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PROF. 3 o ANO GEOGRAFIA PADRÃO VOL. IV

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Page 1: PROF. 3o ANO GEOGRAFIA PADRÃO VOL. IV · hoje em dia, e muitos exercícios para fortalecer sua aprendizagem e preparação para os desafios futuros. Vamos conhecer um pouco mais

PROF. 3o ANOGEOGRAFIAPADRÃO VOL. IV

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Direção Executiva:Fabio Benites

Gestão Editorial:Maria Izadora Zarro

Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico:Alan Gilles MendesAlex FrançaDominique CoutinhoErlon Pedro PereiraEstevão CavalcantePaulo Henrique de Leão

Estagiários:Amanda SilvaFabio Rodrigues Gustavo MacedoLucas Araújo

Irium Editora LtdaRua Desembargador Izidro, no114 - Tijuca - RJCEP: 20521-160Fone: (21) 2560-1349www.irium.com.br

É proibida a reprodução total ou parcial, por qual-quer meio ou processo, inclusive quanto às caracte-rísticas gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime (Código Penal, art. 184 e §§, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980), sujeitando-se a busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

Biologia: Filosofia:Física:Geografia: História: Leitura e Produção:

Língua Espanhola: Língua Inglesa: Língua Portuguesa:

Literatura:

Matemática: Química:Sociologia:

Biologia: Geografia:História:Língua Espanhola:Química:

Autores:

Atualizações:

Leandro MaiaGustavo BertocheWilmington CollyerDuarte VieiraMontgomery Miranda / Bernardo PadulaLeila Noronha / Marcelo BeauclairMizael Souza Jaqueline HalackLeila Noronha / Marcelo BeauclairLeila Noronha / Marcelo BeauclairJoão Luiz / Gláucio PitangaWendel MedeirosAnne Nunes

Cid Medeiros Thiago Azeredo Guilherme BragaKarina PaimRenata Galdino

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Apresentação:Olá, querido aluno.O material da Irium Educação foi elaborado por professores competentes e comprometidos com

uma proposta de educação exigente e plural.Neste livro, você encontrará uma teoria na medida certa, focada nas informações mais importantes

hoje em dia, e muitos exercícios para fortalecer sua aprendizagem e preparação para os desafios futuros.Vamos conhecer um pouco mais sobre este livro?Todo capítulo inicia com uma capa, onde você encontrará uma imagem ilustrativa e os objetivos

de aprendizagem. Estes resumem o que queremos que você aprenda. Quando chegar no final do capítulo, se você quiser saber se aprendeu o que é realmente importante, volte na capa e verifique se alcançou cada um dos objetivos propostos.

Antes de entrarmos na teoria, em cada capítulo, você encontrará uma contextualização. Ela funcio-na para mostrar para você porque o assunto é importante e como você poderá usar esse conhecimento no seu dia a dia.

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No meio do caderno, quando estiver estudando, você encontrará inserções com informações rele-vantes e que “conversam” com portais da Irium Educação. É o caso do box Como pode cair no ENEM?, que trazem temas conectados ao assunto do capítulo e propõem questões do ENEM ou com o estilo da prova. Você poderá resolver os exercícios no seu caderno ou acessar o portal comopodecairnoenem.com.br. Lá você também encontrará todas essas questões resolvidas em vídeo.

Outra inserção interessante, que visa oferecer mais conhecimento relevante, é o 4News. Nessa se-ção, será possível acessar notícias recentes que conectam o tema do capítulo com uma informação importante para a sua formação e para os diversos vestibulares. Na apostila, essas informações estão resumidas, mas poderá acessar esse conteúdo, produzido pela nossa equipe de professores, na ínte-gra, através do portal 4newsmagazine.com.br ou utilizando o QR code inserido no box.

Uma das principais marcas dos livros da Irium Educação são os exercícios, que primam pela quan-tidade e qualidade. Para ajudar os alunos a tirarem suas dúvidas, existem inúmeras questões com soluções gravadas em vídeo. Elas aparecem com uma câmera e um código. Para acessar a solução, utilize o código no campo de busca no espaço destinado (videoteca) no nosso site irium.com.br/videoteca ou até mesmo no Youtube.

Para finalizar, que tal encontrar um conteúdo ideal para aquelas revisões na véspera de provas e concursos? Essa é a proposta da seção Resumindo, na última página de cada capítulo. Aqui, você en-contrará uma síntese com as principais informações do capítulo, como as fórmulas mais importantes, que você não pode esquecer.

A equipe da Irium Educação acredita em uma formação exigente, completa e divertida. Esperamos que este livro possa proporcionar isso a você.

#vamboraaprender

“A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”

(Nelson Mandela)

Fabio BenitesDiretor-geral

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

3º ANO – 2016 / 2017

GEOGRAFIA I1o BIMESTRE

EM3GEO01: Indústria: dos primórdios até a crise de 1929• Entenderaindústriaprocessocapitalista;• Entenderasalteraçõestécnicas,nasestruturasprodutiva;• Compreenderrelaçõespolíticas,econômicasesociaisnoprocessoindustrial;• EntenderoqueéoTaylorismo;• Compreenderarelaçãoentreoliberalismoeacrisede1929.

EM3GEO02: Indústria: decadência do Fordismo e Terceira Revolução Industrial• Compreenderaaçõesrealizadasparasairdacrisede1929;• EntenderadecadênciadoprocessodedecadênciadomodelodeproduçãodoFordismo;• Compreenderoprocessodeumnovoprocessotécnico,Pós-fordista;• CompreenderorecortetemporaldenominadoTerceiraRevoluçãoIndustrial;• EntenderonovoSistemaFlexíveldeProduçãoeaCompressãoTempo-Espaço.

EM3GEO03: Globalização: a técnica e o processo de Globalização• CompreenderoconceitodeGlobalização;• Entenderosavançostécnicosnosmeiosdecomunicaçõesetransporte;• Compreenderquehávantagensedesvantagensnoprocessodeglobalização;• EntenderopapeldeMultinacionaiseTransnacionaisnoprocessodeglobalização;• Entenderoprocessodeintegraçãoterritorialrealizadopeloprocessodeglobalização.

2o BIMESTRE

EM3GEO04: Indústria no Brasil: processo industrial e as conjunturas econômicas• Compreenderoprocessodeindustrializaçãobrasileira;• Entenderarelaçãodealgunsgovernosbrasileirosnoprocessodeindustrializabrasileira;• CompreenderasconjunturaseconômicasnoBrasilaolongodahistória;• EntenderoNeoliberalismonoBrasil;• CompreenderosdesafiosdaeconomiabrasileiranoséculoXXI.

EM3GEO05: Urbanização: conceito e urbanização brasileira• Entenderosconceitosreferentesaoprocessodeurbanização;• Entenderoprocessodeurbanizaçãonomundo;• Compreenderoprocessodeurbanizaçãobrasileiro;

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• Entenderosprincipaisdesafiosdomeiourbano;• Compreenderaevoluçãodasprincipaiscidadesbrasileiras.

3o BIMESTRE

EM3GEO06: Energia: fontes naturais e outros recursos• EntenderoqueéEnergiaRenovávelenãoRenovável;• Compreendeadisponibilidadeenergéticaemproporçãoglobal,regionalelocal;• Entenderadistintaspossibilidadesenergética;• Entenderquehávantagensedesvantagensemcadafonteenergética;• Arelaçãodealgunspaísescomalgumasfontesenergéticas.

EM3GEO07: Geologia e Geomorfologia: conceitos e relevo brasileiro• EntenderosprincipaisconceitosdaGeologiaeGeomorfologia;• EntenderoprocessoGeológicoeGeomorfológicoaolongodotempo;• CompreenderosAgentesInternoseExterno;• CompreenderaFormaçãoeConservaçãodosSolos;• EntenderoRelevoBrasileiro.

4o BIMESTRE

EM3GEO08: Climatologia: conceitos e clima no Brasil e no mundo• EntenderosprincipaisconceitossobreoClimatologia;• CompreenderastécnicasparautilizadasnaClimatologia;• Compreenderaconfiguraçãodoclimanomundo;• CompreenderaconfiguraçãodoclimanoBrasil;• Entenderosprincipaisfenômenosclimáticos.

EM3GEO09: Questões ambientais e Hidrografia• CompreenderosprincipaisconceitosrelacionadosaoMeioAmbiente;• EntenderasnovasconcepçõesrelacionadasaoMeioAmbiente;• Compreenderosprincipaisdesafiosdasquestõesambientais;• CompreenderosprincipaisconceitosrelacionadosaHidrologia;• EntenderecontextualizarahidrologianoBrasilenomundo.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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GEOGRAFIA II

1o BIMESTRE

EM3GEO10: Agricultura: conceitos e a agropecuária no mundo• CompreenderosprincipaisconceitossobreotemarelacionadoaAgropecuária;• EntenderasrelaçõesentreoEspaçoRuraleadinâmicaeconômicanaatualidade;• CompreenderasquestõesdasterrasnoMundo;• Compreenderaevoluçãotécnicadocamponomundo;• Compreenderasrelaçõesdeproduçãonocampo.

EM3GEO11: Agricultura: a agropecuária no Brasil• Entenderaestruturafundiáriabrasileira;• CompreenderosprincipaissistemasagrícolasutilizadosnoBrasil;• Compreenderaevoluçãotécnicadocampobrasileiro;• Compreenderasrelaçõesdetrabalhonocampoeosconflitosexistentes;• Compreenderarelaçãodocampobrasileirocomoprocessodeglobalização.

EM3GEO12: Demografia: conceitos e população brasileira• Compreenderosprincipaisconceitosrelacionadoaosestudosdemográficos;• Entenderasprincipaisteoriasdemográficas;• EntenderosprincipaisfluxosmigratóriosnoBrasilenomundo;• Compreenderaestruturaetáriadapopulação;• Entenderaconjunturadapopulaçãobrasileira.

2o BIMESTRE

EM3GEO13: Formação territorial e a regionalização brasileira• Entenderoprocessodeformaçãoterritorialbrasileira;• Compreenderavariedadeculturalnoterritóriobrasileiro;• CompreenderoconceitodeRegião;• CompreenderaprocessoderegionalizaçãonoBrasil;• CompreenderaprocessoderegionalizaçãodoRiodeJaneiro.

EM3GEO14: Cartografia• Entenderoprocessodeformaçãoterritorialbrasileira;• Compreenderosconceitosrelacionadosacartografia;• Entenderoquesãoprojeçõesecategoriascartográficas;• Entenderquehádistintasperspectivascartográficas;• EntenderoqueéFusohorárioeEscala;• Compreenderousoeastécnicascartográficasnocotidiano.

EM3GEO15: América do Norte: EUA, Canadá e México• EntenderaformaçãodoterritóriodosEstadosUnidos;• Compreenderconflitoshistóricosecontemporâneos;• CompreenderopapelopapeldosEUAnomundoglobalizado;• EntenderaformaçãodoCanadáetambémdoMéxico;• Compreenderrelaçõespolíticas,econômicasesociaisdosdoispaíses.

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3o BIMESTRE

EM3GEO16: América Central e América do Sul• Entenderalocalizaçãoegrupodepaísesexistentes;• Compreenderarelaçãodessespaísesemummundoglobalizado;• Compreendersuasrelaçõeseconômicasnomundo;• Compreenderproblemáticassociais,econômicasepolíticas;• Compreenderasnovasperspectivasdeintegração.

EM3GEO17: A Europa e a sua atual conjuntura• Entenderalocalizaçãoegrupodepaísesexistentes;• Entenderosprincipaisaspectoshistóricos;• Compreenderarelaçãodessespaísesemummundoglobalizado;• Compreendersuasrelaçõeseconômicasnomundo;• Compreenderproblemáticassociais,econômicasepolíticas.

EM3GEO18: Oriente Médio• Entenderalocalizaçãoegrupodepaísesexistentes;• Entenderosprincipaisaspectoshistóricoseculturais;• Compreenderaconflituosadospaísesdestaregião;• Compreenderarelaçãodessespaísescomomundo;• Compreenderproblemáticassociais,econômicasepolíticas.

4o BIMESTRE

EM3GEO19: Ásia: Índia e China• Entenderalocalizaçãoegrupodepaísesexistentes;• Compreenderospaísesquesedestacamnestecontinente;• Compreenderosprocessossociais,econômicosepolítica;• Entenderalgunspaísesquesedestacamnocenárioglobal;• EntenderopapelÍndianoprocessodeglobalização.

EM3GEO20: Ásia: Japão e Tigres Asiáticos• Entenderarelaçãodocapitalismoesocialismonestecontinente;• Compreenderarelaçãoconflituosadealgunspaíses;• CompreenderoJapãoeassuasconjunturas;• Entenderoquesãoostigresasiáticoseoseupapelnomundoglobalizado;• Compreenderoprocessoindustrialeeconômicosnoprocessodeglobalização.

EM3GEO21: África• Entenderalocalizaçãoegrupodepaísesexistentes;• Entenderosprincipaisaspectoshistóricoseculturais;• Compreenderaconflituosadospaísesdestaregião;• Compreenderarelaçãodessespaísescomomundo;• Compreenderproblemáticassociais,econômicasepolíticas.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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ORIENTADOR METODOLÓGICO PADRÃO

ENSINO MÉDIO 2017/2018

O material didático da Irium Educação foi reformulado para o biênio 2017/2018 com o intuito de estar atualizado com as demandas educacionais dos principais concursos do país e alinhado com os pilares educacionais elementares defendidos pela editora.

Além de conter um projeto pedagógico de vanguarda, o projeto gráfico é totalmente inovador. O design de cada página foi projetado para ser agradável para a leitura e atrativo visualmente, favorecendo a aprendizagem. Há uma identidade visual para cada disciplina e as seções são marcadas com foco artístico e acadêmico.

