gêneros literários 3o

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Page 1: Gêneros literários 3o
Page 2: Gêneros literários 3o

Gênero Lírico

Gênero Dramático

Gênero Épico

Gênero Narrativo

Page 3: Gêneros literários 3o

Gênero Lírico

Forte carga subjetiva

Resposta aos anseios humanos

Expressão de sentimentos e expressões pessoais

Associado à música: origens

Page 4: Gêneros literários 3o

UFBA 2009

Page 5: Gêneros literários 3o

TRILHOS URBANOSCaetano Veloso

O melhor o tempo esconde, longe, muito longe

Mas bem dentro aqui, quando o bonde dava a volta ali

No cais de Araújo Pinho, tamarindeirinho

Nunca me esqueci onde o imperador fez xixi

Cana doce Santo Amaro, gosto muito raro

Trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir

Bonde da Trilhos Urbanos vão passando os anos

E eu não te perdi, meu trabalho é te traduzir

Rua da Matriz ao Conde no trole ou no bonde

Tudo é bom de vê, seu Popó do Maculelê

Mas aquela curva aberta, aquela coisa certa

Não dá prá entender o Apolo e o rio Subaé

Pena de Pavão de Krishna, maravilha, vixe Maria

Mãe de Deus, será que esses olhos são meus?

Cinema transcendental, Trilhos Urbanos

Gal cantando o BalancêComo eu sei lembrar de você

Page 6: Gêneros literários 3o

Constituem afirmações verdadeiras sobre o texto:

(01) Em “Trilhos Urbanos”, Caetano Veloso manifesta-se sobre o passado, a partir de modelos que o presente lhe oferece.

(02) Na primeira estrofe, as noções de tempo e lugar se confundem na evocação do poeta.

(04) No verso 3, o “tamarindeirinho” — diminutivo afetivo —aparece no cenário como testemunha de fatos ocorridos no passado.

(08) No verso 12, ao referir-se a “Apolo” e ao “rio Subaé”, o poeta relaciona um monumento da cultura clássica a um patrimônio natural.

(16) Nesse poema-canção, as palavras do poeta demonstram a indissociabilidade do tripé sujeito, história e lugar.

(32) No texto em estudo, os valores da terra são desqualificados pelo enunciador.

(64) Nos versos de Caetano, a pluralidade de sentidos sugerida pela expressão “Trilhos Urbanos” permite ao leitor articular a idéia objetiva de uma empresa de transporte com representações poéticas dos caminhos de uma cidade determinada.

Page 7: Gêneros literários 3o

Constituem afirmações verdadeiras sobre o texto:

(01) Em “Trilhos Urbanos”, Caetano Veloso manifesta-se sobre o passado, a partir de modelos que o presente lhe oferece.

(02) Na primeira estrofe, as noções de tempo e lugar se confundem na evocação do poeta. (tempo/longe, dentro/quando)

(04) No verso 3, o “tamarindeirinho” — diminutivo afetivo —aparece no cenário como testemunha de fatos ocorridos no passado. (passivo)

(08) No verso 12, ao referir-se a “Apolo” e ao “rio Subaé”, o poeta relaciona um monumento da cultura clássica a um patrimônio natural.

(16) Nesse poema-canção, as palavras do poeta demonstram a indissociabilidade do tripé sujeito, história e lugar. (versos 2 e 5)

(32) No texto em estudo, os valores da terra são desqualificados pelo enunciador. (É o inverso)

(64) Nos versos de Caetano, a pluralidade de sentidos sugerida pela expressão “Trilhos Urbanos” permite ao leitor articular a idéia objetiva de uma empresa de transporte com representações poéticas dos caminhos de uma cidade determinada. (verso 7 –artigo “a”)

Page 8: Gêneros literários 3o

Eu te vejo sair por aí

Te avisei que a cidade era um vão

-Dá tua mão

-Olha pra mim

-Não faz assim

-Não vai lá não

Os letreiros a te colorir

Embaraçam a minha visão

Eu te vi suspirar de aflição

E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser

Tua sombra a se multiplicar

Nos teus olhos também posso ver

As vitrines te vendo passar

Na galeria, cada clarão

É como um dia depois de outro dia

Abrindo um salão

Passas em exposição

Passas sem ver teu vigia

Catando a poesia

Que entornas no chão

AS VITRINESChico Buarque de Holanda

Page 9: Gêneros literários 3o

A leitura do poema-canção “As Vitrines” permite afirmar:

(01) A cidade é mostrada como lugar de perigo.(02) O enunciador, na primeira pessoa, dirige-se à mulher

amada, colocando-se como seu protetor.(04) A idéia associada a “vitrines” acentua o aspecto da

mercantilização de seres e objetos na cidade.(08) O temor do sujeito apaixonado diante da possibilidade

de coisificação da mulher amada é percebido no texto.(16) A relação entre os termos “letreiros” (v. 7), “colorir” (v. 7)

e “Embaraçam” (v. 8) expressa o deslumbramento do poeta com o mundo citadino.

