psicomotricidade arrumar

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Da ontogênese a retrogênese psicomotora: “A ontogênese da motricidade decorre de um processo embrionário complexo, ou melhor, de um desenvolvimento intra- uterino” FONSECA (1998, p.125). Etapas psicomotoras normais da criança de 0 a 12 anos: Origens do comportamento humano (ontogênese da motricidade) encontram-se na embriologia e na neonatologia. Nascimento da vida humana ocorre a partir do encontro do óvulo feminino e o espermatozoide masculino formando o chamado zigoto que contém a informação genética que determinará o crescimento pré-natal. A célula inicial mede cerca de 2 décimos de milímetros e pesa 6 décimos de miligrama. Embriologia: é o estudo sistemático e minucioso dos estados ontogenéticos do desenvolvimento; Compreende o estudo do desenvolvimento humano – morfológicos, químicos e fisiológicos. Permite o estudo da neurobiologia dos comportamentos, das cartas de motricidade, dos índices de maturidade e das de desenvolvimento. Procura “inventariar”, detalhadamente, os comportamentos desde a concepção até o nascimento da criança, etc. Embrião: no fim do 1º mês de desenvolvimento possui três camadas de células em especialização:

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Embriologia é o estudo sistemático minuncioso dos estados ontogenético do desenvolvimento.

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Page 1: psicomotricidade ARRUMAR

Da ontogênese a retrogênese psicomotora:

“A ontogênese da motricidade decorre de um processo embrionário

complexo, ou melhor, de um desenvolvimento intra-uterino” FONSECA (1998,

p.125).

Etapas psicomotoras normais da criança de 0 a 12 anos:

Origens do comportamento humano (ontogênese da motricidade)

encontram-se na embriologia e na neonatologia. Nascimento da vida humana ocorre

a partir do encontro do óvulo feminino e o espermatozoide masculino formando o

chamado zigoto que contém a informação genética que determinará o crescimento

pré-natal. A célula inicial mede cerca de 2 décimos de milímetros e pesa 6 décimos

de miligrama.

Embriologia: é o estudo sistemático e minucioso dos estados

ontogenéticos do desenvolvimento;

Compreende o estudo do desenvolvimento humano – morfológicos,

químicos e fisiológicos. Permite o estudo da neurobiologia dos comportamentos, das

cartas de motricidade, dos índices de maturidade e das de desenvolvimento.

Procura “inventariar”, detalhadamente, os comportamentos desde a

concepção até o nascimento da criança, etc.

Embrião: no fim do 1º mês de desenvolvimento possui três camadas de

células em especialização:

1. Camada externa – ectoderme: formará a pele, os pelos, as glândulas

sebáceas e sudoríparas, o sistema nervoso periférico, o sistema nervoso central, o

esmalte dentário, a retina, a córnea,o cristalino, o nervo ótico, a hipófise, etc.

2. Camada intermédia – mesoderme: formará músculos, ossos, coluna

vertebral, veias, artérias, órgãos genitais, tecido conjuntivo, córtex supra-renal, rins,

miocárdio, ganglios linfáticos, baço, sangue, etc.

Page 2: psicomotricidade ARRUMAR

3. Camada interna – endoderme: formará o epitélio do tubo digestivo

(exceto boca e ânus), epitélio respiratório (traqueia, brônquios e alvéolos) , trompa

de Eustáquio, bexiga, tireoide, timo, etc.

Período embrionário – 1º ao 2º mês:

Até a 8ª semana os braços crescem o suficiente para tocar na boca,

relação fundamental na ontogênese da motricidade; Pés e membros inferiores

seguem o mesmo desenvolvimento; Até o final do 2º mês esboçam as primeiras

pedaladas.

Os músculos começam a sua atividade motora; Período fetal – dos 2 aos

9 meses:

3º mês: a atividade neuromuscular inicia sua função dialética funcional, a

ontogênese da motricidade tem início.

4º mês: a estrutura da placenta atinge maturação, fazendo o trabalho

simultâneo dos pulmões, rins, intestinos, fígado e glândulas. Drogas e vírus podem

ultrapassar a placenta e afetar o corpo do feto.

5º e 6º meses: as posturas preferenciais tendem a uma hipotonia global e

a uma hiperextensibilidade características.

7º, 8º e 9º meses: a motricidade fetal pode ser detectada por simples

apalpação da parede abdominal. Na medida em que o espaço uterino disponível se

encontra quase totalmente ocupado, a motricidade é viva e mais localizada e eficaz.

