programa saber direito curso: direito do consumidor

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5/21/2018 PROGRAMASABERDIREITOCURSO:DIREITODOCONSUMIDOR-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/programa-saber-direito-curso-direito-do-consumidor PROGRAMA SABER DIREITO CURSO: DIREITO DO CONSUMIDOR PROFESSOR: LINDOJON BEZERRA 1ª AULA: PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CDC Princípios específicos no direito do consumidor Como é de praxe em todo estudo, inicia-se este com os princ ípios de forma geral (aplicados no servi ç o p ú  blico) e agora estudar-se- á  de forma espec í fica (aplicáveis ao direito do consumidor). São eles: modicidade, generalidade, efici ência, cortesia, dignidade da pessoa humana, liberdade, justi ça, pobreza, solidariedade, isonomia, honra, informação, atividade econômica e o da continuidade. Princípio da modicidade A modicidade significa que o servi ço pú  blico deve ser prestado, não de forma gratuita, sendo, a princípio, lícito que se cobre, seja através de taxa, tarifa ou preço pú  blico, uma contrapresta ção pecuniária pela atividade disponibilizada para um terceiro. A tarifa deve ser acessível à população, sendo vedado o locupletamento. Princípio da generalidade Quanto à generalidade, significa dizer que um servi ço de interesse pú  blico  jamais poderá  ser prestado sem que se atenda a este fim, isto é, o interesse coletivo. Tal serviço deve ser impessoal e atender ao maior n úmero de usuários possível, devendo ser a todos acessível. Princ í pio da efici ê ncia

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PROFESSOR: LINDOJON BEZERRA

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  • PROGRAMA SABER DIREITOCURSO: DIREITO DO CONSUMIDORPROFESSOR: LINDOJON BEZERRA

    1AULA:PRINCPIOSNORTEADORESDOCDC

    Princpiosespecficosnodireitodoconsumidor

    Comodepraxeemtodoestudo,iniciaseestecomosprincpiosdeforma

    geral (aplicados no servio pblico) e agora estudarse de forma especfica

    (aplicveisaodireitodoconsumidor).

    So eles: modicidade, generalidade, eficincia, cortesia, dignidade da

    pessoa humana, liberdade, justia, pobreza, solidariedade, isonomia, honra,

    informao,atividadeeconmicaeodacontinuidade.

    Princpiodamodicidade

    Amodicidadesignificaqueoserviopblicodeveserprestado,node

    formagratuita,sendo,aprincpio,lcitoquesecobre,sejaatravsdetaxa,tarifaou

    preopblico,umacontraprestaopecuniriapelaatividadedisponibilizadapara

    umterceiro.Atarifadeveseracessvelpopulao,sendovedadoolocupletamento.

    Princpiodageneralidade

    Quantogeneralidade,significadizerqueumserviodeinteressepblico

    jamaispoderserprestadosemqueseatendaaestefim,isto,ointeressecoletivo.

    Tal serviodeveser impessoal e atender ao maior nmerodeusurios possvel,

    devendoseratodosacessvel.

    Princpiodaeficincia

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    Aeficinciacorrespondeaumprincpiorelativamentenovo.Desorteque,

    oprestadordoserviopblicodevesemprebuscaroaperfeioamentodoservio,

    incorporandoosmelhoresrecursosetcnicaspossveis,sobpenadedefasagemna

    prestao.

    Princpiodacortesia

    Acortesiacorrespondeaoatendimentopblicodeformaurbana,educada

    esolcita.Poiscomosevfrentenestetrabalho,oconsumidorodestinatriofinal

    doservio,nopodendoserdiscriminadooumaltratado.Todaasuareclamaoou

    pedido de informao devemser respondidos. A lei consumerista, bemcomo a

    prpria Constituio da Repblica de 1988, confere ao cidado direitos que o

    resguardedeabusoscometidospelasprestadoras,tudodeacordocomaabordagem

    aserdiscorridanopresentetrabalho.

    Princpiodadignidadedapessoahumana

    Adignidade da pessoa humana princpio fundamental expresso na

    CartaMagnade1988,maisprecisamenteemseuartigo1.Eumvalorjpreenchido

    abinitio1,poistodoserhumanotemadignidadetosomentepelofatodeserpessoa.

    Elaaprimeiragarantiadaspessoasealtimainstnciadeguaridados

    direitosfundamentais.Aindaquenosejadefinida,visvelsuaviolao,quando

    ocorre.

    Princpiodaliberdade

    Oprincpio da liberdade constitucional e aparece na forma que se1

    de incio.

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    abordaaseguir.

    Conferese a liberdade de iniciativa a todos aqueles que decidampor

    vontadeprpria, tomandoseusbense constituindoos emcapital, ir ao mercado

    empreenderalgumaatividade.

    Nestesentido,oempreendedortemalivreescolhadeassumirosriscosda

    atividadeempresarial.

    Para o consumidor, a liberdade significa que o Estado intervir nas

    relaesdeconsumoafimdepropiciarlivrenegociaonocomrcioegarantira

    proteodevidaemrazodesuafraquezaeconmicaemrelaoaofornecedor.

    Princpiodajustia

    AConstituioFederal,emseuartigo3,incisoI,estabelececomoumdos

    objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil a construo de uma

    sociedadelivre,justaesolidria.

    Convmexplicitarque,halgumtempo,ascomunidadesdecidiamseus

    litgiosatravsdafora.Comaevoluodassociedades,oshomensabdicaramde

    seus direitos de decidirem individualmente por um terceiro que interviria nos

    conflitos. E, assim,criouseafiguradoEstadoe, consequentemente,doJuizque,

    entrealgunspovoserachamadodePretor.ComafiguradoJuizEstadoaspessoas

    atriburamlheafunodejulgardamaneiramaiscorretapossvel.Dafalarseem

    Justia.

    NoBrasilnoocorredemododiferente,ondelevamseconflitosaoPoder

    Judicirioemltimainstncia,quandonoseconsegueresolvlos.

    Ajustiasomaseaoprincpiodaintangibilidadedadignidadehumana,

    como fundamento de todas as normas jurdicas, na medida em que qualquer

    pretensojurdicadevetercomobaseumaordemjusta.

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    Princpiodapobreza

    ConstituiobjetivofundamentaldaConstituioFederal,aerradicaoda

    pobreza.Eelamesmaentendequeapopulao constituda,emsuamaioria,de

    pessoaspobres.Eparaasseguraroequilbrionasrelaesjurdicas,sobretudoasde

    consumo,queoCdigodeDefesadoConsumidorfoicriado.

    DeveseanalisaraLein8.078,de11desetembrode1990(Cdigode

    DefesadoConsumidorCDC),tomandoporbaseaincidnciadeumacomunidade

    pobredentrodomercado,visandoumamaiorproteomesma.

    Princpiodasolidariedade

    TambmprevistonaCartaMagnaemseuartigoterceiro,oobjetivoda

    Repblicadeconstruirumasociedadesolidria.

    Neste caso, a solidariedadesignifica queos cidadosso parte de um

    todo,asociedade,queseinterligameconstroemumacomunidade.

    Assituaesindividuais,asrelaesentreessassituaes,asligaesde

    ambascomotodo,edestecomcadauma,geridasporumdevermaior,comonorma

    queimputasolidariedadeatodos.

    Princpiodaisonomia

    Todossoiguaisperantealei,semdistinodequalquernatureza.o

    queprevoartigomaisconhecidodenossaConstituio,o5.

    Todavia, importante entender que esse princpio no se aplica to

    somentedestemodo,pois,comobemasseverouAristteles,aisonomiadecorredo

    fatodequedevemostratarigualmenteosiguaisedesigualmenteosdesiguais,na

    medidadesuasdesigualdades.

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    Ora,issobemcorretoquandoverificasequeemumasociedadedeseres

    humanos,ningumigualaooutro,nemfsicanempsicologicamente.Equandose

    observaabalanaseguradapeladeusaThemisemmuitassimbologiasdoDireito,

    nosesabe,aocerto,oqueelasignifica.

    Ento, sedesse fatocolocasedois quilosdeumamesmamatriapara

    pesar, na maioria das vezes os dois pratos da balana ficaro no mesmo nvel.

    Contudo,nemsempreopesoreferesequantidadeenissotornarseiamdesiguais

    umquilodechumboeumquilodealgodo.

    Dissodecorreanecessidadedeaplicarseesteprincpiocomcautela,pois,

    como o trabalho demonstra, o consumidor a parte mais fraca na relao de

    consumo,hajavistaqueofornecedordetmopodereconmico.

    Princpiodahonra

    Ahonraseassemelhadignidade,masdiferedesta,poisadignidade

    uma garantia constitucional conferida a todos, independentemente de qualquer

    outroelementovalorativoounormativo.

    Ahonraumvalorsocialaqueumindivduotemdireito.Elanoimpede

    suaobjetivaocomosendoamanifestaodeestimaeapreoconferidaaalgum

    pelasoutraspessoas.Ahonraestnomagodaspessoasdebem,estandoligada,

    aindaaoutrosconceitos,comocoragem,honestidadeedecoro.

    Princpiodainformao

    Odireitodeinformaoseranalisadonestetrabalhosobtrsaspectos:o

    direitodeinformar,odireitodeseinformareodireitodeserinformado.

    Odireitodeinformar

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    ACF/88emseuartigo220prevque:Amanifestaodopensamento,a

    criao,aexpressoeainformao,sobqualquerforma,processoouveculono

    sofreroqualquerrestrio,observadoodispostonestaConstituio.

    Odireitodeseinformar

    spessoasconcedidoessedireito.Eleexisteporcontadainformao.O

    incisoXIVdoart.5,daCF/88,inverbis,asseguradoatodosoacessoinformao

    eresguardadoosigilodafonte,quandonecessrioaoexerccioprofissional.

    Quando a Constituio assegura o direito informao,

    consequentemente,asseguraododireitodealgumserinformadoeobrigaalguma

    fornecerainformao.

    Odireitodeserinformado

    Esse direito decorrente da obrigao de algum informar. O inciso

    XXXIIIdoart.5,daCartaMagnadispeque:

    todostmdireitoareceberdosrgospblicosinformaesde

    seuinteresseparticular,oudeinteressecoletivoougeral,que

    seroprestadasnoprazodalei,sobpenaderesponsabilidade,

    ressalvadasaquelascujosigilosejaimprescindvelsegurana

    dasociedadeedoEstado.

    Nestediapasodispeoart.37domesmoCdex:

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    A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos

    Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios obedecer aos princpios de legalidade,

    impessoalidade,moralidade,publicidadeeeficincia(...).[grifo

    nosso]

    Verificase,nessecontexto,queosrgospblicostm,nosaobrigao

    de prestar informaes como a de praticar seus atos de forma transparente,

    atendendoaoprincpiodapublicidade.

    Portanto,ainformaodeveserverdadeira,claraedeformaanoinduzir

    emconfusoouambiguidadeodestinatriodainformao.

