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m 1 J TB' TYPOGRAPHIA 118 EUA DO OUVIDOR 118 CORTE Anno «gOO Semestre 60OUU Trimestoe . Jí»ihw AS ¦«¦Ignoiura-i podem terminar no Um de qu»l<jncr mr» ruKuniiVútoN adiantado* NUMERO AVULSO 40 RS. ^ ^p PROPRIETÁRIOS CARNEIRO, SENHA & COMP. tfgtO VINCIA! V Anno Semestre Numero 16J000 80000 Amsô::::::..,.* •¦40róis- A redacçfio nüo se obriga _.¦» om autotcraphaa que lhe forem enviado» rcitltutr Tiragem 22,000 i Rio de Janeiro.—Sexta-íeira 8 de Janeiro de 1886 Anno II—Num. 216 Fazem annos hoje as Exmas. Sras.: D. Cândida Gavinho Lopes da Costa. D. Eugeuia Braga de Oliveira. O. Maria Elisa do Lamare Koeller. D. Fráucisca Leopoldina Torres de Oli- veira., , Noeim>d, filha do Sr. José Augusto de Souza Athayde. Eos Illms. Srs.: Barão de Tinguà. Eugênio dos Santos Azevedo. Plínio, filho do Io tenente da armada João Ximenes de Gouvéa Cabral. * i Casou-se na capella da fazenda do Sr. Francisco José de Bragança, em S. João do Paraíso, o Sr. Virissimo do Bomsuccesso com a Exma.Sra. D. Joanna Carolina Barroso. 101- SUMMARIO Barra Mansa ©•aradas•, Concurso da pachorra O Conde de Monte-Ctiristo, fo- thetim•••'• Do Palanque, Eloy, o heroe... Foyer Jury Minas Geraes Notas suburbanas Provincia do Rio A preferencia Rio Grande do Sul Sezione Italiana Sport Telegramraas O Valor das mulheres DE PALANQUE Pag. OS NOSSOS BOLETINS Afflxámos hontem á poria do nosso escriptorio os seguintes boletins: CÂMARA MUNICIPAL Reassumio hoje o cargo de presidente da Illma. Câmara o Dr. João Pedro de Miranda. Não houve sessão, sondo convocados os vereadores para reunirem-se no pro*. xirr.o sabbado. # Chegou hontem a Angra dos Reis o cruzador Almirante Barroso, com a turma de aspirantes à guardas-marinha. * Consà que o Sr. ministro do Império nomeou uma commissão, sob a presi- dencia do Sr. conselheiro Vieira da Silva, para organizar um projectó de reforma de instrucção primaria e secundaria. Consta tambem que faz parte d'essa commissão o Sr. conselheiro Rodolpho Dantas. O Sr. Antônio Francisco Bandeira Ju- nior, acaba de publicar m pequeno livro intitulado Guia e formulário do eleitor e das mesas eleitoraes, que, além du ter o sal da opportunidade, reúne, tres cousas essenciaes em livros d esse assumpto: é claro, conciso e preciso. Agradecendo a offerta que nos fez de um exemplar, recommendamos sua lei- tura principnlmente aos que se interes- sam em eleições. ESTAMPILHAS TARA UNS, TUDO, PARA OUTROS, NADA Recebemos hontem varias queixas contra o systema de preferencia que ultimamente se tem estabelecido no Thesouro Nacional para a venda de estampilhas._ Assim é qu« no dia 4 nao houve quem conseguisse ser servido, no dia 5 vários commerciantes ficaram sem es- tampillias, ao passo que uma casa com- mercial foi servida e na importância não pequena de lOOOOüOOO; hontem uns compraram e outros nào, e assim continuará provavelmente, se nao nou- ver um paradeiro para o caso. Em principio e fim de anno, em que é grande o movimento das transacções commerciaps, comprehende-se o quanto não é prejudicial aos interessados e mesmo ao publico semelhante praiica em relação â venda de sello, e n uma repartição que, por sua natureza, nao pôde sacrificar uns para servir outros, Desejamos não •- *" "m,,nF a<1 assumpto. Dor de cabeça, dor de garganta e uma pontinha de febre : façam favor de me dizer se n'este bello estado eu poderia dar hontem o meu artigo. Ainda hoje me sinto bastante incom- modado e incapaz de dizer coisa com coisa; mas felizmente Fétis correu em meu auxilio. Vou transcrever a carta que hontem me dirigio esso estimado escriptor; a minha prosa serasubsti tuida com tal vantagem, que os leitores terão motivo de applauso: «Sr. Eloy, o heróe.—O sen De Palan- que de 6 do corrente encheu me as me- didas,*tanto mais que o meu amigo os homens e as coisas pelo mesmo pns- ma e pelas mesmas lentes. «Escrever assim, pondo todos os pon- tos nos ii e sem receio das represálias vingativas que sempre costumam exer- cer os mandões de todas as épocas e de tudas as camadas, especialmente aquelles que julgam offuscar o sol com o fnlgor das pedrarias encrustadas nos seus crnchats custosos, é coisa notável tfesta época de servilismo e conve uieneias.... « Como isto, me recorda ter lido coisa igual n*um jornalzito pequemttto, que floresceu não vão muitos annos, e que se chamava a Gazetinha. « Hoje, porém, a maneira de apreciar as coisas e os homens é muito outra. « D'ahi o meu enthusiasmo pelo seu De Palanque. - O que foi Noronha poucos o sa- bem, e isto pela simples razão de pouco se importarem com o que elle era. « Aceresce ainda ser elle um artista e, como não ignora, para certa camada da nossa sociedade o artista musi.ro ô sempre musico, isto ó, uni sujeito que nos diverte nas nossas soirees, que fre- quenta a casa do Visconde, do Barão, do Commendador, e a quem sem a me- nor ceremonia viramos as costas no dia seguinte ao da festa de familia. .. Uma grande honraria para o artista, ter entrada nos nossos salões, pisar os nossos tapetes, sentir o perfume das nossas dures, apertar a mao as nossas filhas, conversar cora as nossas mu- « Quando o artista morre, dizemos compungidos, com aquelle fingimento das almas hypocrilas: «Coitado, tocava bem, ainda me lembro d'aquelles repi- nicados que elle fazia na rabeca». « E nada mais! « Os sete palmos de terra do estylo, a de cal da etiqueta, e ainda assim são uns tantos pobres-diabos, iguaes ao morto, que lhe vão prestar essa derra- deira homenagem. « Diz V. que apenas podo contar com tres contos e quinhentos mil réis para erigir o monumento a Noronha, e acha pouco, afflrmando até que sena preciso ura prodígio de álgebra para encontrar a proporção entre a multidão de portuguezes que vivem no llio ao Janeiro, e o produeto total da subscry peão agenciada para esse fim. « Estamos em desaccordo n este ponto. « Tres contos e quinhentos, agen- ciados com o heroísmo de seu nome, para um fim todo intimo, e que nunca «hecará ao conhecimento de Sua Ma- eestade Fidelissima nem do seu «o- verno, que não terá d'esta vez de abrir « Emfim, talvez o homem tenha stlas razões, e eu gosto sempre ae res- peitar as razões dos outros, embora ae* s ar r ____ so ___. d 3 s « E com esta termino. Creia-me sem- pre seu etc. Fétis.» Eloy, o herói. CÂMARA MUNICIPAL Não houve sessão hontem por falta de numero, sendo convocada nova re- união para amanhã. O Sr. Dr. João Pedro deÇMiranJ» re- assumio a presidência, cargo do qual havia desistido. SERÕES DE S. MIGUEL DE SEIDE Por intermédio da Agencia commerciàl nortugutza recebemos o ri» dos Serões de S. Miguel de Seide,,chronica mensal de lilteratura amena,' de Camillo cas- tollo Branco.¦ Do livro demos aos leitores uma amostra no Segundo commendador.qufi ha dias publicámos, e podemos afflan- car que o tão fecundo romancista como respeitável polemista portuguez . vem brindar a lilteratura com uma «ene preciosa de impressões, contos e narra- ções, escriptos com o bom humorísmo que lhe é reconhecido e com aquella agudeza e subtilidade que resaltam de todos os seus trabalhos na pujança do talento e da actividade. O volume contém : Prelúdio—be- gundo commendador—Questões de vida e morte—O infantilismo dos poetas. A PREFERENCIA ODIOSO MONOPÓLIO MUNICIPAL CONTINUAÇÃO DO DOCUMENTO A FLS. 116 Antes da apresentação da9 propostas, o Sr. Dr. vice presidente pede a attenção da câmara para o que vai manifestar em defesa do seu procedimento relati- vãmente aos serviços do matadoure. (Procede-se á leitura de diversos or- ticios, por sua ordem dirigidos aquella directoria.), . Sabem os sens collegas que em vir- Encarregado pela directoria da So- ciedade Central de Immigraçao reali- zará o Sr. Dr. Ennes de Souza uma conferência publica sobre immigraçao alleraã, amanhã á 1 hora da tarde, no salão da mesma sociedade. CUIDADO COM AS SALSICHAS I Chamamos a attenção dos leitores para uma declaração que, na secção competente, faz o Sr. Antônio Corrêa de Ávila, fabricante de salsichas, var- rendo a sua teslada quanto ao abuso que denunciamos. Não apontamos nomes; ein todo o caso OUTRO PEIXÃO llltimamení? o publico tóve^casjSo de apreciar um «rande pe xe^que^deu tratos aos arpões dos pescadores da Jurujuba e aos narizflS dos frequen- tadores do Polytheama., . Pois, segundo me parece, *•%$£ águas da nossa bahia uma eofác^10"'3 monstros marinhos, na opinião do p«.s" cador Manoel Pereira França. BOA BRINCADEIRA A' noticia que hontem demos sobre o facto de uns tiros dados à noite, em Villa Isabel, temos a acerescentar que o Sr. Dr. Pinto Guedes, subdelegado, pro- metteu tomar as providencias que o caso exige, tanto mais quando ja uma vez teve denuncia de certa casa cujo morador dá-se ao péssimo costume de caçar à noite, em vez de dormir. Era mais prudente e menos arriscado. O commandante do destacamento e ,„de do que SEJXSo S| ^ SgfinSKi riormente estabelecidas. Em sessão ex- publica, traordinaria de 25, a câmara, nao ob- stante uma proposta do Sr. vereador Dr. Freire do Amaral, tomou conhe- cimento da matéria d'essa portaria, a qual foi cumprida ipsis u<.r6ij,expodindo- se pela secretaria municipal offlcio ao director do matadouro, afimdeobser- vai a em todos es seus termos. Deve ainda declarar à câmara que todas ordens que deu em relação ao assnmpto foram de conformidade com as recommendações do governo, sento completamente infundadas as aceusa- ções que lhe têm sido dirigidas na imprensa diária por alguns prejudi- eados tendo uma vez sido obri- gado a explicar à redacção da Gazeta àe Noticias', em publicação offlcial, o pro cedimento da câmara, para restabelecer a verdade dos factos, escoimandõ-se de censuras incabidas. Confessa que podia ter-se dado era começo alguma demora por parte do director do matadouro na execução da portaria do governo; mas, segundo ri» informado, fôra isso devido a falta de inscripção das classes interessadas, tendo lugo dado providencias para evitar quaesquer duvidas uo cumpri- mento da determinação do governo, eumprindo-lhe agora assegurar a ca- mara que a portaria esta sendo fiel e rigorosamente observada n'aquelle esta belecimento. Deve estas explicações aos seus col- legas, sem que lhe houvessem feito SPORT CLUB ATHLETICO FLUMINENSE No dia 17 realizam-se grandes corri- das ii'este club, ás quaes não faltarão grande concurrencia e muita animação, como de costume. * IHPPODHOMO FLUMINENSE Realizam-se no domingo as corridas que foram transferidas do dia 6, por causa do máo tempo. Assim ficou resolvido na reunião con- vocada pela directoria. Publicamos em outra secção do Dio- rio de Noticias a circular do nosso ami go Sr. Dr. Ubaldino do Amaral, candi dato do partido republicano pelo districto. O cruzador Almirante Barroso, que seguio em viagem de instrucção com os aspirantes à guardas-marinha, chegou an|e-hontem á Ilha Grande e hontem a Angra dos Reis. O Sr. ministro da Agricultura man- teve o indeferimento que deu à petição do Sr. Antônio Victor de Assis Silveira, insistindo na proposta para construcção de uma estação marítima de vastas pro- porções nas proximidades da Gamboa para ligar á estrada de ferro D. Pe* dio II.ftt. Ante-hontem o conhecido negociante Sr João Botelho offereceu uma soirêe a seus amigos para festejar a formatura em medicina do seu primogênito o Sr. Dr. João Botelho Júnior. ei,.,**, depositado na 12" estação um iontradô eu? í-bandono na praia de Bo- ,aQuem for o í-orn? levante o dedo para o ar!. '' ,•> Ferreira Ale- FOYBR KNpectaculoN Hoje i Lueinda—Os Sinos de Corneville. ¦?...,,, Recreio—A Estatua de Carne. .'