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ALMANAQUE DANT MAIO DE 2005 1 Publicação da Secretaria Municipal Publicação da Secretaria Municipal Publicação da Secretaria Municipal Publicação da Secretaria Municipal Publicação da Secretaria Municipal de Saúde - Coordenação de de Saúde - Coordenação de de Saúde - Coordenação de de Saúde - Coordenação de de Saúde - Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA Vigilância em Saúde - COVISA Vigilância em Saúde - COVISA Vigilância em Saúde - COVISA Vigilância em Saúde - COVISA Edição N Edição N Edição N Edição N Edição N o o o o o 1 • Maio de 2005 1 • Maio de 2005 1 • Maio de 2005 1 • Maio de 2005 1 • Maio de 2005

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  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 1

    Publicação da Secretaria MunicipalPublicação da Secretaria MunicipalPublicação da Secretaria MunicipalPublicação da Secretaria MunicipalPublicação da Secretaria Municipalde Saúde - Coordenação dede Saúde - Coordenação dede Saúde - Coordenação dede Saúde - Coordenação dede Saúde - Coordenação de

    Vigilância em Saúde - COVISAVigilância em Saúde - COVISAVigilância em Saúde - COVISAVigilância em Saúde - COVISAVigilância em Saúde - COVISAEdição NEdição NEdição NEdição NEdição No o o o o 1 • Maio de 20051 • Maio de 20051 • Maio de 20051 • Maio de 20051 • Maio de 2005

  • DANTVigilância das Doenças e AgravosNão-Transmissíveis

    Equipe da Subgerência de Vigilância de Doenças Agravos Não-Transmissíveis do Centro de Controle de Doenças

    A vida em uma metrópole como SãoPaulo produz um grande impacto noperfil de saúde e doença dapopulação. A luta pelasobrevivência, o desemprego,a poluição do ar, da água,sonora, a automatização dotrabalho, a aceleração,estresse, o consumismo e aviolência têm determinadomudanças de modos de vida dapopulação, que serefletem em umgrande aumento dasdoenças e agravosnão transmissíveis(DANT). As principaisDANT são:

    Câncer, doenças do coração (comoangina e infarto do miocárdio),

    doenças do pulmão (como enfisema,bronquite e asma), doenças da

    circulação, comohipertensão e acidentevascular cerebral (AVC),doenças metabólicas,

    como diabetes, ahipercolesterolemia e a

    obesidade, relacionadascom o trabalho (como a síndrome

    de Burnout), e condições de vida(como o estresse, depressão,

    ansiedade, síndrome do pânico)e agravos decorrentes daviolência: homicídios, suicídios,acidentes.

    Muitos dos fatores queinfluenciam esses agravos são

    comuns a várias doenças e podemser prevenidos, como por exemplo

    os maus hábitos alimentares, osedentarismo, alcoolismo,tabagismo, uso de drogas, estresse,violência e acidentes.

    A Subgerência de Vigilância deDoenças e Agravos Não-Transmissíveis, Óbitos e Violência(SGDANT) do Centro de Controle deDoenças (CCD) da Coordenação deVigilância e Promoção de Saúde(COVISA) tem a missão de recolher,sistematizar e analisar toda ainformação sobre estas doenças,agravos, fatores de risco e deproteção, apoiando eparticipando das iniciativasque visem a reduçãoda morbi/mortalidade,dentro dos princípiosda promoção de saúde.

    Luís Gracindo Costa BastosEpidemiologia das Doenças Crônicas

    Ruy Paulo D’Elia NunesEpidemiologia do Alcoolismo e OutrasAdições

    Márcia KersulEpidemiologia do Tabagismo

    Simone de Camargo SeguiEpidemiologia do Sedentarismo

    Cristina FrançaEpidemiologia do Suicídio

    Rosana Burguez DiazEpidemiologia das Quedas Acidentais

    Cleide de PaulaEpidemiologia da Violência e Acidentes

    Maria Lúcia ScalcoEpidemiologia da Violência e Acidentes

    Denise CondeixaEducação em Vigilância de Doenças eAgravos Não-Transmissíveis (DANT)

    Pedro VilaçaAnálise Epidemiológica de DANT

    Andréa GalanteConsultora para Nutrição

    Célia MedinaConsultora para Vigilância de DANT

    Endereço do Centro de Controle de Doenças:Rua Santa Isabel, 181, 7° andarTelefone: (11) 3350-6746/ 3350-6658Fax: (11) 3350-6658Envie contribuições para: [email protected]

    ContatoContato

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 3

    EXPEDIENTE

    Editorial

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Sumário

    PrefeitoJosé Serra

    Secretária Municipal deSaúdeMaria Cristina Cury

    Coordenadora deVigilância em SaúdeMarisa Lima Carvalho

    Gerente do Centro deControle de DoençasSônia Regina T. Silva Ramos

    Subgerente de Vigilânciade Doenças e AgravosNão-TransmissíveisLuís Gracindo Costa Bastos

    Coordenadora Editorialdo Almanaque DANTMárcia Kersul

    Equipe Técnico-CientíficaSônia Regina T. Silva RamosLuiz Cláudio F. EspíndolaLuís Gracindo Costa BastosRuy Paulo D’Elia NunesSimone de Camargo SeguiCristina Martin Vidal FrançaRosana Burguez DiazCleide de PaulaMaria Lúcia ScalcoDenise Condeixa

    ConsultorasAndréa GalanteCélia Medina

    Equipe Técnica deComunicaçãoRegina Léa FortunaAparecida Santa Clara BerlitzCarmen Silvia C. Azevedo

    EditoraCláudia Lago

    Produção Gráfico-EditorialRichard Romancini

    FotosValdenéia BarbosaStock.xchng (www.sxc.hu) -capa e matéria central

    AgradecimentosThiago Hara

    Teia daSaúde

    Santo deCasa Faz Milagre

    Entrevista

    ESTRESSE:Desafio do Milênio

    256

    Movimente-se8

    Ohomem do século XV, com umaexpectativa de vida de cerca de45 anos e atemorizado com asgrandes epidemias de doenças infecto-contagiosas, como a peste bubônica, difi-cilmente poderia imaginar que seusdescendentes do século XXI, apóscontrolar ou mesmo erradicar algumasdas infecções mais devastadoras, estariamdiante de novos agravos, resultantes damudança radical de seu padrão de vida ede comportamento.

    A alteração dos hábitos alimentares, adiminuição do grau de atividade física e oconsumo do tabaco, associados à indus-trialização, urbanização, globalização daprodução e venda de alimentos, mudaramo perfil de morbidade e mortalidade dapopulação humana.

    Hoje, as doenças crônicas e degene-rativas, incluindo as doenças cardiovas-culares, a diabetes, a obesidade, o câncere os problemas respiratórios, são respon-sáveis por 60% dos 57 milhões de óbitosanuais no mundo. Acometem cada vezmais os residentes dos países desenvolvi-dos, mas também a população dos paísesem desenvolvimento. Nestes últimos,associam-se aos processos infecciosos,

    que continuam a afligir essas nações,aumentando a carga social das doenças.

    A adoção de hábitos alimentares saudá-veis, aumentando o consumo de frutasfrescas e verduras e legumes, diminuindoo consumo de açúcar refinado e desa l , e subst i tu indo o consumo degorduras animais saturadas por óleosvegetais insaturados, aliados à atividadefísica diária e a interrupção do consumodo tabaco pode ter um impactoapreciável, em curto prazo, nas taxas dasdoenças crônicas.

    O Almanaque DANT, elaborado paraauxiliar tanto as equipes de saúde, quantoos cidadãos, na luta contra as doençascrônicas, em seu segundo número conti-nua a refletir esse panorama.

    Neste número, você pode aprofundarseus conhecimentos sobre a nutrição parao paciente diabético e como diminuir oestresse. Há também um alerta sobre o usode inibidores da COX-2 e divulga inicia-tivas que, com criatividade, propõemmudanças sobre nossos hábitos, alimen-tares e de saúde em geral. Aprecie.

    Maria Cristina Faria da Silva CurySecretária Municipal da Saúde – PMSP

    Viver Bemem Sampa

    1215

    Gato porLebre

    21

    ComerBem

    Roteiro

    2726

    24Qual é a suadúvida?Divirta-se 25

    Almanaque DANT No 1

    Maio 2005

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 20054

    A nutricionista CelesteElvira Viggiano é mestre emDoenças Metabólicas pelaFaculdade de Saúde Públicada USP. Lecionou em váriasfaculdades de Nutrição, inclu-sive em cursos de pós-gra-duação, tais como a Pós deNutrição da São Camilo e doInstituto Racine de São Paulo,que chegou a coordenar, e naMedicina da UNIFESP. Desdeabril de 2004 é responsávelpela área de DANT da SUVIS/Pirituba e entre outras açõesimplantou grupos de promo-ção em saúde para pessoascom diabetes.

    É nesse campo que concen-trou seus esforços, expres-sos em várias publicações,como capítulos do livro orga-nizado pelo Ministério daSaúde: Abordagem Nutricionalem Diabetes, de 2000 além doGuia Prático de Alimentaçãopara o Diabético, edição daautora, que contém versão dapirâmide alimentar adaptadapara esses pacientes, participouda elaboração do Manual deDiabetes, de Arual Augusto Costae João Sérgio de Almeida Neto.

    Em 1986 recebeu o prêmioAMES para pesquisa com diabe-tes, com o trabalho “Índice Gli-cêmico em Alimentos do HábitoAlimentar Brasileiro: Compa-rando Alimentos Isolados ouCompondo uma Refeição”, apre-sentado no Congresso Brasileirode Endocrionologia no Recife.

    Diabético sim, e debem com a vida!