Veja algumas páginas:

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Didaticamente, há um projeto traçado que envolve fundamentos pedagógicos de vanguarda. Além disso, o material impresso dialoga com sites e aplicativos, e vídeos dispostos na videoteca do irium.com.br.

Confira os fundamentos pedagógicos do material e suas justificativas:

Fundamento 01:Apresentar um conteúdo com ementa e nível de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), refletidos pelos principais concursos do país do referido segmento.

Descrição: O conteúdo de cada série segue as orientações dos PCNs e conteúdo programático do exame nacional do Ensino Médio (ENEM). Existem duas linhas de material. O pacote Otimizado aborda todo o conteúdo dividido em três anos, enquanto o Padrão encerra todo o conteúdo nos dois primeiros anos, e o terceiro ano funciona como um pré-vestibular abordando toda a ementa do ENEM e dos principais vestibulares do Brasil.

Fundamento 02:Alinhar desde o princípio os objetivos pedagógicos de cada caderno (capítulo).

Descrição: Ainda na capa de cada caderno (capítulo), professores e alunos encontrarão os objetivos a serem alcançados naquela unidade. Dessa forma, pretende-se que docentes e discentes comecem “com o objetivo em mente”, ou seja, que tenham clareza desde o início dos objetivos.

Como funciona na prática? Logo na capa do caderno, sugerimos que o professor apresente os objetivos pedagógicos do caderno, ou seja, o que o aluno deve assimilar e quais competências ele deve desenvolver, quando o caderno estiver com a teoria lecionada e os exercícios realizados.

Na capa do caderno de Hidrostática, ao lado, ao ler os objetivos da unidade, junto com os alunos, o professor deixa claro que visa ensinar, para compreensão dos alunos, compreender os conceitos de pressão, massa específica e densidade de um corpo, assim como o teorema de Stevin, de Arquimedes e o princípio de Pascal.

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Fundamento 03:Transcender o conteúdo tradicional, a partir do diálogo entre este e outros saberes, não previstos na Base Nacional Comum, mas considerados relevantes para a formação do jovem, segundo a visão da Irium Educação.

Descrição: Além do conteúdo tradicional, o material do Ensino Médio é focado em novos saberes essenciais para a formação dos jovens hoje em dia. Saberes como Economia, Noções de Nutrição, Geopolítica e Meio Ambiente são apresentados de forma dialógica com os conteúdos tradicionais. De forma prática, em cada caderno há pelo menos uma inserção transdisciplinar em formato de observação. Essas inserções surgem no material impresso em uma versão reduzida e o artigo na íntegra pode ser acessado no site do projeto 4newsmagazine.com.br.

Como funciona na prática? As inserções são apresentadas em um quadro específico e o conteúdo é exposto pela bandeira interdisciplinar 4NEWS MAGAZINE. Esta é uma revista de atualidades que possui uma linguagem própria da adolescência, o que gera identificação com os alunos. Com isso, terão a oportunidade de ler, entender e debater temas importantes do Brasil e do mundo de uma forma mais interessante para a faixa etária que se encontram. Para os professores, fica a sugestão de utilizar esses artigos transdisciplinares para apresentar como o conteúdo presente “dialoga” com outros, estendendo a aprendizagem e mostrando outras áreas do conhecimento com as quais alguns alunos, com certeza, irão se identificar. Esse fundamento do material didático é uma grande oportunidade para fazer conexões entre os saberes, valorizando cada um e ainda mais a sinergia entre eles. Além do artigo presente na apostila, os educadores podem incentivar os discentes a acessar o conteúdo completo, no site, possibilitando a navegação por outros artigos e, consequentemente, o acesso a mais informações de qualidade. Veja no recorte abaixo, como a notícia sobre a influência da igreja católica na geopolítica mundial foi utilizada para dialogar com o caderno de História do 3º ano “Formação do Brasil colonial”, enriquecendo ainda mais o conhecimento cultural do aluno.

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Fundamento 04:Sugerir contextos para apresentação dos conteúdos a fim de tornar o aprendizado mais prático e concreto para o aluno.

Descrição: Um desafio para os educadores é não cair no “conteudismo” puro, distante da aplicabilidade desses e da realidade dos alunos. Para isso não acontecer, o material traz sugestões de contextualizações para o início do conteúdo, além de outras exemplificações práticas ao longo da apresentação da teoria.

Como funciona na prática? Na segunda página de cada caderno, há uma charge, uma tirinha, uma citação, um meme ou outra representação que o professor pode usar como “gancho” para iniciar a sua aula de forma contextualizada, trazendo mais significado para o aprendizado desde o início da aula. Repare que o texto abaixo (à esquerda) propõe uma reflexão sobre o porquê alguns corpos flutuam e outros não. Essa provocação cabe perfeitamente para o início da exposição, considerando que se pretende explicar o conceito de hidrostática, ou seja, ciência que estuda os líquidos em equilíbrio estático. No outro exemplo (à direita), o autor inseriu uma imagem para criticar a concentração fundiária no Brasil.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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Fundamento 05:Promover uma linguagem mais dialógica e sedutora para o aluno, a fim de sensibilizá-lo para a importância do conteúdo, facilitando o processo de aprendizagem.

Descrição: A forma como as informações são apresentadas é essencial para criar simpatia ou rejeição por parte dos alunos. Pensando nisso, reformulamos a linguagem do material, especialmente no início de cada caderno, na primeira impressão, para que ela fosse mais atrativa para os jovens. Assim, o texto “conversa” com o leitor, favorecendo a apresentação do conteúdo e evitando rejeições devido a forma como ele é apresentado.

Como funciona na prática? Os textos do material não possuem linguagem coloquial, eles são técnicos. Porém, não são puramente técnicos no sentido tradicional. Eles buscam uma aproximação do educando, como se o autor estivesse “conversando” com o leitor. Esse tipo de construção favorece a compreensão, e os professores podem usar isso em exercícios como: reescreva determinado texto com suas palavras, deixando claro o que você entendeu. Nos textos tradicionais, normalmente, os alunos têm dificuldade de entenderem sozinhos. Veja os textos abaixo como são convidativos.

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Fundamento 06:Articular conteúdo e exercícios de forma planejada, a fim de tirar o melhor proveito desses últimos, funcionando como validação dos conceitos básicos trabalhados ou espelhando a realidade dos mais diversos concursos.

Descrição: Há três seções de exercícios “tradicionais”. Os Praticando possuem o aspecto de validação da aprendizagem, os Aprofundando refletem a clássica abordagem dos concursos e os Desafiando (somente na versão Padrão) são os mais difíceis, até mesmo para os principais concursos do país. Existem também, em todas as seções, questões resolvidas em vídeo. Elas estão sinalizadas com um ícone de uma câmera, que indica que há solução gravada, e podem ser localizadas pelo código justaposto. Através desse código, o aluno-usuário deverá acessar a área da Videoteca, localizada em irium.com.br.

Como funciona na prática? Os exercícios Praticando, por serem validações da aprendizagem, permeiam a teoria, ou seja, teoria 1 → praticando 1 → teoria 2 → praticando 2 → ... Os Aprofundando servem como mini simulados de concursos e são recomendados “para casa” para serem corrigidos na aula seguinte. Os Desafiando, por serem os mais difíceis, podem valer pontos extras em atividades a parte.

Fundamento 07:Incentivar o aluno a estender sua aprendizagem além da sala de aula, seja com links para sites e aplicativos ou através de atividades complementares de pesquisa e reflexão.

Descrição: O material possui também atividades não ortodoxas. As questões “tradicionais” são testes para verificar se o aluno consegue reproduzir aquilo que deveria ser aprendido. Na seção Pesquisando, o material propõe exercícios novos, que incentivam a pesquisa on-line e off-line, reflexões sobre escolhas e comportamentos e servem também, para possibilitar a atuação dos responsáveis na educação formal do filho, pois podem ajudá-los nas pesquisas e reflexões sugeridas pela atividade. Para o terceiro ano, não há a sugestão da atividade Pesquisando, mas uma seção denominada Competências e Habilidades onde são informadas e trabalhadas as cento e vinte habilidades da matriz de referência do ENEM.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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Como funciona na prática? A seção Pesquisando é constituída de exercícios “fora da caixinha”, isto é, aqueles que exigem pesquisas e/ou reflexões. Há algumas utilizações pedagógicas interessantes para essa seção. Exemplos: 1) O professor poderia pedir um caderno separado para registro desses exercícios. Ao final ele teria um verdadeiro portfólio da produção dos alunos ao longo de determinado tempo; 2) Os pais poderiam ser convidados a participar da educação formal do filho, ajudando-o ou simplesmente perguntando sobre os temas abordados nesses exercícios, pois são mais fáceis para esse intuito do que os exercícios tradicionais; 3) O aluno poderia exercitar sua oratória apresentando atividades propostas nessa seção; 4) Alguns Pesquisando podem ser usados como temas para debates em sala, desenvolvendo as habilidades de ouvir e compreender o outro, além, obviamente, da capacidade de argumentação.

A seção Competências e Habilidades, presente no material do terceiro ano, informa qual(is) habilidade(s) está(ão) relacionada(s) àquele conteúdo, qualificando o educando nesse conteúdo.

Fundamento 08:Oferecer informações sintetizadas, a fim de atender momentos de revisão do conteúdo.

Descrição: No final de todo caderno, apresentamos uma seção denominada Resumindo, onde é apresentada uma síntese do conteúdo do caderno. O intuito é possibilitar que o aluno tenha um resumo bem construído para uma revisão rápida, quando necessária.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICOENSINO MÉDIO 2017

4 anoo

GEOGRAFIA I

4o bimestre:

Aula: 26Tópico: Climatologia: conceitos e clima no BrasilSubtópicos: Elementos e fatores do clima; A precipitação; VentosExercícios: xPara casa: Praticando 1 ao 5

Aula: 27Tópico: Climatologia: conceitos e clima no BrasilSubtópicos: Climas no Brasil; Paisagens climatobotânicas Exercícios: Praticando 6 ao 11Para casa: Aprofundando e Desafiando

Aula: 28Tópico: Climatologia: conceitos e clima no BrasilSubtópicos: RevisãoExercícios: AprofundandoPara casa: Desafiando

Aula: 29Tópico: Questões ambientais e HidrografiaSubtópicos: Um problema mundial; Nova ordem ambientalExercícios: Praticando 1 ao 4Para casa: Praticando 5 ao 7

Aula: 30Tópico: Questões ambientais e HidrografiaSubtópicos: Recursos hídricos; As bacias hidrográficas brasileirasExercícios: Praticando 8 ao 12Para casa: Aprofundando e Desafiando

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Aula: 31Tópico: Questões ambientais e HidrografiaSubtópicos: RevisãoExercícios: AprofundandoPara casa: Desafiando

Aula: 32Tópico: Revisão bimestralSubtópicos: RevisãoExercícios: RevisãoPara casa: Revisão

GEOGRAFIA II

4o bimestre:

Aula: 26Tópico: Ásia: Índia e ChinaSubtópicos: China; Exercícios: xPara casa: Praticando 1 ao 8

Aula: 27Tópico: Ásia: Índia e ChinaSubtópicos: O mundo indiano;Exercícios: Praticando 9 ao 12Para casa: Aprofundando e Desafiando

Aula: 28Tópico: Ásia: Japão e TigresSubtópicos: Japão;Exercícios: xPara casa: Praticando 1 ao 4

Aula: 29Tópico: Ásia: Japão e TigresSubtópicos: Tigres asiáticos e novos tigres; Exercícios: Praticando 5 ao 7Para casa: Aprofundando e desafiando

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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Aula: 30Tópico: ÁfricaSubtópicos: Características geraisExercícios: xPara casa: Praticando 1 ao 4

Aula: 31Tópico: ÁfricaSubtópicos: Os problemas humanitários; Exercícios: Praticando 5 ao 7Para casa: Aprofundando e Desafiando

Aula: 32Tópico: Revisão bimestralSubtópicos: RevisãoExercícios: RevisãoPara casa: Revisão

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EM3G

EO08

CLIMATOLOGIA: CONCEITOS E CLIMA NO BRASIL

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

Climatologia: conceitos e clima no Brasil

Objetivos de aprendizagem:• Entender os principais conceitos sobre o Cli-

matologia;• Compreender as técnicas para utilizadas na

Climatologia;• Compreender a configuração do clima no

mundo;• Compreender a configuração do clima no

Brasil;• Entender os principais fenômenos climáticos.

Praticando: 1) A

Comentário: O relevo torna-se influenciador direto do clima local, isto porque se torna um obstáculo à passagem das massas de ar, propi-ciando a precipitação por chuvas orográficas.

2) AComentário: Enquanto os centros de alta

pressão geram um movimento de ar divergen-te, para fora do centro e também subsidente (de cima para baixo) fazendo com que o ar fique mais seco, os de baixa pressão criam um movi-mento de ar convergente para o seu centro, fa-zendo com que haja concentração de umidade e de calor. Isto facilita a formação e o crescimento das nuvens.

3) CComentário: Para compreender o erro na re-

lação proposta em [C] é importante lembrar que as zonas equatoriais recebem mais calor do sol do que as faixas polares. Com isso, estabelece--se a seguinte relação entre o clima e as latitu-des: quanto menor a latitude, maiores são as temperaturas e vice-versa.

4) BComentário: O encontro de duas massas de

ar diferentes, sendo uma mais fria e seca e a ou-tra mais úmida e quente, ocasiona esse tipo de chuva frontal. A massa de ar frio, por ser mais densa, faz a massa de ar quente e úmido subir para os pontos mais altos da troposfera, onde

se inicia o processo de condensação e a conse-quente precipitação.