., o UILONTRA O distineto scenographo Cláudio Rossi nue deve c_.egar da Europa depois de amanhã, aproveitará a sua estada aqui para dar as explicações necessárias, com o fim de serem contadas no theatro Lueinda as bellissimas .stfsna* vindas da Itália para o Bilontra. Sabemos que uma das setMJas renre- senta o reino do jogo, allusiva a febre de loterias existente n'esta Corte, e outra é uma soberba apotheose à Vicio»; Hngo, isto é, o grande poeta na immorttliv-aae. No Bilontra foi aproveitado o mara- ( vilhoso bailado das horas; da GioconM. «¦ Ha outros bailados interessantíssimo** o dos ariequins e o das loterias. Para esse fim contratou o Braga Ja-¦>•¦ nior algumas bailarinas que serão coaa*.1; juvadas pelas coristas.;r as praças tôm procedido de modo D„„.... descobrir o autor da brincadeira, nao seopressão alguma as gritas dos inte- poupando a esforços de toda a naturezaresrsadoS) porqUe conhece o »",n- para tal fim¦¦ " " " O paquete Rio Pardo, sahido ante- hontem do Rio Grande para o nosso porto, é esperado no dia li. CLUB GYMNASTICO PORTUGUEZ dedi- ter de voltar ao o cofre das graças, é uma quantia que1 phira muito além da que eu contava. « Para as exéquias de D. Fernando vão-se gastar muitos contos, mas emfim, ello era o rei-artisU, e que artista! pelas ultimas noticias vemos nas suas disposições testamentarias a sua caça" por Portugal. « Tuilo o que sa fizer por elle será muito àquem d'aquillo a que elle tem direito, e eu era ató de opinião que, em vez dc exéquias, se fizesse l«>ço uma semana santa, com todos os jejuns, e o respectivo sermão de lagrimas. « O m;m tempo não deixou realizar-se a matinée annnnciada para o Recreio Dramático, fazendo-a transferir para domingo 17.. .. Entretanto, nao se perdeu todo o tempo...„„„„ « A' noite, reunidos em nossa casa alguns artistas, foi apresentada pelo Pe- reira da Costa a idéa de se furmar uma associação de beneficência, e encarte; logo a minha bisca, dando-lhe o nome de Noronha. « Parece que a coisa se realiza, ape- zar do protesto solemne de um dos nos- sos mais apreciados artistas, que teve a máxima franqueza de me dizer na bo checha, e com toda a convicção, que eu pretendia ser commendador, servindo- me do nome do fallecido maestro M « Ora, teve pilhas de graça similnante ratice. Effectua-s» amanhã, no theatro D. Pe- dro II, a distribuição de prêmios aos alumnos e alumnas do Lyceu de Artes e Ofilcios. O acto será honrado com a presença de Suas Magestádes Imperiaes. Consta que o Sr. ministro do Império autorizou o engenheiro Dr. Paula Frei- tas a orçar as despezas necessárias para melhorar as condições do Asylo dos Meninos Desvalidos, em Villa Isabel, afim do ser augmentado a 300 o numero de alumnos d'esse importante estabele- cimento. —•__¦•«-«••*¦»»—* Regressou de S. Paulo o Sr. Barão de Jaceguay. Podemos garantir que não é exacta a 'tooticia dada por alguns dos nossos col- l-jgas de ter de sahir este mez d'este porto o encouraçarlo Riachuelo. Segundo informações ofllciaes este vasc de guerra irá fazer exercícios práticos da divisão de encouraçados, depois de passar pelos reparos de que carece. TELEGRAMMAS Bahia, 7 Janeiro. O paquete francez Niger, das Méssa- geries Maritimes, sahio hontem (6) as 10 horas da noite para o Rio de Ja- neiro. Victoria, 7 Janeiro. Seguio hoje para o Rio de Janeiro com as escalas do costume o vapor nacional Araruama. Não foi aceito pelo ministério da Agri- cultura o recurso interposto pela com- panhia Engenho Central de Aracaty, contra o despacho que indeferm a re- clamacão sobre o frete excessivo pago na estrada de ferro D. Pedro II, pelo transporte de bi-sulphato de cal, desti- ¦ nado.ao processo de fabrico de assucar. valor ifêssas reclamacõos suspeitas e sempre injustas contra os actos mais bem inten- cionados dos depositários da autoridade P O Sr.Dr. H. de Carvalho sustenta a portaria do governo e as providencias adoptadas pela directoria do matadouro em cumprimento às ordens do Dr.vice- presidente da câmara Aproveita o ensejo para com a fran- queza do seu costume censurar um acto do honrado Dr. vice-presidente, qne lhe parece exorbitante de sua autoridade, e do qual não teve a câmara ainda conhe- mento offlcial. Allude á remoção uitima dos fiscaes do Sacramento e de Santo Antônio. Entende que se um fiscal nao serve era uma freguezia não deve servir em outra. Deixa, pois, consignado o seu protesto contra esse excesso de autori- dade praticado pelo seu illustre eollega. O Sr. Dr. Possollo não pôde dei- xar de contestar algumas das propo- sições emittidas pelo Sr. presidonte em relação a negócios do matadouro. Disse S. Ex. que mandara cumprir ipsU verbis a portaria do governo, sobre a matança de gado, por entender cum- prir assim o seu dever. Ora, ja em publicação offlcial, no expediente da lilma. câmara, publicado no Jornal do Commercio de 3 de Agosto, afflrma-se que a Illma. câmara mandou cumprir wsis verbis a portaria do Sr. ministro do Império, e d'este seu acto nao podem nascer reclamações contra ella. D aqui se que essa publicação offlcial, feita em nome da municipalidade, partio ex- clusivamente do Sr. presidente, e contra este facto reclama o orador, por entender que ó um arbítrio e grande irregulan- dada, visto pretender a presidência, sem consultar seus collegas, representara opinião da corporação em assumpto tio controvertido, e no qual claramente lêmse manifestado muitos vereadores, pugnando pela liberdade de matança do gado. Continua amanhã O Sr. ministro do Império enviou a Câmara Municipal, para informar, o requerimento em que Francisco Carlos Barroso recorre para o governo do acto pelo qual foi demittido de fiscal da fre- Muezia de S. Christovão. Ante hontem com grande concurren cia de famílias realizou-se o sarào dra- matico e dansante com que a Real So- ciedade Club Gymnastico Portuguez fes- tejou uma data memorável na sua ja não pequena e brilhante historia. Apezar da chuva impertinente que cahia, o vasto salão do Real Club en- cheu-se de damas e cavalheiros, que, zombando do máo tempo, foram teste- munhar o alto gráo de apreço que goza a benemérita sociedade, que não pre- cisa de annunciar interessantes pro- grammas para que as suas festas sejam bem concorridas. A's 9 horas, tendo a excellente banda dos sócios executado com gosto um trecho da melodiosa opera do mai inglez Flotow a sempre nova Marina; subio o panno do elegante scenario e foi representada perfeitamente a chis- tosa comedia em 1 acto Os dois surdos, em que os inolvidaveis artistas Valle e Silva Pereira tanto partido tiraram. O desempenho por parte dos intelh* gentes sócios os Srs. Figueiredo Car- doso (presidente), Frederico Costa, Ma- chado Carvalho, Pinto d'Almeida e Senorita Coulomb nada deixou a dese- jar, devendo-se notar que o ultimo fez um verdadeiro tour de force na inter- pretação do ridículo surdo Damaso, pois tomou o papel na véspera de tarde. Não faltaram ruidosas gargalhadas e francos applausos. A's 10 1/4 começaram as dansas, que deviam por deliberação antecipada ter- minar às 2 horas, mas que a chuva, e mais que ella o enthusiasmo appellou da decisão da directoria, que a bem ge- ral reformou a sentença, permittindo mais algumas horas de satisfação aos seus sócios e convidados. Foi, pela amável diroctoria, offere- cida uma lauta ceia aos representantes da imprensa, que foram muito obse quiados pelos dignos directores, tro- cando-se n'esta oceasião enthusiasticos brindes. Foi esta festa uma prova do querer é poder; pois que assim se verifica no facto de,em noite chuvosa e calida, realizar-se um saráo tão animado que, sem duvida, será de longa duração na memória de todos pelas gratas emoções que gozaram e pelas attenciosas finezas que 'recebo- ram da actual distineta directoria da Real Sociedade Club Gymnastico Por- tuguez. O menor José de Som».. xandre, ao passar ante-hontem pe a rua do Visconde do Rioi Branco, foi UWP» nadaroente aggredido e Wdo*W**£ desconhecido, que deu-lhe uma cacetada na cabeça, prostrando-o por terra sem Seo'dferido recebeu os primeiros soe- corros ha pharmacia Foglia. 0 aggressor evadio-se. ¦ Foi preso, ante-hontem, pela subde- legacia da Gloria, o pardo Felippe An- tonio da Costa, por haver emendado o numero de um bilhete da loteria das Alagoas, pretendendo com elle receber o premiô Se IrCOOlOQO. O preto não queria o branco. EXPOSIÇÃO ESCOLAR No dia S reuniram-se a directoria e o conselho superior administrativo da As- sòciaçao Mantenedora do Museu Escolar Nacional, sob a presidência de Sua Al- teza o Sr. Conde d'Eu. Sua Alteza expoz os motivos por que convocara aquella sessão eque íoram tratar da conveniência ou nao do adia-» aestro mento da exposição de objectos esco- lares que estava marcada para o dia a, narecendo-lhe que o adiamento traraa vantagem de concorrerem a exposição vários estabelecimentos de instrucção nue. secundo informações que teve, de- sejam exbibir os seus trabalhos e que o não fizeram pela estreiteza do tempo. A proposta foi approvada, depois de algumas observações, em sentido con- trario, produzidas pelos Srs. conselheiro Correia e Dr. Menezes Vieira, e em sen- tido favorável pelo Sr. conselheiro Fran- klin Doria.'.'„.. Ficou, portanto, adiada para o aia 21 a inauguração da exposição, a qual conservará aberta até fins de be- Os irechos mais notáveis da mnsieftn da Gioconda,». opera favorita do puolt- _?,. co, na ultima temporada lynça, com- . Sanhia Ferrari, foram escolhidos para.o>< |i.<"i--'**»_,_._..._/'' De outros partituras novas e velhas, das mais importantes, foi tirada p resto ? da musica, triém dos números origmaes, ¦ composição dV» distineto maeslroUrdin, ¦¦• que fazem honra áo seu talento. Ha alguns tang"í»s e lundus que certa- mente se tornarão í,«go populares, eqoe hão de ser sempre bjáídus.. 0 lundu do Recreia di Cidade Nova, cantado pelo próprio actor Felippe, wa H esteve dirigindo aquelle theatro, ô;òe uma grande originalidade. .. . . . Emfim àrnòva Revüsta do nosso col- , lega Arthur Azevedo e Moreira Sam- pijio, deve fazer um suecesso eslraor- diaürio. Offerfcemos aos nossos leitores as^o-. nlas da humana, na revista Íiulher-Ho- mem, posus em musica pelo Sr. Hen- riquê de Mfcgamãcs. Eu sou bonita Novtt o catita jjeve fl mimosa; Faço Vercetos, Faço sonetos E boa p.rosa.