    Entrevista

    Almanaque DANT: Comovocê começou a trabalharcom a nutrição voltadapara o diabetes?Celeste Viggiano: Meu in-teresse pela promoção dasaúde e bem estar do diabé-tico iniciou-se há algum tem-po, ainda no serviço de Edu-cação e Saúde do Hospital doServidor Público Municipal.Foi lá que, em 1983, por inici-ativa do Dr. Walter Bloise,médico chefe da Clínica Médi-ca, que se formou uma equi-pe multiprofissional, com ummédico endocrinologista,duas assistentes sociais, umapsicólogca, uma enfermeira eeu, como nutricionista, como objetivo de atender aos pa-cientes e familiares dos diabé-ticos matriculados no ambu-

    latório do Hospital.

    AD: Foi fácil esse começo?Celeste Viggiano: Na verdade, noinício, não tínhamos espaço físi-co e, o que é pior, encontráva-mos resistência e ceticismo porparte de alguns colegas. Só que,após um ano de atividade daequipe, conseguimos uma redu-ção de 50% no número de inter-nações dos pacientes acom-panhados pelo grupo. Aí as resis-tências caíram por terra.

    O sucesso dos pacientes com aredução das internações e me-lhora da qualidade de vida,acabou por consolidar o traba-lho. Conseguimos espaço físico

    Nutricionista há 25 anos,Celeste Viggiano acredita que oprofissional de saúde precisa sercapacitado para ter um olhar quedetecte os fatores de risco e paraintervir com ações que previnamas doenças e promovam a saúde.

    Referência na áreade pesquisa danutrição em

    diabetes, CelesteElvira Viggiano

    falou ao AlmanaqueDANT sobre a

    importância dapromoção do bem-estar do diabético

  • 5ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    no hospital, apoio dos colegas, ea divulgação do que fazíamospossibilitou a participação deestagiários de vários locais doBrasil para a troca de experiên-cias. Com isso foram implanta-dos novos grupos multiprofis-sionais de atenção aos diabéticose seu familiares. Esse tipo deatuação ainda hoje persiste noHospital do Servidor Municipal,com outros profissionais.

    AD: Em que consis-tia a atuação daequipe multiprofis-sional?Celeste Viggiano: Tí-nhamos grupos depacientes e nosso tra-balho não se limitavaa transmitir informa-ção. Desenvolvíamostécnicas para auxiliaros portadores de dia-betes a conviver coma doença através dotratamento correto,nutrição saudável,atividade física e trocade experiências. Mas,principalmente, eraum espaço para colo-car e trabalhar as angústias esentimentos do diabético e deseus familiares.

    AD: Quem fazia parte dosgrupos?Celeste Viggiano: Desenvolví-amos o trabalho com pacientescom diabetes mellitus tipo I e II.Tínhamos três grupos mensais:de pais, jovens e crianças e umareunião mensal conjunta. Tam-bém realizávamos uma reuniãopara pais trabalhadores com me-nor freqüência, aos sábados.

    AD: Você falou em técnicaspara auxiliar os portadores.

    Que tipo de técnica?Celeste Viggiano: Usávamostécnicas de psicodrama, role-playing (inversão de papéis) ejogos educativos, que auxiliamna aceitação da doença, na ex-pressão das angústias e senti-mentos dos pacientes e familia-res. Para ter uma idéia de comoisso é importante, lembro queuma vez algumas mães, para sim-bolizar como se sentiam sobre-

    equipe do Centro de Educação eAtenção ao Diabético e Hiper-tenso de Fortaleza, no Ceará.

    AD: Como foi sua atuaçãojunto à Associação de Dia-betes Juvenil (ADJ)?Celeste Viggiano: A ADJ foi fun-dada em 1980 e, em 1986 fui con-vidada pela Associação paratrabalhar com atendimento in-dividualizado, com grupos e

    também coordenar aárea de nutrição dacolônia de férias dascrianças.

    AD: A experiênciacom crianças costu-ma ser gratifican-te. Como foi traba-lhar com criançasportadoras de dia-betes?Celeste Viggiano: Aexperiência nas colô-nias de férias é es-sencial, seria impor-tante que todo profis-sional que trabalhacom o diabético pu-desse realizá-la. Lá anutricionista prepara

    os cardápios, orienta as práticasalimentares, a alimentação antese após atividade física, corrige ahipoglicemia. Mas o mais impor-tante é que, durante os 10 diasde trabalho, é possível convivercom crianças, com os fantasmasda hipo e hiperglicemia, seguir arotina dos testes de glicemia, daauto-aplicação da insulina, dadisciplina necessária para manu-tenção dos índices glicêmicos. Aexperiência sensibiliza e às vezeschoca, principalmente quandoenfrentamos emergências, mas émuito gratificante porque nosensina a compreender a vivênciado paciente.

    carregadas, encenaram uma mãedeitada no chão e todas as outrassobre ela. Forte não?

    AD: E como os jovens simbo-lizavam a doença?Celeste Viggiano: Aí era muitocomum simbolizarem a doençacomo um “fantasma”. A medidaem que desvendavam os misté-rios da doença e passavam adominar as formas de se cuidar,esse “fantasma” ia se desnu-dando e os jovens terminavam acena se abraçando... Essa ence-nação inspirou a realização deum vídeo “Supermellitus e oFantasma Diabetes” criado pela

    Pirâmide Alimentarpara o Diabético

    Consumiresporadicamentee com moderação

    Consumircommoderação

    Proposta por Celeste Elvira Viggiano, 2001

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 20056

    AD: Como você avalia o aten-dimento para o diabético narede municipal?Celeste Viggiano: Há muito parase fazer tanto na prevençãoquanto no tratamento. Baseadaem minha experiência, acho fun-damental enfatizar a importânciae o benefício da educação, daspráticas em grupo e das medidasque incentivam as mudanças eestilo de vida como, aliás, é ori-entação da própria OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS), quepor meio da “Estratégia Globalpara Alimentação Saudável,Atividade Física e Saúde” e daONU, pela “Convenção Quadro”estimula atividades de promoçãode saúde vinculadas às mudan-ças de estilo de vida, que devemser trabalhadas no nível da aten-ção básica da rede municipal desaúde. Em Pirituba, por exemplo,desde 1993 implantamos gruposmultiprofissionais para acompa-nhamento de diabéticos, hiper-tensos e terceira idade nas UBS.

    AD: Que outros tipos de medi-das são necessárias paraajudar a prevenir distúrbioscomo o diabetes?Celeste Viggiano: Acho muitoimportante criarmos leis queregulamentem a produção dealimentos industrializados, a in-trodução da educação nutricionalnas escolas de nível fundamentale médio com a participação fami-liar, merenda escolar saudável etrabalhos comunitários de pro-moção da saúde. Creio que essasações teriam impacto na preven-ção do diabetes, e também daobesidade, síndrome metabólica,hipertensão, tabagismo, contri-buindo para melhorar significa-tivamente a qualidade de vida dapopulação.

    Assessoria Técnica: Márcia Kersul

    Os PRINCIPAIS SINTOMAS dodiabetes são: fome e sede exces-sivas, urinar com freqüência,muito desânimo e perda exces-siva de peso apesar da grandeingestão de alimentos.

    Deve-se estar atento! Ao sinalde algum dossintomas cita-dos, procure aUBS mais pró-xima. É impor-tante mantertratamento re-gular, participarde atividadeseducativas e tro-cas de experi-ências em servi-ços de saúde eassociações dediabéticos comoa Associação deDiabetes Juvenil.

    Mas, O QUE ÉMas, O QUE ÉMas, O QUE ÉMas, O QUE ÉMas, O QUE ÉO DIABETES?O DIABETES?O DIABETES?O DIABETES?O DIABETES?

    O diabetes éuma disfunção crônica, que con-siste no pâncreas parar total ouparcialmente de produzir a in-sulina – hormônio responsávelpelo transporte da glicose (açú-car) para as células do organis-mo, proporcionando energianecessária para as atividadesdiárias.

    Existem dois principais tiposde diabetes: o diabetes tipo 1 –geralmente diagnosticado nainfância e na adolescência. Nelenão há mais produção de insu-

    lina, o tratamento é feito comaplicações diárias de insulina; otipo 2 - é muito freqüente emadultos, em sua maioria obesos,nesse caso, a produção deinsulina não é suficiente ou elanão consegue realizar a sua

    função adequa-damente. Geral-mente o tra-tamento é feitocom medicaçãooral e dieta, emalguns casostambém podemser utilizadasinjeções de in-sulina.

    O diabetestipo 2 é evitávelatravés da re-dução da obesi-dade e de umaa l i m e n t a ç ã osaudável à basede cereais, fru-tas, legumes everduras.

    Para viver com qualidade, aspessoas com diabetes devemtomar seu medicamento/insuli-na conforme indicação médica,ter uma alimentação balanceadae saudável, e praticar atividadefísica.