    Princpiodaatividadeeconmica

    Aodefinircomoprincpiosalivreconcorrnciaeadefesadoconsumidor,

    o legisladorconstituinteest dizendoquenenhumaexploraopoder atingir os

    consumidores nos direitos a eles outorgados. Est, tambm, definindo, que o

    empreendedortemdeofereceromelhordesuaexplorao,independentementede

    atingirounoosdireitosdoconsumidor.

    No mercado de consumo em que se est inserido, so partes dele

    consumidoresefornecedoresquetem,napontadoconsumo,oelementofracodesua

    formao,noporqueoconsumidorpossaserfrgileconmicaefinanceiramente

    falandocomonamaioriadassituaes,atporqueoCDC(CdigodeDefesado

    Consumidor)elencaoutraspessoasquenotosomenteafsicacomoconsumidores,

    aexemplodepessoasjurdicascomoconsumidores.Ofatoqueoreconhecimento

    da vulnerabilidade do consumidor, como receptor de modelos de produo

    unilateralmentedefinidos,semsuaparticipao,necessrioparaquepossahaver,

    comaintervenodoEstado,umequilbrionasrelaesdeconsumo.

    Esse reconhecimento da fragilidade do consumidor se d pela sua

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    hipossuficinciatcnica,isto,elenoparticipadoprocessodeproduo.

    Princpiodacontinuidade

    Esteprincpioumdosmaisimportantesdestetrabalho,poisbaseado

    principalmenteneleque,fundamentaseaargumentao,comosevadiante.

    Continuidade a ausncia de interrupo e est diretamente ligada

    regularidade.

    AConstituioFederalerigiucondiodepblicosvriosserviosque

    entendeudesempenharempapeldeextremaimportncianasociedade,devendoser

    semprefornecidosvisandosatisfaodoseuinteresse.

    A importncia do princpio da continuidade dos servios pblicos

    demonstradapelofatodeservedada,emregra,nombitodoscontratosenvolvendo

    oseufornecimentoa alegaoda exceodecontrato nocumprido, comobem

    demonstraoprofessorMARALJUSTENFILHO:

    O dispositivo no alude interrupo em virtude de

    inadimplemento do poder concedente. O princpio da

    continuidadedoserviopblicoexclui,comoregra,a exceptio

    inadimpleticontractus.Ademais,acondutadopoderconcedente

    nohbil,emprincpio,aproduziralgumefeitotonocivoao

    concessionrioquepossaautorizarasuspensodaatividade.

    (Inob.cit.,p.127.)

    Logo,concluisedesdej queainterrupodofornecimentodeenergia

    noscasosdenopagamentodascontasdeconsumopelousuriojamaisocorrerno

    interessedacoletividade2,mas,sim,contra,poisnodemasiadodifcilimaginaros

    2 Cf. previsto no art. 6, 3, inciso II, da Lei n 8.987/95.

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    nefastosefeitosqueainterrupo,mesmoquandotemporria,acarretaspessoas.

    Emsntese,estessoosprincpiosnorteadoresdaprestaodosservios

    pblicos implicitamente agasalhados pelo texto constitucional. Na qualidade de

    verdadeiros princpios, sua fora cogente independe de consagrao emobra do

    legislador.Poroutrolado,suarecepoemtextolegalnolheacarretaaperdado

    valordefonteprincipaldodireito,comasfunesdefundamento,interpretaoe

    integraodoordenamento.Aconversoemlei,antesdedegradlos,temocondo

    de reavivar a sua existncia, a fim de que no sejam esquecidos pelos agentes

    incumbidosdaconcreodosfinsdaordemjurdicoeconmica.Osimperativosque

    governamaordemjurdica,tendentespurificaodascondutasextrapoladorasdo

    exerccionormaldosdireitos, praticadasounopelomaisforteeconomicamente,

    noconcebemquetaisprincpios,plasmadosnoCdigodeDefesadoConsumidor,

    fiquemcustodiadosdentrodoencerrolegal.

    2AULA:DIREITOSBSICOSDOCONSUMIDOR

    CdigodeDefesadoConsumidorLein8.078/90

    CAPTULOIIIDosDireitosBsicosdoConsumidor

    Art.6Sodireitosbsicosdoconsumidor:

    Iaproteodavida,sadeeseguranacontraosriscosprovocadosporprticasno

    fornecimentodeprodutoseserviosconsideradosperigososounocivos;

    IIaeducaoedivulgaosobreoconsumoadequadodosprodutoseservios,

    asseguradasaliberdadedeescolhaeaigualdadenascontrataes;

    III a informaoadequadae clara sobreos diferentes produtos e servios, com

    especificaocorretadequantidade,caractersticas,composio,qualidadeepreo,

    bemcomosobreosriscosqueapresentem;

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    IV a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais

    coercitivosoudesleais,bemcomocontraprticaseclusulasabusivasouimpostas

    nofornecimentodeprodutoseservios;

    V a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes

    desproporcionaisousuarevisoemrazodefatossupervenientesqueastornem

    excessivamenteonerosas;

    VIaefetivaprevenoereparaodedanospatrimoniaisemorais, individuais,

    coletivosedifusos;

    VII oacessoaosrgosjudicirioseadministrativoscomvistas prevenoou

    reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,

    asseguradaaproteoJurdica,administrativaetcnicaaosnecessitados;

    VIIIafacilitaodadefesadeseusdireitos,inclusivecomainversodonusda

    prova, a seufavor, noprocessocivil, quando, acritrio do juiz, for verossmil a

    alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de

    experincias;

    Xaadequadaeeficazprestaodosserviospblicosemgeral.

    Art.7Osdireitosprevistosnestecdigonoexcluemoutrosdecorrentesdetratados

    ouconvenesinternacionaisdequeoBrasilsejasignatrio,dalegislaointerna

    ordinria, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas

    competentes,bemcomodosquederivemdosprincpiosgeraisdodireito,analogia,

    costumeseequidade.

    (CDCPRINCIPIOLGICO)

    Pargrafo nico. Tendo mais de um autor a ofensa, todos respondero

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    solidariamentepelareparaodosdanosprevistosnasnormasdeconsumo.

    (RESPONSABILIDADESOLIDRIA)

    3AULA:SERVIOSPBLICOSEOCDC

    Hoje, discorrese muito emsaber, ao certo, o que pblico e o que

    privado.

    Comobemlecionamdoutrinadores,aexemplodeHelyLopesMeirelles,

    notarefadasmaisfceisconceituaroquevemaser,efetivamente,umserviodito

    pblico,dadaasvariveis,mormentepolticas,queafetamdiretamenteotema.

    Desorte que, nodecorrer dos anos, a noodeserviopblicosofreu

    notveisalteraes,especialmentenoquetangesuaabrangncia.

    ComobemlembraaprofessoraMariaSylviaZanelladePietro(2008,p.

    143.),asprimeirasnoesdeserviopblicoforamentoadaspelaEscoladeServio

    Pblico,originadanaFrana.

    Evoluoconceitual

    Podeseutilizarosconceitosdoutrinriosdeserviopblicodeautores

    brasileiros,comonoscasosqueseguem.

    HelyLopesMeirellesdizqueserviopblico

    todo aquele prestado pela Administrao ou por seus

    delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer

    necessidades essenciais ou secundrias da coletividade, ou

    simplesconveninciadoEstado.(1999.p.121)

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    JosCretellaJnior(1979)jdefineserviopblicocomotodaatividade

    queo Estado exerce, direta ou indiretamente, para a satisfaodas necessidades

    pblicasmedianteprocedimentotpicodedireitopblico.

    CelsoAntonioBandeiradeMellolecionaque

    serviopblicotodaaatividadedeoferecimentodeutilidade

    ou comodidade material fruvel diretamente pelos

    administrados,prestadopeloEstadoouporquemlhefaaas

    vezes,sobumregimededireitopblicoportantoconsagrador

    de prerrogativas de supremacia e de restries especiais

    institudo pelo Estado em favor dos interesses que houver

    definidocomoprpriosnosistemanormativo.(2002.p.89.)

    MariaSylviadePietroentendeoserviopblicocomo

    todaatividadematerialquealeiatribuiaoEstadoparaquea

    exera diretamente ou por meio de seus delegados, com o

    objetivodesatisfazerconcretamentesnecessidadescoletivas,

    sobregimejurdicototalouparcialmentepblico.(2008.p.123.)

    Cadapas,deacordocomassuascaractersticasepeculiaridades,abrange

    emseuordenamentolegalaquiloqueconsideracomoatividadedeinteressepblico.

    Elementosdadefinio

    Existem,emsuasorigens,trscritriosadotadospelosdoutrinadorespara

    definir o servio pblico: o subjetivo, o material e o formal. Onde o subjetivo

    considera a pessoa jurdica prestadora do servio, ou seja, o sujeito de fato. O

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    material consideraaatividadeexercida, isto, oobjeto. Eporfim,oformal, que

    basilasenoregimejurdicoutilizadoparaprestaroserviopblico.

    Elementosubjetivo

    Acriaodoserviopblicofeitapor leie umaopodoEstado.O

    Poder Pblico chama para si a responsabilidade de algo que, pelo grau de

    importncia para a sociedade, no poderia ficar a cargo exclusivo da iniciativa

    privada.

    O Estado pode gerir diretamente, por meio de rgos prprios da

    Administrao Pblica centralizada da Unio, Estados e Municpios, ou

    indiretamente, atravsdeconcessooupermisso,previstoemleiprpria, oude

    pessoasjurdicascriadaspeloPoderPblicocomessafinalidade.

    Elementomaterial

    Emrelao a esse elemento, existe uma comunho de ideias entre os

    doutrinadoresementenderqueoserviopblicocorrespondeaumaatividadede

    interessepblico.

    Algunsparticularespoderoexerceratividadesdeinteressegeral,desde

    queobservadoscertoscritrios.

    Elementoformal

    Aleitambmdefineoregimejurdicoaquesesubmeteoserviopblico.

    Nocasodoregimejurdicoserdedireitopblico,osagentessoestatutrios,seus

    benssopblicos,asdecisestmcarterdeatoadministrativo,aresponsabilidade

    objetiva e os contratos regemse pelo direito administrativo, ressalvados aqueles

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    contratos, previamente estabelecidos em lei, que possuem natureza do direito

    privado.

    Princpiosdoserviopblico

    Princpios so a base de algumacoisa, que a norteia emdeterminado

    sentido.

    Na seara do Direito, podese dizer que os princpios jurdicos so

    enunciados lgicos, implcitos ou explcitos, que, por sua grande generalidade,

    ocupam posio de preeminncia nos vastos quadrantes do Direito e, por isso

    mesmo,vinculam,demodoinexorvel, oentendimentoeaaplicaodasnormas

    jurdicasquecomelesseconectam.

    Oordenamentojurdicobrasileiroseformouesefirmoualiceradoem

    princpios que so a parte permanente e eterna do Direito e ao mesmo tempo,

    paradoxalmente, o fator mutvel que determina a evoluo jurdica. E, por essa

    razo,desconformeumanormalegalquecontrarieumoumaisprincpios.