5) CComentário: Os desertos quentes são aque-

les em que a precipitação ocorre sob a forma de chuva e dentre suas características estão a elevada amplitude térmica em função das eleva-das temperaturas durante o dia e a queda nes-se índice a noite, podendo variar de 50ºC a 0º, a umidade do ar também é baixa.

6) DComentário: A degradação desta área está as-

sociada ao passado pecuarista, desde as antigas estâncias até as modernas fazendas da atuali-dade. Como os pampas representam um pasto natural que serve de alimento para o gado, essa economia se espalhou e prosperou rapidamen-te pela região.

O gado, além de se alimentar da vegetação, é responsável pela compactação do solo, difi-cultando a infiltração da água e a manutenção de nutrientes, inviabilizando a renovação do bioma.

Além do gado, a prática da rizicultura nos va-les da bacia do Uruguai realizada entre as coxi-lhas, morros levemente arredondados e de bai-xa altimetria na região, portanto sem encostas íngremes, também é responsável pela degrada-ção de extensas regiões de campos.

7) DComentário: O clima tropical de altitude é en-

contrado em áreas de altitudes mais elevadas ou serranas, comum à região sudeste.

No Brasil, o Clima tropical está presente em boa parte do território, especialmente nos esta-dos da porção central do país, como Mato Gros-so do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins e outros.

Já o clima equatorial é encontrado em regiões de baixas latitudes, próximas ao paralelo do Equa-dor. As temperaturas são elevadas o ano todo. No Brasil, predomina na região norte do país.

8) BComentário: Essa característica é verificada

pela amplitude térmica do sertão, que é por ve-zes, similar aos climas desérticos, pois apresen-tam temperaturas elevadas durante o dia e uma queda brusca nesse índice à noite.

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9) CComentário: O domínio representado é a

Caatinga que é encontrada na região do se-miárido nordestino e também nas regiões ex-tremo norte de Minas Gerais e nos estados do Ceará, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Maranhão e Piauí. Este bioma é composto por um tipo de formação campestre de vegetação aberta, arbustos com galhos retorcidos e baixo índice pluviométrico.

10) AComentário: O manguezal é um ecossistema

costeiro que ocorre na transição entre a terra e o mar em regiões tropicais e subtropicais do mundo, ocupando ambientes inundados por marés, tais como: estuários, lagoas costeiras, baías e deltas.

11) DComentário: A araucária é uma árvore ca-

racterística de zona subtropical, localizada na região Sul do Brasil. Ela é bastante utilizada na indústria de papel e celulose, o que vem levando a grandes desmatamentos deste tipo de vege-tação.

Aprofundando:12) C

Comentário: As monções são um fenômeno típico da região sul e sudeste da Ásia, onde o clima é condicionado por massas de ar que ora viajam do interior do continente para a costa, monção continental, ora da costa para o conti-nente, monção marítima.

13) EComentário: A Zona de Convergência Inter-

tropical (ZCIT) é um dos mais importantes siste-mas meteorológicos atuando nos trópicos, ela é parte integrante da circulação geral da atmosfera.

14) BComentário: Os ventos sopram de áreas de

alta pressão para baixa pressão atmosférica. Durante o dia, forma-se uma zona de alta pres-são atmosférica sobre o mar e baixa pressão sobre a terra. Assim os ventos sopram do mar para a terra durante o dia.

À noite, a terra esfria mais rapidamente que a água, formando uma zona de alta pressão so-bre ela. Assim, os ventos tem a direção da terra para o mar no período noturno.

15) DComentário: A altitude influencia o clima de

uma região, sobretudo, na pressão atmosfé-rica. Isto é verificável na relação inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a altitude, menor a temperatura; quanto menor a altitude, maior a temperatura. Na tabela o território que se localiza com maior altitude é Quito.

16) CComentário: Na porção intertropical (entre

trópicos) da Terra, a maior incidência de calor solar provoca uma maior evaporação, umede-cendo constantemente o ar. Como consequên-cia o ar saturado de umidade sobe, devido à ascendência causada pelo calor, condensando o vapor, formando nuvens e causando a preci-pitação.

17) CComentário: O mecanismo básico da circula-

ção geral da atmosfera opera da seguinte forma: o ar mais frio é mais pesado e costuma descer, o ar quente é mais leve e costuma subir, o que propicia a movimentação e formação dos ventos.

Além disso, essas movimentações de ar tam-bém ocorrem das zonas de alta pressão atmos-férica (anticiclonais) para as zonas de baixa pres-são atmosférica (ciclonal).

18) CComentário: A massa tropical atlântica (MTA)

de característica quente e úmida, originária do oceano Atlântico nas imediações do trópico de Capricórnio ( que passa pela cidade de São Pau-lo), tem uma enorme influência sobre a parte li-torânea do Brasil (do nordeste até o sul).

19) EComentário: A massa polar atlântica Tem

suas origens nas porções do oceano Atlântico próxima a Patagônia (sul da Argentina). No Bra-sil, ela atua mais no inverno, quando penetra no Brasil sob a forma de frente fria, provocando chuvas e declínio da temperatura.

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20) BComentário: O climograma expressa bem a

relação climática do semiárido brasileiro: tem-peraturas elevadas, baixo índice pluviométrico e distribuição irregular das chuvas durante os meses do ano.

21) AComentário: Embora a região Norte do país

permaneça sob a influência da Massa Equatorial Continental, é comum que no inverno a Massa de ar Polar avance sobre o interior do país, pro-vocando redução das temperaturas em todas as regiões. Quando esse fenômeno acontece na re-gião Norte, ele recebe o nome de friagem.

22) AComentário: Segundo o verificado no traje-

to, seria possível a passagem por todos os tipos climáticos expostos na alternativa [A]. Somente não contemplaria o semiárido brasileiro.

23) Consequência da entrada da massa de ar polar atlântica, a região norte recebe o fenôme-no da friagem, que é caracterizada pela queda brusca de temperatura, com ventos razoavel-mente frios. A duração, geralmente, é curta, en-tre 3 e 5 dias.

24) DComentário: O clima equatorial é predomi-

nante na região norte do país. Em contrapartida, no Sudeste o tipo climático predominante é tro-pical úmido, tropical de altitude e litorâneo, no Paraná subtropical.

25) DComentário: Os efeitos do El Niño no Brasil

podem variar por região, no caso do sudeste como proposto na opção [D] ocorre justamente o oposto, há o aumento das temperaturas du-rante o inverno e intensificação do regime de chuvas.

26) AComentário: A latitude interfere diretamen-

te no clima, pois à medida que nos direcionamos rumo às zonas polares (altas latitudes), menor tende a ser a temperatura. O relevo tem forte influência em regiões com maiores altitudes, como no caso de Santa Catarina e Rio Grande

do Sul. É por isso que há incidência de geadas, podendo, em casos extremos, nevar em algu-mas cidades. São nessas regiões que ocorrem também as chuvas de relevo (chuvas orográfi-cas), quando massas de ar muito úmidas atin-gem áreas com montanhas ou com algum tipo de elevação.

27) AComentário: Essa relação entre altitude e cli-

ma é percebida claramente nesse contraste en-tre o clima da região onde se localiza o Pico da Neblina, no estado do Amazonas, sob o regime climático equatorial, com elevadas temperatu-ras e índices pluviométricos e o seu topo, que se apresenta frio e nebuloso.

Isto se deve ao fato de que a medida que a altitude se eleva a temperatura baixa, corrobo-rando para a importância desse fator nas variá-veis climáticas de um espaço geográfico.

28) EComentário: Segundo o pesquisador do

INPE, Carlos Nobre, o Furacão Catarina foi o primeiro furacão observado no Atlântico Sul, pelo menos desde que há registros meteo-rológicos confiáveis no Brasil, isto é, por 100 anos ou mais. Nos últimos 40 anos, desde que há satélites meteorológicos, não há registros de furacões nesta parte do Oceano Atlântico. Também, o Furacão Catarina originou-se a partir de um ciclone extratropical, já a maio-ria absoluta dos ciclones tropicais, dos quais alguns deles virão a se tornar furacões, origi-nam-se de depressões tropicais, isto é, cen-tros de baixa pressão tropicais.

29) DComentário: A alternativa de número III

aponta claramente a relação entre altitude e temperatura, evidenciando que quanto maior a primeira, menor será o segundo elemento.

30) CComentário: Além do clima predominante

na região norte como um todo ser o equatorial, o gráfico expressa bem a relação entre a loca-lidade e os fatores que caracterizam esse tipo climático: pluviosidade abundante e bem distri-buída, temperaturas elevadas e baixa amplitude térmica.

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31) CComentário: Para melhor análise do quadro

basta se orientar pela horizontal, da seguinte forma: I) bioma, depois identificar seu clima, vegetação e por fim relevo. Vale atentar que, os quadros a serem decifrados (pelas letras A, B e C) são predispostos de dicas sobre suas carac-terísticas.

32) AComentário: Os solos da Amazônia são con-

siderados de baixa fertilidade, de forma que a floresta mantém-se em razão do clímax do ecos-sistema.

33) BComentário: O xeroformismo é o estudo das

plantas xerófilas, estas são adaptadas à sobre-vivência em regiões secas e com pouca água. As plantas xerófilas possuem tecido aquífero de-senvolvido, folhas transformadas em espinhos e cutícula espessa (uma película protetora das folhas que tem como objetivo evitar a desidra-tação).

34) EComentário: A análise do gráfico mostra que

a área preservada da Mata Atlântica, nos anos 2000 e 2001, é maior que a dos anos 1990 e 1992.

35) BComentário: Ao longo da história, a Mata

Atlântica passou por intensas devastações, como a exploração madeireira, crescimento urbano e industrial e desenvolvimento agrope-cuário. De sua cobertura original restam pouco mais de 7% atualmente.

36) AComentário: O clima equatorial é represen-

tado no climograma 1 com elevada pluviosidade e temperatura bastante regular. No climograma 2 temos o clima temperado mediterrâneo onde se observa que os invernos são chuvosos, e os verões apresentam-se secos.

37) AComentário: A cidade de Moscou (ou Mos-

covo), estando localizada no interior da Rússia, possui invernos rigorosos, verões amenos e bre-ves primaveras e outonos.

As temperaturas no verão variam entre os 15 °C e os 25 °C, enquanto no inverno as tempe-raturas baixam até os -15 °C.

Desafiando:38) Verifica-se um claro contraste na distribuição das temperaturas nos dois hemisférios, sendo o Hemisfério Norte mais frio em janeiro (situação de inverno) e mais quente em julho (situação de verão), contrariamente ao verificado no hemis-fério Sul. O gradiente de temperatura de inver-no no hemisfério Norte é mais acentuado que do hemisfério Sul, devido aquele apresentar superfície continental mais extensa, cabendo ressaltar que os continentes são mais eficien-tes (rápidos) do que os oceanos no processo de aquecimento e resfriamento do ar.

Por outro lado, as regiões situadas próximas ao equador mantém um padrão constante nas temperaturas, enquanto regiões intermediárias, no interior dos continentes e regiões polares a tendência é haver maior amplitude térmica.

Comentário: A quantidade de energia solar absorvida pela superfície da Terra é conhecida como insolação. Em julho, o Hemisfério Nor-te está posicionado para absorver uma gran-de quantidade de energia solar, resultando em níveis mais elevados de insolação. Ao mesmo tempo, o Hemisfério Sul está recebendo radia-ção solar em um ângulo mais indireto, sofrendo, portanto, menores níveis de insolação. Essa va-riação na radiação solar produz as estações do ano.

39) a) O mecanismo das monções se explica pela alternância dos centros de alta pressão e de bai-xa pressão, o que ocorre sazonalmente entre o oceano Índico e o sul e sudeste do continente asiático. Durante o inverno, tendo em vista a di-minuição de temperaturas, o continente torna--se um centro de alta pressão, contrapondo-se ao oceano, que se torna um centro de baixa pressão, tendo em vista a elevação das tempe-raturas. Nesse caso, há um deslocamento de massas de ar frias e secas do continente para o oceano. No verão do hemisfério norte, as mas-sas de ar continentais se aquecem mais que as massas oceânicas, tornando-se, o continente, um centro de baixa pressão e o oceano, um cen-tro de alta pressão, ocorrendo, assim, o deslo-camento das massas de ar quentes e úmidas do oceano para o continente, provocando ocorrên-cia das chuvas.

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b) As monções exercem um papel funda-mental para a agricultura da Índia, tendo em vista que o ciclo da agricultura tradicional está condicionado à dinâmica das mesmas. Por isso, a ocorrência de chuvas provocada pelas mon-ções é importante, principalmente, para a cul-tura do arroz, uma vez que esse cultivo ocorre nas áreas de várzeas, que são inundadas duran-te o período chuvoso. O escoamento das águas pluviais transporta os nutrientes das áreas mais elevadas para as áreas de várzea, garantido a fertilização dos vales.

Comentário: As monções demarcam um tipo de variação climática que ocorre na porção sul e sudeste da Ásia, que por isso também é chama-da de Ásia das Monções.

40) AComentário: A Corrente do Golfo determi-

na o aquecimento das águas do Atlântico Nor-te, definindo temperaturas mais amenas para países como a Noruega, localizado em latitudes mais elevadas.

41) AComentário: Haja vista a dimensão territo-

rial brasileira, os efeitos desse fenômeno no país são bastante diversificados, podendo produzir secas extremas em algumas regiões; em outras, ele apenas eleva as temperaturas, ao passo em que chuvas torrenciais acometem determinadas regiões.

42) a) Porque se encontram em hemisférios di-ferentes.

b) Louisiana (GO): tropical continental e Roma: clima mediterrâneo.

