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  • 7/26/2019 Futuros Leitores

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    UMA PROPOSTA DE REFLEXO NA FORMAO DE FUTUROS LEITORES:

    PARTINDO DA IMPORTNCIA DESSE ESTMULO DESDE A PRIMEIRA

    INFNCIA.

    RESUMO

    O artigo tem como proposta suscitar reflexes a questo do estmulo precoce a leitura na

    primeira infncia com a inteno na formao de futuros leitores para a abertura de uma nova

    mentalidade. Analisa qual a pretenso dos educadores, pais e cuidadores ao conduzir o livro

    s crianas. Aponta a escassa conviv!ncia do adulto em relao ao livro procurando

    transformar as crianas na primeira infncia em "abilidosos na leitura. Analisa a importncia

    do educador ter a ci!ncia antes do que vai ser lido para a criana. #ostra que a abertura para

    uma nova mentalidade se faz ao nvel da mente com o estmulo $ leitura desde a infncia.

    %specificamente a leitura na primeira infncia se d$, atrav&s da metodologia da contao de

    "ist'rias, e a maneira de como so contadas.

    Palavras-chav:(eitura, )nfncia, (iteratura

    A!STRACT

    *"e article aims to raise reflections t"e question of reading earl+ stimulation in earl+

    c"ild"ood it" t"e intention in t"e formation of future readers for t"e opening of a ne

    mentalit+. -"ic" examines t"e claim of educators, parents and caregivers to conduct t"e boo

    to c"ildren. /oints out t"e scarce living adult in relation to t"e boo seeing to transform

    c"ildren in earl+ c"ild"ood in silled reading. Anal+zes t"e importance of educators "ave t"e

    noledge before "at ill be read to t"e c"ild. )t s"os t"at t"e opening to a ne mentalit+

    is t"e level of mind it" t"e stimulus ill read since c"ild"ood. 0pecificall+ reading in earl+

    c"ild"ood is given, t"roug" t"e met"odolog+ of stor+telling, and t"e a+ t"e+ are told.

    "#$%r&s:

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    ' INTRODUO

    O que devem pensar os pais, professores e especialistas sobre ler na primeira infncia1

    2omo falar de leitura com indivduos que ainda no sabem nem falar1 % qual a importnciade ler para 3eb!s1 %sse & um questionamento que muitos fazem. O contexto em que a criana

    vive & muito importante para a sua formao, pois & da interao desse meio, que a criana vai

    adquirindo experi!ncias, que quando estimulada, reflete comportamentos que 4$ estavam

    registrados em seu c&rebro, ela busca em suas estruturas e demonstra isso atrav&s da ao. % &

    a partir de aes prematuras ou antecipadas com intenes ao ato de ler, que se torna rico o

    meio e modificam o5ritmo do desenvolvimento da criana em momentos especiais da sua

    vida.6*ussi et al, 7889, p.:8;. 2un"a diz que ao questionarmos qualquer pessoa que est$

    ligada ao ato de educar, desde os pais, os professores, e etc., qual & a pretenso desses

    5educadores< ao conduzir o livro s crianas, a afirmativa ser$ a de que devemos estimular o

    costume da leitura. =tilizando outros termos, a inteno dos mesmos seria a de que na

    infncia e na adolesc!ncia a literatura se4a o meio para o seu desenvolvimento.

    A conviv!ncia no dia>a>dia, com relao ao adulto em procurar transformar os

    pequenos na fase infantil em "abilidosos na leitura, esta causando uma inquietao por ser

    evidente a escassa relao que o pr'prio adulto tem com o livro, e por no compreender ogrande valor que tem adquirir o costume de ler.

    5 Argumentar com a falta de tempo e o cansao para 4ustificar a pouca 6ounen"uma; leitura & descon"ecer que exatamente o cansao nos obriga a criarum tempo para o descanso, para o lazer. % esse tempo & realmente criado portodos, s' que no & ocupado com a leitura. O livro 6sobretudo o de literatura;no & uma opo de lazer, no significa prazer para o adulto.< 62un"a, 788?,p.?@;

    em meio a essa real situao desafiadora, que fica evidente a importncia de se

    observar uma nova direo para a %ducao e o %nsino, & atrav&s desse ponto que novas

    diretrizes sero norteadoras para uma sociedade revitalizada.