    Violar umprincpio muito mais aviltante que burlar umanorma. O

    descumprimentodeumprincpioresultanumaofensanosomenteaumespecfico

    mandamentocompulsrio,masatodoumsistemadecomandos.

    amaisgraveformadeilegalidadeouinconstitucionalidade,conformeo

    escalo do princpio atingido, pois representa insurgncia contra todo o sistema,

    subversodeseusvaloresfundamentais, contumlia irremissvel aseuarcabouo

    lgicoecorrosodesuaestruturamestra.Istoporque,aoofendlo,abatemseas

    vigasqueosustmealuiseatodaestruturanelesesforada.

    ACartaMagnanoestampouexplicitamenteemseutextoosprincpios

    queinformamaprestaodeserviospblicos.Daaimportnciadeextralosda

    sistemticaconstitucionalentovigorante.

    Nombitodoserviopblicoverificaseexistiremosseguintesprincpios:

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    adequao,generalidade,segurana,mutabilidadedoregimejurdico,igualdadedos

    usurios.

    Princpiodaadequao

    Este princpio consiste em eficincia do ponto de vista tcnico. A

    atividadedeveser estruturada segundoas regras tcnicas a ela pertinentes e de

    modoaqueseconstituaemmeiocausalmenteprprioparasatisfazernecessidades

    dosusurios.

    Aatividadeemquesematerializaoserviopblicoummeiocausaque

    deveconduziraumfimconsequncia.Oservioquenoforaptoasatisfazer,do

    ponto de vista tcnico, no ser adequado necessidade que motivou a sua

    instituio.

    Princpiodageneralidade

    Consiste na universalizao da oferta do servio, para propiciar sua

    fruio por todos os potenciais usurios. Pois, se o servio no se destina a ser

    ofertado a um nmero indeterminado de usurios, sequer se caracteriza como

    pblico.

    Issonoimpedeaimposiodeparmetrosquantitativosnaoperaodo

    servio.bvioqueasdimensesmateriaisdoinstrumentalnecessrioprestao

    doserviopodemacarretarlimitesinsuprimveis.

    Oquesepretendeindicar, porm, queoserviopblicoconsisteem

    prestao de utilidade a todos os potenciais interessados, ainda que as razes

    materiaisedeseguranapossamacarretaralimitaoquantitativa.

    Generalidadecaracterizasequandoseofertaoservioaomaiornmero

    possvel de usurios, abrangendo todas as manifestaes de necessidades, sem

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    discriminaesincompatveiscomoprincpiodaisonomia.

    Ofendeseageneralidadenocommerafixaodelimites, mascomo

    privilgio naeleiodosusurios queserobeneficiados. Outra manifestaode

    ofensa generalidadeseverifica quandoumaparte significativadouniverso de

    usuriosnoatendida.

    Princpiodasegurana

    Esteprincpiocaracterizasepelodesenvolvimentodaatividade sempr

    emriscoaintegridadefsicaeemocionaldequemquerqueseja,usurioseno

    usurios.

    Nohquesefalaremseguranaabsoluta,naacepodaeliminaode

    todoequalquerrisco,emvirtudedainviabilidadedesubordinaraocorrnciados

    eventosfuturosaesquemascognoscitivoseavontadehumana.

    Logo,nosepodequalificarumserviocomoinadequadosimplesmente

    porterseverificadoocasionalofensaintegridadefsicaouemocionaldeusurios.

    Seguranasignifica,nocaso,aadoodastcnicasconhecidasedetodas

    asprovidnciasnecessriasaminimizarosriscosdedanos,aindaqueassumindo

    serissoinsuficienteparaimpedirtotalmentesuaconcretizao.

    Aquestodaseguranaenvolveumarelaodecustobenefcio,ondese

    consideramasvantagenseasdesvantagensdasprovidnciasdestinadasreduo

    dosriscos.Masosresultadosseriamextremamenteperversos,sefosseviveltomar

    apenasosfatoreseconmicos.

    A dignidade da pessoa humana incompatvel com avaliaes de

    naturezameramenteeconmica.NosecompatibilizacomaConstituiopromover

    avaliao econmica da vida humana, dos atributos do homem ou de sua

    personalidade.

    Portanto,quandosealuderelaocustobenefcio,indicaseumarelao

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    cujoobjetoointeressepblico.Seestiverememjogoapenasinteresseseconmicos,

    a relao custobenefcio podese levar em conta, exclusivamente, fatores

    econmicos. Mas, quando o risco envolver a dignidade do ser humano, os

    argumentos de custo econmico devemser ponderados emface amplitudedo

    problema.

    Estaconstruoseentranhanodesenvolvimentosocialeeconmico.O

    subdesenvolvimento provoca menosprezo vida e dignidade humanas. A

    viabilidade da existncia do servio acaba por superar a relevncia de sua

    adequao.Aindaquandoapobrezaeaausnciadedisponibilidadederecursos

    tcnicosimpossibilitemprovidnciasmaissofisticadasacercadasegurana,issono

    significa liberao do prestador do servio de cautelas dessa ordem. Como se

    afirmou, todas as cautelas e providncias possveis, em face das circunstncias,

    devemseradotadas.

    Princpiodamutabilidadedoregimejurdico

    Oprincpiodamutabilidadedoregimejurdicooudaflexibilidadedos

    meios aos fins sugere a adequao na execuo do serviocoma finalidadede

    garantir a execuo do mesmo e, consequentemente, a entrega da obra ou a

    prestaodoservio,emsuatotalidade,populao.

    Princpiodaigualdadedosusurios

    Comoprincpiodaigualdadedosusurios, fazsevaleropreconizado

    pelaConstituioFederal,hajavistaquetodosdevemseratendidos,semdistino

    decarterpessoal,pelosprestadoresdeserviopblico.

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    Classificaodoserviopblico

    Serviopblicopropriamentedito

    So os servios pblicos indispensveis prpria sobrevivncia do

    homem,sendoque,porissomesmo,noadmitemdelegaoououtorga.Segundoa

    doutrina moderna, podemser tambmchamados de servios prcomunidade, a

    exemplodepoliciamentoesade.

    Serviodeutilidadepblica

    So teis, massema natureza daessencialidade, tpica dos essenciais.

    Podem ser prestados diretamente pelo Estado ou por terceiros. So chamados,

    tambm,deserviosprcidado.

    Servioindustrial

    Produzrendaparaaquelequeopresta,deacordocomoestabelecidono

    artigo173,daConstituiodaRepblicade1988.Referidaremuneraodecorrede

    tarifaoupreopblico.OEstadoprestaoservioindustrialdeformasubsidiriae

    estratgica.

    Serviodefruiogeral

    Tambmchamadodeutiuniversieoservioremuneradoportributos,

    nopossuindo,portanto,usuriosdefinidos.Relativamenteatalservio,adoutrina

    entendenoseromesmopassveldecorte,suspenso,mprestaoouinterrupo.

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    Servioindividual

    Algunsautoresodenominamtambmdeutisinguli ediferentementedo

    serviodefruiogeral, noservioindividual, osseususuriossoconhecidose

    predeterminados.

    4AULA:COBRANADEDVIDASEGUNDOCDC

    Aoregulardecobrana

    A cobrana de uma dvida ao regular do credor em relao ao

    devedor. O Cdigo de Defesa do Consumidor no probe, pois existem aes

    prprias para esse fim. O que proibido no ordenamento jurdico brasileiro,

    sobretudo,oconsumerista,acobranaabusivaquedetalhaseaseguir.

    Condutasvedadas

    Noescopodoartigo71doCDC,observaseumatipificaopenal,ouseja,

    umacondutacomissivapassveldesanoseosujeitoseencontraremseusmoldes,

    senovejamos,inlitteris:

    Utilizar, na cobrana de dvidas, de ameaa, coao,

    constrangimento fsico oumoral, afirmaes falsas incorretas

    ouenganosasoudequalqueroutroprocedimentoqueexponha

    oconsumidor, injustificadamente, a ridculoou interfira com

    seutrabalho,descansooulazer.

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    Portanto,estascondutasestoexpressamenteproibidasnoCdigo,easua

    utilizaocaracterizaacobranaabusiva.

    Ameaa

    ExistemdoistiposdeameaasnombitodoDireitodoConsumidor:a

    permitidaeaproibida.

    A ameaa permitida aquela em que o fornecedor se serve para

    intimidaroconsumidoralhepagarameaandoprocessloouquevainegativaro

    nomejuntosinstituiesdeproteoaocrdito,comoSPC,SERASA.

    Contudo,aameaavedadanoCDCaquelaqueofornecedorutilizaem

    facedeexporoconsumidoraoridculo,ameaandoodeinformarsuasituaoaos

    seusamigos,contarparafamiliares,oucomonocasoemanlisequevaisuspendero

    fornecimentodoservioseopagamentonoforefetuadoemprazodeterminado

    unilateralmentepelofornecedor.

    Coao

    oexercciodeumaaocontraavontadedoconsumidorinadimplente.

    o casodasuspensodofornecimentodeumservioessencial pblico, comoa

    energiaeltrica,sobaalegaodeoconsumidorestarcomdbitos.

    Constrangimentofsicooumoral

    Todasasprticasqueexpemoconsumidorariscodesadeou sua

    integridadefsicacaracterizamconstrangimento.

    Observase que a ameaa da suspenso do servio essencial, energia

    eltrica,condutavedadanoCDC,asuaefetivao,caracterizaacoaoeosseus

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    efeitosgeramconstrangimentoaoconsumidor, aindaqueeleesteja inadimplente,

    poisaenergiacomotodososoutrosserviosessenciaispblicodevemserprestados

    deformacontnua,comojestudado.

    Afirmaesfalsas,incorretasouenganosas

    Podeseverificaressaatitudeilegalemcobradoresqueatribuemasioutra

    funoparaobteremvantagememsuacobrana,comoocasodaquelesquedizem

    quesooficiaisdejustia,advogadoseatdelegadosouagentesdepolcia.

    Exposioaoridculo

    ocasodofornecedorquecolocaumalistanaportadesualojacomo

    nomedosinadimplentes;daescolaqueimpedeoalunoinadimplentedeassistiraula

    ouatrealizarexamesrotineiros.Todasessassituaesdenotamumaexposiodo

    consumidoraoridculo,proibidanoDireitodoConsumidor.

    Interfernciacomtrabalho,descansooulazer

    Doexamedeste item, podemos interpretar queexiste umasemelhana

    nessaatitudecomoconstrangimentomoral,sendoqueestedecorredaquele,poisa

    interferncianotrabalho, descansooulazergeraconstrangimentoaoconsumidor

    cobrado.

    Nosequer,todavia,fazerapologiainadimplncia,masmostrarqueao

    fornecedor disponibilizado todo o aparato do Poder Judicirio para intentar

    quantasaesjudiciaisnecessitarcomofimdecoibiressetipodeatitude.Cabendo

    aomagistradodecidir,sobagidedoordenamentojurdico,cadacaso..

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    Aesjudiciaiscabveis

    OPoderJudicirio,comforadoincisoXXXV,daConstituioFederal:a

    leinoexcluirdaapreciaodoPoderJudiciriolesoouameaaadireito,no

    podersefurtardedecidirumalideprocessual.