- j > Regressa amanhã de Macahé o Sr. Dr. Gusmão, 3o delegado. se vereiro.. _ Foi nomeada uma commissão çom- posta de cinco senhoras e de igual nu* mero de cavalheiros para proceder ao arrolamentn dos objectos que ja se acham no Museu, o dos que forem en- vhdos até o dia 19, apresentando, até a primeira sessão que a directoria realizar em Março, nm parecer circumstanciado a respeito da exposição em geral com indicação dos expositores dignos de louvor. Durante 22 dias dn mez próximo findo, foi a Bibliotheca Municipal frequen- tada por 572 leitores, qne consultaram 682 obras, sobre theologia 13, junspru- dencia 38. sciencias e artes 247, bellas lettras 223, historia, geographia, via- gens, etc. 56, jornaes. revistas, mappas, encyclopedias, etc. 105. Nas línguas: portugueza 416, fran- ccza 239, iuliana 2, heípanhola 6, latina 5, ingleza 11, allemã 2 e grega 1. _¦¦¦•»***—— Assumio hontem o cargo de subdele- gado do 2o districto de Santa Rita o Sr. Antônio José Marques. Tenho pilhérias, _. Pois cousas serias Não digo aos tolos, Mas se é precitV), P'ra dar juizo, Tambem dou bolos.' Mesmo brincando Vou castigando, Vou corrigindo, Mas. sem ar grave, Sempre suave, Sempre sorrindo. Chmnicas leves, Noticias breves, Sempre offereço; Tem m.eus poetas Rimas seletas Que não tem preço. Contos bonitos, Muito bons di çtos, Tornam-me ut.ina; Lilteratura Moderna e pura-— Eis A Semana. Os Sinos de Corneville i\epicam hoje festivamente no Lueinda, para feste- jarem o segundo reapparecimento do actor Gama, no papel de Gaspar. Anjanhã, no Recreio, não haverá logar para um alfinete sequer! E não 6 "ara menos: represen.U-se o Conde de Monte Christo. Imaginorai... .Vll-i_i_f^-_—— Concederam-se seis mezes de licença Dr. Pedro Américo de Figueiredo e Mello, lente Academia das Bellas Artes. tf| Dirijase à direetori.: da estrada de ferro D. Pedro II, foi o o^spacho dado pelo Sr. ministro da Agricui,'"™ *".Pe- tição em qu« a companhia vTie Minas Central Railway of Brazil, Lim.'tedpede a reforma de passes. d'aquella ^straaa. FOLHETIM «3 ALEXANDRE DUMAS O CONDE IIB lONTE-CHRISTO SEGUNDO VOLUME PRIMEIRA PARTE xxm A explosão não tardou; o rochedo de cima foi levantado,-por um momento, pela incalculável força, e o de baixo voou em pedaços. Pela pequena abertura que Edmundo lizera, a principio sahiram nuvens de insectos; o uma enorme cobra, guarda d'esse mjisterioso thesouro, desappa- receu colleando. Dantes chegou se. O rochedo de cima, sem apoio, in- clinava-se para o abismo. O intrépido aventureiro percorreu-o em torno, escolheu o logar mais vacil- lante, encostou a alavanca a uma das pontas, e, novo Sysipho, carregou com toda a sua força contra o rochedo. Dir-se-hia ura d'esses Titans que arrancavam montanhas para fazerem guerra ao rei dos deuses. Emlim, o rochedo cedeu, rolou, saltou, precepitou-se, desappareceu pelo mar a dentro, deixando descoberto um vão em fôrma de circulo e mostrando um annel de ferro chumbado no meio de uma lage de, fôrma quadrada. Dantes deu um grito de sorpreza e j de alegria. Nunca por mais magnífico resultado havia sido coroada uma primeira tenta- tiva. Quiz continuar; mas lhe tremiam tanto as pernas, com tal força lhe batia o coração, tão abrazadora nuvem se lhe estendia pelos olhos, que foi obrigado a parar. Esse momento de hesitação teve a duração de um relâmpago. Edmundo enfiou a sua alavanca no annel, levantou a lage, que lhe descobrio eutão o rápido passo d'uma espécie de escada que se hia afundando por uma gruta mais e mais escura. Qualquer outro tor-se-hia precipitado, teria soltado exclamações de júbilo; Danlés, porém, empallideceu, duvidou. —Eia,disse,sejamos homem...Acos- tumadoáadversidade.nãn uns deixemos abater por uma illusão, porque, n'esse caso, ser-me-hia inprolicuo tudo quanto soffri. O coração despedáça-se quando, depois de se haver dilatado mais do que deve pelo calido bafejo da esperançarem de entrar e de conter-se na fria realidade Faria teve um sonho; o cardeal Spa- da não oceultou cousa alguma n'osta gruta; talvez nunca aqui viesse, ou talvez César Borgia, o intrépido aven- tureiro, o incansável e terrível ladrão, aqui viesse, descobrisse os vestígios do cardeal, seguisse o mesmo trilho que eu, levantasse, como eu, esssa lage, e, tendo descido antes de mim, nada me tivesse deixado. Ficou um momento immovel, pensa- tivo, com os olhos fictos n'essa caligi- nosa abertura, e continuou : Sim, sim; è essa uma aventura digna de ter logar na vida, chàos de sombra e de luz desse regio salteador. Nesse tecido de singulares acontecimen- tos, qué compõem a multicor exis- tencia d'esse homem, esta fabulosa oceurrencia devia invencivelmente li- gar-se às mais. Sim, Borgia aqui veio uma noite, com uma tocha na mão e na outra a espada, emquanto a vinte passos delle, ao d'este rochedo, s-.ni duvida, mudos, ameaçadores, fica- vam dous esbirros, interrogando a terra o céo e o mar, emquanto seu amo en- trava, como vou eu fazer, sacudindo as trevas com o seu braço temível e chammejante. Sim ; mas de esbirros a quem assim houvesse confiado esse segredo, o que teria feito César? perguntou Dantes a si mesmo. Oh 1 respondeu, o que se fez aos coveiros de Attila, a quem enterraram junto aquelle que haviam sepultado... E agora, que não conto com cousa alguma, agora, que combati com insensatez qualquer esperança, a conti- nuação d'esta aventura é para mim objecto de curiosidade e mais nada. E ficou ainda immovel e meditando. Entretanto se elle aqui tivesse vindo, proseguio Dantes ; se houvesse achado o thesouro, Borgia, o homem que comparava a Itália a uma alcacho- fra, e que a comia folha por folha; Borgia, que tanto apreciava o valor do tempo, não o havia de perder para as- sentar outra vez esse rochedo sobre a sua base... Desçamos. Então desceu com o sorriso da du- vida nos lábios e murmurando essa conclusão final da seiencia humana : a Talvez! Mas, em vez das trevas que esperava achar, era vez d'essa atmosphera opaca e viciada, Edmundo via uma suave cia- ridade azulada; o ar e a luz filtravam não pela abertura que elle desço- brira, mas tambem pelos intervallos dos rochedos, invisíveis de fóra.atravez dos quaes se via o azul do céo e as folhas tremulas dos arbustos e os sarmentos espinhosos das silvas. Depois de alguns segundos dc pausa n'essa gruta, cuja atmosphera, mais te- pida que humida, mais balsamica que abafada, era para a temperatura da da ilha o que a límpida luz era para o sol; o olhar de Dantes, tanto tempo habituado ás trevas, pôde sondar os recantos mais fundos da caverna—de granito, cujas facetas prismáticas scin- tillavam como brilhantes. Ab! exclamou Edmundo;.eis ahi, sem duvida, todos os thesouros que o cardeal deixeu; e o bom Faria, vendo em sonhos esses muros esplendidos, com elle foi alimentaudo suas chimeri- cas esperanças. Recordou-se, porém, dos termos do testamento, que sabia de cór. « No canto mais affastado da segunda abertura», dizia esse testamento. Ora, Dantes tinha entrado na primeira gruta; cumpria procurar a segunda. Orientou-se. Essa segunda gruta devia natural- mente entranhar-se pelo interior da ilha. Examinou as camadas de pedra e foi bater em uma que lhe pareceu de- ver ser essa abertura encoberta sam du- vida por maior precaução. A enxada soou por alguns minutos, tirando da rocha um som abafado, cuja compacidade lhe fazia borbulhar o suor na testa. Afinal, pareceu ao perseverante ex- plorador que uma parte da parede de granito respondia com um echo mais surdo e mais profundo ás pancadas que reecbia. Chegou á muralha, o seu olhar enfe- brecido, e, com a sagacidade de antigo preso, reconheceu o que ninguém mais talvez houvesse reconhecido; devia ha- ver ali uma abertura. Entretanto, para não ter trabalho in- útil, Dantes, que, como César Borgia, sabia o valor do tempo, sondou com a enxada as outras paredes, bateu no chão com a coronha fia espinganda, cavou a areia nos logares suspeitos, e nada , teiado achado, nem reconhecido, voltou ao logar que dava esse som promettedor e bateu de novo e com mais força. Vio então uma cousa singular; ás pancadas da enxada uma espécie de estuque, como o que se applica ás pa- redes que se tem de pintar a fresco, fendia-se e cahia em pedaços como es- camas, descobrindo uma pedra branqui- centa e molle como a nossa cantaria ordinária. A abertura do rochedo tinha sido fechada com pedras de outra qualidade, depois rebocadas; sobre o reboque imi- tada a côr e as crystallisações do gra- nito. Dantes bateu então com a unha da enxada, que se cravou mais de uma pollegada n'essa parede-porta. Era por ahi que devia continuar. Singular mysterio da organisação hu* mana I Quanto mais se accumulavam as provas de que Faria não se havia enga- nado; quantas mais esperanças devia, pois, ter Dantes; tanto mais lhe desfal- lecia o coração e mais cedia à duvida, quasi ao desanimo. Essa nova experiência, que devia dar- lhe nova força, tirou-lhe a que tinha; a enxada desceu, quasi que cahindo de sua mão. Largou-a no chão, enxugou o rosto, subio para ver o sol, dando a si mesmo por pretexto ir ver se alguém o espiava; mas, na realidade, carecia de ar, sentia-se esmorecer. A ilha estava deserta e o sol, no ze- nith, parecia cobril-a com o seu olhar de fogo; ao longe algumas barcas de pescaria desusavam L-obre um mar & saphira. Edmundo nada tinha comido; ynas comer gastaria muito tempo em vai oceasião: bebeu um gole de aguardente... e entrou na gruta com o coração reani* mado._; A enxada que lhe havia parecido tão pesada,tornouse-lhe leve; levantoú-a como se fosse uma penna, e poz mãos à obra. Após algumas pancadas reconheceu que as pedras não estavam ligadas com argamassa, mas apenas sobrepostas e cobertas do embosso de que falíamos; introduzio, pois, em uma das fendas p ferro da enxada, pezou sobre o cabo, e com júbilo vio rolar a pedra e cahir a seus pés. Bastava-lhe então puchar as outras pedras para si com o ferro da enxada; e cada pedra foi cahiniio como a pri- meira. Edmundo teria podido penetrar, logo que algumas cahiram; mas, demorando- se mais alguns instantes, gozava demo- rar a certeza e firmar-sò na esperança. Afinal, ao cabo de novas hesitações, passou da primeira gruta para a sé- gunda. Era esta mais baixa, mais obscura e de aspecto mais medonho do que á pri- meira; o ar que n'ella penetrava pela abertura que Dantes acabava de fazer- lhe, tinha esse cheiro mephitico, que elle se admirara de não encontrar na primeira. Teve, pois, de dar tempo ao ar exte- rior de ir vivifkar essa atmosphera se- pulohral; depois entrou. [Continua.) ** # .

