propriedade civil

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DIREITO CIVIL 07 A Propriedade 07.1 Introdução Noções gerais Conceito: A propriedade, palavra de origem latina (proprietas), que signific a “o que pertence à alguém”, constitui-se juridicamente em um direito real em que uma relação jurídica sobre um certo bem corpóreo ou incorpóreo. Compreende o direito de usar, gozar e dispor da coisa, bem como de reivindicá-la de quem quer que injustamente a possua ou detenha. CÓDIGO CIVIL Art. 1.228 - O proprietár i o tem a facu ld ade de usar , gozar e disp o r da coisa, e o direito d e reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. PROPRIEDADE Direito de usar É a possibilidade de exigir da coisa os serviços que ela possa prestar sem Direito de gozar (jus fruendi) É o direito à percepção dos frutos e a utilização dos pr dutos da coisa. Direito de dispor (jus abutendi) Consiste no poder de consumir, alienar, gravar de ônus, olocar a serviço de terceiro, dar o destino que melhor lhe aprouver à coi Direito de reivindicar O proprietário pode obter ou reaver a posse de coisa de ua propriedade e

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DIREITO CIVIL

07 A Propriedade

07.1 – Introdução

Noções gerais

Conceito:A propriedade, palavra de origem latina (proprietas), que significa “o que pertence àalguém”, constitui-se juridicamente em um direito real em que há uma relação jurídicasobre um certo bem corpóreo ou incorpóreo. Compreende o direito de usar, gozar e disporda coisa, bem como de reivindicá-la de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

CÓDIGO CIVIL

Art. 1.228 - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la

do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

PROPRIEDADE

Direito de usar É a possibilidade de exigir da coisa os serviços que ela possa prestar semo comprometimento de sua substância.

Direito de gozar(jus fruendi)

É o direito à percepção dos frutos e a utilização dos produtos da coisa.

Direito de dispor(jus abutendi)

Consiste no poder de consumir, alienar, gravar de ônus, colocar a serviçode terceiro, dar o destino que melhor lhe aprouver à coisa. Não pode,porém, o proprietário abusar da coisa de forma ilimitada.

Direito dereivindicar

O proprietário pode obter ou reaver a posse de coisa de sua propriedade etem a ação reivindicatória como medida defensiva.

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Limites gerais ao uso da propriedade:O direito de propriedade não é absoluto. Ele deve ser exercido em consonância com as suasfinalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com oestabelecido em  lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e opatrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. São tambémdefesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejamanimados pela intenção de prejudicar outrem (CC, art. 1.228, §§ 1° e 2°).

Privação da propriedade:O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação promovida peloEstado, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no derequisição, em caso de perigo público iminente (CC, art. 1.228, § 3°). Além disso, oproprietário também pode ser privado da coisa no caso do usucapião.

Características da propriedade:São características da propriedade:

é um direito oponível erga omnes e o proprietário pode desfrutar e dispor do bemcomo quiser, dentro dos limites estabelecidos pela lei;

é exclusiva, ou seja, o direito sobre um bem exclui o direito de outro sobre o 

mesmobem;

é perpétua, pois o domínio subsiste independentemente de exercício, enquanto nã

osobrevier causa extintiva legal ou pela própria vontade do titular.

O condomínio não anula a característica da exclusividade, pois os condôminos são,conjuntamente, titulares do direito de propriedade sobre as áreas comuns.

Extensão da propriedade do solo:A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura eprofundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades quesejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha eleinteresse legítimo em impedí-las. A propriedade do solo também sofre certas restriçõesprevistas no art. 1.230 do Código Civil.

Art. 1.230 - A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os

CÓDIGO CIVILpotenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leisespeciais.

Parágrafo único - O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais deemprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial,obedecido o disposto em lei especial.

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Objeto da propriedade:Pode ser objeto da propriedade tudo aquilo que dela não for excluído por força de lei, bensmóveis ou imóveis.

Propriedade plena e limitada:A propriedade é plena quando todos os seus direitos elementares se acham reunidos na mãodo proprietário: o uso, o gozo, a disposição e o direito de reivindicação. A propriedade élimitada quando um desses elementos passa a pertencer a um outro titular, como no caso deenfiteuse, servidão predial, superfície, usufruto, uso, habitação, penhor, hipoteca, anticreseou compromisso de compra e venda. Conforme dispõe do art. 1.231 do Código Civil, apropriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.

Os frutos e produtos da coisa:Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário,salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem (CC, art. 1.232).

