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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ USJ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ANDRIA FREITAS LOPES ANÁLISE DA VIABILIDADE DE ABERTURA DA EMPRESA LA PÂTISSERIE CONFEITARIA FINA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS São José 2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ANDRIA FREITAS LOPES

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE ABERTURA DA EMPRESA LA PÂTISSERIE –

CONFEITARIA FINA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS POR MEIO DA

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS

São José

2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ANDRIA FREITAS LOPES

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE ABERTURA DA EMPRESA LA PÂTISSERIE –

CONFEITARIA FINA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS POR MEIO DA

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS

Trabalho de conclusão de estágio elaborado para a disciplina de Estágio II do Curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ. Orientador: Prof. MSc. Débora Raquel Neuenfeld.

São José

2015

ANDRIA FREITAS LOPES

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE ABERTURA DA EMPRESA LA PÂTISSERIE –

CONFEITARIA FINA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS POR MEIO DA

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS

Trabalho de Conclusão de Estágio elaborado como requisito parcial para obtenção do

grau de bacharel em Administração do Centro Universitário Municipal de São José –

USJ avaliado pela seguinte banca examinadora:

Orientador: Prof.ª. Débora Raquel Neuenfeld, Mestre.

Prof.ª. Renata Silva, Mestre.

Prof. Juarez Perfeito, Doutor.

São José, 08 de dezembro de 2015.

Dedico este trabalho aos meus pais, Neiva e Cláudio, aos meus

irmãos Anderson e Andrey, à minha avó Catarina e ao meu

namorado Kaio, que sempre se fizeram presentes e que apesar

das dificuldades entenderam, apoiaram e acreditaram no meu

potencial.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e capacidade para

alcançar todos os meus objetivos.

Aos meus pais, que mesmo nos momentos de dificuldade, sempre me

apoiaram até o fim. Aos meus irmãos, pela paciência nos momentos de desabafo e

estresse, em especial ao meu irmão mais velho, Anderson Renê, que me apresentou

ao USJ e que de alguma forma influenciou positivamente na escolha da minha

profissão. À minha avó querida, Catarina, que me acolheu desde sempre e me

socorreu nos momentos de dificuldade. Ao meu tio Carlos Roberto e à minha tia

Vanusa, pelos conselhos e carinhos ao longo desta caminhada.

Um agradecimento especial ao meu amigo e companheiro de vida, Kaio Baixo,

que se mostrou um ótimo cúmplice nessa trajetória. Agradeço imensamente pelo

carinho, preocupação, puxões de orelha e auxílio durante todo o tempo. Não poderia

deixar de agradecer à minha futura sogra e cunhado, por aguentarem em sua casa

minha presença e bagunça com livros, computador e anotações durante o último ano.

Aos meus queridos amigos por todo o apoio despendido. À minha amiga, futura

sócia e grande conquista desses anos, Amanda Andrade, pela amizade verdadeira,

companheirismo, carinho e por ser o equilíbrio da nossa relação. Ao meu grande

amigo, Claodir Junior, pela paciência e ensinamentos durante toda a faculdade e

principalmente neste final de semestre. Aos meus futuros padrinhos e grandes

amigos, Mathias Castro e Lilian Jacques, pela parceria de sempre e pelo auxílio nesta

jornada. Aos meus amigos do coração, Rafael Beccari e Izadora de Souza, pela

amizade e atenção em todas as horas. Aos meus futuros colegas de profissão e

amigos que sempre lembrarei Elyza Carolinne, Karla Ferreira, Camila Constante,

Nathália Junckes e Brenda de Souza. A todos os outros amigos, que participaram de

alguma forma de minha formação, Luiz Gustavo, Denise Benedetti, Heloísa Zorzi,

Lucas Flores e equipe DM pelo auxílio e apoio desde sempre.

E por fim, um agradecimento especial a todos os professores que fizeram parte

da minha formação e fizeram eu me apaixonar por esta profissão, em especial à minha

orientadora, Débora Raquel, por toda a atenção e conhecimento agregado.