A postura predominante é caracterizada pela flexão da coluna e pela

flexão dos membros. Em termos de ontogênese, os músculos que em primeiro lugar

iniciam a maturação são os flexores, daí a postura fetal intra-uterina.

Período neonatal

Page 3: psicomotricidade ARRUMAR

            “Normalmente, o nascimento vem no momento mais adequado de

desenvolvimento do bebê. Este deve estar pronto para sobreviver em outros

“cosmos”. O seu corpo relativamente hipotônico tem que realizar várias habilidades

e contorcionismos. A cabeça primeiro e depois o resto do corpo, moldam-se às

condições anatômicas do corpo da mãe; caso contrário, outras intervenções vão ser

necessárias” (FONSECA, 1998 p.149)

Desenvolvimento da estrutura do esquema corporal; a estruturação do

esquema corporal.

Desenvolvimento psicomotor – “A evolução da criança não se realiza de

um modo regular e progressivo, mas um pouco como a evolução histórica de toda a

humanidade, por “saltos qualitativos” que se seguem a períodos de lenta maturação

a são bem sucedidas por rupturas, por “revoluções” COSTE, 1978 p.50.

Desenvolvimento da estruturação do esquema corporal

A) Apreensão da imagem do corpo no espelho. A criança colocada diante

de um espelho:

até o 3º mês: permanece insensível à sua imagem

No 4º mês: olha fixamente para sua imagem

 até a 17ª semana: olha para sua imagem e lhe sorri

24ª semana:   volta-se para a pessoa refletida no espelho

5º mês: estende a mão para sua imagem e surpreende-se por encontrar

uma superfície lisa e dura.

6º mês: ri e estende seus braços para a imagem

12º mês: executa diante do espelho gestos conhecidos, mas com

dificuldade

Page 4: psicomotricidade ARRUMAR

 14º mês: passa a mão por detrás do espelho: início do período

experimental

15º mês: reconhece a dualidade imagem-personagem

20º mês: beija a sua própria imagem

B) Exploração e reconhecimento do próprio corpo:

12ª semana: acompanha com os olhos o deslocamento de suas mãos.

15ª semana: acompanha os movimentos de seus pés e tornozelos.

17ª semana: presta grande atenção à sua mão direita.

20ª semana: dirige a atenção para sua mão esquerda.

5º - 6º mês: leva os pés à boca.

15º mês: morde um dedo e é surpreendido pela dor.

Evolução da preensão e da coordenação óculo-manual – Evolução da

fixação ocular:

10º dia:   fixação do olhar

3ª semana: volta os olhos a direção de um som

23º dia: o olhar segue um objeto que se desloca

7ª - 8ª semana: a ameaça de um dedo próximo provoca batimento de

pálpebras

10ª semana: procura com os olhos a origem de um ruído

17ª a 30ª semana: estende as mãos e os lábios para os objetos que a

cercam

Page 5: psicomotricidade ARRUMAR

Fim do 3º mês: olha o objeto de que acaba de se afastar

Nas 47 semanas: larga os objetos e os vê cair divertida.

16ª semana: a mão começa atraindo o olhar, quando toca num objeto.

Aos 5 meses a criança pode ser capaz de agarrar.

Desenvolvimento da função tônica e da postura em pé – A partir do 4º ou

5º mês: a cabeça se torna capaz de se orientar por um movimento contínuo,

equilibrando-se sobre o eixo do corpo.

6 meses: adquire a postura sentada

9 meses: mantém-se em pé com ajuda de algo em que se apoie.

A partir dos 12 meses: aquisição do equilíbrio realiza os 1º passos.

Final do 2º ano: motricidade global se aperfeiçoa. Os reflexos arcaicos ou

“automatismos primários” – COSTE, 1978 p.53.

Reflexo de Moro ou "reflexo de abraço": decompõem-se em 2 tempos - a

criança abre os braços, os dedos afastam-se, somente o polegar e o indicador

permanecem fletidos, a cabeça é jogada para trás, o dorso em extensão; os

membros superiores retomam em flexão-adução e desenham um arco de círculo.

Reflexo de empertigamento e marcha automática: criança em posição

vertical, plantas dos pés apoiadas no chão: ela empertiga-se progressivamente.

Reflexo de Galant: excitando-se a pele da criança, provoca-se um

encurvamento do tronco.

