.* HC nº 12.951/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 28/06/01

– 5ª Turma.* HC nº 14.533/SP, Rel. Min. Jorge Scartezzini, julgado em

20/02/01 – 5ª Turma.* REsp nº 206.501/MG, Rel. Min. Fontes de Alencar, julgado em

16/05/00 – 6ª Turma.* RHC nº 11.066/SP, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgado em

20/03/01 – 6ª Turma.

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Sétimo TSétimo TSétimo TSétimo TSétimo Temaemaemaemaema

Comissão Técnica de Classificação: composiçãoComissão Técnica de Classificação: composiçãoComissão Técnica de Classificação: composiçãoComissão Técnica de Classificação: composiçãoComissão Técnica de Classificação: composição(art. 7(art. 7(art. 7(art. 7(art. 7ººººº da LEP). Conseqüência em razão da LEP). Conseqüência em razão da LEP). Conseqüência em razão da LEP). Conseqüência em razão da LEP). Conseqüência em razão

da falta ou nulidade do laudoda falta ou nulidade do laudoda falta ou nulidade do laudoda falta ou nulidade do laudoda falta ou nulidade do laudo.....

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Dez Temas sobre Execução Penal 53

7) Comissão Técnica de Classificação: composição (art. 7ºda LEP). Conseqüência em razão da falta ou nulidade do laudo.

A irregular composição da Comissão Técnica de Classificação(art. 7º da LEP), constituída para emitir parecer sobre pedido de bene-fício de condenado em cumprimento de pena privativa de liberdade –progressão de regime – gera a imprestabilidade do laudo e a conse-qüente nulidade da decisão judicial apoiada em suas conclusões.

Nosso Tribunal de Justiça está dividido sobre a questão.Enquanto as Egrégias 1ª, 7ª e 8ª Câmaras Criminais decidem

que o desatendimento à estrita obediência à regra de composição daComissão Técnica de Classificação – número de integrantes inferior aoindicado na lei ou equívoca nomeação de seus membros – não é cau-sa determinante de nulidade, porque a apresentação de laudo não seconstitui em pressuposto indispensável à decisão judicial, as Egrégias2ª e 5ª Câmaras Criminais decidem no sentido exatamente contrário.

Neste sentido, são os precedentes localizados:

1ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70002231306, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 28/03/01.

• Agravo nº 70001516848, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 08/11/00.

• Agravo nº 70005176664, Rel. Des. Silvestre Jasson Ayres Tor-res, julgado em 20/11/02.

7ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70001765007, Rel. Des. José Antonio PaganellaBoschi, julgado em 07/12/00.

8ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70004221297, Rel. Des. Roque Miguel Fank, julga-do em 22/05/02.

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54 Dez Temas sobre Execução Penal

5ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70001652619, Rel. Des. Aramis Nassif, julgado em25/10/00.

2ª Câmara Criminal

• Agravo nº 70005080551, Rel. Des. Walter Jobim Neto, julgadoem 21/11/02.

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Oitavo TOitavo TOitavo TOitavo TOitavo Temaemaemaemaema

PPPPProgressão de regime:rogressão de regime:rogressão de regime:rogressão de regime:rogressão de regime:requisitos objetivos e subjetivos.requisitos objetivos e subjetivos.requisitos objetivos e subjetivos.requisitos objetivos e subjetivos.requisitos objetivos e subjetivos.

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Dez Temas sobre Execução Penal 57

8) Progressão de regime: requisitos objetivos e subjetivos.

Quais os requisitos à obtenção, pelo condenado ao cumprimentode pena privativa de liberdade, de progressão de regime?

Dois são os requisitos legais: o primeiro, de caráter objetivo – ocumprimento de 1/6, no mínimo, da pena no regime anterior. O últimopossui caráter subjetivo – o mérito do condenado (LEP, art. 112).

Todos os julgados do Tribunal de Justiça condicionam o deferi-mento do benefício ao implemento inequívoco do requisito temporal.

