programa saber direito curso: direito do consumidor
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PROFESSOR: LINDOJON BEZERRATRANSCRIPT
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PROGRAMA SABER DIREITOCURSO: DIREITO DO CONSUMIDORPROFESSOR: LINDOJON BEZERRA
1AULA:PRINCPIOSNORTEADORESDOCDC
Princpiosespecficosnodireitodoconsumidor
Comodepraxeemtodoestudo,iniciaseestecomosprincpiosdeforma
geral (aplicados no servio pblico) e agora estudarse de forma especfica
(aplicveisaodireitodoconsumidor).
So eles: modicidade, generalidade, eficincia, cortesia, dignidade da
pessoa humana, liberdade, justia, pobreza, solidariedade, isonomia, honra,
informao,atividadeeconmicaeodacontinuidade.
Princpiodamodicidade
Amodicidadesignificaqueoserviopblicodeveserprestado,node
formagratuita,sendo,aprincpio,lcitoquesecobre,sejaatravsdetaxa,tarifaou
preopblico,umacontraprestaopecuniriapelaatividadedisponibilizadapara
umterceiro.Atarifadeveseracessvelpopulao,sendovedadoolocupletamento.
Princpiodageneralidade
Quantogeneralidade,significadizerqueumserviodeinteressepblico
jamaispoderserprestadosemqueseatendaaestefim,isto,ointeressecoletivo.
Tal serviodeveser impessoal e atender ao maior nmerodeusurios possvel,
devendoseratodosacessvel.
Princpiodaeficincia
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Aeficinciacorrespondeaumprincpiorelativamentenovo.Desorteque,
oprestadordoserviopblicodevesemprebuscaroaperfeioamentodoservio,
incorporandoosmelhoresrecursosetcnicaspossveis,sobpenadedefasagemna
prestao.
Princpiodacortesia
Acortesiacorrespondeaoatendimentopblicodeformaurbana,educada
esolcita.Poiscomosevfrentenestetrabalho,oconsumidorodestinatriofinal
doservio,nopodendoserdiscriminadooumaltratado.Todaasuareclamaoou
pedido de informao devemser respondidos. A lei consumerista, bemcomo a
prpria Constituio da Repblica de 1988, confere ao cidado direitos que o
resguardedeabusoscometidospelasprestadoras,tudodeacordocomaabordagem
aserdiscorridanopresentetrabalho.
Princpiodadignidadedapessoahumana
Adignidade da pessoa humana princpio fundamental expresso na
CartaMagnade1988,maisprecisamenteemseuartigo1.Eumvalorjpreenchido
abinitio1,poistodoserhumanotemadignidadetosomentepelofatodeserpessoa.
Elaaprimeiragarantiadaspessoasealtimainstnciadeguaridados
direitosfundamentais.Aindaquenosejadefinida,visvelsuaviolao,quando
ocorre.
Princpiodaliberdade
Oprincpio da liberdade constitucional e aparece na forma que se1
de incio.
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abordaaseguir.
Conferese a liberdade de iniciativa a todos aqueles que decidampor
vontadeprpria, tomandoseusbense constituindoos emcapital, ir ao mercado
empreenderalgumaatividade.
Nestesentido,oempreendedortemalivreescolhadeassumirosriscosda
atividadeempresarial.
Para o consumidor, a liberdade significa que o Estado intervir nas
relaesdeconsumoafimdepropiciarlivrenegociaonocomrcioegarantira
proteodevidaemrazodesuafraquezaeconmicaemrelaoaofornecedor.
Princpiodajustia
AConstituioFederal,emseuartigo3,incisoI,estabelececomoumdos
objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil a construo de uma
sociedadelivre,justaesolidria.
Convmexplicitarque,halgumtempo,ascomunidadesdecidiamseus
litgiosatravsdafora.Comaevoluodassociedades,oshomensabdicaramde
seus direitos de decidirem individualmente por um terceiro que interviria nos
conflitos. E, assim,criouseafiguradoEstadoe, consequentemente,doJuizque,
entrealgunspovoserachamadodePretor.ComafiguradoJuizEstadoaspessoas
atriburamlheafunodejulgardamaneiramaiscorretapossvel.Dafalarseem
Justia.
NoBrasilnoocorredemododiferente,ondelevamseconflitosaoPoder
Judicirioemltimainstncia,quandonoseconsegueresolvlos.
Ajustiasomaseaoprincpiodaintangibilidadedadignidadehumana,
como fundamento de todas as normas jurdicas, na medida em que qualquer
pretensojurdicadevetercomobaseumaordemjusta.
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Princpiodapobreza
ConstituiobjetivofundamentaldaConstituioFederal,aerradicaoda
pobreza.Eelamesmaentendequeapopulao constituda,emsuamaioria,de
pessoaspobres.Eparaasseguraroequilbrionasrelaesjurdicas,sobretudoasde
consumo,queoCdigodeDefesadoConsumidorfoicriado.
DeveseanalisaraLein8.078,de11desetembrode1990(Cdigode
DefesadoConsumidorCDC),tomandoporbaseaincidnciadeumacomunidade
pobredentrodomercado,visandoumamaiorproteomesma.
Princpiodasolidariedade
TambmprevistonaCartaMagnaemseuartigoterceiro,oobjetivoda
Repblicadeconstruirumasociedadesolidria.
Neste caso, a solidariedadesignifica queos cidadosso parte de um
todo,asociedade,queseinterligameconstroemumacomunidade.
Assituaesindividuais,asrelaesentreessassituaes,asligaesde
ambascomotodo,edestecomcadauma,geridasporumdevermaior,comonorma
queimputasolidariedadeatodos.
Princpiodaisonomia
Todossoiguaisperantealei,semdistinodequalquernatureza.o
queprevoartigomaisconhecidodenossaConstituio,o5.
Todavia, importante entender que esse princpio no se aplica to
somentedestemodo,pois,comobemasseverouAristteles,aisonomiadecorredo
fatodequedevemostratarigualmenteosiguaisedesigualmenteosdesiguais,na
medidadesuasdesigualdades.
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Ora,issobemcorretoquandoverificasequeemumasociedadedeseres
humanos,ningumigualaooutro,nemfsicanempsicologicamente.Equandose
observaabalanaseguradapeladeusaThemisemmuitassimbologiasdoDireito,
nosesabe,aocerto,oqueelasignifica.
Ento, sedesse fatocolocasedois quilosdeumamesmamatriapara
pesar, na maioria das vezes os dois pratos da balana ficaro no mesmo nvel.
Contudo,nemsempreopesoreferesequantidadeenissotornarseiamdesiguais
umquilodechumboeumquilodealgodo.
Dissodecorreanecessidadedeaplicarseesteprincpiocomcautela,pois,
como o trabalho demonstra, o consumidor a parte mais fraca na relao de
consumo,hajavistaqueofornecedordetmopodereconmico.
Princpiodahonra
Ahonraseassemelhadignidade,masdiferedesta,poisadignidade
uma garantia constitucional conferida a todos, independentemente de qualquer
outroelementovalorativoounormativo.
Ahonraumvalorsocialaqueumindivduotemdireito.Elanoimpede
suaobjetivaocomosendoamanifestaodeestimaeapreoconferidaaalgum
pelasoutraspessoas.Ahonraestnomagodaspessoasdebem,estandoligada,
aindaaoutrosconceitos,comocoragem,honestidadeedecoro.
Princpiodainformao
Odireitodeinformaoseranalisadonestetrabalhosobtrsaspectos:o
direitodeinformar,odireitodeseinformareodireitodeserinformado.
Odireitodeinformar
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ACF/88emseuartigo220prevque:Amanifestaodopensamento,a
criao,aexpressoeainformao,sobqualquerforma,processoouveculono
sofreroqualquerrestrio,observadoodispostonestaConstituio.
Odireitodeseinformar
spessoasconcedidoessedireito.Eleexisteporcontadainformao.O
incisoXIVdoart.5,daCF/88,inverbis,asseguradoatodosoacessoinformao
eresguardadoosigilodafonte,quandonecessrioaoexerccioprofissional.
Quando a Constituio assegura o direito informao,
consequentemente,asseguraododireitodealgumserinformadoeobrigaalguma
fornecerainformao.
Odireitodeserinformado
Esse direito decorrente da obrigao de algum informar. O inciso
XXXIIIdoart.5,daCartaMagnadispeque:
todostmdireitoareceberdosrgospblicosinformaesde
seuinteresseparticular,oudeinteressecoletivoougeral,que
seroprestadasnoprazodalei,sobpenaderesponsabilidade,
ressalvadasaquelascujosigilosejaimprescindvelsegurana
dasociedadeedoEstado.
Nestediapasodispeoart.37domesmoCdex:
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A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos
Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios obedecer aos princpios de legalidade,
impessoalidade,moralidade,publicidadeeeficincia(...).[grifo
nosso]
Verificase,nessecontexto,queosrgospblicostm,nosaobrigao
de prestar informaes como a de praticar seus atos de forma transparente,
atendendoaoprincpiodapublicidade.
Portanto,ainformaodeveserverdadeira,claraedeformaanoinduzir
emconfusoouambiguidadeodestinatriodainformao.
Princpiodaatividadeeconmica
Aodefinircomoprincpiosalivreconcorrnciaeadefesadoconsumidor,
o legisladorconstituinteest dizendoquenenhumaexploraopoder atingir os
consumidores nos direitos a eles outorgados. Est, tambm, definindo, que o
empreendedortemdeofereceromelhordesuaexplorao,independentementede
atingirounoosdireitosdoconsumidor.
No mercado de consumo em que se est inserido, so partes dele
consumidoresefornecedoresquetem,napontadoconsumo,oelementofracodesua
formao,noporqueoconsumidorpossaserfrgileconmicaefinanceiramente
falandocomonamaioriadassituaes,atporqueoCDC(CdigodeDefesado
Consumidor)elencaoutraspessoasquenotosomenteafsicacomoconsumidores,
aexemplodepessoasjurdicascomoconsumidores.Ofatoqueoreconhecimento
da vulnerabilidade do consumidor, como receptor de modelos de produo
unilateralmentedefinidos,semsuaparticipao,necessrioparaquepossahaver,
comaintervenodoEstado,umequilbrionasrelaesdeconsumo.
Esse reconhecimento da fragilidade do consumidor se d pela sua
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hipossuficinciatcnica,isto,elenoparticipadoprocessodeproduo.
Princpiodacontinuidade
Esteprincpioumdosmaisimportantesdestetrabalho,poisbaseado
principalmenteneleque,fundamentaseaargumentao,comosevadiante.
Continuidade a ausncia de interrupo e est diretamente ligada
regularidade.
