projeto basico chamada publica n 002 2013

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Chamada Pública nº 002/2013 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMEMTO AGRÁRIO INTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INCRA EM PERNAMBUCO ChamadaPública Nº0 01/2013 Projeto Basico SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMEMTO AGRÁRIO INTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INCRA EM PERNAMBUCO ChamadaPública Nº002/2013 Projeto Básico 1 ATER Especificações técnicas, formação de preço e demais, condições de contração do serviço de assistência técnica e extenção rural. INCRA 2013 MDA ATER Especificações técnicas, formação de preço e demais, condições de contração do serviço de assistência técnica e extenção rural. INCRA 2013 MDA 1

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Chamada Pública nº 002/2013

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMEMTO AGRÁRIO

INTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INCRA EM PERNAMBUCO

ChamadaPública Nº0 01/2013Projeto Basico

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMEMTO AGRÁRIO

INTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INCRA EM PERNAMBUCO

ChamadaPública Nº002/2013Projeto Básico

1

ATER

Especificações técnicas,formação de preço e demais,condições de contração do serviço de assistência técnica e extenção rural.

INCRA 2013MDA ATER

Especificações técnicas,formação de preço e demais,condições de contração do serviço de assistência técnica e extenção rural.

INCRA 2013MDA

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Chamada Pública nº 002/2013

Apresentação

A equipe técnica da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária emPernambuco elaborou este Projeto Básico visando delinear um modelo metodológico que deve ser cumpridopelas entidades executoras do serviço de assistência técnica e extensão rural. Desta forma, espera-sepromover o acesso das famílias assentadas nos projetos de assentamentos da reforma agrária emPernambuco à Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e ReformaAgrária – PNATER e ao Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER.

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Chamada Pública nº 002/2013

01. INTRODUÇÃO O serviço de assistência técnica e extensão rural é um programa desenvolvido sob a coordenação do InstitutoNacional de Colonização e Reforma Agrária, por meio da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos deAssentamento. A sua execução ocorrerá através de contratos por dispensa de licitação, na forma prevista noArt. 27 da Lei 12.188/2010, bem como, na Lei 8.666/1993, objetivando assegurar de forma continuada eintegral os serviços de assessoria técnica e extensão rural, desde a implantação dos Projetos deAssentamento, com o objetivo de torná-los unidades de produção estruturadas, inseridas de formacompetitiva no processo de produção, voltadas para o mercado e integradas à dinâmica do desenvolvimentomunicipal e regional.02. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste Projeto Básico é servir de base para a seleção de entidade(s) prestadora(s) de Serviços deAssistência Técnica e Extensão Rural – ATER, por meio de atividades individuais, coletivas e complementares,compreendendo o planejamento, a execução e avaliação, no contexto da implementação da Política Nacionalde Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o ProgramaNacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER,além da elaboração de Planos de Desenvolvimento do Assentamento - PDA, Planos de Recuperação doAssentamento - PRA e Projetos de Exploração Anual - PEA nos Projetos de Assentamento Rural no âmbito daSuperintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Pernambuco.

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2.1.1 Apontar estratégias iniciais para a construção da viabilidade econômica, da soberania alimentar enutricional das famílias assentadas em projetos de assentamento;

2.1.2. Apontar estratégias para a inserção na dinâmica do desenvolvimento territorial, viabilizando aintegração dos projetos de assentamento com planos de desenvolvimento regionais existentes;

2.1.3. Viabilizar a promoção da igualdade de gênero, o resgate dos saberes locais e do respeito à diversidadeétnica e cultural dos assentados;

2.1.4. Promover o acesso dos assentados (as) às diferentes modalidades do crédito instalação, bem como aosdemais programas de créditos produtivos;

2.1.5. Desenhar ações de estímulo à compreensão dos direitos especiais de mulheres, crianças, jovens eidosos, com foco na atenção à saúde, educação, segurança e lazer, buscando o fortalecimento da unidadefamiliar;

2.1.6. Sensibilizar e estimular as famílias quanto ao uso racional sustentável dos recursos naturais através depráticas de preservação e recuperação do meio ambiente;

2.1.7. Identificar e articular políticas públicas e equipamentos sociais existentes nos municípios e territóriosem que estão inseridos os Projetos de Assentamentos de modo a viabilizar o acesso das famílias assentadasaos direitos sociais;

2.1.8. Promover a viabilidade econômica e sustentável dos assentamentos por meio da maximização daprodução e produtividade, agregação de valor através de beneficiamento ou agroindustrialização da produçãoe potencialização da comercialização.

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3. OBJETO

Constitui objeto desta chamada pública a prestação, pela contratada, dos serviços de Assistência Técnica eExtensão Rural - ATER, para Projetos de Assentamento da Reforma Agrária sob jurisdição da SuperintendênciaRegional do INCRA em Pernambuco, de acordo as especificações técnicas constantes neste Projeto Básico.4. JUSTIFICATIVAO semiárido pernambucano ocupa cerca de dois terços do estado localizados entre o Agreste e o Sertão, ondeas adversidades ambientais provocam sérias limitações no processo produtivo das populações,particularmente daqueles que compõem o conjunto dos pequenos agricultores, que desenvolvem agriculturafamiliar. Sob a jurisdição da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária em Pernambuco existem 115 assentamentos na área do semiárido, envolvendo 4.923 famílias detrabalhadores rurais. Tal situação interfere duramente na condição de bem estar daquela parcela da população. Essa problemáticatem merecido atenção de autoridades governamentais e vários programas voltados para a convivência com osemiárido foram e vêm sendo desenvolvidos na busca de alternativas que melhorem a condição de vida dohomem do campo e, assim, viabilizem sua fixação, bem como venham a subsidiar a definição de políticaspúblicas para essa região.Nesse sentido as atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas pelos beneficiários dos projetos deassentamentos têm um papel importante para a manutenção da família no semiárido. Assim, o acesso à terraassociada com uma assistência técnica que promova as técnicas de convivência do semiárido irá possibilitar ageração de emprego, renda, moradia, alimentação, escola e melhoria na qualidade de vida das famíliasbeneficiadas.

