questões formais

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Page 1: questões formais
Page 2: questões formais

Reflexão e orientações sobre as questões formais dos textos.

A problemática do ensinar no âmbito do paradigma da

instrução

O estatuto do património cultural no âmbito do paradigma

da comunicação

As manifestações pedagógicas do paradigma da instrução:› Distinguir a abordagem da «Escola Tradicional» e da «Escola

Meritocrática (suportada pela abordagem meritocrática)

› A Pedagogia por Objetivos

› O modelo do Ensino para a Mestria

Page 3: questões formais

Não se pode citar, por exemplo, Bruner (2000), Fabre (1999),

Mager (1975) entre outros, porque não se leu nenhuma obra

destes autores.

Só se pode citar, apenas e só, os textos que lemos.

Citações diretas

“a abordagem comportamentalista introduz no campo da

pedagogia da instrução um conjunto de preocupações

que, até esse momento, lhe era estranho” (Trindade &

Cosme, 2010: 36)

Page 4: questões formais

Paráfrases

De acordo com Trindade & Cosme (2010) o paradigma da

instrução entende o ato de educar como um ato

equivalente a um processo de domesticação

ou:

A escola emergiu como instituição educativa para responderàs exigências das sociedades no advento da Modernidade

(Trindade & Cosme, 2010).

Citações indiretas

O ato de ensinar, no paradigma da instrução, entende a

relação dos alunos com o património cultural à“apropriação de um saber-objeto” (Charlot, 2000, in

Trindade & Cosme, 2010, p. 31)

Page 5: questões formais

Questões relacionadas com a construção de frases

(Problemas gramaticais)

› “(…) aborda o ser humano como objeto de estudo,

analisando as suas manifestações comportamentais e à

luz dos pressupostos epistemológicos.”

• Isto não é uma frase.

• É necessário rever o texto, no final, através

de leituras sucessivas.

Page 6: questões formais

Questões relacionadas com a construção de frases

(Problemas gramaticais)

› “(…) importa reconhecer, apenas, que a influência dos

professores , de acordo com o paradigma da instrução,

se circunscreve, em larga medida, ao ato de ensinar e

este, tal como Bruner”.

• Isto não é uma frase.

• É necessário rever o texto, no final, através

de leituras sucessivas.

Page 7: questões formais

Questões relacionadas com o significado das frases

(Problemas semânticos)

› “Pode considerar-se que esta abordagem tende de modernizar em

termos tecnológicos este campo e ainda ir mais além do trabalho

pedagógico que tem lugar na sala da aula, “pretendendo afirmar-se

através de uma abordagem tecnocrática desse trabalho pedagógico”

O que é que isto quer dizer?

Page 8: questões formais

Questões relacionadas com o significado das frases

(Problemas semânticos)

› “Assim como os docentes, também o património cultural prevalece na

hierarquia”

O que é que isto quer dizer?

Page 9: questões formais

Questões relacionadas com o significado das frases

(Problemas semânticos)

› “Julgamos ser lícito afirmar que a relação pedagógica está intimamente

relacionada com o paradigma da instrução”

O que é que isto quer dizer?

Page 10: questões formais

[No paradigma da instrução], “o ato de educar identifica-se,

neste caso, com o ato de ensinar”

Na verdade, o que deveria estar escrito é que, no paradigma da

instrução, o ato de educar identifica-se, neste caso, com o ato

de instruir.

Page 11: questões formais

Neste comentário referir-me-ei, apenas, à vossa abordagem

sobre o estatuto do património cultural, na medida em que,

de um modo geral, se compreendeu que no paradigma dainstrução:

› O professor é omnipotente porque, para além de ser

sempre ele a decidir aquilo que se faz e aquilo que se

aprende, também é ele que decide o modo como se faz

e o como se aprende.

› O aluno é entendido como um ser passivo, tendo em

conta que aquilo que justifica o trabalho do professor, no

paradigma da instrução, é a ignorância e a

incapacidade dos alunos.

Page 12: questões formais

O património cultural corresponde, no triângulo de Houssaye,

ao polo do saber.

