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N° 75 Ano 7/2019 2ª Edição CIÊNCIA E SAÚDE www.mundodasespecialidades.com.br Ministério dos Desbravadores Igreja Adventista do Sétimo Dia Primeiro Socorros Básico

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N° 75Ano 7/20192ª Edição

CIÊNCIA E SAÚDE

www.mundodasespecialidades.com.br

Ministério dos DesbravadoresIgreja Adventista do Sétimo Dia

Primeiro SocorrosBásico

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www.mundodasespecialidades.com.br

O QUE VEM POR AÍ /// por Mundo das Especialidades

QUEM ESCREVE

EXPEDIENTE

2ª Edição: Disponível em

www.mundodasespecialidades.com.br

Direção Geral: Pedro Paz

Diagramação e Edição: Khelven Klay de A. Lemos

Coord. de Guias: Marcos Paulo Leitzke

Editoração e Revisão : Aretha Stephanie

Autor: Pedro Paz e Nicolle Simões

MUNDO DAS ESPECIALIDADES Telefones: + 55 (81) 99835-8482

E-mail:[email protected]

Site: www.mundodasespecialidades.com

Facebook:Facebook.com/mundodasespeciali-

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DIREITOS RESERVADOS: A reprodução deste material e de seus textos

ou imagens, seja de forma total ou parcial, é

permitida desde que seja referenciado o Mun-

do das Especialidades e seus autores pela nova

autoria ao fim de seu material. Todos os direitos

reservados para Mundo das Especialidades.

UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA UNIÃO LESTE BRASILEIRAUNIÃO SUL BRASILEIRA

IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES

Abril de 2019

Bom Estudo!

Líder máster avançado de Desbravadores, biólogo, engenheiro de quali-dade e técnico em enfermagem. Atualmente sou secretário da 6ª região da Associação Pernambucana, diretor do Clube de Líderes Guerreiros da Selva e do Mundo das Especialidades. A música corre pelas minhas veias, ela me move. Um apaixonado pela vida e principalmente pelo que existe nos “bastidores” dela, desde as partículas subatômicas até a imensidão

do universo.

Por vocação sou estudante de medicina, mas por um chamado Divino de amor sou líder máster de Desbravadores, líder de Aventureiros e líder de Jovens. Juntamente com Patrick de Andrade conduzo a 10ª região da As-sociação Pernambucana. Acredito que Deus nos presenteia com a alegria plena ao cumprir fielmente o objetivo para o qual fomos criados e esse é

o meu combustível para, com humildade, seguir firme nesse ministério até o céu.

uem nunca se deparou com uma situação na qual seja preciso

agir de forma rápida e segura para a manutenção da vida de

alguém? Os casos podem ser os mais variados e vão de um

simples machucado até, quem sabe, uma parada cardíaca

inesperada. Seja qual for o caso, devemos sempre estar bem

preparados para tomar uma atitude correta até que o serviço

especializado chegue ou para contornar uma situação que

poderia ficar pior. Esperamos que este material lhe ajude a

agir quando for preciso, afinal, nunca se sabe quando vamos

precisar ajudar o nosso próximo ou a você mesmo.

mundodasespecialidades

[email protected]

mundodasespecialidades

Q

PEDRO PAZ

NICOLLE SIMÕES

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01

GUIA DAS ESPECIALIDADESCIÊNCIA E SAÚDE

INTRODUÇÃO

Primeiros socorros são os primeiros cuidados que devem ser prestados quando alguém se machuca ou começa a sentir-se mal. É necessário que todas as pessoas tenham noções de pri-meiros socorros para agir de maneira correta quando presencia-rem algum acidente. Se você se machucar ou não sentir-se bem, deve procurar um adulto e contar-lhe o que está acontecendo.

Partimos do pressuposto de que esse Guia contém informa-ções capazes de orientar o desbravador a atuar em situações de urgência/emergência em eventuais ocorrências dentro de casa, na igreja, na escola e nas atividades do clube. É importante frisar que este Guia sozinho não é capaz de contemplar todos os aci-dentes possíveis. Ele caracteriza-se como uma fonte rápida para consulta de informações, que estará sujeita a frequentes atuali-zações e revisões.

A maioria dos acidentes/incidentes exige uma resposta rápida e condutas corretas, porque isso pode ser decisivo para preser-var a vida das vítimas. Lembre-se: a sua segurança está em pri-

CHOQUES

Existem, quanto à natureza, vários tipos de choque. No entanto, no atendimento do doente, no local do acidente, os primeiros procedimentos são bem parecidos. Lembre-se de que, nos aci-dentes, a causa mais comum de choque é a perda de sangue, que pode ser interna ou externa, e que o tratamento definitivo só pode ser realizado por médicos e no hospital. Como sabemos, o sangue leva os nutrientes e o oxigênio até as células para ma-nutenção da sua vida, por meio de pequenos vasos sanguíneos. Quando, por qualquer motivo, isso deixa de acontecer, as células começam a entrar em sofrimento e se esta condição não for re-vertida à normalidade com rapidez, as células acabam morrendo. É uma condição grave que oferece risco de vida. Doenças neu-rológicas, cardiológicas, infecciosas e perda de sangue podem levar o paciente ao estado de choque.