Live your dreams...

Autor Desconhecido

RESUMO

A elaboração do presente estudo teve como objetivo principal analisar a viabilidade de abertura da empresa La Pâtisserie – Confeitaria Fina na cidade de Florianópolis. Para o desenvolvimento deste, elaborou-se uma pesquisa bibliográfica que abordou temas relevantes no decorrer do estudo. Para o alcance do objetivo principal, se fez necessária a utilização dos procedimentos metodológicos. Assim sendo, a pesquisa é de natureza aplicada, com abordagem quantitativa e qualitativa. Em relação aos objetivos, a pesquisa é descritiva e exploratória e referente ao método classifica-se como de levantamento e observação sistemática. Os procedimentos técnicos utilizados foram o da pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. No atingimento do objetivo da pesquisa, utilizou-se o plano de negócios embasado na fundamentação teórica. A partir desta ferramenta, foi possível analisar o setor, realizar a pesquisa de mercado e a análise do ambiente interno e externo. Após a coleta de dados, elaborou-se a análise estratégica da empresa, considerando os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros. Os dados coletados possibilitaram a confecção do plano financeiro, onde conheceu-se os custos e despesas do estabelecimento, fornecendo subsídios suficientes para as análises financeiras do negócio. No tratamento dos dados financeiros utilizou-se a calculadora HP 12C e o programa Microsoft Office Excel 2010 para a elaboração das tabelas de análise. Por meio das ferramentas financeiras, concluiu-se que a implantação da confeitaria La Pâtisserie é viável e atrativa, econômica e financeiramente, nos cenários realista, otimista e pessimista, considerando uma variação de 12%, para mais ou para menos, em relação ao cenário realista, de acordo com a média de crescimento do mercado. No cenário realista o empreendimento mostrou-se viável, com VPL de R$529.328,31, payback de 1 ano, 6 meses e 17 dias e uma TIR de 78% ao ano. No cenário otimista, as projeções mantiveram o mesmo comportamento, apresentando-se viável com VPL de R$714.207,88, payback de 1 ano, 3 meses e 25 dias com uma TIR de 95% ao ano. Mesmo no cenário pessimista o empreendimento mostrou-se viável, com VPL de R$349.517,18, payback de 1 ano, 10 meses e 27 dias e a TIR de 60% ao ano. Por fim, foram descritos os aspectos jurídicos pertinentes ao tipo de negócio e apresentou-se o cronograma a ser utilizado para implantação do negócio. Após a análise por meio da elaboração de um plano de negócios, verificou-se que a abertura da confeitaria La Pâtisserie na cidade de Florianópolis é viável e atrativa. Palavras-chave: Plano de negócio. Viabilidade. Confeitaria.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vantagens e desvantagens do empreendedorismo ................................... 27

Figura 2: Processo de planejamento estratégico do negócio .................................... 45

Figura 3: Matriz SWOT .............................................................................................. 48

Figura 4: Uma cadeia de suprimentos ....................................................................... 64

Figura 5: Ambiente interno (salão) ............................................................................ 87

Figura 6: Ambiente interno (atendimento) ................................................................. 88

Figura 7: Logomarca da confeitaria La Pâtisserie ..................................................... 90

Figura 8: Organograma ........................................................................................... 121

Figura 9: Planta humanizada................................................................................... 126

Figura 10: Macro processo ...................................................................................... 128

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Gênero dos entrevistados ......................................................................... 94

Gráfico 2: Faixa etária dos entrevistados .................................................................. 94

Gráfico 3: Estado civil dos entrevistados ................................................................... 95

Gráfico 4: Nível de escolaridade dos entrevistados .................................................. 95

Gráfico 5: Renda dos entrevistados .......................................................................... 96

Gráfico 6: Moradia dos entrevistados ........................................................................ 96

Gráfico 7: Cidade em que os entrevistados residem ................................................. 97

Gráfico 8: Por que os entrevistados transitam na região? ......................................... 97

Gráfico 9: Profissão dos entrevistados ...................................................................... 98