Reflexo de passagem do braço: coloca-se a criança de barriga para baixo,

o rosto apoiado contra a mesa. Num 1º tempo, a criança volta a cabeça. Num

segundo tempo, ela flete o braço correspondente à orientação de seu rosto e coloca

a mão defronte da boca.

Page 6: psicomotricidade ARRUMAR

Reflexo de transposição: se mantivermos a criança em posição vertical, o

peito de um de seus pés em contato com a borda da mesa, seu pé se eleva então,

colocando para cima da mesa.

Reflexos nociceptivos, o alongamento cruzado: se excitarmos a planta do

pé da criança, estando a sua perna estendida, a outra perna dobra-se e o pé

desloca-se na direção da zona excitada.

Reflexo de “fossar”: à estimulação da pele ao redor da boca, a criança

volta a diversas vezes, 1º para o lado do estimulado, depois para o outro, até que

para o lado estimulado. Esse reflexo desaparece por volta da 3ª semana.

Reflexos labiais, de sucção e de deglutição: quando os lábios se fecham,

é o reflexo de sucção; o reflexo de deglutição produz-se ao contato com o alimento.

A estruturação espaço-temporal: o tempo, o espaço, a distância e o ritmo

O tempo: essa percepção é muito frágil na criança de 5 anos.

Compreensão de duração: a criança utiliza, de forma rudimentar.

Desenvolvimento da noção de tempo: progressivamente, com a ajuda das

pessoas à sua volta, é que a criança compreenderá que o tempo é independente da

mudança.

Desenvolvimento da estruturação temporal:

4 anos – reconhece um dia da semana

5 anos - “manhã”, “tarde”

6 anos - indica o dia da semana

7 anos – o mês

8 anos – 0 ano

Page 7: psicomotricidade ARRUMAR

8-9 anos - o dia do mês

12 anos - avalia a duração de uma conversa – desde as férias

12 anos – indica a hora com uma aproximação de 20 minutos

O espaço – “O mundo espacial da criança constrói-se paralelamente ao

seu desenvolvimento psicomotor, à medida da crescente eficácia de sua

gestualidade e da crescente importância dos fatores relacionais que criam o espaço

da comunicação” COSTE, 1978 p.59.

Desenvolvimento da percepção do espaço: referencia os trabalhos de

Piaget – 1ª aquisições no estágio sensório-motor (0-18 meses).

A distância relacional – Sentido físico: calculável em centímetros ou

metros.

Sentido afetivo: “longe dos olhos”.

Varia de um grupo sócio-cultural a outro.

Varia de um grupo geográfico a outro.

Varia de um indivíduo para outro (ex. extrovertido)

O ritmo – fator de estruturação temporal que sustenta a adaptação ao

tempo.

Eventos naturais: ritmo das estações, dos dias, das horas, etc

Internos: batida cardíaca, respiratório, digestivo, hormonais, etc

Maturação psiconeurológica; gerontomotricidade

Maturação psiconeurológica –

Page 8: psicomotricidade ARRUMAR

            “A evolução da motricidade é profundamente complexa, muito

mais do que parece, mesmo nas formas mais automatizadas, pois funciona desde o

feto, numa estreita relação com o sistema de necessidades, e está a certos reflexos

primitivos e arcaicos que traduzem a fenomenologia da sua satisfação diária”

FONSECA, 1998 p.162.

Para o funcionamento do sistema motor é necessário a coordenação de

vários componentes neurais e musculares de uma maneira altamente integrada e

diferenciada.

Para que um movimento ocorra com sucesso o cérebro precisa ter

condições de perceber o movimento em cada uma das suas etapas.

“O movimento e o seu fim são uma unidade, e desde a motricidade fetal

até a maturidade plena, passando pelo momento do parto e pelas sucessivas

evoluções, o movimento é sempre projetado face a satisfação de uma necessidade

relacional” FONSECA 1998 p.163.

Gessel: estudou as proliferações dos aspectos motores. Concluiu que é o

próprio movimento que liberta o estado caótico de inconsciência absoluta,

característico do momento do nascimento.

Minkowski: a evolução motora é, essencialmente, a evolução nervosa. Em

cada idade o movimento toma características profundamente significativas, como

processo maturativo.

Jackson apud Fonseca, 1998 levantou o problema de que as funções

neuropsicomotoras são o resultado de uma evolução hierarquizada, evolução que

será a passagem:

do mais organizado ao menos organizado,

do mais simples ao mais complexo, e

do mais automático ao mais voluntário.