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02

Os principais tipos de choques são: HIPOVOLÊMICO: caracteriza-se por volume intravascular dimi-nuído, pode ser ocasionado, por exemplo, por uma hemorragia.

Sinais e sintomas: pele fria, pegajosa e taquicardia.

ANAFILÁTICO: é causado por uma reação alérgica extrema a algo, como um medicamento, um alimento, ao latéx ou até mes-mo à picada de insetos.

Sinais e sintomas: evolução rápida, hipotensão, comprometi-mento respiratório, inchaço nos lábios, língua, olhos ou garganta.

CARDIOGÊNICO: ocorre quando a capacidade do coração de bombear o sangue é comprometida. Pode ser causada por um infarto agudo do miocárdio, alteração no nível de consciência, insuficiência cardíaca etc.

SÉPTICO: é uma infecção generalizada que acontece quando bactérias, fungos ou vírus chegam à corrente sanguínea e espa-lham-se por todo o corpo.

NEUROGÊNICO: pode ser causado por lesão ou anestesia espi-nhal ou outra lesão do sistema nervoso.com muito carinho.

Choques

1. Chame uma ambulância, ligando para o nú-mero 192;

2. Observe se a pessoa está consciente e respi-rando. Se a pessoa desmaiar e deixar de respi-rar, será necessário iniciar a massagem cardíaca;

3. Controle possíveis hemorragias externas;

4. Se a pessoa estiver respirando, deite-a e le-vante as suas pernas para facilitar a circulação sanguínea. Se houver risco de fraturas ou lesões espinhais não movimente a vítima;

5. Mantenha a pessoa aquecida, usando cober-tores.

Obstrução da respiração

1. Posicione-se por trás da vítima, envolvendo--a com os braços;

2. Feche uma das mãos, com o punho bem fechado e o polegar por cima, e posicione-a na região superior do abdômen, entre o umbigo e a caixa torácica;

3. Coloque a outra mão sobre o punho fecha-do, agarrando-o firmemente;

4. Puxe com força ambas as mãos para dentro e para cima. Caso essa região seja de difícil aces-so, como pode acontecer em obesos ou gestan-tes nas últimas semanas, uma opção é posicio-nar as mãos sobre o tórax;

5. Repita a manobra por até 5 vezes seguidas, observando se o objeto foi expelido e se a víti-ma respira.

O que fazer?

O que fazer? OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS PORCORPO ESTRANHO (ENGASGO)

Os sinais clássicos da vítima de engasgo são:

1. Tosse (na tentativa de expelir o corpo estranho); 2. Agitação (sensação de morte); 3. Levar as mãos à garganta (a vítima não consegue falar); 4. Dificuldades para respirar;

5. Mudança da cor da pele (cianose/arroxeado).

Se a vítima não for socorrida a tempo, ela poderá evoluir para PCR. Existe um procedimento, chamado Manobra de Heimlich, que qualquer pessoa pode fazer na tentativa de retirar o corpo estranho de uma vítima de engasgo.

Exemplo deManobra de Heimlich

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HEMORRAGIAS

A hemorragia é definida como uma perda de sangue circulante. É classificada de duas formas: interna e externa.

HEMORRAGIAS INTERNAS

Na hemorragia interna, o sangue perdido não é visível. Ela pode acontecer devido a lesões traumáticas de vísceras internas ou grandes vasos. Suspeite desta forma de hemorragia em casos de acidente automobilístico e ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax e abdome.

Recomendações:1. Acalme a vítima e mantenha-a acordada;2. Desaperte as roupas;3. Mantenha a vítima confortavelmente aquecida;

4. Coloque-a em Posição Lateral de Segurança.

HEMORRAGIAS EXTERNAS

A hemorragia externa, visível ao exame primário do paciente, deve ser prontamente controlada pela pressão direta sobre o lo-cal do sangramento em ferimentos superficiais. Nos ferimentos profundos com hemorragia devemos tomar as seguintes medi-das:

Recomendações:1. Deite a vítima;2. Cubra o ferimento com gaze ou pano limpo; 3. Pressione o local com firmeza;

4. Transporte a vítima para o hospital o mais rápido possível.

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03

Essa é uma situação grave que necessita de transporte urgente para o hospital.

