propaganda política brasileira 2010 - izabele de siqueira mello

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação Izabele de Siqueira MELLO Propaganda Política Brasileira 2010 São Paulo, 2010

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Trabalho apresentado durante o 2º semestre de 2010 para a disciplina "Teoria da Comunicação" ministrada pela Profª Drª Tânia Callegaro. Autor: Izabele de Siqueira Mello.

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Page 1: Propaganda Política Brasileira 2010 - Izabele de Siqueira Mello

FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação

Izabele de Siqueira MELLO

Propaganda Política Brasileira

2010

São Paulo, 2010

Page 2: Propaganda Política Brasileira 2010 - Izabele de Siqueira Mello

FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação

Izabele de Siqueira MELLO

Propaganda Política Brasileira

2010

Trabalho de graduação da disciplina Teoria da Comunicação, da Profa. Dra. Tânia Callegaro do Curso de Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

São Paulo, 2010

Page 3: Propaganda Política Brasileira 2010 - Izabele de Siqueira Mello

Horário político - propaganda eleitoral 2010 Assisti ao horário da tarde, 13h às 13h50 e fiquei bastante impressionada de como não se

muda o estilo, já fazia bastante tempo que não tinha paciência para assistir esse tipo de

programa na televisão e parece que nunca fiquei sem assistir.

Se não fosse pelo fato de estarem avacalhando ainda mais, porque o fato de uma mulher quase

se prostituir para conseguir voto é impressionante o ponto que se chega, ou mesmo usar dessa

moda de “mulher fruta”, e até o fato de um humorista dizer: “pior que tá não fica” já dá pra

perceber o quão evoluiu a política no nosso país.

Falando em coisas impressionantes, é no mínimo interessante como alguns jargões ainda são

usados há anos, e o pior, para eles voltarem é porque tiveram voto, e se tiveram votos nunca

vão deixar de ter “esperança” para um dia conseguir alcançar o cargo que querem.

A maneira que usam os números para apresentar a atual situação do Brasil também achei

interessante, como se todos que estivessem assistindo soubessem que aqueles números são

melhores, piores ou ascendentes e decrescentes para o país. Será que pessoas humildes, lá do

interior de Oiapoque sabem do que eles estão falando? Será que as pessoas que assistem ao

horário político entendem sobre aqueles números todos que eles se referem?

A mesma “ladainha” de promessas de futuras construções, futuros empregos, melhora na

saúde, na educação, em moradia e blábláblá eu acho que virou uma moeda de troca, como se

fosse um favor para o cidadão, como se aquele cara que votar em “todas essas promessas”

fosse mesmo ter tudo que o candidato prometeu e pior, como se esse mesmo cidadão que

acreditou em todo o discurso do candidato não tivesse o direito de ter toda essas promessas

como cidadão brasileiro. Continua sendo um absurdo a maneira de tratar o eleitor como um

consumidor do mercadinho da esquina.

O uso de pessoas comuns para relatar suas vidas, o que mudou para ela com determinado

mandato, o abraço em alguém do “povão”, carregar crianças, conversar com idosos, isso tudo

continua, aliás desde que me conheço por gente vejo isso acontecer, como no próprio filme

que assistimos de Hitler, quer dizer, a maneira de abordar o eleitor não muda e acredito até

que nem nunca irá mudar, porque assim está dando certo, então pra quê mudar?

Page 4: Propaganda Política Brasileira 2010 - Izabele de Siqueira Mello

Alguns momentos que me chamaram mais atenção:

preocupação com meio ambiente;

dizer dos problemas ocorridos com outros partidos, como colocar dinheiro na cueca,

por exemplo, garantindo que com aquele outro partido não irá acontecer, jamais;

O uso da família para pedir voto e as histórias de vida sofrida que certos candidatos

tiveram;

O enorme número de artistas, aproveitando da imagem que já tem na mídia;

A união de partidos diferentes, como se estivessem apoiando ou usando a força de

outro partido para conseguir passar mais seriedade e confiança;

O uso de metáforas como: “chega de raposa, vote no coelho” ou frases como “sou

careca, mas não sou louco” ou “para você que vai votar, deixa Deus te usar!”

A insistência de candidatos como o Maluf, que diz ter feito muito por São Paulo, mas

não diz o quanto roubou; dentre outros candidatos que persistem;

O uso da repetição insistentemente, como forma de “obrigar” a memorização.

Não entendendo muito de política para comentar, mas me assustei ao ver como há anos as

coisas não mudam e me parece que há anos a população também não quer que mude, porque

se um candidato como o Tiririca for eleito, coisa que sinceramente não duvido que aconteça,

não sei mais o que será desse país para as próximas gerações. Medo!