Page 9: psicomotricidade ARRUMAR

Os centros superiores são ao menos organizados, os mais complexos e

os mais voluntários.

Jean Piaget:considera que a motricidade interfere na inteligência antes da

aquisição da linguagem.

A inteligência verbal ou reflexiva repousa numa inteligência sensório-

motora ou prática, que por seu lado se apoio nos hábitos e associações adquiridas

para as recombinar.

A realização do movimento leva à assimilação, que se torna elemento de

compreensão prática e ao mesmo tempo compreensão da ação.

Distúrbios psicomotores – MEUR e STAES 1989 p.27

1. Perturbações motoras -

debilidade intelectual que se traduz, na criança, por atraso no nível motor,

ou

problema de ordem psicológica: ex.: crianças superprotegidas não têm

vontade de aprender.

2. Grandes déficits motores - sintoma: hemiplegia. Em geral relacionadas

ao nascimento.

3. Perturbações do equilíbrio – a criança cai com regularidade, choca-se

contra outras pessoas, anda com os pés afastados, corre com o tronco para frente.

Sintomas objetivos: teste de ROMBERG: criança sentada, pés juntos, se

o corpo inclinar lentamente, podemos diagnosticar.

Causas:

Motoras: problemas no vestíbulo da orelha interna ou no cerebelo

Page 10: psicomotricidade ARRUMAR

Psicológica: criança com ausência de confiança em si mesma.

4. Perturbações da coordenação: ausência de gestos harmônicos;

desajeitada à mesa; habilidades manuais inadequadas.

Discronometria: atraso no desencadeamento do movimento e em sua

parada;

Dismetria: não localização do movimento;

Assinergia: deficiência de coordenação entre os diversos componentes

musculares dos movimentos.

Adiadococinesia: dificuldade de executar rapidamente movimentos

alternados.

Causas:

Perturbações vestibulares ou cerebelosas.

Perturbações da sensibilidade superficial ou profunda.

Perturbações psicológicas ou afetivas: a criança não se concentra em seu

trabalho, fica ansiosa, insegura.

5. Perturbações da sensibilidade – a criança não faz o mesmo gesto que

lhe demonstramos, exceto diante de um espelho; deixa cair objetos que segura.

Sintomas objetivos: pode-se descobrir na criança a dificuldade ou a

impossibilidade:

de manter uma posição, quando os olhos estão fechados.

de perceber um movimento com os olhos fechados.

Perturbações da sensibilidade superficial e profunda: a criança não

consegue localizar uma sensação tátil.

Page 11: psicomotricidade ARRUMAR

não consegue reconhecer uma forma geométrica ou uma letra desenhada

em sua mão.

não consegue reconhecer um objeto em sua mão.

Causas: frequentemente de ordem motora e neurológica.

Perturbações intelectuais – o atraso intelectual

A debilidade pode ser leve, moderada ou profunda. As realizações da

criança são de uma idade inferior à sua idade real.

Causas: neonatais, alcoolismo, moléstias (encefalite, meningite,

hemorragia cerebral)

Outras perturbações:

Perturbações do esquema corporal –

Perturbações da lateralidade –

Perturbações da estrutura espacial –

Perturbações do grafismo –

Gerontomotricidade –

            “De uma imaturidade característica, o ser humano caminha para a

maturidade, vencendo vários obstáculos e integrando várias aquisições que são

essenciais para lidar com as realidade existentes, culminando posteriormente numa

desmaturidade declinativa na terceira idade” FONSECA, 1998 p.344.

A senescência, como antítese da adaptação e da evolução, implica uma

complexa rede de mudanças desintegradoras e progressivas;

A deterioração seletiva ocorre em diferentes ritmos e em diferentes zonas

do cérebro;

Page 12: psicomotricidade ARRUMAR

A doença de Alzheimer é progressiva e raramente responde ao

tratamento.

O empobrecimento neuronal causado pelo tempo, conduz a um declínio

funcional irremediável no envelhecimento normal.

Perturbações da memória imediata e de médio termo;

Desintegração neuropsicológica: discriminação figura-fundo;

Diminuição no processamento da informação auditiva;

Perda na discriminação tátilo-quinestésico: capacidade de discriminação

de pressão, forma e textura;

Inteligência: cristalizada

Modificações afetivas: solidão, isolamento, etc.

Pseudodemência: perturbações na linguagem, na motricidade e na

percepção, etc.