Um julgado existe, inclusive, no sentido de que não se pode dila-tar este prazo sob o fundamento de que o tráfico internacional de en-torpecentes merece individualização diferenciada na fase de execução– cuida-se de réu condenado pela Justiça Federal a cumprir penareclusiva sob regime inicialmente fechado, em execução em estabeleci-mento prisional estadual (Câmara Especial Criminal, Agravo emExecução nº 70002158558, Rel. Des. Vladimir Giacomuzzi, julga-do em 28/03/01).

Os julgados também realçam que, havendo condenação por maisde um crime no mesmo processo ou em processos distintos, a deter-minação do regime, com implicação no benefício da progressão, seráfeita pelo resultado da soma ou da unificação das penas aplicadas(LEP, art. 111) (6ª Câmara Criminal, Agravo Regimental nº70001205889, Rel. Des. Sylvio Baptista Neto, julgado em 21/09/00).

O Tribunal já decidiu, por igual, que o procedimento a seguirpara apreciação de pedido de progressão de regime é formal, não sepodendo dispensar os laudos ou pareceres exarados pela ComissãoTécnica de Classificação e de exame criminológico, quando necessário(LEP, art. 112, parágrafo único, arts. 8º e 34 do Código Penal) (1ª Câ-mara Criminal, Agravo Regimental nº 70000939256, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 24/05/00).

Noutra decisão, a Colenda Câmara Especial Criminal desacolheupedido de nulidade do procedimento, em pedido de progressão de regi-me, em que não se havia oportunizado ao condenado ou a seu defen-sor falar sobre os laudos ou pareceres emitidos, mantendo a decisãoindeferitória baseada na conclusão daqueles provimentos (Agravo emExecução nº 70002529139, Rel. Dr. Reinaldo José Rammé, julgado em24/05/01).

A verificação do requisito de ordem subjetiva está vinculada àidéia de fim ou objetivo da pena aplicada, expressa pela locução “méri-to” do condenado.

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58 Dez Temas sobre Execução Penal

Um dos objetivos, ou uma das razões pelas quais se submete ocondenado à sanção criminal, é proporcionar-lhe condições para sua“integração ou reinserção social”.

Por entender-se que a promoção ou o alcance desse objetivo, noambiente agressivo do cárcere, deve passar pelo sistema de gradualintegração do condenado, a lei possibilita a progressão de regimequando houver indicação de que o condenado modificou seu comporta-mento. Os dados indicativos desta modificação é que constituem o de-nominado “mérito” do condenado. Sendo que o “mérito” é constatado“pela observância de requisito de dupla natureza: bom comportamentoe aptidão do condenado em adaptar-se ao regime menos rigoroso”(Agravo em Execução nº 70002967503, Rel. Des. Roque Miguel Fank,julgado em 05/09/01).

Como referido por J. Mirabete – Execução Penal, p. 346, nº 5-30,Ed. Atlas, 2000, 9ª ed. – e reproduzido em vários julgados

“[....] é necessário que se conheça a capacidade provável docondenado em adaptar-se ao regime menos rigoroso, não bastando oseu bom comportamento. A aferição do mérito se refere à conduta glo-bal do preso e dela faz parte um acréscimo de confiança depositadano mesmo na possibilidade de atribuição de maiores responsabilidadespara o regime de mais liberdade [....]”.

Câmara Especial Criminal

• 70002911394 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

• 70002916369 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

• 70002923498 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

• 70002935823 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

De outra parte, impõe-se referir que a jurisprudência do Tribunalde Justiça na definição do que se deva entender por “mérito do conde-nado”, destaca que “não basta o bom comportamento para entenderpreenchido o requisito subjetivo indispensável ao deferimento da pro-gressão de regime”.

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Dez Temas sobre Execução Penal 59

Câmara Especial Criminal

• 70002935823 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

• 70008233498 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

• 70002916369 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

• 70002911394 – Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em29/08/01.