    Adaptado do material da:Associação de Diabetes Juvenil - ADJR. Padre Antonio Tomas, 213 - ÁguaBranca - São Paulo - SPCEP: 05003-010(11) 3675-3266 ou 0800-100627www.adj.org.br

    Conheça oDIABETES

    Uma alimentação saudávelcolabora com o bem-estar do

    diabético

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 7ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    Teia da Saúde

    LESTELESTELESTELESTELESTELESTELESTELESTELESTELESTE

    CAPS - AD SantanaCAPS - AD SantanaCAPS - AD SantanaCAPS - AD SantanaCAPS - AD SantanaRua Nova Cantareira, 1467.SantanaTel.: 6952-1555, 6952-6700 e 6204-5311 ramais 27, 07, 206

    A.E. Professor A. PupoA.E. Professor A. PupoA.E. Professor A. PupoA.E. Professor A. PupoA.E. Professor A. PupoAvenida Nova Cantareira, 1467TucuruviTel.: 6952-6700Acupuntura, Lian Gong, Tai Chi,Meditação

    M.B.S. Moinho VelhoM.B.S. Moinho VelhoM.B.S. Moinho VelhoM.B.S. Moinho VelhoM.B.S. Moinho VelhoPraça Domingos Coelho, 05PiritubaTel.: 3976-7601Lian Gong, Yôga, Tai Chi

    AMBULIM - Ambulatório deAMBULIM - Ambulatório deAMBULIM - Ambulatório deAMBULIM - Ambulatório deAMBULIM - Ambulatório dePsiquiatria do Hospital das ClínicasPsiquiatria do Hospital das ClínicasPsiquiatria do Hospital das ClínicasPsiquiatria do Hospital das ClínicasPsiquiatria do Hospital das ClínicasRua Dr. Ovidio Pires de Campos, s/nCerqueira CésarTel.: 3069-6988, 3069-6528 e 3069-6576

    CRATOD Bom RetiroCRATOD Bom RetiroCRATOD Bom RetiroCRATOD Bom RetiroCRATOD Bom RetiroRua Prates, 165CentroTel.: 3329-4455

    CAPS-AD Jardim NéliaCAPS-AD Jardim NéliaCAPS-AD Jardim NéliaCAPS-AD Jardim NéliaCAPS-AD Jardim NéliaAvenida Itajuíbe, 1910Itaim PaulistaTel.: 6572-1948, 6963-3802, 6563-1413

    M.B.S. Vila ProgressoM.B.S. Vila ProgressoM.B.S. Vila ProgressoM.B.S. Vila ProgressoM.B.S. Vila ProgressoRua Real Horto, 115Vila ProgressoTel.: 3975-2893Acupuntura, Meditação, Lian Gong

    CENTRO DE ATENÇÃOCENTRO DE ATENÇÃOCENTRO DE ATENÇÃOCENTRO DE ATENÇÃOCENTRO DE ATENÇÃOPSICOSSOCIAL DE ÁLCOOLPSICOSSOCIAL DE ÁLCOOLPSICOSSOCIAL DE ÁLCOOLPSICOSSOCIAL DE ÁLCOOLPSICOSSOCIAL DE ÁLCOOL

    E DROGAS (CAPS-AD)E DROGAS (CAPS-AD)E DROGAS (CAPS-AD)E DROGAS (CAPS-AD)E DROGAS (CAPS-AD)

    TERAPIAS CORPORAISTERAPIAS CORPORAISTERAPIAS CORPORAISTERAPIAS CORPORAISTERAPIAS CORPORAIS

    SULSULSULSULSULSULSULSULSULSUL

    TRATAMENTO DETRATAMENTO DETRATAMENTO DETRATAMENTO DETRATAMENTO DEOBESIDADEOBESIDADEOBESIDADEOBESIDADEOBESIDADE

    CECCO Santo AmaroCECCO Santo AmaroCECCO Santo AmaroCECCO Santo AmaroCECCO Santo AmaroRua Padre José Maria, 555Santo AmaroTel.: 5521-5538Lian Gong, Tai Chi

    CCA - Comedores CompulsivosCCA - Comedores CompulsivosCCA - Comedores CompulsivosCCA - Comedores CompulsivosCCA - Comedores CompulsivosAnônimosAnônimosAnônimosAnônimosAnônimosRua Sampaio Vidal, 1055.Jardim PaulistanoTel.: [email protected]

    M.B.S. Barro BrancoM.B.S. Barro BrancoM.B.S. Barro BrancoM.B.S. Barro BrancoM.B.S. Barro BrancoRua Eduardo Reuter, 678COHAB Barro Branco IITel.: 6964-8826Lian Gong, Tui Ná

    Obra Assistencial São JoséObra Assistencial São JoséObra Assistencial São JoséObra Assistencial São JoséObra Assistencial São JoséRua Planalto, 15Vila FormosaTel.: 6783-6791

    NORTENORTENORTENORTENORTENORTENORTENORTENORTENORTE

    CAPS-AD Jardim ÂngelaCAPS-AD Jardim ÂngelaCAPS-AD Jardim ÂngelaCAPS-AD Jardim ÂngelaCAPS-AD Jardim ÂngelaAvenida Ivirapema, 41Jardim ÂngelaTel.: 5833-2838, 5831-9089

    CAPS-AD Vila MarianaCAPS-AD Vila MarianaCAPS-AD Vila MarianaCAPS-AD Vila MarianaCAPS-AD Vila MarianaAvenida Ceci, 2101Planalto PaulistaTel.: 275-3432

    Núcleo de Qualidade de Vida -Núcleo de Qualidade de Vida -Núcleo de Qualidade de Vida -Núcleo de Qualidade de Vida -Núcleo de Qualidade de Vida -Unidade XXIIIUnidade XXIIIUnidade XXIIIUnidade XXIIIUnidade XXIIIRua Clóvis Bueno de Azevedo, 176IpirangaTel.: 3491-0500, ramais 5003 e 5563

    A.E. Tito Lopes SilvaA.E. Tito Lopes SilvaA.E. Tito Lopes SilvaA.E. Tito Lopes SilvaA.E. Tito Lopes SilvaRua Professor Antonio Gana deCerqueira, 347São Miguel PaulistaTel.: 6956-9000Lian Gong, Acupuntura, Meditação

    A Teia da Saúde é um espaço para divulgação dos órgãos e entidades que atuam na promoção da saúde, junto às orientações do setor de DANT, em todas as regiões de São Paulo. Faça parte

    deste grupo, envie sugestões para [email protected] e ajude a montar uma verdadeira teia social.

    A Teia da Saúde é um espaço para divulgação dos órgãos e entidades que atuam na promoção da saúde, junto às orientações do setor de DANT, em todas as regiões de São Paulo. Faça parte

    deste grupo, envie sugestões para [email protected] e ajude a montar uma verdadeira teia social.

    CENTROCENTROCENTROCENTROCENTROCENTROCENTROCENTROCENTROCENTRO

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    ○8 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ALMANAQUE DANT • ABRIL DE 2004ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    Santo de CasaSanto de Casa

    Projeto Laje: Saúde eComunidade prevenindo quedas

    Quando o Serviço de Neuroci-rurgia do Departamento Hospita-lar Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto(HMACN), conhecido como Hos-pital Municipal de ErmelinoMatarazzo fez a análise dos aten-dimentos prestados pela suaequipe, observou alguns dadosmuito importantes: os acidentesdecorrentes de quedas da lajeeram significativos. Em média,60% dos pacientes internados naneurocirurgia, tanto adultosquanto crianças, eram vítimas dequedas das lajes. O dado epide-miológico evidenciava que essetipo de acidente demandava me-didas preventivas, assistenciais,de reabilitação e suporte para ossequelados.

    Os dados também apontavampara algumas relações entre otipo de vítima, período do dia emque ocorre o acidente e o tipo deatividade envolvida. Os dados in-dicavam que bebês de colo so-frem acidentes pela manhã,período em que as mães sobemàs lajes para estender roupas.Crianças são vítimas principal-mente nos períodos inversos aos

    do turno escolar, quando sobemàs lajes para soltar pipa, e jovens,em finais de semana, momentode subir à laje para namorar. Osadultos, por sua vez, tornam-sevítimas principalmente aos do-mingos à tarde, momento dochurrasco.

    Para se ter uma idéia da mag-nitude desses dados, é importan-te constatar que, dos 364 proce-dimentos cirúrgicos realizadospelo HMACN em 2003, 40% foramem vítimas de quedas de laje eque dos 2880 atendimentosambulatoriais no mesmo ano,60% deveram-se a esse tipo deacidente.

    Os índices de acidentes porqueda das lajes, têm raízes emdois tipos de aspectos: econômi-cos e sociais. Do ponto de vistaeconômico, o aumento no índicede quedas de laje, que aconteceprincipalmente a partir da décadade 80, relaciona-se diretamentecom a transformação das casasda periferia dos grandes centrosde madeira para alvenaria, de-corrente do processo de urbani-zação das favelas.

    Pelo lado social, esse aumentorelaciona-se ao papel que ocupaa laje dentro da socialização paraessas comunidades. O aumentoda violência, principalmente nasúltimas duas décadas, concen-trada em alto índice nas periferi-as, somado à falta de áreas delazer, transformou a laje em lo-cal para a socialização dos diver-sos grupos e famílias nas dife-rentes faixas etárias. Por isso osbebês estão junto das mães queestendem as roupas no varalimprovisado na laje, as criançasusam o espaço para empinarpipas, os jovens para namorar nofinal de semana e os adultos comoespaço de reunião e confrater-nização no domingo.

    Cruzando os dados epidemioló-gicos, com o papel da laje paraas comunidades de periferia, aequipe de Neurocirurgia do Hos-pital, dirigida pelo Prof. Dr. Sér-gio Branco Soares Júnior, elabo-rou o Projeto Laje, com o objeti-vo de reduzir a incidência deTraumatismo Crânio-Encefálico(TCE) e Traumatismo Raqui-Medular (TRM) resultantes das

    O serviço de Neurocirurgia doHMACN dispõe de 20 (vinte) leitosoficiais, mantendo uma média deinternação diária de 55 (cinqüentae cinco) pacientes. Atende uma po-pulação estimada em 2 milhões depessoas (Ermelino Matarazzo:250.000; Itaim Paulista: 400.000;Itaquera: 500.000; São Miguel:

    Situação do serviço de NeurocirurgiaSituação do serviço de NeurocirurgiaSituação do serviço de NeurocirurgiaSituação do serviço de NeurocirurgiaSituação do serviço de Neurocirurgia400.000; Guaianases: 270.000),onde os homicídios e as doençascérebro-vasculares estão entre astrês principais causas de óbitos, jun-tamente com as doenças isquêmicasdo coração. Foram realizados 364procedimentos cirúrgicos e 2880atendimentos ambulatoriais em2003.