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  • m

    1

    JTB'

    TYPOGRAPHIA

    118 EUA DO OUVIDOR 118

    CORTE

    Anno «gOOSemestre 60OUUTrimestoe . Jí»ihw

    AS ¦«¦Ignoiura-i podem terminar no Um dequ»ld, filha do Sr. José Augusto de

    Souza Athayde.Eos Illms. Srs.:

    Barão de Tinguà.Eugênio dos Santos Azevedo.Plínio, filho do Io tenente da armada

    João Ximenes de Gouvéa Cabral.*

    i Casou-se na capella da fazenda doSr. Francisco José de Bragança, emS. João do Paraíso, o Sr. Virissimo doBomsuccesso com a Exma.Sra. D. JoannaCarolina Barroso.

    101- —

    SUMMARIOBarra Mansa©•aradas •, —Concurso da pachorraO Conde de Monte-Ctiristo, fo-thetim •••'•

    Do Palanque, Eloy, o heroe...FoyerJuryMinas GeraesNotas suburbanasProvincia do RioA preferenciaRio Grande do SulSezione ItalianaSportTelegramraasO Valor das mulheres

    DE PALANQUE

    Pag.

    OS NOSSOS BOLETINSAfflxámos hontem á poria do nosso

    escriptorio os seguintes boletins:

    CÂMARA MUNICIPAL

    Reassumio hoje o cargo de presidenteda Illma. Câmara o Dr. João Pedro deMiranda.

    Não houve sessão, sondo convocadosos vereadores para reunirem-se no pro*.xirr.o sabbado.

    #Chegou hontem a Angra dos Reis o

    cruzador Almirante Barroso, com aturma de aspirantes à guardas-marinha.

    *Consà que o Sr. ministro do Império

    nomeou uma commissão, sob a presi-dencia do Sr. conselheiro Vieira da Silva,

    para organizar um projectó de reformade instrucção primaria e secundaria.

    Consta tambem que faz parte d'essacommissão o Sr. conselheiro RodolphoDantas.

    O Sr. Antônio Francisco Bandeira Ju-nior, acaba de publicar m pequenolivro intitulado Guia e formulário doeleitor e das mesas eleitoraes, que, alémdu ter o sal da opportunidade, reúne,tres cousas essenciaes em livros d esseassumpto: é claro, conciso e preciso.

    Agradecendo a offerta que nos fez deum exemplar, recommendamos sua lei-tura principnlmente aos que se interes-sam em eleições.

    ESTAMPILHASTARA UNS, TUDO, PARA OUTROS, NADA

    Recebemos hontem varias queixascontra o systema de preferencia queultimamente se tem estabelecido noThesouro Nacional para a venda deestampilhas. _

    Assim é qu« no dia 4 nao houvequem conseguisse ser servido, no dia 5vários commerciantes ficaram sem es-tampillias, ao passo que uma casa com-mercial foi servida e na importâncianão pequena de lOOOOüOOO; hontemuns compraram e outros nào, e assimcontinuará provavelmente, se nao nou-ver um paradeiro para o caso.

    Em principio e fim de anno, em queé grande o movimento das transacçõescommerciaps, comprehende-se o quantonão é prejudicial aos interessados emesmo ao publico semelhante praiicaem relação â venda de sello, e n umarepartição que, por sua natureza, naopôde sacrificar uns para servir outros,

    Desejamos não •- *" "m,,nF a Ferreira Ale-

    FOYBRKNpectaculoN Hoje iLueinda—Os Sinos de Corneville.

    ¦?...,,,

    Recreio—A Estatua de Carne. .'.,

    o UILONTRA

    O distineto scenographo Cláudio Rossinue deve c_.egar da Europa depois deamanhã, aproveitará a sua estada aquipara dar as explicações necessárias,com o fim de serem contadas no theatroLueinda as bellissimas .stfsna* vindas daItália para o Bilontra.

    Sabemos que uma das setMJas renre-senta o reino do jogo, allusiva a febrede loterias existente n'esta Corte, e outraé uma soberba apotheose à Vicio»; Hngo,isto é, o grande poeta na immorttliv-aae.

    No Bilontra foi aproveitado o mara- (vilhoso bailado das horas; da GioconM. «¦

    Ha outros bailados interessantíssimo**o dos ariequins e o das loterias.

    Para esse fim contratou o Braga Ja-¦>•¦nior algumas bailarinas que serão coaa*.1;juvadas pelas coristas. • ;r

    as praças tôm procedido de modo „„... .descobrir o autor da brincadeira, nao se opressão alguma as gritas dos inte-poupando a esforços de toda a natureza resrsadoS) porqUe já conhece o

    »",n-

    para tal fim ¦¦ " " "

    O paquete Rio Pardo, sahido ante-hontem do Rio Grande para o nossoporto, é esperado no dia li.

    CLUB GYMNASTICO PORTUGUEZ

    dedi-

    ter de voltar ao

    o cofre das graças, é uma quantia que1phira muito além da que eu contava.

    « Para as exéquias de D. Fernandovão-se gastar muitos contos, mas emfim,ello era o rei-artisU, e que artista! —

    pelas ultimas noticias vemos nas suasdisposições testamentarias a suacaça" por Portugal.

    « Tuilo o que sa fizer por elle serámuito àquem d'aquillo a que elle temdireito, e eu era ató de opinião que, emvez dc exéquias, se fizesse l«>ço umasemana santa, com todos os jejuns, eo respectivo sermão de lagrimas.

    « O m;m tempo não deixou realizar-sea matinée annnnciada para o RecreioDramático, fazendo-a transferir paradomingo 17. .

    .. Entretanto, nao se perdeu todo otempo. .. „„„„

    « A' noite, reunidos em nossa casaalguns artistas, foi apresentada pelo Pe-reira da Costa a idéa de se furmar umaassociação de beneficência, e encarte;logo a minha bisca, dando-lhe o nomede Sá Noronha.

    « Parece que a coisa se realiza, ape-zar do protesto solemne de um dos nos-sos mais apreciados artistas, que teve amáxima franqueza de me dizer na bochecha, e com toda a convicção, que eupretendia ser commendador, servindo-me do nome do fallecido maestro M

    « Ora, teve pilhas de graça similnanteratice.

    Effectua-s» amanhã, no theatro D. Pe-dro II, a distribuição de prêmios aosalumnos e alumnas do Lyceu de Artese Ofilcios.

    O acto será honrado com a presençade Suas Magestádes Imperiaes.

    Consta que o Sr. ministro do Impérioautorizou o engenheiro Dr. Paula Frei-tas a orçar as despezas necessárias paramelhorar as condições do Asylo dosMeninos Desvalidos, em Villa Isabel,afim do ser augmentado a 300 o numerode alumnos d'esse importante estabele-cimento. —•__¦•«-«••*¦»»—*

    Regressou de S. Paulo o Sr. Barão deJaceguay.

    Podemos garantir que não é exacta a'tooticia dada por alguns dos nossos col-

    l-jgas de ter de sahir este mez d'este

    porto o encouraçarlo Riachuelo.Segundo informações ofllciaes este

    vasc de guerra só irá fazer exercícios

    práticos da divisão de encouraçados,depois de passar pelos reparos de quecarece.

    TELEGRAMMASBahia, 7 Janeiro.

    O paquete francez Niger, das Méssa-geries Maritimes, sahio hontem (6) as10 horas da noite para o Rio de Ja-neiro.

    Victoria, 7 Janeiro.Seguio hoje para o Rio de Janeiro com

    as escalas do costume o vapor nacionalAraruama.

    Não foi aceito pelo ministério da Agri-cultura o recurso interposto pela com-panhia Engenho Central de Aracaty,contra o despacho que indeferm a re-clamacão sobre o frete excessivo pagona estrada de ferro D. Pedro II, pelotransporte de bi-sulphato de cal, desti-

    ¦ nado.ao processo de fabrico de assucar.

    valorifêssas reclamacõos suspeitas e sempreinjustas contra os actos mais bem inten-cionados dos depositários da autoridadeP

    O Sr.Dr. H. de Carvalho sustenta aportaria do governo e as providenciasadoptadas pela directoria do matadouroem cumprimento às ordens do Dr.vice-presidente da câmara

    Aproveita o ensejo para com a fran-queza do seu costume censurar um actodo honrado Dr. vice-presidente, qne lheparece exorbitante de sua autoridade, edo qual não teve a câmara ainda conhe-mento offlcial. Allude á remoção uitimados fiscaes do Sacramento e de SantoAntônio. Entende que se um fiscal naoserve era uma freguezia não deve servirem outra. Deixa, pois, consignado o seuprotesto contra esse excesso de autori-dade praticado pelo seu illustre eollega.

    O Sr. Dr. Possollo não pôde dei-xar de contestar algumas das propo-sições emittidas pelo Sr. presidonte emrelação a negócios do matadouro.

    Disse S. Ex. que mandara cumpriripsU verbis a portaria do governo, sobrea matança de gado, por entender cum-prir assim o seu dever. Ora, ja empublicação offlcial, no expediente dalilma. câmara, publicado no Jornal doCommercio de 3 de Agosto, afflrma-seque a Illma. câmara mandou cumprirwsis verbis a portaria do Sr. ministro doImpério, e d'este seu acto nao podemnascer reclamações contra ella. D aquivé se que essa publicação offlcial, feitaem nome da municipalidade, partio ex-clusivamente do Sr. presidente, e contraeste facto reclama o orador, por entenderque ó um arbítrio e grande irregulan-dada, visto pretender a presidência, semconsultar seus collegas, representaraopinião da corporação em assumpto tiocontrovertido, e no qual claramentelêmse manifestado muitos vereadores,pugnando pela liberdade de matança dogado.

    Continua amanhã

    O Sr. ministro do Império enviou aCâmara Municipal, para informar, orequerimento em que Francisco CarlosBarroso recorre para o governo do acto

    pelo qual foi demittido de fiscal da fre-Muezia de S. Christovão.

    Ante hontem com grande concurrencia de famílias realizou-se o sarào dra-matico e dansante com que a Real So-ciedade Club Gymnastico Portuguez fes-tejou uma data memorável na sua janão pequena e brilhante historia.

    Apezar da chuva impertinente quecahia, o vasto salão do Real Club en-cheu-se de damas e cavalheiros, que,zombando do máo tempo, foram teste-munhar o alto gráo de apreço que gozaa benemérita sociedade, que não pre-cisa de annunciar interessantes pro-grammas para que as suas festas sejambem concorridas.

    A's 9 horas, tendo a excellente bandados sócios executado com gosto umtrecho da melodiosa opera do maiinglez Flotow a sempre nova Marina;subio o panno do elegante scenario efoi representada perfeitamente a chis-tosa comedia em 1 acto Os dois surdos,em que os inolvidaveis artistas Valle eSilva Pereira tanto partido tiraram.

    O desempenho por parte dos intelh*gentes sócios os Srs. Figueiredo Car-doso (presidente), Frederico Costa, Ma-chado Carvalho, Pinto d'Almeida eSenorita Coulomb nada deixou a dese-jar, devendo-se notar que o ultimo fezum verdadeiro tour de force na inter-pretação do ridículo surdo Damaso, poistomou o papel na véspera de tarde.

    Não faltaram ruidosas gargalhadas efrancos applausos.

    A's 10 1/4 começaram as dansas, quedeviam por deliberação antecipada ter-minar às 2 horas, mas que a chuva, emais que ella o enthusiasmo appellouda decisão da directoria, que a bem ge-ral reformou a sentença, permittindomais algumas horas de satisfação aosseus sócios e convidados.

    Foi, pela amável diroctoria, offere-cida uma lauta ceia aos representantesda imprensa, que foram muito obsequiados pelos dignos directores, tro-cando-se n'esta oceasião enthusiasticosbrindes.