Mérito do Condenado

Julgados recentes do Tribunal de Justiça, no exame do “méritodo condenado”, ou da presença do requisito de ordem subjetiva, temsublinhado que:

“a falta de juízo crítico (do condenado) sobre seus atos revelasua imaturidade, aliado a dados que indicam que é uma pessoa quefunciona ao nível do concreto, [....] é irresponsável, [....] tem dificuldadede cumprir regras, [....] é afeto frio e indiferente, [....] é autocentrado eauto-referente, com ausência de crítica em relação aos prejuízos quecausou às vítimas, à sua família e a si próprio [....]”, são indicativos deausência de merecimento (Câmara Especial Criminal, nº 70002935823,Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgado em 29/08/01).

Também, quando o condenado, no exame a que deve submeter--se, revelar possuir “[....] a área de afeto hipomodulada, [....] com faltade investimento afetivo nas relações interpessoais e com falta de senti-mentos reparatórios [....]” não demonstra merecimento (Câmara Crimi-nal Especial, nº 70002911394, Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel, julgadoem 29/08/01).

“[....] pessoa ansiosa, necessitando de limites externos consisten-tes [....]” não revela merecimento à progressão, declarou o Tribunal nojulgamento do Agravo em Execução nº 70002911639, Rel. Dr. CláudioBaldino Maciel, julgado pela Câmara Especial Criminal em 29/08/01.

Quando o condenado “[....] tem dificuldades de controlar seus im-pulsos, principalmente os relacionados a sua agressividade, [....] quan-do minimiza sua participação nos delitos praticados, projetando suaculpa em fatores externos, como por exemplo, o álcool, não possuindocrítica de sua situação, demonstrando traços de impulsividade e

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60 Dez Temas sobre Execução Penal

ansiedade em seu funcionamento psíquico, [....] sendo instáveis os re-lacionamentos afetivos, [....] não possuindo vínculo com os filhos, [....]nem juízo crítico sobre sua história de vida, denotando ausência deautocontrole para se manter em regime semi-aberto [....]” revela nãodemonstrar mérito à progressão de regime, decidiu a Câmara EspecialCriminal, a 29/08/01, por ocasião do julgamento do Agravo em Execu-ção nº 70002923495, Rel. Dr. Cláudio Baldino Maciel. Também: Agravoem Execução nº 70002869782, Câmara Especial Criminal, julgado em28/08/01, Rel. Des. Marco Antônio Barbosa Leal.

“[....] a completa falta de sentimento de culpa, verdadeira ausên-cia de qualquer sentimento moral e empatia com a vítima, sentindo-seautorizado a agir por sentir-se injustiçado. [....] circunstâncias desfavo-ráveis podem reativar predisposições mórbidas, desenvolvendo reaçõescomportamentais atípicas [....]” desautorizam a progressão (Câmara Es-pecial Criminal, Agravo em Execução nº 70002138279, Rel. Des. Mar-co Antônio Barbosa Leal, julgado em 09/03/01).

No julgamento do Agravo em Execução nº 70002229508, a Egré-gia 6ª Câmara Criminal proclamou que “[....] o apenado deve demons-trar que está em condições de adaptar-se a um regime mais ameno, oqual requer maior grau de responsabilidade e a efetiva elaboração es-pontânea do reeducando [....]” (Rel. Des. Alfredo Foerster, julgado em23/03/01).

“[....] não basta o bom comportamento carcerário para preenchero requisito subjetivo indispensável à progressão”, proclamou a Egrégia6ª Câmara Criminal, apoiando-se nos ensinamentos da doutrina, ao jul-gar, a 08/07/00, o Agravo em Execução nº 70000958355. E prosse-guiu: “[....] bom comportamento não se confunde com aptidão ou adap-tação do condenado e muito menos serve como índice fiel de suareadaptação social”, “[....] é necessário que se conheça a capacidadeprovável do condenado de adaptar-se ao regime menos rigoroso [....],o comportamento mau ou sofrível, porém, indica normalmente umainaptidão para o regime mais suave. Fugas, difícil convivência com oscompanheiros, falta de respeito para com os funcionários, faltas disci-plinares, correspondem ao demérito que não aconselha a progressão[....]” (Rel. Des. Sylvio Baptista Neto).