Em casos de hemorragia, não dê de comer e/ou beber a vítima.

ATENÇÃO!

ATENÇÃO!

A.

B.

O que fazer quando o bebê engasga?

1. Apoie o bebê no braço com a cabeça para baixo, tendo o cuidado de manter a boca do bebê aberta;

2. Dê cinco batidas com o “calcanhar” da mão nas costas do bebê nas regiões entre as escápulas;

3. Vire o bebê com a barriga para cima, mantendo a inclinação original e a boca aberta, e inicie cinco compressões no osso do peito da criança, logo abaixo da linha imaginária entre os mamilos;

4. Repita esse ciclo até o bebê expelir o que estiver causando seu engasgo.

5. Se nada deu certo, acione imediatamente o SAMU (192) ou os Bombeiros (193)

+ Conhecimento

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04

A.

B.

C.

QUEIMADURAS

Queimadura é uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo por agentes térmicos (calor, frio, eletricidade), produ-tos químicos, radiação ionizante etc.

CLASSIFICAÇÃO:

Podemos dividir a queimadura em graus, de acordo com a pro-fundidade:

Primeiro Grau: Atinge somente a epiderme. Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da área atingida.

Segundo Grau: Atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se por dor local, vermelhidão e formação de bolhas.

Terceiro Grau : Atinge todo o tecido de revestimento, alcançando o tecido gorduroso, ou muscular, podendo chegar até o ósseo. Ca-racteriza-se por pouca dor - devido à destruição das terminações nervosas da sensibilidade - pele escurecida ou esbranquiçada.

Recomendações:

1. Não passe no local atingido nenhum produto ou receita casei-ra. Qualquer substância que seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la e aumenta o risco de contrair infecções;

2. Não passe nenhuma pomada no local atingido;

3. Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura;

4. Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algo-dão, devem ser evitados. O paciente queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda que tenha sido atingida pelo fogo. O ideal é molhar a vestimenta e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar que as bolhas estourem e que a pele seja arrancada;

5. Outro cuidado é retirar acessórios, como pulseiras e anéis, pois o corpo incha naturalmente após uma queimadura e esses obje-tos podem ficar presos;

6. A maioria dos acidentes que provocam queimaduras ocorre na cozinha. As crianças menores de 4 anos são as mais atingidas;

7. No período de festas juninas, com as fogueiras, fogos e balões, há um aumento de 20% no número de queimados.

epidermedermehipoderme

Queimaduras

1. O primeiro cuidado é extinguir a fonte de calor, ou seja, impedir que permaneça o conta-to do corpo com o fogo, líquidos e superfícies aquecidas, entre outras causas do acidente;

2. Em seguida, procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, de preferência por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada;

3. Também é importante buscar o auxílio de um profissional de saúde no posto de atendi-mento mais próximo do local do acidente para que sejam tomadas as providências necessárias para o sucesso da recuperação e também para evitar o agravamento da lesão.

O que fazer?

Queimaduras químicas

As queimaduras químicas são aquelas causadas quando alvejantes, ácidos ou outras substân-cias químicas corrosivas entram em contato com a pele. Quase todos estes acidentes só pro-duzem queimaduras de primeiro grau.

1. Enxágue a pele por pelo menos 20 minutos em água corrente;

2. Remova a roupa contaminada e evite que o produto químico se espalhe por outras áreas;

3. Se os olhos forem afetados, enxágue em água corrente até que chegue ajuda médica. Re-mova lentes de contato imediatamente;

4. Não aplique óleos ou cremes na queimadu-ra.

O que fazer?

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ACIDENTES COM ANIMAIS

SERPENTES E ARANHAS:

Após um acidente com serpentes ou aranhas pouca coisa deve ser feita até chegar ao hospital.

Recomendações:

1. Tranquilize a vítima até a chegada ao hospital mais próximo;

2.O local da picada pode ser lavado com água e sabão;

3. Evite que a pessoa ande ou corra;

4.Se possível tente identificar a serpente ou aranha (cuidado para não causar um novo acidente);

5.Não faça uso de torniquetes (garrotes), incisões e não passe substâncias (folhas, pó de café, couro da cobra, outras) no local da picada.