    Melhoraindaficouasituaodofornecedorparaajuizamentodeaesa

    partirdoanode1995,comacriaodosJuizadosEspeciais,emquesejulgamas

    aesquenoultrapassemquarentasalriosmnimos.Eamaioriadosdbitosde

    pequenamonta.

    Logo,omeiolegalparacobraroconsumidorinadimplente umaao

    judicialdecobrana,realizadasobosditamesdaleiprocessualdonossopas.

    5AULA:RGOSDEDEFESADOCONSUMIDOR

    CAPTULOVIDaProteoContratual

    SEOIDisposiesGerais

    Art. 46. Oscontratosqueregulamasrelaesdeconsumonoobrigaroosconsumidores,senolhesfordadaaoportunidadedetomarconhecimentoprviodeseu contedo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo adificultaracompreensodeseusentidoealcance.

    Art.47.Asclusulascontratuaisserointerpretadasdemaneiramaisfavorvelaoconsumidor.

    Art.48.Asdeclaraesdevontadeconstantesdeescritosparticulares,reciboseprcontratos relativos s relaes de consumovinculamo fornecedor, ensejandoinclusiveexecuoespecfica,nostermosdoart.84epargrafos.

    Art.49.Oconsumidorpodedesistirdocontrato,noprazode7diasacontardesua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio, sempre que acontrataodefornecimentodeprodutoseserviosocorrerforadoestabelecimentocomercial,especialmenteportelefoneouadomiclio.

    Pargrafonico.Seoconsumidorexercitarodireitodearrependimentoprevisto

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    nesteartigo,osvaloreseventualmentepagos,aqualquerttulo,duranteoprazodereflexo,serodevolvidos,deimediato,monetariamenteatualizados.

    Art.50.Agarantiacontratualcomplementarlegaleserconferidamediantetermoescrito.

    Pargrafonico.Otermodegarantiaouequivalentedeveserpadronizadoeesclarecer, demaneiraadequadaemqueconsisteamesmagarantia, bemcomoaforma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os nus a cargo doconsumidor,devendoserlheentregue,devidamentepreenchidopelofornecedor,noatodofornecimento,acompanhadodemanualdeinstruo,deinstalaoeusodoprodutoemlinguagemdidtica,comilustraes.

    TTULOIIIDaDefesadoConsumidoremJuzo

    CAPTULOIDisposiesGerais

    Art.81.Adefesadosinteressesedireitosdosconsumidoresedasvtimaspoderser

    exercidaemjuzoindividualmente,ouattulocoletivo.

    Pargrafonico.Adefesacoletivaserexercidaquandosetratarde:

    I interesses oudireitos difusos, assimentendidos, para efeitos deste cdigo, os

    transindividuais, de natureza indivisvel, de que sejam titulares pessoas

    indeterminadaseligadasporcircunstnciasdefato;

    IIinteressesoudireitoscoletivos,assimentendidos,paraefeitosdestecdigo,os

    transindividuais,denaturezaindivisveldequesejatitulargrupo,categoriaouclasse

    depessoasligadasentresioucomapartecontrriaporumarelaojurdicabase;

    IIIinteressesoudireitosindividuaishomogneos,assimentendidososdecorrentes

    deorigemcomum.

    Art.82.Paraosfinsdoart.81,pargrafonico,solegitimadosconcorrentemente:

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    (RedaodadapelaLein9.008,de21.3.1995)

    IoMinistrioPblico,

    IIaUnio,osEstados,osMunicpioseoDistritoFederal;

    IIIasentidadesergosdaAdministraoPblica,diretaouindireta,aindaque

    sempersonalidade jurdica, especificamente destinados defesa dos interesses e

    direitosprotegidosporestecdigo;

    IVasassociaeslegalmenteconstitudash pelomenosumanoequeincluam

    entreseusfinsinstitucionaisadefesadosinteressesedireitosprotegidosporeste

    cdigo,dispensadaaautorizaoassemblear.

    1 O requisito da pr constituio pode ser dispensado pelo juiz, nas aes

    previstasnosarts.91eseguintes,quandohajamanifestointeressesocialevidenciado

    peladimensooucaractersticadodano,oupelarelevnciadobemjurdicoaser

    protegido.

    Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este cdigo so

    admissveistodasasespciesdeaescapazesdepropiciarsuaadequadaeefetiva

    tutela.

    Art.84.Naaoquetenhaporobjetoocumprimentodaobrigaodefazerouno

    fazer,ojuizconcederatutelaespecficadaobrigaooudeterminarprovidncias

    queasseguremoresultadoprticoequivalenteaodoadimplemento.

    1Aconversodaobrigaoemperdasedanossomenteseradmissvelseporelas

    optaroautorouseimpossvelatutelaespecficaouaobtenodoresultadoprtico

    correspondente.

    2Aindenizaoporperdasedanossefarsemprejuzodamulta(art.287,do

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    CdigodeProcessoCivil).

    3 Sendorelevante o fundamentoda demandaehavendo justificadoreceio de

    ineficciadoprovimentofinal,lcitoaojuizconcederatutelaliminarmenteouaps

    justificaoprvia,citadooru.

    4Ojuizpoder,nahiptesedo3ounasentena,impormultadiriaaoru,

    independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatvel com a

    obrigao,fixandoprazorazovelparaocumprimentodopreceito.

    5 Paraatutelaespecficaouparaaobtenodoresultadoprticoequivalente,

    poder o juiz determinar as medidas necessrias, tais como busca e apreenso,

    remoo de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade

    nociva,almderequisiodeforapolicial.

    Art. 87.Nasaescoletivasdequetrataestecdigonohaver adiantamentode

    custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem

    condenao da associao autora, salvo comprovada mf, em honorrios de

    advogados,custasedespesasprocessuais.

    Pargrafonico.Emcasodelitignciademf,aassociaoautoraeosdiretores

    responsveis pela propositura da ao sero solidariamente condenados em

    honorriosadvocatcioseaodcuplodascustas,semprejuzodaresponsabilidade

    porperdasedanos.

    Art. 88. Nahiptesedoart. 13, pargrafonicodestecdigo,aaoderegresso

    poderserajuizadaemprocessoautnomo,facultadaapossibilidadedeprosseguir

    senosmesmosautos,vedadaadenunciaodalide.

    Art.90.AplicamsesaesprevistasnestettuloasnormasdoCdigodeProcesso

    CiviledaLein7.347,de24dejulhode1985,inclusivenoquerespeitaaoinqurito

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    civil,naquiloquenocontrariarsuasdisposies.

    CAPTULOII

    DasAesColetivasParaaDefesadeInteressesIndividuaisHomogneos

    Art.91.Oslegitimadosdequetrataoart.82poderopropor,emnomeprprioeno

    interessedasvtimasouseussucessores,aocivilcoletivaderesponsabilidadepelos

    danos individualmentesofridos, deacordocomodisposto nosartigos seguintes.

    (RedaodadapelaLein9.008,de21.3.1995)

    Art.92.OMinistrioPblico,senoajuizaraao,atuarsemprecomofiscaldalei.

    Art.93.RessalvadaacompetnciadaJustiaFederal,competenteparaacausaa

    justialocal:

    Inoforodolugarondeocorreuoudevaocorrerodano,quandodembitolocal;

    IInoforodaCapitaldoEstadoounodoDistritoFederal,paraosdanosdembito

    nacionalouregional,aplicandoseasregrasdoCdigodeProcessoCivilaoscasosde

    competnciaconcorrente.

    Art. 94. Proposta a ao, ser publicadoedital norgooficial, a fimdequeos

    interessadospossamintervirnoprocessocomolitisconsortes,semprejuzodeampla

    divulgaopelosmeiosdecomunicaosocialporpartedosrgosdedefesado

    consumidor.

    Art.95.Emcasodeprocednciadopedido,acondenaosergenrica,fixandoa

    responsabilidadedorupelosdanoscausados.

    Art.97.Aliquidaoeaexecuodesentenapoderoserpromovidaspelavtimae

    seussucessores,assimcomopeloslegitimadosdequetrataoart.82.

    Art.98.Aexecuopodersercoletiva,sendopromovidapeloslegitimadosdeque

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    trataoart.82,abrangendoasvtimascujasindenizaesjtiveramsidofixadasem

    sentenadeliquidao,semprejuzodoajuizamentodeoutrasexecues.(Redao

    dadapelaLein9.008,de21.3.1995)

    1Aexecuocoletivafarsecombaseemcertidodassentenasdeliquidao,

    daqualdeverconstaraocorrnciaounodotrnsitoemjulgado.

    2competenteparaaexecuoojuzo:

    I da liquidao da sentena ou da ao condenatria, no caso de execuo

    individual;

    IIdaaocondenatria,quandocoletivaaexecuo.

    Art.99.EmcasodeconcursodecrditosdecorrentesdecondenaoprevistanaLei

    n. 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizaes pelos prejuzos individuais

    resultantesdomesmoeventodanoso,estasteropreferncianopagamento.

    Pargrafonico.Paraefeitododispostonesteartigo,adestinaodaimportncia

    recolhidaaofundocriadopelaLein7.347de24de julhode1985,ficar sustada

    enquanto pendentes de deciso de segundo grau as aes de indenizao pelos

    danosindividuais,salvonahiptesedeopatrimniododevedorsermanifestamente

    suficientepararesponderpelaintegralidadedasdvidas.

    Art.100.Decorridooprazodeumanosemhabilitaodeinteressadosemnmero

    compatvelcomagravidadedodano,poderooslegitimadosdoart.82promovera

    liquidaoeexecuodaindenizaodevida.

    Pargrafonico.Oprodutodaindenizaodevidareverter paraofundocriado

    pelaLein.7.347,de24dejulhode1985.

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    PresidnciadaRepblicaSubchefiaparaAssuntosJurdicos

    DECRETON2.181,DE20DEMARODE1997.

    Dispe sobre a organizao do SistemaNacional de Defesa do Consumidor SNDC,estabelece as normas gerais de aplicao dassanes administrativas previstas na Lei n8.078, de 11 de setembro de 1990, revoga oDecretoN861,de9julhode1993,edoutrasprovidncias.

    OPRESIDENTEDAREPBLICA,nousodaatribuioquelheconfereoart.84,incisoIV,daConstituio,etendoemvistaodispostonaLein8.078,de11desetembrode1990,

    DECRETA:

    Art.1FicaorganizadooSistemaNacionaldeDefesadoConsumidorSNDCeestabelecidasasnormasgeraisdeaplicaodassanesadministrativas,nostermosdaLein8.078,de11desetembrode1990.

    CAPTULOI

    DOSISTEMANACIONALDEDEFESADOCONSUMIDOR

    Art.2IntegramoSNDCaSecretariadeDireitoEconmicodoMinistriodaJustiaSDE,pormeiodoseuDepartamentodeProteoeDefesadoConsumidorDPDC,eosdemaisrgosfederais,estaduais,doDistritoFederal,municipaiseasentidadescivisdedefesadoconsumidor.