Define-se património cultural como o conjunto de

informações (ideias, teorias, conceitos, etc.), de instrumentos

(alfabeto, sistema numérico, lápis, computador, tabela

periódica, etc), de procedimentos, os quais permitem autilização destes instrumentos, e de atitudes (saber escutar,

relacionar-se com outros, etc.), o qual se carateriza quer por

se encontrar culturalmente validado quer por ser entendido

como socialmente necessário à vida nas sociedades em que

vivemos.

Page 13: questões formais

No paradigma da instrução o património cultural é visto

como um produto que se oferece (do ponto de vista do

professor) ou que se adquire (do ponto de vista do aluno).

É como se na relação dos alunos com uma informação, um

instrumento ou um procedimento, mesmo que inédito, nãose desencadeasse uma atividade cognitiva, por parte destes

mesmos alunos, que pode estar na origem da apropriação

de significados, acerca dessa informação, desse instrumento

ou desse procedimento, distintos daqueles que se

pretendiam divulgar.

Page 14: questões formais

No paradigma da instrução quer a omnipotência do

professor quer a passividade do aluno depende do facto dese entender o património cultural como um património

inquestionável que só admite um tipo de leitura ou um tipo

de utilização: aquela que o professor prescreve como a boa

leitura ou a boa utilização.

A definição de património cultural é idêntica em qualquer

paradigma. O que muda é o estatuto e o papel educativo

que lhe é atribuído no âmbito de cada um desses

paradigmas.

Page 15: questões formais

Há uma problemática, perante a qual, houve grupos que

manifestaram dúvidas e que diz respeito à confusão entre o

património cultural de cada um e o património cultural

comum

O património cultural de cada um, adquirido ao longo das

suas experiências pessoais e sociais, é um fator educacionaldecisivo mas não é este tipo de património que corresponde

a um dos três vértices do triângulo de Houssaye.

Esse vértice refere-se ao património cultural dito comum,

aquele que tem vindo a ser construído ao longo dos séculospela humanidade e cuja apropriação se torna necessária

para vivermos no mundo em que vivemos.

Page 16: questões formais

PARADIGMA PEDAGÓGICO DA INSTRUÇÃO

Pedagogia Tradicional Pedagogia meritocrática[suportada pela

abordagem comportamentalista]

Page 17: questões formais

Pedagogia TradicionalPedagogia meritocrática

[suportada pela

abordagem comportamentalista]

Page 18: questões formais

A omnipotência do professor

A passividade dos alunos

O património cultural como um produto pronto-a-vestir que se adquire

Pedagogia TradicionalPedagogia meritocrática

[suportada pela

abordagem comportamentalista]

Page 19: questões formais

A omnipotência do professor

A passividade dos alunos

O património cultural como um produto pronto-a-vestir que se adquire

Pedagogia TradicionalPedagogia meritocrática

[suportada pela

abordagem comportamentalista]

A normalização cultural ocorre

por via da estandartização

curricular, pedagógica e

avaliativa

A normalização cultural é feita à

medida

Page 20: questões formais

A omnipotência do professor

A passividade dos alunos

O património cultural como um produto pronto-a-vestir que se adquire

Pedagogia TradicionalPedagogia meritocrática

[suportada pela

abordagem comportamentalista]

A normalização cultural ocorre

por via da estandartização

curricular, pedagógica e

avaliativa

A normalização cultural é feita à

medida

Apesar do processo de normalização se afirmar de forma distinta e

tendo consequências distintas, a atividade pedagógica dos

professores carateriza-se como uma atividade prescritiva.

Page 21: questões formais

• Com a emergência da perspetiva pedagógica meritocrática,

e da abordagem comportamentalista que a sustenta e a

legitima, o paradigma da instrução deixa de ser visto em

função da função normalizadora da Escola e dos professores

para se considerar que é por via da função prescritiva desta

instituição e destes profissionais que o paradigma da instrução

se afirma.

• Isto significa que é a prescrição educativa que permite

caraterizar o projeto de educação escolar que se constrói sob

a égide do paradigma da instrução, mais do que a função

normalizadora, a qual é uma função derivada do exercício daprimeira, podendo ser entendida como uma condição prévia,

no caso da Escola Tradicional, ou como um objetivo a atingir

no caso da Escola Meritocrática.