    Foi esta festa uma prova do querer époder; pois que assim se verifica no factode,em noite chuvosa e calida, realizar-seum saráo tão animado que, sem duvida,será de longa duração na memória detodos pelas gratas emoções que gozarame pelas attenciosas finezas que

    'recebo-ram da actual distineta directoria daReal Sociedade Club Gymnastico Por-tuguez.

    O menor José de Som». .xandre, ao passar ante-hontem pe

    a ruado Visconde do Rioi Branco, foi UWP»nadaroente aggredido e Wdo*W**£desconhecido, que deu-lhe uma cacetadana cabeça, prostrando-o por terra semSeo'dferido

    recebeu os primeiros soe-corros ha pharmacia Foglia.

    0 aggressor evadio-se.¦

    Foi preso, ante-hontem, pela subde-legacia da Gloria, o pardo Felippe An-tonio da Costa, por haver emendado onumero de um bilhete da loteria dasAlagoas, pretendendo com elle recebero premiô Se IrCOOlOQO.

    O preto não queria o branco.

    EXPOSIÇÃO ESCOLAR

    No dia S reuniram-se a directoria e oconselho superior administrativo da As-sòciaçao Mantenedora do Museu EscolarNacional, sob a presidência de Sua Al-teza o Sr. Conde d'Eu.

    Sua Alteza expoz os motivos por queconvocara aquella sessão eque íoram

    tratar da conveniência ou nao do adia-»aestro mento da exposição de objectos esco-

    lares que estava marcada para o dia a,narecendo-lhe que o adiamento traraavantagem de concorrerem a exposiçãovários estabelecimentos de instrucçãonue. secundo informações que teve, de-sejam exbibir os seus trabalhos e que onão fizeram pela estreiteza do tempo.

    A proposta foi approvada, depois dealgumas observações, em sentido con-trario, produzidas pelos Srs. conselheiroCorreia e Dr. Menezes Vieira, e em sen-tido favorável pelo Sr. conselheiro Fran-klin Doria. '.'„ ..

    Ficou, portanto, adiada para o aia21 a inauguração da exposição, a qual

    conservará aberta até fins de be-

    Os irechos mais notáveis da mnsieftnda Gioconda,». opera favorita do puolt- _?,.co, na ultima temporada lynça, d» com- .

    Sanhia Ferrari, foram escolhidos para.o><

    |i.

    Regressa amanhã de Macahé o Sr.Dr. Gusmão, 3o delegado.

    severeiro. . _

    Foi nomeada uma commissão çom-posta de cinco senhoras e de igual nu*mero de cavalheiros para proceder aoarrolamentn dos objectos que ja seacham no Museu, o dos que forem en-vhdos até o dia 19, apresentando, até aprimeira sessão que a directoria realizarem Março, nm parecer circumstanciadoa respeito da exposição em geral comindicação dos expositores dignos delouvor.

    Durante 22 dias dn mez próximo findo,foi a Bibliotheca Municipal frequen-tada por 572 leitores, qne consultaram682 obras, sobre theologia 13, junspru-dencia 38. sciencias e artes 247, bellaslettras 223, historia, geographia, via-gens, etc. 56, jornaes. revistas, mappas,encyclopedias, etc. 105.

    Nas línguas: portugueza 416, fran-ccza 239, iuliana 2, heípanhola 6, latina5, ingleza 11, allemã 2 e grega 1.

    _¦¦¦•»***——

    Assumio hontem o cargo de subdele-gado do 2o districto de Santa Rita oSr. Antônio José Marques.

    Tenho pilhérias, _.Pois cousas seriasNão digo aos tolos,Mas se é precitV),P'ra dar juizo,Tambem dou bolos.'

    Mesmo brincandoVou castigando,Vou corrigindo,Mas. sem ar grave,Sempre suave,Sempre sorrindo.

    Chmnicas leves,Noticias breves,Sempre offereço;Tem m.eus poetasRimas seletasQue não tem preço.

    Contos bonitos,Muito bons di çtos,Tornam-me ut.ina;LilteraturaModerna e pura-—Eis A Semana.

    Os Sinos de Corneville i\epicam hojefestivamente no Lueinda, para feste-jarem o segundo reapparecimento doactor Gama, no papel de Gaspar.

    Anjanhã, no Recreio, não haverálogar para um alfinete sequer!

    E não 6 "ara menos: represen.U-seo Conde de Monte Christo.

    Imaginorai....V ll-i_i_f^-_——

    Concederam-se seis mezes de licençaDr. Pedro Américo de Figueiredo eMello, lente dá Academia das BellasArtes. tf|

    Dirijase à direetori.: da estrada deferro D. Pedro II, foi o o^spacho dadopelo Sr. ministro da Agricui,'"™ *".Pe-tição em qu« a companhia vTie MinasCentral Railway of Brazil, Lim.'tedpedea reforma de passes. d'aquella ^straaa.

    FOLHETIM «3

    ALEXANDRE DUMAS

    O CONDEIIB

    lONTE-CHRISTO

    SEGUNDO VOLUME

    PRIMEIRA PARTExxm

    A explosão não tardou; o rochedo decima foi levantado,-por um momento,

    pela incalculável força, e o de baixovoou em pedaços.

    Pela pequena abertura que Edmundolizera, a principio sahiram nuvens deinsectos; o uma enorme cobra, guardad'esse mjisterioso thesouro, desappa-receu colleando.

    Dantes chegou se.O rochedo de cima, já sem apoio, in-

    clinava-se para o abismo.O intrépido aventureiro percorreu-o

    em torno, escolheu o logar mais vacil-lante, encostou a alavanca a uma das

    pontas, e, novo Sysipho, carregou comtoda a sua força contra o rochedo.

    Dir-se-hia ura d'esses Titans quearrancavam montanhas para fazerem

    guerra ao rei dos deuses.Emlim, o rochedo cedeu, rolou, saltou,

    precepitou-se, desappareceu pelo mar a

    dentro, deixando descoberto um vão emfôrma de circulo e mostrando um annelde ferro chumbado no meio de umalage de, fôrma quadrada.

    Dantes deu um grito de sorpreza e jde alegria.

    Nunca por mais magnífico resultadohavia sido coroada uma primeira tenta-tiva.

    Quiz continuar; mas lhe tremiamtanto as pernas, com tal força lhe batiao coração, tão abrazadora nuvem se lheestendia pelos olhos, que foi obrigado a

    parar.Esse momento de hesitação teve a

    duração de um relâmpago.Edmundo enfiou a sua alavanca no

    annel, levantou a lage, que lhe descobrioeutão o rápido passo d'uma espécie de

    escada que se hia afundando por uma

    gruta mais e mais escura.

    Qualquer outro tor-se-hia precipitado,teria soltado exclamações de júbilo;Danlés, porém, empallideceu, duvidou.

    —Eia,disse,sejamos homem...Acos-tumadoáadversidade.nãn uns deixemosabater por uma illusão, porque, n'essecaso, ser-me-hia inprolicuo tudo quantosoffri. O coração despedáça-se quando,depois de se haver dilatado mais do que

    deve pelo calido bafejo da esperançaremde entrar e de conter-se na fria realidadeFaria teve um sonho; o cardeal Spa-da não oceultou cousa alguma n'osta

    gruta; talvez nunca aqui viesse, outalvez César Borgia, o intrépido aven-tureiro, o incansável e terrível ladrão,aqui viesse, descobrisse os vestígios docardeal, seguisse o mesmo trilho queeu, levantasse, como eu, esssa lage, e,tendo descido antes de mim, nada metivesse deixado.

    Ficou um momento immovel, pensa-tivo, com os olhos fictos n'essa caligi-nosa abertura, e continuou :

    — Sim, sim; è essa uma aventuradigna de ter logar na vida, chàos desombra e de luz desse regio salteador.Nesse tecido de singulares acontecimen-tos, qué compõem a multicor exis-tencia d'esse homem, esta fabulosaoceurrencia devia invencivelmente li-

    gar-se às mais. Sim, Borgia aquiveio uma noite, com uma tocha namão e na outra a espada, emquanto avinte passos delle, ao pé d'este rochedo,s-.ni duvida, mudos, ameaçadores, fica-vam dous esbirros, interrogando a terrao céo e o mar, emquanto seu amo en-trava, como vou eu fazer, sacudindoas trevas com o seu braço temível echammejante.

    Sim ; mas de esbirros a quem assimhouvesse confiado esse segredo, o queteria feito César? perguntou Dantes a simesmo. Oh 1 respondeu, o que se fez aoscoveiros de Attila, a quem enterraramjunto aquelle que haviam sepultado...E agora, que jà não conto com cousa

    alguma, agora, que já combati cominsensatez qualquer esperança, a conti-nuação d'esta aventura é para mimobjecto de curiosidade e mais nada.

    E ficou ainda immovel e meditando.— Entretanto se elle aqui tivesse

    vindo, proseguio Dantes ; se houvesseachado o thesouro, Borgia, o homem

    que comparava a Itália a uma alcacho-fra, e que a comia folha por folha;Borgia, que tanto apreciava o valor dotempo, não o havia de perder para as-sentar outra vez esse rochedo sobre asua base... Desçamos.

    Então desceu com o sorriso da du-vida nos lábios e murmurando essaconclusão final da seiencia humana :a Talvez!

    Mas, em vez das trevas que esperavaachar, era vez d'essa atmosphera opacae viciada, Edmundo via uma suave cia-ridade azulada; o ar e a luz filtravamnão só pela abertura que elle desço-brira, mas tambem pelos intervallos dosrochedos, invisíveis de fóra.atravez dos

    quaes se via o azul do céo e as folhas

    tremulas dos arbustos e os sarmentosespinhosos das silvas.

    Depois de alguns segundos dc pausan'essa gruta, cuja atmosphera, mais te-

    pida que humida, mais balsamica queabafada, era para a temperatura dada ilha o que a límpida luz era parao sol; o olhar de Dantes, tanto tempohabituado ás trevas, pôde sondar osrecantos mais fundos da caverna—de

    granito, cujas facetas prismáticas scin-tillavam como brilhantes.

    — Ab! exclamou Edmundo;.eis ahi,

    sem duvida, todos os thesouros que ocardeal deixeu; e o bom Faria, vendoem sonhos esses muros esplendidos,com elle foi alimentaudo suas chimeri-cas esperanças.

    Recordou-se, porém, dos termos dotestamento, que sabia de cór.

    « No canto mais affastado da segundaabertura», dizia esse testamento. Ora,Dantes tinha entrado na primeira gruta;cumpria procurar a segunda.

    Orientou-se.Essa segunda gruta devia natural-

    mente entranhar-se pelo interior da ilha.Examinou as camadas de pedra e

    foi bater em uma que lhe pareceu de-ver ser essa abertura encoberta sam du-vida por maior precaução.

    A enxada soou por alguns minutos,tirando da rocha um som abafado, cujacompacidade lhe fazia borbulhar o suorna testa.

    Afinal, pareceu ao perseverante ex-plorador que uma parte da parede degranito respondia com um echo maissurdo e mais profundo ás pancadas quereecbia.

    Chegou á muralha, o seu olhar enfe-brecido, e, com a sagacidade de antigopreso, reconheceu o que ninguém maistalvez houvesse reconhecido; devia ha-ver ali uma abertura.

    Entretanto, para não ter trabalho in-útil, Dantes, que, como César Borgia,sabia o valor do tempo, sondou com aenxada as outras paredes, bateu no chãocom a coronha fia espinganda, cavou aareia nos logares suspeitos, e nada

    , teiado achado, nem reconhecido, voltou

    ao logar que dava esse som promettedore bateu de novo e com mais força.

    Vio então uma cousa singular; ás

    pancadas da enxada uma espécie deestuque, como o que se applica ás pa-redes que se tem de pintar a fresco,fendia-se e cahia em pedaços como es-camas, descobrindo uma pedra branqui-centa e molle como a nossa cantariaordinária.