AConstituioFederalerigiucondiodepblicosvriosserviosque
entendeudesempenharempapeldeextremaimportncianasociedade,devendoser
semprefornecidosvisandosatisfaodoseuinteresse.
A importncia do princpio da continuidade dos servios pblicos
demonstradapelofatodeservedada,emregra,nombitodoscontratosenvolvendo
oseufornecimentoa alegaoda exceodecontrato nocumprido, comobem
demonstraoprofessorMARALJUSTENFILHO:
O dispositivo no alude interrupo em virtude de
inadimplemento do poder concedente. O princpio da
continuidadedoserviopblicoexclui,comoregra,a exceptio
inadimpleticontractus.Ademais,acondutadopoderconcedente
nohbil,emprincpio,aproduziralgumefeitotonocivoao
concessionrioquepossaautorizarasuspensodaatividade.
(Inob.cit.,p.127.)
Logo,concluisedesdej queainterrupodofornecimentodeenergia
noscasosdenopagamentodascontasdeconsumopelousuriojamaisocorrerno
interessedacoletividade2,mas,sim,contra,poisnodemasiadodifcilimaginaros
2 Cf. previsto no art. 6, 3, inciso II, da Lei n 8.987/95.
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nefastosefeitosqueainterrupo,mesmoquandotemporria,acarretaspessoas.
Emsntese,estessoosprincpiosnorteadoresdaprestaodosservios
pblicos implicitamente agasalhados pelo texto constitucional. Na qualidade de
verdadeiros princpios, sua fora cogente independe de consagrao emobra do
legislador.Poroutrolado,suarecepoemtextolegalnolheacarretaaperdado
valordefonteprincipaldodireito,comasfunesdefundamento,interpretaoe
integraodoordenamento.Aconversoemlei,antesdedegradlos,temocondo
de reavivar a sua existncia, a fim de que no sejam esquecidos pelos agentes
incumbidosdaconcreodosfinsdaordemjurdicoeconmica.Osimperativosque
governamaordemjurdica,tendentespurificaodascondutasextrapoladorasdo
exerccionormaldosdireitos, praticadasounopelomaisforteeconomicamente,
noconcebemquetaisprincpios,plasmadosnoCdigodeDefesadoConsumidor,
fiquemcustodiadosdentrodoencerrolegal.
2AULA:DIREITOSBSICOSDOCONSUMIDOR
CdigodeDefesadoConsumidorLein8.078/90
CAPTULOIIIDosDireitosBsicosdoConsumidor
Art.6Sodireitosbsicosdoconsumidor:
Iaproteodavida,sadeeseguranacontraosriscosprovocadosporprticasno
fornecimentodeprodutoseserviosconsideradosperigososounocivos;
IIaeducaoedivulgaosobreoconsumoadequadodosprodutoseservios,
asseguradasaliberdadedeescolhaeaigualdadenascontrataes;
III a informaoadequadae clara sobreos diferentes produtos e servios, com
especificaocorretadequantidade,caractersticas,composio,qualidadeepreo,
bemcomosobreosriscosqueapresentem;
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IV a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais
coercitivosoudesleais,bemcomocontraprticaseclusulasabusivasouimpostas
nofornecimentodeprodutoseservios;
V a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes
desproporcionaisousuarevisoemrazodefatossupervenientesqueastornem
excessivamenteonerosas;
VIaefetivaprevenoereparaodedanospatrimoniaisemorais, individuais,
coletivosedifusos;
VII oacessoaosrgosjudicirioseadministrativoscomvistas prevenoou
reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,
asseguradaaproteoJurdica,administrativaetcnicaaosnecessitados;
VIIIafacilitaodadefesadeseusdireitos,inclusivecomainversodonusda
prova, a seufavor, noprocessocivil, quando, acritrio do juiz, for verossmil a
alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de
experincias;
Xaadequadaeeficazprestaodosserviospblicosemgeral.
Art.7Osdireitosprevistosnestecdigonoexcluemoutrosdecorrentesdetratados
ouconvenesinternacionaisdequeoBrasilsejasignatrio,dalegislaointerna
ordinria, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas
competentes,bemcomodosquederivemdosprincpiosgeraisdodireito,analogia,
costumeseequidade.
(CDCPRINCIPIOLGICO)
Pargrafo nico. Tendo mais de um autor a ofensa, todos respondero
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solidariamentepelareparaodosdanosprevistosnasnormasdeconsumo.
(RESPONSABILIDADESOLIDRIA)
3AULA:SERVIOSPBLICOSEOCDC
Hoje, discorrese muito emsaber, ao certo, o que pblico e o que
privado.
Comobemlecionamdoutrinadores,aexemplodeHelyLopesMeirelles,
notarefadasmaisfceisconceituaroquevemaser,efetivamente,umserviodito
pblico,dadaasvariveis,mormentepolticas,queafetamdiretamenteotema.
Desorte que, nodecorrer dos anos, a noodeserviopblicosofreu
notveisalteraes,especialmentenoquetangesuaabrangncia.
ComobemlembraaprofessoraMariaSylviaZanelladePietro(2008,p.
143.),asprimeirasnoesdeserviopblicoforamentoadaspelaEscoladeServio
Pblico,originadanaFrana.
Evoluoconceitual
Podeseutilizarosconceitosdoutrinriosdeserviopblicodeautores
brasileiros,comonoscasosqueseguem.
HelyLopesMeirellesdizqueserviopblico
todo aquele prestado pela Administrao ou por seus
delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer
necessidades essenciais ou secundrias da coletividade, ou
simplesconveninciadoEstado.(1999.p.121)
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JosCretellaJnior(1979)jdefineserviopblicocomotodaatividade
queo Estado exerce, direta ou indiretamente, para a satisfaodas necessidades
pblicasmedianteprocedimentotpicodedireitopblico.
CelsoAntonioBandeiradeMellolecionaque
serviopblicotodaaatividadedeoferecimentodeutilidade
ou comodidade material fruvel diretamente pelos
administrados,prestadopeloEstadoouporquemlhefaaas
vezes,sobumregimededireitopblicoportantoconsagrador
de prerrogativas de supremacia e de restries especiais
institudo pelo Estado em favor dos interesses que houver
definidocomoprpriosnosistemanormativo.(2002.p.89.)
MariaSylviadePietroentendeoserviopblicocomo
todaatividadematerialquealeiatribuiaoEstadoparaquea
exera diretamente ou por meio de seus delegados, com o
objetivodesatisfazerconcretamentesnecessidadescoletivas,
sobregimejurdicototalouparcialmentepblico.(2008.p.123.)
Cadapas,deacordocomassuascaractersticasepeculiaridades,abrange
emseuordenamentolegalaquiloqueconsideracomoatividadedeinteressepblico.
Elementosdadefinio
Existem,emsuasorigens,trscritriosadotadospelosdoutrinadorespara
definir o servio pblico: o subjetivo, o material e o formal. Onde o subjetivo
considera a pessoa jurdica prestadora do servio, ou seja, o sujeito de fato. O
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material consideraaatividadeexercida, isto, oobjeto. Eporfim,oformal, que
basilasenoregimejurdicoutilizadoparaprestaroserviopblico.
Elementosubjetivo
Acriaodoserviopblicofeitapor leie umaopodoEstado.O
Poder Pblico chama para si a responsabilidade de algo que, pelo grau de
importncia para a sociedade, no poderia ficar a cargo exclusivo da iniciativa
privada.
O Estado pode gerir diretamente, por meio de rgos prprios da
Administrao Pblica centralizada da Unio, Estados e Municpios, ou
indiretamente, atravsdeconcessooupermisso,previstoemleiprpria, oude
pessoasjurdicascriadaspeloPoderPblicocomessafinalidade.
Elementomaterial
Emrelao a esse elemento, existe uma comunho de ideias entre os
doutrinadoresementenderqueoserviopblicocorrespondeaumaatividadede
interessepblico.
Algunsparticularespoderoexerceratividadesdeinteressegeral,desde
queobservadoscertoscritrios.
Elementoformal
Aleitambmdefineoregimejurdicoaquesesubmeteoserviopblico.
Nocasodoregimejurdicoserdedireitopblico,osagentessoestatutrios,seus
benssopblicos,asdecisestmcarterdeatoadministrativo,aresponsabilidade
objetiva e os contratos regemse pelo direito administrativo, ressalvados aqueles
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contratos, previamente estabelecidos em lei, que possuem natureza do direito
privado.
Princpiosdoserviopblico
Princpios so a base de algumacoisa, que a norteia emdeterminado
sentido.
Na seara do Direito, podese dizer que os princpios jurdicos so
enunciados lgicos, implcitos ou explcitos, que, por sua grande generalidade,
ocupam posio de preeminncia nos vastos quadrantes do Direito e, por isso
mesmo,vinculam,demodoinexorvel, oentendimentoeaaplicaodasnormas
jurdicasquecomelesseconectam.
Oordenamentojurdicobrasileiroseformouesefirmoualiceradoem
princpios que so a parte permanente e eterna do Direito e ao mesmo tempo,
paradoxalmente, o fator mutvel que determina a evoluo jurdica. E, por essa
razo,desconformeumanormalegalquecontrarieumoumaisprincpios.
Violar umprincpio muito mais aviltante que burlar umanorma. O
descumprimentodeumprincpioresultanumaofensanosomenteaumespecfico
mandamentocompulsrio,masatodoumsistemadecomandos.
amaisgraveformadeilegalidadeouinconstitucionalidade,conformeo
escalo do princpio atingido, pois representa insurgncia contra todo o sistema,
subversodeseusvaloresfundamentais, contumlia irremissvel aseuarcabouo
lgicoecorrosodesuaestruturamestra.Istoporque,aoofendlo,abatemseas
vigasqueosustmealuiseatodaestruturanelesesforada.
ACartaMagnanoestampouexplicitamenteemseutextoosprincpios
queinformamaprestaodeserviospblicos.Daaimportnciadeextralosda
sistemticaconstitucionalentovigorante.
Nombitodoserviopblicoverificaseexistiremosseguintesprincpios:
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adequao,generalidade,segurana,mutabilidadedoregimejurdico,igualdadedos
usurios.
Princpiodaadequao
Este princpio consiste em eficincia do ponto de vista tcnico. A
atividadedeveser estruturada segundoas regras tcnicas a ela pertinentes e de
modoaqueseconstituaemmeiocausalmenteprprioparasatisfazernecessidades
dosusurios.
Aatividadeemquesematerializaoserviopblicoummeiocausaque
deveconduziraumfimconsequncia.Oservioquenoforaptoasatisfazer,do
ponto de vista tcnico, no ser adequado necessidade que motivou a sua
instituio.