    CAPTULOII

    DACOMPETNCIADOSRGOSINTEGRANTESDOSNDC

    Art.3CompeteaoDPDC,acoordenaodapolticadoSistemaNacionaldeDefesadoConsumidor,cabendolhe:

    I planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a poltica nacional deproteoedefesadoconsumidor;

    IIreceber,analisar,avaliareapurarconsultasedennciasapresentadasporentidadesrepresentativasoupessoasjurdicasdedireitopblicoouprivadoouporconsumidoresindividuais;

    III prestar aos consumidores orientao permanente sobre seus direitos egarantias;

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    IV informar, conscientizar e motivar o consumidor, por intermdio dosdiferentesmeiosdecomunicao;

    V solicitar polcia judiciria a instauraode inquritoparaapuraodedelitocontraoconsumidor,nostermosdalegislaovigente;

    VI representar ao Ministrio Pblico competente, para fins de adoo demedidasprocessuais,penaisecivis,nombitodesuasatribuies;

    VII levar ao conhecimento dos rgos competentes as infraes de ordemadministrativa que violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais dosconsumidores;

    VIII solicitar oconcursode rgose entidades daUnio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios, bem como auxiliar na fiscalizao de preos,abastecimento,quantidadeeseguranadeprodutoseservios;

    IXincentivar,inclusivecomrecursosfinanceiroseoutrosprogramasespeciais,acriaodergospblicosestaduaisemunicipaisdedefesadoconsumidoreaformao,peloscidados,deentidadescomessemesmoobjetivo;

    Xfiscalizareaplicarassanesadministrativasprevistasna Lein8.078,de1990,eemoutrasnormaspertinentesdefesadoconsumidor;

    XIsolicitaroconcursodergoseentidadesdenotriaespecializaotcnicocientficaparaaconsecuodeseusobjetivos;

    XII provocar a Secretaria de Direito Econmico para celebrar convnios etermosdeajustamentodeconduta,naformado6doart.5daLein7.347,de24dejulhode1985;

    XIIIelaboraredivulgarocadastronacionaldereclamaesfundamentadascontrafornecedoresdeprodutoseservios,aqueserefereoart.44daLein8.078,de1990;

    XIVdesenvolveroutrasatividadescompatveiscomsuasfinalidades.

    Art.4Nombitodesuajurisdioecompetncia,caberaorgoestadual,doDistritoFederalemunicipaldeproteoedefesadoconsumidor,criado,naformadalei,especificamenteparaestefim,exercitarasatividadescontidasnosincisosIIaXIIdoart.3desteDecretoe,ainda:

    Iplanejar,elaborar,propor,coordenareexecutarapolticaestadual,doDistritoFederalemunicipaldeproteoedefesadoconsumidor,nassuasrespectivasreasdeatuao;

    II dar atendimento aos consumidores, processando, regularmente, asreclamaesfundamentadas;

    IIIfiscalizarasrelaesdeconsumo;

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    IV funcionar, no processo administrativo, como instncia de instruo ejulgamento,nombitodesuacompetncia, dentrodasregrasfixadaspela Lei n8.078,de1990,pelalegislaocomplementareporesteDecreto;

    Velaboraredivulgaranualmente,nombitodesuacompetncia,ocadastrodereclamaesfundamentadascontrafornecedoresdeprodutoseservios,dequetrataoart.44daLein8.078,de1990,eremetercpiaaoDPDC;

    VIdesenvolveroutrasatividadescompatveiscomsuasfinalidades.

    Art.5QualquerentidadeourgodaAdministraoPblica,federal,estadualemunicipal, destinado defesados interessesedireitosdoconsumidor, tem,nombitodesuasrespectivascompetncias,atribuioparaapurarepunirinfraesaesteDecretoelegislaodasrelaesdeconsumo.

    Pargrafonico.Seinstauradomaisdeumprocessoadministrativoporpessoasjurdicasdedireitopblicodistintas,paraapuraodeinfraodecorrentedeummesmofatoimputadoaomesmofornecedor,eventualconflitodecompetnciaserdirimidopeloDPDC,quepoderouviraComissoNacionalPermanentedeDefesado Consumidor CNPDC, levando sempre em considerao a competnciafederativaparalegislarsobrearespectivaatividadeeconmica.

    Art.6AsentidadesergosdaAdministraoPblicadestinadosdefesadosinteresses e direitos protegidos pelo Cdigo de Defesa do Consumidor poderocelebrarcompromissosdeajustamentodecondutasexignciaslegais,nostermosdo6doart.5daLein7.347,de1985,narbitadesuasrespectivascompetncias.

    1Acelebraodetermodeajustamentodecondutanoimpedequeoutro,desdequemaisvantajosoparaoconsumidor,sejalavradoporquaisquerdaspessoasjurdicasdedireitopblicointegrantesdoSNDC.

    2Aqualquertempo,orgosubscritorpoder,diantedenovasinformaesou se assim as circunstncias o exigirem, retificar ou complementar o acordofirmado,determinandooutrasprovidnciasquesefizeremnecessrias,sobpenadeinvalidadeimediatadoato,dandoseseguimentoaoprocedimentoadministrativoeventualmentearquivado.

    3 O compromisso de ajustamento conter, entre outras, clusulas queestipulemcondiessobre:

    I obrigaodofornecedordeadequarsuacondutasexigncias legais, noprazoajustado

    IIpenapecuniria,diria,pelodescumprimentodoajustado,levandoseemcontaosseguintescritrios:

    a)ovalorglobaldaoperaoinvestigada;

    b)ovalordoprodutoouservioemquesto;

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    c)osantecedentesdoinfrator;

    d)asituaoeconmicadoinfrator;

    III ressarcimento das despesas de investigao da infrao e instruo doprocedimentoadministrativo.

    4 A celebrao do compromisso de ajustamento suspender o curso doprocessoadministrativo,seinstaurado,quesomenteserarquivadoapsatendidastodasascondiesestabelecidasnorespectivotermo.

    Art. 7 Compete aos demais rgos pblicos federais, estaduais, do DistritoFederal e municipais que passarem a integrar o SNDC fiscalizar as relaes deconsumo, no mbito de sua competncia, e autuar, na forma da legislao, osresponsveisporprticasqueviolemosdireitosdoconsumidor.

    Art. 8 As entidades civis de proteo e defesa do consumidor, legalmenteconstitudas,podero:

    I encaminhar denncias aos rgos pblicos de proteo e defesa doconsumidor,paraasprovidnciaslegaiscabveis;

    Ilrepresentaroconsumidoremjuzo,observadoodispostonoincisoIVdoart.82daLein8.078,de1990;

    IIIexerceroutrasatividadescorrelatas.

    CAPTULOIII

    DAFISCALIZAO,DASPRTICASINFRATIVASEDAS

    PENALIDADES

    ADMINISTRATIVAS

    SEOI

    DaFiscalizao

    Art.9AfiscalizaodasrelaesdeconsumodequetratamaLein8.078,de1990,esteDecretoeasdemaisnormasdedefesadoconsumidorserexercidaemtodoo territrio nacional pela Secretaria de Direito Econmico do Ministrio daJustia,pormeiodoDPDC,pelosrgosfederaisintegrantesdoSNDC,pelosrgosconveniadoscomaSecretariaepelosrgosdeproteoedefesadoconsumidorcriadospelosEstados,DistritoFederaleMunicpios,emsuasrespectivasreasdeatuaoecompetncia.

    Art.10.AfiscalizaodequetrataesteDecretoserefetuadaporagentesfiscais,oficialmentedesignados,vinculadosaosrespectivosrgosdeproteoedefesadoconsumidor, no mbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,devidamente credenciados mediante Cdula de Identificao Fiscal, admitida adelegaomedianteconvnio.

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    Art.11.SemexclusodaresponsabilidadedosrgosquecompemoSNDC,osagentesdequetrataoartigoanteriorresponderopelosatosquepraticaremquandoinvestidosdaaofiscalizadora.

    SEOII

    DasPrticasInfrativas

    Art.12.Soconsideradasprticasinfrativa:

    Icondicionarofornecimentodeprodutoouservioaofornecimentodeoutroprodutoouservio,bemcomo,semjustacausa,alimitesquantitativos;

    IIrecusaratendimentosdemandasdosconsumidoresnaexatamedidadesuadisponibilidadedeestoquee,ainda,deconformidadecomosusosecostumes;

    Illrecusar,semmotivojustificado,atendimentodemandadosconsumidoresdeservios;

    IVenviarouentregaraoconsumidorqualquerprodutooufornecerqualquerservio,semsolicitaoprvia;

    Vprevalecersedafraquezaouignornciadoconsumidor,tendoemvistasuaidade,sade,conhecimentooucondiosocial,paraimpingirlheseusprodutosouservios;

    VIexigirdoconsumidorvantagemmanifestamenteexcessiva;

    VIIexecutarserviossemaprviaelaboraodeoramentoeautoconsumidor.ressalvadasasdecorrentesdeprticasanterioresentreaspartes;

    VIII repassar informao depreciativa referente a ato praticado peloconsumidornoexercciodeseusdireitos;

    IXcolocar,nomercadodeconsumo,qualquerprodutoouservio:

    a)emdesacordocomasnormasexpedidaspelosrgosoficiaiscompetentes,ou,senormasespecficasnoexistirem,pelaAssociaoBrasileiradeNormasTcnicasABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,NormalizaoeQualidadeIndustrialCONMETRO;

    b) que acarrete riscos sade ou segurana dos consumidores e seminformaesostensivaseadequadas;

    c)emdesacordocomasindicaesconstantesdorecipiente,daembalagem,darotulagemoumensagempublicitria, respeitadasasvariaes decorrentesdesuanatureza;

    d)imprprioouinadequadoaoconsumoaquesedestinaouquelhediminuaovalor;

    Xdeixardereexecutarosservios,quandocabvel,semcustoadicional;

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    XIdeixardeestipularprazoparaocumprimentodesuaobrigaooudeixarafixaoouvariaodeseutermoinicialaseuexclusivocritrio.