    A abertura do rochedo tinha sidofechada com pedras de outra qualidade,depois rebocadas; sobre o reboque imi-tada a côr e as crystallisações do gra-nito.

    Dantes bateu então com a unha daenxada, que se cravou mais de umapollegada n'essa parede-porta.

    Era por ahi que devia continuar.Singular mysterio da organisação hu*

    mana I Quanto mais se accumulavam asprovas de que Faria não se havia enga-nado; quantas mais esperanças devia,pois, ter Dantes; tanto mais lhe desfal-lecia o coração e mais cedia à duvida,quasi ao desanimo.

    Essa nova experiência, que devia dar-lhe nova força, tirou-lhe a que tinha;a enxada desceu, quasi que cahindo desua mão. Largou-a no chão, enxugou orosto, subio para ver o sol, dando a simesmo por pretexto ir ver se alguém oespiava; mas, na realidade, carecia dear, sentia-se esmorecer.

    A ilha estava deserta e o sol, no ze-nith, parecia cobril-a com o seu olharde fogo; ao longe algumas barcas de

    pescaria desusavam L-obre um mar &saphira.

    Edmundo nada tinha comido; ynascomer gastaria muito tempo em vaioceasião: bebeu um gole de aguardente...e entrou na gruta com o coração reani*mado. _;

    A enxada que lhe havia parecido tãopesada,tornouse-lhe leve; levantoú-acomo se fosse uma penna, e poz mãosà obra.

    Após algumas pancadas reconheceuque as pedras não estavam ligadas comargamassa, mas apenas sobrepostas ecobertas do embosso de que falíamos;introduzio, pois, em uma das fendas pferro da enxada, pezou sobre o cabo, ecom júbilo vio rolar a pedra e cahir aseus pés.

    Bastava-lhe então puchar as outraspedras para si com o ferro da enxada;e cada pedra foi cahiniio como a pri-meira.

    Edmundo teria podido penetrar, logoque algumas cahiram; mas, demorando-se mais alguns instantes, gozava demo-rar a certeza e firmar-sò na esperança.

    Afinal, ao cabo de novas hesitações,passou da primeira gruta para a sé-gunda.

    Era esta mais baixa, mais obscura ede aspecto mais medonho do que á pri-meira; o ar que n'ella penetrava só pelaabertura que Dantes acabava de fazer-lhe, tinha esse cheiro mephitico, queelle se admirara de não encontrar naprimeira.

    Teve, pois, de dar tempo ao ar exte-rior de ir vivifkar essa atmosphera se-pulohral; depois entrou.

    [Continua.)

    **

    # .

  • EíESg T-*íj5___-

    DIÁRIO DE NOTICIAS. — Sexta-feira 8 de Janeiro de 1886

    SEZIONE ITALIANAMio caro tipografo,E questa volta è %nio caro sul 'serio

    visto che,gli;.. herzi ,non sono .ermess|almeno co). mio c mo tipo. -;.ajr0 \0 m\mettq dei miomar>gj0r se _0 _>ossibile,—e scnvo. rI lettori delia «Se_ione Italiana» ign o-3_£EP££$ •' cr-4Í sono corsi; nueI1°nlentemenoõ,t 'perdere assassinato illoro. SezionisUt, rSrcrirõ f Ei. mie rjBhe di ieri, i mieiscnerzi, mai .posero di si fatta guisa ilmio ?»«>•'

    #Os prêmios pertencem o das charadas

    á Exma. Sra. D. Adelina M.,o dos enigmasao Sr. K. Capava e o dos logogriphos aoSr. Passarinho.

    Sr. Albino Mendes.—Temos o seu pre-mio, sim, senhor, mas será bom mandaroutras charadas, pois a sua charada—Processo—perdeu a opportunidade.

    CONCURSO DE PACHORRARecebemos hontem respostas dos

    Srs. Honorio de Santarém, Calino Junioro Armando Roido.

    O primeiro sempre nos ha dizer ondeempregou a sna pachorra para des-cobrir tão pequeno numero de voca-bulos; o segundo, idem, c o terceiro...oh I apezar de roido vae armando bem I

    Não Se esqueçam de que está a findaro prazo.

    Os Srs. Joaquim Valladão e Nico doPrado deram provas de uma pachorra áprova; quanto ao Sr. barão de Cayapó...outro ofllcio I

    Caspite Sr. Zé-qué té I... Caspile !...Cá recebemos o monstro o não pode-

    mos deixar de louvar a sua incom-paravel pachorra.

    Quanto ao cornpadreseo de (pio falia nacarta que nos enviou, _ podemos reinet-tel-o ao encarregado das charadas...para informar.

    Giz-Gaz... Pois, meu caro senhor,quando voltar d-j Minas appareça... ecresça.

    Mlle. A... I' .tão certíssimas; podecontinuar, mas olhe. qüe o praso é fatal.

    Emilia Leite. — Sentimos bastante,porém V. Ex. nào quiz, com ceitoza nãoquiz, dar-se ao incommodo de procurarmais vocábulos do quo os que nos cn-viou.

    Ce n'etait pas Ia peine...

    Dia Bora Bi a 0°

    10 h. dan. 753,284 b. dam. 7íil,29

    7 10 h. da m. 7S3,347 -_dat. 752,64

    Com um extenso ferimento na cabeçaapresentou-se ante-hontem, às 11 damanhã, na 2a estação Manoel Corréa deMello queixando-se de que havia sidoaggredido e ferido por F. Carvalho, nointerior do botequim n. 46 da rna daConceição.

    A autoridade respectiva mandou Ia-vrar auto de infracção de postura mu-nicipal contra o dono da locanda.

    O Grupo dos Tucanos abre no dia16 os seus salões para um esplendidobaile.

    — ¦¦«)>¦

    PR0l__CIA DO RIOComputou trinta annos de existência

    r~° ikrcantil de Petropolis, que naj ..* do jornalismo tem sabido angariarcastas sympathias pelos relevantes ser-viços que tem prestado á causa da jus-tiça e do progresso.

    Nós o felicilamos.*

    Falleceu na freguezia de S. José doBarreto, em Campos, 0 vigário JoaquimCoitinho da Fonseca.

    De Campos foram exportados peloporto de S. João da Barra, no mez deNovembro, 8,272 saccos de assucar, 392taboas e 38 pranchões.

    *No logar denominado Grassahy, em

    S. João da Barra, ficou reduzida a cinzasacaéa de José da Silva Rangel, queficou entregue á mais completa miséria,com mulher e dois filhinhos.

    O delegado de policia dirigindo-seà Sociedade Beneficente dos Artistasque na oceasião do incêndio achava-sereunida em assembléa geral promoveuuma subscripção em favor das vi-ctimas.

    *Em S, João da Barra o delegado de

    policia dirigio a seguinte circular aosinspectores de quarteirão :

    •i Convindo extinguir o immoral eos-tume de apparecerera todas as pared?"e portas das ruas da cidade, ar .„-"

    O t___v_:_?oA temperatura em gráos centígrados

    foi a seguinte:Máximo Mikiho

    .. Via NoUcCorcúvado (Paineiras) 2.0 17,0Castello, Observatório 28,8 20,8

    as dos dias 6 e 7 do corrente, obser-vadas no Castello, foram as seguintes:

    T: unt: T.' va SSel.

    24,8 22,90 98,023,2 20,76 98,026,8 20,86 80,024,0 19,52 88,0

    Evaporação em 24 horas : sol 1,2Sombra 1,2, Chuva: dia 6 às 7 b. da n.5 .70, dia 7 às 7 h. da m. 17 .40.

    Ozone 1.Velocidade média do vento em 24

    horas 4 .9.Estado do céo:1) encoberto por nimbus, vento' SW.

    5m8.2) encoberto por nimbus, vento N\V.

    2 .8.3) 0,7 encoberto por cirrus, cirro eu-

    mulus e cumulo-nimbus, vento N\V. 2 .9.4) 0,9 encoberto por cirro-cumulus

    e cumulo-nimbus, vento SSW. 10m,4.

    Concederam-se dons mezes de licença

    Sara tratar de sua saúde, ao 2° cà-

    ete do 2o regimento de artilheria ácavallo Fernando Malafaia da Fonsecae Cunha. . ¦

    0 VALOR DAS MULHERESPREFACIO DO LIVRO

    As mulheres de « S;>or/Soria preciso escrever este

    Foram inspoecionados pela junta mi-litar dè saúde e julgados precisar dedous a tres mezes para seu tratamento:o tenente do 7° 'batalhão de infanteriaCyro Primo de Seixas e o 2° tenente do1° batalhão de artilheria a pé LindolphoLibanio Moreira Serra, e promptos paratodo o serviço do exercito os alferesAugusto Fernandes de Almeida Bran-dão e Manoel Vieira da Silva*

    nhectr do dia de anuo novo , com & data

    Concedeu-se licença aos bacharéisBrazilio Itiberé da Cunha e Adelino An-tonio de Luna Freire para aceitarem asn imeações; o primeiro de ofjQciai daR^al Orüem da Coroa de Itália, e o se-gundü de commendador da Real OrdemMilitar Portugueza de N. S. Jesus Chris-to, com que foram agraciados, e usaremdas respectivas insígnias.

    Josn Antônio do Amaral,dor, Roíario n. 86.

    sollicita-(•

    Mandou-se seguir, no dia 10 do cor-rente, para a Bahia, o pharmàceuticotenente do corpo de saúde do exercitoReginaldo Josó de Miranda.

    Concedeu-se licença para inscrever-seem um concurso para offlcial da secre-taria do Império, para preenchimentode uma vaga da mesma secretaria, aoalferes do 9» batalhão de infanteriaJoão Paulo Junqueira Nabuco de Araújo,devendo, porém, pedir demissão do ser-viço do exercito, no caso de ser no-meado,

    Concedeu-se um mez de licença, emprorogaçao da com que se acha noPiauhy, ao alferes do 11° batalhão deinfanteria João de Deus Moreira Car-valho.

    Mandou-se servir na escola gorai detiro do Campo Grande o pharmàceuticoalferes do corpo de saúde do exercitoJosé Alexandrino Leal da Gama.

    Mandou-se sustar até segunda ordemo embarque do tenente addido ao Io re-gimento de cavallaria ligeira José MariaFerreira.

    Tendo S. Ex. o Sr. conselheiro Jun-queira, ministro da Guerra, na visitaque fez ao Asylo de Inválidos da Pa-tria, encontrado aquelle estabelecimentoem estado de abandono, ordenou omesmo Exm. Sr. que o Sr. general An-tonio Enéas Gustavo Galvão, inspectordo dito asylo, fizesse a proposta quejnl-gasse necessária, podendo interrompera dita inspecção, caso julgue neces-sano.

    ¦«01

    RIO GRANDE DO SULNo termo de Cangussü, a esposa de

    de um tal Antônio Mariano deu á luztres meninos, robustos e sadios.

    Benza-os Deusl..

    Não foi sanecionado o decreto da as-sembléa legislativa provincial autori-sando a câmara municipal de PortoAlegre a erailtir apólices no valor de.00:000$, ao juro máximo de 6 % aoanno ; e a do Rio Grando a contrahirum empréstimo de 20:000. emittindoapólices ao juro máximo de 8 % aoauno, pago semestralmente.

    #A alfândega da cidade do Rio Grande

    rendeu no mez findo a quantia de177:681,5814.

    BARRA MANSA{Correspondência para o « Diário

    de Noticias»)6 janeiro 1886.