    A (iteratura )nfantil se sobressai a tal ponto que para aqueles que esto desatentos

    pode parecer algo absurdo, pois no compreenderam ainda que, 5a verdadeira evoluo de um

    povo se faz ao nvel da mente, ao nvel da consci!ncia de mundo que cada um vai assimilando

    desde a infncia.

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    de suma importncia para o desenvolvimento na primeira infncia escutar "ist'rias,

    ao ouvir essas "ist'rias, & o comeo para que a criana aprenda a criar o "$bito pela leitura,

    sendo que esse "$bito leva a uma estrada extensa de possibilidades e de percepo num todo.

    Ao fazer a narrao, independente de qual se4a, tem que ter ci!ncia de que maneira

    fazer. %nto, ao fazer uma narrao de um conto na infncia, independente do conto a ser lido,

    no deve ser feito de maneira desleixada, se apropriando de cara do livro que esta bem $ sua

    frente.

    7 O0 A()2%D2%0 EA 2A0AF (%D GA /D)#%)DA )GHAG2)A1

    De+es, o que devem pensar os pais, professores e especialistas sobre ler na primeirainfncia1 2omo falar de leitura com indivduos que ainda no sabem nem falar1 % qual a

    importncia de ler para 3eb!s1 %sse & um questionamento que muitos fazem conforme a

    autora. %xistem afazeres no dia>a>dia em relao $ criana que tomam muito ateno dos

    pais de primeira viagem, e por outro lado, o compromisso pela alfabetizao daqueles que 4$

    so considerados leitores, ou se4a, aqueles que 5aprenderam ler e a escreverse

    esquecendo em relao do discurso pedag'gico 5esses pequemos, inquietos e iletrados que

    ultimamente t!m irrompido na quietude centen$ria das bibliotecas, fazendo barul"o, tocando,mordendo e at& mesmo comendo os livros.< 6Iolanda De+es,78B8,p.B@;.

    2onforme estudos de grupos de organismos biol'gicos, & definido como perodo do

    ciclo vital dos seres "umanos a fase que vai desde a intrauterina at& os seis anos de idade da

    criana, que & considerado como a primeira infncia. %ssa transformao que ocorre desde o

    feto at& a fase de criana em si. J$ o desenvolvimento da personalidade e mudanas nos

    processos emocionais, motriz e cognitivo. 0endo que essas transformaes desde o feto, ao

    nascimento e at& o beb! aprender $ sentar, no representam apenas mais um ano de vida, massim uma perspectiva de mundo.

    *ussi etal o processo que todo o individuo passa para se desenvolver, tendo inicio

    quando nasce e & finalizado quando morre, tem sido um ponto essencial para v$rios estudos

    na perspectiva de entender e poder tornar explicito as v$rias alteraes que ocorrem durante

    esse processo. Eesde ento v$rias teorias surgiram para tal explicao, algumas levando em

    considerao suas viv!ncias em particular que foram surgindo no decorrer do tempo, tendo

    complementao entre si e por outras vezes no se completando K...L. 2onforme a autoraF

    5/iaget revela a certeza de que a criana, a partir do nascimento, est$ prontapara interagir com ob4etosM de que essa interao atua sobre os reflexos que

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    ao longo do tempo se transformam, construindo, assim, a sua intelig!ncia, e,principalmente, que o ambiente & capaz de alterar a qualidade e o ritmo dodesenvolvimento da criana reforam a crena na importncia de qualificar ocontexto da criana

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    possui um nPmero bem maior de neurNnios que o adulto e pode ter v$rias conexes, devido a

    todos os estmulos que o meio em que ele vive l"e prope. /or&m muitos desses circuitos

    mesmo disponveis no so utilizados, pois no tem ser "umano que possui experi!ncias para

    essa capacidade. Aqueles neurNnios que so estimulados em maior quantidade de vezes

    continuam ativos, ou se4a, continuam funcionando, agora aqueles que no so estimulados

    tantas vezes assim, acabam sendo perdidos.

    *ussi etal, conforme a teoria s'cio>"it'rica de Qigot+s+ o perodo de iniciao que

    ocorre com o nen! em relao fase em que comea a se desenvolver, c"amado de

    5desenvolvimento comportamental

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    meio e questes psquicas, sendo possvel aprender, mesmo antes do ingresso da criana na

    educao considerada formal, que at& ento & quando comea a ter os primeiros contatos com

    a leitura. 2onforme a autora, vendo pelo lado neurol'gico, & fato que os estmulos que a

    criana recebe, vai alterando o c&rebro, por&m & importante ressaltar que os fatores

    emocionais e sociais tamb&m contam neste processo, como bem dizer a ligao da me e a

    famlia, que passa a ser formado nos primeiros anos.