Page 22: questões formais

• É mais rigoroso acentuar, por isso, a função prescritiva do que

a função normalizadora no paradigma da instrução porque:

• a segunda afirma-se em função do modo como se ativa a

primeira;

• a função prescritiva decorre do facto de se subalternizar as

experiências e os saberes dos alunos, daí que se legitime a

possibilidade do professor impor, por um lado, os significados das

coisas aos seus estudantes e, por outro, impor procedimentos e

modos de pensar que não admitem alternativas.

• É esta imposição de significados e modos de pensar que não só

carateriza a prescrição educativa como define os termos em que

decorre a função normalizadora das escolas.

Page 23: questões formais

Pressupostos concetuais

• Qualquer comportamento é determinado pelas

contingências da interação entre o sujeito e o

meio envolvente;

• Qualquer comportamento pode ser explicado

por leis de aprendizagem;

• A aprendizagem humana resulta da gestão de

um processo de condicionamento.

Page 24: questões formais

A Pedagogia por Objetivos

› A «Pedagogia por Objetivos» é uma manifestação que exprime

de forma inequívoca a influência da abordagem

comportamentalista no domínio da gestão curricular.

› Trata-se de uma abordagem curricular que prescreve a

aprendizagem dos alunos em função de taxonomias

educacionais seja no domínio cognitivo, seja no domínio

afetivo, seja no domínio psicomotor.

Page 25: questões formais

O que é uma taxonomia educacional ?

É uma classificação dos comportamentos

dos alunos que expressam os resultados

pedagógicos desejáveis a alcançar

Page 26: questões formais

Pressupostos

› Crença na possibilidade de determinar de um modo

objetivo e infalível o desempenho desejado que um aluno

deverá ser capaz de manifestar.

› Os professores são entendidos, não tanto como

executores de programas, mas como agentes que

promovem uma adaptação circunscrita quando os

alunos manifestam dificuldades de aprendizagem

Page 27: questões formais

Categorias estruturantes da taxonomia de Bloom

Conhecimento

Compreensão

Aplicação

Análise

Síntese

Avaliação

Page 28: questões formais

Conhecimento

› Dimensão psicológicaValorizam-se as atividades de evocação e de

reconhecimento.

› Dimensão pedagógica

Expor adequadamente a informação.

Page 29: questões formais

Objetivos comportamentais

• Designar

• Identificar

• Descrever

• Reproduzir

• Especificar

• Detalhar

• Enumerar

• Mencionar

Page 30: questões formais

Compreensão

› Dimensão psicológicaImplica a formação de conceitos

› Dimensão pedagógica

Estimular a emissão de respostas do tipo parafrasear,

interpretar ou descodificar

Page 31: questões formais

Objetivos comportamentais

• Codificar

• Ilustrar

• Organizar

• Explicar

• Interpretar

Page 32: questões formais

Aplicação

› Dimensão psicológicaAbrange tanto a posse do conhecimento como a sua

utilização

› Dimensão pedagógica

Apresentação de situações problemáticas

Page 33: questões formais

Objetivos comportamentais

• Resolver

• Aplicar

• Preparar

• Operar

• Comprovar

• Calcular

• Demonstrar

Page 34: questões formais

Análise

› Dimensão psicológicaAceder à informação correta a partir da informação

conhecida

› Dimensão pedagógica

Proposta de problemas e avaliação dos erros grosseiros,

de análises incompletas ou de análises redundantes

Page 35: questões formais

Objetivos comportamentais

• Inferir

• Relacionar

• Diferenciar

• Analisar

Page 36: questões formais

Síntese

› Dimensão psicológicaConstruir uma variedade de respostas que não são

determinadas apenas pela informação conhecida

› Dimensão pedagógica

Apoiar a construção de projetos

Page 37: questões formais

Objetivos comportamentais

• Reconstruir

• Narrar

• Planificar

• Conceber

• Categorizar

Page 38: questões formais

Avaliação

› Dimensão psicológicaTomada de decisões que se assumem a partir de critérios

› Dimensão pedagógica

Apoiar atividades de auto e heteroavaliação

Page 39: questões formais

Objetivos comportamentais

• Criticar

• Qualificar

• Fundamentar

• Julgar

• Justificar

• Concluir

• Demonstrar

Page 40: questões formais

Ensino para a Mestria - Pressupostos

› Tal como na Pedagogia por Objetivos, no Ensino para a

Mestria confirma-se a importância que se atribui à

planificação, através da qual se visa assegurar o controlo

que os professores têm que assumir para garantirem que os

alunos:

aprendam aquilo que eles desejam que eles aprendam;

respeitem os procedimentos e os estilos de aprendizagem

que os professores determinam serem os mais adequados.