A descoberta

Noções iniciais:Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou  legítimo possuidor.Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará acoisa achada à autoridade competente. (CC, art. 1.233)

Recompensa:Aquele que restituir a coisa achada terá direito a uma recompensa não inferior a 5% do seuvalor, e à indenização pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte 

dacoisa, se o dono não preferir abandoná-la. Na determinação do montante da recompensa,considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou olegítimo possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situaçãoeconômica de ambos. (CC, art. 1.234)

O descobridor responde pelos prejuízos causados ao proprietário ou possuidor legítimo,quando tiver procedido com dolo. (CC, art. 1.235)

Procedimento:A autoridade competente dará conhecimento da descoberta através da imprensa e outrosmeios de informação, somente expedindo editais se o seu valor os comportar. Decorridos 60dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quemcomprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas dopreço as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente aoMunicípio em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido. Sendo de pouco valor, poderáo Município abandonar a coisa em favor de quem a achou (CC, arts. 1.236 e 1.237).

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07.2 – Aquisição e Perda da Propriedade Imóvel

Noções gerais

Aquisição originária e derivada:A aquisição é originária quando a coisa não tem dono anterior, como na ocupação ou naacessão. É derivada quando houver a transmissibilidade do domínio, por ato causa mortisou inter vivos.

Aquisição a título singular e universal:A aquisição também pode ser a título singular, quando se refere a um bem específico ou atítulo universal, na herança, quando se transmitem todos os bens de uma pessoa.

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s para a aquisição da propriedade:São pressupostos para a aquisição da propriedade ser agente capaz, o objeto ser lícito e aobservância dos procedimentos legais.

O usucapião

Noções iniciais:Já no direito romano, o usucapião significava a captação ou aquisição de um bem pelo usoprolongado (usus capere). É considerado forma originária de aquisição da propriedademóvel ou  imóvel por um transcurso de um lapso temporal e obedecendo certos requisitoslegais:

1) Coisa hábil:É a coisa usucapível. Não podem ser usucapidas as coisas fora do comércio, como asinsuscetíveis de apropriação (ar, luz do sol, água, etc.). Os imóveis públicos também nãopodem ser usucapidos.

2) Posse:A posse deve ser mansa e pacífica (sem contestação), com ânimo de dono (animus domini).A posse clandestina (oculta, não praticada à vista de todos), a posse violenta ou a posseprecária não se prestam para a concessão de usucapião.

3) Tempo:A posse deve ser contínua, exercida sem intermitência ou intervalos. Após o tempo previstoem lei, pode o possuidor, trazendo as suas provas, pedir em juízo que lhe reconheça aaquisição da propriedade por usucapião.

4) Justo título:É o ato jurídico que preenche os requisitos formais para a transmissão da propriedade, masque não é valido por ser anulável (nulidade relativa), ou porque quem vendeu não era dono.

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5) Boa fé:Tem aquele que pensava correta a sua aquisição, ou seja, que pensava ser dono.

A palavra “usucapião” é no latim feminina, mas usada geralmente no masculino, emportuguês, como vemos no Código Civil. Os lexicógrafos a registram ora como feminina, oracomo masculina. Assim, tanto é correto dizer “o usucapião”, como “a usucapião”, mas deve-se sempre observar a concordância. São incorretas as expressões "da usucapiãoextraordinário" ou "do usucapião extraordinária".

Objetivos do usucapião:O usucapião tem como objetivos

garantir a estabilidade e segurança da propriedade;

estimular a função social da propriedade;

desestimular o não uso da propriedade.

Usucapião extraordinário:É uma modalidade de usucapião que gera o domínio em 15 ou 10 anos, tendo comorequisitos apenas a posse e o tempo, independentemente de título e boa-fé; podendo opossuidor requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para oregistro no Cartório de Registro de Imóveis.

Art. 1.238 - Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um

CÓDIGO

CIVIL

imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juizque assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro deImóveis.

Parágrafo único - O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houverestabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráterprodutivo.

Usucapião especial:Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por 5anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a 50 hectares,tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m², por 5 anosininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Art. 1.239 - Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por

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cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquentahectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.240 - Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metrosquadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou desua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ourural.

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O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou aambos, independentemente do estado civil. Este direito, entretanto, não será reconhecido aomesmo possuidor mais de uma vez. (CC, art. 1.240, §§ 1° e 2°)

Os parágrafos 4º e 5º do artigo 1.228 do Código Civil fazem referência ao novo tipo deusucapião especial. De acordo com o  texto, o proprietário será privado da coisa se o  imóvelreivindicado consistir em extensa área, ocupada por mais de cinco anos - de boa fé eininterruptamente - por considerável número de pessoas que nela realizaram - em conjunto ouseparadamente - obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômicorelevante, fazendo o proprietário jus à indenização. As regras esculpidas nestes parágrafosmantém relação com o artigo 10º e seus parágrafos da Lei n.º 10.257 de 10 de julho de 2001,conhecida como o Estatuto da Cidade.