    Depois de uma prolongada secca dequasi um anno com muito poucas inter-rupções de chuva, e de ura calor abra-saiior no mez de Dezembro próximolindo, em quo o tliermomptro muitasvezes chegou a min c-, r 33° gráos centi-sradosj hoje, finalmente, amanhaeeucho-vendo, e está cáhindo desi e homem umachuva miúda, a que os amigos denomi-navam—cnorftíira—fazendo renasce ospastos, vivido ando as rocas do milho,arrobes o dando finalmente vida ealento aos eafezaes que soffriam inten-aamenle.

    do anno em grandes ..«fomos bem

    r,i __is. -**0* * que ofende a mo-üiLi*l **' e 4»-«-i««ea a propriedadea.me.. .*, convido os Srs. Inspectores da-idaíe a policiarem os seus quarteirões,auxiliados por outros cidadãos bons,visto ser insufflciente a força policialactualmente aqui destacada para fazeresse serviço, a qual, no omtanto, tam-bem cooperará i>_ra evitar esse abuso;devendo ser presos os que forem en-conlrado3 na pratica d'esses gracejosde ináo gosto, o que indicam atrazosocial e péssima oducação moral; paraque, além da prisão, paguem a multa aque estão sujeitos pelas posturas daCâmara Municipal.

    Por aqui também as paredes quei-xam-se do mesmo mal, porém a cartilhapela qual reza o Sr. subdelegado deS. João da Barra talvez não seja iden-tica ás dos dé cá...':;.

    * •No dia Io do corrente Sua Magestade

    o Imperador percorreu a linha da estradade ferro do Principe Grão-Pará em seuprolongamento ató a Olaria.

    A directoria da estrada pôz à disposição do publico alguus carros deIa classe para tão agradável passeio.

    O Sr. commendador Fernando de Cas-tro Magalhães fez à prestiraosa insti-tulção da Escola Domestica de NossaSenhora do Amparo, em Petropolis, ovalioso donativo de grande porção dégêneros alimentícios para os seus asy-lados.

    ..' ..ElTectuou-se na capella da Escola Do-

    mestiça de Nossa Senhora do Amparo,em Petropolis, a missa mandada ceie-brar por essa pia instituição em acçãode graças pelo feliz restabelecimento deSua Magestade a Imperatriz.

    Officiou o Sr. bispo que a pedido dadirectoria foi a essa cidade prestar-sea tão louvável serviço, comparecendoao acto a familia imperial e grande nu-mero de fieis.

    A directoria da estrada de ferro Prin-cipe do Grão Pará no dia 1° do correnteèm Petropolis, acompanhada de grandenumero de distinetos cavalheiros e poruma commissão de meninas oífereceramao Sr. commendador Manoel GomesArcher, Uma rica veheirà de Christocravejada de brilhantes, em prova deaproço o consideração.

    *Realiza-se amanhã, em Paraty, o 2°

    escrutínio da eleição provincial:*

    Falleceu em Paraty o Sr. José Mo-reira de Carvalho.

    *Em Angra dos Reis tem apparecido

    na circulação grande numero de nikeisfalsos de 200 róis.

    *O acto da distribuição de prêmios ao

    Núcleo Agrícola de Aagra dos Reis foipresidido polo juiz de orphãos Dr. JoséHonorio Augurto de Souza Brandão,achando-so presentes os directores donúcleo, tenento-coronel Estevão JoséPereira, Agostinho Alves Dias e JoãoPedro da llouha, o superintendente doensino capitão Teixeira de Carvalho e oinspector das escolas.

    A' noite, houve passeiata festiva ebaile na casa da Câmara.

    *Compli .ou oito annos do existência,

    sempre dedicada aos interesses da pro:vincia. e do municipio, a Gazeta deAngra.

    O Sr. tenente-coronel Estevão JosóPereira, fazendeiro em Angra dos Reis,libertou sem condição os seus escravosDaniel, Maria e Francisca, e com a con-•lic^n de lhe prestarem serviços pordois aL.;os os escr.ivos Felippe o Maria.

    Os Progressistas dão amanhã um bailecarnavalesco em que exhiljirão, nadamais nada menos, do que uma revistade mmà...

    Ui I... que ó obra!...

    MINAS GERAES(Correspondência para o «Diário

    de Noticias»)Serro, 28 Dezembro.

    Falleceu, n'esta cidade, o tenente Justiniano José Pinto, que bons serviço'prestou aqui, e que outr'ora go- .j-grande influencia e nome"' _-«ou doseus concidadãos, por r -*«•* entre oso generoso. Mo- - -tí« caracter Trancoavultada f •««"««* pobre, tendo tido

    ..ortuna.

    Foi expedido diploma de membro àassembléa legislativa provincial ao Sr.Dr. Sabinò Alves Barroso, eleito em1° escrutínio por este districto (18°).

    Durante a semana o máximo da tem-peratura foi de 20° de dia o 19° denoite, e o mínimo 19° de dia e 18° donoite. Therra. Réaumur. Choveu nastardes dos dias 23 e 24, com vento S. etrovoada fraca.

    O prosidente da provincia demittiodos lugares de procurador fiscal dosterrenos diamantidos, Francisco Diogode Araújo Tameirão ; de secretario daadministração dos mesmos terrenos,Justino Luiz de Miranda Junior e o en-genheiro Joaquim Gonçalves Pimentel.

    A cidade de Arrasuahy, passou a tersua antiga denominação, de Cidade deCalháo.

    A câmara municipal de Itajubà con-vidou seus municipes, por meio deedital, para concorrerem á exposiçãoregional de Juiz de Fora.

    A Folha de Minas, de Cataguazes,diz que em S. Sebastião da Estrellauma escrava fugida, sendo perseguidapela policia, avançou sobre a escoltae deu lhe taes bordoadas que... a es-coita correu para o matto e de lá nãosahio.

    NOTAS SUBURBANASAguardándo-se a abertura da nova

    rua nas immediações da de Lima Barrospara ser assentado o encanamento pelacompanhia City Improvements, nada haa providenciar por emquanto—foi o des-pacho dado pelo ministério da Agricul-tura no requerimento dos moradorese proprietários da rua de Lima Barros,em S. Christovão, pedindo o serviço deesgoto,

    AS LÍNGUAS MAIS FALLADASVamos dar noticia, segundo aponta-

    mentos que temos presentes, das línguasmais falladas do que o francez.

    O chinez, è fallado por 400 milhõesd'almas na Ásia.

    As línguas ihdús, faliam-nas 200 mi-lhões d'almasna Ásia.

    . O inglez, fj»llam-no 100 milhõesd'almas, sendo metade nos Estado?Unidos.

    O russo, é fallado por 100 milhões(Palmas.

    O allernão, é fallado por 60 milhõesd'almas, sendo 56 milhões na Europa.

    O liespanhol, fallam-no 48 milhõesd'almas, sendo 30 milhões na America.

    O france .apresenta-se em sétimo lo-gar eBtre as línguas do mundo, e emquinto logar entre as línguas européas;fallam-no apenas 46 milhões de pes-soas.

    E', comtudo, esta lingua, assim comoo inglez, a mais vulgarisada; não haregião alguma importante do globo aondese não encontre um grupo de homens,que falle o francez.

    N'UM DUELLONa oceassião de cruzar os ferros, um

    dos combatentes pede licença para ves-tir o sobretudo.As testpmunhas murmuram.

    Tem medo ? pergunta lhe umad.llas,

    Medo ? pelo contrario ; tenho tan-to sangue frio que se não vestisse osobretudo— corria grave risco de megelar o sangue nas veias.

    PUBLICAÇÕESO Mequetrefi; n. 395. Entrou no 12°

    anno e entrou florido o alegre, rendendopreito a Quintino Bocayuva, cujo ntratopublica na Ia pagina, é desfolhando sor-risos e flores sobre o anno novo, apre-senta uma pagina allusiva á Mulher-homem

    com a ponta d'um lloroto; sobro as cri-nas flammej antes d'um cavallo( no stee ¦plc-chasa d'uma caçada, ou sobre asondas do oceano, quando n'elle nadamas formosas mulheres aristocratas, üque vem aqui fazer a pefiíia 1

    E qual será o _om vindo para nosfallar do fabuloso teimo das amazona»e do tompo cavalheiresco dos torneios 1Nunca a França deu melhor do que hojeo espectaculo no valor, já na guerra, jâno prazor,—poder-se-hia dizer tambémna poesia e na sciencia, quando se vémcaminhar direitos, com a cabeça altivae luminosa, Chevreul, quo vai fazer comannos, e Victor Hugo, que jâ tem maisque quatro vezes vinte.

    Os sportistas podem antepür-lheMackensie Greaves, o mais perfeitocavalleiro, que monta a cavallo desdequo nasceu, e que morrerá a cavallo.

    O circo Molier, onde toda a gentilmocidade contemporânea tom corrido,não prova que ha hoje em França, com°omr'ora na Grécia, gymnasios para dara agilidade e a graça ao corpo atravezde todas as audacias arriscadas, damesma fôrma que ha collegios e aca(-.—•

    3_OT_3I_I__.BAJníÂ

    Resumo dos prêmios da 8a parto da8a loteria concedida em beneficio dáCelestial Ordem Terceira da SantíssimaTrindade e colônias orphanologicas deingênuos e desvalidos, extrahida hon-tem !

    3658 200:OOO.ÍOO(528243 40:000400029492 20:000.00034036 10:000.30024922 S-.000.000

    PrcmtoN de ôiOOO. OOO799 I J5U7 I 16765 I 18S47

    12573 15913 17708 2579337325

    Premiou do ltOOO.OOO2684 9193 23974 322513991 20261 24494 325945431 22026 25085 331876108 23144 29353 340099112 23413 30019 34685

    3Ô625 | 35924 | 38551

    Aproximiu; «"íe*3657.... 4:000. 25244... 2:00053659.... 4:000. 29491... 1.-350,823242... 2:000. 29493... 1:3504

    3601 a 3700 400.00025201 a 25300 200.00029401 a 29500 100.000

    Todos os números terminados em 58tóm 100. 000.

    Todos os números terminados em 8 e3 tóm 20. 000.

    PEDIDOS

    — These do Dr. Rcrnardinn Antunes j marquezas da regeucia, que s» enfáí'Correia, sobre — Aborto e suas causas.— These do Dr. F. de Paula SouzaTibiriçá — Parasitifmo em relação aodiagnostico u ti_sra_!o da tísica pul-moiiar.

    tiavam nos sophás das suas salasQuando chega o momento, mostramtanto espirito como suas avós; querendoser fortes, não renunciaram a herançada graça; mas parece que a vida mò-

    2° dintricfu eleitoralUnanimemente escolhido por uma as-

    sembléa de eleitores republicanos do2° districto para seu candidato ua elei-ção de 15 do Janeiro, cumpro o deverde enunciar o que penso sobra algumasquestões de politica social que exigemexame e solução.

    Estudo c esse tão árduo, envolve taeso tão complexos factores, depende detantas influencias diversas, que bemlonge estou de suppor-me habilitado aofferecer demonstrações perfeitas e so-luções indiscutíveis. O que posso asso-gurar é que procuro libertar-me détodos os preconceitos para observarimparcialmente, e concluir sem restric-ções mentaes.

    A lei eleitoral, creando districtos deum só deputado, reduzio as lutas poli-ficas a conchavos de campanário; e,reconhecendo em dez milhões de habi-tantes apenas cento e cincoenta mileleitores, proclamou a supremacia doproprietário e do empregado publico,com exclusão de classes inteiras decidadãos. De golpe foi falseado o sys-tema representativo, desde que inte-resses tão legítimos como os das classesprivilegiadas e opiniões tão respeita-veis como as que mais o sejam, ficaramprivadas de toda a participação nosnegócios públicos.

    Desse esbulho, combinado com a cen-tralisação que opprimo o Império, re-sulta o que á primeira vista pareceráparadoxal, a fraqueza, tanto do parla-mento, como do governo.

    Collocado no centro de vastíssima telao governo tem de imprimir provimentoaos fios da administração desde a ca-pitai do Império até o mais ignoradoaldeamento sertanejo. Ao gabinete deum ministro affluem om ondas os maisaltos problemas sociaos, de par com asmais ridículas questões de hyssope.