Diante dessa realidade e da importância dos processos de assessoria técnica para odesenvolvimento dos assentamentos e, consequentemente, melhoria das condições de vida das famíliasassentadas, justifica-se a necessidade de realização do processo de Chamada Pública para prestação dosserviços de assistência técnica e extensão rural, nos moldes da Lei 12.188/2010 e Lei 8.666/1993 e suas

4

Projetos Famílias

52 2.018

serviços de assistência técnica e extensão rural, nos moldes da Lei 12.188/2010 e Lei 8.666/1993 e suasalterações.

5. ÁREA GEOGRÁFICA E PÚBLICO BENEFICIÁRIO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

O público beneficiário desse projeto básico são 4.923 famílias regularmente homologadas na relação debeneficiários da reforma agrária e residentes em 115 Projetos de Assentamentos, localizados nos municípiosde abrangência da Superintendência Regional do INCRA em Pernambuco – SR.03/PE, no semiáridopernambucano, agrupados por região, em lotes, de maneira a facilitar a execução dos serviços, considerandoa otimização de deslocamento, proximidade entre assentamentos, número de famílias, entre outros. Alocalização da base dos núcleos operacionais foi estabelecida com vistas a facilitar a logística de instalação emobilidade da equipe técnica. Sendo admitido para cada lote uma concorrência, conforme estabelecidos noquadro abaixo:

558

Lote II - Núcleo Operacional de Afogados da

Ingazeira

Custódia, Flores, Iguaraci, São José do Egito e Sertânia. 11

COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS

Lotes Municípios

Lote I - Núcleo Operacional de

Caruaru

Altinho, Belém de Maria, Belo Jardim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Caruaru, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lajedo, Panelas, Sairé, Santa Cruz do Capibaribe, São Bento do Una, São

Caetano, São Joaquim do Monte, Tacaimbó e Taquaritinga.

4

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Chamada Pública nº 002/2013

115 4.923

Lote III - Núcleo Operacional de Águas

BelasÁguas Belas, Bom Conselho, Iati, Itaíba e Tupanatinga. 27 1.192

Lote IV - Núcleo Operacional de

Pesqueira

Alagoinha, Arcoverde, Buíque, Brejão, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Lajedo, Pedra, Pesqueira e Poção.

25 1.155

6. ESTIMATIVA DOS CUSTOS DA CHAMADA PÚBLICA

A metodologia utilizada para formar os preços, que servirá para estimar o custo do objeto a sercontratado, foi à analítica descritiva, que utiliza como técnica de pesquisa o explicativo e é estruturada numasequência de causa e efeito em que se abordam os itens necessários para formação de preço. Assim, foirealizado um procedimento minucioso de cotação prévia de preços para composição da estimativa, de modo ase mostrarem, nos autos da Chamada Pública, valores inequivocamente adequados aos praticados nomercado. O orçamento do custo da mão de obra foi elaborado com base na lei salarial vigente.

6.1. MÃO DE OBRA

A Administração deve tomar em consideração, nos processos de chamada pública, alíquotas diferenciadasentre cooperativas e demais partícipes. Tal procedimento se justifica por que às sociedades cooperativaspossui um regime de tributação diferenciado, o que tem como consequências a ausência de incidência de

TOTAL

5

possui um regime de tributação diferenciado, o que tem como consequências a ausência de incidência dediversos tributos e outras parcelas (PARECER Nº 030/2012/CGJ/PFE/INCRA). Assim, é prudente e convenientediferenciar e esclarecer quais tributos e obrigações trabalhistas incidem nas parcelas a serem pagas associedades cooperativas e demais participes que poderão vir ser contratadas para prestarem o Serviço deAssistência Técnica e Extensão Rural no âmbito da Superintendência Regional do Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária.6.1.1. PROFISSIONAIS CONTRATADOS COM VINCULO EMPREGATÍCIOA Carta Magna de 1988, em seu art. 7º, inciso XIII, fixa a jornada de trabalho em 44 (quarenta e quatro)horas semanais, sendo 08 (oito) horas diárias conforme o art. 58 da Consolidação das Leis Trabalhistas. Olimite máximo de horas normais admitidas é 220 (duzentas e vinte) horas mensais. A Consolidação das LeisTrabalhistas ainda prever no seu art. 66 um intervalo mínimo de 11 (onze) horas entre uma jornada e outra,no art. 67 assegura um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e no art. 71 asseguraque o empregado que tenha trabalhado acima de 06 (seis) horas diárias terá direito a um intervalo de 01(uma) hora de repouso não remunerado, salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho, o mesmo intervalonão deverá exceder 02 horas. 6.1.2. ENCARGOS SOCIAIS