Comentário: A questão trata de duas cida-des com posicionamento geográfico completa-mente distinto. Roma é uma cidade do hemis-fério norte com clima mediterrâneo, onde os invernos são suaves e úmidos e verões quentes e secos. Sua temperatura média anual está em cerca de 20 °C durante o dia e 10 °C durante a noite

43) a) Trata-se do domínio dos mares de morros. b) Entre as características estão o domínio

de terras acidentadas, íngremes, cobertas ori-ginalmente por matas tropicais e sob ação do clima tropical úmido. Presença de solos férteis como a terra roxa e massapé. Os elementos na-

turais contribuíram para expansão agrícola e urbano-industrial que levaram ao intenso des-matamento, intensificação da erosão e outros impactos ambientais negativos.

Comentário: Poluição, assoreamento de rios, erosão dos solos estão entre os impactos sofridos no domínio apontado na figura, restan-do pouco de sua cobertura vegetal original.

44) a) Figura 2. Por que as temperaturas mais al-tas ocorrem no meio do ano, indicando o verão.

b) Figura 1. Inverno chuvoso e verão seco.c) Figura 1: tropical. Figura 2: temperado me-

diterrâneo.Comentário: Os climogramas apresentam

características opostas, isto porque trata-se de localidades em hemisférios diferentes, a figura 1 sendo Sul e a 2 Norte, podendo ser evidencia-do pelas características do verão e inverno que ocorrem em épocas distintas nessas regiões do planeta.

45) DComentário: Plantas de regiões de clima

árido apresentam modificações em sua morfo-logia para melhor sobreviverem em condições adversas. Dentre essas características podemos citar a modificação das folhas, que passam a ser pequenas e contendo uma grande quantidade de cera para evitar ao máximo a perda de água, que é de fundamental importância nessas re-giões.

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QUESTÕES AMBIENTAIS E HIDROGRAFIA

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ORIENTADOR METODOLÓGICOQuestões ambientais e Hidrografia

Objetivos de aprendizagem:• Compreender os principais conceitos rela-

cionados ao Meio Ambiente; • Entender as novas concepções relacionadas

ao Meio Ambiente;• Compreender os principais desafios das

questões ambientais;• Compreender os principais conceitos rela-

cionados a Hidrologia; • Entender e contextualizar a hidrologia no

Brasil e no mundo.

Praticando: 1) D

Comentário: A derrubada das florestas contri-bui para o agravamento do aquecimento global, pois essas servem de “filtro” para reduzir a po-luição e os desmatamentos, que geralmente são seguidos de queimadas, o que só agrava a re-tenção de calor. Com menos vegetação, teremos uma menor evapotranspiração e, consequente-mente, menos nebulosidade.

2) BComentário: A figura ilustra o fenômeno cli-

mático da ilha de calor, sendo percebido um aumento da temperatura nos grandes centros urbanos em comparação com regiões mais in-terioranas e rurais, isto porque a retirada de cobertura vegetal propicia esse acontecimen-to, que neste caso vem aliada de outros fatores como, por exemplo, o grande número de pré-dios neste perímetro urbano.

3) AComentário: A alternativa [A] é a única que

expressa corretamente a série de impactos am-bientais negativos que estão sendo gerados em função do crescimento urbano-industrial acele-rado e do novo papel que as cidades represen-tam em escala global.

4) DComentário: As ilhas de calor são fenômenos

climáticos recorrentes nas áreas urbanas, provo-

cadas pela intensa impermeabilização do solo, baixa reflexão de luz solar pelo asfalto e grande concentração de edifícios, que dificultam a cir-culação de brisas. Além disso, a diminuição de áreas verdes nos centros urbanos contribuem para este fenômeno climático.

5) AComentário: Entre as alternativas apontadas,

a que mais se adéqua ao contexto de um mundo globalizado, industrializado e com elevado apri-moramento de ciência e tecnologia, é a incorpo-ração da pauta ambiental para desenvolvimen-to de tecnologia sustentável.

6) AComentário: Um argumento utilizado para

embasar este princípio de responsabilidades diferenciadas é que os países em desenvolvi-mento não contribuem igualmente para o efeito estufa se comparados aos desenvolvidos, pois ainda não passaram por um intenso período de desenvolvimento industrial, pelos quais passa-ram os países do segundo grupo.

7) DComentário: A linha de pensamento conser-

vacionista contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela nossa espécie, executando um papel de gestor e parte integrante do processo.

8) CComentário: As informações expostas apon-

tam para a redução dos reservatórios de água em diversas regiões do mundo. Países conside-rados pobres tendem a sofrer mais com essa realidade, uma vez que, não possui infraestru-tura tecnológica e recursos financeiros para au-xiliar na gestão do problema. Além disso, essas regiões tendem a sentir mais a situação por não possuir assistência básica e apresentarem taxa de natalidade mais elevada.

9) AComentário: A questão aborda a carência de

água no mundo, denotando a necessidade de preservação deste recurso. A alternativa que expressa uma possibilidade para amenizar esta situação está em [A].

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QUESTÕES AMBIENTAIS E HIDROGRAFIA

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10) AComentário: A oferta de água potável vem

diminuindo em detrimento da demanda que só aumenta, principalmente em regiões secas no planeta. Uma estratégia a ser adotada seria a reutilização dos recursos hídricos, tanto em domicílios como nas indústrias, já que outros métodos, como dessalinização da água marinha (no caso de países litorâneos), são caros para a obtenção de água doce e potável.

11) CComentário: Um processo que pode ser na-

tural, mas que intensificado por ações antrópi-cas tem prejudicado a dinâmica hidrográfica. Nesta situação, cursos d’água são afetados pelo acúmulo de sedimentos, o que resulta no exces-so de material sobre o seu leito e dificulta a na-vegabilidade e o seu aproveitamento.

12) AComentário: A análise dos dados contidos

na tabela permite a conclusão de que a usina de Sobradinho, na Bahia, apresentou uma área alagada muito superior ao potencial adquirido pela hidroelétrica. Em contrapartida, a de Itapuí e Tucuruí teriam os melhores desempenhos.

Aprofundando:13) C

Comentário: A única opção que apresenta uma contrarresposta ao problema exibido no enunciado da questão é a [C], as demais corro-boram para a informação apresentada, apon-tando seus riscos e problemas causados por esse ressecamento. Sendo assim, a letra [C] NÃO confirma o exposto no texto.

14) EComentário: Entre os problemas causados

pelo derretimento nas calotas polares seria um afluxo de água doce muito grande nos oceanos, podendo gerar desequilíbrios na salinidade des-ses sistemas, afetando a fauna e flora marinha...

15) AComentário: O efeito estufa é um processo

físico e natural que tem, de forma geral, a fi-nalidade de impedir que a Terra esfrie demais. No entanto, ações humanas desenfreadas que põem em risco a biodiversidade e ecossistema

planetário – tais como: desenvolvimento eco-nômico, industrialização, mudança na forma de viver das sociedades -, tem acelerado esse pro-cesso e causado desequilíbrio ao planeta.

16) EComentário: Cabe salientar que a inversão

térmica é um fenômeno natural, sendo registra-da em áreas rurais e com baixo grau de indus-trialização. No entanto, sua intensificação e seus efeitos nocivos se devem ao lançamento de po-luentes na atmosfera, o que é muito comum nas grandes cidades.

O fenômeno se intensifica nessas estações, pois nessa época em virtude da perda de calor, o ar próximo à superfície fica mais frio que o da camada superior, influenciando diretamente na sua movimentação.

17) BComentário: Qualquer ação humana sobre

o meio ambiente é passível de impactos, sejam positivos ou negativos. Neste caso, a introdução de agrotóxicos e outras formas de fertilização para produção acelerada prejudicam tanto o solo quanto lençóis subterrâneos.

18) CComentário: A ameaça de destruição de

ecossistemas e danos ao patrimônio ambiental global está associada às ações e leis ambientais adotadas por entidades reconhecidas mundial-mente, e mais que isso, pelos órgãos governa-mentais locais.

19) AComentário: Os ácidos presentes na atmos-

fera gerados pela emissão de gases tóxicos se precipitam com as chuvas, atingindo monu-mentos nas cidades, vegetações e áreas de rios e lagoas, o que aumenta gastos públicos com manutenção de estátuas e despoluição dos re-cursos hídricos.

20) a) Esse Protocolo tem como objetivo firmar acordos e discussões internacionais para con-juntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, princi-palmente por parte dos países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento.

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b) O desenvolvimento socioeconômico pau-tado na conservação ambiental e a utilização ra-cional dos recursos naturais.

Comentário: Outros princípios para o de-senvolvimento sustentável são: distribuição equitativa dos resultados do desenvolvimen-to e melhoria da qualidade de vida; reciclagem dos materiais produzidos com recursos naturais renováveis e não renováveis; conservação e/ou preservação dos recursos naturais para as ge-rações futuras; valorização e preservação dos saberes culturais das comunidades tradicionais.

21) Os padrões de consumo dos países ricos estão baseados no uso intensivo de fontes não renováveis de energia, na baixa eficiência dos processos de aproveitamento dos recursos na-turais e na redução indiscriminada da diversi-dade biológica. Tais padrões, se adotados pela maioria da população do planeta, podem agra-var os problemas ambientais devido ao aumen-to da emissão de gases que agravam o efeito es-tufa, da poluição e contaminação do ar, da água e do solo pelos resíduos resultantes do uso ine-ficaz dos recursos naturais.

Comentário: A situação ambiental dentro dos padrões atuais de consumo já preocupa a sociedade, de forma geral. Se este padrão for mantido por todos os países, a Terra poderá en-trar em colapso, visto que manter esse padrão custa caro à natureza.

22) CComentário: A agenda 21 de forma alguma

propõe a continuidade dos modelos e instru-mentos de gestão adotados pelos países ditos desenvolvidos, uma vez que essa forma de viver tem custado caro ao ambiente e colocado em risco a situação do planeta.

23) EComentário: Essas ações têm sido dialo-

gadas entre os diversos órgãos internacionais através de eventos e acordos globais para a sustentabilidade, como por exemplo, a ECO92, Agenda 21 e outros mais.

24) CComentário: O relatório “Brundtland” deno-

minado de “Nosso Futuro Comum” traz a discus-são ambiental para o nível social e econômico, uma vez que perfaz os caminhos pelos quais a

sociedade tem posto o meio ambiente em risco através de seu estilo de vida.

25) EComentário: O gráfico expõe o percentual

de água no planeta, com suas devidas divisões, exibindo 67,4% para os lagos de água doce, con-firmando assim, que estes possuem mais da metade da água atmosférica e de superfície.

26) CComentário: O Brasil é privilegiado em re-

cursos hídricos, apresentando 12% de toda água doce do mundo em seu território, mas a distri-buição não é uniforme. A Amazônia é a área que possui a maior bacia fluvial do mundo, sendo o volume de seu rio (Amazonas) o maior em esca-la global, o que explica sua grande atração e os olhares geopolíticos para essa riqueza natural.

27) BComentário: A maior parcela do aquífero

Guarani está situada no território brasileiro cer-ca de 1 200 000 km² — no subsolo do centro--sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 000 km²), noroes-te do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Para-guai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná.

28) DComentário: A maioria dos deltas apontados

no cartograma encontram-se em regiões de ín-dice pluviométrico elevado, portanto, a afirmati-va II está incorreta.

29) AComentário: A água doce se espalha de for-

ma desigual pelo planeta. Se, por um lado, seu ciclo natural se responsabiliza pela sua manu-tenção tornando-a um recurso renovável, por outro, suas reservas são limitadas.

30) CComentário: A contaminação dos oceanos

ocorre diariamente, por ações do cotidiano da vida urbano, sobretudo. Fatores como a falta de ações para a educação ambiental da população corroboram para essa negativa.

31) C

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QUESTÕES AMBIENTAIS E HIDROGRAFIA

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Comentário: Os problemas mais graves que afetam a qualidade da água de rios e lagos decor-rem, em ordem variável de importância, segun-do as diferentes situações, de esgotos domésti-cos tratados de forma inadequada, de controles inadequados dos efluentes industriais, da perda e destruição das bacias de captação, da localiza-ção errônea de unidades industriais, do desma-tamento, da agricultura migratória sem controle e de práticas agrícolas deficientes. Os ecossis-temas aquáticos são perturbados, e as fontes vivas de água doce estão ameaçadas.

32) AComentário: Os aquíferos subterrâneos re-

presentam a maior parcela de água doce exis-tentes no planeta, no entanto, não se distribuem de forma regular e homogênea.

33) D Comentário: O fornecimento de água potá-

vel tornou-se um dos índices de avaliação das condições de vida das populações, estando associado, por um lado, às demandas do cres-cimento populacional e, por outro, a políticas governamentais destinadas a garantir a regula-ridade do abastecimento. Em complementação a essas últimas, somam-se ações que buscam tratar e reaproveitar esgotos, efetivar medidas de saneamento básico e minimizar impactos ambientais derivados de problemas climáticos e de ações poluentes. No caso dos dados forneci-dos pelo mapa, percebem-se percentuais mais baixos para o acesso das populações a rede de água potável, por exemplo, em determinadas regiões africanas, onde a ineficácia ou ausência de políticas públicas acabam por agravar fatores causadores de insalubridade. Em contrapartida, os percentuais mais elevados encontram-se em países e regiões onde existem práticas de sa-neamento estruturadas ao lado da estabilização do crescimento populacional, como é o caso da Europa Ocidental.

34) AComentário: O São Francisco enfrenta pro-

blemas de poluição oriunda dos esgotos e lixos de grandes e pequenas cidades nele despeja-dos, pelo assoreamento, causado pelo desma-tamento dos cerrados com projetos agropecuá-rios, pelos garimpos artesanais de diamante, pelas carvoarias e pelo uso de agrotóxicos.