    Art.13.Seroconsideradas,ainda,prticasinfrativas,naformadosdispositivosdaLein8.078,de1990:

    I ofertarprodutosouserviossemasinformaescorretas,claras,precisaeostensivas,emlnguaportuguesa,sobresuascaractersticas,qualidade,quantidade,composio, preo, condies de pagamento, juros, encargos, garantia, prazos devalidadeeorigem,entreoutrosdadosrelevantes;

    IIdeixardecomunicarautoridadecompetenteapericulosidadedoprodutoouservio,quandodolanamentodosmesmosnomercadodeconsumo,ouquandodaverificaoposteriordaexistnciadorisco;

    IIIdeixardecomunicaraosconsumidores,pormeiodeannciospublicitrios,a periculosidadedo produto ouservio, quandodo lanamento dos mesmos nomercadodeconsumo,ouquandodaverificaoposteriordaexistnciadorisco;

    IV deixar de reparar os danos causados aos consumidores por defeitosdecorrentes de projetos, fabricao, construo, montagem, manipulao,apresentaoouacondicionamentodeseusprodutosouservios,ouporinformaesinsuficientesouinadequadassobreasuautilizaoerisco;

    Vdeixardeempregarcomponentesdereposiooriginais,adequadosenovos,ou que mantenham as especificaes tcnicas do fabricante, salvo se existirautorizaoemcontrriodoconsumidor;

    VI deixardecumpriraoferta, publicitriaouno, suficientementeprecisa,ressalvadaaincorreoretificadaemtempohbilouexclusivamenteatribuvelaoveculo de comunicao, sem prejuzo, inclusive nessas duas hipteses, documprimentoforadodoanunciadooudoressarcimentodeperdasedanossofridospelo consumidor, assegurado o direito de regresso do anunciante contra seuseguradorouresponsveldireto;

    VIIomitir,nasofertasouvendaseletrnicas,portelefoneoureembolsopostal,onomeeendereodofabricanteoudoimportadornaembalagem,napublicidadeenosimpressosutilizadosnatransaocomercial;

    VIII deixardecumprir, nocasodefornecimentodeprodutoseservios,oregimedepreostabelados,congelados,administrados,fixadosoucontroladospeloPoderPblico;

    IX submeter o consumidor inadimplente a ridculo oua qualquer tipo deconstrangimentoouameaa;

    X impedir ou dificultar o acesso gratuito do consumidor s informaesexistentes em cadastros, fichas, registros de dados pessoais e de consumo,arquivadossobreele,bemcomosobreasrespectivasfontes;

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    XIelaborarcadastrosdeconsumocomdadosirreaisouimprecisos;

    XII mantercadastrosedadosdeconsumidorescominformaesnegativas,divergentesdaproteolegal;

    XIIIIdeixardecomunicar,porescrito,aoconsumidoraaberturadecadastro,ficha,registrodedadospessoaisedeconsumo,quandonosolicitadaporele;

    XIV deixar de corrigir, imediata e gratuitamente, a inexatido de dados ecadastros,quandosolicitadopeloconsumidor;

    XV deixar de comunicar ao consumidor, no prazo de cinco dias teis, ascorreescadastraisporelesolicitadas;

    XVI impedir, dificultar ou negar, sem justa causa, o cumprimento dasdeclaraesconstantesdeescritosparticulares,reciboseprcontratosconcernentessrelaesdeconsumo;

    XVIIomitiremimpressos,catlogosoucomunicaes,impedir,dificultarounegaradesistnciacontratual,noprazodeatsetediasacontardaassinaturadocontratooudoatoderecebimentodoprodutoouservio,semprequeacontrataoocorrerforadoestabelecimentocomercial,especialmenteportelefoneouadomiclio;

    XVIII impedir, dificultar ou negar a devoluo dos valores pagos,monetariamenteatualizados,duranteoprazodereflexo,emcasodedesistnciadocontratopeloconsumidor;

    XIXdeixardeentregarotermodegarantia,devidamentepreenchidocomasinformaesprevistasnopargrafonicodoart.50daLein8.078,de1990;

    XX deixar, emcontratos que envolvamvendas a prazo oucomcarto decrdito,deinformarporescritoaoconsumidor,prviaeadequadamente,inclusivenascomunicaespublicitrias,opreodoprodutooudoservioemmoedacorrentenacional, o montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros, osacrscimos legal e contratualmente previstos, o nmero e a periodicidade dasprestaese,comigualdestaque,asomatotalapagar,comousemfinanciamento;

    XXI deixar de assegurar a oferta de componentes e peas de reposio,enquantonocessarafabricaoouimportaodoproduto,e, casocessadas, demanteraofertadecomponentesepeasdereposioporperodorazoveldetempo,nuncainferiorvidatildoprodutoouservio;

    XXIIproporouaplicarndicesouformasdereajustealternativos,bemcomofazloemdesacordocomaquelequesejalegaloucontratualmentepermitido;

    XXIIIrecusaravendadeprodutoouaprestaodeservios,publicamenteofertados,diretamenteaquemsedispeaadquirilosmedianteprontopagamento,ressalvadososcasosreguladosemleisespeciais;

    XXIV deixar de trocar o produto imprprio, inadequado, ou de valor

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    diminudo, por outro da mesmaespcie, emperfeitas condies de uso, ouderestituirimediatamenteaquantiapaga,devidamentecorrigida,oufazerabatimentoproporcionaldopreo,acritriodoconsumidor.

    Art. 14. enganosaqualquermodalidadede informaooucomunicaodecarterpublicitriointeiraouparcialmentefalsa,ou,porqualqueroutromodo,esmopor omisso, capaz de induzir a erro o consumidor a respeito da natureza,caractersticas, qualidade, quantidade, propriedade, origem, preoe dequaisqueroutrosdadossobreprodutosouservios.

    1enganosa,poromisso,apublicidadequedeixardeinformarsobredadoessencialdoprodutoouservioasercolocadodisposiodosconsumidores.

    2abusiva,entreoutras,apublicidadediscriminatriadequalquernatureza,queinciteviolncia,exploreomedoouasuperstio,seaproveitedadeficinciadejulgamentoedainexperinciadacriana,desrespeitevaloresambientais,sejacapazdeinduziroconsumidorasecomportardeforma prejudicial ouperigosa suasadeousegurana,ouqueviolenormaslegaisouregulamentaresdecontroledapublicidade.

    3Onusdaprovadaveracidade(noenganosidade)edacorreo(noabusividade)dainformaooucomunicaopublicitriacabeaquemaspatrocina.

    Art. 15. Estandoa mesmaempresa sendoacionadaemmais de umEstadofederado pelo mesmofato gerador de prtica infrativa, a autoridademximadosistemaestadualpoder remeteroprocessoaorgocoordenadordoSNDC,queapurarofatoeaplicarassanesrespectivas.

    Art. 16. Noscasos deprocessos administrativos tramitandoemmais deumEstado, queenvolvaminteresses difusos oucoletivos, o DPDCpoder avoclos,ouvidaaComissoNacionalPermanentedeDefesadoConsumidor,bemcomoasautoridadesmximasdossistemasestaduais.

    Art.17.Asprticasinfrativasclassificamseem:

    Ileves:aquelasemqueforemverificadassomentecircunstnciasatenuantes;

    IIgraves:aquelasemqueforemverificadascircunstnciasagravantes.

    SEOIII

    DasPenalidadesAdministrativas

    Art. 18.Ainobservnciadasnormascontidasna Lein8.078,de1990,edasdemaisnormasdedefesadoconsumidorconstituir prticainfrativaesujeitar ofornecedor s seguintes penalidades, que podero ser aplicadas isolada oucumulativamente,inclusivedeformacautelar,antecedenteouincidentenoprocessoadministrativo,semprejuzodasdenaturezacvel,penaledasdefinidasemnormasespecficas:

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    Imulta;

    IIapreensodoproduto;

    Illinutilizaodoproduto;

    IVcassaodoregistrodoprodutojuntoaorgocompetente;

    Vproibiodefabricaodoproduto;

    VIsuspensodefornecimentodeprodutosouservios;

    VIIsuspensotemporriadeatividade;

    VIIIrevogaodeconcessooupermissodeuso;

    IXcassaodelicenadoestabelecimentooudeatividade;

    Xinterdio,totalouparcial,deestabelecimento,deobraoudeatividade;

    XIintervenoadministrativa;

    XIIimposiodecontrapropaganda.

    1Responderpelaprticainfrativa,sujeitandosessanesadministrativasprevistasnesteDecreto,quemporaoouomissolhedercausa,concorrerparasuaprticaoudelasebeneficiar.

    2AspenalidadesprevistasnesteartigoseroaplicadaspelosrgosoficiaisintegrantesdoSNDC,semprejuzodasatribuiesdorgonormativooureguladordaatividade,naformadalegislaovigente.

    3AspenalidadesprevistasnosincisosIIIaXIdesteartigosujeitamsea posteriorconfirmaopelorgonormativooureguladordaatividade,noslimitesdesuacompetncia.

    Art. 19. Toda pessoa fsica ou jurdica que fizer ou promover publicidadeenganosaouabusivaficarsujeitapenademulta,cumuladacomaquelasprevistasnoartigoanterior,semprejuzodacompetnciadeoutrosrgosadministrativos.

    Pargrafonico.Incidetambmnaspenasdesteartigoofornecedorque:

    a) deixar deorganizar ounegaraos legtimos interessadososdados fticos,tcnicosecientficosquedosustentaomensagempublicitria;

    b) veicular publicidade de forma que o consumidor no possa, fcil eimediatamente,identificlacomotal.

    Art. 20. Sujeitamse penademultaosrgospblicosque, porsi ousuasempresas concessionrias, permissionrias ou sob qualquer outra forma deempreendimento, deixaremde fornecer serviosadequados, eficientes, seguros e,quantoaosessenciais,contnuos.

    Art.21.AaplicaodasanoprevistanoincisoIIdoart.18terlugarquando

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    os produtos foremcomercializados emdesacordo comas especificaes tcnicasestabelecidasemlegislaoprpria,naLein8.078,de1990,enesteDecreto.

    1Osbensapreendidos,acritriodaautoridade,poderoficarsobaguardadoproprietrio,responsvel,prepostoouempregadoquerespondapelogerenciamentodonegcio, nomeadofiel depositrio, mediantetermoprprio, proibidaavenda,utilizao,substituio,subtraoouremoo,totalouparcial,dosreferidosbens.

    2Aretiradadeprodutoporpartedaautoridadefiscalizadoranopoder incidirsobrequantidadesuperiorquelanecessriarealizaodaanlisepericial.

    Art.22.Seraplicadamultaaofornecedordeprodutosouserviosque,diretaouindiretamente,inserir,fizercircularouutilizarsedeclusulaabusiva,qualquerquesejaamodalidadedocontratodeconsumo,inclusivenasoperaessecuritrias,bancrias, de crdito direto ao consumidor, depsito, poupana, mtuo oufinanciamento,eespecialmentequando:

    I impossibilitar, exonerarouatenuararesponsabilidadedofornecedorporvcios de qualquer natureza dos produtos e servios ou implicar renncia oudisposiodedireitodoconsumidor;

    IIdeixardereembolsaraoconsumidoraquantiajpaga,noscasosprevistosnaLein8.078,de1990;

    IIItransferirresponsabilidadesaterceiros;

    IVestabelecerobrigaesconsideradasinquasouabusivas,quecoloquemoconsumidoremdesvantagemexagerada,incompatveiscomaboafouaeqidade;

    Vestabelecerinversodonusdaprovaemprejuzodoconsumidor;

    VIdeterminarautilizaocompulsriadearbitragem;

    VIIimpuserrepresentanteparaconcluirourealizaroutronegciojurdicopeloconsumidor;

    VIII deixar ao fornecedor a opo de concluir ouno o contrato, emboraobrigandooconsumidor;

    IX permitir ao fornecedor, direta ou indiretamente, variao unilateral dopreo,juros,encargos,formadepagamentoouatualizaomonetria;

    Xautorizarofornecedoracancelarocontratounilateralmente,semqueigualdireitosejaconferidoaoconsumidor,oupermitir,noscontratosdelongaduraooudetratosucessivo,ocancelamentosemjustacausaemotivao,mesmoquedadaaoconsumidoramesmaopo;

