psicomotricidade

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PSICOMOTRICIDADE

EXPRESSÃO FÍSICO – MOTORA I

EDUCAÇÃO BÁSICA2009 | 2010

Ciência que visa destacar a relação existente entre a Motricidade, a mente e

afectividade, de maneira a facilitar uma abordagem global da criança por meio

de uma técnica.

(De Meur; L. Staes,1989)

Concepção psicopedagógica do movimento humano

(Vítor da Fonseca, 1993)

PSICOMOTRICIDADE:: Definições conceptuais ::


É a educação do movimento com actuação sobre o intelecto, numa relação

entre pensamento e acção, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas.

Prática que tem como eixo central o movimento e o corpo de um sujeito que

deseja algo.

(Levin, Steban, 1995)


“É uma ciência que estuda a conduta motora como expressão do

amadurecimento e desenvolvimento da totalidade psico-física do homem e tem

como um dos objetivos principais fazer com que o indivíduo descubra seu

próprio corpo em relação com o mundo interno e externo, e sua capacidade de

movimento-acção”

(Le Boulch, 1980)

PSICOMOTRICIDADE:: Objectivos ::

Piaget | a motricidade interfere na inteligência, antes da aquisição da linguagem.

Percepção do Movimento

Meio

Elaboração da Função Simbólica

Linguagem

Dá origem à Representação do Pensamento

PSICOMOTRICIDADE:: Objectivos ::

Pesquisas mostram que crianças com bom desenvolvimento psicomotor exercem maior domínio

do ambiente, tornando-se líderes, ao contrário daqueles que possuem um atraso psicomotor -

tem dificuldades em serem aceites pelo grupo (Montagnier)

Pode incluir como técnicas:

• métodos expressivos

• métodos de relaxamento

• actividades lúdicas

Principais Campos de Actuação:

• Educação Psicomotora;

• Terapia Psicomotora.

O Corpo e as suas emoções

O corpo é considerado a primeira forma de linguagem para a criança, já que

com ele ela introduz sua comunicação com o meio. É a linguagem da acção.

Pouco a pouco a criança vai se apropriando de seu corpo, de forma a aprender

como usa-lo no seu dia-dia. Para isso ela vai realizando conquistas sucessivas

em relação ao seu espaço, seus movimentos, suas posturas, seus gestos e

seus tempos. No decorrer destes acontecimentos este corpo vai se

caracterizando e tornando-se uma espécie de identidade.


O corpo torna-se meio para a acção, para o conhecimento e para as relações.

As experiências corporais interferem na vida mental, afectiva e motora dos

indivíduos. O corpo deve ser visto em sua totalidade, pois nele se inscrevem

todas as tensões e emoções que caracterizam a evolução psico-afectiva de um

sujeito.


O Psicomotricista deve ser capaz de compreender o indivíduo a partir do seu

corpo, seus gestos, suas posturas e também do seu tônus muscular.

É a actividade tónica que permite as atitudes e as posturas.

É através dela que a criança consegue erguer-se e manter-se de pé. Ela serve

de base para a actividade motora. Com a actividade tónica o bebé inicia sua

comunicação com o mundo e através dela ele irá durante toda a sua vida

expressar-se corporalmente por meio de relações tónico-afectivas.

NeuroPsicomotricidade:: Bases neurológicas da maturação psicomotora ::

Para o funcionamento do sistema motor é necessária a coordenação de vários

componentes neurais e musculares de uma maneira altamente integrada e

diferenciada.

Quando alguém resolve atirar ou agarrar um objecto com as mãos observamos

primeiramente a relação óculo-manual. Cada pequeno movimento realizado é

supervisionado pelas áreas cerebrais responsáveis pela precisão e alcance da

meta estabelecida (atirar ou pegar o objecto). Isto é chamado de refinamento e

regulação do movimento.


Para que este movimento ocorra com sucesso o cérebro precisa ter condições

de perceber o movimento em cada uma de suas etapas.

As informações sobre a localização do objecto e da mão são captadas pelas

vias sensitivas e transformadas numa espécie de mapa para o sistema

nervoso.

Desta forma a percepção que o indivíduo tem do mundo depende grandemente

das suas actividades motoras. A posição e o status do próprio corpo irá regular

a sua percepção de mundo.


Convém dizer que o sistema perceptivo e motor estão sempre interagindo em

grande parte das actividades motoras.

A evolução da percepção de seu próprio corpo na criança irá desenvolver o

chamado sentido cinestésico. Com ele é possível termos uma noção da

localização dos nossos membros no espaço.

Desta forma torna-se viável a execução de uma acção coordenada e integrada,

da forma como foi citada acima.


Presume-se que a criança irá desenvolver-se gradualmente de forma a obter

um controlo cada vez maior de seus movimentos como também no

manipulação de diversos objectos.