    2om todas essas informaes, parte>se do pressuposto que o investimento na primeira

    infncia passa a ser assunto priorit$rio, visto de forma econNmica e poltica, pois se tem

    subsdios que mostram que plane4amentos para essa faixa so futuros, sendo que pode 4$ ser

    trabal"ado desde a barriga da me, intervindo desde 4$, ou se4a, propiciando investimento

    nesta criana desde o ventre da me.*ussi etal, conforme a autora utiliza>se da teoria s'cio>"is'tica de Qigost+s+ para

    explicar que as viv!ncias sociais auxiliam no desempen"o da mente. O aprendizado na fase

    inicial ocorre devido "$ estimulao que acontece na conviv!ncia com adultos ou crianas que

    ten"am maiores experi!ncias. Eesta forma se a criana apresenta uma, certa maneira de se

    comportar, esta mesma criana 4$ esta pronta para ter um novo aprendizado comportamental,

    que abrange novos elementos, com o auxilio da intermediao de algu&m, sendo que esta fase

    & con"ecida como Rona de Eesenvolvimento /roximal, que & conservado at& o instante queum novo aprendizado comportamental prevalece sobre o antigo. %ste novo aprendizado

    comportamental acontece primeiro por meio das viv!ncias que ocorrem no meio social aonde

    depois se torna um con"ecimento interno em cada individuo.

    Go nascimento o individuo tem plena condio para a leitura, por&m o que conta & a

    estimulao correta na "ora certa, que vai instruir a criana fazer. O estimulo para ler abrange

    m&todos adequados. Ea mesma forma, que o ato de ler, no 4$ nasce com a criana, por isso a

    importncia de saber antes a teoria de /iaget e Qigot+si, para desenvolver o comportamentorelacionado $ leitura, tornando>se primordial o con"ecimento dessas teorias para desenvolver

    estas pr$ticas com nen&ns.

    De+es, partindo da premissa que o estmulo a leitura inicia>se desde o ventre da me,

    pases subdesenvolvidos, os governos e o setor da educao comearam, a perceber e

    desenvolver programas que garantem a igualdade, oportunidades antes mesmo do

    nascimento,visto que se trata de um assunto importante para ser estudado , levando em conta

    que a criana depende praticamente de estmulos do meio em que ela vive, e que as pessoas

    que esto a sua volta serve de parmetro que a criana se espel"a para aprender. A

    importncia desse assunto do ponto de vista poltico, serve para que investimentos feitos nesta

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    fase, no estmulo do desenvolvimento das "abilidades como a linguagem, garantir$ a

    educao pPblica uma grande economia, considerando questes como a evaso escolar, e a

    repet!ncia, promovendo e tornando capaz questes comunicativas do pensamento simb'lico,

    dando subsdios para que ven"a exercer sua cidadania, sendo promovido desde a educao

    ainda que prematura.

    2om todas as informaes da neurologia e do ponto de vista poltico, conforme a

    autora o foco foi modificado, uma vez que, se tratando de beb!s e de crianas pequenas. Hora

    demonstrado que o adulto & importante em suas intervenes para o desenvolvimento da

    criana, mas como tamb&m o rec&m nascido tem o papel participativo e ativo na

    prematuridade, nessa interao de sistemas indispens$veis como o afetivo e o cognitivo em

    meio a uma troca no mbito social e cultural. O beb! reage ao seu ambiente devido a suaenorme sensibilidade, sendo um ser que precisa do outro para que o con"ea, para que

    compreenda suas necessidades, sendo assim a construo da "ist'ria criana comea nessas

    interaes sociais e culturais.