Noutros julgados, decidiu o Tribunal:“[....] é preciso que ele (o condenado) revele aptidão para ficar

recolhido em regime menos severo, que revele senso de oportunidade[....]” (RJTJRGS nº 157/80).

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Dez Temas sobre Execução Penal 61

“[....] o condenado terá que ser examinado sob o enfoque dasregalias de que irá dispor no novo regime [....]” (RJTJRGS nº 135/62).

“[....] não revela merecimento o condenado que comete falta gra-ve durante o cumprimento da pena representada pelo fato de manterum estoque na cela [....]” (RJTJRGS nº 154/93).

“[....] o registro de fuga no prontuário do condenado é fatorimpeditivo da progressão [....]” (5ª Câmara Criminal, Agravo emExecução nº 70002663029, Rel. Des. Paulo Moacir Vieira, julgadoem 20/06/01).

“[....] o condenado é portador de transtorno anti-social de perso-nalidade e traços anti-sociais, [....] com elevado risco de fuga e reinci-dência em caso de abrandamento do regime carcerário, [....] a semi-li-berdade não é a situação adequada para verificar se o recorrente jápossui mérito, ainda mais quando se trata de detento que já empreen-deu fuga e reincidiu nesse período [....]”. Como consignado nos laudos,daí por que não se vê mérito no período de cumprimento da pena (Câ-mara Especial Criminal, Agravo em Execução nº 70001276096, Rel.Des. Marco Antônio Barbosa Leal, julgado em 28/09/00).

Como sublinhado no julgamento do Agravo em Execução nº70002967003, em 05/09/01, da Egrégia 8ª Câmara Criminal: “[....] nãose trata de julgar (o condenado que pleiteia progressão de regime peloseu passado, mas sim pela avaliação que indica a propensão à reinci-dência, que deve ser de todo evitada [....]”, porque “[....] mostra-se ain-da com características como impulsividade e baixa tolerância a frustra-ções, modo de funcionar presente e que deixa margem para se pensarque lhe faltam limites internos e, desta maneira, provavelmente nãoconseguirá manter suas atuações [....]” (Rel. Des. Roque Miguel Fank).

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Nono TNono TNono TNono TNono Temaemaemaemaema

Livramento condicional:Livramento condicional:Livramento condicional:Livramento condicional:Livramento condicional:reincidência específica impeditiva de concessãoreincidência específica impeditiva de concessãoreincidência específica impeditiva de concessãoreincidência específica impeditiva de concessãoreincidência específica impeditiva de concessão.....

Suspensão do benefício e ampliação do períodoSuspensão do benefício e ampliação do períodoSuspensão do benefício e ampliação do períodoSuspensão do benefício e ampliação do períodoSuspensão do benefício e ampliação do períodode provade provade provade provade prova

(LEP(LEP(LEP(LEP(LEP, art. 145)., art. 145)., art. 145)., art. 145)., art. 145).

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Dez Temas sobre Execução Penal 65

9) Livramento condicional: reincidência específica impeditivade concessão. Suspensão do benefício e ampliação do período deprova (LEP, art. 145).

Dispõe o art. 83, inc. V, do Código Penal, que a concessão delivramento condicional ao condenado por crime hediondo, prática detortura, tráfico de entorpecentes, drogas afins e terrorismo, ficacondicionada ao cumprimento de mais de dois terços da pena privativade liberdade aplicada “se o apenado não for reincidente específico emcrimes dessa natureza”.

Isto importa concluir que a reincidência específica impede a con-cessão do livramento condicional.

Este é o entendimento do Tribunal de Justiça.Assim:

1ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003344736, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 19/12/01.