A definição dos percentuais dos encargos sociais foi fundamentada na legislação aplicável àespécie, consoante demonstrado neste artigo, tendo sido utilizada a metodologia e o modelo aplicado peloSupremo Tribunal Federal - STF, devidamente regulamentados por esse órgão mediante a InstruçãoNormativa nº 24, publicada no Boletim de Serviço n° 08, pág. 16 de 05/08/2005, adotando-se a estrutura decomposição dos itens constantes no Anexo III da Instrução Normativa nº 2, de 30 de abril de 2008, publicadano Diário Oficial da União do dia 2 de maio de 2008, Seção 1, página 93, do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão - MPOG, utilizando-se os dados estatísticos publicados pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística - IBGE, para todo o território brasileiro, bem como minudente estudo, fulcrado namédia dos coeficientes de encargos sociais praticados em âmbito nacional, adotando-se a boa técnica contábil,com aplicação do mês comercial na elaboração dos cálculos.Dessa forma, a estrutura de composição dos grupos contempla:

GRUPO (A): contém os gastos da contratada sobre a folha de pagamento;

GRUPO (B): contemplam as provisões para pagamento de férias, 13º salário, faltas e, ainda, a indenização doaviso prévio para todos os empregados antes do término do contrato;

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Chamada Pública nº 002/2013

aviso prévio para todos os empregados antes do término do contrato;

GRUPO (C): compreende avisos prévios concedidos ao longo do contrato e pagamento da multa de FGTS porrescisão sem justa causa; e GRUPO (D): engloba os custos previdenciários sobre férias e 13º salário, conforme demonstrado a seguir:

6.1.2.1. GRUPO (A) – OBRIGAÇÕES SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO:

A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) - Conforme o art. 22, inciso I, da Lei nº 8.212/91, a empresa custeia 20%(vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante omês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços;

A2. SESI/SESC - Conforme o art. 30 da Lei nº 8.036/90, a contratada fica obrigada a contribuir com 1,5%(um e meio por cento) para manutenção do Serviço Social do Comércio e ao Serviço Social da Indústria;

A3. SENAI/SENAC - O contribuinte arca com 1%, em obediência ao Decreto-Lei nº 2.318/86;

A4. INCRA - A empresa contratada participa com 0,2%, para atendimento dos arts. 1º e 2º do Decreto-Lei nº1.146/70;

A5. SALÁRIO-EDUCAÇÃO - A contribuição social do salário-educação, prevista no art. 212, § 5o, daConstituição e devida pelas empresas, será calculada com base na alíquota de 2,5% (dois inteiros e cincodécimos por cento), incidente sobre o total de remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aossegurados empregados, ressalvadas as exceções legais, conforme determinação do art. 15 da Lei nº 9.424/96e do art. 2º do Decreto nº 3.142/99.

6

A6. FGTS - O tributo está previsto no art. 7º, inciso III, da Constituição Federal, tendo sido regulamentadopela Lei nº 8.039/90, que em seu art. 15 prever que, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, atéo dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento)da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador.

A7. SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO - Segundo a classificação do nível de risco dos serviços, o prêmio podeser de 1%, 2% ou 3%, conforme preceitua o art. 22, inciso II, da Lei nº 8.212/91;

A8. SEBRAE - O empregador, para atender às Leis números 8.029/90 e 8.154/90, contribui com 0,6% sobre afolha de pagamento.

6.1.2.2. GRUPO (B) – PROVISIONAMENTOS:

B1. FÉRIAS - Afastamento de 30 dias, sem prejuízo da remuneração, após cada período de 12 (doze) mesesde vigência do contrato de trabalho. O pagamento ocorre conforme preceitua o art. 129 e o inciso I do art.130 do Decreto-Lei nº 5.452/43 - CLT. Cálculo: 1/12 x 100 = 8,33%;

B2. ADICIONAL DE FÉRIAS - A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XVII, prevê que as férias sejampagas com adicional de, pelo menos, 1/3 (um terço) da remuneração do mês. Assim, a provisão para atenderas despesas relativas ao abono de férias corresponde a: (1/3)/12 x 100 = 2,78%;

B3. FÉRIAS SOBRE A LICENÇA MATERNIDADE [(0,11x 0,02x0,33)x100] = 0,07%

B4. LICENÇA PATERNIDADE - Foi criada pelo art. 7º, inciso XIX, da CF, combinado como o art. 10, § 1º, doAto das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. É concedida ao empregado o direito de ausentar-sedo serviço por cinco dias quando do nascimento de filho. Os dados estatísticos publicados no IBGEdemonstram que apenas 1,5% dos trabalhadores utilizam anualmente a licença paternidade, em razão donascimento de filho. Dessa forma, a provisão para este item corresponde a: (5/30)/12) x 0,015 x 100 =0,02%;

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Chamada Pública nº 002/2013

B5. AUXÍLIO DOENÇA - Na aplicação do art. 59 e 60 da Lei n.º 8.213/91, a empresa é obrigada a suprir aausência de 15 (quinze) dias do empregado por motivo de acidente ou doença atestada pelo INSS. Com basenos dados estatísticos divulgados pelo IBGE, a média anual de faltas justificadas motivadas por algum tipo dedoença por trabalhador é de 05 (cinco) faltas, sendo provisionado para atender esse item: ((5/30)/12) x 100= 1,39%;

B6. FALTAS LEGAIS - Ausências ao trabalho asseguradas ao empregado pelo art. 473 da CLT (morte decônjuge, ascendente, descendente; casamento; nascimento de filho; doação de sangue; alistamento eleitoral;serviço militar; comparecer a juízo). De acordo com dados estatísticos do IBGE, cada empregado falta um diapor ano a esse título. Nesse caso, a provisão será de ((1/30)/12) x 100 = 0,28%;

B7. AVISO PRÉVIO - Refere-se à indenização de sete dias corridos devida ao empregado no caso de oempregador rescindir o contrato sem justo motivo e conceder aviso prévio, conforme disposto no art. 488 daCLT. Desta forma, a provisão para este item corresponde a: ((7/30)/12) x 100 = 1,94%;

B8. ACIDENTE DE TRABALHO - O art. 27 do Decreto nº 89.312, de 23.01.1984, obriga o empregador aassumir o ônus financeiro pelo prazo de 15 (quinze) dias, no caso de acidente de trabalho previsto no art. 131da CLT. De acordo com dados estatísticos do IBGE, 8% (oito por cento) dos empregados se acidentam no ano.Assim, a provisão corresponde a: ((15/30)/12) x 0,08 x 100 = 0,33%.