INSETOS (abelhas, marimbondos, formigas, lagartas)

Normalmente a dor, o eritema, o edema, adenopatia, febre e ce-faleia que aparecem com a picada desaparecem após 24 horas. Em caso de acidente provocado por múltiplas picadas de abe-lhas, é necessário levar a vítima rapidamente ao hospital, junto com alguns dos insetos que provocaram o acidente. Acidentes com abelhas podem ser muito perigosos, sobretudo em pessoas alérgicas.Em acidentes com lagartas, é importante levar a tatu-rana (largata-de-fogo) para identificação da espécie. Isso ajuda a distinguir a Lonomia das outras lagartas, pois neste caso, pode ser necessário o uso de soro para neutralizar o efeito da peçonha. Não são considerados de importância médica acidentes com la-craias e centopeias, pois os acidentes são benignos. A lacraia, quando pica, causa dor e vermelhidão local, sem outras reper-cussões. Já a centopeia ou piolho-de-cobra, ao ser esmagada, solta uma tinta que mancha a pele (arroxeada), mas não provoca inflamação na região.

O único tratamento eficaz para o acidente por serpente são os so-ros específicos para cada tipo de serpente. Acidentes com aranhas nem sempre requerem aplicação de soro.

ATENÇÃO!

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ESCORPIÕES

O escorpionismo divide-se em benigno e grave. Será benigno um acidente que após duas horas não apresentar desordens respira-tórias (falta de ar progressiva), desordens cardíacas (aceleração dos batimentos cardíacos), náuseas e vômitos. No grave, além dos sintomas acima, teremos também dor violenta e convulsões. No adulto raramente vai produzir problemas. São medidas im-portantes aplicar compressa morna no local, tomar analgésicos comuns para alívio da dor, permanecer em repouso e procurar assistência médica, levando consigo, sempre que possível, o ani-mal que o atacou.

TRATAMENTO PARA MORDIDA DE ANIMAIS

A ferida deve ser bem lavada com água e sabão, deixando que a água escorra por alguns minutos sobre o ferimento. O sabão deve ser totalmente removido após a lavagem. Irrigar abundantemen-te com soro fisiológico. O membro afetado deverá ser imobiliza-do e elevado.

A conduta correta nos casos de mordidas de animais é encami-nhar a vítima para um serviço de saúde para receber a orientação específica, pois deve-se avaliar qual a espécie animal envolvida, as circunstâncias da mordida, o status imunológico do animal e o histórico de zoonoses, principalmente raiva, na região. Entre as vítimas que são socorridas nas primeiras oito horas frequente-mente não há risco de infecção, desde que o atendimento inicial seja adequado.

As vítimas de acidentes com animais peçonhentos podem ser levadas ao hospital mais próximo da sua residên-cia. Para saber quais são os centros de referência no seu Estado, consulte a página

encurtador.com.br/gtIMS

ATENÇÃO!

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Raiva

É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); que não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus donos e que não circulem em áreas com presença de morcegos. Em caso de dúvida, inicie o esquema de profilaxia indicado.

Nas agressões por morcegos, deve-se indicar a soro-vacinação independentemen-te da gravidade da lesão ou indicar conduta de reexposição. Apenas os mamíferos transmitem e são acometidos pelo vírus da raiva. No Brasil, caninos e felinos consti-tuem as principais fontes de infecção nas áreas urbanas.

Os morcegos são os responsáveis pela manutenção da cadeia silvestre, entretanto, outros mamíferos, como canídeos silvestres (raposas e cachorro do mato), felídeos silvestres (gatos do mato), outros carnívoros silvestres (jaritatacas, mão pelada), marsupiais (gambás e saruês) e primatas (saguis) também apresentam importância nos ciclos da raiva. Na zona rural, a doença afeta animais de produção, como bovi-nos, equinos e outros.

+ Conhecimento

INCÊNDIOS

Uma das principais ocorrências de acidentes domésticos são os incêndios. Eles ocorrem por diversas causas e podem destruir boa parte dos bens materiais que estão dentro da residência e a própria estrutura física dela, tornando a permanência na casa bastante perigosa. Uma complicação de incêndios é que eles causam uma reação em cadeia que pode alastrar o fogo pela casa inteira, destruindo o que estiver pela frente. A melhor ma-neira de prevenir um incêndio em casa é tomar cuidado com al-gumas coisas simples. Confira algumas dicas para evitar um in-cêndio no seu lar:

Recomendações:

1. Uma das principais causas de incêndios em casas é a sobrecar-ga na instalação elétrica. Caso a corrente elétrica esteja acima do que é suportado pela fiação, os fios irão superaquecer, dando início a um incêndio. Portanto, evite as famosas “gambiarras”.

2. Cuidado com velas. Elas são queridinhas da decoração e po-dem ficar ótimas na sua varanda ou sala de estar, mas podem causar grandes danos. Quando acender uma vela, deixe-a longe de materiais que possam pegar fogo e em um suporte indicado para ela.

3. Se possível, armazene o botijão de gás do lado de fora da resi-dência, assim, caso aconteça um vazamento, a chance de come-çar um incêndio é menor.

4. Se existem fumantes em casa, dê um fim adequado às bitucas. Um cigarro mal apagado em um lixo com papéis, por exemplo, pode iniciar um grande incêndio.