Gráfico 10: Localização de preferência dos entrevistados ........................................ 99

Gráfico 11: Frequência de alimentação dos entrevistados na região ........................ 99

Gráfico 12: Importância de abertura pelos entrevistados ........................................ 100

Gráfico 13: Itens mais importantes para os entrevistados ....................................... 100

Gráfico 14: Forma de pagamento mais importante para os entrevistados .............. 101

Gráfico 15: Frequência dos entrevistados nos concorrentes .................................. 102

Gráfico 16: Satisfação dos entrevistados com os concorrentes .............................. 102

Gráfico 17: Produto mais pedido pelos entrevistados ............................................. 103

Gráfico 18: Interesse de abertura aos domingos e feriados pelos entrevistados ... 103

Gráfico 19: Propaganda mais atraente para os entrevistados ................................ 104

Gráfico 20: Interesse dos entrevistados em participar de promoções e eventos .... 105

Gráfico 21: Promoção que os entrevistados participariam ...................................... 105

Gráfico 22: Interesse em encomendas pelos entrevistados .................................... 106

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: As principais teorias administrativas e seus principais enfoques ............. 21

Quadro 2: Principais funções ou processos da administração .................................. 25

Quadro 3: Diferenças entre o empreendedorismo corporativo e o de start-up .......... 28

Quadro 4: Exemplo de projeção de vendas de sapatos ............................................ 71

Quadro 5: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício ........................... 77

Quadro 6: Modelo de fluxo de caixa pelo método direto ........................................... 78

Quadro 7: Objetivos, metas e estratégias ............................................................... 108

Quadro 8: Principais fornecedores .......................................................................... 111

Quadro 9: Análise SWOT ........................................................................................ 113

Quadro 10: Cardápio de bebidas ............................................................................ 116

Quadro 11: Valor aproximado do m² ....................................................................... 117

Quadro 12: Plano de divulgação ............................................................................. 118

Quadro 13: Plano de promoção .............................................................................. 119

Quadro 14: Estrutura funcional ................................................................................ 120

Quadro 15: Atribuições dos cargos ......................................................................... 121

Quadro 16: Programa de QVT ................................................................................ 122

Quadro 17: Plano de capacitação ........................................................................... 124

Quadro 18: Equipamentos necessários .................................................................. 125

Quadro 19: Cronograma e orçamento de implantação ........................................... 149

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Principais concorrentes ........................................................................... 112

Tabela 2: Investimento inicial .................................................................................. 130

Tabela 3: Custos fixos ............................................................................................. 134

Tabela 4: Projeção de vendas (produto) ................................................................. 134

Tabela 5: Projeção de vendas ................................................................................. 136

Tabela 6: Custos variáveis ...................................................................................... 137

Tabela 7: Fluxo de caixa (realista) .......................................................................... 138

Tabela 8: Fluxo de caixa (otimista) .......................................................................... 139

Tabela 9: Fluxo de caixa (pessimista) ..................................................................... 140

Tabela 10: Margem de contribuição ........................................................................ 141

Tabela 11: Demonstração do Resultado do Exercício ............................................ 142

Tabela 12: Valor presente líquido ............................................................................ 143

Tabela 13: Taxa interna de retorno ......................................................................... 143

Tabela 14: Ponto de equilíbrio ................................................................................. 144

Tabela 15: Payback (realista) .................................................................................. 145

Tabela 16: Payback (otimista) ................................................................................. 145

Tabela 17: Payback (pessimista) ............................................................................ 146

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14

1.1 TEMA DE PESQUISA .................................................................................. 15

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................... 16

1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 17

1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................. 17

1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................. 17

1.4 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 19

2.1 ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................ 19

2.1.1 Teorias administrativas .............................................................................. 20

2.1.2 Funções administrativas ............................................................................ 25

2.2 EMPREENDEDORISMO .............................................................................. 26

2.2.1 Características do empreendedor ............................................................. 29

2.2.2 Empreendedorismo no Brasil .................................................................... 31

2.3 PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................... 31

2.3.1 Estruturas de plano de negócio ................................................................ 34

2.3.2 Resumo executivo ...................................................................................... 40

2.3.3 Descrição da empresa ................................................................................ 42

2.3.4 Análise setorial ........................................................................................... 43

2.3.5 Análise estratégica ..................................................................................... 45

Objetivos, metas e estratégia ....................................................................... 49