    XIobrigaroconsumidoraressarciroscustosdecobranadesuaobrigao,semqueigualdireitolhesejaconferidocontraofornecedor;

    XII autorizar o fornecedor a modificar unilateralmente o contedo ou a

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    qualidadedocontratoapssuacelebrao;

    XIIIinfringirnormasambientaisoupossibilitarsuaviolao;

    XIV possibilitar a renncia ao direito de indenizao por benfeitoriasnecessrias;

    XVrestringirdireitosouobrigaesfundamentaisnaturezadocontrato,detalmodoaameaaroseuobjetoouoequilbriocontratual;

    XVI onerar excessivamente o consumidor, considerandose a natureza e ocontedodo contrato, o interesse das partes e outras circunstncias peculiares espcie;

    XVIIdeterminar,noscontratosdecompraevendamediantepagamentoemprestaes,ounasalienaesfiduciriasemgarantia,aperdatotaldasprestaespagas,embeneficiodocredorque,emrazodoinadimplemento,pleiteararesiliodocontratoe aretomadadoprodutoalienado, ressalvadaacobrana judicial deperdasedanoscomprovadamentesofridos;

    XVIIIanunciar,oferecerouestipularpagamentoemmoedaestrangeira,salvonoscasosprevistosemlei;

    XIX cobrar multas de mora superiores a dois por cento, decorrentes doinadimplementodeobrigaonoseutermo,conformeodispostono1doart.52daLein8.078,de1990,comaredaodadapelaLein9.298,de1deagostode1996;

    XX impedir, dificultarounegaraoconsumidora liquidaoantecipadadodbito,totalouparcialmente,mediantereduoproporcionaldosjuros,encargosedemaisacrscimos,inclusiveseguro;

    XXIfizerconstardocontratoalgumadasclusulasabusivasaqueserefereoart.56desteDecreto;

    XXII elaborar contrato, inclusive o de adeso, sem utilizar termos claros,caracteres ostensivos e legveis, quepermitamsua imediata e fcil compreenso,destacandose as clusulas que impliquem obrigao ou limitao dos direitoscontratuais do consumidor, inclusive com a utilizao de tipos de letra e coresdiferenciados,entreoutrosrecursosgrficosevisuais;

    XXIII que impea a troca de produto imprprio, inadequado, oude valordiminudo, por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso, ou arestituioimediatadaquantiapaga,devidamentecorrigido,oufazerabatimentoproporcionaldopreo,acritriodoconsumidor.

    Pargrafonico.Dependendodagravidadedainfraoprevistanosincisosdosarts. 12, 13e desteartigo, a penademultapoder ser cumuladacomasdemaisprevistasnoart.18,semprejuzodacompetnciadeoutrosrgosadministrativos.

    Art. 23. Os servios prestados e os produtos remetidos ou entregues ao

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    consumidor,nahipteseprevistanoincisoIVdoart.12desteDecreto,equiparamsesamostrasgrtis,inexistindoobrigaodepagamento.

    Art.24.Paraaimposiodapenaesuagradao,seroconsiderados:

    Iascircunstnciasatenuanteseagravantes;

    IIosantecedentesdoinfrator,nostermosdoart.28desteDecreto.

    Art.25.Consideramsecircunstnciasatenuantes:

    Iaaodoinfratornotersidofundamentalparaaconsecuodofato;

    IIseroinfratorprimrio;

    III teroinfratoradotadoasprovidnciaspertinentesparaminimizaroudeimediatorepararosefeitosdoatolesivo.

    Art.26.Consideramsecircunstnciasagravantes:

    Iseroinfratorreincidente;

    II teroinfrator, comprovadamente, cometidoaprtica infrativaparaobtervantagensindevidas;

    IIItrazeraprticainfrativaconseqnciasdanosassadeouseguranadoconsumidor;

    IV deixar o infrator, tendo conhecimento do ato lesivo, de tomar asprovidnciasparaevitaroumitigarsuasconseqncias;

    Vteroinfratoragidocomdolo;

    VIocasionaraprticainfrativadanocoletivooutercarterrepetitivo;

    VII teraprticainfrativaocorridoemdetrimentodemenordedezoitooumaiordesessentaanosoudepessoasportadorasdedeficinciafsica, mental ousensorial,interditadasouno;

    VIIIdissimularseanaturezailcitadoatoouatividade;

    IXseracondutainfrativapraticadaaproveitandoseoinfratordegravecriseeconmicaoudacondiocultural,socialoueconmicadavtima,ou,ainda,porocasiodecalamidade.

    Art.27.Considerasereincidnciaarepetiodeprticainfrativa,dequalquernatureza,snormasdedefesadoconsumidor,punidapordecisoadministrativairrecorrvel.

    Pargrafonico.Paraefeitodereincidncia,noprevaleceasanoanterior,seentreadatadadecisoadministrativadefinitivaeaqueladaprticaposteriorhouverdecorridoperododetemposuperioracincoanos.

    Art. 28. Observado o disposto no art. 24 deste Decreto pela autoridade

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    competente, a penademulta ser fixadaconsiderandosea gravidadedaprticainfrativa,aextensododanocausadoaosconsumidores,avantagemauferidacomoato infrativo e a condio econmica do infrator, respeitados os parmetrosestabelecidosnopargrafonicodoart.57daLein8.078,de1990.

    CAPTULOIV

    DADESTINAODAMULTAEDAADMINISTRAODOS

    RECURSOS

    Art.29.Amultadequetratao incisoIdoart.56ecaputdoart.57daLein8.078,de1990,reverterparaoFundopertinentepessoajurdicadedireitopblicoqueimpuserasano,geridopelorespectivoConselhoGestor.

    Pargrafonico.AsmultasarrecadadaspelaUnioergosfederaisreverteroparaoFundodeDireitosDifusosdequetratamaLein7.347,de1985,eLein9.008,de21demarode1995,geridopeloConselhoFederalGestordoFundodeDefesadosDireitosDifusosCFDD.

    Art.30.AsmultasarrecadadasserodestinadasaofinanciamentodeprojetosrelacionadoscomosobjetivosdaPolticaNacionaldeRelaesdeConsumo,comadefesadosdireitosbsicosdoconsumidorecomamodernizaoadministrativadosrgospblicosdedefesadoconsumidor,apsaprovaopelorespectivoConselhoGestor,emcadaunidadefederativa.

    Art.31.NaausnciadeFundosmunicipais,osrecursosserodepositadosnoFundodorespectivoEstadoe,faltandoeste,noFundofederal.

    Pargrafonico.OConselhoFederalGestordoFundodeDefesadosDireitos,Difusos poder apreciar e autorizar recursos para projetos especiais de rgos eentidadesfederais,estaduaisemunicipaisdedefesadoconsumidor.

    Art.32.NahiptesedemultaaplicadapelorgocoordenadordoSNDCnoscasos previstos pelo art. 15 deste Decreto, o Conselho Federal Gestor do FDDrestituiraosfundosdosEstadosenvolvidosopercentualdeatoitentaporcentodovalorarrecadado.

    CAPTULOV

    DOPROCESSOADMINISTRATIVO

    SEOI

    DasDisposiesGerais

    Art.33.Asprticasinfrativassnormasdeproteoedefesadoconsumidorseroapuradasemprocessoadministrativo,queterinciomediante:

    Iato,porescrito,daautoridadecompetente;

    Ilavraturadeautodeinfrao;

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    IIIreclamao.

    1Antecedendoinstauraodoprocessoadministrativo,poderaautoridadecompetente abrir investigao preliminar, cabendo, para tanto, requisitar dosfornecedores informaes sobre as questes investigados, resguardadoo segredoindustrial,naformadodispostono4doart.55daLein8.078,de1990.

    2ArecusaprestaodasinformaesouodesrespeitosdeterminaeseconvocaesdosrgosdoSNDCcaracterizamdesobedincia,naformadoart.330doCdigoPenal,ficandoaautoridadeadministrativacompoderesparadeterminaraimediatacessaodaprtica,almdaimposiodassanesadministrativaseciviscabveis.

    SEOII

    DaReclamao

    Art.34.Oconsumidorpoderapresentarsuareclamaopessoalmente,ouportelegrama carta, telex, facsmile ou qualquer outro meio de comunicao, aquaisquerdosrgosoficiaisdeproteoedefesadoconsumidor.

    SEOIII

    DosAutosdeInfrao,deApreensoedoTermodeDepsito

    Art.35.OsAutosdeinfrao,deApreensoeoTermodeDepsitodeveroserimpressos, numerados em srie e preenchidos de forma clara e precisa, sementrelinhas,rasurasouemendas,mencionando:

    IoAutodeInfrao:

    a)olocal,adataeahoradalavratura;

    b)onome,oendereoeaqualificaodoautuado;

    c)adescriodofatooudoatoconstitutivodainfrao;

    d)odispositivolegalinfringido;

    e)adeterminaodaexignciaeaintimaoparacumprilaouimpugnlanoprazodedezdias;

    f)aidentificaodoagenteautuante,suaassinatura,aindicaodoseucargooufunoeonmerodesuamatrcula;

    g)adesignaodorgojulgadoreorespectivoendereo;

    h)aassinaturadoautuado;

    IIoAutodeApreensoeoTermodeDepsito:

    a)olocal,adataeahoradalavratura;

    b)onome,oendereoeaqualificaododepositrio;

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    c)adescrioeaquantidadedosprodutosapreendidos;

    d)asrazeseosfundamentosdaapreenso;

    e)olocalondeoprodutoficararmazenado;

    f)aquantidadedeamostracolhidaparaanlise;

    g)aidentificaodoagenteautuante,suaassinatura,aindicaodoseucargooufunoeonmerodesuamatrcula;

    h)aassinaturadodepositrio;

    i)asproibiescontidasno1doart.21desteDecreto.

    Art. 36. Os Autos de Infrao, de Apreenso e o Termode Depsito serolavrados pelo agente autuante que houver verificado a prtica infrativa,preferencialmentenolocalondefoicomprovadaairregularidade.

    Art. 37. Os Autos de Infrao, de Apreenso e o Termode Depsito serolavradosemimpressoprprio,compostodetrsvias,numeradastipograficamente.

    1 Quando necessrio, para comprovao de infrao, os Autos seroacompanhadosdelaudopericial.

    2 Quandoa verificaododefeito ouvcio relativo qualidade, oferta eapresentaodeprodutosnodependerdepercia,oagentecompetenteconsignarofatonorespectivoAuto.

    Art. 38. A assinatura nos Autos de Infrao, de Apreenso e no TermodeDepsito,porpartedoautuado,aorecebercpiasdosmesmos,constituinotificao,semimplicarconfisso,paraosfinsdoart.44dopresenteDecreto.

    Pargrafonico.EmcasoderecusadoautuadoemassinarosAutosdeInfrao,deApreensoeoTermodeDepsito,oAgentecompetenteconsignarofatonosAutos e no Termo, remetendoos ao autuado por via postal, com Aviso deRecebimento(AR)ououtroprocedimentoequivalente,tendoosmesmosefeitosdocaputdesteartigo.