  • ○ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 9

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○ ○

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    Projeto Laje - ContatosProjeto Laje - ContatosProjeto Laje - ContatosProjeto Laje - ContatosProjeto Laje - ContatosDepartamento de Neurocirurgia

    (Hospital Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto)Telefone 6943 9944 Ramal 4406

    Dr. Sérgio Branco Soares [email protected]

    Assistente - Cláudia [email protected]

    9829-6869

    quedas de laje, prevenindo essetipo de acidente e reintegrandoo paciente à sociedade.

    Primeiros passos - O primeiropasso para a implantação doProjeto Laje deu-se em janeirode 2002, com o “Curso de Assis-tência ao Paciente Neurocirúr-gico”, com duas turmas sema-nais e carga horária anual, queformou dezenas de alunos dasmais diversas áreas da saúde eda comunidade, no tratamentoadequado a esse tipo de paciente.

    Em julho daquele ano, iniciou-se o Projeto. Por meio de pales-tras e conferências, além daconstrução de proteções e cria-ção de núcleos para o atendi-mento adequado do pacienteseqüelado, passou-se a trabalharpara conscientizar os envolvidossobre os perigos da laje exposta.

    Com a comunidade - Por meiodo Projeto, o profissional desaúde se integra ao contexto queo cerca, ligando o hospital à co-munidade, procurando construiruma estrutura social montada naprevenção do acidente e nainclusão social.

    O projeto é desenvolvido como Mutirão Comunitário que con-siste na construção efetiva deproteções na lajes expostas, coma união da comunidade e dosprofissionais da saúde que traba-lham voluntariamente para isso.O Mutirão prevê também a rea-lização de palestras em escolas,centros comunitários e outros,principalmente nas áreas derisco.

    A comunidade, consciente so-bre a necessidade de serviço desaúde de qualidade, acessível atodos, se faz presente nos traba-lhos do Hospital, incentivadospor líderes e figuras públicas,

    como Antônio Luiz Marchiori, oconhecido padre Ticão.

    Apesar disso, o trabalho deconscientização é a etapa maisdifícil e trabalhosa, e faz-se pormeio de visitas constantes à co-munidade, em centros comuni-tários, igrejas, escolas, creches,casas. O objetivo é esclarecer so-bre o perigo potencial das que-das da laje. Esse trabalho inicioucom convites para que a comuni-

    dade viesse a palestras no auditó-rio do Hospital. Como o númerode participantes era muito pe-queno a equipe inverteu a posi-ção e passou a ir até as áreas demaior risco, onde atuam junto aum número maior de pessoas.

    Como o Projeto Laje até o mo-mento não tem patrocínio, todosos custos são assumidos pelosparticipantes, desde a constru-ção das proteções até o desloca-mento dos participantes para ascomunidades.

    Reabilitação - O Serviço deNeurologia do HMACN sofre vá-rias dificuldades comuns a ou-tros hospitais que atendem aoSUS. O número de leitos é peque-no para atender a populosa e ca-rente região da Zona Leste de SãoPaulo, além de outros municípiosvizinhos. Associado a isto, devi-do à pouca agilidade na realiza-ção dos exames ditos de alta com-plexidade, como a Tomografia eRessonância Magnética, o perí-odo de permanência hospitalar éalto e a rotatividade dos leitos ébaixa. Com toda essa problemá-tica presente, a equipe lideradapor Sérgio Branco fez uma opçãodiferente, pela prevenção, levan-do o profissional de saúde à co-munidade, para, junto com elaconstruir a mureta salvadora(sim, os voluntários tambémmisturam argamassa para fazera mureta). Com a ampliação doprojeto e a ampla divulgação dosperigos relacionados à ausênciade muretas nas lajes, espera-sereduzir a carga de doenças rela-cionadas com a queda de laje e amortalidade por acidentes nanossa cidade

    É mais um exemplo de que asequipes profissionais do setor,com a comunidade, podem atuarpara promover a saúde em SãoPaulo.

    Agradecimentos: Cláudia Sales

    DrDrDrDrDr. Sér. Sér. Sér. Sér. Sérgio Brgio Brgio Brgio Brgio BrancoancoancoancoancoSoares e sua equipeSoares e sua equipeSoares e sua equipeSoares e sua equipeSoares e sua equipe

    pondo a mão napondo a mão napondo a mão napondo a mão napondo a mão namassa para construirmassa para construirmassa para construirmassa para construirmassa para construir

    muro em laje, namuro em laje, namuro em laje, namuro em laje, namuro em laje, naZona LesteZona LesteZona LesteZona LesteZona Leste

  • 10 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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    ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    Lian Gong em 12 Terapias:Ginástica Terapêutica e Preventiva

    Movimente-se

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombros, mãossegurando a cintura. [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. Girar a cabeça lentamente para a esquerda até o seu limite (olhar àesquerda). [Foto 2]B.B.B.B.B. Voltar à posição inicial.C. C. C. C. C. Girar a cabeça lentamente para a direita até o seu limite (olhar àdireita). [Foto 3]D. D. D. D. D. Voltar à posição inicial.E. E. E. E. E. Estender lentamente a cabeça (olhar para cima). [Foto 4]F. F. F. F. F. Voltar à posição inicial.G. G. G. G. G. Flexionar lentamente a cabeça (olhar para baixo).H. H. H. H. H. Voltar à posição inicial.Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4 contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Sensação de intumescimento ácido namusculatura da região do pescoço.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Torcicolos, lesões crônicas dos tecidosmoles na região do pescoço (síndrome cervical).

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombros, mãoscom as palmas estendidas na frente do rosto, formando um triângulocom os polegares e indicadores distantes aproximadamente 30cm dorosto. [Fotos 1 e 2]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. As mãos se afastam lentamente uma da outra, fechando os punhos,até ultrapassarem a lateral do tronco (centro das palmas para a frente).Ao mesmo tempo, a cabeça gira para a esquerda (o olhar acompanha amão esquerda, os antebraços ficam perpendiculares ao chão com oscotovelos pendendo para baixo). [Foto 3]B.B.B.B.B. Voltar à posição inicial.C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. Repetir os movimentos A e B, mas para o outro lado (direita).[Foto 4]Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4 contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Ao separar os braços na lateral, mantendoa coluna ereta e girando a cabeça, obtém-se a sensação deintumescimento ácido nos músculos do pescoço, ombro e tórax, a qualpode se irradiar para os músculos dos braços junto com uma sensaçãoagradável na região do peito.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Dores e enrijecimento da nuca, dos ombrose das costas. Formigamento e sensação de pressão no peito.

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombros, braçosflexionados de maneira natural na lateral do tronco (punhos fechadosna altura dos ombros, com o centro das palmas para frente). [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. As mãos se abrem lentamente à medida que os braços se elevam. Osolhos acompanham a mão esquerda (palmas voltadas para frente, olharacompanhando a mão até o alto). [Fotos 2 e 3]B.B.B.B.B. Voltar à posição inicial, abaixando os braços e acompanhando a mãoesquerda com o olhar.C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. Repetir os movimentos A e B, mas com o olhar acompanhando amão direita. [Foto 4]Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4 contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Ao levantar os braços, expandir o peito elevantar a cabeça, obtém-se uma sensação de intumescimento ácido namusculatura do pescoço, dos ombros, da região lombar e das costas.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Dores no pescoço, nos ombros, na regiãolombar e nas costas. Disfunções da articulação dos ombros comoperiartrite e dificuldade para levantar os braços.

    Prevenção e Tratamento de Dores no Pescoço, Ombros - Exercícios de 1 a 6

    1a Série

    EXERCÍCIO

    1Movimentodo Pescoço

    1a Série

    EXERCÍCIO

    2Arquear as

    Mãos

    1a Série

    EXERCÍCIO

    3Estender asPalmas dasMãos para

    Cima

    11111 22222 33333 44444 55555

    11111 22222 33333 44444

    11111 22222 33333 44444

    No Almanaque Dant passado falamos sobre os princípios do Lian Gong. Agora acompanhe e pratique osmovimentos que previnem e tratam dores no pescoço, ombros, costa e região lombar. No próximo

    Almanaque complete a série com os exercícios para glúteos e pernas.

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    11

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    1a Série

    EXERCÍCIO

    6Levantar oBraço de

    Ferro

    1a Série

    EXERCÍCIO

    5Despregar as

    Asas

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dosombros. [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. Flexionar os braços e levantá-los a partir do cotovelo,fazendo uma curva por trás da linha lateral do corpo, “abrindoas asas”. A cabeça gira à esquerda, acompanhando com oolhar o movimento do cotovelo, até voltar o olhar para frente(no momento em que os cotovelos estiverem acima do nível dassobrancelhas e as mãos pendendo para baixo, com seusdorsos voltados um para o outro). [Fotos 2, 3 e 4]B.B.B.B.B. Abaixar os cotovelos até as palmas se estenderem na frentedo rosto (com os centros das palmas voltados um para ooutro). Descer os braços pela frente do corpo voltando àpostura de preparação. [Fotos 5 e 6]C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. Repetir os movimentos A e B, mas com o olharacompanhando o cotovelo direito.Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: No momento em que se elevam oscotovelos, obtém-se uma sensação de entumescimento ácidona musculatura dos ombros e do tórax.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Rigidez nos ombros e obstruçãodos movimentos do membros superiores, como “ombroscongelados”, etc.