• Agravo em Execução nº 70003375235, Rel. Des. Manuel JoséMartinez Lucas, julgado em 19/12/01.

• Agravo nº 70004994323, Rel. Des. Manuel José MartinezLucas, julgado em 09/10/02.

2ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003814027, Rel. Des. Walter JobimNeto, julgado em 14/03/02.

3ª Câmara Criminal

• Agravo em Execução nº 70003087319, Rel. Des. José Eugê-nio Tedesco, julgado em 13/09/01.

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66 Dez Temas sobre Execução Penal

Câmara Especial Criminal

• Agravo em Execução nº 70003814027, Rel. Dr. Reinaldo JoséRammé, julgado em 16/04/02.

Deve-se, outrossim, realçar que, como decidido pelo STJ, “a nor-ma que proíbe o livramento condicional do reincidente na prática decrime hediondo ou equiparado é constitucional, posto que na ausênciade tal intuito, assim como regime de cumprimento da pena, em sedeconstitucional, pode o legislador ordinário sobre ele dispor segundo suacompetência legislativa, de molde a excluir do benefício determinadosindivíduos, seja pela natureza do crime, seja em razão de requisitossubjetivos, tanto mais que a regra geral que se extrai do Texto Magnoé no sentido do cumprimento integral da pena, sendo a antecipação daliberdade condicional mera benesse concedida pela lei ordinária” (Re-curso Ordinário em Hábeas-Córpus nº 8.484/RJ, Rel. Min. José Arnaldoda Fonseca, 5ª Turma, julgado em 20/04/99).

Convém lembrar que o livramento condicional, a partir da refor-ma de 1984, deixou de ser um benefício ou direito do condenado. Éuma “medida penal” que se executa em liberdade (conforme René A.Dotti, As Novas Linhas do Livramento Condicional, RT nº 593/295, eCurso de Direito Penal, Parte Geral, pp. 590-591, Ed. Forense, 2001).

A lei penal não define ou conceitua o novo instituto da “reinci-dência específica”. A interpretação da Lei nº 8.072/90, autoriza trêsconceituações sobre o que se deve entender por reincidência específi-ca: a) o que torna a praticar qualquer dos crimes previstos na Lei dosCrimes Hediondos. Exemplo: latrocínio + tráfico de entorpecentes; b) oque torna a praticar crime da mesma natureza, ou seja, que protege omesmo bem jurídico. Exemplo: extorsão mediante seqüestro + latrocí-nio; e c) o que torna a praticar crime previsto no mesmo tipo legal.Exemplo: estupro + estupro (conforme Guilherme de Souza Nucci, Có-digo Penal Comentado, p. 300, nº 13, Ed. RT, 2ª ed., 2002).

A doutrina majoritária, posiciona-se no sentido da primeira alter-nativa (Nucci, ob. cit., p. 300, nº 13; Damásio, Código Penal Anotado,p. 280, Ed. Saraiva, 11ª ed., 2001; Antônio S. Fernandes, Considera-ções sobre a Lei nº 8.072/90, Crimes Hediondos, RT nº 600/261).

Alberto Silva Franco propõe a segunda alternativa (Crimes He-diondos, p. 118, nº 100, Ed. RT, 1991).

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Dez Temas sobre Execução Penal 67

A posição correta de compreensão da lei, na parte em que impe-de o livramento condicional em face da reincidência específica, é quea norma só incide quando os dois crimes são praticados durante a vi-gência da Lei nº 8.072/90 (conforme Damásio, ob. cit., p. 119; contra:Mirabete, Execução Penal, p. 453, nº 5-67, Ed. Atlas, 9ª ed., 2000).

Uma inovação trazida pela LEP no art. 145 é a possibilidade desuspensão do livramento condicional quando o beneficiado, durante operíodo de prova, vier a praticar outra infração penal.