Princpiodageneralidade
Consiste na universalizao da oferta do servio, para propiciar sua
fruio por todos os potenciais usurios. Pois, se o servio no se destina a ser
ofertado a um nmero indeterminado de usurios, sequer se caracteriza como
pblico.
Issonoimpedeaimposiodeparmetrosquantitativosnaoperaodo
servio.bvioqueasdimensesmateriaisdoinstrumentalnecessrioprestao
doserviopodemacarretarlimitesinsuprimveis.
Oquesepretendeindicar, porm, queoserviopblicoconsisteem
prestao de utilidade a todos os potenciais interessados, ainda que as razes
materiaisedeseguranapossamacarretaralimitaoquantitativa.
Generalidadecaracterizasequandoseofertaoservioaomaiornmero
possvel de usurios, abrangendo todas as manifestaes de necessidades, sem
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discriminaesincompatveiscomoprincpiodaisonomia.
Ofendeseageneralidadenocommerafixaodelimites, mascomo
privilgio naeleiodosusurios queserobeneficiados. Outra manifestaode
ofensa generalidadeseverifica quandoumaparte significativadouniverso de
usuriosnoatendida.
Princpiodasegurana
Esteprincpiocaracterizasepelodesenvolvimentodaatividade sempr
emriscoaintegridadefsicaeemocionaldequemquerqueseja,usurioseno
usurios.
Nohquesefalaremseguranaabsoluta,naacepodaeliminaode
todoequalquerrisco,emvirtudedainviabilidadedesubordinaraocorrnciados
eventosfuturosaesquemascognoscitivoseavontadehumana.
Logo,nosepodequalificarumserviocomoinadequadosimplesmente
porterseverificadoocasionalofensaintegridadefsicaouemocionaldeusurios.
Seguranasignifica,nocaso,aadoodastcnicasconhecidasedetodas
asprovidnciasnecessriasaminimizarosriscosdedanos,aindaqueassumindo
serissoinsuficienteparaimpedirtotalmentesuaconcretizao.
Aquestodaseguranaenvolveumarelaodecustobenefcio,ondese
consideramasvantagenseasdesvantagensdasprovidnciasdestinadasreduo
dosriscos.Masosresultadosseriamextremamenteperversos,sefosseviveltomar
apenasosfatoreseconmicos.
A dignidade da pessoa humana incompatvel com avaliaes de
naturezameramenteeconmica.NosecompatibilizacomaConstituiopromover
avaliao econmica da vida humana, dos atributos do homem ou de sua
personalidade.
Portanto,quandosealuderelaocustobenefcio,indicaseumarelao
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cujoobjetoointeressepblico.Seestiverememjogoapenasinteresseseconmicos,
a relao custobenefcio podese levar em conta, exclusivamente, fatores
econmicos. Mas, quando o risco envolver a dignidade do ser humano, os
argumentos de custo econmico devemser ponderados emface amplitudedo
problema.
Estaconstruoseentranhanodesenvolvimentosocialeeconmico.O
subdesenvolvimento provoca menosprezo vida e dignidade humanas. A
viabilidade da existncia do servio acaba por superar a relevncia de sua
adequao.Aindaquandoapobrezaeaausnciadedisponibilidadederecursos
tcnicosimpossibilitemprovidnciasmaissofisticadasacercadasegurana,issono
significa liberao do prestador do servio de cautelas dessa ordem. Como se
afirmou, todas as cautelas e providncias possveis, em face das circunstncias,
devemseradotadas.
Princpiodamutabilidadedoregimejurdico
Oprincpiodamutabilidadedoregimejurdicooudaflexibilidadedos
meios aos fins sugere a adequao na execuo do serviocoma finalidadede
garantir a execuo do mesmo e, consequentemente, a entrega da obra ou a
prestaodoservio,emsuatotalidade,populao.
Princpiodaigualdadedosusurios
Comoprincpiodaigualdadedosusurios, fazsevaleropreconizado
pelaConstituioFederal,hajavistaquetodosdevemseratendidos,semdistino
decarterpessoal,pelosprestadoresdeserviopblico.
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Classificaodoserviopblico
Serviopblicopropriamentedito
So os servios pblicos indispensveis prpria sobrevivncia do
homem,sendoque,porissomesmo,noadmitemdelegaoououtorga.Segundoa
doutrina moderna, podemser tambmchamados de servios prcomunidade, a
exemplodepoliciamentoesade.
Serviodeutilidadepblica
So teis, massema natureza daessencialidade, tpica dos essenciais.
Podem ser prestados diretamente pelo Estado ou por terceiros. So chamados,
tambm,deserviosprcidado.
Servioindustrial
Produzrendaparaaquelequeopresta,deacordocomoestabelecidono
artigo173,daConstituiodaRepblicade1988.Referidaremuneraodecorrede
tarifaoupreopblico.OEstadoprestaoservioindustrialdeformasubsidiriae
estratgica.
Serviodefruiogeral
Tambmchamadodeutiuniversieoservioremuneradoportributos,
nopossuindo,portanto,usuriosdefinidos.Relativamenteatalservio,adoutrina
entendenoseromesmopassveldecorte,suspenso,mprestaoouinterrupo.
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Servioindividual
Algunsautoresodenominamtambmdeutisinguli ediferentementedo
serviodefruiogeral, noservioindividual, osseususuriossoconhecidose
predeterminados.
4AULA:COBRANADEDVIDASEGUNDOCDC
Aoregulardecobrana
A cobrana de uma dvida ao regular do credor em relao ao
devedor. O Cdigo de Defesa do Consumidor no probe, pois existem aes
prprias para esse fim. O que proibido no ordenamento jurdico brasileiro,
sobretudo,oconsumerista,acobranaabusivaquedetalhaseaseguir.
Condutasvedadas
Noescopodoartigo71doCDC,observaseumatipificaopenal,ouseja,
umacondutacomissivapassveldesanoseosujeitoseencontraremseusmoldes,
senovejamos,inlitteris:
Utilizar, na cobrana de dvidas, de ameaa, coao,
constrangimento fsico oumoral, afirmaes falsas incorretas
ouenganosasoudequalqueroutroprocedimentoqueexponha
oconsumidor, injustificadamente, a ridculoou interfira com
seutrabalho,descansooulazer.
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Portanto,estascondutasestoexpressamenteproibidasnoCdigo,easua
utilizaocaracterizaacobranaabusiva.
Ameaa
ExistemdoistiposdeameaasnombitodoDireitodoConsumidor:a
permitidaeaproibida.
A ameaa permitida aquela em que o fornecedor se serve para
intimidaroconsumidoralhepagarameaandoprocessloouquevainegativaro
nomejuntosinstituiesdeproteoaocrdito,comoSPC,SERASA.
Contudo,aameaavedadanoCDCaquelaqueofornecedorutilizaem
facedeexporoconsumidoraoridculo,ameaandoodeinformarsuasituaoaos
seusamigos,contarparafamiliares,oucomonocasoemanlisequevaisuspendero
fornecimentodoservioseopagamentonoforefetuadoemprazodeterminado
unilateralmentepelofornecedor.
Coao
oexercciodeumaaocontraavontadedoconsumidorinadimplente.
o casodasuspensodofornecimentodeumservioessencial pblico, comoa
energiaeltrica,sobaalegaodeoconsumidorestarcomdbitos.
Constrangimentofsicooumoral
Todasasprticasqueexpemoconsumidorariscodesadeou sua
integridadefsicacaracterizamconstrangimento.
Observase que a ameaa da suspenso do servio essencial, energia
eltrica,condutavedadanoCDC,asuaefetivao,caracterizaacoaoeosseus
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efeitosgeramconstrangimentoaoconsumidor, aindaqueeleesteja inadimplente,
poisaenergiacomotodososoutrosserviosessenciaispblicodevemserprestados
deformacontnua,comojestudado.
Afirmaesfalsas,incorretasouenganosas
Podeseverificaressaatitudeilegalemcobradoresqueatribuemasioutra
funoparaobteremvantagememsuacobrana,comoocasodaquelesquedizem
quesooficiaisdejustia,advogadoseatdelegadosouagentesdepolcia.
Exposioaoridculo
ocasodofornecedorquecolocaumalistanaportadesualojacomo
nomedosinadimplentes;daescolaqueimpedeoalunoinadimplentedeassistiraula
ouatrealizarexamesrotineiros.Todasessassituaesdenotamumaexposiodo
consumidoraoridculo,proibidanoDireitodoConsumidor.
Interfernciacomtrabalho,descansooulazer
Doexamedeste item, podemos interpretar queexiste umasemelhana
nessaatitudecomoconstrangimentomoral,sendoqueestedecorredaquele,poisa
interferncianotrabalho, descansooulazergeraconstrangimentoaoconsumidor
cobrado.
Nosequer,todavia,fazerapologiainadimplncia,masmostrarqueao
fornecedor disponibilizado todo o aparato do Poder Judicirio para intentar
quantasaesjudiciaisnecessitarcomofimdecoibiressetipodeatitude.Cabendo
aomagistradodecidir,sobagidedoordenamentojurdico,cadacaso..
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Aesjudiciaiscabveis
OPoderJudicirio,comforadoincisoXXXV,daConstituioFederal:a
leinoexcluirdaapreciaodoPoderJudiciriolesoouameaaadireito,no
podersefurtardedecidirumalideprocessual.
Melhoraindaficouasituaodofornecedorparaajuizamentodeaesa
partirdoanode1995,comacriaodosJuizadosEspeciais,emquesejulgamas
aesquenoultrapassemquarentasalriosmnimos.Eamaioriadosdbitosde
pequenamonta.
Logo,omeiolegalparacobraroconsumidorinadimplente umaao
judicialdecobrana,realizadasobosditamesdaleiprocessualdonossopas.
5AULA:RGOSDEDEFESADOCONSUMIDOR
CAPTULOVIDaProteoContratual
SEOIDisposiesGerais
Art. 46. Oscontratosqueregulamasrelaesdeconsumonoobrigaroosconsumidores,senolhesfordadaaoportunidadedetomarconhecimentoprviodeseu contedo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo adificultaracompreensodeseusentidoealcance.
Art.47.Asclusulascontratuaisserointerpretadasdemaneiramaisfavorvelaoconsumidor.
Art.48.Asdeclaraesdevontadeconstantesdeescritosparticulares,reciboseprcontratos relativos s relaes de consumovinculamo fornecedor, ensejandoinclusiveexecuoespecfica,nostermosdoart.84epargrafos.