Usucapião especial urbano familiar:Ainda há uma outra modalidade de usucapião mais recentemente introduzida pela Lei12.424/2011. Ocorre no caso em que um casal, morando em casa própria de até 250 m²,sendo este o único imóvel da família, há o fim do relacionamento conjugal. Nesta hipótese,

quando um cônjuge sai da residência e o outro nela permanece, passados 2 anos, aqueleque ficou passará a ser o único proprietário do imóvel, excluindo-se o outro, e adquirindopor usucapião o direito de propriedade do imóvel.

Art. 1.240-A - Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse

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CIVIL

direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metrosquadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar,utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que nãoseja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º - O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

Usucapião ordinário:Adquire também a propriedade do  imóvel aquele que, contínua e  incontestadamente, comjusto título e boa-fé, o possuir por 10 ou 5 anos. (CC, art. 1.242)

Art. 1.242 - Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente,

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com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.

Parágrafo único - Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sidoadquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, canceladaposteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizadoinvestimentos de interesse social e econômico.

O justo título é a causa que, exteriormente, preenche os requisitos legais necessários àtransferência de algum direito. A boa fé é a crença que tem o sujeito na lisura do negócio,fundado em elementos de convicção carecedores de qualquer vício.

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Declaração judicial:

Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, apropriedade imóvel. Esta declaração constituirá título hábil para o registro na serventia deRegistro de Imóveis. (CC, art. 1.241)

Contagem do tempo do antecessor:O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido para o usucapião, acrescentar à suaposse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e,nos casos do usucapião ordinário, com justo título e de boa-fé. (CC, art. 1.243)

Causas que obstam, suspendem ou interrompem o usucapião:Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam,suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião (CC, art.1.244).

Usucapião de imóveis

Ordinário Extraordinário Especial Urbano Especial Familiar Especial Rural

ART. 1.242 ART. 1.238 ART. 1.240 ART. 1240-A ART. 1.239

Coisa hábil

Posse ininterrupta

Ânimo de dono

Sem oposição

Coisa hábil

Posse ininterrupta

Ânimo de dono

Sem oposição

Coisa hábil

Posse ininterrupta

Ânimo de dono

Sem oposição

Coisa hábil

Posse ininterrupta

Ânimo de dono

Sem oposição

Coisa hábil

Posse ininterrupta

Ânimo de dono

Sem oposição

Justo título e boa fé Sem Justo título esem boa fé

Sem justo título esem boa fé

Justo título e boa fé Sem justo título esem boa fé

Imóvel urbano ourural particular

Imóvel urbano ourural particular

Imóvel urbanoparticular

Imóvel urbanoparticular

Imóvel ruralparticular

Qualquer área Qualquer área Até 250 m2 -moradia própriaou da família

(Só pode serpleiteado umavez)

Até 250 m2 -moradia própria ouda família

(Só pode serpleiteado uma vez)

Até 50 hectares -moradia própria ouda família

Produtividadeagrícola própria ou dafamília

10 anos.

5 anos, se houversido adquirido combase em registrocancelado.

15 anos.

10 anos, se formoradia habitual ouse realizado obrasde caráter produtivo

5 anos 2 anos 5 anos

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A aquisição pelo registro de título

Sistema de aquisição da propriedade imóvel:Importante relacionar três sistemas de aquisição da propriedade imóvel:

o sistema franco-italiano: a transmissão opera por qualquer maneira;

o sistema germânico: a transmissão da propriedade ocorre sempre pelo registro; 

nestecaso as duas partes comparecem ao registro e a presunção é absoluta (jures et d

ejures), não admitindo anulação;

o sistema brasileiro: assemelha-se ao sistema germânico, porém apenas uma part

ecomparece ao registro, gerando uma presunção relativa.

Art. 1.245 - Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo noCÓDIGO

CIVIL

Registro de Imóveis.

§ 1° - Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono doimóvel.

§ 2° - Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro,e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.

Art. 1.246 - O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial doregistro, e este o prenotar no protocolo.

Art. 1.247 - Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que seretifique ou anule.

Parágrafo único - Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel,independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.

A aquisição por acessão

Conceito:A acessão refere-se a acréscimos acontecidos em relação a um imóvel, pela mão do homemou por causas naturais. A acessão pode ser natural ou artificial.

Acessão artificial:A acessão artificial, resultado do trabalho do homem, dá-se pela construção de obras oupelas plantações.