B9. 13º SALÁRIO - Gratificação de Natal, instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962. A provisãomensal representa 1/12 da folha para que ao final do período complete um salário. Cálculo: 1/12 x 100 =8,33%.

6.1.2.3. GRUPO (C) – VERBAS IDENIZATORIAS:

7

%

ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO

CUSTO

6.1.2.3. GRUPO (C) – VERBAS IDENIZATORIAS:

C1. AVISO PRÉVIO INDENIZADO - Trata-se de valor devido ao empregado no caso de o empregador rescindiro contrato sem justo motivo e sem lhe conceder aviso prévio, conforme disposto no § 1º do art. 487 da CLT,com a incidência do FGTS, conforme Enunciado nº 305 do TST e IN SIT nº 25/01, art. 12, inciso XIX. Cerca de5% do pessoal é demitido pelo empregador, antes do término do contrato de trabalho. Assim, a provisãonecessária será somente para esses empregados, pois os demais receberão o aviso prévio quando findar ocontrato (Aviso Prévio Final de Contrato). (Logo a provisão representa: [((1/12) x 0,05)) x 1,095] = 0,46%;

C2. INDENIZAÇÃO ADICIONAL - Prevista no art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984, assegurandoao empregado dispensado sem justa causa, nos trintas dias que antecederem a convenção salarial, o direito àpercepção de indenização adicional equivalente a um mês de remuneração. Embora prevista na legislação, asua ocorrência tem sido remota, razão pela qual foi estimada em 1% dos empregados durante o ano: [((1/12)x 0,02) x 100] = 0,16%;

C3. MULTA FGTS - Rescisão sem Justa Causa - A Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001,determina multa de 50% e eleva o depósito para 8,5%. Considerando que 10% dos empregados pedemcontas, essa penalidade recai sobre os 90% remanescentes. Dessa forma, a provisão corresponde a: (0,085 x0,5X 100) = 4,20%.

6.1.2.4. GRUPO (D) – CUSTOS PREVIDENCIÁRIOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO:

A incidência do Grupo “A” de 35,80% sobre o Grupo “B” 23,47 resulta em 8,40%. O somatório dos índices quecompõem o coeficiente dos Encargos Sociais para contratação de serviços contínuos perfaz o percentual de72,50%, o que está em perfeita consonância com a legislação aplicável e com a prática existente.

CUSTO COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR

SALÁRIO BASE R$ 5.763,00

GRUPO A

7

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Chamada Pública nº 002/2013

20,00

1,50

1,00

0,20

2,50

8,00

2,00

0,60

35,80

%

8,33

2,78

0,07

0,02

1,39

0,28

1,94

0,33

8,33

23,47

R$ 480,06

A5. SALÁRIO EDUCAÇÃO R$ 144,08

A6. FGTS R$ 461,04

B5. AUXÍLIO DOENÇA R$ 80,11

B6. FALTAS LEGAIS R$ 16,14

B9. 13º SALÁRIO R$ 480,06

B3. FÉRIAS SOBRE LICENÇA MATERNIDADE R$ 4,03

B4. LICENÇA PATERNIDADE R$ 1,15

GRUPO B CUSTO

B2. ADICIONAL DE FÉRIAS R$ 160,21

A7. SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO R$ 115,26

A8. SEBRAE R$ 34,58

TOTAL DO GRUPO A R$ 2.063,15

A2. SESI/SESC R$ 86,45

A3. SENAI/SENAC R$ 57,63

B1. FÉRIAS

A4. INCRA R$ 11,53

A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSS R$ 1.152,60

TOTAL DO GRUPO B R$ 1.352,58

B7. AVISO PRÉVIO TRABALHADO R$ 111,80

B8. ACIDENTE DO TRABALHO R$ 19,02

8

23,47

%

0,46

0,16

4,20

4,82

%

35,80

23,47

8,40

72,49

172,49

%

0,65

3,00

5,00

8,65

181,14TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS + TRIBUTOS R$ 10.800,60