Art.49.Oconsumidorpodedesistirdocontrato,noprazode7diasacontardesua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio, sempre que acontrataodefornecimentodeprodutoseserviosocorrerforadoestabelecimentocomercial,especialmenteportelefoneouadomiclio.
Pargrafonico.Seoconsumidorexercitarodireitodearrependimentoprevisto
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nesteartigo,osvaloreseventualmentepagos,aqualquerttulo,duranteoprazodereflexo,serodevolvidos,deimediato,monetariamenteatualizados.
Art.50.Agarantiacontratualcomplementarlegaleserconferidamediantetermoescrito.
Pargrafonico.Otermodegarantiaouequivalentedeveserpadronizadoeesclarecer, demaneiraadequadaemqueconsisteamesmagarantia, bemcomoaforma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os nus a cargo doconsumidor,devendoserlheentregue,devidamentepreenchidopelofornecedor,noatodofornecimento,acompanhadodemanualdeinstruo,deinstalaoeusodoprodutoemlinguagemdidtica,comilustraes.
TTULOIIIDaDefesadoConsumidoremJuzo
CAPTULOIDisposiesGerais
Art.81.Adefesadosinteressesedireitosdosconsumidoresedasvtimaspoderser
exercidaemjuzoindividualmente,ouattulocoletivo.
Pargrafonico.Adefesacoletivaserexercidaquandosetratarde:
I interesses oudireitos difusos, assimentendidos, para efeitos deste cdigo, os
transindividuais, de natureza indivisvel, de que sejam titulares pessoas
indeterminadaseligadasporcircunstnciasdefato;
IIinteressesoudireitoscoletivos,assimentendidos,paraefeitosdestecdigo,os
transindividuais,denaturezaindivisveldequesejatitulargrupo,categoriaouclasse
depessoasligadasentresioucomapartecontrriaporumarelaojurdicabase;
IIIinteressesoudireitosindividuaishomogneos,assimentendidososdecorrentes
deorigemcomum.
Art.82.Paraosfinsdoart.81,pargrafonico,solegitimadosconcorrentemente:
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(RedaodadapelaLein9.008,de21.3.1995)
IoMinistrioPblico,
IIaUnio,osEstados,osMunicpioseoDistritoFederal;
IIIasentidadesergosdaAdministraoPblica,diretaouindireta,aindaque
sempersonalidade jurdica, especificamente destinados defesa dos interesses e
direitosprotegidosporestecdigo;
IVasassociaeslegalmenteconstitudash pelomenosumanoequeincluam
entreseusfinsinstitucionaisadefesadosinteressesedireitosprotegidosporeste
cdigo,dispensadaaautorizaoassemblear.
1 O requisito da pr constituio pode ser dispensado pelo juiz, nas aes
previstasnosarts.91eseguintes,quandohajamanifestointeressesocialevidenciado
peladimensooucaractersticadodano,oupelarelevnciadobemjurdicoaser
protegido.
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este cdigo so
admissveistodasasespciesdeaescapazesdepropiciarsuaadequadaeefetiva
tutela.
Art.84.Naaoquetenhaporobjetoocumprimentodaobrigaodefazerouno
fazer,ojuizconcederatutelaespecficadaobrigaooudeterminarprovidncias
queasseguremoresultadoprticoequivalenteaodoadimplemento.
1Aconversodaobrigaoemperdasedanossomenteseradmissvelseporelas
optaroautorouseimpossvelatutelaespecficaouaobtenodoresultadoprtico
correspondente.
2Aindenizaoporperdasedanossefarsemprejuzodamulta(art.287,do
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CdigodeProcessoCivil).
3 Sendorelevante o fundamentoda demandaehavendo justificadoreceio de
ineficciadoprovimentofinal,lcitoaojuizconcederatutelaliminarmenteouaps
justificaoprvia,citadooru.
4Ojuizpoder,nahiptesedo3ounasentena,impormultadiriaaoru,
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatvel com a
obrigao,fixandoprazorazovelparaocumprimentodopreceito.
5 Paraatutelaespecficaouparaaobtenodoresultadoprticoequivalente,
poder o juiz determinar as medidas necessrias, tais como busca e apreenso,
remoo de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade
nociva,almderequisiodeforapolicial.
Art. 87.Nasaescoletivasdequetrataestecdigonohaver adiantamentode
custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem
condenao da associao autora, salvo comprovada mf, em honorrios de
advogados,custasedespesasprocessuais.
Pargrafonico.Emcasodelitignciademf,aassociaoautoraeosdiretores
responsveis pela propositura da ao sero solidariamente condenados em
honorriosadvocatcioseaodcuplodascustas,semprejuzodaresponsabilidade
porperdasedanos.
Art. 88. Nahiptesedoart. 13, pargrafonicodestecdigo,aaoderegresso
poderserajuizadaemprocessoautnomo,facultadaapossibilidadedeprosseguir
senosmesmosautos,vedadaadenunciaodalide.
Art.90.AplicamsesaesprevistasnestettuloasnormasdoCdigodeProcesso
CiviledaLein7.347,de24dejulhode1985,inclusivenoquerespeitaaoinqurito
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civil,naquiloquenocontrariarsuasdisposies.
CAPTULOII
DasAesColetivasParaaDefesadeInteressesIndividuaisHomogneos
Art.91.Oslegitimadosdequetrataoart.82poderopropor,emnomeprprioeno
interessedasvtimasouseussucessores,aocivilcoletivaderesponsabilidadepelos
danos individualmentesofridos, deacordocomodisposto nosartigos seguintes.
(RedaodadapelaLein9.008,de21.3.1995)
Art.92.OMinistrioPblico,senoajuizaraao,atuarsemprecomofiscaldalei.
Art.93.RessalvadaacompetnciadaJustiaFederal,competenteparaacausaa
justialocal:
Inoforodolugarondeocorreuoudevaocorrerodano,quandodembitolocal;
IInoforodaCapitaldoEstadoounodoDistritoFederal,paraosdanosdembito
nacionalouregional,aplicandoseasregrasdoCdigodeProcessoCivilaoscasosde
competnciaconcorrente.
Art. 94. Proposta a ao, ser publicadoedital norgooficial, a fimdequeos
interessadospossamintervirnoprocessocomolitisconsortes,semprejuzodeampla
divulgaopelosmeiosdecomunicaosocialporpartedosrgosdedefesado
consumidor.
Art.95.Emcasodeprocednciadopedido,acondenaosergenrica,fixandoa
responsabilidadedorupelosdanoscausados.
Art.97.Aliquidaoeaexecuodesentenapoderoserpromovidaspelavtimae
seussucessores,assimcomopeloslegitimadosdequetrataoart.82.
Art.98.Aexecuopodersercoletiva,sendopromovidapeloslegitimadosdeque
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trataoart.82,abrangendoasvtimascujasindenizaesjtiveramsidofixadasem
sentenadeliquidao,semprejuzodoajuizamentodeoutrasexecues.(Redao
dadapelaLein9.008,de21.3.1995)
1Aexecuocoletivafarsecombaseemcertidodassentenasdeliquidao,
daqualdeverconstaraocorrnciaounodotrnsitoemjulgado.
2competenteparaaexecuoojuzo:
I da liquidao da sentena ou da ao condenatria, no caso de execuo
individual;
IIdaaocondenatria,quandocoletivaaexecuo.
Art.99.EmcasodeconcursodecrditosdecorrentesdecondenaoprevistanaLei
n. 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizaes pelos prejuzos individuais
resultantesdomesmoeventodanoso,estasteropreferncianopagamento.
Pargrafonico.Paraefeitododispostonesteartigo,adestinaodaimportncia
recolhidaaofundocriadopelaLein7.347de24de julhode1985,ficar sustada
enquanto pendentes de deciso de segundo grau as aes de indenizao pelos
danosindividuais,salvonahiptesedeopatrimniododevedorsermanifestamente
suficientepararesponderpelaintegralidadedasdvidas.
Art.100.Decorridooprazodeumanosemhabilitaodeinteressadosemnmero
compatvelcomagravidadedodano,poderooslegitimadosdoart.82promovera
liquidaoeexecuodaindenizaodevida.
Pargrafonico.Oprodutodaindenizaodevidareverter paraofundocriado
pelaLein.7.347,de24dejulhode1985.
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PresidnciadaRepblicaSubchefiaparaAssuntosJurdicos
DECRETON2.181,DE20DEMARODE1997.
Dispe sobre a organizao do SistemaNacional de Defesa do Consumidor SNDC,estabelece as normas gerais de aplicao dassanes administrativas previstas na Lei n8.078, de 11 de setembro de 1990, revoga oDecretoN861,de9julhode1993,edoutrasprovidncias.
OPRESIDENTEDAREPBLICA,nousodaatribuioquelheconfereoart.84,incisoIV,daConstituio,etendoemvistaodispostonaLein8.078,de11desetembrode1990,
DECRETA:
Art.1FicaorganizadooSistemaNacionaldeDefesadoConsumidorSNDCeestabelecidasasnormasgeraisdeaplicaodassanesadministrativas,nostermosdaLein8.078,de11desetembrode1990.
CAPTULOI
DOSISTEMANACIONALDEDEFESADOCONSUMIDOR
Art.2IntegramoSNDCaSecretariadeDireitoEconmicodoMinistriodaJustiaSDE,pormeiodoseuDepartamentodeProteoeDefesadoConsumidorDPDC,eosdemaisrgosfederais,estaduais,doDistritoFederal,municipaiseasentidadescivisdedefesadoconsumidor.
CAPTULOII
DACOMPETNCIADOSRGOSINTEGRANTESDOSNDC
Art.3CompeteaoDPDC,acoordenaodapolticadoSistemaNacionaldeDefesadoConsumidor,cabendolhe:
I planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a poltica nacional deproteoedefesadoconsumidor;
IIreceber,analisar,avaliareapurarconsultasedennciasapresentadasporentidadesrepresentativasoupessoasjurdicasdedireitopblicoouprivadoouporconsumidoresindividuais;
III prestar aos consumidores orientao permanente sobre seus direitos egarantias;
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IV informar, conscientizar e motivar o consumidor, por intermdio dosdiferentesmeiosdecomunicao;
V solicitar polcia judiciria a instauraode inquritoparaapuraodedelitocontraoconsumidor,nostermosdalegislaovigente;
VI representar ao Ministrio Pblico competente, para fins de adoo demedidasprocessuais,penaisecivis,nombitodesuasatribuies;
VII levar ao conhecimento dos rgos competentes as infraes de ordemadministrativa que violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais dosconsumidores;
VIII solicitar oconcursode rgose entidades daUnio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios, bem como auxiliar na fiscalizao de preos,abastecimento,quantidadeeseguranadeprodutoseservios;
IXincentivar,inclusivecomrecursosfinanceiroseoutrosprogramasespeciais,acriaodergospblicosestaduaisemunicipaisdedefesadoconsumidoreaformao,peloscidados,deentidadescomessemesmoobjetivo;
Xfiscalizareaplicarassanesadministrativasprevistasna Lein8.078,de1990,eemoutrasnormaspertinentesdefesadoconsumidor;
XIsolicitaroconcursodergoseentidadesdenotriaespecializaotcnicocientficaparaaconsecuodeseusobjetivos;
XII provocar a Secretaria de Direito Econmico para celebrar convnios etermosdeajustamentodeconduta,naformado6doart.5daLein7.347,de24dejulhode1985;
XIIIelaboraredivulgarocadastronacionaldereclamaesfundamentadascontrafornecedoresdeprodutoseservios,aqueserefereoart.44daLein8.078,de1990;
XIVdesenvolveroutrasatividadescompatveiscomsuasfinalidades.