Acessão natural:A acessã

o natural ocorre quando há uma movimentação de terra causada por circunstânciasda natureza. O Código Civil e o Código de Águas regulam de modo minucioso a atribuição dapropriedade desses acréscimos naturais. Em regra, ficam pertencendo ao dono do imóvel aoqual aderiram, ou aos donos dos imóveis mais próximos, no caso da formação de ilhas, emproporção às suas testadas. Conforme o art. 1.248 do Código Civil, a acessão natural podeser:

por formação de ilhas;

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por aluvião;

por avulsão;

por abandono de álveo.

1) Formação de ilhas.A formação de ilha é a aquisição do domínio pelo acréscimo ou incorporação de beminesperado devido ao depósito de materiais, rebaixamento das águas ou movimentação daterra. Somente interessam ao Direito Civil as ilhas formadas em rios não navegáveis ouparticulares, por pertencerem ao       domínio      particular   .

Art. 1.249 - As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos

CÓDIGO

CIVIL

proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:I  - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenosribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir oálveo em duas partes iguais;

II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aosterrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aosproprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.

Nem todas as ilhas que se formam pertencem aos particulares. As ilhas em rios navegáveis ouque banhem mais de um Estado, são de domínio público (art. 20, IV, da Constituição Federal).

2) Aluvião:Aluvião é o acréscimo de terras devido ao depósito de material trazido pelas águas, que vãose acumulando junto a imóveis lindeiros, de modo contínuo e de forma quase imperceptível.Esses acréscimos formados por depósitos e aterros naturais ao longo das margens dascorrentes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais,sem  indenização (CC, art. 1.250). O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios deproprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre aantiga margem.

Aluvião impróprio são as partes descobertas de áreas de águas dormentes (lagos e represasque recuam e deixam um aumento na orla).

3) Avulsão:Avulsão é o deslocamento de uma porção considerável de terra, pela força das águas e o seuconsequente arremesso de encontro a terras de outrem. O dono das terras assim acrescidaspode ficar com o acréscimo, pagando indenização ao reclamante ou consentir que a terraseja removida.

Art. 1.251 - Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se

CÓDIGO

CIVIL

juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiroou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.

Parágrafo único - Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou aporção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.

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4) Abandono de álveo:Álveo ou leito abandonado do rio público ou particular se observa quando um rio seca ou sedesvia de seu curso naturalmente. Pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margenscom divisa no meio. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos

das duas margens, sem que tenham  indenização os donos dos terrenos por onde as águasabrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio doálveo (CC, art. 1.252).

Acessões artificiais:São aquelas que derivam de um comportamento ativo do homem, dentre elas, as plantaçõese construções de obras.

Art. 1.253 - Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo

CÓDIGO

CIVIL

proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.

Art. 1.254 - Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas oumateriais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além deresponder por perdas e danos, se agiu de má-fé.

Art. 1.255 - Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito doproprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.

Parágrafo único - Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno,aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento daindenização fixada judicialmente, se não houver acordo.

Art. 1.256 - Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas econstruções, devendo ressarcir o valor das acessões.

Parágrafo único - Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura,se fez em sua presença e sem impugnação sua.

Art. 1.257 - O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes,plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.

Parágrafo único - O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietáriodo solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor.

Art. 1.258 - Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporçãonão superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do soloinvadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização querepresente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.

Parágrafo único - Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor demá-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste eo valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porçãoinvasora sem grave prejuízo para a construção.

Art. 1.259 - Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima partedeste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjamo valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da árearemanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danosapurados, que serão devidos em dobro.

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A perda da propriedade imóvel

Noções gerais:Conforme a perpetuidade do domínio, este remanescerá na pessoa do seu titular ou de seussucessores causa mortis de modo indefinido ou até que por um meio legal seja afastado doseu patrimônio. São os meios descritos no art. 1.275 do Código Civil:

a alienação;

a renúncia;

o abandono;

o perecimento da coisa;

a desapropriação.

Nos casos da alienação e da renúncia, os efeitos da perda da propriedade imóvel serãosubordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.

Alienação:É a forma de extinção da propriedade em que o titular transmite a outrem seu direito sobrea coisa. Pode ser a título gratuito ou oneroso.

Renúncia:Ocorre quando o proprietário declara o seu intuito de abrir mão de seu direito sobre a coisa,em favor de terceira pessoa que não precisa manifestar sua aceitação.

Abandono:O abandono ocorre simplesmente quando o proprietário se desfaz voluntariamente de umimóvel com o propósito de não mais tê-lo para si. O imóvel urbano que o proprietárioabandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se nãoencontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anosdepois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivascircunscrições (CC, art. 1.276). O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmascircunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, àpropriedade da União, onde quer que ele se localize.

Será presumida de modo absoluto a intenção de abandonar o imóvel, quando, cessados os atosde posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.