A suspensão do benefício importará na prisão do condenado, en-tendendo-se que esta poderá ser determinada desde logo, sem a au-diência prévia do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou dopróprio beneficiado (RJTJRGS nº 150/65; STF, RHC nº 7.919/MG,DJU, de 16/11/91).

A revogação do livramento condicional, que decorrerá obrigatoria-mente da condenação irrecorrível do beneficiado, depende, no entanto,do pronunciamento prévio do Ministério Público e do Conselho Peniten-ciário, ouvido o liberado – LEP, art. 143 (RJTJRGS nº 65-122; RT nº579/289).

No livramento condicional, o período de prova corresponde aotempo de pena que resta ao liberado cumprir.

Assim sendo, suspenso o benefício, “o condenado volta a cum-prir sua pena, e, a esse tempo que ficar recolhido, deve ser somadoaquele em que esteve recolhido antes da vigência do benefício”(Mirabete, Execução Penal, p. 489, nº 5-89, Ed. Atlas, 9ª ed., 2001).Quando a soma dos tempos de pena cumprida atingir o tempo dapena aplicada – não considerado o tempo em que o condenado estevesolto – deverá o beneficiado ser devolvido à liberdade e a pena extin-ta, não incidindo a norma do art. 89 do Código Penal.

Assim já decidiu o STJ:“Uma vez cumpridas as condições e expirado o prazo do livra-

mento condicional sem revogação (art. 90 do Código Penal), a pena éautomaticamente extinta, sendo flagrantemente ilegal a subordinaçãoda declaração de sua extinção à constatação de prática de eventuaisdelitos durante o período de prova” (RHC nº 8.363/RJ, Rel. Min.Fernando Gonçalves, 6ª Turma, julgado em 20/04/99).

Na eventualidade de a prática da infração penal no período deprova, pelo beneficiado, recomendar sua prisão além do período dacondenação, o gravame fica subordinado às condições ou aos pressu-postos gerais de prisão provisória ou cautelar.

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Décimo TDécimo TDécimo TDécimo TDécimo Temaemaemaemaema

RRRRRecurso de agravo: rito procedimental. Pecurso de agravo: rito procedimental. Pecurso de agravo: rito procedimental. Pecurso de agravo: rito procedimental. Pecurso de agravo: rito procedimental. Peçaseçaseçaseçaseçasessenciais do instrumentoessenciais do instrumentoessenciais do instrumentoessenciais do instrumentoessenciais do instrumento. Arquivamento do. Arquivamento do. Arquivamento do. Arquivamento do. Arquivamento do

pedido pelo Juiz da Execuçãopedido pelo Juiz da Execuçãopedido pelo Juiz da Execuçãopedido pelo Juiz da Execuçãopedido pelo Juiz da Execução.....

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Dez Temas sobre Execução Penal 71

10) Recurso de agravo: rito procedimental. Peças essenciaisdo instrumento. Arquivamento do pedido pelo Juiz da Execução.

O art. 197 da LEP estabelece que “das decisões proferidas peloJuiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo”.

A Lei de Execuções Penais não define e nem regulamenta esterecurso.

No que pese o entendimento de alguns, inclusive de vários julga-dos, entre nós, a partir da posição doutrinária de Paganella Boschi eOdir Silva – Comentários à Lei de Execuções Penais, Aidee, 1986 –firmou-se a decisão de que “devem ser aplicadas ao recurso de agra-vo, do art. 197 da LEP, subsidiariamente, as disposições referentes aorecurso em sentido estrito previstas nos arts. 581 a 592 do Código deProcesso Penal” (Agravo em Execução nº 700000427807, 1ª CâmaraCriminal, Rel. Des. Ranolfo Vieira, julgado em 15/09/99; Agravo emExecução nº 696070333, 4ª Câmara Criminal, Rel. Des. Luiz ArmandoBertanha de Souza Leal, julgado em 07/08/96; Agravo em Execução nº696097153, 4ª Câmara Criminal, Rel. Des. Aido Faustino Bertocchi, jul-gado em 19/06/96).