35) a) Evaporação; transpiração; evapotranspi-ração; condensação; precipitações; escoamento superficial; infiltração.

b) Crescimento da população mundial; con-centração da população em áreas urbanas; ex-pansão da fronteira agrícola; aumento no pro-cesso de industrialização.

c) I. Riqueza hídrica de superfície - predo-mínio no território brasileiro de climas úmidos e sub-úmidos com boa distribuição das precipi-tações, alimentando uma extensa e densa rede de rios perenes; OU riqueza em águas subter-râneas - estrutura geológica com grandes áreas cobertas por sedimentos, rochas que apresen-tam uma porosidade primária, as quais garan-tem a abundância da água subterrânea e favo-recem a formação de aquíferos.

II. Escassez quantitativa - elevadas taxas de desperdício, aumento acelerado do consumo decorrente do processo de urbanização; OU es-cassez qualitativa - poluição dos mananciais por esgotos domésticos, efluentes industriais e/ou uso de agrotóxicos.

Comentário: O ciclo hidrológico é conside-rado um exemplo de sistema fechado existente na natureza. É um processo contínuo de trans-ferência e reciclagem da água, o qual apresenta, contudo, diferenças espaciais e temporais.

Desafiando:36) a) Dois efeitos negativos seriam: desapareci-mento de algumas espécies animais e vegetais (redução da biodiversidade) e aumento da tem-peratura, com alteração da dinâmica climática global.

b) Os aspectos positivos para a economia dos países localizado nas grandes latitudes do hemisfério norte são: incorporação do Ártico por empresas de prospecção e refino de petró-leo, ampliando a oferta de hidrocarbonetos no mercado mundial e ampliação das áreas agricul-táveis próximas ao Círculo Polar Ártico.

Comentário: Outros fatores negativos se-riam: aumento da temperatura média dos oceanos, ampliação das ondas de calor em de-corrência da alteração na direção, velocidade e temperatura das correntes marinhas e altera-ção do regime de chuvas.

Por outro lado, mais aspectos positivos a economia dos países localizados nas grandes latitudes do hemisfério norte seriam: redução dos custos com transporte marítimo entre a Eu-ropa, Ásia e América do Norte e a ampliação dos

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estudos científicos sobre espécies adaptadas as condições de alta pressão e baixíssimas tempe-raturas da região.

37) AComentário: Com a obsolescência progra-

mada, o consumo é intensificado, aumentando a quantidade de dejetos que serão lançados nos lixões, localizados próximos aos centros ur-banos, contaminando lençóis freáticos e os so-los. Desta forma, o intenso consumo favorece a proliferação de doenças e degradação do meio ambiente.

38) a) Porque os impactos ambientais gerados a partir da forma de vida das sociedades não se restringe à sua localização espacial, isto é, é pos-sível que todas as áreas do planeta sofram os impactos, uma vez que a natureza é interligada, como um sistema fechado.

b) O fenômeno socioespacial da urbani-zação, que vem se intensificando nos países em desenvolvimento após ter se consolidado nos países centrais e alguns emergentes é um exemplo. Com isso, emergem os problemas so-cioambientais urbanos, como a extrema polui-ção, a formação das ilhas de calor, a questão da inversão térmica e os impactos gerados pela má destinação dos resíduos sólidos e da ausência de saneamento ambiental.

E também, o modo de vida dos países ricos que, são responsáveis pela maior emissão de gases do efeito estufa e por manter a alto custo o padrão consumista, mas os impactos é uma realidade sentida por todos os países.

Comentário: De todo modo, a atenuação dos efeitos da globalização sobre o meio ambiente perpassa por uma série de desafios, tais como vencer a lógica de desenvolvimento via consu-mismo, os impactos negativos da urbanização concentrada e da produção industrial plena, bem como a diminuição das desigualdades so-ciais. Para isso, além da conscientização indivi-dual, é preciso um sistema mútuo de coopera-ção entre as nações a fim de desenvolver metas ambientais que atendam as necessidades bási-cas para a conservação da natureza.

39) a) Embora as origens da noção de desenvol-vimento sustentável possam ser resgatadas no final da década de 1960, somente duas décadas após, o Relatório Brundtland, produzido no âm-bito da Comissão Mundial da ONU sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, tornou-se um marco quanto à sua formalização. Assim sendo, o desenvolvimento sustentável é á dinâmica que combina a satisfação das necessidades básicas no presente com o compromisso de atendimen-to às necessidades das gerações futuras, o que coloca ênfase na solidariedade intergeracional que marca essa noção de desenvolvimento.

b) A miséria promove, através de atividades agrícolas e extrativas predatórias, práticas arcai-cas de/e para o cultivo e extração (queimadas, retirada de cobertura vegetal, impermeabili-zação dos solos, poluição de águas potáveis e destruição de mananciais), causando o esgota-mento dos solos agrícolas, a destruição de ecos-sistemas frágeis (por exemplo, as estepes com a pecuária extensiva,...), poluição das águas potá-veis com a destruição de mananciais (ocupação das encostas e das florestas úmidas, lançamen-to de dejetos orgânicos e inorgânicos nas águas urbanas,...), dentre outras.

Já a produção e acumulação excessiva das sociedades de consumo mais ricas, por produzi-rem muito lixo, necessitarem de muita energia, obrigando ao consumo exacerbado de recursos energéticos (fósseis, principalmente) e de maté-ria-prima, o que reduz a cobertura florestal no planeta, a água potável, a existência de solos agricultáveis..., dentre outras consequências.

Comentário: Tanto a pobreza extrema, ou miséria, dos países periféricos quanto a acu-mulação excessiva de recursos diversos nas sociedades ricas são os principais fatores res-ponsáveis pela insustentabilidade ambiental do planeta, na atualidade.

40) a) Observamos que quanto maior a latitude menor a diversidade de espécies vivas e quanto maior a altitude menor a diversidade de espé-cies vivas.

b) Porque esses países estão localizados principalmente nas áreas de baixa latitude, nas quais a biodiversidade é maior.

Comentário: As zonas de grandes latitudes no planeta apresentam menos diversidade bio-lógica, visto que as baixas temperaturas apare-cem como um obstáculo à forma de vida de al-guns organismos vivos mais desenvolvidos.

41) a) Sim. Por ser a região geoeconômica mais dinâmica em termos de concentração popula-cional e atividades produtivas industriais e agro-pecuárias do país, o Centro-Sul poderá se bene-

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ficiar por encontrar-se no seu subsolo a maior parte do Aquífero Guarani. Esse reservatório de água doce subterrânea poderá ser a principal fonte de abastecimento de água potável para os principais centros urbanos, as cidades de por-te médio e os espaços agrícolas mais dinâmicos das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, nas próximas décadas. A construção de aquedu-tos até os principais centros metropolitanos do país (São Paulo, Rio de Janeiro...) poderá reduzir o déficit desse recurso, que vem passando por racionamentos crescentes, ultimamente.

b) Sim. O fortalecimento geopolítico do MER-COSUL poderá ser ampliado com o uso estra-tégico das águas do aquífero, pois, com o au-mento da escassez de água potável do mundo, os recursos hídricos ganham status de “recurso estratégico”. Com a redução da oferta de água potável no mundo, muitos países estão promo-vendo políticas de contenção dos seus ainda existentes recursos hídricos potáveis; outros vêm buscando ampliar a sua capacidade de reci-clar as águas utilizadas nas atividades humanas e até mesmo de importar tal recurso. Assim sen-do, o potencial hídrico do Aquífero Guarani, se bem gerenciado pelos países sob os quais está localizado, poderá render bom dividendo, em termos de poder político internacional, ao Cone Sul, já que os países dessa região poderão bar-ganhar vantagens regionais com as atuais po-tências mundiais sob bases mais igualitárias, ao usarem, politicamente, mais essa “moeda forte” regional, que é o aquífero.

c) Essas ações podem ser: A intensa indus-trialização do Centro-Sul. Os dejetos industriais lançados no ar atmosférico (gases tóxicos di-versos, como os resíduos de metais pesados ou de compostos químicos orgânicos) retornam ao solo com a pluviosidade. Diluído, o lixo indus-trial penetra no subsolo, atingindo o aquífero por meio de fissuras estruturais ou da porosida-de das rochas recipientes do aquífero. As águas fluviais poluídas por dejetos industriais diver-sos também migram, em grandes quantidades, para o aquífero e a crescente urbanização no Centro-Sul. A poluição associada à ineficiência do sistema de esgotamento sanitário aumenta a poluição nos espelhos-d’água urbanos, que são contribuintes com as águas para o aquífero.

Essa urbanização intensa também aumenta o uso das águas subterrâneas por meio de po-ços (só no estado de São Paulo, são mais de 600 poços artesianos) que, poluídos pelo atraso no saneamento básico, acabam por afetar o aquí-fero pela percolação das águas poluídas através

da porosidade das rochas que reservam as suas águas ou das fraturas das rochas recipientes.

Comentário: Outras ações poderiam ser: - Os aterros sanitários e lixões nas periferias

dos grandes e médios centros da região. O cho-rume, além de ampliar a poluição dos espelhos--d’água com o escoamento superficial, migra para as águas subterrâneas que, por sua vez, chegam até o aquífero através da porosidade das rochas ou das fissuras estruturais das ro-chas recipientes.

- As atividades agrícolas comerciais da região. O manejo mecanizado dos solos, a aplicação in-tensiva e prolongada, em extensivas áreas, de fertilizantes inorgânicos, a grande concentração de agrotóxicos nas terras agrícolas do Centro--Sul e os dejetos orgânicos produzidos pela pe-cuária comercial (principalmente a suína) contri-buem com o arrasto e a infiltração de nutrientes (especialmente nitratos), sais minerais e traços de compostos orgânicos para os aquíferos. Os resíduos químicos e orgânicos contaminam o solo e percolam¹ por meio da pluviosidade ou da intensa irrigação. O caminho dos resíduos se dá da mesma forma vista anteriormente.

42) Aumento dos “apagões”, pela redução da geração de energia e comprometimento da ca-pacidade produtiva e isto acaba gerando demis-sões e aumento no preço final do produto.

Comentário: A crise no abastecimento não é um assunto isolado. Ela afeta o cotidiano das pessoas que estão enfrentando a falta de água em suas casas, mas também afeta a economia brasileira e a sociedade como um todo.

43) Escassez quantitativa - elevadas taxas de desperdício, aumento acelerado do consumo decorrente do processo de urbanização; escas-sez qualitativa - poluição dos mananciais por esgotos domésticos, efluentes industriais e/ou uso de agrotóxicos. Esses fatores levam a perda deste recurso por poluição que, consequente-mente, eleva os prejuízos sociais, ambientais e econômicos.

Comentário: O crescimento acelerado da po-pulação aliado a mudança no estilo de vida no modo capitalista tem contribuído drasticamen-te para essa problemática.

44) a) A tabela mostra que a água doce repre-senta apenas 2,5% do total de água disponível no planeta. Trata-se, portanto, de um recurso

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natural escasso. A sua distribuição pelo mundo é irregular, havendo regiões onde a escassez é maior.

b) Na América Latina e no Caribe, existem vastas regiões com elevados índices pluviomé-tricos, fato determinado pela baixa latitude e pela ação de massas de ar úmidas. Já no Oriente Médio e no norte da África, ocorre baixa precipi-tação, pois essas regiões, cortadas pelo trópico de Câncer, apresentam baixas altitudes e so-frem forte influência de massas de ar quentes e secas.

Comentário: Além do crescimento populacio-nal, a urbanização e a industrialização também ampliam a demanda pelo produto. Conforme a população rural, tradicionalmente dependente do poço da aldeia, muda-se para prédios resi-denciais urbanos com água encanada, o consu-mo de água residencial pode facilmente triplicar.

45) a) Projeto de Transposição do Rio São Fran-cisco ou Projeto de Integração do São Francisco, cujo objetivo é transpor parte da água do rio São Francisco para a porção setentrional do semiári-do, na região do Sertão, possibilitando o abaste-cimento rural e ou urbano dos estados do Cea-rá, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.

b) Não há razões que inviabilizem a execu-ção do projeto, mas críticas quanto à sua viabili-dade. As principais dizem respeito aos prejuízos decorrentes do desvio de água que pode com-prometer o abastecimento das cidades a jusan-te, comprometer a navegação e a produção de energia elétrica, causar danos ambientais como o assoreamento do rio.

Comentário: O projeto de transposição foi muito polêmico devido aos efeitos que poderia acarretar ao rio e foi dividido em duas partes: o eixo norte e eixo leste.

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

Ásia: Índia e ChinaObjetivos de aprendizagem:• Entender a localização e grupo de paí-

ses existentes;

• Compreender os países que se desta-cam neste continente;

• Compreender os processos sociais, econômicos e política;

• Entender alguns países que se desta-cam no cenário global;

• Entender o papel Índia no processo de globalização.

Praticando: 1) B

Comentário: A China é um país com existên-cia de grande mercado consumidor e potencial aumento do consumo per capita; expansão in-dustrial em zonas econômicas especiais, com a presença de investimentos estrangeiros e locali-zação privilegiada junto às economias de cresci-mento acelerado do sudeste asiático.

2) B Comentário: A área destacada corresponde

a Manchúria, localizada no nordeste da China, sendo uma planície de clima temperado, rica em ferro, manganês e carvão; com indústrias de base estatal e grande produtora de trigo e soja no vale do Rio Amarelo.

3) CComentário: Embora apresente dados signifi-

cativos de crescimento econômico, a China en-frenta algumas dificuldades, pois grande parte da população ainda vive em situação de pobre-za, principalmente no campo.

4) CComentário: A questão está associando a

renda das províncias chinesas, com a distribui-ção interna da riqueza. Apesar de possuir altos índices de crescimento econômico, a China não traduz essa prosperidade em distribuição de ri-queza.

As províncias da porção oeste do país são majoritariamente menos desenvolvidas, com uma economia pautada na produção de gêne-ros alimentícios para subsistência. É também a área que concentra a maior parte da população chinesa.