Perecimento do imóvel:A propriedade se extingue com o perecimento do imóvel.

Desapropriação:É o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público, despoja alguém de umapropriedade e toma para si, mediante uma indenização. Deve ser necessariamente 

motivadapor um interesse público.

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Modos originários de aquisição Modos derivados de aquisição

OcupaçãoUsucapião

TesouroEspecificaçãoConfusãoComistãoAdjunçãoTradição

Sucessão Hereditária

07.3 – Aquisição e Perda da Propriedade Móvel

Noções gerais

Formas de aquisição:São formas de aquisição da propriedade móvel:

o usucapião;

a ocupação;

o achado do tesouro;

a tradição;

a especificação;

a confusão;

a comistão;

a adjunção;

a sucessão hereditária.

O usucapião

Usucapião de coisa móvel:Para coisas móveis o usucapião é de 5 anos, independentemente de justo título ou boa fé,ou de 3 anos, com justo título e boa fé, não importando se entre presentes ou ausentes. Naprática, porém, não é comum o usucapião de coisas móveis.

Art. 1.260 - Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três

CÓDIGO

CIVIL

anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.261 - Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião,independentemente de título ou boa-fé.

Art. 1.262 - Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.

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A ocupação

A ocupação é o assenhoramento da coisa sem dono (res nullius) ou abandonada (resderelicta). Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, nãosendo essa ocupação defesa por lei (CC, 1.263).

Não se confunde a coisa sem dono ou abandonada com a coisa perdida; esta última deve serrestituída ao dono ou entregue à autoridade.

O tesouro

O tesouro é o depósito antigo de coisas preciosas, oculto, de cujo dono não haja memória.Achado, o tesouro deve ser dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar otesouro casualmente. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se forachado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado. Achando-seem terreno aforado, o tesouro será dividido por  igual entre o descobridor e o enfiteuta, ouserá deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.

A tradição

Conceito:Tradição é o meio pelo qual se transfere a propriedade da coisa móvel, com a sua entrega aoadquirente, em cumprimento a um contrato.

Forma:Geralmente a entrega é efetiva ou real. Mas em certos casos poderá ser simbólica ou ficta,com a entrega de algo que represente a coisa, ou até mediante uma simples declaração dotransmitente. Às vezes é necessário que a tradição seja registrada, para valer contraterceiros. Assim ocorre, por exemplo, na alienação fiduciária ou na compra e venda deautomóveis.

Art. 1.267 - A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.

CÓDIGO

CIVIL Parágrafo único - Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir peloconstituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontraem poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negóciojurídico.

O constituto possessório é uma forma de tradição ficta, operada pelo próprio contrato, em queo proprietário aliena a coisa, mas continua da posse direta desta, que passa ao nome doadquirente e a outro título.

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CÓDIGO

CIVIL

Art. 1.268 - Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se acoisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida emcircunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurardono.

§ 1° - Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-serealizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição.

§ 2° - Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo.

A especificação

A especificação é a transformação de matéria pertencente a uma pessoa pelo trabalho feitopor outra. Os artigos 1.269 a 1.291 do Código Civil tratam do assunto.

Art. 1.269 - Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta

CÓDIGO

CIVIL

será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.

Art. 1.270 - Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será doespecificador de boa-fé a espécie nova.

§ 1° - Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé,pertencerá ao dono da matéria-prima.

§ 2° - Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outroqualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seuvalor exceder consideravelmente o da matéria-prima.

Art. 1.271 - Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano quesofrerem, menos ao especificador de má-fé, no caso do § 1° do artigo antecedente, quandoirredutível a especificação.

A confusão, a comistão e a adjunção

1) Confusão:Segundo os romanos, era a união de líquidos, quer homogêneos, como vinhos de doisproprietários, quer heterogêneos, como vinho e mel.

2) Comistão:União de gêneros secos, como cereais ou legumes.

3) Adjunção:É a união de coisas alheias, de modo a não se poder separá-las sem detrimento do todoassim formado (ex.: reparações na casa de A com madeira pertencente a B).

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CÓDIGO

CIVIL

Art. 1.272 - As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem oconsentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração.

§ 1° - Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsisteindiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com queentrou para a mistura ou agregado.

§ 2° - Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando osoutros.

Art. 1.273 - Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte caberá escolherentre adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe fordevida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será indenizado.

Art. 1.274 - Se da união de matérias de natureza diversa se formar espécie nova, à confusão,comissão ou adjunção aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273.

07.4 – A Propriedade Resolúvel

Noções gerais

É a propriedade que, no momento de sua constituição, tem uma causa de encerramento,seja através de um termo extintivo ou de uma condição resolutória (ou revogável). Realizadaessa causa extintiva (advento do termo ou implemento de uma condição, por exemplo) apropriedade é resolvida, ou seja, será extinto o direito a que ela se opõe (não terá maiseficácia).