Desorganização e desincronização motora: perda da memória, falta de

iniciativa, etc.

Disfunções e desintegrações que variam de indivíduo para indivíduo, mas

seguindo sempre um processo de involução universal.

“No fim da vida está a morte, como focou Engels. Envelhecemos como

vivemos e merecemos, e o processo de envelhecimento natural pré-programado

geneticamente, inicia-se muito antes da terceira idade, designação esta introduzida

por Huet” FONSECA, 1998 p.349.

Avaliação qualitativa e quantitativa em psicomotricidade

Avaliações Qualitativas e quantitativas – L. PICQ e P. VAYER (1985)

Page 13: psicomotricidade ARRUMAR

Toda ação educativa necessita inicialmente da observação que implicará

na avaliação.

Observação: consideração das ações e dos comportamentos da criança.

Válida enquanto se observa os fenômenos como eles ocorrem, sem querer modificá-

los.

Avaliação: julgamento que o observador faz do que ele observa.

“Ora, um julgamento é uma comparação em relação a alguma coisa. É

necessário, então considerar que se esta “alguma coisa” é o que esperamos, o

julgamento torna-se um julgamento de valor PICQ e VAYER (1985, p233).

Avaliações Qualitativas e quantitativas

I - O conhecimento da criança–história e meio ambiente: aceitar a criança

como ela é conhecendo sua história.

Questionário preenchido pelos pais ou pelo profissional durante a

entrevista: forma simples para conhecer a história da criança.

A criança vista pelos outros (diferentes testes):

Observações médicas – informações sobre acidentes ocorridos no

momento do nascimento, ou desde a primeira infância.

Observações psicológicas – uso de alguns critérios que serão uma

referência e também uma forma de conhecimento:

Testes de nível mental.

Teste de nível escolar

Exames de desenvolvimento e do comportamento psicossocial.

Page 14: psicomotricidade ARRUMAR

Como a criança vê a si mesma: o próprio desenho: aplicação do teste da

figura humana de Goodenough.

Observação do desenvolvimento e do comportamento psicomotor: evitar

prender-se à descrição das dificuldades particulares ou as competências escolares,

buscando observar as capacidades gerais.

O exame psicomotor – Realizado com a criança na sala de trabalho,

usando materiais preparados anteriormente (folha de prova, cronômetro, bolas,

elástico, etc.)

Observação da média e grande infância (6 -11 anos): prova dos testes de

Ozeretski:

Coordenação dinâmica das mãos.

Coordenação dinâmica geral

Equilíbrio (controle postural)

Controle segmentário (controle do próprio corpo).

Organização espacial (orientação direita-esquerda).

De acordo com Picq e Vayer (1988) “a educação psicomotora procura as

técnicas mais eficazes, cujo objetivo é o de obter uma melhora progressiva no

comportamento geral da criança”.

Devem ser trabalhadas as seguintes funções:

A consciência do próprio corpo;

domínio do equilíbrio;

O controle e a eficácia das diversas coordenações globais e parciais;

O controle da inibição voluntária e da respiração;

Page 15: psicomotricidade ARRUMAR

A organização do esquema corporal e a orientação no espaço;

A estruturação espaço-temporal correta e maiores possibilidades de

adaptação ao mundo exterior.

Avaliação de Picq Vayer (1985) -dirigido às crianças de idade escolar,

com diferentes tipos de inadaptação – debilidade mental, deficiências sensoriais;

inadaptações motoras, sensoriais e psico –afetivas.

Dar ênfase ao trabalho com:

Percepção e controle do próprio corpo;

Regulação de condutas motoras;

Adaptações perceptivo-motoras.

Prática psicomotora – 

Espaço psicomotor: local amplo para os exercícios psicomotores e

reservado para os exercícios sentados, com mesa e cadeiras adaptadas à estatura

da criança.

Para crianças com menos de 5 anos, se possível, um tapete para a

execução de determinados exercícios sensoriomotores no chão.

Ambiente alegre, exclusivo para às reeducações psicomotoras, decorado

com trabalhos e desenhos das crianças.

“Psicomotricidade na sua essência não é só a chave da sobrevivência,

como se observa no animal e na espécie humana, mas é, igualmente, a chave da

criação cultural. Em síntese, é a primeira e última manifestação da inteligência. A

psicomotricidade, em termos fologenéticos, te, portanto, um passado de vários

milhões de anos, porém uma história restrita de apenas cem anos” FONSECA (2004

p.11)

Page 16: psicomotricidade ARRUMAR

Avaliações Qualitativas e quantitativas – L. PICQ e P. VAYER (1985)

Toda ação educativa necessita inicialmente da observação que implicará

na avaliação.