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombros.[Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. O olhar acompanha o movimento da mão esquerda, que seeleva pela lateral do corpo com o braço estendido (olhar paracima quando a mão chega acima da cabeça).Ao mesmo tempo, a mão direita se posiciona atrás do corpocom o braço flexionado e o dorso da mão encostado na regiãolombar. [Fotos 2, 3 e 4]B.B.B.B.B. O olhar acompanha a mão esquerda, que desce pela linhalateral do corpo até se posicionar acima da mão direita com obraço flexionado e o dorso encostado na região lombar. [Foto 5]C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. Repetir os movimentos A e B, mas levantando a mãodireita.Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: No momento em que a mão seeleva ao seu limite, acima da cabeça, obtém-se uma sensaçãode alívio e de intumescimento ácido na musculatura do pescoçoe dos ombros.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Rigidez da articulação e obstruçãodos movimentos dos ombros. Dores no pescoço, nos ombros ena região lombar. Sensação de gases na região abdominal.

    11111 22222 33333 44444 55555 66666

    11111 22222 33333 44444 55555

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombros,mãos sobrepostas na frente do corpo (mão esquerda anterior àdireita ou mão enferma anterior à mão saudável). [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. O olhar acompanha a elevação das mãos sobrepostas (olharpara o alto). [Fotos 2, 3 e 4]B.B.B.B.B. Separar as mãos girando-as até as palmas se voltarem paracima, traçando uma curva pela lateral do corpo por trás dalinha dos ombros, até retornar à posição inicial de preparação(mas com a mão direira anterior à esquerda). O olhar acompa-nha a mão esquerda. [Foto 5]C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. C. e D. Repetir os movimentos A e B, mas com o olharacompanhando a mão direita. [Foto 4]Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Ao elevar os braços e a cabeça,obtém-se uma sensação de intumescimento ácido na musculatu-ra do pescoço, dos ombros e da região lombar.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Periartrite ou obstrução daarticulação do ombro, e dores no pescoço, na região lombar enas costas.

    1a Série

    EXERCÍCIO

    4Expandir o

    Peito11111 22222 33333 44444 55555

  • 12 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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    ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dosombros, palmas posiconadas sobre a região lombar com ospolegares para a frente e dedos médios osbre a 4a e 5a

    vértebras lombares. [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A a D. A a D. A a D. A a D. A a D. Empurrar a bacia com as mãos, fazndo-a girar nosentido horário e seguindo cadência (1-esquerda, 2-frente, 3-direita, 4-atrás). [Fotos 2, 3, 4 e 5]Repetir os mooovimento AAAAA a DDDDD, mas girando para o outro lado(anti-horário).Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8 (nos sentidos horário e anti-horário).Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Nítida sensação deentumescimento ácido na musculatura da região lombar.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Torção aguda ou dor crônica nacintura. Dores provenientes de lesões provocadas porpermanência prolongada numa mesma posição de trabalho.

    2a Série

    EXERCÍCIO

    9Rodar a

    Cintura comas Mãos nos

    Rins11111 22222 33333 44444 55555

    Prevenção e Tratamento de Dores nas Costas e Região Lombar - Exercícios de 7 a 12

    2a Série

    EXERCÍCIO

    7Empurrar o

    Céu eInclinar para

    o Lado 11111 22222 33333 44444 6666655555

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dosombros. Mãos posicionadas na altura do peito, com os dedosentrelaçados (palmas para cima). [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. Elevar os braços até a altura do queixo e, então, virar aspalmas, empurrando-as para cima (expandir o peito, levantara cabeça e manter as palmas para cima). [Fotos 2 e 3]B.B.B.B.B. Inclinar o tronco para a esquerda, mantendo os braçosestendidos (olhar para a frente). [Foto 4]C. C. C. C. C. Inclinar mais uma vez para a esquerda.D. D. D. D. D. Separar as palmas, descendo-as pela lateral do corpo, atévoltar à postura de preparação. [Foto 5]E a H. E a H. E a H. E a H. E a H. Repetir os movimentos A A A A A a DDDDD, mas para o outro lado(direito) [Foto 6]Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: O pescoço, a região lombar e aslaterais da coluna vertebral apresentam uma nítida sensaçãode intumescimento ácido, que se irradia para ombros, braços ededos.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Rigidez no pescoço e na cintura,dificuldade de movimentação das articulações dos ombros, doscotovelos e da coluna; escoliose.

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombrose punhos posicionados na altura do quadril. [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. O punho direito abre-se lentamente em forma de palma eempurra para a frente (com o centro da palma voltado para afrente). Ao mesmo tempo, o corpo gira para a esquerda e ocotovelo esquerdo é apontado para trás, ficando alinhado como braço direito, que está na frente. Olhar para trás pelo ladoesquerdo. [Foto 2]B.B.B.B.B. Voltar para a posição de preparação.C e D. C e D. C e D. C e D. C e D. Repetir os movimentos A A A A A e BBBBB, mas para o outro lado(direita). [Foto 3]Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Ao girar a cintura, obtém-se umasensação de intumescimento ácido na musculatura do pescoço,dos ombros, da cintura e das costas.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Lesões dos tecidos moles dopescoço, dos ombros, das costas e da região lombar, acompa-nhadas de adormecimento nos braços e nas mãos, atrofiamuscular, etc.

    2a Série

    EXERCÍCIO

    8Girar a

    Cintura eProjetar as

    Palmas11111 22222 33333

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

    13

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    Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Adaptado de “Lian Gong em 18 Terapias”, Dr. Zhuang Yuan Ming, Editora Pensamento.

    2a Série

    EXERCÍCIO

    10Abrir osBraços e

    Flexionar oTronco 11111 22222 33333 44444 55555 66666

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura dos ombrose mãos sobrepostas e posicionadas à frente do corpo (mãoesquerda anterior à direita). [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. Elevar os braços estendidos e com as palmas sobrepostas, acabeça acompanha o movimento das mãos e o peito seexpande (olhar para cima). [Foto 2]B. B. B. B. B. As mãos se separam e descem até a altura dos ombros comos braços estendidos e as palmas voltadas para cima. [Foto 3]C. C. C. C. C. Flexionar o tronco voltando as palmas para baixo, com acabeça suspendida. [Foto 4]D. D. D. D. D. Os braços abaixam até as palmas ficarem sobrepostas (osdedos devem tocar o chão, com a mão direita anterior àesquerda e a cabeça suspendida). [Foto 5]E a H. E a H. E a H. E a H. E a H. Repetir os movimentos de A A A A A a DDDDD, mas o movimento EEEEEdeve ser feito conforme mostrado na Foto 6, isto é, elevar osbraços estendidos na frente do corpo até acima da cabeça. Aofinal voltar à postura de preparação.Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Ao levantar os braços e olharpara cima, obtém-se uma sensação de intumescimento ácido namusculatura da cintura. Ao tocar os dedos no chão, existe ointumescimento ácido na musculatura da parte posterior daspernas.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Dores no pescoço, nos ombros, nascostas e na cintura.

    2a Série

    EXERCÍCIO

    11Espetar coma Palma para

    o Lado

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Pés separados na largura de doisombros e punhos posicionados na altura do quadril. [Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. O pé esquerdo gira 90o para a esquerda, o tronco gira paraa esquerda, formando a postura do arco e da flecha, aomesmo tempo que a mão direita se abre e espera para o ladoesquerdo e o cotovelo esquerdo se projeta no sentido oposto(o polegar da palma que espeta deve estar na altura do topoda cabeça). [Foto 2]B. B. B. B. B. Voltar para a postura de preparação.C e D. C e D. C e D. C e D. C e D. Repetir os movimentos de A A A A A e BBBBB, mas para o outrolado. [Foto 3]Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Sensação intensa deintumescimento ácido na musculatura da cintura e das pernas.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Dores no pescoço, nos ombros, nascostas e na cintura, e desordens nas vértebras.

    11111 22222 33333

    2a Série

    EXERCÍCIO

    12Tocar os Péscom as Mãos

    Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Posição de preparação: Postura ereta com os pés juntos.[Foto 1]Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:Movimento:A. A. A. A. A. Com os dedos entrelaçados, as mãos se elevam passandopela frente do abdômen (o centro das palmas para cima). Naaltura do queixo, as palmas giram para fora e empurram paracima (olhar o dorso das mãos). [Fotos 2, 3 e 4]B. B. B. B. B. Flexionar o tronco com a cabeça suspendida. [Foto 5]C. C. C. C. C. As mãos pressionam o dorso dos pés e a cabeça semantém suspendida [Foto 6]D. D. D. D. D. Voltar à posição de preparação.Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: Número de repetições: 1 a 2 contagens de 8, ou 2 a 4contagens de 8.Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi:Percepção sensorial de qi: Obtém-se uma sensação deintumescimento ácido na musculatura do pescoço e da cinturaquando os braços se elevam. Ela fica ainda, mais intensa nacintura e nas pernas quando as mãos tocam os pés.Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Indicações terapêuticas: Lesões nos tecidos moles dacintura e das pernas, dificuldade para girar a cintura,escoliose, dores, formigamentos e dificuldade para flexionar eestender a coluna.

    11111 22222 33333 44444 55555 66666

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005

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    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    “Mas deveras estariam eles doidos,e foram curados por mim, ou o que

    pareceu cura não foi mais do quea descoberta do perfeito

    desequilíbrio do cérebro?”M. de Assis. O Alienista

    Aparentemente, o dia 30 de

    setembro de 2004 represen-tou um marco na regula-ção, promoção e usoracional de medicamen-tos: nesse dia a empresafabricante do rofecoxibeanunciou a retirada mundialdo mercado de seu produtoporque os resultados de umensaio clínico em doen-tes com pólipos intesti-nais demonstrou um au-mento do risco de acidentestrombóticos (infarto do miocár-dio e acidente vascular cerebral)comparado com placebo, apósuso prolongado (superior a 18meses). A decisão foi seguida poruma queda importante do valordas ações da empresa, por umaavalanche de ações legais de par-te dos usuários afetados, e pormúltiplos artigos de opinião, no-vos estudos e declarações publi-cadas tanto em jornais do mun-do inteiro como na literaturacientífica especializada. Só a listadas referências bibliográficas quesurgiu nesses últimos cinco me-ses reproduzidas em letra peque-na, já ocuparia mais espaço queestas duas laudas que me solici-taram para tentar resumir aquestão.