Art. 1.359 - Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo,

CÓDIGO

CIVIL

entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, emcujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.

Art. 1.360 - Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver

adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando àpessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu parahaver a própria coisa ou o seu valor.

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/MG – 2005) De acordo com o Código Civil, são formas de aquisição dapropriedade móvel, exceto:

(  ) a) a usucapião.(  ) b) a ocupação.(  ) c) a tradição.(  ) d) a acessão.

02 - (Magistratura/SP – 2007) Em relação ao usucapião e à perda da propriedade, pode-se afirmarqueI. são títulos justos a embasar o usucapião ordinário a escritura por instrumento particular,a escritura pública, o compromisso de compra e venda, a cessão de direitos hereditários e asucessão em si mesma;II. no usucapião rural, tem legitimidade para usucapir a pessoa física, nata ou naturalizada,o estrangeiro aqui residente e a pessoa jurídica aqui sediada;III. o imóvel situado na zona rural que o proprietário abandonar com a intenção de nãomais conservar em seu patrimônio, e que não se encontra na posse de outrem, poderá serarrecadado como bem vago;IV. na servidão, o princípio consistente em serem os prédios vizinhos comporta restrições.Estão corretas apenas as afirmações

(  ) a) I e II.(  ) b) III e IV.(  ) c) I, II e III.(  ) d) II e III.

03 - (Notário e Registrador/AM - 2005) Assinale a alternativa que complete corretamente a proposiçãoa seguir:Adquire a propriedade do imóvel, não onerosamente, aquele que, contínua eincontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por _________ .

(  ) a) dez anos.

(  ) b) quinze anos.(  ) c) vinte anos.(  ) d) dez anos entre presentes e quinze anos entre ausentes.(  ) e) quinze anos entre presentes e vinte anos entre ausentes.

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04 - (Ministério Público/SP – 2005) Pode-se afirmar que constituem pressupostos da usucapião, a coisahábil ou suscetível de ser usucapida, a posse mansa e prolongada, o decurso do  tempo, ojusto título e boa-fé. Diante de tal enunciado, indique a alternativa correta para as seguinteshipóteses:

(  ) a) o justo título e a boa-fé apenas são exigidos nos casos de usucapião ordinária,dispensados os demais requisitos.

(  ) b) os primeiros três requisitos acima referidos não são absolutamente indispensáveis eexigidos em apenas algumas situações de usucapião.

(  ) c) o título anulável não é obstáculo para a obtenção da usucapião, porquanto sendo eficaze capaz de produzir efeitos, válido será enquanto não for decretada a sua anulação.

(  ) d) qualquer espécie de posse mansa pode conduzir à usucapião, desde que presentes acoisa hábil ou suscetível de ser usucapida, o decurso do tempo e o justo título.

(  ) e) para a consumação da usucapião extraordinária exige-se que o possuidor ostente justotítulo e boa-fé.

05 - (Notário e Registrador/AM  - 2005) Segundo o Código Civil, a aquisição por acessão não pode sedar:

(  ) a) por avulsão.(  ) b) pela formação de ilhas.(  ) c) por aluvião.(  ) d) por usucapião.(  ) e) por plantações e contruções.

06 - (Notário e Registrador/RJ – 2005) Aquele que, de boa-fé, trabalhando matéria prima alheia, obtémespécie nova:

(  ) a) adquire a propriedade, de forma originária, através da especificação;(  ) b) não adquire a propriedade, mas apenas tem direito à indenização pelo trabalho que

realizou na coisa;(  ) c) adquire a propriedade, de modo derivado, através da adjunção;(  ) d) poderá requerer o usucapião da espécie nova;(  ) e) não tem qualquer direito sobre a coisa.

07 - (Delegado/GO – 2003) A propósito do direito de propriedade, marque a alternativa correta:(  ) a) O direito de propriedade abrange o solo e os cursos d’água particulares, mas não as

jazidas e demais recursos minerais.(  ) b) O direito de propriedade abrange o solo, o espaço aéreo e o subsolo.

(  ) c) O direito de propriedade abrange o solo, e não só os cursos d’água particulares, jazidase outros recursos minerais.

(  ) d) O direito de propriedade abrange o solo, os cursos d’água particulares, o espaço aéreoe o subsolo em altura e profundidade úteis ao seu exercício.