5) DComentário: A alternativa [D] aponta uma afir-

mativa que não pode ser visualizada por meio das informações oferecidas, pois estas tratam do desenvolvimento comercial da China, a situa-ção de trabalhadores e de impactos ambientais. O modelo de economia planificado ou de mer-cado não é citado nas manchetes em destaque.

6) a) A China atual aprofunda e acelera um pro-cesso de abertura e crescimento econômico, iniciado na década de 1970, que se caracteriza pela expansão da economia de mercado por meio das zonas econômicas especiais, onde se concentram as principais zonas urbano-indus-triais do país e do investimento internacional pelas transnacionais, pela grande participação no comercio internacional e também pela forte presença do Estado na economia.

b) A China é para o Brasil uma grande parceira comercial (mercado de commodities), como fon-te captação de recursos externos para investi-mentos em infraestrutura e parceira para proje-tos de desenvolvimento técnico-científico (como na área aeroespacial).

Comentário: A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo, embora tenha apresentado uma desaceleração nos últimos anos.

7) Uma vantagem oferecida pelo Estado chinês são os rendimentos livres de impostos.

Comentário: Entre as vantagens oferecidas pelo governo chinês aos empreendimentos es-trangeiros encontram-se: terrenos públicos e construções de qualidade a baixo custo, liber-dade para remessa de lucros para o exterior e facilidades para associações entre o capital es-tatal e os investimentos privados globais; moe-da desvalorizada que permite a exportação de produtos baratos para o mercado global; mão de obra local qualificada, com salários relativa-mente mais baixos; infraestrutura de transpor-tes e telecomunicações moderna e promovida pelo Estado.

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8) BComentário: As Zonas Econômicas Especiais,

nesse sentido, consistem em áreas especifica-mente destinadas para o direcionamento da atividade industrial a partir do oferecimento de vantagens para atrair investimentos estrangei-ros.

9) Gabarito: Entre os fatores que propiciaram os investimentos externos no setor tecnológico da Índia destacam-se: Abertura ao capital estran-geiro e política de privatização.

Comentário: Outros fatores que atuaram para recebimento destes investimentos são: qualificação e baixos salários de uma parcela da população; criação de Polos Tecnológicos; uso da língua inglesa por grande parte dos indianos e crescimento de uma parcela do mercado in-terno.

10) DComentário: O texto causa reflexão a partir

de uma situação exposta à sociedade através da mídia e meios de comunicação, levando a pen-sar que a causa para a violência é a pobreza, no entanto, é necessário que este tema tão neces-sário e cotidiano na vida das pessoas seja com-preendido do viés sociológico e cultural. Não o fazendo, estaremos sujeito ao preconceito e dis-criminação generalizada.

11) EComentário: A Caxemira tem vital importân-

cia para a soberania em relação aos recursos hídricos, abrangendo a localização das nascen-tes dos rios Ganges e Indo, os principais rios da Índia e do Paquistão, respectivamente.

12) DComentário: A Índia e o Paquistão, até 1947,

formavam um só bloco e estava sob o domínio do Império Inglês. Com a independência da re-gião, os dois Estados foram criados. Porém, as diferenças culturais e religiosas passaram a afe-tar diretamente a configuração política dos dois países e, por consequência, a relação entre um e outro. Sendo assim, a Índia, onde predomina o hinduísmo, passou a rivalizar com o Paquistão muçulmano.

Aprofundando:13) D

Comentário: Cerca de 45% da força de tra-balho da China está empregada na agricultura. Há cerca de 300 milhões de trabalhadores do campo - a maioria trabalha em pequenos mini-fúndios. Todas as terras aráveis são usadas vir-tualmente para as plantações de alimentos. A China é a maior produtora de arroz e está entre os maiores produtores de trigo, milho, tabaco, soja, entre outros.

14) AComentário: A rizicultura e as outras ativida-

des agrícolas que são desenvolvidas nas áreas de planícies beneficiam-se do regime de cheias e vazantes dos rios. As partes mais baixas das encostas das montanhas também são utilizadas para as lavouras. Nessas áreas íngremes são construídos terraços, isto é, plataformas planas, em degraus, que retêm a água das chuvas e evi-tam a erosão das encostas, aumentando, assim, a área destinada ao cultivo.

15) BComentário: A China é o país que apresenta

o maior crescimento industrial do mundo, man-tendo uma taxa da ordem de 10% ao ano. Isso se deve às reformas econômicas implantadas no país nas últimas décadas, aliando o capital externo às disponibilidades internas, mas isso não ocorre de forma homogênea – em todo território e setores -, destaca-se a presença de grandes reservas minerais e energéticas; de mão de obra abundante, barata e disciplinada, e de um expressivo mercado interno. Este desen-volvimento urbano-industrial está ocasionando um grande êxodo rural, provocando uma urba-nização acentuada.

16) Politicamente, o sistema chinês permanece socialista, inflexível e fechado. Economicamen-te, o sistema tem práticas tipicamente capitalis-tas, é flexível e aberto.

Comentário: Este socialismo de mercado iniciado na China, por volta da década de 1970, apresentou como uma das principais medidas a abertura da economia chinesa ao mercado econômico exterior. Porém, o Partido Comu-nista Chinês continuou controlando a política chinesa.

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17) a) As Zonas Econômicas Especiais, nesse sentido, consistem em áreas especificamente destinadas para o direcionamento da atividade industrial a partir do oferecimento de vantagens para atrair investimentos estrangeiros.

b) Com a “abertura para o capital” a configu-ração da economia chinesa já apresenta signifi-cativas mudanças no espaço geográfico do país, além de alterações na vida de seus habitantes, dentre elas a substituição da bicicleta por car-ros, construção de shopping centers, alteração nos hábitos alimentares e o jeito de vestir.

O povo chinês já possui atitudes capitalistas, como o consumismo, uso crescente do cartão de crédito, celular e carro, elementos que pro-duzem status na China.

Comentário: O crescimento industrial pro-porcionou uma relativa melhoria na qualidade de vida da população, com destaque para as condições de moradia, alimentação e acesso ao consumo, especialmente de eletrodomésticos.

18) AComentário: Originalmente uma vila cuja

economia era baseada na pesca e no setor têx-til, Xangai ganhou importância no século XIX de-vido a localização favorável do seu porto e por ser uma das cidades abertas ao comércio exte-rior pelo Tratado de Nanquim, em 1842.

19) EComentário: Em 1982, a China e o Reino Uni-

do iniciaram conversações para a devolução da soberania sobre Hong Kong à primeira. Um acordo assinado em 1984, em Pequim, se deci-diu que o território voltasse à soberania chinesa em 1 de Julho de 1997. Em conformidade com o acordado, o regresso de Hong Kong à soberania chinesa após 156 anos de administração colo-nial britânica deu-se às 00:00 daquele dia.

O agora território chinês tem o status de Re-gião Administrativa Especial, de acordo com a fórmula “um país, dois sistemas”. Deste modo, o território continua a ser um porto livre e um centro financeiro internacional, e, exceto nas áreas da defesa e da política externa, tem uma autonomia interna, inclusive a fiscal.

20) DComentário: Diversas reformas econômicas

foram elaboradas pelo governo chinês a partir da década de 1970, no entanto, essas não foram

seguidas por reforma política, isto é, o Partido Comunista Chinês continuou controlando a po-lítica chinesa, desencadeando para o país a ideia de “socialismo de mercado”.

21) CComentário: As relações entre China e Tai-

wan referem-se às relações bilaterais entre a China continental e Taiwan, que são separadas pelo Estreito de Taiwan a oeste do Oceano Pací-fico, e, especialmente, as relações entre os seus respectivos governos, a República Popular da China (RPC) e a República da China (ROC).

22) BComentário: O desenvolvimento chinês

tem ocorrido por vias econômicas, a partir de uma abertura de mercado e maior liberaliza-ção. No entanto, no que tange a política, há uma continuidade do governo na sua forma comunista. E vale ressaltar, que a tendência da lógica capitalista é acentuar ou deixar mais evidente as disparidades socioeconômicas duma dada região.

23) B[A] Verdadeiro – O grande mercado consumi-

dor da China é alvo de inúmeros investimentos, o que contribui para o crescimento do país.

[B] Falso – A China, geograficamente, não possui uma localização privilegiada, uma vez que se encontra longe da Europa e dos EUA, fato que não interfere na economia, sobretudo pe-los recentes avanços nos meios de transporte e comunicação.

[C] Verdadeiro – A China vem investindo pesado em infraestrutura interna para melho-rar o crescimento do país. A maior prova foi a construção da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo atualmente.

[D] Verdadeiro – Em razão dos elevados ín-dices populacionais, a China possui um vasto exército de reserva, o que diminuiu o custo da mão de obra da população, atraindo, assim, inú-meras empresas multinacionais.

24) AComentário: Nas últimas décadas, conforme

é possível perceber nos dados fornecidos pela questão, a China vem diminuindo as exporta-ções de produtos agrários e energia (que agora se destinam ao mercado interno) e têm aumen-

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tado às exportações de produtos manufatura-dos ou industrializados, em face da industriali-zação do país.

25) AComentário: Esse desenvolvimento está

atrelado às políticas econômicas adotadas a partir da década de 1970 e a entrada da China, principalmente a partir da década de 1990, na economia de mercado, ajustando-se ao mundo globalizado.

26) CComentário: Com o aumento do nível do mar

resultante do aquecimento global, a região do delta do rio Ganges e Bramaputra, em Bangla-desh, passou a sofrer maiores inundações por marés. Como grande parte da população apro-veita as várzeas para desenvolver a agricultura de jardinagem, com o plantio principalmente do arroz, essas inundações passaram a prejudi-car esse tipo de atividade, levando fazendeiros a prática de uma atividade mais rentável que é a carcinicultura. Trata-se de uma atividade que demanda de menos mão de obra, e por isso, provoca desemprego. Contudo, houve uma mu-dança na estrutura econômica em decorrência das mudanças nas condições ambientais.

27) CComentário: No inverno, as massas de ar do

continente esfriam mais que as massas oceâni-cas e é a vez dos ventos vindos das cordilheiras do Himalaia, descerem rapidamente em dire-ção ao Índico, empurrando as massas úmidas do oceano para longe e ocasionando um longo período de estiagem que chega a ceifar cente-nas de vidas. Essas são as monções continentais que acabam influenciando também o clima da Oceania.

28) EComentário: O setor de tecnologia e infor-

mática é de grande importância na Índia. Polos como o de Bangalore, no Sul do país, atraem a atenção do mundo, sendo conhecido como o Vale do Silício da Índia, em especial por traba-lhos na área de tecnologia.

29) EComentário: Ambos os países vêm concen-

trando tropas ao longo da fronteira que divi-

dem. Trocas de tiros constantes entre soldados dos dois lados vêm se intensificando tanto na fronteira quanto na linha de controle que divide a Caxemira entre a administração paquistanesa e a indiana.

30) CComentário: A posição oficial da Índia diz

que Caxemira é uma “parte integrante” da Índia, enquanto a posição oficial do Paquistão é que a Caxemira é um território disputado cujo estatu-to definitivo só pode ser determinado pelo povo da Caxemira.

31) BComentário: Atualmente, a Índia possui a

segunda maior população do mundo, ultrapas-sando a marca de 1 bilhão e 200 milhões de habitantes. Há perspectiva de que ultrapasse a China dentro de alguns anos, o que leva a uma série de problemas sociais ainda no território e que refletem no baixo Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH). Quanto ao crescimento econômico expressivo é tanto apoiado na mão de obra desqualificada barata que atrai empre-sas e se torna a cada dia um poderoso mercado consumidor; quanto na mão de obra qualifica-da, principalmente de nível médio e superior.

32) BComentário: A economia indiana cresce em

ritmo acelerado desde a década de 1990 e não mostra sinais da desaceleração. Esse avanço Econômico apresenta problemas típicos das nações em desenvolvimento (muitos dos quais presentes no subcontinente indiano, como a convivência entre o moderno e o paupérrimo). Parte da PEA (população economicamente ativa) se apresenta altamente qualificada; nela se des-tacam os profissionais que elaboram softwares para importantes empresas transnacionais. No outro extremo da PEA encontramos um enorme contingente de desqualificados que recebem sa-lários muito baixos.

33) O quadro retrata a política do filho único, onde as famílias com mais de um filho passaram a ser tributadas pelo Estado. Essa política trou-xe como consequência vários casos de infanticí-dio feminino, provocando o desequilíbrio entre o número de homens e mulheres na população chinesa.

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Comentário: Em 2013, as regras haviam sido modificadas para permitir que casais tivessem um segundo filho se um dos pais fosse filho único, mas menos casais do que o governo es-perava aderiram ao novo sistema. Outro relaxa-mento das regras nos anos 1980 permitiu que famílias da zona rural tivessem outro filho se seu primeiro filho fosse uma menina.Minorias étnicas chinesas também não eram submetidas à política do filho único.

34) Entre as razões destaca-se que: a China era considerada como pouco confiável para parti-cipar do mercado mundial, em função da forte presença e comando do Estado na política eco-nômica do país. E também, o Estado chinês era considerado como não pertencente ao “campo das democracias liberais”, sobretudo pela ma-nutenção do “regime de partido único” e ausên-cia de “eleições livres”.

Comentário: Há também que se destacar que os baixos salários da imensa força de traba-lho chinesa ameaçavam o poder de competitivi-dade das empresas dos países líderes da OMC e possibilitariam a inundação do mercado mun-dial com produtos a preços muito baixos.