2.3.6 Plano de marketing ..................................................................................... 50

Composto de marketing ................................................................................ 51

Pesquisa de mercado ................................................................................... 56

2.3.7 Plano de recursos humanos ...................................................................... 56

Qualidade de vida no trabalho ...................................................................... 61

2.3.8 Plano de produção ..................................................................................... 62

Gestão de compra ........................................................................................ 65

Gestão de venda .......................................................................................... 66

Gestão de estoque ....................................................................................... 67

2.3.9 Plano financeiro .......................................................................................... 68

Investimento inicial ....................................................................................... 70

Projeção de vendas ...................................................................................... 70

Taxa mínima de atratividade ........................................................................ 71

Valor presente líquido ................................................................................... 72

Taxa interna de retorno ................................................................................ 73

Ponto de equilíbrio e margem de contribuição ............................................. 74

Payback ........................................................................................................ 75

Demonstração do resultado do exercício ..................................................... 76

Fluxo de caixa .............................................................................................. 77

2.3.10 Legislação .................................................................................................... 78

2.3.11 Cronograma e orçamento de implantação .................................................... 79

3 METODOLOGIA .......................................................................................... 81

3.1 NÍVEIS DE PESQUISA ................................................................................. 81

3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ................................................................ 82

3.3 COLETA DE DADOS .................................................................................... 83

3.4 FORMAS E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................ 85

4 PLANO DE NEGÓCIO ................................................................................. 87

4.1 RESUMO EXECUTIVO ................................................................................ 87

4.2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 89

4.3 ANÁLISE SETORIAL .................................................................................... 91

4.3.1 Tratamento e análise da pesquisa de mercado ....................................... 93

4.4 ANÁLISE ESTRATÉGICA .......................................................................... 106

4.4.1 Visão .......................................................................................................... 106

4.4.2 Missão ....................................................................................................... 107

4.4.3 Valores ....................................................................................................... 107

4.4.4 Objetivos, metas e estratégia .................................................................. 107

4.4.5 Análise do ambiente externo ................................................................... 108

Análise dos fornecedores ........................................................................... 110

Análise dos concorrentes ........................................................................... 111

4.4.6 Matriz SWOT ............................................................................................. 113

4.5 PLANO DE MARKETING ........................................................................... 115

4.5.1 Produto ...................................................................................................... 115

4.5.2 Preço .......................................................................................................... 116

4.5.3 Praça .......................................................................................................... 117

4.5.4 Promoção .................................................................................................. 117

4.6 PLANO DE RECURSOS HUMANOS ......................................................... 119

4.6.1 Recrutamento e seleção .......................................................................... 119

4.6.2 Estrutura funcional ................................................................................... 120

4.6.3 Organograma ............................................................................................ 121

4.6.4 Qualidade de vida no trabalho................................................................. 122

4.6.5 Plano de capacitação ............................................................................... 123

4.7 PLANO DE PRODUÇÃO ............................................................................ 124

4.7.1 Equipamentos necessários ..................................................................... 125

4.7.2 Processo de fabricação ........................................................................... 125

4.7.3 Layout ........................................................................................................ 126