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08 - (Delegado/MG – 2011) A Lei 12.424, de 16 de junho de 2011, inseriu no Código Civil, em seuartigo 1.240-A e seu parágrafo 1°, uma nova modalidade de usucapião em nossoordenamento jurídico, o usucapião familiar. Sobre esta modalidade de usucapião, éincorreto afirmar que

(  ) a) permite que um dos ex-cônjuges ou até mesmo ex-companheiros, oponha contra ooutro o direito de usucapir a parte que não lhe pertence, possibilitando neste caso ousucapião entre condôminos.

(  ) b) tem como requisito o exercícios de posse direta por 2 anos ininterruptos, sem oposiçãoe com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² ou rural de até 50 hectares.

(  ) c) a parte que propõe a ação de usucapião não pode ser proprietária de outro imóvelurbano ou rural, sendo que o direito de usucapir nesta modalidade não seráreconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

(  ) d) tem como requisito o abandono do lar por um dos co-proprietários.

09 - (Delegado/PI – 2009) Quanto à aquisição da propriedade móvel, é correto afirmar que:(  ) a) quem quer que ache coisa alheia perdida, adquire-lhe a propriedade, caso transcorram

60 dias da publicação na imprensa;(  ) b) não será admitida a usucapião de bens móveis quando a posse não for de boa-fé;(  ) c) aquele que, trabalhando em matéria prima totalmente alheia, obtiver espécie nova, a

perderá para o dono do material utilizado, ainda que haja boa-fé;(  ) d) a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição;(  ) e) não é admitido, na lei civil, o assenhoramento de coisa sem dono.

10 - (Delegado/SP – 2003) A propriedade(  ) a) móvel será adquirida pelo assenhoramento de coisa sem dono, desde que essa

ocupação não seja proibida por lei.(  ) b) trata-se de direito constitucional individual, não podendo o seu exercício ser de forma

alguma limitado.(  ) c) de área urbana, até duzentos e cinquenta metros quadrados, será adquirida por aquele

que a possuir por cinco anos ininterruptos, independentemente de qualquer outracondição.

(  ) d) do solo abrange a do espaço aéreo e do subsolo, incluindo as suas jazidas, minas edemais recursos minerais.

11 - (Procurador/Município de Belo Horizonte – 2008) São formas de aquisição ou perda da propriedade,exceto

(  ) a) avulsão.

(  ) b) compra e venda.(  ) c) desapropriação.(  ) d) perecimento da coisa.

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12 - São formas de aquisição da propriedade imóvel, exceto:(  ) a) a usucapião.(  ) b) a adjunção.(  ) c) o registro do título.(  ) d) a formação de ilhas.

13 - Em relação ao usucapião, é verdadeira a afirmação:

(  ) a) Para a aquisição da propriedade por usucapião ordinário são necessários lapso detempo, justo título e boa-fé.

(  ) b) o Código Civil reconhece apenas duas espécies de usucapião: o ordinário e oextraordinário.

(  ) c) o tamanho da área do imóvel para a aquisição pelo usucapião ordinário não podeultrapassar o limite de 250 metros quadrados.

(  ) d) o prazo para a aquisição da propriedade pelo usucapião extraordinário é de vinte anos.

14 - Constituem justo título, para efeito de usucapião ordinário, exceto a:(  ) a) escritura pública ou particular de compra e venda.(  ) b) sentença no juízo divisório.(  ) c) sucessão aberta.(  ) d) escritura particular de doação, sem assinatura do transmitente.

15 - A propriedade cujos direitos elementares se acham reunidos no do proprietário chama-se(  ) a) resolúvel.(  ) b) plena.(  ) c) limitada.(  ) d) imóvel, se está a natureza do bem.(  ) e) móvel, se está a natureza do bem.

16 - A aquisição da propriedade imobiliária pela avulsão dá-se(  ) a) com o acréscimo paulatino de terras, às margens de um rio, por meio de lentos e

imperceptíveis depósitos ou aterros naturais ou de desvio de águas.(  ) b) pela formação de ilhas em rios não navegáveis em virtude de movimentos sísmicos.(  ) c) pelo repentino deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta,

despreendendo-se de um terreno para juntar-se a outro.(  ) d) pelo rebaixamento de águas, deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do

leito do rio.

17 -P

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as, por aluvião, por avulsão ou por abandono de álveo:(  ) a) a acessão artificial;(  ) b) a propriedade resolúvel;(  ) c) a aquisição por registro de título;(  ) d) a acessão natural.