ISS R$ 497,04

TOTAL DOS TRIBUTOS R$ 859,87

TRIBUTOS CUSTO

COFINS R$ 298,22

PIS R$ 64,61

PERCENTUAL TOTAL DOS ENCARGOS R$ 4.177,73

TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS R$ 9.940,73

D3. GRUPO A SOBRE GRUPO B R$ 484,22

GRUPO D CUSTO

D2. GRUPO "B" R$ 1.352,58

TOTAL DO GRUPO C R$ 277,78

D1. GRUPO "A" R$ 2.063,15

C2. IDENIZAÇÃO ADICIONAL R$ 9,22

C3. MULTA FGTS R$ 242,05

GRUPO C CUSTO

C1. AVISO PRÉVIO IDENIZADO R$ 26,51

TOTAL DO GRUPO B R$ 1.352,58

8

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Chamada Pública nº 002/2013

20,00

1,50

1,00

0,20

2,50

8,00

2,00

0,60

35,80

%

8,33

2,78

0,07

0,02

1,39

0,28B6. FALTAS LEGAIS R$ 8,07

B4. LICENÇA PATERNIDADE R$ 0,58

B5. AUXÍLIO DOENÇA R$ 40,05

B2. ADICIONAL DE FÉRIAS R$ 80,11

B3. FÉRIAS SOBRE LICENÇA MATERNIDADE R$ 2,02

B1. FÉRIAS R$ 240,03

GRUPO B CUSTO

A8. SEBRAE R$ 17,29

TOTAL DO GRUPO A R$ 1.031,58

A6. FGTS R$ 230,52

A7. SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO R$ 57,63

A4. INCRA R$ 5,76

A5. SALÁRIO EDUCAÇÃO R$ 72,04

A3. SENAI/SENAC R$ 28,82

A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSS R$ 576,30

A2. SESI/SESC R$ 43,22

ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO

CUSTO COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO

SALÁRIO BASE R$ 2.881,50

9

0,28

1,94

0,33

8,33

23,47

%

0,46

0,16

4,20

4,82

%

35,80

23,47

8,40

72,49

172,49

%

0,65

3,00

5,00

PERCENTUAL TOTAL DOS ENCARGOS R$ 2.088,86

D2. GRUPO "B" R$ 676,29

D3. GRUPO A SOBRE GRUPO B R$ 242,11

COFINS R$ 86,45

ISS R$ 144,08

TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS R$ 4.970,36

TRIBUTOS CUSTO

PIS R$ 18,73

D1. GRUPO "A" R$ 1.031,58

GRUPO D CUSTO

C3. MULTA FGTS R$ 121,02

TOTAL DO GRUPO C R$ 138,89

GRUPO C CUSTO

C2. IDENIZAÇÃO ADICIONAL R$ 4,61

C1. AVISO PRÉVIO IDENIZADO R$ 13,25

TOTAL DO GRUPO B R$ 676,29

B8. ACIDENTE DO TRABALHO R$ 9,51

B9. 13º SALÁRIO R$ 240,03

B6. FALTAS LEGAIS R$ 8,07

B7. AVISO PRÉVIO TRABALHADO R$ 55,90

9

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Chamada Pública nº 002/2013

8,65

181,146.2.1. PROFISSIONAIS CONTRATADOS SEM VINCULO EMPREGATÍCIO

As sociedades cooperativas são reguladas pela Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que definiu a PolíticaNacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas. São sociedades de pessoas denatureza civil, com forma jurídica própria, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aosassociados e que se distinguem das demais sociedades pelas seguintes características:

a) adesão voluntária, com número ilimitado de associados; b) variabilidade do capital social, com cotas-partes; c) limitação do número de cotas partes para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critériosde proporcionalidade; d) inacessibilidade das quotas partes do capital à terceiros, estranhos à sociedade; e) retorno das sobras liquidas do exercício; d) indivisibilidade dos fundos de reserva e de assistência técnica; e) neutralidade política; f) prestação de assistência aos associados ou empregados; g) os associados se obrigam a participar da vida em comum, sem objetivo de lucro.

6.2.2. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E DA CONDIÇÃO DE COOPERADO

TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS + TRIBUTOS R$ 5.219,61

TOTAL DOS TRIBUTOS R$ 249,25

10

6.2.2. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E DA CONDIÇÃO DE COOPERADO

Nos termos do art. 90 da Lei nº 5.764/71 e do art. 442, parágrafo único da Consolidação das LeisTrabalhistas, inexiste vínculo empregatício entre associados e a sociedade cooperativa de qualquer natureza,entretanto, as cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos seus empregados para os fins dalegislação trabalhista e previdenciária.

No que diz respeito à contratação do serviço de assistência técnica e extensão rural, para ser executado poruma sociedade cooperativa, é preciso ficar claro que dentro da relação da tomadora de serviços para com oscooperados, não poderá existir qualquer pressuposto que enseje o vínculo empregatício, sendo que docontrário, poderão os cooperados pleitear vínculo direto com a tomadora dos serviços.

A caracterização dessa situação pode gerar graves prejuízos financeiros ao erário, uma vez que aadministração pública tem responsabilidade sucessiva por eventuais débitos trabalhistas do fornecedor de mãode obra, nos termos da Súmula nº 331, do Tribunal Superior do Trabalho.

Desta forma, quando a administração pública faz a contratação de uma cooperativa para executar o serviço deassistência técnica e extensão rural , o serviço contratado deverá ser executado obrigatoriamente peloscooperados, vedando-se qualquer intermediação ou subcontratação. Assim, administração pública deve exigir,antes de celebrar o contrato, que a cooperativa:

a) apresente a relação dos cooperados que atendem aos requisitos técnicos exigidos para a contratação e queexecutarão o contrato, com as respectivas atas de inscrição; b) demonstre a declaração de regularidade de situação do contribuinte individual de cada um dos cooperadosque irão executar os serviços contratados (Art. 4o, § 2o, da Lei nº 10.666, de 08 de maio de 2003); c) comprove o capital social proporcional ao número de cooperados necessários à prestação do serviço; d) comprove a integração das respectivas quotas-partes por parte dos cooperados que executarão o contrato; e) apresente pelo menos três registros de presença dos cooperados que executarão o contrato em assembleiasgerais ou nas reuniões seccionais da Cooperativa.