(32) Chico Buarque, ao dizer “Passas sem ver teu vigia” (v. 19), se apresenta como um poeta encantado por sua musa, que o ignora.

(64) A repetida referência a “vitrines” reflete o fascínio que elas exercem sobre o poeta.

Page 10: Gêneros literários 3o

A leitura do poema-canção “As Vitrines” permite afirmar:

(01) A cidade é mostrada como lugar de perigo. (1ª estrofe)

(02) O enunciador, na primeira pessoa, dirige-se à mulher amada, colocando-se como seu protetor. (1ª estrofe)

(04) A idéia associada a “vitrines” acentua o aspecto da mercantilização de seres e objetos na cidade. (inferência a partir do signo)

(08) O temor do sujeito apaixonado diante da possibilidade de coisificação da mulher amada é percebido no texto. (versos 14 e 18)

(16) A relação entre os termos “letreiros” (v. 7), “colorir” (v. 7) e “Embaraçam” (v. 8) expressa o deslumbramento do poeta com o mundo citadino.

(32) Chico Buarque, ao dizer “Passas sem ver teu vigia” (v. 19), se apresenta como um poeta encantado por sua musa, que o ignora.

(64) A repetida referência a “vitrines” reflete o fascínio que elas exercem sobre o poeta. (idem 16)

Page 11: Gêneros literários 3o

Gênero Épico

Epopéia

fundo histórico e feitos

heróicos

narrativa em versos

ideais de um povo

construção identitária

Page 12: Gêneros literários 3o

Ilíada e Odisséia(Homero)

Page 13: Gêneros literários 3o
Page 14: Gêneros literários 3o

Epopéias de Imitação

Eneida (Virgílio) - Século I a.C.

Os Lusíadas (Luís de Camões) – Renascimento

Caramuru – Santa Rita Durão

O Uraguai – Basílio da Gama Século XVIII

Page 15: Gêneros literários 3o

Gênero Narrativo (Ficção)

Romance

Novela

Conto

Fábula

Page 16: Gêneros literários 3o

Eduardo E MônicaLegião Urbana

Quem um dia irá dizerQue existe razãoNas coisas feitas pelo coração?E quem irá dizer que não existe razão?Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantarFicou deitado e viu que horas eramEnquanto Mônica tomava um conhaqueNo outro canto da cidade, como elesdisseram...Eduardo e Mônica um dia se encontraramsem querer E conversaram muito mesmopra tentar se conhecer...Um carinha do cursinho do Eduardo quedisse: "Tem uma festa legal, e a gentequer se divertir"Festa estranha, com gente esquisita

"Eu não 'to' legal, não agüento maisbirita“E a Mônica riu, e quis saber um poucoMais sobre o boyzinho que tentavaImpressionarE o Eduardo, meio tonto, só pensava emir pra casa"É quase duas, eu vou me ferrar..."Eduardo e Mônica trocaram telefoneDepois telefonaram e decidiram seEncontrarO Eduardo sugeriu uma lanchonete,Mas a Mônica queria ver o filme doGodardSe encontraram então no parque daCidadeA Mônica de moto e o Eduardo de camelo

Page 17: Gêneros literários 3o

O Eduardo achou estranho, e melhor não

Comentar, mas a menina tinha tinta no

cabelo

Eduardo e Mônica era nada parecidos

Ela era de Leão e ele tinha dezesseis

Ela fazia Medicina e falava alemão

E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus

De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano

e de Rimbaud

E o Eduardo gostava de novela

E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central

Também magia e meditação

E o Eduardo ainda tava no esquema

"escola, cinema clube, televisão".

E mesmo com tudo diferente, veio

mesmo, de repente

Uma vontade de se verE os dois se encontravam todo diaE a vontade crescia, como tinha de ser...Eduardo e Mônica fizeram

natação, fotografiaTeatro, artesanato, e foram viajarA Mônica explicava pro EduardoCoisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo

crescerE decidiu trabalharE ela se formou no mesmo mêsQue ele passou no vestibularE os dois comemoraram juntosE também brigaram juntos, muitas vezes

depoisE todo mundo diz que ele completa elaE vice-versa, que nem feijão com arroz

Page 18: Gêneros literários 3o

Construíram uma casa há uns dois anos atrás

Mais ou menos quando os gêmeos vieram

Batalharam grana, seguraram legal

A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília

E a nossa amizade dá saudade no verão

Só que nessas férias, não vão viajar

Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação

E quem um dia irá dizer

Que existe razão

Nas coisas feitas pelo coração?

E quem irá dizer

Que não existe razão!

Page 19: Gêneros literários 3o

Gênero Dramático Drama: Ação (Grego)

Retrata os conflitos humanos

Ausência de narrador

A história é contada pelas ações e falas

Textos para serem representados

Page 20: Gêneros literários 3o

Tragédia

Comédia

Tragicomédia

Farsa

Page 21: Gêneros literários 3o