direito do consumidor - relação de consumo (consumidor, produto, serviço)

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Aula 03 Professor Guido Cavalcanti *

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Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço). Teoria maximalista, finalista, produto, serviço.

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Page 1: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

Aula 03

Professor Guido Cavalcanti

* 

Page 2: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

Na relação de Consumo podemos notar a existência:

Consumidor Serviço Fornecedor

Vamos a cada uma

delas:

Page 3: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

* 

é um conceito amplo. A lei não quis restringir, fazendo com que a proteção

do seja estendida

“Consumidor é qualquer pessoa, natural ou jurídica, que contrata, para

sua utilização, a aquisição de mercadoria ou a prestação de serviço,

independentemente do modo de manifestação da vontade; isto é, sem

forma especial, salvo quando a lei expressamente a exigir”

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Page 4: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

Mas qual seria a definição de destinatário final?

Se uma pessoa compra um computador e o leva para o escritório? Ele será destinatário final? E se ele compra e leva para casa? Continua sendo destinatário final?

Doutrina e jurisprudência tiveram grande dificuldade para explicar o conceito de destinatário final. Foram criadas duas teorias: Finalista e Maximalista.

Page 5: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

• consumidor tem que tirar o produto do mercado e não mais volta a colocar aquele produto numa relação de negócio

Para a teoria finalista

destinatário final é aquele que dá uma destinação fática e

econômica ao produto.

• Pois não está expressa na letra da lei, que fala apenas em ´destinatário final´.

Surgiu de uma interpretação que tentar ver a real vontade da lei

Finalista por buscar apenas a

´finalidade´ lógica da lei,

que é proteger os

hiposuficientes em uma relação

negocial.

Page 6: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

Importante observar que hipossuficiência é uma

característica da relação de consumo

constitui um aspecto jurídico importante,

mas nem sempre aplicável

Em muitas ocasiões há em que o consumidor não se

apresenta de forma hipossuficiente perante o

Judiciário, podendo litigar de igual para igual

Exemplo de um engenheiro de

motores comprando peças de um produto que ele desenvolveu

Page 7: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

• Basta que o consumidor retire do mercado para que ele passe a dar destinação final.

Para a teoria maximalista

não importa a questão

econômica, apenas a

questão fática.

• No texto de lei, apenas lê-se (destinatário final), portanto essa teoria não coloca na vontade da lei o que ela não expressou.

Faz uma interpretação literal da lei.

Maximalista por ampliar a

possibilidade de indivíduos ou

empresas serem enquadradas

como consumidoras.

Page 8: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

* Art. 3° Fornecedor é toda pessoa

física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,

bem como os entes despersonalizados, que

desenvolvem atividade de produção,

montagem, criação, construção, transformação,

importação, exportação, distribuição ou

comercialização de produtos ou prestação de serviços

Page 9: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou

imaterial.

§ 2° Serviço é qualquer atividade

fornecida no mercado de

consumo, mediante remuneração

inclusive as de natureza bancária,

financeira, de crédito e

securitária

salvo as decorrentes das

relações de caráter trabalhista

* 

Page 10: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

O § 1º do art. 3º do CDC define:  produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 

Ao optar pela denominação “produto” ao invés de “bem”, opta-se por uma nomenclatura mais condizente com a relação de consumo.

De fato, a expressão bem abrange tanto os bens de natureza patrimonial e econômica, como também os que não possuem natureza patrimonial, portanto os que não são suscetíveis de valoração econômica. 

Todo produto deve ter valor Econômico • Produto necessariamente deve possuir valor econômico, mesmo que indiretamente.  

Page 11: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

De acordo com o art. 3º, § 2º, do CDC:  • Serviço é qualquer atividade

fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, • inclusive de natureza bancária,

financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 

Page 12: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

Para efeitos de proteção do Código do Consumidor

os serviços devem ser prestados no mercado de

consumo, mediante remuneração.

Afasta-se, pois, a incidência sobre

os serviços sociais e a título gratuito.

No entanto, a expressão mediante remuneração é

interpretada de forma bastante ampla pela

doutrina e pela jurisprudência,

abrangendo:

Remuneração direta: ou seja, o pagamento direto

para o serviço. 

Remuneração indireta: oferece vantagens aparentemente gratuitas,

mas que ocorrem em decorrência de outras

relações como publiciadade

Page 13: Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)

É o caso dos pontos derivados de cartão fidelidade, das promoções

pague um leve dois, e dos estacionamentos em shopping centers,

lojas e supermercados. Todos esses serviços não são considerados parte de

uma relação consumerista.