Estas exigências devem constar no edital da chamada pública, e no caso da Cooperativa não atender asexigências citadas acima, a mesma deve ser eliminada do processo de seleção para prestação dos serviços de

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exigências citadas acima, a mesma deve ser eliminada do processo de seleção para prestação dos serviços deassistência técnica e extensão rural na fase de habilitação. 6.2.3. DO CUSTO DE CONTRATAÇÃO DE UM PROFISSIONAL COOPERADO

Sobre a relação de emprego, da qual decorrem os encargos sociais, é cristalino e assentado o entendimentodo Judiciário, em inúmeros acórdãos da Justiça do Trabalho, de que a prestação de serviços, por trabalhadorautônomo, na qualidade de sócio cooperativado, admitido na forma da Lei nº 5.764/71, não gera vínculo deemprego com a cooperativa, como estabelece o art. 90 daquele dispositivo legal e veda o parágrafo único doartigo 442 da CLT, acrescido pela Lei nº 8.949/94. (ATA Nº 9/2004 DO TCU, PLENÁRIO, REL. MIN. MARCOSVINICIOS VILAÇA).

Portanto, não restam dúvidas de que a relação havida entre cooperativa e trabalhador associado não geravínculo de emprego entre as partes. O mesmo ocorre quando o associado de cooperativa de trabalho se servedela para a realização de sua atividade profissional para empresas diversas, pois o parágrafo único no art. 442da Consolidação das Leis Trabalhistas também veda a formação de vínculo empregatício entre oscooperativados e os tomadores de serviços (ATA Nº 9/2004 DO TCU, PLENÁRIO, REL. MIN. MARCOS VINICIOSVILAÇA).

Ante a inexistência de vínculo empregatício não há por que se exigir de uma sociedade cooperativa obrigaçõesde ordem trabalhistas, pois o regime diferenciado conferido constitucional e legalmente às sociedades civiscooperativadas não lhes permite o atendimento da mesma forma ou no mesmo padrão das sociedadescomerciais (ATA Nº 9/2004 DO TCU, PLENÁRIO, REL. MIN. MARCOS VINICIOS VILAÇA).

O cooperado, nos termos da legislação previdenciária da Lei nº 8.212/91 e posteriores reedições é umprofissional equiparado ao autônomo, e como tal recebe quando trabalha, não cabendo a obrigatoriedade de

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profissional equiparado ao autônomo, e como tal recebe quando trabalha, não cabendo a obrigatoriedade depagamento ao cooperado de 13º salário, férias, fundo de garantia por tempo de serviço, aviso prévio, bemcomo qualquer outra obrigação trabalhista. Desta forma, dentro da relação da tomadora de serviços para comos cooperados, não poderá existir qualquer pressuposto que enseje o vínculo empregatício, sendo que docontrário, poderão os cooperados pleitear vínculo direto com a tomadora dos serviços.A caracterização dessa situação pode gerar graves prejuízos financeiros ao erário, uma vez que aadministração pública tem responsabilidade sucessiva por eventuais débitos trabalhistas do fornecedor de mão-de-obra, nos termos da Súmula nº 331, do Tribunal Superior do Trabalho. Assim, quando a administraçãopública faz a contratação de uma cooperativa para executar o serviço de assistência técnica e extensão rural ,o serviço contratado deverá ser executado obrigatoriamente pelos cooperados, vedando-se qualquerintermediação ou subcontratação. 6.2.4. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA À SEGURIDADE SOCIAL - INSS

Quanto ao regime previdenciário das sociedades cooperativas, o § 15º do art. 9º do Regulamento daPrevidência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.408/99, aduz ser segurado obrigatório da Previdência Social naqualidade de contribuinte individual, o trabalhador associado à cooperativa de trabalho que, nessa qualidade,presta serviços a terceiros.

Por força do inciso III, do art. 201, do Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto nº 3.408/99,na redação do Decreto nº 3.265/99, a empresa (estendido aos entes e órgãos públicos) que tomar serviço deuma cooperativa de trabalho estará sujeita a pagar contribuição destinada à Seguridade Social, de "quinze porcento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhesão prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho".

O inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212/91, acrescido pela Lei nº 9.876/99, instituiu também que o tomador deserviços está obrigado a recolher 15% (quinze por cento), como contribuição previdenciária, sobre o valorbruto da nota fiscal ou fatura, relativamente aos serviços prestados por cooperados, por intermédio decooperativas de trabalho. O art. 4o, § 2o, da Lei nº 10.666, de 08 de maio de 2003, estabelece que a cooperativa de trabalho e apessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS dos seuscooperados e contratados, respectivamente, como contribuintes individuais, se ainda não inscritos.

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cooperados e contratados, respectivamente, como contribuintes individuais, se ainda não inscritos.

De acordo com o Art. 217, da IN RFB n° 971/2009, na prestação de serviços de cooperados por intermédio decooperativa de trabalho, havendo previsão contratual de fornecimento de material ou a utilização deequipamento próprio ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, esses valores serão deduzidos da basede cálculo da contribuição, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação deserviços e comprovado o custo de aquisição dos materiais e de locação de equipamentos de terceiros, se for ocaso.

Cooperativa de Trabalho manterá em seu poder, para apresentar à Receita Federal do Brasil, os documentosfiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos aomaterial ou equipamentos cujos valores foram discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação deserviços.