    Inibidores da COX-2:onde fica o norte?

    Mas o problema da toxicidadecardiovascular dos chamados“coxibes” e as discussões a res-peito do seu papel na terapêuticanão estão muito distantes de tersido uma descoberta casual ouum fato anedótico. Na verdade,

    vação e a promoção do rofe-coxibe e do celecoxibe (os doisinibidores da COX-2 mais popu-lares) em 1999, já foram criti-cados em 2002 pelos viéses nosrelatos dos estudos, por defeitosmetodológicos ou por apresen-

    tação parcial dos resultados,o que favorecia o produ-

    to[1, 2]; por que nada foifeito? Os inibidores daCOX-2 têm eficácia antiin-flamatória e provavel-

    mente uma toxicidade gas-trintestinal moderadamente

    mais baixa que os outrosAINEs, mas por que algum

    deles foram aprovadospela FDA seguindo umprocesso “fast-track”

    (aquele que a agência americanareserva para acelerar o registrode medicamentos para tratar do-enças sérias ou graves e queaportam um benefício significa-tivo sobre as alternativas tera-pêuticas disponíveis)? [3]. Hásuspeitas que já sugeriam umpossível risco cardiovascular dorofecoxibe e celecoxibe pelo me-nos em 2001 [4], mas as empre-sas argumentaram contra as crí-ticas que havia a necessidade deevidências metodologicamentemais sólidas, e a promoção inten-sa prosseguiu, os prescritorescontinuaram a prescrever e osusuários, a consumir.

    Uma pergunta chave é: o casoexplodiu com o rofecoxibe, maso que aconteceu com os outrosfármacos da mesma família tera-

    Gato por lebre

    o 30 de setembro de 2004 somen-te é a ponta de um iceberg que,como todo adolescente do segun-do grau sabe, tem uma pequenaparte acima do nível da água euma parte muito maior ocultaabaixo do nível de flutuação. Eas dúvidas começaram a surgir.Alguns ensaios clínicos quetinham sido a base para a apro-

    A dúvida que preocupa osmédicos se refere aos

    doentes que estãorecebendo um inibidor daCOX-2: qual é o conselho

    terapêutico maisapropriado para eles?

    Albert Figueiras*Tradução: Sônia Regina T. S. Ramos

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    ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 15

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    É importante nãoesquecer que muitos

    processos que são tratadoscom antiinflamatórios

    poderiam melhorar comanalgésicos simples

    pêutica como celecoxibe, ou osnovos etoricoxibe, luminarico-xibe, parecoxibe e valdecoxibe?Trata-se de um risco de classe?E a dúvida que preocupa os médi-cos se refere aos doentes que atu-almente estão recebendo uminibidor da COX-2: qual é o con-selho terapêutico mais apropri-ado para eles? Algumas respos-tas já são certas, outras ainda sãoduvidosas. E o assunto gera tan-ta informação que parece que oconteúdo dos textos a respei-to depende em grande parteda data em que a perguntafoi feita e a data em que foidada a resposta.

    No dia 15 de fevereiro de2005, o New England Journalof Medicine colocou no seusite três ensaios clínicos, a sa-ber, o estudo sobre prevençãode pólipos intestinaisadenomatosos que moti-vou a retirada do rofeco-xibe, um ensaio para avaliar atoxicidade de valdecoxibe e seupró-fármaco parecoxibe no trata-mento da dor pós-operatória emvirtude de cirurgia de bypass co-ronário e um ensaio de preven-ção do adenoma coloretal comcelecoxibe. No editorial que osacompanha, JM Drazen fala:“Unindo esses três estudos ran-domizados realizados para testara eficácia de diferentes inibidoresde COX-2 para uma séria de indi-cações, confirmou-se a toxicida-de cardiovascular que havia sidosugerida cinco anos antes” [5].Porém três dias mais tarde, em18 de fevereiro de 2005, um pai-nel do FDA que durou excepci-onalmente três dias, votou favo-ravelmente para manter o cele-coxibe no mercado (31 votos a1), e inclusive foi favorável a rofe-coxibe (17 a 15), apesar de todos

    reconhecerem os riscos cardio-vasculares dos “coxibes” e reco-mendar restrições ao seu uso[6,7].

    E no meio da tempestade deinformações desnorteadoras, on-de fica a bússola para os pres-critores e para os usuários? Pro-vavelmente usando os medica-mentos de maneira racional, se-guindo a inteligência clínica e nãosimplesmente a pressão comer-

    cial. Um bom artigo para a refle-xão é um recente comentário noLancet [8]; os autores lembram:“O que foi demonstrado [no casodo rofecoxibe] é que os avançosem terapêutica raramente sãotão importantes para a saúdepública para não se basear naprecaução e na revisão periódicadas evidências acumuladas”. Eseguindo os princípios mais ele-mentares do uso racional de me-

    dicamentos, é importante nãoesquecer que muitos processosque atualmente são tratados comantiinflamatórios, na verdadepoderiam melhorar com analgé-sicos simples; que muitos doen-tes que realmente precisam anti-inflamatórios não têm os fatoresde risco descritos para apresen-tar hemorragia gastrintestinal; e,finalmente, aqueles poucos doen-tes que precisam de antiinflama-tórios e apresentam fatores derisco de hemorragia gastroin-

    testinal, ainda podem sebeneficiar dos antiinflama-tórios clássicos acompa-nhados de omeprazol, uma

    combinação com eficácia etoxicidade bem estudadas.

    ReferênciasReferênciasReferênciasReferênciasReferências [1] Boers M. Seminal trialsmaintaining masking in analysis.

    Lancet 2002:360:100-101.[2] Jüni P, Rutges AWS,Dieppe PA. Are COX 2

    inhibitors superior totraditional non steroidal anti-nflammatory drugs? Adequateanalysis of the CLASS trialindicates that this may not be thecase. Br Med J 2002;324:1287-1288.

    [3] Editorial. Withdrawal syndrome.Nature Medicine 2004;10:1143.

    [4] Gottlieb S. COX-2 inhibitors mayincrease risk of heart attack. BrMed J 2001:323:471.

    [5] Drazen JM. COX-2 inhibitors - Alesson in unexpected problems. NEngl J Med 2005; 352 (on-linepublication posted on February15, 2005).

    [6] Lenzer J. FDA advisers warn:COX2 inhibitors increase risk of heartattack and stroke. Br Med J2005;330:440.

    [7] Editorial. Safety concerns at theFDA. Lancet 2005;365:727.

    [8] Maxwell SRJ, Webb DJ. COX-2selective inhibitors - importantlessons learned. Lancet2005;365:449-451.

    * Médico da Fundação Instituto Catalãode Farmacologia. Universidade Autónomade Barcelona. [email protected]

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 200516

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    Gato por lebre

    1. Existe risco no uso deantiinflamatórios em pes-

    soas hipertensas sob tratamento, ouem pacientes com insuficiência car-díaca?Sim. Pacientes portadores dessas pa-tologias podem ter seu quadro agra-vado com o uso de antiinflamatórios,porque essas drogas bloqueiam a sín-tese de substâncias endógenas(prostaglandinas), que são essenciaispara o funcionamento renal e o con-seqüente controle dessas patologias.

    2. O processo inflamató-rio e a febre, na maioria

    dos casos simples de infecção dasvias aéreas superiores (faringites,amidalites), devem ser controladospelos antiinflamatórios?Não. Nesses quadros o processo in-flamatório e a febre são mecanismosde defesa do organismo e não de-vem ser atenuados com o uso deantiinflamatórios. Caso isso ocorra hárisco de prolongamento e até com-plicação do quadro infeccioso. O áci-do acetilsalicílico, quando adminis-trado na vigência de viroses como avaricela e a influenza, pode estar en-volvido em grave quadro deencefalite (síndrome de Reye).

    3. Existe risco no uso deantiinflamatórios (tecnica-

    mente os inibidores específicos daCOX 2), como o Vioxx, Celebra eBextra em pessoas predispostas àformação de trombos arteriais?Sim. Estas substâncias ao inibirem asíntese de prostaciclina (antiagre-gante plaquetário) pelos vasossangüíneos, aumentam a tendênciade coagulação sangüínea, principal-mente em pacientes onde essa ten-dência já está aumentada. A relaçãorisco/benefício está sendo questiona-da, a tal ponto que várias drogas dessetipo têm sido retiradas do mercado.

    4. Existe risco no uso deoutro tipo de antiinflama-

    tório, quando o paciente apresen-tou um quadro de hipersensibilidade(desde uma simples rinite até umareação alérgica grave ou fatal) a umdeles?Sim. Neste caso não ocorre uma re-ação antígeno/anticorpo, que seriacontornada pela mudança da classequímica da substância. Há um des-vio no metabolismo de leucotrienos(aumento da síntese), principal subs-tância envolvida no quadro alérgico.Na verdade, a hipersensibilidade aqualquer antiinflamatório exige umcuidado rigoroso no uso de qualqueroutra classe que apresente este mes-mo mecanismo básico de ação. A ad-ministração de qualquer um delespode provocar uma reação potenci-almente fatal.