    5/or outro lado, e visto de um enfoque dinmico, 4$ no se concebe o

    desenvolvimento como um permanente processo de ascenso em lin"a reta

    ao estilo das tabelas de peso e estatura >, assim como no se pode registr$>lo

    em uma sucesso de etapas escalonadas, conforme se acreditava "$ algumas

    d&cadas, e sim como um continuum em que se estabelecem mPltiplas

    relaes particulares, sociais e culturais e no qual tamb&m se observam

    saltos descontnuos.< 6De+es,78B8,p.7B; K...L

    A constante interao dos processos internos do indivduo com o seu meio social e

    cultural, pode ser identificado por v$rias propostas e teorias. 5A frase de Q+gosts+, segundo a

    qual 5o "omem, ao construir sua cultura, se constr'i a si mesmo

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    *ussi etal, a maneira de compreender o tempo certo para desenvolver atividades que

    so direcionadas ao ato de ler, primeiramente deve>se entender alguns processos que

    envolvem o sistema cerebral central, que comea a se desenvolver durante o perodo

    gestacional e da continuidade ao nascer, todas as viv!ncias que o nen&m tem assim que nasce,

    ocorrem em seu c&rebro processos que envolvem o sistema nervoso que tem por sua vez a

    compet!ncia de alterar a 5estrutura e a funo do enc&faloM e os perodos mais ou menos

    suscetveis s influ!ncias ambientais.

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    *ussi etal, atuaes prematuras com estimulo ao ato de ler, que envolvem ler e narrar

    contos, atividades que participa o brincar com musicas, entre outras atividades relacionadas a

    leitura, so componentes fundamentais na promoo comportamental do "$bito pela leitura,

    servindo para que os pequenos se desenvolvam, sendo tudo isso possvel e se tornando

    eficiente tendo como base noo na teoria em relao aos procedimentos que abrangem

    leitura.

    De+es, a partir do 5sexto m!s de gestao em diante< o beb! passa o tempo todo

    observando atentamente, ou se4a, de sentinela, organizando exclusivamente sons lingSsticos,

    que so recon"ecidos por serem "abituais emitidos pela me.

    %sse ser que dentro da barriga da me ouve ocultamente, as suas falas, o som da sua

    voz, mesmo ainda dentro do ventre materno, esta tendo experi!ncias relacionadas alinguagem, pois essas experi!ncias serviro de base para quando for pronunciada as primeiras

    palavras, que nada mais & que, se tornar$ muito claro ao ol"os de quem v!, que todo est$

    pr$tica foi iniciada no que a autora c"ama de 5in Ptero

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    5Ea mesma forma que se sabe que o beb! ainda no entende as palavras e a

    l'gica que as encadeia entre si, sabemos que essa torrente verbal provoca

    nele uma esp&cie de encantamento e constitui seu texto origin$rio de leitura.

    2ertamente, o feto no entende nada do que ouve.< 6De+e,78B8,p.7?;

    certo, dizer que no "$ nen"um entendimento pelo feto do que l"e c"ega aos

    5ouvidos

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    3amberger, ao ler, todo o processo que ocorre na mente no se resume apenas na

    percepo e compreenso do que a leitura esta querendo transmitir, mas consiste tamb&m na

    interpretao e avaliao, e isso tudo ocorre no mesmo momento e no separadamente.

    Os smbolos so perceptveis quando ocorrem as 5pausas de fixaose no presente momento. 0egundo a qual, descries mostram um

    aumento da mem'ria espetacular dos leitores, que se recordam menunciosamente de fatos e

    caractersticas especficas tanto do livro como da "ist'ria que o envolveu desde sua &poca de

    infncia. Assim fica claro que as experi!ncias que nos vem a mem'ria, foram guardadas,

    porque representam algo ou tem um grande significado em nossa vida e porque

    compreendemos, no sendo diferente com o livro.

    3amberger, sendo assim, a capacidade de se fazer uma leitura perfeita, no & aquela

    que se baseia em uma leitura de 5combinar sons em palavras e palavras em unidades depensamento

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    importante estimular a leitura em todas as etapas para que a criana v$ se

    familiarizando com este "$bito, atualmente a criana esta apta para esse estmulo desde a

    primeira infncia

    0mit", em funo disso existem efeitos determinantes. As viv!ncias tem como

    resultado algum tipo de aprendizagem. Ao exercitar o "$bito pela leitura, faz com que o

    individuo adquira maior con"ecimento sobre o pr'prio ato de ler.

    ? A/D%GE%GEO 0O3D% O #=GEO EA (%)*=DA

    importante ressaltar de que forma as crianas aprendem a ler, que conforme o autorno difere da forma que se aprende para ter o domnio sobre a 5linguagem falada

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    para estimular o educando a associar a leitura como lazer, leitura esta que transforme o leitor

    em um ser 5critco e criativo< e nesse aspecto a literatura & considerada de suma importncia

    para que isso ocorra.