Uma boa dica contra incêndios é não deixar tapetes e cortinas compridas perto de fios elétricos. Pode ser que aconteça um curto com os fios e se houver materiais inflamáveis perto, como cortinas e tapetes, o incêndio pode alastrar-se com mais facilidade e velocidade.

ATENÇÃO!

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ENVENENAMENTOS, INTOXICAÇÕES E INFECÇÕES

O envenenamento é o efeito produzido no organismo por um ve-neno, quer este seja introduzido por via digestiva, por via respi-ratória ou pela pele.

ENVENAMENTO POR PRODUTOS ALIMENTARES

Arrepios e transpiração abundante, dores abdominais, náuseas e vómitos, diarreia, vertigens, prostração, síncope, agitação e de-lírio.

ENVENAMENTO POR MEDICAMENTOS

Depende do medicamento ingerido: pode-se observar vômitos, dificuldade respiratória, perda de consciência, sonolência, con-fusão mental etc.

Recomendações para ambas as situações:

1. Interrogar a vítima no sentido de tentar obter o maior número possível de informações sobre o envenenamento.

2. Pedir imediatamente orientações para o Centro de Informação de Intoxicação do seu estado.Indicar o produto ingerido, a quan-tidade provável, a hora em que foi ingerido e a hora da última re-feição.

3. Manter a vítima confortavelmente aquecida.

ENVENAMENTO POR PRODUTOS TÓXICOS

Constituem importantes sinais a informação da vítima ou de al-guém indicando contato com o veneno ou a presença perto da vítima de algum recipiente que possa ter contido ou contenha veneno. Os sintomas variam com a natureza do produto ingerido e podem ser: vômitos e diarreia, espuma na boca, face, lábios e unhas azuladas, dificuldade respiratória, queimaduras em volta da boca (produtos corrosivos), delírio e convulsões e perda de consciência.

Produtos tóxicos

1.Se a vítima estiver consciente, interrogá-la no sentido de tentar obter o maior número pos-sível de informações sobre o envenenamento.

2. Pedir imediatamente orientações para o Centro de Informação de Intoxicações do seu estado.

3. Em caso de ingestão de álcool, e apenas nes-te caso, dar uma bebida açucarada.

4. Em caso de queimaduras nos lábios, molhá--los suavemente com água, sem deixar engolir.

NÃO FAZER!

1.Dar de beber à vítima, pois isto pode favore-cer a absorção de alguns venenos.

2. Provocar o vômito caso a vítima tenha inge-rido um cáustico, um detergente ou um solven-te.

O que fazer?

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INTOXICAÇÃO PELA INALAÇÃO DE EXCESSO DE MONÓCIDO DE CARBONO

O monóxido de carbono (CO) é um gás liberado em condições de combustão em ambientes com pouco oxigênio ou também na combustão de carvão e derivados do petróleo (gasolina e diesel, por exemplo).

O CO é um gás bastante presente no dia a dia da população e, por não ter odor e cor, torna-se extremamente perigoso. O CO é encontrado, por exemplo, na fumaça de cigarro e no produto de combustão gerado por automóveis.

Inspiramos monóxido de carbono diariamente, mesmo sem nos dar conta. O problema está em inalar grandes concentrações da substância. Neste caso, o organismo fica intoxicado, o que traz diversas consequências. Além da asfixia, a inalação de CO pode levar uma pessoa a sentir os seguintes sintomas: dor de cabeça, respiração acelerada, náusea, vômito, vertigens e desmaios.

Em incêndios, principalmente em ambientes fechados, a con-centração de monóxido de carbono fica muito alta, podendo levar à asfixia das pessoas que inalarem a fumaça por muito tempo.

Recomendações :

1. Remova a vítima do ambiente poluído por gases;

2. Em caso de parada respiratória, realize a respiração artificial;

3. Encaminhe a vítima ao serviço médico.

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

O risco de intoxicação alimentar pode ser baixo caso sejam cum-pridas as dicas sobre higiene a seguir.

Recomendações :

1. Coloque alimentos frios no refrigerador ou congelador assim que chegar das compras;

2. A carne deve ser devidamente descongelada e cozida para ma-tar bactérias nocivas;

3. Utilize duas tábuas de corte diferentes: uma para alimentos crus e outra para alimentos prontos para consumo;

4. Não deixe os alimentos ao ar por mais de duas horas ou, num dia de calor, por mais de uma hora, e coloque os restos de ali-mentos cozidos no refrigerador assim que esfriarem;

5. Lave as mãos antes de manusear ou tocar em alimentos.

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INFECÇÕES

A pele humana normal é colonizada por milhões de bactérias e fungos, espalhados por diferentes áreas do corpo (couro cabelu-do, trato respiratório, axila, trato gastrointestinal, mãos e ante-braço) sem causar nenhum dano à saúde. Por exemplo: milhões de bactérias no intestino ajudam a digerir a comida, mas podem tornar-se perigosas ao invadir a corrente sanguínea.