    5. Uma gestante no final dagravidez pode ser tratada

    com antiinflamatório para aliviarmialgias ou nevralgias?Não. O uso de antiinflamatórios nofinal da gravidez pode prolongar agestação e induzir o fechamento pre-coce do canal arterial “in utero”, efei-tos que podem determinar a morteintra-uterina ou complicações noparto, porque a síntese de prosta-glandinas, essenciais nessa situação,foi bloqueada pelo antiinflamatório.

    6. É seguro o uso deantiinflamatórios em pa-

    cientes que fazem uso de outrosmedicamentos?Não. O uso concomitante pode anularou aumentar o efeito dos outros me-dicamentos. Exemplo disto é a inte-ração com antihipertensivos, quepode levar a graves quadros de hi-pertensão

    7. O paracetamol (como oTylenol, Vich Pyrena, Para-

    dor) é um antiinflamatório?Não. Apesar de ter o mesmo meca-nismo de ação, portanto ser capazde inibir a síntese de prostaglandinas,

    importantes mediadoras da inflama-ção, esta droga é inativada em locaisde inflamação.

    8. O paracetamol é umadroga tão mais segura

    quanto tem sido divulgado, a pon-to de ser o campeão dos antitér-micos em pediatria?Não. Além de, nas doses normais, serpotencialmente fatal em alcoólatras,não é antinflamatório, apesar de mui-tas vezes ser usado como tal. Dosesmaiores podem causar lesão hepáti-ca fatal. O quadro de intoxicação peloparacetamol é imperceptível até oponto onde já é irreversível. O índiceterapêutico, isto é, a relação entredose tóxica/dose terapêutica é mui-to baixa. O Centro de Intoxicaçõesrelata casos de intoxicação envolven-do esse medicamento.

    9. A dipirona (Novalgina,Anador, Magnopirol) é res-

    ponsável por quadros de agranu-locitose (inibição da produção deglóbulos brancos), como é aprego-ado?Não. Vários trabalhos clínico-cientí-ficos têm mostrado que a dipironanão está envolvida nos casos deagranulocitose. Seu índice terapêu-tico é bem maior que o do parace-tamol.

    10. Qual a diferença entreos antibióticos e antiin-

    flamatórios?O antibiótico, como a penicilina, sãosubstâncias capazes de impedir ocrescimento de microorganismos quepodem causar doenças infecciosas,enquanto antiinflamatórios, como odiclofenaco, são substâncias quecombatem as reações inflamatórias,como calor, rubor (vermelhidão), dor.

    Perguntas e respostas sobre os antiinflamatóriosPerguntas e respostas sobre os antiinflamatóriosPerguntas e respostas sobre os antiinflamatóriosPerguntas e respostas sobre os antiinflamatóriosPerguntas e respostas sobre os antiinflamatórios

    Carmen Sílvia Carmona de Azevedo,mestre em Farmacologia, Doutora emEducação em Saúde e professora daUNILUS e UNISA

  • ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 17ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 17

    Matéria da Capa

    0século XX conseguiu criarcondições para que ho-mens e mulheres vivammais e com melhor qualidade devida, graças aos avanços na con-servação e distribuição dos ali-mentos, no tratamento e distri-buição da água e, muito impor-tante, na descoberta das vacinas,soros e antibióticos. Em condi-ções ideais, a maioria das pes-soas poderia viver cerca de 120anos, afirmam alguns especia-listas.

    No entanto, não é isso o queacontece. Em decorrência desituações conjunturais, como as

    desigualdades sociais, as sobre-cargas e exigências da “vida mo-derna”, as guerras e a competiti-vidade, cresce a presença doestresse, contribuindo paradificultar e diminuir o tempo vivi-do. O estresse pode afetar a to-dos, homens e mulheres, ricos epobres, ainda que de forma desi-gual. Não foi sempre assim.

    O estresse, ou Síndrome Geralde Adaptação, assim nomeadopor Hans Selye em 1930 é, na ver-dade, uma resposta do nosso or-ganismo aos estímulos externos,um “estado de alerta” que pos-sibilitou a sobrevivência aos

    humanos e também a outrosanimais.

    O estresse é um conjunto derespostas fisiológicas e de com-portamento para que consiga-mos nos adaptar e ajustar aestímulos, do ambiente e tam-bém pessoais. Quando em conta-to com alguns desses estímulos,como uma situação de perigo,por exemplo, nosso organismoentra em estresse.

    A primeira etapa desse pro-cesso é a Reação de Alarme,quando principalmente atua osistema neuroendócrino, ativan-do substâncias como o cortisol,

  • ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • MAIO DE 200518

    Ao contrário dos nossos ancestrais, namaioria das vezes não podemos fugir dassituações que desencadeiam o estresse

    Matéria da Capa

    O “Sistema Estresse” envolve váriosórgãos e inúmeras secreções, hormô-nios e neurotransmissores, que ativa-dos por ocorrências ambientais oudemandas psíquicas desencadeiamuma série de transformações quevisam o reequilíbrio e a adaptação,também chamada homeostase. Oscomponentes do sistema são váriasglândulas e partes interligadas, comoo sistema nervoso, hipófise, glândulasuprarenal e vários hormônios eneurotransmissores como a adrena-lina.

    Quando o sistema é acionado em2,5 segundos o corpo passa por

    Componentes e Reações do Sistema EstresseComponentes e Reações do Sistema EstresseComponentes e Reações do Sistema EstresseComponentes e Reações do Sistema EstresseComponentes e Reações do Sistema Estresse1400 reações físico-químicas. Somen-te uma molécula de adrenalina conver-te 100 milhões de moléculas de glico-gênio (açúcar depositado no fígado)em glicose (açúcar no sangue).

    Quando acionado o sistema produzas seguintes alterações:• Aumento da freqüência cardíaca e

    pressão arterial – o sangue circulamais rápido, melhora a atividademuscular, do esqueleto e do cérebro,facilitando a ação e o movimento;

    • Contração do baço – com maisglóbulos vermelhos na correntesanguínea, melhora a oxigenação doorganismo;

    • Fígado libera mais glicose – usadapelos músculos e cérebro, melho-rando seu desempenho;

    • Redistribuição sanguínea – a quan-tidade de sangue para músculos ecérebro aumenta, melhorando seudesempenho, e diminui a que vaipara as vísceras e para a pele;

    • Aumento da freqüência respiratória– os brônquios se dilatam e favore-cem a captação de mais oxigênio;

    • Dilatação das pupilas – aumenta avisibilidade;

    • Aumento do número de linfócitosno sangue – prepara os tecidospara reparar possíveis danos.

    adrenalina e noradre-nalina. Essas substân-

    cias vão acelerar os bati-mentos cardíacos, dilatar aspupilas, provocar sudorese ehiperglicemia, em questão de se-gundos. Nosso organismo ficapronto para responder: fugir ouenfrentar o perigo. Ao mesmotempo, nessa fase a digestão e aatividade imunológica sãointerrompidas e o baço é con-traído, colocando na circula-ção sanguínea mais célulasvermelhas, oxigenando os teci-dos.

    Quando o estresse persiste,entra-se na fase de Adaptaçãoou Resistência, caracterizadabasicamente pela hiperati-vidade da glândula suprarenale pelo acúmulo da tensão. Oorganismo acostuma-se aoestímulo que gerou e adapta oorganismo para suportar o es-tresse por mais tempo. Nessemomento, a reação pode ser ca-nalizada para um órgão espe-cífico, ou para um sistema, comoo muscular ou o digestivo.

    Se o estresse continuar, o or-ganismo entra em uma terceirafase, o Esgotamento, quando nãohá mais energia para manter o

    estresse e acontece uma quedaacentuada da capacidade adap-tativa. Essa terceira fase acon-tece quando o organismo estásubmetido a situações mais gra-ves que produzem o estresse oumuito persistentes.

    Foi graças ao mecanismo do es-tresse, e a outros componentesadaptativos, como a inteligência,

    que homens e mulheres conse-guiram sobreviver às condiçõesadversas: proteger-se de outrosanimais e das condições do tem-po, andar quilômetros a procurade alimentos, caçar e chegar aonosso tempo.Estresse e Sociedade Moderna-O estresse nas antigas socie-

    dades, voltava-se contra perigosespecíficos, basicamente ligadosà sobrevivência física. Acredita-se que, com a Revolução Indus-trial, esse quadro mudou: ohomem passou a trabalhar mais,durante mais tempo, precisandodar respostas a outros tipos deperigos: competição social,violência urbana, falta de recur-

    sos, excesso de trabalho, faltade lazer. O sistema estressepassou a ser sentido quase otempo todo, durante os setedias na semana, como umaresposta às nossas novascondições de vida e à veloci-dade das transformações queexigem nossa adaptação. E, aocontrário do que podiam fazernossos ancestrais, na maioriadas vezes não podemos fugirdas situações que desenca-deiam o estresse.

    Diante desse quadro, cresceo número de doenças que foramassociadas cientificamente aoestresse. Nunca foram tão fre-qüentes as queixas emocionais,como angústia, ansiedade, fadigacrônica, insônia, redução da libi-do, hipersensibilidade, agressivi-dade e irritabilidade, bem comoos transtornos mentais como

  • ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 19

    Atendentes de bares erestaurantes têm alto nível

    de estresse

    depressão, doença do pânico, do-enças obsessivo-compulsivas, aanorexia nervosa, deficiência dememória, de atenção e cognição,a dependência ao álcool, tabaco,outras dependências químicas eobesidade por compulsão noconsumo de alimentos.

    Modificações bioquímicas e al-teração de estrutura celular emdecorrência de estresse são res-ponsáveis por mais de metadedos casos de doenças do cora-ção e artérias, diabetes, váriostipos de câncer, gastrites e úlce-ras, doenças osteo-articulares, infec-ções, hipotireoidis-mo, síndrome de Cu-shing, inibição docrescimento, entreoutras.