    A autora faz um questionamento que mesmo com o empen"o dos professores em criar

    bons leitores, os meninos e meninas e at& mesmo os adolescentes no sentem interesse pela

    leitura.

    Acredita>se que isso no se4a responsabilidade somente de pr$ticas delegadas ao

    %stado e nem to pouco por questes de baixa renda, sendo que o problema a respeito da falta

    de interesse pela leitura no & somente no 3rasil.

    Ea mesma forma seria invi$vel aderir culpa aos sistemas convencionais de

    transmisso de mensagens se4a na imprensa, no r$dio, na televiso, e etc., & fato que essesmeios de comunicaes tem efic$cia para o que l"e foi destinado e ao seu pPblico alvo. /or&m

    este pPblico, esta sendo afastado da qualidade de ser ou no leitores capacitados, seria o

    momento de avaliarmos a nossa tarefa como o que autora c"ama de 5fazedores de leitores

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    7> Observamos com freqS!ncia de que o fato de estar exausto depois do trabal"o

    impede o ato do ler.

    : freqSente o adulto utilizar a 4ustificativa de que no l! por no ir lo4a de livros

    ou por no ter um m'vel adequado para guardar os livros.

    ? O pr'prio adulto designa certas coisas para os pequenos lerem, na "ip'tese, de que

    a criana por sua iniciativa, no ter$ interesse no ob4eto designado livro.

    C cada vez mais evidente utilizar m&todos como 4ogos e outros tipos de artifcios

    com a inteno de atrair a ateno do educando para se criar o "$bito de ler especifico tipo de

    leitura. Go entanto que particularmente a 5biblioteca< vem modificando sua maneira de atrair

    o leitor, com teatros, cantigas e etc., exceto com a introduo das palavras, sendo um modo de

    apresentar aos pequenos o lugar em que se concentram os 5livros 0abemos que o adulto tem uma certa oposio no que diz respeito ao valor de um

    livro, especificamente ao de literatura, sendo que os gastos com a compra de ob4etos para que

    a criana brinque ou outros tipos de aquisies que so irrelevantes, no se v! reclamaes.

    *odas essas maneiras de agir se tratando do individuo adulto, mostra que no esta

    evidente ou to clara, para o mesmo algo que no quer recon"ecerF o fato de que o livro esta

    sempre em segundo plano em nosso cotidiano, no existe esta familiaridade e sendo causa de

    insatisfao.

    Ga observao minuciosa de cada item apresentado, fica evidente esta questo que &

    decisiva para, o despertar do interesse da criana pela leitura.

    5Argumentar com a falta de tempo e o cansao para 4ustificar a pouca 6ou

    nen"uma; leitura & descon"ecer que exatamente o cansao nos obriga a criar

    um tempo para o descanso, para o lazer. % esse tempo & realmente criado por

    todos, s' que no & ocupado com a leitura. O livro 6sobretudo o de literatura;

    no & uma opo de lazer, no significa prazer para o adulto.lo e da sua no utilizao, conta como uma falta

    total de profissionalismo, tal como um m&dico no possuir seus recursos de trabal"o para

    fazer uma 5consulta

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    ocultar e fazer o que & necess$rio em relao ao livro de maneira que a criana aceite este

    ob4eto, mesmo que no se4a aceito.

    0upor que a criana no tem a menor curiosidade ou ateno por este ob4eto se trata do

    efeito preciso da falta de interesse do adulto pelo livro.

    2om base no con"ecimento que se tem sobre esse assunto, deixa cada vez mais claro a

    possibilidade de visualizar, que na infncia, no inicio de sua exist!ncia, o livro & visto como

    algo para brincar sendo to envolvente como quaisquer outros. Algo de misterioso e

    encantador faz com que a criana fantasie querendo 5interpretar< o que esta no livroK...L. O

    que vai afastando o interesse pelo livro na fase infantil & o pr'prio adulto com o seu 4eito que

    causa desencanto e averso.

    Z /DO#OXYO E% (%)*=DA 0% HAR 2O# ()*%DA*=DA

    2oel"o, nosso contexto social foi invadido pelas tecnologias aonde os meios de

    comunicao invadem nossas casas e nosso cotidiano nos propiciando este contexto como,

    modo de vida para todas as pessoas, se4am adultos, 4ovens ou crianas.