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18 - Tício esbulhou um imóvel urbano de 1.000m² de propriedade de Semprônio, ficando naposse por 08(oito) anos, quando foi esbulhado por Caio, que permaneceu no imóvel por

1

(um) ano. Sabendo que Caio não estabeleceu no imóvel esbulhado sua moradia habitual enem,  tampouco,  realizou qualquer  tipo de obra ou serviço, diga, dentre as opções abaixo,qual representa o lapso temporal ainda necessário para que Caio venha a usucapir o imóvel:

(  ) a) 1 (um) ano(  ) b) 6 (Seis) anos(  ) c) 14 (Quatorze) anos(  ) d) Caio nunca irá usucapir o imóvel

19 - Assinale a alternativa incorreta em relação ao direito de propriedade, previsto nos arts.1.128 e seguintes do Código Civil brasileiro:

(  ) a) O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-lado poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

(  ) b) A propriedade do solo abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, ospotenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidospor leis especiais, sem restrição.

(  ) c) O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidadeou utilidade pública ou interesse social.

(  ) d) Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seuproprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.

(  ) e) O proprietário pode ser privado da coisa, por requisição, em caso de perigo públicoiminente.

20 - Há propriedade resolúvel:(  ) a) Na superfície e na anticrese.(  ) b) Na retrovenda e na alienação fiduciária em garantia.(  ) c) Na venda a contento sob condição suspensiva e no fideicomisso.(  ) d) Na venda a contento sob condição resolutiva e no usufruto(  ) e) Nenhuma das alternativas é correta.

21 - Quanto ao usucapião, assinale a opção correta.(  ) a) Caso uma pessoa exerça com ânimo de dono a posse mansa, pacífica e ininterrupta do

imóvel há 11 anos, adquirirá a sua propriedade por meio da usucapião extraordinária.(  ) b) Usucapião é modo originário de aquisição da propriedade e ocorre quando uma pessoa

mantém a posse mansa e pacífica, por determinado espaço de tempo, de um bem,gerando, assim, a chamada prescrição aquisitiva, que lhe permite buscar, por meio deuma ação judicial, a declaração de seu domínio sobre aquele bem.

(  ) c) O usucapião especial de imóvel localizado em área urbana possui como um dosrequisitos o justo título, assim considerado o documento hábil à aquisição do domínioe a boa-fé, isto é, o desconhecimento do vício que lhe impede a aquisição do bem.

(  ) d) No usucapião rural, o possuidor deve ser pessoa física ou jurídica que houverestabelecido no imóvel sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços decaráter produtivo, ou seja, que retire da terra a sua subsistência ou que torne a terraprodutiva com atividade agrícola, extrativa ou agroindustrial.

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22 - Sobre o usucapião, assinale a alternativa correta:

(  ) a) na usucapião ordinária, para além do justo título, indispensável é a existência de outraprova cabal de boa-fé do possuidor.

(  ) b) a destinação oferecida pelo possuidor ao imóvel durante o tempo de exercício da posseem nada interfere na definição do prazo necessário para a aquisição por usucapiãoextraordinária, desde que se trate de posse mansa,pacífica, contínua e com animusdomini.

(  ) c) não é vedada àquele que  já é proprietário de bens  imóveis a aquisição de outro bemimóvel por usucapião extraordinária nem por usucapião ordinária.

(  ) d) para efeitos de usucapião, o possuidor somente pode acrescentar à sua posse a de seusantecessores quando a aquisição da posse decorrer de sucessão decorrente de morte doantecessor.

23 - Como se adquire uma propriedade móvel?

(  ) a) Pelo casamento, pela adjunção e pela anticrese.(  ) b) Pela confusão, pela comistão e pela ocupação.(  ) c) Por acessão, pela confusão e pela tradição.(  ) d) Pela separação, pela anticrese e pela comistão.

24 - É modalidade de aquisição da propriedade imóvel por acessão, exceto:(  ) a) abandono de álveo;(  ) b) aluvião;(  ) c) formação de ilhas em rios não navegáveis;(  ) d) formação de ilhas em rios navegáveis.

25 - No que se refere à aquisição da propriedade através do registro, assinale a alternativacorreta.

(  ) a) O registro confere presunção absoluta de domínio.(  ) b) O registro é necessário para aquisição de bens móveis e imóveis.(  ) c) O registro confere presunção relativa de domínio.(  ) d) O registro, no direito brasileiro, é apenas meio de se dar publicidade ao ato translativo.

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Gabarito

01.D 02.B 03.A 04.C 05.D 06.A 07.D 08.B 09.D 10.A

11.B 12.B 13.A 14.D 15.B 16.C 17.D 18.C 19.B 20.B

21.B 22.C 23.B 24.D 25.C

Bibliografia

CURSO DE DIREITO CIVIL BRASILEIROMaria Helena DinizSaraiva

DIREITO CIVILSilvio RodriguesSaraiva

DIREITO CIVILSílvio de Salvo VenosaAtlas

MANUAL DE DIREITO CIVILFlávio Augusto Monteiro de BarrosMétodo

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Direito Civil07 – A Propriedade

Atualizada em 10.12.2012

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