Page 41: questões formais

Ensino para a Mestria – Etapas

› 1ª Fase: Diagnóstico Inicial

› 2ª Fase: Planificação

› 3ª Fase: Intervenção

› 4ª Fase: Avaliação Sumativa

Page 42: questões formais

1ª Fase: Diagnóstico InicialQual o atual nível de funcionamento dos alunos ?

Operacionalização

Aplicação de testes com referência a critérios

Avaliação dos produtos dos alunos

Finalidades

Identificar aquelas tarefas, e as respetivas subtarefas, onde osalunos erram de forma sistemática;

Enunciar um conjunto plausível de hipóteses, capazes deexplicar esses erros e, deste modo, orientar os professores naproposta de soluções para os superar.

Page 43: questões formais

Exemplos de uma questão num

Teste com Referência a Critérios

Os alunos deverão ser capazes de,

individualmente, num conjunto de 25 triângulos,

identificar os dez triângulos equiláteros que fazem

parte desse conjunto, num prazo máximo de 5

minutos.

Page 44: questões formais

2ª Fase: PlanificaçãoQue sequências de ensino utilizaremos para alcançar os

objetivos propostos ?

Operacionalização

Decompor a tarefa e descrever, de forma sequencializada, todas asoperações essenciais a realizar – subtarefas – para que essa tarefa seja

cumprida com sucesso.

Page 45: questões formais

3ª Fase: Intervenção

Operacionalização

Evolui-se para as tarefas seguintes quando os alunos mostram um

domínio completo das tarefas anteriormente propostas.

Page 46: questões formais

3ª Fase: Intervenção

Operacionalização

Evolui-se para as tarefas seguintes quando os alunos mostram um

domínio completo das tarefas anteriormente propostas.

É a avaliação de carácter contínuo que assegura a condução

deste processo, permitindo:

Detetar as dificuldades de aprendizagem

Rever as estratégias de ensino

Rever as tarefas e as atividades propostas

Promover atividades de remediação mais criteriosas

Page 47: questões formais

3ª Fase: Intervenção

Operacionalização

Evolui-se para as tarefas seguintes quando os alunos mostram um

domínio completo das tarefas anteriormente propostas.

É a avaliação de carácter contínuo que assegura a condução

deste processo, permitindo:

Detetar as dificuldades de aprendizagem

Rever as estratégias de ensino

Rever as tarefas e as atividades propostas

Promover atividades de remediação mais criteriosas

O professor deve fornecer indicações criteriosas acerca do

desempenho dos alunos;

Page 48: questões formais

3ª Fase: Intervenção

Operacionalização

Evolui-se para as tarefas seguintes quando os alunos mostram um

domínio completo das tarefas anteriormente propostas.

É a avaliação de carácter contínuo que assegura a condução

deste processo, permitindo:

Detetar as dificuldades de aprendizagem

Rever as estratégias de ensino

Rever as tarefas e as atividades propostas

Promover atividades de remediação mais criteriosas

O professor deve fornecer indicações criteriosas acerca do

desempenho dos alunos;

O professor deve elogiar e recompensar os desempenhos dos

alunos que entendam como adequados.

Page 49: questões formais

4ª Fase: Avaliação sumativaComo avaliar se os objetivos estabelecidos estão a ser alcançados ?

Operacionalização

Aplicação de testes com referência a critérios

Avaliação dos produtos dos alunos

Page 50: questões formais

Implicações educativas

› A planificação assume uma centralidade inequívoca noâmbito da gestão do processo de ensino--aprendizagem.

› O professor, por isso, deve:

Definir com exatidão os objetivos a atingir em termos desequências de comportamentos observáveis que os alunosdeverão assumir;

Prever com exatidão os materiais a utilizar, os estímulos apropor, etc.

Page 51: questões formais

Implicações educativas

› Trata-se de um projeto que assenta na atomização dasatividades escolares, subdividindo-as em pequenasunidades didáticas, de forma a garantir o melhor controloda intervenção dos professores e dos seus resultados