Observação: consideração das ações e dos comportamentos da criança.

Válida enquanto se observa os fenômenos como eles ocorrem, sem querer modificá-

los.

Avaliação: julgamento que o observador faz do que ele observa.

“Ora, um julgamento é uma comparação em relação a alguma coisa. É

necessário, então considerar que se esta “alguma coisa” é o que esperamos, o

julgamento torna-se um julgamento de valor PICQ e VAYER (1985, p233).

Avaliações Qualitativas e quantitativas –

I - O conhecimento da criança –história e meio ambiente: aceitar a criança

como ela é conhecendo sua história.

Questionário preenchido pelos pais ou pelo profissional durante a

entrevista: forma simples para conhecer a história da criança.

A criança vista pelos outros (diferentes testes):

Observações médicas – informações sobre acidentes ocorridos no

momento do nascimento, ou desde a primeira infância.

Observações psicológicas – uso de alguns critérios que serão uma

referência e também uma forma de conhecimento:

Testes de nível mental.

Teste de nível escolar

Exames de desenvolvimento e do comportamento psicossocial.

Page 17: psicomotricidade ARRUMAR

Como a criança vê a si mesma: o próprio desenho: aplicação do teste da

figura humana de Goodenough.

Observação do desenvolvimento e do comportamento psicomotor: evitar

prender-se à descrição das dificuldades particulares ou as competências escolares,

buscando observar as capacidades gerais.

O exame psicomotor – Realizado com a criança na sala de trabalho,

usando materiais preparados anteriormente (folha de prova, cronômetro, bolas,

elástico, etc.)

Observação da média e grande infância (6 -11 anos): prova dos testes de

Ozeretski:

Coordenação dinâmica das mãos.

Coordenação dinâmica geral

Equilíbrio (controle postural)

Controle segmentário (controle do próprio corpo).

Organização espacial (orientação direita-esquerda).

De acordo com Picq e Vayer (1988) “a educação psicomotora procura as

técnicas mais eficazes, cujo objetivo é o de obter uma melhora progressiva no

comportamento geral da criança”.

Devem ser trabalhadas as seguintes funções:

A consciência do próprio corpo;

domínio do equilíbrio;

O controle e a eficácia das diversas coordenações globais e parciais;

O controle da inibição voluntária e da respiração;

Page 18: psicomotricidade ARRUMAR

A organização do esquema corporal e a orientação no espaço;

A estruturação espaço-temporal correta e maiores possibilidades de

adaptação ao mundo exterior.

Avaliação de Picq Vayer (1985) -dirigido às crianças de idade escolar,

com diferentes tipos de inadaptação – debilidade mental, deficiências sensoriais;

inadaptações motoras, sensoriais e psico –afetivas.

Dar ênfase ao trabalho com:

Percepção e controle do próprio corpo;

Regulação de condutas motoras;

Adaptações perceptivo-motoras.

Prática psicomotora

Espaço psicomotor: local amplo para os exercícios psicomotores e

reservado para os exercícios sentados, com mesa e cadeiras adaptadas à estatura

da criança.

Para crianças com menos de 5 anos, se possível, um tapete para a

execução de determinados exercícios sensoriomotores no chão.

Ambiente alegre, exclusivo para às reeducações psicomotoras, decorado

com trabalhos e desenhos das crianças.

“Psicomotricidade na sua essência não é só a chave da sobrevivência,

como se observa no animal e na espécie humana, mas é, igualmente, a chave da

criação cultural. Em síntese, é a primeira e última manifestação da inteligência. A

psicomotricidade, em termos fologenéticos, te, portanto, um passado de vários

milhões de anos, porém uma história restrita de apenas cem anos” FONSECA (2004

p.11).

Page 19: psicomotricidade ARRUMAR

Bibliografia:

COSTE JC. A psicomotricidade. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.ALVES F. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção. 3ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2007.MEUR A, STAES L. Psicomotricidade: educação e reeducação níveis maternal e infantil. São Paulo: Manole, 1991.FONSECA V. Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese e Retrogênese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.FONSECA V. Psicomotricidade - perspectivas multidisciplinares. Ed. Artmed, 2004.