Quando ocorre uma diminuição nas defesas do organismo, os micro-organismos patogênicos (bactérias, vírus, fungos ou pro-tozoários) invadem e penetram o corpo, reproduzindo-se e cau-sando o que é chamado de “doença infecciosa”.

Sendo as mãos um possível reservatório de micro-organismos que podem causar infecções, devemos adotar a higienização das mãos como importante aliada na rotina diária. A higienização das mãos é uma das medidas mais importantes na prevenção e con-trole das infecções. É uma ação simples, rápida e de baixo custo.

Todos devem conhecer e se conscientizar da importância da higienização das mãos no cotidiano para a prevenção de infec-ções. As mãos podem ser higienizadas com água e sabão ou com solução alcoólica (por exemplo: álcool gel) quando estiverem limpas. O importante é friccionar todas as superfícies das mãos (palmas, dorso, dedos e dedão, ponta dos dedos e punhos).

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TRAUMAS

FERIMENTOS NA CABEÇA

Uma lesão na cabeça pode ter uma das seguintes origens ou uma combinação delas: um corte ou equimose do couro cabeludo; uma fratura do crânio com lesão do cérebro e/ou dos vasos san-guíneos do couro cabeludo, do crânio e do cérebro. Normalmente, as fraturas graves do crânio e as lesões no cérebro ocorrem em conjunto. Contudo, é possível lesionar gravemente o cérebro sem fraturar o crânio.

Uma lesão na cabeça com ferimento no couro cabeludo é fácil de identificar, mas se não há ferimento no couro cabeludo é mais difícil de reconhecer. Deve-se suspeitar de uma lesão na cabeça e atuar em conformidade se a pessoa:

1. Está ou esteve recentemente inconsciente.

2. Tem sangue ou outro fluido escorrendo do nariz ou dos ouvidos.

3. Tem o pulso lento.

4. Tem dor de cabeça.

5. Está com náuseas ou vomitando.

6. Teve uma convulsão.

7. Está respirando lentamente.

FERIMENTOS INTERNOS

Em acidentes que envolvem pressão em determinado local do corpo ou movimento corporal brusco, como quedas e acidentes automobilísticos, o ferimento não necessariamente rompe a bar-reira da pele, mas pode causar deslocamento de tecidos moles internos com grande chance de importantes hemorragias inter-nas. Portanto, a hemorragia é resultante de um ferimento profun-do com lesão de órgãos internos. O sangue não aparece.

A vitima apresenta: Pulso fraco, pele fria, suores abundantes, palidez intensa, mucosas sem cor, tonturas, podendo estar in-consciente (estado de choque). Mantenha o paciente deitado – cabeça mais baixa que o corpo – exceto quando houver suspeita de fratura do crânio ou de derrame cerebral. Nesses caso, a cabe-ça deve ser mantida imobilizada.

Precauções

1.Deixe como estiver qualquer derrame de massa encefálica e aplique uma compressa este-rilizada. Além disto, não remova nem mexa em qualquer corpo estranho que possa estar no fe-rimento. O acidentado deve ser deitado de ma-neira que a cabeça fique mais alta que o corpo.

2. Se vítima apresenta olhos inchados, com equimoses ao redor dos olhos e ouvidos, ou sangramento ou secreção em ouvidos e nariz, a suspeita é de um trauma do crânio, logo a viti-ma não deve ser locomovida. Mantenha a colu-na e cabeça imobilizadas, pois há risco de haver fratura na base do crânio e de causar lesões irre-versíveis no sistema neurológico, como paraple-gia e hemorragias intracranianas graves.

O que fazer?

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DESIDRATAÇÃO E INSOLAÇÃO

INSOLAÇÃO

É causada pela ação direta e prolongada dos raios de sol sobre o indivíduo. É uma emergência médica caracterizada pela perda súbita de consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do organismo. Este tipo de incidente afeta ge-ralmente as pessoas que trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que sofrem exposição demorada e direta aos raios solares.

Em casos muito graves de insolação pode haver lesões gene-ralizadas nos tecidos do organismo, principalmente nos tecidos nervosos; morbidade e morte podem ocorrer como resultado de destruição das funções renal, hepática, cardiovascular e cere-bral.

Sintomas:

Dor de cabeça, tonturas, pele quente e seca, pulso rápido, tempe-ratura elevada, confusão, palidez, respiração rápida e difícil.