6.2.5. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS

Quanto ao Programa de Integração Social - PIS estão às cooperativas sujeitas ao pagamento deste tributo deduas formas:

1º Sobre a Folha de Pagamento, mediante a aplicação de alíquota de 1% (um por cento) sobre a folha depagamento mensal de seus empregados.

2º Sobre a Receita Bruta, calculada à alíquota de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), a partir de01.02.2003, de acordo com a Medida Provisória n.º 107 de 10.02.2003, com exclusões da base de cálculoprevistas pela Medida Provisória 2113-27/2001, art. 15.

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De acordo com o artigo 15º, da Medida Provisória Nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, as sociedadescooperativas poderão, observados o disposto nos artigos 2º e 3º da Lei nº 9.718, de 1988 excluir da base decálculo da COFINS e do PIS/PASEP:

I - os valores repassados aos associados, decorrentes da comercialização de produto por eles entregue àcooperativa;

II - as receitas de venda de bens e mercadorias a associados;

III - as receitas decorrentes da prestação, aos associados, de serviços especializados, aplicáveis na atividaderural, relativos à assistência técnica, extensão rural, formação profissional e assemelhadas; IV - as receitas decorrentes do beneficiamento, armazenamento e industrialização de produção do associado;

V - as receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos rurais contraídos junto a instituiçõesfinanceiras, até o limite dos encargos a estas devidos. § 1o Para os fins do disposto no inciso II, a exclusão alcançará somente as receitas decorrentes da venda debens e mercadorias vinculados diretamente à atividade econômica desenvolvida pelo associado e que sejaobjeto da cooperativa.

6.2.6. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) foi criada pelo art. 10 da LeiComplementar n.º 70/91. O art. 6.º da citada legislação, por sua vez, isentou as sociedades cooperativas,sociedades civis de profissão regulamentada e as sociedades beneficentes de assistência social dorecolhimento da referida contribuição. Ocorre que, com a edição da Lei Ordinária n.º 9.430/96, em seu artigo 56, e, mais tarde, com a edição da LeiOrdinária n.º 9.718/98, houve clara tentativa de revogar o benefício da isenção fiscal, fazendo com que aReceita Federal passasse a exigir o pagamento do tributo mesmo das pessoas jurídicas isentas acima citadas. No entanto, tal revogação se operou de forma inconstitucional. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que leisde hierarquia inferior, como as leis ordinárias n.º 9.430/96 e n.º 9.718/98, não podem revogar dispositivos de

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TOTAL DOS TRIBUTOS

SALÁRIO BASE

de hierarquia inferior, como as leis ordinárias n.º 9.430/96 e n.º 9.718/98, não podem revogar dispositivos deLei Complementar n.º 70/91, que criou a isenção. As decisões foram tantas que resultaram na edição daSúmula 276 do STJ, que mantém o benefício da isenção fiscal prevista no artigo 6.º da Lei Complementar n.º70/91. Todavia, o Chefe do Poder Executivo, através do art. 23 da Medida Provisória n.º 1.858-6, de 29 de junho de

TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS 115,00 R$ 6.627,45

100,00 R$ 2.881,50

A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSS 15,00 R$ 432,23

CUSTO COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR

SALÁRIO BASE 100,00 R$ 5.763,00

A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSS 15,00 R$ 864,45

TOTAL + ENCARGOS + TRIBUTOS

CUSTO COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO

CUSTO

PIS 0,65 R$ 43,08

COFINS 3,00 R$ 198,82

%TRIBUTOS

ISS 5,00

8,65

123,65 R$ 7.125,95

R$ 573,27

R$ 331,37

13

TOTAL DOS TRIBUTOS

A -

B -C -

53,0

Total de dias úteis por ano (360-115) Total de dias não trabalhados por ano

PIS 0,65 R$ 21,54

COFINS 3,00 R$ 99,41

Sábados 53,0

115,0

%

123,65 R$ 4.097,42

Calculo dos dias não trabalhados por ano

Feriados 9,0

245,0

TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS 115,00 R$ 3.313,73

TOTAL + ENCARGOS + TRIBUTOS

Total de dias por ano calendário 360,0

Domingos

5,00 R$ 165,69

8,65 R$ 286,64

CUSTOTRIBUTOS

ISS

7. QUANTIDADE MÉDIA DE HORAS TRABALHADAS E VALOR DA HORA TÉCNICA De acordo com a Constituição Federal o número máximo de horas de trabalho por semana para qualquer profissional é de 44 horas, entretanto, valores inferiores podem ser fixados através de acordos coletivos, sempre por categorias profissionais ou por sindicato de trabalhadores. Considerando-se, os profissionais que atuam no serviço de assistência técnica e extensão rural, o horário normal de trabalho é das 8:00 às 17:00 horas, com intervalo de 01 hora para almoço, concluímos que a jornada de trabalho diária é de 08 horas, assim, podemos considerar um total de 40,0 horas para semana de cinco dias úteis.

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Chamada Pública nº 002/2013

R =D = 20,42H = 8,00V = R$ 60,86

Fórmula: V = R ÷ D ÷ H, onde:

Total de dias úteis no mês: (C ÷ 12) 20,42

7.1.2. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NM COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO

O custo da remuneração do profissional de nível médio, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela

quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio, vai ser igual ao custo da hora técnica do profissional

de nível médio.

custo da hora técnica do profissional de nível superior com vínculo

V = custo da hora técnica do profissional de nível superiorR = custo da remuneração do profissional de nível superior D = número de dias úteis no mêsH = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior

Assim, temos:

7.1.1. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NS COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO O custo da remuneração do profissional de nível superior, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhadas no dia por um profissional de nível superior, vai ser igual ao custo da hora técnica de um profissional de nível superior.