    Não ha talento, não haactividade, nãoba robustez que venção a ingente ta-'•efa. Só o expediente'seria para asso-berbar ainda os mais deuodados, mesmolevando-so em conta o precioso auxiliodos cyreneus que sob o nome de olB-ciaes de gabinete constituem-se porvezes verdadeiros sub secretários deEstado.

    O deputado passou de representanteda nação a agente do rei da roça ou dasinfluencias de parochia. Suas obrigaçõesconsistem principalmente em (jhter*de-missões e nomoaçõas, privilégios e sub-vençoes, patentes, honras, mercês, sine-curas, licenças. Cumpre-lhe tambémempenhar-se., pela approvação do esta-dantes o pelo bom êxito dê demandas,fazer compras e eíTectuar cobranças.

    Ministérios sitiados por pretensõesque se expandem a toda a hora, emtodos os lugares, por todas as íórnias,que derramam-se em milhões de me mo-uaes, que põem ern campo l"das asintrigas em que ó fértil a exploraçãoorganizada sob o titulo de. partidos;ministérios dependentes de parlamentosassim constituídos não podem ter outrapreoecupação senão a de manter-se nopoder. Descuram as grandes questõessooiaes que reclamam tranquillidade

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  • NOTICIAS. Sexta-feira 3 de Janeiro de 1886

    Ubaldimo no Amaral Fontoura.

    a" IMNtricfoPARA DEPUTADO

    Dr. João Evangelista Sayão do Bulhôes Carvalho. (.

    Eleitor livre.

    *S° dlMtricto «Ia Corte

    Para deputado geral:Dr. Acacio Polycarpo Figueira de

    Aguiar, advogado. (.

    BOLETIIVICOMEBCIAL-t»H

    Rio, 7 de Janeiro de 1886.

    O mercado de cambio abrio aindahoje á taxa d'- 17 7*H d., sobre Lon-dres nos nv- i •* r>— '•¦• ¦¦ -adores,como f-1- ,' ¦ -i.ii--'. •¦ i- i-" -iecoivvv -• l» *».*»•» '¦< '1

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    • il i I '.o •

    á ii1' itsiirürum -¦¦ ' 'Ai- i i ,ue • igoraram li . • ¦»¦»

    segui ..!••»;

    Sobre I A. -A.I,^^a.3Srr>JBC-fv^

    PRIMEIRO 4NDAK(Bsqatna da rna Primeiro de Março)

    OPAQUETÜ

    commandante BAULlida linha circular, esperado de Bordéos c escalas, amanha 9 de Janeiro, sahir;'

    para Mon»cvhico o nucnos-Ayrcs depois da indispensável demora.

    O PAQUETE

    commandante LECOTNTREda linha circular, sahirii para Hobon o Uor»leos, tocando na Bahia Pernambuco e Dnkar, no dia 20 de Janeiro, ás 3 horas da tsinle.

    Recebe passageiros em tiansito para mnr*»clba, Gcnava o Wnpoios.faja rretaa o passagens,trata-auna ag«ucin,e para et»rfraB,coni o br, ti. i>»avi»iO reter da companhia, liua do Visconde de Itaborahy n. 5, pn .miro anriái-.

    O açonte interino, B. fei..ü.í

    Cempanhias diversas:

    Commercio e Lavoura, 8"! por acçào,de hoje cm diante.' Industrial Fluminense, 93 por acçào.

    Mineração de 8. José d'El-Iiei, jurosdos debentures, de 11 em diante.

    CaféTelegramma expedido pela Associação

    Comroefèiàl para Nova York em 7 deJaneiro':

    Existência de manhã, 398.000.Entradas nos dins 5 c 6, 9,000.Vendas *àra os E. Unidos, 6.000.Estado do mercado, firme.

    , Cambio sobro Londres, particular,18 d.

    Frete por vapor, 35 c. 5 "la,

    PreçOs:

    Ia regular, á£309 por 10 kilos, despesas e frete por vapor 8 3/4 c. por lb.

    2" boa, 3Í.600 por 10 kilos, despezas efreto por vapor 7 9/16 c. por lb.

    Ab vendas realizadas no dia 5 foramde 6 575 saccas, para oa seguintes des-tinos :

    Saccas

    Vendas de cafó de 22 de Dezembroa 6 de Janeiro inclusive :

    Destinos SaccasEuropa 33 394Estados Unidos 158.119Diversos portos 7.687

    Cota-se:

    ijavado.....Sup. e fino.Ia boaPrimeira...Regular....2a Soa2a ordinária

    199.194

    Por arroba Por kilo

    6«800 a 9*000Nominal

    65600 a 6*8006*200 a 6á40055600 a 5*9005*100 a 5*4004*600 a 4*900

    463 a 612

    449 a 463422 a 435381 a 401347 a 367313 a 333

    ENTRADASEstrada de ferro D. Pedro II:

    EuropaEstados Unidos..Diversos portos..

    Desde o 1° do mez ;

    EuropaEBtados UnidosDiversos portos

    9585.135

    482

    4.7229.3191.753

    ExiBtencia hoje 7, 395.Ü00 dicas.

    Entradas desdeMédia 4.656.

    o Io, 27.935 ditas.

    Desdo a nossa ultima revista de 22 dopassado venderam-se 199,194 saccas.Comparadas as tutradas eonuderamosessas vendas mait- qne regulares.

    Em conseqüência da continuação daspequenas entradas o mercado conservou.-sc iirme, tendo sido bem sustenta-das as nossas cotações, que sao as mes-mas da nossa ultima, e ás quaes o mer-cado fecha Iirme-

    As rn:r das nprc-e;t .tn uniu dimi-nuiçao dn :Vl-'-i eiiccns, tçiulo t- mio.u-WH.) de 7.5UÕ suecas por dia,sido contr iy,9á7 ditas na quinzena anterior ts con-tra 8,264 ditas no correspondente pe-riodo de 85.

    Calculamos a esistencia em cerca de395.000.

    Dia Desde o Io....Em 1884 ....

    Cabotagem:Dia 6 Desde o 1°,...Em 1884.....

    Barra dentro;Dia Desde o 1°....Em.1884

    Kilos

    1.244.9811 504.338

    200.800572.790

    267 000285.900

    151.657

    121.500

    Despacho* de exportaçSa no dia 9

    Baltimore—Na barca americ. Codorus :Leverini; & C. 2.422 saccas de café novalor de ò'8:o63á960.

    Na barca aretentina David Stcicart:15. Gntrim & C. 1,500 saccas de caféuo valor de :ili:270á, Win. Ford & C.489 ditas de dito no de 11:824^020.

    Nova York — No vapor inglez OUrns :G. Trinks i1*- C. 80 saccas de café novalor de 1:934^500.No vapor americauo Finance: Mc.

    Kiunell & G. 835 saccas de café novalor de 20:190^300, W. Penfold 200ditas de dito no de 4:836$, J. W. Doa-ne & G. 31 ditas de dito no de749.3380.No vapor allemão Paranaguá: Leve-

    rin-i & C. 1.354 s.-tccas ile café no va-lor rio 32:739*'7á0

    EsladijS Unidos—N.i iiarci americ.

  • sm&Mz, ¦M_I__MHH_S_Bag_

    mwm4 ÜÍAEIO t>Ú HÕTÍOÍAS.-Sexta-feira 8 de Janeiro

    de 1886

    As corridas transferidasdo dia 6 do corrente em conseqüência

    do máo tempo realizar-se-hãoDOMINGO IO DO CORRENTE

    .A.O -MIEIO-IDI-A.Por atadlm o haver pedido a maioria do* Sr», pro-

    nrielartoM Ue animaew inrx-rlptoM e qne peln uirccloriaforam coBwocaUo» para deliberar «.obre a transferencia.

    ulíl_ msassj^^&^liÊBSSBSSBSSSSSSSStSSSSSBSiSSÊSSa^Ê WafJMaaWM

    SÉRIES

    CARNE, FEHRO e QUIM&0 mais lortiücaiite dos Alimeatos alliado aos Tônicos mais reparadores

    VINHOferruginosoAROUDBXTRAHIDO DB TODOS OS PRINCÍPIOS SOLUVBIS DA CARNE

    f-AHHE, PSBBO c quina I Dez annos de exlto constante ç as arflrmaçõesdaamala altas sumidades üa sciencia mèdlca.nrovam quo a associação ««mu-do Ferro o da Quino, constltue o mais enérgico reparador ato íojo conhOCià>

    ,para curar: a Ctiiorose.a. Anemia, a mnstruarao dolorosa, a Pobres* o * Mtera-cfo de sangue, o BacKilismo, as A/Tecções escrofttlosas a em> buticas.çle.O *¦¦»•"»*crru«lnoilo Avoud ú. com crrclto", o unlco quo reunc tudo que tonifica e for-tlflca os orgaos, regularfsa o augmenta consideravelmente as forças ou rcsttluoo* Vigor¦ e puresa do sangue empobrecido, a Cor o a Energia vital.

    Venda por grosso,m Pwii.na Pliarra* de J.rEBRÊ,r.nicheticu,102 Successor do AROUDII» UDaL-ItlTI A VIMDÂ ¦_ TODAS AS PBIHCIPAIS PUAMIACUS DO EXIIUNOBIBO.

    EXIlllR e-.ssfgoalura AROIID

    3° SORTEIO DAS 4a E 5*.

    PREUIO MAIOR —100:000 $000PREÇO DE CADA BILHETE INTEIRO 5*000

    Por ordem positiva e terminante da Exma. commissão a extraccao deste

    3o sorteio, terá logarI_yL_P_R_E3TE_E2,I^7"EI.^nEIsrT,_e

    TERÇA-FEIRA 12 DE JANEIRO DE 1886FICANDO POR CONTA DA »»t HCÊlLENffiSIMA COMMISSÃO OS BILHETES QUE DEIXAREM DB SE»

    IHNMA EXTRACÇÃO PRINCIPIARÁ DEPOIS DO MEIO-DIA

    O PEQUENO RESTO DE BILHETES INTEIROS ACHA-SE A VENDA NAAGENCIA Ca-SH-A-Ii

    Renbrom-so as aulas amanha, sendo amissa celebrada ás 8 1/2 .im igreja deNossa Seuhora da Conceição e JJoaMorto.-A directora, Çarlota MargaridaBillio.

    LEITÃO & BAPTISTâ

    BEÜ ATHLITICOIII6 RUA DO CONDE DE BOMFIM 6

    GRANDES CORRi™ DO CORRENTEn 4 HORAS DA TARDE

    PROGRAMARA DE INSCRIPÇÃO

    VHeoplilloPBIUKIBO AKJDAB

    Tendo de fazei- leilão no dia 8 de Ja-neiro de 188G, de todos os penhores ven-eidos, convidam os Srs, mutuários a virresgatar ou reformar suas cautelas atoá véspera do referido dia 8. O prazo ode seis mezes. Itio, 23 de DezembrodelfyjíV ¦

    MELADOPURO, LOURO E AR0MAT1C0

    eSPEClAL M«.» MM*OX

    FAZENDA DO RIO NOVOVendc-ao « 400 rcl» ¦» gurrní»

    __ LARGO DES, FRA»PE PAULA Minrií

    RIO DE JANEIRO 7 DE JANEIRO DE 1886Os agentes, MOREIBA, PINHO & DUARTE,

    mmm E1LL1

    t» p««*o—-300 metros— Para homens,sem vantagens.

    »» pm-eo—200 metros — Para meninosaté 12 annos, sem vantagens.

    8o p*rco—61K) metros — Pura homens,sem vantagens.

    4» perco—-150 metros — Para meninasató 12 anuos, sem vantagens.

    i 5» parco—900 metros — Pari' homens,sem vantagens.O» pareo— 900 metros — Velocípedes,para homens, com vantagens.

    I 9» parco— 6U0 metros — Velocípedes.para meninos, com vantagensi_° parco— !,8(Ji> metros— Velocípedes,

    para homens, com vantagens.

    tenham levantado—»s»-o»*»

    Nos Io a 5o parcos só se poderão inscrevei- corredores