Segundo o STJ, estariam revogadas no Código de Processo Pe-nal as disposições alusivas ao recurso em sentido estrito contra deci-sões adotadas pelo Juízo da Execução. Para aquele Tribunal Superior,da decisão cabe agravo, sem efeito suspensivo (RHC nº 6,156/MG,DJU, de 18/08/97, p. 37/900).

De qualquer forma, em razão do princípio da fungibilidade previstono art. 579 do Código de Processo Penal, a interposição de um recursopor outro não pode prejudicar a parte irresignada (RT nº 760/754).

Deve-se lembrar, no entanto, que cabe recurso em sentido estri-to, com efeito suspensivo, de decisão adotada pelo juízo da execuçãocom fundamento em matéria não regulada pela Lei de Execuções Pe-nais, como, por exemplo, a proclamação da extinção da punibilidadeem razão da incidência de causa indicada no art. 107 do Código Penal(518/348, 545/349, 750/702).

O rito procedimental do agravo em execução é, portanto, de cin-co dias contados da data da juntada do expediente da intimação (STF,JSTF nº 238/320, e TJRGS, RJTJRGS nº 750/853 e RT nº 708/305).

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72 Dez Temas sobre Execução Penal

Mandado de SegurançaPode o Ministério Público ajuizar ação de mandado de seguran-

ça, junto ao Tribunal de Justiça, para o fim de conferir efeito suspensi-vo ao agravo em execução por ele interposto contra decisão do juízoda execução?

A resposta à indagação passa pela questão relacionada com alegitimidade do Parquet para lançar mão daquela ação constitucional.

Nosso Tribunal registra a concessão de mandado de segurançaproposto pelo Ministério Público para deferir efeito suspensivo ao agra-vo em execução contra decisão do Juiz da Execução que havia conce-dido progressão de regime, em razão de a decisão agravada ter-se ba-seado “em laudos contraditórios, suscitando dúvidas sobre o acerto dadecisão proferida” (ver. RJTJRGS nº 183/83).

A jurisprudência amplamente prevalente do STJ responde negati-vamente à indagação, por entender que o Ministério Público não detémlegitimidade para propor a ação de segurança para obter aquele efeitorecusado na lei (RT nos 75/560 e 757/490 – Ver. STJ nos 106/453 e113/371; HC nº 6.892/SP, 6ª Turma, Rel. Min. Vicente Leal, julgado em24/04/98, DJU, de 01/09/98, p. 187).

Outra questão relacionada com a procedimentalidade do recursode agravo em execução é a relacionada com a obrigação de as partesinstruírem adequadamente o instrumento recursal.

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça firmou o entendi-mento de que “cabe às partes instruírem o recurso com o traslado daspeças necessárias ao julgamento do recurso de agravo em execução”,conforme o previsto no art. 587 do Código de Processo Penal,invocável subsidiariamente.

• Agravo em Execução nº 70000427807, Rel. Des. Ranolfo Viei-ra, julgado em 15/12/99.

• Agravo em Execução nº 70000226209, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 20/10/99.

• Agravo em Execução nº 70002152130, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 28/03/01.

• Agravo em Execução nº 70001605336, Rel. Des. SilvestreJasson Ayres Torres, julgado em 08/11/00.

• Recurso de Agravo nº 697071306, Rel. Des. Ranolfo Vieira,julgado em 21/05/97.

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Já a 3ª Câmara Criminal tem entendimento diverso, pois admiteque o recurso de agravo em execução mal instruído pode ser converti-do em diligência para complementação do instrumento (Agravo emExecução nº 695099960, Rel. Des. Luís Carlos Avila de Carvalho Leite,julgado em 24/08/95).

Esta última orientação foi recentemente seguida pela 4ª CâmaraCriminal na apreciação do Agravo em Execução nº 70004399564, Rel.Des. Vladimir Giacomuzzi, julgado em 13/06/02.