Recomendações :

1. Baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente.

2. Remover o acidentado para um local fresco, à sombra e venti-lado.

3. Remover o máximo de peças de roupa do acidentado.

4. Se estiver consciente, deverá ser mantido em repouso e recos-tado (cabeça elevada).

DESIDRATAÇÃO

O corpo é capaz de monitorar automaticamente a quantidade de água de que necessita e providenciar a conservação do nível ótimo de hidratação, seja pelo mecanismo da sede, que leva à ingestão de água, seja pela ação dos hormônios antidiuréticos, que limitam a quantidade de água perdida através da urina. Entre o nascimento e os dois anos de idade, o percentual de água no corpo humano varia de 75 a 80%; entre os 20 e 40 anos é de cerca de 60% e daí em diante o corpo continua se “desidratando” pro-gressivamente.

Causas:

Diarreia, vômitos, pouca ingestão de água, medicações que esti-mulam a formação de mais urina, febre excessiva.

Sintomas:

Além da constatação da ingestão insuficiente ou da perda ele-vada de líquidos, certos sinais são indicadores de desidratação, como secura da boca e das mucosas, perda da hidratação da pele, secura nos olhos, aumento da temperatura corporal, perda de elasticidade da pele, afundamento das fontanelas em bebês etc.

Em caso de insolação

1.Pode-se oferecer bastante água fria ou ge-lada ou qualquer líquido não alcoólico para ser bebido.

2. Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas. Tão logo seja possível, o acidentado deverá ser imerso em banho frio ou envolto em panos ou roupas encharcadas.

Em caso de desidratação

1.Em situações especiais, quando já há desidra-tação acentuada ou a possibilidade dela, deve ser iniciada a reposição de líquidos e sais mine-rais por meio de soro caseiro ou diretamente pela veia em hospitais.

1 colher dechá de sal

1 colher desopa de açucar bem cheia

1 L de Água

O que fazer?

O que fazer?

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PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA

MAR

1. Observe as bandeiras ou consulte os salva-vidas sobre as con-dições do mar. Cores identificam a situação nas águas:

Bandeira vermelha : Mar impróprio para banho;

Bandeira amarela: Banho com restrições, muitos buracos e re-puxo;

Bandeira verde: Sem riscos, mas com cuidado.

2. Tome banho perto das guaritas dos salva-vidas e informe-se sobre o horário em que em eles estão nas guaritas.

3. Não adentre mais de 50 metros no mar (água na altura do pei-to). O ideal é que a água fique pela cintura.

4. Entre em dupla no mar.

5. Não nade contra a correnteza caso seja arrastado. Para esca-par, mova-se lateralmente.

6. Não mergulhe em locais de grande profundidade sem equipa-mento adequado.

RIOS E LAGOAS

1. Evite brincadeiras, como simular afogamentos ou forçar a ca-beça de um amigo para dentro da água.

2. Oriente as crianças sobre os perigos e não deixe-as entrar na água sozinhas.

3. Antes de se banhar, informe-se sobre a correnteza e a profun-didade do local.

4. Mesmo sabendo nadar, evite tomar banho em canais. Nade apenas onde dá pé. Siga as placas de orientação sobre os peri-gos dos balneários. Evite banhos em períodos de enchente ou em zonas de correnteza. Para não ficar preso em obstáculos do rio, use roupas leves.

5. Fique atento à profundidade e à correnteza e também a pedras e galhos. Não se afaste da margem se não souber nadar e evite atravessar de uma margem à outra.

PISCINAS

1. Quando a piscina estiver fora de uso, cubra-a com uma tela ou uma lona. Isso evita acidentes com crianças.

2. Objetos como boias e brinquedos não devem ser deixados den-tro ou na beira da piscina, pois chamam a atenção das crianças e podem ser armadilhas fatais.

3. No caso de crianças pequenas, use sempre flutuadores. Evite correr e pular em volta da piscina, pois geralmente a borda da piscina fica molhada e escorregadia.

4. A piscina deve ser limpa com frequência para evitar bactérias e insetos que possam transmitir doenças. Se a piscina for em um clube, faça o exame periódico exigido.

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Salvamento de afogados

1.Tome cuidado ao se aproximar de alguém que está se afogando. A pessoa está em pânico e se agarra à primeira coisa concreta que aparecer, por isso, muitos casos de afogamento acontecem em sequência: uma pessoa tenta ajudar a outra e ambas acabam se afogando. Quando houver salva-vidas, chame-o imediatamente E deixe ele se encarregue do caso, já que foi treinado para isso.

2. Se não houver salva-vidas, jogue qualquer tipo de material flutuante para a pes-soa que está se afogando. Pode ser uma prancha ou uma boia, mas vale também pedaços de isopor (como tampas ou caixas), bolas ou mesmo garrafas plásticas de refrigerante. Esses objetos ajudam a pessoa a se manter acima da superfície da água até ser resgatada.