35) a) A região oriental (Leste) do território chi-nês apresenta relevo em planície, com áreas em sedimentação aluvional, rios perenes e cauda-losos, solos de Löess de alta fertilidade natural e clima variando do sul para norte entre o sub-tropical ao temperado úmido, a vegetação pre-dominante varia desde as pradarias centrais, as formas xerófitas do deserto de Gobi ao norte, até a floresta de decíduas temperadas no litoral; já na parte ocidental (oeste) ocorre o predomí-nio das terras altas em dobramentos modernos (Cordilheira do Himalaia e planalto do Tibet) em que o clima temperado frio predomina, obser-va-se vegetação de coníferas e também de oró-fitas e tundra alpina. E ao norte desse ambiente encontramos um ambiente de sotavento que produz uma região desértica e fria do deserto de Gobi, com sua vegetação rasteira e estépica e xerófita.

b) A maioria da imensa população chinesa está concentrada na parte oriental (leste) do ter-ritório. Tal fato deve-se, principalmente, aos fa-tores físicos propícios e ecúmenos dessa região: as grandes planícies aluvionais, solos de alta fer-tilidade natural e clima temperado ameno. Estes são fatores condicionantes para a alta densida-de demográfica dessa parte do território chinês.

Já na parte ocidental (oeste) as dificuldades fi-síco-naturais representadas especialmente pelo relevo alto e clima rigoroso, condicionam a baixa densidade demográfica desse território.Comentário: No âmbito social, a modernização estrutural do país não está refletida em todo o território chinês, que ainda precisa redistribuir a renda conquistada em três décadas de cresci-mento econômico acentuado.

36) a) Abertura da economia criou condições favoráveis para a inversão de capitais externos – a China é a economia que mais recebe investi-mentos diretos e a presença de um Estado forte capaz de impor as novas diretrizes econômicas sem pressões e turbulências internas.

b) Essas mudanças ocorrem principalmente na faixa litorânea, nas chamadas zonas econô-micas especiais. Há um contraste muito acen-tuado entre essa faixa e as regiões do interior, ainda agrícolas, onde se concentra o essencial da população chinesa.

Comentário: Entre outros fatores que expli-cam esse desenvolvimento temos: a qualidade da mão de obra e o seu custo; a instalação de uma infraestrutura industrial capaz de atender a esse crescimento excepcional; a desvaloriza-ção da moeda chinesa, que torna o preço de seus produtos competitivo nos mercados inter-nacionais.

37) Gabarito: Entre as desigualdades presentes no território chinês tem-se: áreas urbanas muito mais ricas do que as áreas rurais e porção leste do país (litoral), com nível de renda e desempe-nho econômico bastante elevado, em relação à porção oeste (interior) e Zonas Econômicas Es-peciais (ZEEs), cidades e áreas cujas economias estão liberadas aos investimentos estrangeiros há vários anos, com índice de riqueza bem supe-rior ao das demais áreas urbanas.

Nos problemas ambientais há: avanço da desertificação e poluição dos rios por efluentes industriais.

Comentário: Outros impactos ambientais nesse território são: desflorestamento pela ne-cessidade de biomassa, poluição do ar nas áreas urbanas originando as chuvas ácidas, deficit hí-drico em muitas regiões da China, seja pelo clima seco, seja pela grande densidade populacional, alagamento de grandes áreas para construção de hidrelétricas, como a de Três Gargantas, ero-são e esgotamento dos solos em função da uti-

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ÁSIA: ÍNDIA E CHINA

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lização muito antiga e intensiva para a agricultura, esgotamento das fontes de energia do país frente à crescente demanda provocada pelo crescimento econômico chinês, esgotamento das matérias-pri-mas do país frente à crescente demanda provoca-da pelo crescimento econômico chinês.

38) CComentário: Os altos custos da tecnologia

de satélite e sensoriamento remoto tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de outras nações. Na tentativa de reverter esse contexto, os governos do Brasil e da China assinaram em 06 de Julho de 1988 um acordo de parceria en-volvendo o INPE (Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais) e a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) para o desenvolvimento de um programa de construção de dois satéli-tes avançados de sensoriamento remoto, de-nominado Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).

39) DComentário: Segundo o texto de Francisco

Brancoli, a presença do capital chinês e a compra de extensas áreas na África podem transformar algumas nações africanas em protetorados. Tal termo refere-se à circunstância em que o Esta-do é colocado sob a autoridade de outro Estado. Dessa forma, a alternativa correta é que denun-cia a “ameaça à soberania dos países africanos”, devido a crescente presença chinesa que busca atender seus interesses por recursos naturais.

40) DComentário: Mesmo superando diversos

obstáculos ao longo das últimas décadas, o grande desafio que permanece para a China é reduzir a desigualdade no interior de sua população, principalmente as diferenças entre aqueles que vivem nos centros urbanos e os que vivem na zona rural.

41) a) Durante o Verão a terra está mais quente que a água do mar, pelo que o ar quente sobre a terra tende a subir, criando uma área de bai-xa pressão atmosférica sobre a região, a qual contrasta com o ar mais fresco situado sobre o mar onde se forma uma região anticiclônica. Por sua vez, esta diferença de pressão atmosférica cria um vento constante no sentido do mar para

terra, transportando para sobre o continente ar marítimo rico em umidade. Este ar, ao ser elevado pelo efeito convectivo, particularmen-te quando está presente sobre a região a Zona de Convergência Intertropical ou pelo efeito da presença de montanhas, esfria o que provoca condensação e as consequentes chuvas.

Durante o Inverno a situação inverte-se: as regiões continentais arrefecem rapidamente enquanto os mares adjacentes se conservam quentes. Em resultado, formam-se anticiclones sobre as regiões terrestres e baixas pressões so-bre os mares adjacentes, passando os ventos a soprar de terra para o mar, em geral muito secos e frios.

b) O período das monções beneficia o de-senvolvimento de atividades econômicas, mais precisamente, na prática agrícola, no cultivo de arroz. Tendo em vista que os agricultores india-nos fazem a maior parte do plantio de arroz nos meses chuvosos de junho e julho, com colheitas a partir de outubro.

Comentário: Ao falar de monções é preciso ter em mente que se trata de um fenômeno at-mosférico que propicia a ocorrência de intensas chuvas em um período do ano e secas rigorosas em outro.

Desafiando:42) E

Comentário: A afirmação de Huntington, embora criticada por diversos intelectuais, pode ser utilizada para explicar alguns dos conflitos que têm marcado as últimas décadas, emba-sados em diferenças culturais e religiosas. A independência das colônias britânicas na Ásia Meridional (no fim da década de 1940) originou países como a Índia, Paquistão, Sri-Lanka, den-tre outros, e ampliou antigos conflitos da região. Na Índia, esses conflitos opõem a maioria hindu e a minoria muçulmana. No Paquistão ocorre o oposto, pois o conflito se realiza entre a maio-ria muçulmana e a minoria hinduísta. A região de Caxemira, localizada na fronteira entre esses dois países, é um dos locais onde essa situação tem maior intensidade, com constantes esca-ramuças e inclusive a ameaça de uso de armas atômicas.

43) DComentário: O movimento separatista da

Caxemira está associado aos conflitos entre hin-dus e muçulmanos.

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

Asia Japão e Tigres Asiáticos

Objetivos de aprendizagem:• Entender a relação do capitalismo e so-

cialismo neste continente;• Compreender a relação conflituosa de

alguns países;• Compreender o Japão e as suas conjun-

turas;• Entender o que são os Tigres Asiáticos e

o seu papel no mundo globalizado;• Compreender o processo industrial e

econômico no processo de globalização.

Praticando: 1) C

Comentário: A alternativa [c] está incorreta, tendo em vista que não houve um “isolamento” por parte do Japão nas relações com o país nor-te-americano. No pós-guerra, com o apoio dos Estados Unidos e outros países, o Japão integra--se a organizações internacionais.

2) CComentário: As industrias de alta tecnologia,

não demandam de fixação tão próximas as re-giões de extração de matéria prima, como no passado, isso porque contam com uma série de vantagens, como apoio logístico e desenvolvi-mento avançado, o que orienta para um melhor aproveitamento dos recursos.

3) EComentário: Nas ultimas décadas (a partir

de 1970), os Tigres Asiáticos transformaram--se em áreas de influência do Japão. Nessa época são chamados de novos Tigres e foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos ele-trônicos. Nesses países há mão de obra menos qualificada que a encontrada nos quatro Tigres originais, porém, muito mais barata. Milhares de pequenas empresas produzem mercadorias sob encomenda, criadas e planejadas em outros países do mundo.

4) CComentário: Apesar de ter sido arrasado no

contexto da Segunda Guerra Mundial, o Japão conseguiu se reerguer, em um primeiro mo-mento, com auxílio dos Estados Unidos, potên-cia mundial no contexto, que visavam conter os avanços socialistas no mundo. O crescimento japonês ocorreu a partir dos incentivos à popu-lação japonesa para o trabalho, tendo em vista que estes seriam os responsáveis pela reestru-turação do país.

5) AComentário: A qualificação da mão de obra,

o acesso as redes de comunicações, a produção de manufaturados em verdadeiras plataformas de exportação são importantes características dos chamados Tigres Asiáticos.

6) AComentário: Para a realização correta da

questão, é necessário ter conhecimento prévio de disposição geográfica dos países do sudeste asiático. O número 5 aponta para o Japão e o número 2 trata-se do Camboja.

7) BComentário: A Comissão Trilateral foi funda-

da em 1973 por iniciativa de David Rockefeller, o presidente do poderoso banco Chase Manhat-tan, diretor de diversas empresas multinacio-nais e de fundações isentas de impostos. Entre os cerca de 300 membros iniciais, estavam aca-dêmicos, políticos, magnatas da indústria, ban-queiros internacionais, líderes de centrais sindi-cais e diretores dos gigantes da mídia.

Aprofundando:8) B

Comentário: Pouco a pouco o Japão foi sendo moldado de forma a conviver com o sistema ca-pitalista. Sua gestão pública foi concentrada em um núcleo central; o Estado adotou a política de intervenção econômica, o que permitiu a extin-ção dos últimos vestígios do feudalismo, com a libertação da mão de obra e a absorção das ino-vações tecnológicas promovidas pelas grandes potências ocidentais.

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9) AComentário: A partir da década de 1970, os

capitais japoneses começaram a ser tidos em determinados países asiáticos. Foram atraídos por uma mão de obra barata e disciplinados, por incentivos governamentais e pela ausência de leis protetoras do meio ambiente e dos tra-balhadores.

Ainda hoje, esses países estão ligados ao Ja-pão, que lhes fornece capitais, tecnologias e equipamentos e é o maior investidor nas indús-trias de informática e eletrônica.

10) DComentário: O Japão é um grande exporta-

dor de produtos industrializados, porém, im-porta de outros países grandes quantidades de produtos agrícolas e matérias-primas. Isso ocor-re, pois com um território pequeno há pouco es-paço para a prática da agricultura. No território japonês também existem poucas reservas de recursos minerais.

11) AComentário: O expresso em [A] é correto,

dado a contradição proposta na questão entre características do âmbito de sua geografia físi-ca e sua potencialidade socioespacial verificada em escala global. O Japão possui a condição de maior potência financeira e tecnológica asiática e apresenta papel de destaque na economia mundial.

12) AComentário: Mesmo com a aplicação de téc-

nicas avançadas nas atividades rurais, a produ-ção de alimentos no Japão é insuficiente para abastecer o mercado nacional, havendo neces-sidade de importar a maioria dos alimentos consumidos pelos japoneses. O arroz, porém, é o único produto agrícola que supre a demanda interna.

13) DComentário: A área em destaque no mapa

é o Japão. Este país insular da Ásia influencia na economia periférica e se destaca economica-mente em escala global também, possuindo um dos maiores PIB’s do mundo.

14) CComentário: O fragmento apresentado se

refere a quatro países asiáticos que vem apre-sentando, nas últimas décadas, altos índices de crescimento econômico. Estes países são: Co-reia do Sul, Cingapura, Taiwan e Hong Kong.

15) CComentário: O país viveu um rápido de-

senvolvimento econômico durante a década de 1980. Os Tigres Asiáticos (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan), além do Japão e dos Estados Unidos, realizaram investimentos para a industrialização tailandesa. Nesse sen-tido, foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. Produzindo sob encomen-da e utilizando mão de obra barata, a lucrativi-dade das empresas foi altíssima. Com esse cres-cimento econômico rápido, a Tailândia entrou para o grupo dos “Novos Tigres Asiáticos”.

Desafiando:16) O relevo do país é formado fundamental-mente por montanhas, constituído por uma secção da era Cenozoica – relativamente recen-te, com menos de 65 milhões de anos – no nor-deste e uma secção originada entre as eras Me-sozoica e Paleozoica no sudeste, o que explica a carência de recursos minerais.

Tal fator natural exigiu do Japão a conquista de porções da Manchúria chinesa e da Península da Co-reia para sustentar o crescimento industrial japonês entre o final do século XIX e o início do século XX.

Comentário: Os recursos naturais do Japão são escassos e por isso eles tem que importar grande parte dos recursos naturais que precisa, principalmente o petróleo.

17) O número [1] trata-se da megalópole Tóquio--Osaka, localizada no sudeste do Japão. Possui a maior concentração urbana do mundo, com mais de 80 milhões de habitantes. Abrange as metrópoles Tóquio,Nagasaki, Osaka e outras.

Tóquio é o principal centro político, financei-ro, comercial, educacional e cultural do Japão. Assim sendo, Tóquio possui a maior concentra-ção de sedes de empresas comerciais, institui-ções de ensino superior, teatros e outros esta-belecimentos comerciais e culturais do país. Tóquio também possui um sistema de transpor-te público altamente desenvolvido, com nume-rosas linhas de trens, metrô e de ônibus, bem como o Aeroporto Internacional de Tóquio.

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Em contrapartida, expresso pelo número [2] no mapa, temos a província de Hokkaido. A densidade populacional é de 71 hab./km2. Hok-kaido não fazia parte da área de exploração de arroz do Japão pré-moderno, mas o plantio de uma nova variedade levou à produção de uma grande quantidade de arroz para subsistência, laticínios, batatas e outros cereais, assim como de peixe. A principal cidade e centro de desen-volvimento de Hokkaido é a moderna cidade de Sapporo.