Art.4Nombitodesuajurisdioecompetncia,caberaorgoestadual,doDistritoFederalemunicipaldeproteoedefesadoconsumidor,criado,naformadalei,especificamenteparaestefim,exercitarasatividadescontidasnosincisosIIaXIIdoart.3desteDecretoe,ainda:
Iplanejar,elaborar,propor,coordenareexecutarapolticaestadual,doDistritoFederalemunicipaldeproteoedefesadoconsumidor,nassuasrespectivasreasdeatuao;
II dar atendimento aos consumidores, processando, regularmente, asreclamaesfundamentadas;
IIIfiscalizarasrelaesdeconsumo;
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IV funcionar, no processo administrativo, como instncia de instruo ejulgamento,nombitodesuacompetncia, dentrodasregrasfixadaspela Lei n8.078,de1990,pelalegislaocomplementareporesteDecreto;
Velaboraredivulgaranualmente,nombitodesuacompetncia,ocadastrodereclamaesfundamentadascontrafornecedoresdeprodutoseservios,dequetrataoart.44daLein8.078,de1990,eremetercpiaaoDPDC;
VIdesenvolveroutrasatividadescompatveiscomsuasfinalidades.
Art.5QualquerentidadeourgodaAdministraoPblica,federal,estadualemunicipal, destinado defesados interessesedireitosdoconsumidor, tem,nombitodesuasrespectivascompetncias,atribuioparaapurarepunirinfraesaesteDecretoelegislaodasrelaesdeconsumo.
Pargrafonico.Seinstauradomaisdeumprocessoadministrativoporpessoasjurdicasdedireitopblicodistintas,paraapuraodeinfraodecorrentedeummesmofatoimputadoaomesmofornecedor,eventualconflitodecompetnciaserdirimidopeloDPDC,quepoderouviraComissoNacionalPermanentedeDefesado Consumidor CNPDC, levando sempre em considerao a competnciafederativaparalegislarsobrearespectivaatividadeeconmica.
Art.6AsentidadesergosdaAdministraoPblicadestinadosdefesadosinteresses e direitos protegidos pelo Cdigo de Defesa do Consumidor poderocelebrarcompromissosdeajustamentodecondutasexignciaslegais,nostermosdo6doart.5daLein7.347,de1985,narbitadesuasrespectivascompetncias.
1Acelebraodetermodeajustamentodecondutanoimpedequeoutro,desdequemaisvantajosoparaoconsumidor,sejalavradoporquaisquerdaspessoasjurdicasdedireitopblicointegrantesdoSNDC.
2Aqualquertempo,orgosubscritorpoder,diantedenovasinformaesou se assim as circunstncias o exigirem, retificar ou complementar o acordofirmado,determinandooutrasprovidnciasquesefizeremnecessrias,sobpenadeinvalidadeimediatadoato,dandoseseguimentoaoprocedimentoadministrativoeventualmentearquivado.
3 O compromisso de ajustamento conter, entre outras, clusulas queestipulemcondiessobre:
I obrigaodofornecedordeadequarsuacondutasexigncias legais, noprazoajustado
IIpenapecuniria,diria,pelodescumprimentodoajustado,levandoseemcontaosseguintescritrios:
a)ovalorglobaldaoperaoinvestigada;
b)ovalordoprodutoouservioemquesto;
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c)osantecedentesdoinfrator;
d)asituaoeconmicadoinfrator;
III ressarcimento das despesas de investigao da infrao e instruo doprocedimentoadministrativo.
4 A celebrao do compromisso de ajustamento suspender o curso doprocessoadministrativo,seinstaurado,quesomenteserarquivadoapsatendidastodasascondiesestabelecidasnorespectivotermo.
Art. 7 Compete aos demais rgos pblicos federais, estaduais, do DistritoFederal e municipais que passarem a integrar o SNDC fiscalizar as relaes deconsumo, no mbito de sua competncia, e autuar, na forma da legislao, osresponsveisporprticasqueviolemosdireitosdoconsumidor.
Art. 8 As entidades civis de proteo e defesa do consumidor, legalmenteconstitudas,podero:
I encaminhar denncias aos rgos pblicos de proteo e defesa doconsumidor,paraasprovidnciaslegaiscabveis;
Ilrepresentaroconsumidoremjuzo,observadoodispostonoincisoIVdoart.82daLein8.078,de1990;
IIIexerceroutrasatividadescorrelatas.
CAPTULOIII
DAFISCALIZAO,DASPRTICASINFRATIVASEDAS
PENALIDADES
ADMINISTRATIVAS
SEOI
DaFiscalizao
Art.9AfiscalizaodasrelaesdeconsumodequetratamaLein8.078,de1990,esteDecretoeasdemaisnormasdedefesadoconsumidorserexercidaemtodoo territrio nacional pela Secretaria de Direito Econmico do Ministrio daJustia,pormeiodoDPDC,pelosrgosfederaisintegrantesdoSNDC,pelosrgosconveniadoscomaSecretariaepelosrgosdeproteoedefesadoconsumidorcriadospelosEstados,DistritoFederaleMunicpios,emsuasrespectivasreasdeatuaoecompetncia.
Art.10.AfiscalizaodequetrataesteDecretoserefetuadaporagentesfiscais,oficialmentedesignados,vinculadosaosrespectivosrgosdeproteoedefesadoconsumidor, no mbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,devidamente credenciados mediante Cdula de Identificao Fiscal, admitida adelegaomedianteconvnio.
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Art.11.SemexclusodaresponsabilidadedosrgosquecompemoSNDC,osagentesdequetrataoartigoanteriorresponderopelosatosquepraticaremquandoinvestidosdaaofiscalizadora.
SEOII
DasPrticasInfrativas
Art.12.Soconsideradasprticasinfrativa:
Icondicionarofornecimentodeprodutoouservioaofornecimentodeoutroprodutoouservio,bemcomo,semjustacausa,alimitesquantitativos;
IIrecusaratendimentosdemandasdosconsumidoresnaexatamedidadesuadisponibilidadedeestoquee,ainda,deconformidadecomosusosecostumes;
Illrecusar,semmotivojustificado,atendimentodemandadosconsumidoresdeservios;
IVenviarouentregaraoconsumidorqualquerprodutooufornecerqualquerservio,semsolicitaoprvia;
Vprevalecersedafraquezaouignornciadoconsumidor,tendoemvistasuaidade,sade,conhecimentooucondiosocial,paraimpingirlheseusprodutosouservios;
VIexigirdoconsumidorvantagemmanifestamenteexcessiva;
VIIexecutarserviossemaprviaelaboraodeoramentoeautoconsumidor.ressalvadasasdecorrentesdeprticasanterioresentreaspartes;
VIII repassar informao depreciativa referente a ato praticado peloconsumidornoexercciodeseusdireitos;
IXcolocar,nomercadodeconsumo,qualquerprodutoouservio:
a)emdesacordocomasnormasexpedidaspelosrgosoficiaiscompetentes,ou,senormasespecficasnoexistirem,pelaAssociaoBrasileiradeNormasTcnicasABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,NormalizaoeQualidadeIndustrialCONMETRO;
b) que acarrete riscos sade ou segurana dos consumidores e seminformaesostensivaseadequadas;
c)emdesacordocomasindicaesconstantesdorecipiente,daembalagem,darotulagemoumensagempublicitria, respeitadasasvariaes decorrentesdesuanatureza;
d)imprprioouinadequadoaoconsumoaquesedestinaouquelhediminuaovalor;
Xdeixardereexecutarosservios,quandocabvel,semcustoadicional;
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XIdeixardeestipularprazoparaocumprimentodesuaobrigaooudeixarafixaoouvariaodeseutermoinicialaseuexclusivocritrio.