    /or mais que somos indivduos que vivem em um pas em desenvolvimento, ainda

    sofremos influ!ncia de pases desenvolvidos. Aonde ocorrem 5desequilbrios sociais< que

    determinam nossa real situao no 3rasil. Q$rios especialistas em estudo social analisam, asvarias facetas de questes que esto evidentes em nossa sociedade na busca de soluo. /or&m

    & claro que essa soluo no vir$ de imediato, e sim durante a nossa exist!ncia. O nosso

    planeta vem passando por mutaes constantes sendo considerada pela autora a maior em toda

    a "ist'ria.

    em meio a essa real situao desafiadora, que fica evidente a importncia de se

    observar uma nova direo para a %ducao e o %nsino, & atrav&s desse ponto que novas

    diretrizes sero norteadoras para uma sociedade revitalizada.J$ muitos anos atr$s, tudo que se foi discutido nesta &poca para uma mel"or educao,

    ao longo dos anos esta aumentando de forma interessante, tendo enfoque no campo da

    5(ngua e da (iteratura

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    na infncia que a criana vai construindo uma noo de mundo, e nesta fase que

    pode>se criar indivduos que saibam respeitar as diferenas, que cresam com valores de

    mundo na qual ven"am influenciar em uma sociedade mais tolerante, aonde a aquisio de

    con"ecimento sirva para a evoluo de todos e para o bem de todos, contribuindo para um

    mundo aonde o 5eu estar bem< depende tamb&m do 5outro estar bem

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    Ao realizar a leitura de contos infantis, trar$ para a criana as v$rias maneiras de

    vivenciar a "ist'ria de acordo com o que ocorre com cada personagem, fazendo com que a

    criana perceba o que o autor quer dizer com aquela "ist'ria e percebendo tamb&m a

    caracterstica de cada autor, podendo participar da alegria, da diverso, do entretenimento,

    enfim, das delicias que esta ocasio proporciona.

    #omento este de despertar a imaginao, de apresentar interesse e de ter a resposta as

    mais variadas questes, & repensar coisas que d!em outro sentido para o que o personagem

    viveu na "ist'ria. 0endo uma maneira propcia de desvendar discordncias, as dificuldades, as

    respostas, de questes que as pessoas enfrentam no seu dia>a>dia, de uma forma ou de outra,

    de dificuldades que se deparam, que enfrentam 6ou recusam;, que solucionam 6ou recusam;

    dos integrantes de cada conto 6todos da sua maneira;. 2ada qual recon"ecendo>se em algumpersonagem 6 no instante em que a criana esta incorporando o personagem que ela mais se

    identifica;, proporcionando assim, um esclarecimento claro dos seus pr'prios conflitos e

    buscando um direcionamento para a soluo dos mesmos.

    Atrav&s de escutar a narrao dos fatos, ocorrem 6igualmente; sensaes emotivas

    necess$riasF

    5como a raiva, a irritao, o bem>estar, o medo, a alegria, o pavor, a

    insegurana, a tranqSilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente

    tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve> com toda a amplitude,

    significncia e verdade com que cada uma delas fez 6ou no; brotar.../ois &

    ouvir, sentir e enxergar com os ol"os do imagin$rio\

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    788?, p.BZ;, que no tem a preocupao de oferecer abrang!ncia em con"ecimento de uma

    maneira geral.

    9 2O#O 2OG*AD J)0*[D)A0

    Ao fazer a narrao, independente de qual se4a, tem que ter ci!ncia de que maneira

    fazer. /ois, & onde ocorre pela primeira vez o encontro de outras formas de falar, e est$

    contido nessa experi!ncia, a musicalidade e a locuo do que est$ sendo dito. possvel

    perceber os intervalos regulares e variaes das palavras, transcorrendo facilmente como uma

    cantiga, podendo divertir>se com a sucesso rtmica da poesia, utilizando tamb&m o efeito da

    repetio do som no final de dois ou mais versos, exerccios que envolva os fonemas e a sua

    representao gr$fica. Garrar contos & externar a capacidade de criar, e isso & maravil"oso,

    pois & somente atrav&s dessa m$gica que ocorre a estabilidade mental e emocional, ou se4a, a

    separao do que se ouve do que se sente. 0endo assim, no quer dizer que se4a algo que

    envolva gestos ou entonaes teatrais, somente & a utilizao simplificada da agrad$vel

    sucesso de sons que so emitidas atrav&s narrao.