    SEOIV

    DaInstauraodoProcessoAdministrativoporAtodeAutoridade

    Competente

    Art.39.Oprocessoadministrativodequetrataoart.33desteDecretopoderserinstaurado mediante reclamao do interessado ou por iniciativa da prpriaautoridadecompetente.

    Pargrafo nico. Na hiptese de a investigao preliminar no resultar emprocesso administrativo com base em reclamao apresentada por consumidor,dever este ser informado sobre as razes do arquivamento pela autoridade

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    competente.

    Art. 40. O processo administrativo, na forma deste Decreto, dever,obrigatoriamente,conter:

    Iaidentificaodoinfrator;

    IIadescriodofatoouatoconstitutivodainfrao;

    IIIosdispositivoslegaisinfringidos;

    IVaassinaturadaautoridadecompetente.

    Art. 41. A autoridade administrativa poder determinar, na forma de atoprprio,constataopreliminardaocorrnciadeprticapresumida.

    SEOV

    DaNotificao

    Art. 42. Aautoridadecompetenteexpedir notificaoao infrator, fixandooprazodedezdias,acontardadatadeseurecebimento,paraapresentardefesa,naformadoart.44desteDecreto.

    1Anotificao,acompanhadadecpiadainicialdoprocessoadministrativoaqueserefereoart.40,farse:

    Ipessoalmenteaoinfrator,seumandatriooupreposto;

    IIporcartaregistradaaoinfrator,seumandatriooupreposto,comAvisodeRecebimento(AR).

    2Quandooinfrator,seumandatrioouprepostonopudersernotificado,pessoalmenteouporviapostal,serfeitaanotificaoporedital,aserafixadonasdependncias dorgorespectivo, emlugarpblico, peloprazodedezdias, oudivulgado,pelomenosumavez,naimprensaoficialouemjornaldecirculaolocal.

    SEOVI

    DaImpugnaoedoJulgamentodoProcessoAdministrativo

    Art.43.OprocessoadministrativodecorrentedeAutodeInfrao,deatodeoficiodeautoridadecompetente,oudereclamaoserinstrudoejulgadonaesferadeatribuiodorgoqueotiverinstaurado.

    Art.44.Oinfratorpoderimpugnaroprocessoadministrativo,noprazodedezdias,contadosprocessualmentedesuanotificao,indicandoemsuadefesa:

    Iaautoridadejulgadoraaquemdirigida;

    IIaqualificaodoimpugnante;

    Illasrazesdefatoededireitoquefundamentamaimpugnao;

    IVasprovasquelhedosuporte.

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    Art. 45. Decorridooprazodaimpugnao, orgo julgadordeterminar asdilignciascabveis,podendodispensarasmeramenteprotelatriasouirrelevantes,sendolhefacultadorequisitardoinfrator,dequaisquerpessoasfsicasoujurdicas,rgos ou entidades pblicas as necessrias informaes, esclarecimentos oudocumentos,aseremapresentadosnoprazoestabelecido.

    Art. 46. A deciso administrativa conter relatrio dos fatos, o respectivoenquadramentolegale,secondenatria,anaturezaegradaodapena.

    1Aautoridadeadministrativacompetente,antesdejulgarofeito,apreciaradefesaeasprovasproduzidaspelaspartes,noestandovinculadaaorelatriodesuaconsultoriajurdicaourgosimilar,sehouver.

    2Julgadooprocessoefixadaamulta,seroinfratornotificadoparaefetuarseurecolhimentonoprazodedezdiasouapresentarrecurso.

    3Emcasodeprovimentodorecurso,osvaloresrecolhidosserodevolvidosaorecorrentenaformaestabelecidapeloConselhoGestordoFundo.

    Art. 47. Quando a cominao prevista for a contrapropaganda, o processopoder ser instrudocomindicaestcnicopublicitrias, dasquaisse intimar oautuado,obedecidas,naexecuodarespectivadeciso,ascondiesconstantesdo1doart.60daLein8.078,de1990.

    SEOVII

    DasNulidades

    Art. 48. A inobservncia de formanoacarretar a nulidadedoato, se nohouverprejuzoparaadefesa.

    Pargrafo nico. A nulidade prejudica somente os atos posteriores ao atodeclarado nulo e dele diretamente dependentes ou de que sejam conseqncia,cabendo autoridade que a declarar indicar tais atos e determinar o adequadoprocedimentosaneador,seforocaso.

    SEOVIII

    DosRecursosAdministrativos

    Art.49.Dasdecisesdaautoridadecompetentedorgopblicoqueaplicouasanocaberrecurso,semefeitosuspensivo,noprazodedezdias,contadosdadatadaintimaodadeciso,aseusuperiorhierrquico,queproferirdecisodefinitiva.

    Pargrafonico.Nocasodeaplicaodemultas,orecursoserrecebido,comefeitosuspensivo,pelaautoridadesuperior.

    Art.50.QuandooprocessotramitarnombitodoDPDC,ojulgamentodofeitoserderesponsabilidadedoDiretordaquelergo,cabendorecursoaotitulardaSecretariadeDireitoEconmico,noprazodedezdias,contadosdadatadaintimaodadeciso,comosegundaeltimainstnciarecursal.

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    Art.51.NoserconhecidoorecursointerpostoforadosprazosecondiesestabelecidosnesteDecreto.

    Art.52.Sendojulgadainsubsistenteainfrao,aautoridadejulgadorarecorrerautoridadeimediatamentesuperior,nostermosfixadosnestaSeo,mediantedeclaraonaprpriadeciso.

    Art.53.Adecisodefinitivaquandonomaiscouberrecurso,sejadeordemformaloumaterial.

    Art.54.TodososprazosreferidosnestaSeosopreclusivos.

    SEOIX

    DaInscrionaDvidaAtiva

    Art. 55. Nosendorecolhidoovalordamultaemtrinta dias, ser odbitoinscritoemdvidaativadorgoquehouveraplicadoasano,parasubseqentecobranaexecutiva.

    CAPTULOVI

    DOELENCODECLUSULASABUSIVASEDOCADASTRODE

    FORNECEDORES

    SEOI

    DoElencodeClusulasAbusivas

    Art.56.Naformadoart.51daLein8.078,de1990,ecomoobjetivodeorientaroSistemaNacionaldeDefesadoConsumidor,aSecretariadeDireitoEconmicodivulgar,anualmente,elencocomplementardeclusulascontratuaisconsideradasabusivas,notadamenteparaofimdeaplicaododispostonoincisoIVdoart.22desteDecreto.

    1 Na elaborao do elenco referido no caput e posteriores incluses, aconsideraosobreaabusividadedeclusulascontratuaissedardeformagenricaeabstrata.

    2 O elenco de clusulas consideradas abusivas tem natureza meramenteexemplificativa, no impedindo que outras, tambm, possam vir a ser assimconsideradas pelos rgos da Administrao Pblica incumbidos da defesa dosinteressesedireitosprotegidospeloCdigodeDefesadoConsumidorelegislaocorrelata.

    3Aapreciaosobreaabusividadedeclusulascontratuais,parafinsdesuainclusonoelencoaqueserefereocaputdeste artigo, se dar deofcioouporprovocaodoslegitimadosreferidosnoart.82daLein8.078,de1990.

    SEOII

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    DoCadastrodeFornecedores

    Art. 57. Os cadastros de reclamaes fundamentadas contra fornecedoresconstitueminstrumentoessencialdedefesaeorientaodosconsumidores,devendoos rgos pblicos competentes assegurar sua publicidade, contabilidade econtinuidade,nostermosdoart.44daLein8.078,de1990.

    Art.58.ParaosfinsdesteDecreto,considerase:

    Icadastro:oresultadodosregistrosfeitospelosrgospblicosdedefesadoconsumidordetodasasreclamaesfundamentadascontrafornecedores;

    II reclamao fundamentada: a notcia de leso ou ameaa a direito deconsumidoranalisadaporrgopblicodedefesadoconsumidor,arequerimentooudeofcio,consideradaprocedente,pordecisodefinitiva.

    Art. 59. Osrgospblicos dedefesadoconsumidordevemprovidenciar adivulgao peridica dos cadastros atualizados de reclamaes fundamentadascontrafornecedores.

    1Ocadastroreferidonocaputdesteartigoserpublicado,obrigatoriamente,norgodeimprensaoficiallocal,devendoaentidaderesponsveldarlheamaiorpublicidadepossvelpormeiodosrgosdecomunicao,inclusiveeletrnica.

    2Ocadastroserdivulgadoanualmente,podendoorgoresponsvelfazloemperodomenor,semprequejulguenecessrio,econterinformaesobjetivas,claraseverdadeirassobreoobjetodareclamao,aidentificaodofornecedoreoatendimentoounodareclamaopelofornecedor.

    3 Os cadastros devero ser atualizados permanentemente, por meio dasdevidasanotaes,nopodendoconterinformaesnegativassobrefornecedores,referentesaperodosuperioracincoanos,contadodadatadaintimaodadecisodefinitiva.

    Art. 60.Oscadastrosdereclamaesfundamentadascontrafornecedoressoconsiderados arquivos pblicos, sendo informaes e fontes a todos acessveis,gratuitamente,vedadaautilizaoabusivaou,porqualqueroutromodo,estranhadefesa e orientao dos consumidores, ressalvada a hiptese de publicidadecomparativa.

    Art.61.Oconsumidoroufornecedorpoderrequereremcincodiasacontardadivulgao do cadastro e mediante petio fundamentada, a retificao deinformaoinexataqueneleconste, bemcomoainclusodeinformaoomitida,devendo a autoridade competente, no prazo de dez dias teis, pronunciarse,motivadamente,pelaprocednciaouimprocednciadopedido.

    Pargrafonico:Nocasodeacolhimentodopedido,aautoridadecompetenteprovidenciar,noprazodesteartigo,aretificaoouinclusodeinformaoesuadivulgao,nostermosdo1doart.59desteDecreto.

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    Art.62.Oscadastrosespecficosdecadargopblicodedefesadoconsumidorseroconsolidadosemcadastrosgerais,nosmbitosfederaleestadual,aosquaisseaplicaodispostonosartigosdestaSeo.

    CAPTULOVII

    DasDisposiesGerais

    Art. 63. Com base na Lei n 8.078, de 1990, e legislao complementar, aSecretariadeDireitoEconmicopoderexpediratosadministrativos,visandofielobservnciadasnormasdeproteoedefesadoconsumidor.

    Art.64.PoderoserlavradosAutosdeComprovaoouConstatao,afimdeestabelecerasituaorealdemercado,emdeterminadolugaremomento,obedecidooprocedimentoadequado.

    Art. 65. Emcasode impedimento aplicaodopresenteDecreto, ficamasautoridadescompetentesautorizadasarequisitaroempregodeforapolicial.

    Art.66.EsteDecretoentraemvigornadatadesuapublicao.

    Art.67.FicarevogadooDecreton861,de9dejulhode1993.

    Braslia,20demarode1997;176daIndependnciae109daRepblica.

    FERNANDOHENRIQUECARDOSONelsonA.Jobim

    EstetextonosubstituiopublicadonoDOUde21.3.1997