Art.13.Seroconsideradas,ainda,prticasinfrativas,naformadosdispositivosdaLein8.078,de1990:
I ofertarprodutosouserviossemasinformaescorretas,claras,precisaeostensivas,emlnguaportuguesa,sobresuascaractersticas,qualidade,quantidade,composio, preo, condies de pagamento, juros, encargos, garantia, prazos devalidadeeorigem,entreoutrosdadosrelevantes;
IIdeixardecomunicarautoridadecompetenteapericulosidadedoprodutoouservio,quandodolanamentodosmesmosnomercadodeconsumo,ouquandodaverificaoposteriordaexistnciadorisco;
IIIdeixardecomunicaraosconsumidores,pormeiodeannciospublicitrios,a periculosidadedo produto ouservio, quandodo lanamento dos mesmos nomercadodeconsumo,ouquandodaverificaoposteriordaexistnciadorisco;
IV deixar de reparar os danos causados aos consumidores por defeitosdecorrentes de projetos, fabricao, construo, montagem, manipulao,apresentaoouacondicionamentodeseusprodutosouservios,ouporinformaesinsuficientesouinadequadassobreasuautilizaoerisco;
Vdeixardeempregarcomponentesdereposiooriginais,adequadosenovos,ou que mantenham as especificaes tcnicas do fabricante, salvo se existirautorizaoemcontrriodoconsumidor;
VI deixardecumpriraoferta, publicitriaouno, suficientementeprecisa,ressalvadaaincorreoretificadaemtempohbilouexclusivamenteatribuvelaoveculo de comunicao, sem prejuzo, inclusive nessas duas hipteses, documprimentoforadodoanunciadooudoressarcimentodeperdasedanossofridospelo consumidor, assegurado o direito de regresso do anunciante contra seuseguradorouresponsveldireto;
VIIomitir,nasofertasouvendaseletrnicas,portelefoneoureembolsopostal,onomeeendereodofabricanteoudoimportadornaembalagem,napublicidadeenosimpressosutilizadosnatransaocomercial;
VIII deixardecumprir, nocasodefornecimentodeprodutoseservios,oregimedepreostabelados,congelados,administrados,fixadosoucontroladospeloPoderPblico;
IX submeter o consumidor inadimplente a ridculo oua qualquer tipo deconstrangimentoouameaa;
X impedir ou dificultar o acesso gratuito do consumidor s informaesexistentes em cadastros, fichas, registros de dados pessoais e de consumo,arquivadossobreele,bemcomosobreasrespectivasfontes;
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XIelaborarcadastrosdeconsumocomdadosirreaisouimprecisos;
XII mantercadastrosedadosdeconsumidorescominformaesnegativas,divergentesdaproteolegal;
XIIIIdeixardecomunicar,porescrito,aoconsumidoraaberturadecadastro,ficha,registrodedadospessoaisedeconsumo,quandonosolicitadaporele;
XIV deixar de corrigir, imediata e gratuitamente, a inexatido de dados ecadastros,quandosolicitadopeloconsumidor;
XV deixar de comunicar ao consumidor, no prazo de cinco dias teis, ascorreescadastraisporelesolicitadas;
XVI impedir, dificultar ou negar, sem justa causa, o cumprimento dasdeclaraesconstantesdeescritosparticulares,reciboseprcontratosconcernentessrelaesdeconsumo;
XVIIomitiremimpressos,catlogosoucomunicaes,impedir,dificultarounegaradesistnciacontratual,noprazodeatsetediasacontardaassinaturadocontratooudoatoderecebimentodoprodutoouservio,semprequeacontrataoocorrerforadoestabelecimentocomercial,especialmenteportelefoneouadomiclio;
XVIII impedir, dificultar ou negar a devoluo dos valores pagos,monetariamenteatualizados,duranteoprazodereflexo,emcasodedesistnciadocontratopeloconsumidor;
XIXdeixardeentregarotermodegarantia,devidamentepreenchidocomasinformaesprevistasnopargrafonicodoart.50daLein8.078,de1990;
XX deixar, emcontratos que envolvamvendas a prazo oucomcarto decrdito,deinformarporescritoaoconsumidor,prviaeadequadamente,inclusivenascomunicaespublicitrias,opreodoprodutooudoservioemmoedacorrentenacional, o montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros, osacrscimos legal e contratualmente previstos, o nmero e a periodicidade dasprestaese,comigualdestaque,asomatotalapagar,comousemfinanciamento;
XXI deixar de assegurar a oferta de componentes e peas de reposio,enquantonocessarafabricaoouimportaodoproduto,e, casocessadas, demanteraofertadecomponentesepeasdereposioporperodorazoveldetempo,nuncainferiorvidatildoprodutoouservio;
XXIIproporouaplicarndicesouformasdereajustealternativos,bemcomofazloemdesacordocomaquelequesejalegaloucontratualmentepermitido;
XXIIIrecusaravendadeprodutoouaprestaodeservios,publicamenteofertados,diretamenteaquemsedispeaadquirilosmedianteprontopagamento,ressalvadososcasosreguladosemleisespeciais;
XXIV deixar de trocar o produto imprprio, inadequado, ou de valor
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diminudo, por outro da mesmaespcie, emperfeitas condies de uso, ouderestituirimediatamenteaquantiapaga,devidamentecorrigida,oufazerabatimentoproporcionaldopreo,acritriodoconsumidor.
Art. 14. enganosaqualquermodalidadede informaooucomunicaodecarterpublicitriointeiraouparcialmentefalsa,ou,porqualqueroutromodo,esmopor omisso, capaz de induzir a erro o consumidor a respeito da natureza,caractersticas, qualidade, quantidade, propriedade, origem, preoe dequaisqueroutrosdadossobreprodutosouservios.
1enganosa,poromisso,apublicidadequedeixardeinformarsobredadoessencialdoprodutoouservioasercolocadodisposiodosconsumidores.
2abusiva,entreoutras,apublicidadediscriminatriadequalquernatureza,queinciteviolncia,exploreomedoouasuperstio,seaproveitedadeficinciadejulgamentoedainexperinciadacriana,desrespeitevaloresambientais,sejacapazdeinduziroconsumidorasecomportardeforma prejudicial ouperigosa suasadeousegurana,ouqueviolenormaslegaisouregulamentaresdecontroledapublicidade.
3Onusdaprovadaveracidade(noenganosidade)edacorreo(noabusividade)dainformaooucomunicaopublicitriacabeaquemaspatrocina.
Art. 15. Estandoa mesmaempresa sendoacionadaemmais de umEstadofederado pelo mesmofato gerador de prtica infrativa, a autoridademximadosistemaestadualpoder remeteroprocessoaorgocoordenadordoSNDC,queapurarofatoeaplicarassanesrespectivas.
Art. 16. Noscasos deprocessos administrativos tramitandoemmais deumEstado, queenvolvaminteresses difusos oucoletivos, o DPDCpoder avoclos,ouvidaaComissoNacionalPermanentedeDefesadoConsumidor,bemcomoasautoridadesmximasdossistemasestaduais.
Art.17.Asprticasinfrativasclassificamseem:
Ileves:aquelasemqueforemverificadassomentecircunstnciasatenuantes;
IIgraves:aquelasemqueforemverificadascircunstnciasagravantes.
SEOIII
DasPenalidadesAdministrativas
Art. 18.Ainobservnciadasnormascontidasna Lein8.078,de1990,edasdemaisnormasdedefesadoconsumidorconstituir prticainfrativaesujeitar ofornecedor s seguintes penalidades, que podero ser aplicadas isolada oucumulativamente,inclusivedeformacautelar,antecedenteouincidentenoprocessoadministrativo,semprejuzodasdenaturezacvel,penaledasdefinidasemnormasespecficas:
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Imulta;
IIapreensodoproduto;
Illinutilizaodoproduto;
IVcassaodoregistrodoprodutojuntoaorgocompetente;
Vproibiodefabricaodoproduto;
VIsuspensodefornecimentodeprodutosouservios;
VIIsuspensotemporriadeatividade;
VIIIrevogaodeconcessooupermissodeuso;
IXcassaodelicenadoestabelecimentooudeatividade;
Xinterdio,totalouparcial,deestabelecimento,deobraoudeatividade;
XIintervenoadministrativa;
XIIimposiodecontrapropaganda.
1Responderpelaprticainfrativa,sujeitandosessanesadministrativasprevistasnesteDecreto,quemporaoouomissolhedercausa,concorrerparasuaprticaoudelasebeneficiar.
2AspenalidadesprevistasnesteartigoseroaplicadaspelosrgosoficiaisintegrantesdoSNDC,semprejuzodasatribuiesdorgonormativooureguladordaatividade,naformadalegislaovigente.
3AspenalidadesprevistasnosincisosIIIaXIdesteartigosujeitamsea posteriorconfirmaopelorgonormativooureguladordaatividade,noslimitesdesuacompetncia.
Art. 19. Toda pessoa fsica ou jurdica que fizer ou promover publicidadeenganosaouabusivaficarsujeitapenademulta,cumuladacomaquelasprevistasnoartigoanterior,semprejuzodacompetnciadeoutrosrgosadministrativos.
Pargrafonico.Incidetambmnaspenasdesteartigoofornecedorque:
a) deixar deorganizar ounegaraos legtimos interessadososdados fticos,tcnicosecientficosquedosustentaomensagempublicitria;
b) veicular publicidade de forma que o consumidor no possa, fcil eimediatamente,identificlacomotal.
Art. 20. Sujeitamse penademultaosrgospblicosque, porsi ousuasempresas concessionrias, permissionrias ou sob qualquer outra forma deempreendimento, deixaremde fornecer serviosadequados, eficientes, seguros e,quantoaosessenciais,contnuos.
Art.21.AaplicaodasanoprevistanoincisoIIdoart.18terlugarquando
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os produtos foremcomercializados emdesacordo comas especificaes tcnicasestabelecidasemlegislaoprpria,naLein8.078,de1990,enesteDecreto.
1Osbensapreendidos,acritriodaautoridade,poderoficarsobaguardadoproprietrio,responsvel,prepostoouempregadoquerespondapelogerenciamentodonegcio, nomeadofiel depositrio, mediantetermoprprio, proibidaavenda,utilizao,substituio,subtraoouremoo,totalouparcial,dosreferidosbens.
2Aretiradadeprodutoporpartedaautoridadefiscalizadoranopoder incidirsobrequantidadesuperiorquelanecessriarealizaodaanlisepericial.
Art.22.Seraplicadamultaaofornecedordeprodutosouserviosque,diretaouindiretamente,inserir,fizercircularouutilizarsedeclusulaabusiva,qualquerquesejaamodalidadedocontratodeconsumo,inclusivenasoperaessecuritrias,bancrias, de crdito direto ao consumidor, depsito, poupana, mtuo oufinanciamento,eespecialmentequando:
I impossibilitar, exonerarouatenuararesponsabilidadedofornecedorporvcios de qualquer natureza dos produtos e servios ou implicar renncia oudisposiodedireitodoconsumidor;
IIdeixardereembolsaraoconsumidoraquantiajpaga,noscasosprevistosnaLein8.078,de1990;
IIItransferirresponsabilidadesaterceiros;
IVestabelecerobrigaesconsideradasinquasouabusivas,quecoloquemoconsumidoremdesvantagemexagerada,incompatveiscomaboafouaeqidade;
Vestabelecerinversodonusdaprovaemprejuzodoconsumidor;
VIdeterminarautilizaocompulsriadearbitragem;
VIIimpuserrepresentanteparaconcluirourealizaroutronegciojurdicopeloconsumidor;
VIII deixar ao fornecedor a opo de concluir ouno o contrato, emboraobrigandooconsumidor;
IX permitir ao fornecedor, direta ou indiretamente, variao unilateral dopreo,juros,encargos,formadepagamentoouatualizaomonetria;
Xautorizarofornecedoracancelarocontratounilateralmente,semqueigualdireitosejaconferidoaoconsumidor,oupermitir,noscontratosdelongaduraooudetratosucessivo,ocancelamentosemjustacausaemotivao,mesmoquedadaaoconsumidoramesmaopo;
XIobrigaroconsumidoraressarciroscustosdecobranadesuaobrigao,semqueigualdireitolhesejaconferidocontraofornecedor;
XII autorizar o fornecedor a modificar unilateralmente o contedo ou a
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qualidadedocontratoapssuacelebrao;
XIIIinfringirnormasambientaisoupossibilitarsuaviolao;
XIV possibilitar a renncia ao direito de indenizao por benfeitoriasnecessrias;
XVrestringirdireitosouobrigaesfundamentaisnaturezadocontrato,detalmodoaameaaroseuobjetoouoequilbriocontratual;
XVI onerar excessivamente o consumidor, considerandose a natureza e ocontedodo contrato, o interesse das partes e outras circunstncias peculiares espcie;
XVIIdeterminar,noscontratosdecompraevendamediantepagamentoemprestaes,ounasalienaesfiduciriasemgarantia,aperdatotaldasprestaespagas,embeneficiodocredorque,emrazodoinadimplemento,pleiteararesiliodocontratoe aretomadadoprodutoalienado, ressalvadaacobrana judicial deperdasedanoscomprovadamentesofridos;
XVIIIanunciar,oferecerouestipularpagamentoemmoedaestrangeira,salvonoscasosprevistosemlei;
XIX cobrar multas de mora superiores a dois por cento, decorrentes doinadimplementodeobrigaonoseutermo,conformeodispostono1doart.52daLein8.078,de1990,comaredaodadapelaLein9.298,de1deagostode1996;
XX impedir, dificultarounegaraoconsumidora liquidaoantecipadadodbito,totalouparcialmente,mediantereduoproporcionaldosjuros,encargosedemaisacrscimos,inclusiveseguro;
XXIfizerconstardocontratoalgumadasclusulasabusivasaqueserefereoart.56desteDecreto;
XXII elaborar contrato, inclusive o de adeso, sem utilizar termos claros,caracteres ostensivos e legveis, quepermitamsua imediata e fcil compreenso,destacandose as clusulas que impliquem obrigao ou limitao dos direitoscontratuais do consumidor, inclusive com a utilizao de tipos de letra e coresdiferenciados,entreoutrosrecursosgrficosevisuais;
XXIII que impea a troca de produto imprprio, inadequado, oude valordiminudo, por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso, ou arestituioimediatadaquantiapaga,devidamentecorrigido,oufazerabatimentoproporcionaldopreo,acritriodoconsumidor.