    %nto, ao fazer uma narrao de um conto na infncia, independente do conto a serlido, no deve ser feito de maneira desleixada, se apropriando de cara do livro que esta bem $

    sua frente, da no discorrer da "ist'ria, deixar transparecer a falta de intimidade com os

    fonemas, ficando parado por no conseguir nomear algum figurante ou algo referido a um

    fato, demonstrando que no soube expressar o que aquele momento quis dizer, dando espaos

    nos momentos inadequados, colocando um ponto aonde a narrao ainda no "avia

    terminado, deixando>se se levar pela falta de con"ecimento da "ist'ria.

    O que torna mais desconfortante para quem ouve, & permanecer "orrorizado com algoque acabou de ler, ficando gago por no imaginar se deparar com palavras obscenas, ou at&

    mesmo, com expresses no con"ecidas, qualquer tipo de fala que cause estran"eza, causando

    constrangimento, desconforto e embarao.

    /or&m esses tipos de acontecimentos no ocorrem somente ao fazer uma leitura,

    acontecem tamb&m com o que aquela narrao realmente quer passar para quem as ouve, o

    envolvimento dos que atuam na "ist'ria, as falsas impresses que podem causar, a informao

    de uma id&ia pr& concebida 6intolerncia;, o conto de uma "ist'ria que no leva a lugar algum,

    que deixa as expectativas num vazio total. Ea a importncia de ter familiaridade com o que

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    se vai ler, de 4$ ter lido antecipadamente, para saber narrar a "ist'ria de forma que prenda a

    ateno do ouvinte e l"e cause uma sensao de prazer e satisfao K...L

    52laro que se pode contar qualquer "ist'ria crianaF comprida, curta, demuito antigamente ou dos dias de "o4e, conto de fadas, de fantasmas,

    realistas, lendas, "ist'rias em formas de poesias ou de prosa...Tualquer uma,

    desde que ela se4a bem con"ecida do contadorK...L.6Abramovic", 788?,p.78;

    /ara causar sensaes e emoes ao o indivduo que ouve uma "ist'ria, antes de mais

    nada, ela tem que estar interiorizada pelo narrador, no importando qual o tipo de "ist'ria que

    ser$ contada e sim a forma de como ela & transmitida, se4a ela interessante ou bonita, por ser

    uma 'tima "ist'ria em si ou por propiciar reflexo sobre algum assunto citado e que pode serabordado de diversas maneiras. 2onforme a autora a pessoa que faz a narrao que 4ulga e que

    seleciona qual a mel"or "ist'ria a ser contada, de maneira que o rumo que vai tomando ser$

    de acordo com o con"ecimento que o narrador tem de cada pequenino, ou o que esto

    vivenciando naquele instante, qual a relao que precisam para assimilar o que 4$ sabem,

    tirando proveito do livro 6tanto o valor textual, quanto como razo aparente para trabal"ar os

    mais variados contextos;.

    B8 2OG0)E%DAX]%0 H)GA)0

    Abordar discusses sobre o estmulo $ leitura na primeira infncia na expectativa da

    formao de futuros leitores para a abertura de uma nova mentalidade, nos possibilitou

    fomentar reflexes e indagaes ao cotidiano. Gotamos com base nas leituras realizadas

    6De+es,78B8M*ussi etal,7889; que atrav&s de pesquisas que foram feitas no campo da

    neurologia, comprovam que na fase intrauterina os beb!s 4$ podem ser estimulados no que diz

    respeito $ leitura.

    Ao colocar diferentes pontos de vista em processo de problematizao, , se4a com qual

    inteno o livro & conduzido a criana pelos educadores,pais e cuidadores, se4a com a relao

    do adulto com o livro notamos o desinteresse que este ob4eto 5livro

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    necess$rio um certo esforo, tanto por parte dos pais, como educadores e

    cuidadores, para que se4a uma realidade futuramente, a formao de leitores, que al&m de

    pensar, serem crticos, possam refletir, questionar, opinar, sobre as mais variadas questes

    existentes em nossa sociedade, indo mais al&m, questes que envolve o mundo num todo. %

    dessa forma cada indivduo pode redimensionar o seu papel social e atuar de forma

    significativa dentro da sociedade.

    5este, (iteratura )nfantil inscreve>se na lin"a de pensamento que, em meio

    crescente complexidade e desumanizao do mundo atual, busca novas

    solues para a reintegrao "armoniosa eu>mundo, que se faz urgente

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    0mit", Hran. (eitura significativa. :. ed. /orto AlegreF Artmed, B999