Ela irá aprender a utilizar seu próprio corpo com propósitos funcionais ou

expressivos. O desenvolvimento observado a partir da maturação do sistema

nervoso pode ser caracterizado por iniciar-se na região da cabeça, estendendo-

se até o tronco e só depois às pernas.


Ele se dá seguindo um ritmo do que é mais próximo até o que é mais distante a

partir do eixo central do corpo. Nos movimentos funcionais esta sequência

também é verdadeira.

A maturação nervosa responsável pela passagem observada entre a actividade

indiferenciada para uma actividade consciente encontra-se intimamente

associada e dependente da experiência vivida.


De acordo com Luria pode-se dividir o cérebro em três blocos:

O primeiro representado pela medula e tronco cerebral e sendo responsável

pela atenção, vigilância, regulação e manutenção da homeostasia (integração

inter-sensorial, selectividade, atenção, vigilância e regulação tónica)


O segundo seriam os hemisférios cerebrais nos lóbulos occipital (integração

visual), temporal (integração auditiva) e parietal (integração tactilo-cinestésica).

Este bloco é responsável pela análise -síntese, codificação, armazenamento,

registro, organização, combinação e associação inter-sensorial.


O terceiro bloco consiste do lóbulo frontal e

é responsável pela formação de intenções e

programa de conduta, como a linguagem e

o movimento intencional.

Ele também assegura com o tronco cerebral

a auto-regulação ou feedback, necessário

para as permanentes adaptações exigidas

pelo envolvimento.

Factores Psicomotores

Factores Psicomotores:: Tonicidade ::

• Função do tronco cerebral;

• Primeira unidade funcional luriana;

• Papel da tonicidade nas funções reflexas, emocionais, posturais e corticais;

tonicidade, atenção e vigilância (sistema reticulado de activação ascendente e

descendente);

• Tonicidade de suporte e de acção;

• Tonicidade e extensibilidade;

• Passividade e paratonias;

• Diadococinésias e sincinésias;

• Relaxação e tonicidade;

• Tonicidade e psicossomática, etc;

Factores Psicomotores:: Tonicidade ::

Factores Psicomotores:: Equilíbrio ::

• Função do cerebelo na organização postural;

• Segurança e insegurança gravitacional;

• Papel do sistema vestibular;

• Proprioceptividade e postura;

• Sinais posturais disfuncionais;

• Equilíbrio e controlo postural;

• Equilíbrio e organização perceptiva;

• Equilíbrio e aprendizagem;

• Equilíbrio estática e dinâmica, etc;

Factores Psicomotores:: Equilíbrio ::

Factores Psicomotores:: Lateralidade ::

• Integração da linha média do corpo;

•Assimetria funcional;

•Especialização hemisférica;

•Segunda unidade funcional luriana;

•Lateralidade e orientação espacial primária e secundária;

•Lateralidade dos propriofectores e dos telereceptores;

•Lateralidade e espaço quinestésico;

•Lateralidade e funções simbólicas;

•Lateralidade inata e adquirida;

•Estudo do canhotismo em várias das suas facetas, etc;

Factores Psicomotores:: Lateralidade ::

Factores Psicomotores:: Noção do corpo ::

•Esquema corporal e imagem do corpo, suas interrelações com o lóbulo parietal;

•Génese da noção do corpo;

•Estudo dos diversos tipos de assomatognósia;

•Sentido táctilo-quinestésico e noção do corpo;

•Representação da imagem do corpo, sua significação psicológica;

Factores Psicomotores:: Noção do corpo ::

Factores Psicomotores:: Estruturação Espaço Temporal ::

•Integração sensorial simultânea e sequencial;

•Funções e disfunções dos lóbulos occipital e temporal;

•Integração e percepção do espaço;

•Espaço óptico proximal e distal;

•Percepção visual e estruturação espacial;

•Espaço euclideano e espaço topológico;

•Percepção auditiva e estruturação temporal;

•Papel do ritmo no acto mental e no processamento da informação;

•Conceito de melodia cinestésica;

Factores Psicomotores:: Estruturação Espaço Temporal ::

Factores Psicomotores:: Praxia Global ::

•Funções e disfunções do lóbulo frontal;

•Terceira unidade funcional luriana;

•Organização, programação, planificação e regulação práxica; papel da área

suplementar motora, do córtex pré-motor e do córtex motor;

•Dispraxia global e suas repercussões em termos de conduta e de aprendizagem;

•Coordenação óculo-pedal e manual;

•Noção de eumetria e dismetria;

•Dissociação de movimentos, etc;

Factores Psicomotores:: Praxia Global ::

Factores Psicomotores:: Praxia Fina ::

•A micromotricidade como paradigma do desenvolvimento psicológico: a mão faz a

inteligência e a inteligência faz a mão;

•Práxia fina e campo visual frontal (cone visual);

•Práxia fina e manipulação;

•Introdução à noção de movimento vicariado, etc;

Factores Psicomotores:: Praxia Fina ::

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