Pargrafonico.Dependendodagravidadedainfraoprevistanosincisosdosarts. 12, 13e desteartigo, a penademultapoder ser cumuladacomasdemaisprevistasnoart.18,semprejuzodacompetnciadeoutrosrgosadministrativos.
Art. 23. Os servios prestados e os produtos remetidos ou entregues ao
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consumidor,nahipteseprevistanoincisoIVdoart.12desteDecreto,equiparamsesamostrasgrtis,inexistindoobrigaodepagamento.
Art.24.Paraaimposiodapenaesuagradao,seroconsiderados:
Iascircunstnciasatenuanteseagravantes;
IIosantecedentesdoinfrator,nostermosdoart.28desteDecreto.
Art.25.Consideramsecircunstnciasatenuantes:
Iaaodoinfratornotersidofundamentalparaaconsecuodofato;
IIseroinfratorprimrio;
III teroinfratoradotadoasprovidnciaspertinentesparaminimizaroudeimediatorepararosefeitosdoatolesivo.
Art.26.Consideramsecircunstnciasagravantes:
Iseroinfratorreincidente;
II teroinfrator, comprovadamente, cometidoaprtica infrativaparaobtervantagensindevidas;
IIItrazeraprticainfrativaconseqnciasdanosassadeouseguranadoconsumidor;
IV deixar o infrator, tendo conhecimento do ato lesivo, de tomar asprovidnciasparaevitaroumitigarsuasconseqncias;
Vteroinfratoragidocomdolo;
VIocasionaraprticainfrativadanocoletivooutercarterrepetitivo;
VII teraprticainfrativaocorridoemdetrimentodemenordedezoitooumaiordesessentaanosoudepessoasportadorasdedeficinciafsica, mental ousensorial,interditadasouno;
VIIIdissimularseanaturezailcitadoatoouatividade;
IXseracondutainfrativapraticadaaproveitandoseoinfratordegravecriseeconmicaoudacondiocultural,socialoueconmicadavtima,ou,ainda,porocasiodecalamidade.
Art.27.Considerasereincidnciaarepetiodeprticainfrativa,dequalquernatureza,snormasdedefesadoconsumidor,punidapordecisoadministrativairrecorrvel.
Pargrafonico.Paraefeitodereincidncia,noprevaleceasanoanterior,seentreadatadadecisoadministrativadefinitivaeaqueladaprticaposteriorhouverdecorridoperododetemposuperioracincoanos.
Art. 28. Observado o disposto no art. 24 deste Decreto pela autoridade
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competente, a penademulta ser fixadaconsiderandosea gravidadedaprticainfrativa,aextensododanocausadoaosconsumidores,avantagemauferidacomoato infrativo e a condio econmica do infrator, respeitados os parmetrosestabelecidosnopargrafonicodoart.57daLein8.078,de1990.
CAPTULOIV
DADESTINAODAMULTAEDAADMINISTRAODOS
RECURSOS
Art.29.Amultadequetratao incisoIdoart.56ecaputdoart.57daLein8.078,de1990,reverterparaoFundopertinentepessoajurdicadedireitopblicoqueimpuserasano,geridopelorespectivoConselhoGestor.
Pargrafonico.AsmultasarrecadadaspelaUnioergosfederaisreverteroparaoFundodeDireitosDifusosdequetratamaLein7.347,de1985,eLein9.008,de21demarode1995,geridopeloConselhoFederalGestordoFundodeDefesadosDireitosDifusosCFDD.
Art.30.AsmultasarrecadadasserodestinadasaofinanciamentodeprojetosrelacionadoscomosobjetivosdaPolticaNacionaldeRelaesdeConsumo,comadefesadosdireitosbsicosdoconsumidorecomamodernizaoadministrativadosrgospblicosdedefesadoconsumidor,apsaprovaopelorespectivoConselhoGestor,emcadaunidadefederativa.
Art.31.NaausnciadeFundosmunicipais,osrecursosserodepositadosnoFundodorespectivoEstadoe,faltandoeste,noFundofederal.
Pargrafonico.OConselhoFederalGestordoFundodeDefesadosDireitos,Difusos poder apreciar e autorizar recursos para projetos especiais de rgos eentidadesfederais,estaduaisemunicipaisdedefesadoconsumidor.
Art.32.NahiptesedemultaaplicadapelorgocoordenadordoSNDCnoscasos previstos pelo art. 15 deste Decreto, o Conselho Federal Gestor do FDDrestituiraosfundosdosEstadosenvolvidosopercentualdeatoitentaporcentodovalorarrecadado.
CAPTULOV
DOPROCESSOADMINISTRATIVO
SEOI
DasDisposiesGerais
Art.33.Asprticasinfrativassnormasdeproteoedefesadoconsumidorseroapuradasemprocessoadministrativo,queterinciomediante:
Iato,porescrito,daautoridadecompetente;
Ilavraturadeautodeinfrao;
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IIIreclamao.
1Antecedendoinstauraodoprocessoadministrativo,poderaautoridadecompetente abrir investigao preliminar, cabendo, para tanto, requisitar dosfornecedores informaes sobre as questes investigados, resguardadoo segredoindustrial,naformadodispostono4doart.55daLein8.078,de1990.
2ArecusaprestaodasinformaesouodesrespeitosdeterminaeseconvocaesdosrgosdoSNDCcaracterizamdesobedincia,naformadoart.330doCdigoPenal,ficandoaautoridadeadministrativacompoderesparadeterminaraimediatacessaodaprtica,almdaimposiodassanesadministrativaseciviscabveis.
SEOII
DaReclamao
Art.34.Oconsumidorpoderapresentarsuareclamaopessoalmente,ouportelegrama carta, telex, facsmile ou qualquer outro meio de comunicao, aquaisquerdosrgosoficiaisdeproteoedefesadoconsumidor.
SEOIII
DosAutosdeInfrao,deApreensoedoTermodeDepsito
Art.35.OsAutosdeinfrao,deApreensoeoTermodeDepsitodeveroserimpressos, numerados em srie e preenchidos de forma clara e precisa, sementrelinhas,rasurasouemendas,mencionando:
IoAutodeInfrao:
a)olocal,adataeahoradalavratura;
b)onome,oendereoeaqualificaodoautuado;
c)adescriodofatooudoatoconstitutivodainfrao;
d)odispositivolegalinfringido;
e)adeterminaodaexignciaeaintimaoparacumprilaouimpugnlanoprazodedezdias;
f)aidentificaodoagenteautuante,suaassinatura,aindicaodoseucargooufunoeonmerodesuamatrcula;
g)adesignaodorgojulgadoreorespectivoendereo;
h)aassinaturadoautuado;
IIoAutodeApreensoeoTermodeDepsito:
a)olocal,adataeahoradalavratura;
b)onome,oendereoeaqualificaododepositrio;
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c)adescrioeaquantidadedosprodutosapreendidos;
d)asrazeseosfundamentosdaapreenso;
e)olocalondeoprodutoficararmazenado;
f)aquantidadedeamostracolhidaparaanlise;
g)aidentificaodoagenteautuante,suaassinatura,aindicaodoseucargooufunoeonmerodesuamatrcula;
h)aassinaturadodepositrio;
i)asproibiescontidasno1doart.21desteDecreto.
Art. 36. Os Autos de Infrao, de Apreenso e o Termode Depsito serolavrados pelo agente autuante que houver verificado a prtica infrativa,preferencialmentenolocalondefoicomprovadaairregularidade.
Art. 37. Os Autos de Infrao, de Apreenso e o Termode Depsito serolavradosemimpressoprprio,compostodetrsvias,numeradastipograficamente.
1 Quando necessrio, para comprovao de infrao, os Autos seroacompanhadosdelaudopericial.
2 Quandoa verificaododefeito ouvcio relativo qualidade, oferta eapresentaodeprodutosnodependerdepercia,oagentecompetenteconsignarofatonorespectivoAuto.
Art. 38. A assinatura nos Autos de Infrao, de Apreenso e no TermodeDepsito,porpartedoautuado,aorecebercpiasdosmesmos,constituinotificao,semimplicarconfisso,paraosfinsdoart.44dopresenteDecreto.
Pargrafonico.EmcasoderecusadoautuadoemassinarosAutosdeInfrao,deApreensoeoTermodeDepsito,oAgentecompetenteconsignarofatonosAutos e no Termo, remetendoos ao autuado por via postal, com Aviso deRecebimento(AR)ououtroprocedimentoequivalente,tendoosmesmosefeitosdocaputdesteartigo.
SEOIV
DaInstauraodoProcessoAdministrativoporAtodeAutoridade
Competente
Art.39.Oprocessoadministrativodequetrataoart.33desteDecretopoderserinstaurado mediante reclamao do interessado ou por iniciativa da prpriaautoridadecompetente.