3. Se a pessoa estiver próxima, lance uma corda ou estique um galho, segurando uma das extremidades. Quando ela agarrar a outra, puxe-a para fora. Os primeiros socorros para reanimar o afogado são massagem cardíaca e respiração boca a boca.

+ Conhecimento

ELETRICIDADE

Diariamente acontecem dezenas de pequenos acidentes com choques elétricos em várias residências pelo Brasil. Estes aci-dentes do cotidiano muitas vezes são menosprezados, mas po-dem ser muito graves.

1. Contrate um profissional capacitado para que planeje sua ins-talação elétrica e realize-a de forma adequada;

2. Ao plugar equipamentos elétricos nas tomadas, averigue an-tes se estão desligados;

3. Verifique se a tensão do equipamento é compatível com a ten-são da tomada;

4. Confira se a potência do equipamento é adequada para as to-madas às quais será ligado;

5. Para trocar a temperatura do chuveiro é necessário desligá-lo antes;

6. Qualquer troca de lâmpada deve ser feita com circuitos desli-gados (desligue o disjuntor);

7. Sempre que trabalhar com água dentro de casa, assegure-se de não molhar as tomadas;

8. Nunca toque em plugues ou tomadas com mãos e pés molha-dos;

9. Não manuseie equipamentos elétricos quando estiver descal-ço.

Acidentes elétricos

1.Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima;

2. Afaste a pessoa da fonte elétrica que esta-va provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como madeira, plástico, pa-nos grossos ou borracha;

1.Chame socorro, ligue 192 ou 193;

Observe se a pessoa está consciente e respiran-do:

consciente: acalme a vítima até a chegada da equipe médica;

inconsciente mas respirando: deite-a de lado, colocando-a em posição lateral de segurança.

inconsciente e não respirando: inicie a massa-gem cardíaca e a respiração boca a boca.

O que fazer?

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MALETA DE PRIMEIRO SOCORROS

É sempre bom fazer aquela atividade na mata ou em algum bos-que com seu clube ou unidade. Para isso, é importante respei-tar as regras de segurança, mas outra coisa muito importante e fundamental para fazer esse tipo de atividade é levar um kit de primeiros socorros individual, e acredite, isso pode salvar a sua vida!

1. Escolha uma pequena bolsa ou maleta.

2. Medicamentos: Antitérmico, ex: paracetamol. Analgésico, ex: dipirona. Anti-inflamatório, ex: Ibuprofeno. Anti-histamínico, ex: Polaramine.

Antiemético, ex: Dramin.

3. Colírio neutro ou antialérgico;

4. Pomada para queimaduras e picadas de insetos;

5. Repelente;

6. Luvas de procedimento;

7. Gaze esterilizada;

8. Algodão

9. Termômetro

10. Esparadrapo e band-aid;

11. Tala para imobilização em EVA;

12. Solução antisséptica, ex: Povidine;

13. Tesoura

14. Pinça

CONCLUSÃO

Algumas crianças e adolescentes sofrem acidentes porque a co-munidade em que vivem não lhes propicia um entorno protetor. Dois fatores do chamado macroambiente são decisivos para a proteção dos indivíduos: uma legislação efetiva voltada para a segurança e o envolvimento ativo e amplo de toda a comunidade em ações de controle de acidentes e da violência.

No ambiente que envolve o clube de Desbravadores, diferen-tes tipos de acidentes podem ocorrer de acordo com a idade e estágio de desenvolvimento físico e psíquico das crianças e ado-lescentes. Sabe-se que eles demonstram interesse em explorar situações novas, para as quais nem sempre estão preparados, o que facilita a ocorrência de situações que exijam o uso adequa-do dos primeiros socorros. Torna-se, portanto, muito importante o conhecimento dos acidentes mais frequentes em cada faixa etária e situação para o direcionamento das medidas a serem adotadas para sua prevenção. Afinal, o custo do cuidado sempre é bem menor que o do reparo, lembre-se disso!

Enquanto coloca os materiais no in-terior do recipiente, é aconselhado fazer uma lista com a quantidade e a data de validade de cada item.

ATENÇÃO!

Referências

http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/ http://bvsms.saude.gov.br/ http://www.chedv.min-saude.pt/http://sbqueimaduras.org.br/queimaduras-con-ceito-e-causas/primeiros-socorros-e-cuidados/http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/per-fil/cidadao/temas-de-saude/animais_peconhen-tos.pdfhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fu-nasa/manu_peconhentos.pdf http://www.anvisa.govhttp://www.mundodasespecialidades.com.br/kit-de-primeiros-socorros-individual/