R$ 9.940,73 custo da remuneração do profissional de nível superiornúmero de dias úteis no mêsquantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior

14

R =D = 20,42H = 8,00V = R$ 30,43

R = Assim, temos:

custo da hora técnica do profissional de nível médio com vínculo

V = custo da hora técnica do profissional de nível superior

R$ 4.970,36 custo da remuneração do profissional de nível médio

V = custo da hora técnica do profissional de nível médioR = custo da remuneração do profissional de nível médio

H = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior

Fórmula: V = R ÷ D ÷ H, onde:

7.2.1. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NS SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO O custo da remuneração do profissional de nível superior, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhadas no dia por um profissional de nível superior, vai ser igual ao custo da hora técnica de um profissional de nível superior.

de nível médio.

R$ 6.627,45 custo da remuneração do profissional de nível superior

número de dias úteis no mêsquantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio

D = número de dias úteis no mêsH = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio

Assim, temos:

R = custo da remuneração do profissional de nível superior D = número de dias úteis no mês

Fórmula: V = R ÷ D ÷ H, onde:

14

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Chamada Pública nº 002/2013

D = 20,42H = 8,00V = R$ 40,58

R =D = 20,42H = 8,00V = R$ 20,29

7.2.2. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NM SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO

O custo da remuneração do profissional de nível médio, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio, vai ser igual ao custo da hora técnica do profissional de nível médio.

8. CÁLCULO DA NECESSIDADE DE TÉCNICOS

Conforme determina o item 5.3 do Manual Operacional de ATER, aprovado pela Norma de Execução

custo da hora técnica do profissional de nível superior sem vínculo

número de dias úteis no mêsquantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior

V = custo da hora técnica do profissional de nível médioR = custo da remuneração do profissional de nível médioD = número de dias úteis no mêsH = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio

Assim, temos: R$ 3.313,73

Fórmula: V = R ÷ D ÷ H, onde:

custo da remuneração do profissional de nível médionúmero de dias úteis no mêsquantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médiocusto da hora técnica do profissional de nível médio sem vínculo

15

2 3 4 Total

2 3 3 133 6 6 271 1 1 50 2 2 60 1 1 31 2 1 6

3 5 5 214 10 9 39

7 15 14 60

Lotes 1

Conforme determina o item 5.3 do Manual Operacional de ATER, aprovado pela Norma de Execução INCRA/DD/Nº78 de 31 de outubro de 2008, a composição das equipes técnicas obedecerão às seguintes proporções mínimas:

A Equipe técnica deverá ser constituída por no mínimo 1/3 de seus profissionais apresentando experiência comprovada de mais de 02 (dois) anos em trabalhos técnicos com agricultura familiar e extensão rural.

Nas propostas apresentadas serão exigidas as seguintes informações: relação nominal do corpo técnico com arespectiva formação, contendo o número do diploma registrado no MEC, número de registro no ConselhoProfissional ou de Classe, currículo comprovado, assim como, declaração dos profissionais da equipe técnica,de que aceita participar e está ciente de todas as condições e exigências desta chamada pública. Além disso,recomenda-se que a equipe técnica tenha composição mista (homens e mulheres).

Total

Nível Superior 8

Total(NS/NM) 24

AmbientalNível Superior 1

Nível Médio 2

Quantidade de Profissionais e Qualificações

Famílias

ProdutivaNível Superior 5

Nível Médio 12

Proporção de técnicos (as) das ciências sociais ou ambientais 1/250 Famílias Proporçãode técnicos (as) das ciências agrárias: 1/125 Famílias

Social / Econômica Nível Médio 2

Proporção de técnicos (as) de nível superior: ⅓

Numero de famílias atendidas por técnico (a): 1:85 Famílias

Social Nível Superior 2

Nível Médio 16

15

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Chamada Pública nº 002/2013

NS NM Total Com vínculo Sem vínculo8 16 24 3.205.787,47 2.378.312,04 52 2.018

3 4 7 1.082.435,98 797.540,01 11 558

5 10 15 1.948.204,23 1.437.348,62 27 1.192

5 9 14 1.916.559,84 1.381.483,29 25 1.155

21 39 60 8.152.987,52 5.994.683,96 115 4.923

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES METAS

1 2 3 4

SERVIÇOS

O valor da presente chamada pública é de R$ 8.152.987,52 (Oito milhões, cento e cinquenta e dois mil,novecentos e oitenta e sete reais e cinquenta e dois centavos) quando for na modalidade com vínculoempregatício mais os impostos e R$ 5.994.683,96 (cinco milhões, novecentos e noventa e quatro mil,seiscentos e oitenta e tres reais e noventa e seis centavos) quando for na modalidade sem vínculoempregatício mais os impostos. Os pagamentos ocorrerão a cada trinta dias, respeitando a periodicidade deprestação de serviços apresentadas no cronograma de execução, com valor equivalente aos serviçosexecutados, no referido período, mediante apresentação do ateste do beneficiário e outras formas decomprovação requeridas.

VALOR DA CHAMADA PÚBLICAPERNAMBUCO – SR.03/PE

LoteComposição de Profissionais

Valor do Lote incluindo os impostos Nº de Assentamentos

Total de famílias

02 - Afogados

02 - Águas Belas

01 - Caruaru

04 - Pesqueira

TOTAL

16

I II III IV V VI VII VIII

12º

10º

11º

MESESSERVIÇOS

16