Pargrafo nico. Na hiptese de a investigao preliminar no resultar emprocesso administrativo com base em reclamao apresentada por consumidor,dever este ser informado sobre as razes do arquivamento pela autoridade
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competente.
Art. 40. O processo administrativo, na forma deste Decreto, dever,obrigatoriamente,conter:
Iaidentificaodoinfrator;
IIadescriodofatoouatoconstitutivodainfrao;
IIIosdispositivoslegaisinfringidos;
IVaassinaturadaautoridadecompetente.
Art. 41. A autoridade administrativa poder determinar, na forma de atoprprio,constataopreliminardaocorrnciadeprticapresumida.
SEOV
DaNotificao
Art. 42. Aautoridadecompetenteexpedir notificaoao infrator, fixandooprazodedezdias,acontardadatadeseurecebimento,paraapresentardefesa,naformadoart.44desteDecreto.
1Anotificao,acompanhadadecpiadainicialdoprocessoadministrativoaqueserefereoart.40,farse:
Ipessoalmenteaoinfrator,seumandatriooupreposto;
IIporcartaregistradaaoinfrator,seumandatriooupreposto,comAvisodeRecebimento(AR).
2Quandooinfrator,seumandatrioouprepostonopudersernotificado,pessoalmenteouporviapostal,serfeitaanotificaoporedital,aserafixadonasdependncias dorgorespectivo, emlugarpblico, peloprazodedezdias, oudivulgado,pelomenosumavez,naimprensaoficialouemjornaldecirculaolocal.
SEOVI
DaImpugnaoedoJulgamentodoProcessoAdministrativo
Art.43.OprocessoadministrativodecorrentedeAutodeInfrao,deatodeoficiodeautoridadecompetente,oudereclamaoserinstrudoejulgadonaesferadeatribuiodorgoqueotiverinstaurado.
Art.44.Oinfratorpoderimpugnaroprocessoadministrativo,noprazodedezdias,contadosprocessualmentedesuanotificao,indicandoemsuadefesa:
Iaautoridadejulgadoraaquemdirigida;
IIaqualificaodoimpugnante;
Illasrazesdefatoededireitoquefundamentamaimpugnao;
IVasprovasquelhedosuporte.
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Art. 45. Decorridooprazodaimpugnao, orgo julgadordeterminar asdilignciascabveis,podendodispensarasmeramenteprotelatriasouirrelevantes,sendolhefacultadorequisitardoinfrator,dequaisquerpessoasfsicasoujurdicas,rgos ou entidades pblicas as necessrias informaes, esclarecimentos oudocumentos,aseremapresentadosnoprazoestabelecido.
Art. 46. A deciso administrativa conter relatrio dos fatos, o respectivoenquadramentolegale,secondenatria,anaturezaegradaodapena.
1Aautoridadeadministrativacompetente,antesdejulgarofeito,apreciaradefesaeasprovasproduzidaspelaspartes,noestandovinculadaaorelatriodesuaconsultoriajurdicaourgosimilar,sehouver.
2Julgadooprocessoefixadaamulta,seroinfratornotificadoparaefetuarseurecolhimentonoprazodedezdiasouapresentarrecurso.
3Emcasodeprovimentodorecurso,osvaloresrecolhidosserodevolvidosaorecorrentenaformaestabelecidapeloConselhoGestordoFundo.
Art. 47. Quando a cominao prevista for a contrapropaganda, o processopoder ser instrudocomindicaestcnicopublicitrias, dasquaisse intimar oautuado,obedecidas,naexecuodarespectivadeciso,ascondiesconstantesdo1doart.60daLein8.078,de1990.
SEOVII
DasNulidades
Art. 48. A inobservncia de formanoacarretar a nulidadedoato, se nohouverprejuzoparaadefesa.
Pargrafo nico. A nulidade prejudica somente os atos posteriores ao atodeclarado nulo e dele diretamente dependentes ou de que sejam conseqncia,cabendo autoridade que a declarar indicar tais atos e determinar o adequadoprocedimentosaneador,seforocaso.
SEOVIII
DosRecursosAdministrativos
Art.49.Dasdecisesdaautoridadecompetentedorgopblicoqueaplicouasanocaberrecurso,semefeitosuspensivo,noprazodedezdias,contadosdadatadaintimaodadeciso,aseusuperiorhierrquico,queproferirdecisodefinitiva.
Pargrafonico.Nocasodeaplicaodemultas,orecursoserrecebido,comefeitosuspensivo,pelaautoridadesuperior.
Art.50.QuandooprocessotramitarnombitodoDPDC,ojulgamentodofeitoserderesponsabilidadedoDiretordaquelergo,cabendorecursoaotitulardaSecretariadeDireitoEconmico,noprazodedezdias,contadosdadatadaintimaodadeciso,comosegundaeltimainstnciarecursal.
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Art.51.NoserconhecidoorecursointerpostoforadosprazosecondiesestabelecidosnesteDecreto.
Art.52.Sendojulgadainsubsistenteainfrao,aautoridadejulgadorarecorrerautoridadeimediatamentesuperior,nostermosfixadosnestaSeo,mediantedeclaraonaprpriadeciso.
Art.53.Adecisodefinitivaquandonomaiscouberrecurso,sejadeordemformaloumaterial.
Art.54.TodososprazosreferidosnestaSeosopreclusivos.
SEOIX
DaInscrionaDvidaAtiva
Art. 55. Nosendorecolhidoovalordamultaemtrinta dias, ser odbitoinscritoemdvidaativadorgoquehouveraplicadoasano,parasubseqentecobranaexecutiva.
CAPTULOVI
DOELENCODECLUSULASABUSIVASEDOCADASTRODE
FORNECEDORES
SEOI
DoElencodeClusulasAbusivas
Art.56.Naformadoart.51daLein8.078,de1990,ecomoobjetivodeorientaroSistemaNacionaldeDefesadoConsumidor,aSecretariadeDireitoEconmicodivulgar,anualmente,elencocomplementardeclusulascontratuaisconsideradasabusivas,notadamenteparaofimdeaplicaododispostonoincisoIVdoart.22desteDecreto.
1 Na elaborao do elenco referido no caput e posteriores incluses, aconsideraosobreaabusividadedeclusulascontratuaissedardeformagenricaeabstrata.
2 O elenco de clusulas consideradas abusivas tem natureza meramenteexemplificativa, no impedindo que outras, tambm, possam vir a ser assimconsideradas pelos rgos da Administrao Pblica incumbidos da defesa dosinteressesedireitosprotegidospeloCdigodeDefesadoConsumidorelegislaocorrelata.
3Aapreciaosobreaabusividadedeclusulascontratuais,parafinsdesuainclusonoelencoaqueserefereocaputdeste artigo, se dar deofcioouporprovocaodoslegitimadosreferidosnoart.82daLein8.078,de1990.
SEOII
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DoCadastrodeFornecedores
Art. 57. Os cadastros de reclamaes fundamentadas contra fornecedoresconstitueminstrumentoessencialdedefesaeorientaodosconsumidores,devendoos rgos pblicos competentes assegurar sua publicidade, contabilidade econtinuidade,nostermosdoart.44daLein8.078,de1990.
Art.58.ParaosfinsdesteDecreto,considerase:
Icadastro:oresultadodosregistrosfeitospelosrgospblicosdedefesadoconsumidordetodasasreclamaesfundamentadascontrafornecedores;
II reclamao fundamentada: a notcia de leso ou ameaa a direito deconsumidoranalisadaporrgopblicodedefesadoconsumidor,arequerimentooudeofcio,consideradaprocedente,pordecisodefinitiva.
Art. 59. Osrgospblicos dedefesadoconsumidordevemprovidenciar adivulgao peridica dos cadastros atualizados de reclamaes fundamentadascontrafornecedores.
1Ocadastroreferidonocaputdesteartigoserpublicado,obrigatoriamente,norgodeimprensaoficiallocal,devendoaentidaderesponsveldarlheamaiorpublicidadepossvelpormeiodosrgosdecomunicao,inclusiveeletrnica.
2Ocadastroserdivulgadoanualmente,podendoorgoresponsvelfazloemperodomenor,semprequejulguenecessrio,econterinformaesobjetivas,claraseverdadeirassobreoobjetodareclamao,aidentificaodofornecedoreoatendimentoounodareclamaopelofornecedor.
3 Os cadastros devero ser atualizados permanentemente, por meio dasdevidasanotaes,nopodendoconterinformaesnegativassobrefornecedores,referentesaperodosuperioracincoanos,contadodadatadaintimaodadecisodefinitiva.
Art. 60.Oscadastrosdereclamaesfundamentadascontrafornecedoressoconsiderados arquivos pblicos, sendo informaes e fontes a todos acessveis,gratuitamente,vedadaautilizaoabusivaou,porqualqueroutromodo,estranhadefesa e orientao dos consumidores, ressalvada a hiptese de publicidadecomparativa.
Art.61.Oconsumidoroufornecedorpoderrequereremcincodiasacontardadivulgao do cadastro e mediante petio fundamentada, a retificao deinformaoinexataqueneleconste, bemcomoainclusodeinformaoomitida,devendo a autoridade competente, no prazo de dez dias teis, pronunciarse,motivadamente,pelaprocednciaouimprocednciadopedido.
Pargrafonico:Nocasodeacolhimentodopedido,aautoridadecompetenteprovidenciar,noprazodesteartigo,aretificaoouinclusodeinformaoesuadivulgao,nostermosdo1doart.59desteDecreto.
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Art.62.Oscadastrosespecficosdecadargopblicodedefesadoconsumidorseroconsolidadosemcadastrosgerais,nosmbitosfederaleestadual,aosquaisseaplicaodispostonosartigosdestaSeo.
CAPTULOVII
DasDisposiesGerais
Art. 63. Com base na Lei n 8.078, de 1990, e legislao complementar, aSecretariadeDireitoEconmicopoderexpediratosadministrativos,visandofielobservnciadasnormasdeproteoedefesadoconsumidor.
Art.64.PoderoserlavradosAutosdeComprovaoouConstatao,afimdeestabelecerasituaorealdemercado,emdeterminadolugaremomento,obedecidooprocedimentoadequado.
Art. 65. Emcasode impedimento aplicaodopresenteDecreto, ficamasautoridadescompetentesautorizadasarequisitaroempregodeforapolicial.
Art.66.EsteDecretoentraemvigornadatadesuapublicao.
Art.67.FicarevogadooDecreton861,de9dejulhode1993.
Braslia,20demarode1997;176daIndependnciae109daRepblica.
FERNANDOHENRIQUECARDOSONelsonA.Jobim
EstetextonosubstituiopublicadonoDOUde21.3.1997