Comentário: Hokkaido tem a maior área do Japão dedicada à agricultura. É a província que lidera na produção de arroz e captura de peixe, tendo também um lugar de destaque na produ-ção de vegetais hortícolas.Ainda que exista alguma atividade industrial (produção de pasta de papel, fermentação de cerveja — a cerveja Sapporo — e indústria ali-mentar), a maior parte da população está em-pregada no sector de serviços.

18) As formações geológicas do Japão são re-centes, o que dificulta a formação de recursos minerais. Estes são insuficientes para as neces-sidades do país, sendo o Japão um dos maiores importadores dessa matéria- prima do mundo. A qualidade dos minerais é fraca e os seus depó-sitos encontram-se muito dispersos, o que, so-mado ao escasso volume das reservas, impede a aplicação de métodos modernos de extração em grande escala.

Comentário: O relevo do país é formado fundamentalmente por montanhas, constituído por uma secção da era Cenozoica – relativamen-te recente, com menos de 65 milhões de anos – no nordeste e uma secção originada entre as eras Mesozoica e Paleozoica no sudeste, o que explica a carência de recursos minerais.

19) a) Com o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, a Coréia foi dividida em duas zonas de ocupação, uma americana (ao sul) e outra so-viética (ao norte). Com o fracasso das negocia-ções para a reunificação do país, em 1948 foram criados dois novos Estados: ao sul, a República da Coréia, e, ao norte, a República Democrática Parlamentarista da Coréia. Nos dias atuais, a Co-réia do Sul e de regime capitalista de produção, com alta produtividade. Já na Coréia do Norte, a economia segue o modelo socialista, sendo totalmente estatizada e se definindo a partir da planificação imposta pelo partido comunista.

b) Demonstram uma real vontade política de aproximação e melhoria de suas relações.

Comentário: Os dois países apresentam grandes diferenças socioeconômicas, uma vez que as políticas econômicas adotadas refletem no desenvolvimento de cada um. Diferente da Coréia do Sul, a Coréia do Norte possui pouco contato comercial com outras nações, pois não está inserido no mercado globalizado.

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

ÁfricaObjetivos de aprendizagem:• Entender a localização e grupo de paí-

ses existentes; • Entender os principais aspectos históri-

cos e culturais;• Compreender os conflitos dos países

desta região; • Compreender a relação desses países

com o mundo; • Compreender problemáticas sociais,

econômicas e políticas.

Praticando: 1) D

Comentário: O clima da área escura é o equa-torial, também encontrado na Região Norte do Brasil.

2) EComentário: O território de número 5 refere-

-se ao Sudão, país africano que enfrenta um dos mais graves e antigos conflitos étnico-religiosos do mundo.

3) BComentário: A África sub-saariana é conside-

rada por muitos como a região mais pobre do planeta, nesta parte da África estão localizados os países (33 dos mais pobres que existem) com grandes problemas estruturais sofrendo os gra-ves legados do colonialismo, do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da instabilidade política. Para agravar o quadro, a região sofre com proble-mas de ordem física, como a escassez d’água.

4) BComentário: As antigas colônias se transfor-

maram em países autônomos, no entanto, a partilha do território foi realizada pelas nações europeias, que não consideraram as divergên-cias étnicas existentes antes da colonização. Des-se modo, os territórios estipulados pelos coloniza-dores separaram povos de mesma característica histórico-cultural e agruparam etnias rivais.

5) BComentário: A África é considerada ainda, o

continente mais pobre do mundo. Mesmo com a independência de diversos países africanos, no pós-segunda guerra, a situação social e econô-mica em que a população vive é ainda precária, sendo agravada por conflitos territoriais, étnico e religioso inter-regional.

6) BComentário: O texto ressalta filmes em que

a África é vista em uma visão estereotipada, ressaltando seu exotismo e um olhar etnocên-trico desse continente. Por outro lado, tais fil-mes negligenciam a riqueza cultural dos povos africanos, assim como sua contribuição para a história do homem, construindo uma memória sobre a África partindo de pressupostos precon-ceituosos e etnocêntricos.

7) AComentário: O método usado pelos europeus

na divisão territorial provocou tensões que até hoje perduram, pois transformou profundamente as estruturas sociais tradicionais da África.

Aprofundando:8) A

Comentário: A África é considerado o terceiro maior continente em extensão, cerca de 75% de seu território está localizado na faixa intertropi-cal do globo, ou seja, entre o trópico de Câncer, ao norte, e o trópico de Capricórnio, ao sul. Essa característica faz com que seja o continente mais tropical do mundo, apresentando tempe-raturas muito elevadas.

9) CComentário: A África Subsaariana consis-

te no conjunto de países situados ao sul do deserto do Saara, tendo sofrido um intenso processo de exploração neocolonial a partir dos anos de 1850. Os colonizadores europeus deixaram para trás, ao partirem após 1950, países desorganizados, com violentas lutas tribais, dependentes de atividades primárias com baixos rendimentos e com indicadores sociais altamente desfavoráveis. Há grandes dúvidas quanto à capacidade desses países de participar do processo da globalização que se instaura no século XXI.

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10) BComentário: Na África Subsaariana a agro-

pecuária ocupa grandes propriedades rurais, nelas são realizadas aplicações de insumos agrí-colas (fertilizantes, agrotóxicos) e a força de tra-balho é executada por trabalhadores assalaria-dos, quase sempre mal remunerados.Essa atividade agrícola abrange uma extensa área que parte do sul do Sahel e vai até a parte central do continente.

11) BComentário: No noroeste da África está o

Magreb, região caracterizada pela presença da cadeia do Atlas, que altera o clima regional, pre-dominantemente árido e semi-árido, com carac-terísticas mediterrâneas na porção litorânea. Essa região foi ocupada no século VIII durante a expansão islâmica, quando a cultura muçul-mana cunhou a denominação Magreb - termo, portanto, muito anterior aos estudos dos pes-quisadores europeus que deram continuidade a essa denominação geográfica.

12) DComentário: O fim da Guerra Fria e o avanço

do processo de globalização redimensionaram as relações internacionais e atingiram os Esta-dos mais fracos do planeta, sobretudo os afri-canos. A perda da importância estratégica que a África possuía enquanto vigorou aquele siste-ma, somada às mudanças estruturais que afe-taram a economia mundial nas duas últimas dé-cadas do século passado, e que continuam em progresso, são fatores considerados relevantes. Do ponto de vista econômico, tirando a Repúbli-ca da África do Sul e, em menor grau, a Nigéria, os Estados africanos são exportadores tradicio-nais de matérias primas e produtos agrícolas, ou seja, são primário-exportadores.

13) A substituição gradativa da agricultura de subsistência e de produtos alimentares volta-dos para o mercado interno pela agricultura de exportação provoca desabastecimento e enca-recimento de gêneros alimentícios. Além disso, a estrutura fundiária injusta, associada à ex-propriação de pequenos e médios produtores agrícolas, gera subaproveitamento de terras cultiváveis e consequente limitação da produ-ção alimentar. Há também de salientar que, a atuação de transnacionais do setor agro alimen-tar induz à alteração de padrões alimentares

originais e à busca do lucro em detrimento da satisfação das necessidades básicas dos indiví-duos, gerando descompasso na relação renda--alimentação.

Comentário: O avanço do capitalismo intro-duz novas relações sociais de produção no campo, agravando as condições de sobrevivência da mas-sa de trabalhadores, lançados em áreas urba-nas na situação de desempregados estruturais.

14) BComentário: Segundo o depoimento, a ajuda

humanitária não favorece o desenvolvimento autônomo da África. Para que isso ocorra, são necessárias ações conjuntas dos Estados africa-nos e redistribuição de riquezas. Assim, como o Brasil, a África é um país de grandes contrastes socioeconômicos.

15) AComentário: A Nigéria descobriu petróleo

no seu território na década de 60. De lá para cá, este país da costa ocidental converteu-se no seu principal exportador na África subsaariana. É tam-bém nessa região que se concentra grande parte das reservas de diamantes da Terra, com desta-que para Botsuana, África do Sul, Namíbia, etc.

16) DComentário: A África é o continente com

maior número de conflitos duradouros em todo o planeta, de acordo com a ONU. Os países em guerra ficam na chamada África Subsaariana, que compreende os territórios que não fazem parte da África do Norte e do Oriente Médio. A região é caracterizada pela pobreza, instabilida-de política, economia precária.

17) a) Uma dentre as áreas e sua respectiva ca-racterística natural: 1 Saara

– clima desértico. b) Uma dentre as áreas e sua respectiva ati-

vidade econômica:5- Golfo da Guiné – plantations.

Comentário: Outras opções de resposta para [a] são: 2- Kalahari – clima desértico

3- Namíbia – clima desértico4- Bacia do Congo – floresta tropical/equa-

torial

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E para [b]: 6- Magreb (noroeste da África) – cultivos mediterrâneos

7- Sahel – uso intensivo para agropecuária 8- Delta do Nilo – agricultura de várzea

18) Na África Subsaariana, as influências das re-ligiões europeias (protestantismo, catolicismo) e dos modelos de educação desorganizaram mo-dos de vida, facilitando o domínio linguístico do país colonizador.

Comentário: A situação do domínio linguís-tico indicada no mapa pode ser compreendida como um espaço de referência/resistência cul-tural. No bloco correspondente a África sahelia-na (ao norte do continente), a língua oficial de maneira geral, corresponde à língua materna, enquanto na região subsaariana essa realida-de não é verificada. Fatores associados como a descolonização, divisão territorial e influências religiosas explicam bem este processo.

19) a) As sucessivas crises de fome no continen-te são proporcionadas: por uma desertificação crescente dos solos agrícolas, há pelo menos meio século, devido a ação antrópica, princi-palmente nas chamadas “franjas” dos desertos (como também são conhecidas as estepes afri-canas) e mais recentemente pela destruição das florestas úmidas africanas, pela pressão demo-gráfica que os intensos fluxos migratórios cau-sam nesses espaços de biodiversidade; pelas mudanças radicais nas estruturas produtivas e alimentares dos povos africanos que, desde o final do século XIX, passaram a ter que reduzir os espaços agrícolas voltados para os cultivos e criação de subsistência em função da “emergên-cia” para a ampliação das atividades agrícolas comerciais voltadas para os mercados interna-cionais, principalmente o europeu e norte-ame-ricano, o que modificou a posição do continente na divisão internacional do trabalho definindo, a partir do neocolonialismo, a dependência dos povos africanos da importação de produtos ali-mentares europeus e norte-americanos, o que modificou, expressivamente, a dieta dos povos da África subsaariana, principalmente.

b) Redução acelerada de população em ida-de adulta, o que diminuirá, substancialmente, a mão de obra geradora de riquezas ocupada em empregos formais e informais; a redução dos in-vestimentos ligados à produção e à logística (se-tores estratégicos) dos Estados africanos devi-do ao aumento emergencial dos investimentos

sociais (escolas públicas, creches, hospitais,...) frente à quantidade elevada de “incapazes” sem o sustento familiar imediato nem periférico.

Comentário: Outros argumentos que pode-riam ser destacados no requisitado em a, se-riam: as guerras locais estabelecidas por clãs e etnias que buscam se consolidar hegemonica-mente nos territórios africanos, muitas vezes, com apoio de chefes de Estado corruptos que representam os interesses de apenas um ou de poucos grupos e clãs que se alojam sob os te-tos constitucionais nacionais; baixo grau de de-senvolvimento humano da maioria dos países do continente. Estes, devido ao atraso nas suas estruturas sociais, ainda não passaram por re-voluções médico-hospitalares e infraestruturais básicas capazes de erradicar os problemas bási-cos de saúde, como a difteria, malária, doenças de chagas, amarelão e outras associadas à redu-zida infraestrutura sanitária no continente.

20) a) Dentre os fatores que contribuem para esses indicadores, podemos citar os fatores so-cioeconômicos, uma vez que uma grande parte da população sobrevive abaixo da linha de po-breza; fatores de ordem cultural, visto que gran-de parte da população vive em tribos e a poliga-mia é comum.

b) A Europa Ocidental/Central possui um maior desenvolvimento socioeconômico, mé-dico-hospitalar e cultural que a África Subsaa-riana. Além disso, na Europa Centro/Ocidental há um investimento em campanhas educativas preventivas que, aliadas aos demais fatores, contribuem para explicar a diferença de casos entre essas duas regiões do planeta.

Comentário: Além disso, os sistemas de saú-de pouco eficientes, com precária rede médico--hospitalar corroboram para esse quadro. Te-mos ainda, a baixa escolaridade, o que reduz a conscientização sobre as formas de contamina-ção e prevenção da doença, desde a infância.

Desafiando:21) Os povos da África subsaariana enfrentam graves problemas como: a epidemia de AIDS que está dizimando parcelas crescentes da popula-ção em todas as faixas etárias, devido a falta de assistência médica sistemática e a ausência de infraestrutura sanitária e educacional; a fome, que atinge várias regiões, devido ao desmata-mento da agricultura tradicional; as guerras e a desertificação, dentre outros.

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Comentário: Há também escassez de recur-sos para ações imediatas do controle de doen-ças, conflitos étnicos e religiosos que aumen-tam a concentração nos campos de refugiados – vivendo em situações precárias -, instabilidade política que reflete a grande desigualdade de renda, e muitos outros fatores.

22) EComentário: O texto aponta a contínua con-

centração de terra na mão de poucos produto-res, mesmo após a descolonização, onde voltam sua produção para o mercado externo. Enquan-to isso, pessoas com baixas condições de renda, adquirem minifúndios para sua subsistência em áreas periféricas.