    Ao mesmo tempo,é crescente a cons-cientização de que ocombate ao estressedepende de modi-ficação nas relaçõesentre os próprioshumanos e destescom a natureza.

    Combater as ca-racterísticas nega-tivas do estressedepende de vários fatores, entreeles a disposição de cada um. Si-tuações ou ocorrências externaspodem ou não desencadear rea-ções do sistema estresse, depen-dendo das características indi-viduais, da capacidade de com-preensão do problema, além darede de apoio social disponível.Quem conseguir lidar mais tran-qüilamente com as situações econtar com apoio de familiares eamigos, estará mais apto a evi-tar as conseqüências desagradá-veis do estresse.

    Por outro lado, mudanças es-truturais na nossa sociedade sãonecessárias. O progresso tecno-

    lógico, por exemplo, deve serusado em benefício de todos,reduzindo a jornada de trabalho,possibilitando o desenvolvi-mento da criatividade, a práticado lazer, do repouso e cresci-mento humano.O Estresse em São Paulo - Os ha-bitantes de São Paulo, a maiorcidade da América Latina, con-vivem com situações de estres-se. Essa constatação foi compro-vada em pesquisa recente (Mar-copito, 2002), que envolveu 2.103pessoas de 15 a 64 anos de ida-

    de. Dos entre-vistados, 28%apresentavamsinais emocio-nais e 29% sinaisfísicos do pro-blema.

    A condiçãomais associadaao estresse éestar com pro-blemas gravesde saúde ou in-capacidade: en-tre os aposen-tados por inva-lidez na cidadede São Paulo,21% apresentam

    manifestações graves, enquantoapenas 6% dos que se aposen-taram por tempo de serviço apre-sentam estas condições.

    Da mesma forma, 42,6% doshipertensos, 45% dos diabéticos,56% dos que estão com coles-terol elevado apresentam altosníveis de estresse. Para os quenão declararam estas doenças, asmanifestações ocorrem entre36,8% dos indivíduos.

    Segundo a pesquisa, as mu-lheres apresentam maior índice:enquanto 73% dos homens dizemnunca apresentar sintomas,quase metade das mulheres ma-nifesta seus sinais.

    Entre todas as categoriasprofissionais estudadas, desta-cam-se: a) mulheres: operárias,88%, cabeleireiras e cuidadorasde pessoas em geral, 68,8%, gar-çonetes, cozinheiras e trabalha-doras em bares e restaurantes,64%, professoras de nível funda-mental, 54,3%, b) entre os ho-mens o maior índice apareceu pa-ra trabalhadores em bares e res-taurantes, com 53,3%. Trabalharnessas áreas chega a ser maisestressante do que estar desem-pregado. Entre os não empre-gados, 44% apresentam freqüên-cia moderada a grave de estresse.

    Pior do que estar desempre-gado é o medo do desemprego.Entre os que manifestaram me-do de desemprego alto, asmanifestações ocorrem em 46%da vezes, enquanto que entre osque disseram ter pouco ounenhum medo de desempregoesta taxa cai para 30,2%.

    As relações pessoais são umdos fatores mais importantespara a felicidade e o bem estar.No trabalho as relações pessoaisconcorrem para o dia a dia maistranqüilo e produtivo. Na pesqui-sa em foco, 35,5% das pessoascom boas relações no trabalhomanifestavam estresse, taxa queaumenta para 57,2% entre os quetêm problemas no serviço.

    A pesquisa mostrou ainda quecondições socioeconômicas sãoas que mais freqüentemente seassociam a esse distúrbio. Nãosaber ler ou escrever, por exem-plo, aumenta em quase duas ve-zes o nível grave de estresse.Entre os que têm renda familiarinferior a um salário mínimo, 48%tem manifestações graves oumoderadas, enquanto que apenas32,3% daqueles com rendafamiliar estava acima de doissalários mínimos mensais, apre-senta este quadro.

  • ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • MAIO DE 200520

    A prevenção e o combate ao es-tresse nocivo requer ações com-binadas, que devem ser tomadasem vários níveis: pelo indivíduo,pelos governos, pelas empresas.No ambiente de trabalho, porexemplo, é fundamental evitar otrabalho noturno e tempo de tra-balho superior a oito horas diá-rias, garantir capacitação e pos-sibilidade de crescimento naorganização, melhorar a previsi-bilidade, evitando a rotatividade,o que aumenta a adesão do traba-lhador, ampliar para ele a possi-bilidade de compreender o signifi-cado do seu trabalho, garantir su-porte social, estimulando a inte-

    gração e reduzindo a competiti-vidade, reduzir o ruído e eliminarsubstâncias químicas nocivas,bem como reduzir os riscos deacidentes no trabalho e fornecerapoio psicológico aos que traba-lham em situações de demandasemocionais inevitáveis.

    Em relação às políticas públi-cas, é necessário estimular aque-las que aumentam os espaços delazer, praças, áreas verde, ciclo-vias, quadras esportivas, ampli-am projetos de geração de renda,capacitação profissional, redu-ção do analfabetismo. É impor-tante também estimular espaçose soluções coletivas para apoio

    Matéria da Capa

    Muitas situações desencadeiam oprocesso de estresse. As mais presen-tes na vida cotidiana podem ser clas-sificadas em várias dimensões, taiscomo as situações psicológicas e so-ciais associadas a condições de vidae ambiente; eventos de vida, comoperdas, mortes, separações, vio-lências; condições associadas ao tra-balho como ruído, iluminação, tem-peratura, espaço físico, turnos,jornada, adequação e carga de tra-balho, possibilidade de participaçãonas decisões do seu próprio trabalho.Também existem fatores estressantes

    internos, como ressentimentos, culpas,experiências anteriores, etc.

    Segundo aOrganizaçãoMundial deSaúde (OMS),90% consultasmédicas se de-vem ao estressecontínuo. Asformas maisfreqüentes demanifestaçõessão emocionais: nervosismo, agitação,tristeza sem motivo aparente, sensação

    constante de fadiga, insônia, pesa-delos, etc. No entanto, os sintomas

    podem também serfísicos: dores muscu-lares, dor de cabeça,dor de estômago,tonturas, tremor nasmãos, batidas fortesno coração, etc. Essasdoenças psicosso-máticas, por sua vez,aumentam o estresse,o que coloca as pes-

    soas em um círculo vicioso: +estres-se+doenças+estresse+ doenças.

    É preciso perceberas situações deestresse e tentarlidar com elas

    Fatores externos desencadeiam estresse

    Causas e Consequência do EstresseCausas e Consequência do EstresseCausas e Consequência do EstresseCausas e Consequência do EstresseCausas e Consequência do Estresse

    à família, à criança, ao idoso, eoferecer atividades em grupo,em todas a idades. São funda-mentais também modificaçõesambientais propiciando confortoe preservando o meio ambiente,estimulando e apoiando arte,cultura, educação, etc.

    Do ponto de vista individual, épreciso perceber as situações deestresse e tentar lidar com elas,buscando o crescimento pessoalatravés do auto-conhecimento, eo uso de alternativas naturaispara redução do mesmo. Em vezde relaxar com remédios, cigar-ro ou outras drogas, é impor-tante procurar métodos alter-

  • ALMANAQUE DANT • DEZEMBRO DE 2004ALMANAQUE DANT • MAIO DE 2005 21

    nativos como alimentação sau-dável, enfim, deixar a naturezaagir em prol da saúde.

    A boa alimentação,com o consumo diá-rio de frutas e verdu-ras, equilibra os ní-veis de glicose enutrientes no san-gue. A alimentaçãodesbalanceada ecom excesso deaçúcar e outros car-boidratos simples, provocampicos glicêmicos no sangue, tra-zendo sensação de irritabilidadee fadiga. Os vegetais em geralacalmam, reduzindo a excitabi-lidade e a própria sensação de

    fome. O tradicional arroz comfeijão, deve fazer parte destecardápio anti-estresse, porque

    esta combinaçãoapresenta um bomequilíbrio entrecarboidrados, pro-teínas e fibras solú-veis. Entre os ali-mentos calmantes,destacam-se o alfa-ce, o maracujá, acarambola, leite

    morno, entre outros. É im-portante evitar alimentos excitan-tes: corantes, glutamatos presen-tes nos alimentos artificiais, cafée chocolate em excesso. Entre aservas que acalmam e podem ser

    bebidas sob a forma de chás, su-cos ou temperos estão o açafrão,capim santo, coentro, erva ci-dreira, alecrim, erva doce, mace-la, folha e flor de laranjeira, camo-mila, manjericão, entre outras.

    O descanso, o sono e o lazersão formas de reparar o desgastedo trabalho e das dificuldades dodia a dia, prevenindo o estresse.É necessário evitar as atividadesque prejudicam o sono, como to-mar banho ou comer muito pró-ximo ao horário de dormir, con-sumir bebidas alcoólicas, cigar-ro, bebidas e preparados com ca-feína (café, chá mate, chá preto,refrigerantes a base de cola) e as-sistir televisão no quarto.

    Avalie seu nível de estresseAvalie seu nível de estresseAvalie seu nível de estresseAvalie seu nível de estresseAvalie seu nível de estresse1. Você se sente insatisfeito comsua vida pessoal?

    ( ) a) Raramente( ) b) Às vezes( ) c) Freqüentemente

    2. Com que freqüência você adoece?( ) a) Raramente( ) b) Às vezes( ) c) Freqüentemente

    3. Você não consegue se concentrarnas tarefas do cotidiano?

    ( ) a) Raramente( ) b) Às vezes( ) c) Freqüentemente

    4. Você só enxerga o lado negativodas coisas?

    ( ) a) Raramente( ) b) Às vezes( ) c) Freqüentemente

    5. Perde o controle emocional