4.7.4 Gestão de compra .................................................................................... 127

4.7.5 Gestão de estoque .................................................................................... 127

4.7.6 Gestão de venda ....................................................................................... 128

4.7.7 Gestão da qualidade ................................................................................. 129

4.8 PLANO FINANCEIRO ................................................................................ 129

4.8.1 Investimento inicial .................................................................................. 130

4.8.2 Custos fixos .............................................................................................. 133

4.8.3 Projeção de vendas .................................................................................. 134

4.8.4 Custos variáveis ....................................................................................... 136

4.8.5 Demonstração do fluxo de caixa ............................................................. 137

4.8.6 Margem de contribuição .......................................................................... 141

4.8.7 Demonstração do resultado do exercício .............................................. 141

4.8.8 Taxa mínima de atratividade .................................................................... 142

4.8.9 Valor presente líquido .............................................................................. 142

4.8.10 Taxa interna de retorno ............................................................................ 143

4.8.11 Ponto de equilíbrio ................................................................................... 144

4.8.12 Payback ..................................................................................................... 145

4.9 LEGISLAÇÃO ............................................................................................ 146

4.10 CRONOGRAMA E ORÇAMENTO DE IMPLANTAÇÃO ............................. 147

4.11 ANÁLISE FINAL ......................................................................................... 149

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 151

REFERÊNCIAS....................................................................................................... 156

APÊNDICES ........................................................................................................... 169

ANEXOS ................................................................................................................. 181

14

1 INTRODUÇÃO

Muito se houve falar sobre a competitividade do mercado brasileiro no que

tange às empresas e aos empreendedores. Esse mercado realmente está cada vez

mais competitivo, fazendo que as empresas nascentes se preparem para uma dura

batalha contra a concorrência. Com o mercado de trabalho altamente concorrido e

arriscado, os trabalhadores buscam novas formas de aquisição de renda, uma delas

é aguçar o instinto empreendedor que gera grandes mudanças no cenário econômico

do país e é hoje a principal forma de desenvolvimento do Brasil conforme informações

do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2014).

O empreendedorismo é uma área bastante abrangente que trata, dentre

outros assuntos, sobre a abertura de novas empresas e, consequentemente, a

geração de novos empregos. O empreendedorismo compreende a inovação,

criatividade e a suscetibilidade a riscos.

Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2013), o

empreendedorismo no Brasil é bastante favorável. Com o aumento da taxa de

empreendedores iniciais, estima-se que 40 milhões de brasileiros, entre 18 e 64 anos

estejam envolvidos com a atividade empreendedora. Além disso, verificou-se também

o aumento da proporção de empreendedores por oportunidade, o que reflete uma

decisão mais planejada em relação à opção pelo empreendedorismo, aumentando a

probabilidade de sucesso do negócio.

A pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2014),

aponta que a taxa de empreendedores iniciantes na região sul do Brasil é de 17,0%,

equivalente à média nacional que é de 17,2%. Segundo os dados apresentados pela

pesquisa realizada pelo SEBRAE no ano de 2013, a taxa de sobrevivência das

empresas no âmbito nacional é de 75,6%. No setor de comércio e segmento de

alimentação, a taxa de sobrevivência das empresas gira em torno de 75%. Indo mais

além, a região sul do Brasil comporta a segunda maior taxa de sobrevivência com

75,3% e a segunda menor taxa de mortalidade com 24,7%. Em complemento, a

pesquisa também apontou que Santa Catarina aparece em 8º lugar na escala de

unidades federativas do Brasil, com uma taxa de 76% de sobrevivência e 24% de

mortalidade. Além disso, Florianópolis ocupa a 13º posição na escala de capitais dos

15

estados do Brasil e a 2º posição na escala de capitais da região sul, com uma taxa

sobrevivência das empresas de aproximadamente 70%.

Para que uma empresa consiga sobreviver neste mercado é necessário

planejamento. É notória a grande importância de uma análise do mercado no

momento em que a empresa é planejada. Empresas bem sucedidas, são

apresentadas ao mercado diante de um sério estudo do ambiente em que ela estará

inserida. Além disso, é necessário que o empreendedor tenha conhecimento sobre o

mercado onde irá atuar.

O plano de negócio é uma ferramenta que ajuda o futuro empreendedor a

entender cada risco que a empresa poderá enfrentar, além de nortear os seus passos

na direção correta, fazendo com que se possa identificar e aproveitar ao máximo as

oportunidades.

Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar um plano de negócios

para verificar a viabilidade de abertura de uma empresa nascente do setor de

alimentação, mais precisamente uma confeitaria que comercializará produtos

oriundos da confeitaria fina francesa, denominada La Pâtisserie, idealizada pelo Chef

de cozinha Newton Kramer.

1.1 TEMA DE PESQUISA

Empreendedorismo é aproveitar oportunidades, planejando, inovando e

possivelmente correndo riscos. Em resumo, o empreendedorismo é acreditar em uma

ideia e transformá-la em realidade (DORNELAS, 2001).

O ato de empreender está diretamente ligado a uma constante busca de

caminhos não conhecidos, tendo em vista as necessidades do mercado. Deste modo,

o empreendedorismo também pode ser classificado com uma qualidade do ser

humano, já que o segredo de um empreendedor de sucesso é a constante busca de

novos negócios e oportunidades.

Contudo, não é somente necessário ser empreendedor, é preciso buscar

entendimento sobre o mercado, para que os esforços possam ser recompensados e

a empresa se fixar no mercado. Para analisar todas as vertentes de um mercado,

considerando cada detalhe e avaliando as melhores estratégias para atuação, o

16

empreendedor pode fazer uso de uma ferramenta administrativa e gerencial que é o

plano de negócio.

O plano de negócio descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta

aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos. Seu

preparo permite uma análise que ajuda o empreendedor a evitar uma trajetória

decadente que pode levá-lo ao fracasso (LONGENECKER, MOORE E PETTY, 1997).

Para muitos empreendedores o plano de negócios é o ponto de partida para se

iniciar um novo negócio ou projeto. Diversas empresas adotaram esta ferramenta

como forma de padronizar a apresentação de suas ideias (MARTINS, 2007).

O autor Maitland (2005, p. 7) descreve o plano de negócios como um

“documento que estabelece as atividades de uma companhia e explica como e

quando vão atingir seus diversos objetivos”.

Dessa forma, com a utilização de uma ferramenta inteligente no processo de

gestão da empresa, como o plano de negócio, é possível retratar o verdadeiro cenário

da empresa e do mercado onde ela irá atuar, podendo contribuir diretamente com o

sucesso da empresa.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

O setor de alimentação é um ponto forte da economia brasileira. Conforme

informações da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL, 2015),

“com uma expansão anual em torno de 10%, o setor de alimentação fora de casa ou

de bares e restaurantes gera cerca de 450 mil novas oportunidades de emprego por

ano”.

Hoje, o consumo de alimentos fora de casa está crescendo cada vez mais,

principalmente pela tendência de busca das pessoas pela independência. Com isso,

gera-se uma grande oportunidade para os empreendedores que querem buscar um

mercado dinâmico e consumidores fiéis.

Em meio a tantas opções, os estabelecimentos precisam investir em

diferenciais para se tornarem competitivos, utilizando-se de um atendimento de

qualidade, ambientes temáticos, cardápios variados, entre outras opções. No

município de Florianópolis o conceito confeitaria atinge consumidores de variadas

classes sociais e faixas etárias, com isso, o sucesso desses estabelecimentos reflete

17

na lucratividade dos empreendedores. Seja em padarias ou em pequenos cafés, todos

os consumidores já tiveram, ao menos uma vez, contato com produtos de confeitaria.

Aproveitar este canal de expressão e arte, aliado com a vontade de satisfazer o

paladar dos consumidores, é um grande desafio empreendedor.

Portanto, o intuito deste estudo é buscar verificar a viabilidade, tanto para o

empreendedor como para a sociedade, da abertura de um novo empreendimento

nesse setor, trazendo novas oportunidades de emprego, assim como, uma nova

experiência para o consumidor que irá desfrutar de um atendimento personalizado de

qualidade e produtos selecionados.

Dessa forma, estabeleceu-se o seguinte problema de pesquisa: é viável a

abertura da empresa La Pâtisserie – Confeitaria Fina no município de Florianópolis?

1.3 OBJETIVOS

A seguir são apresentados os objetivos que nortearão o desenvolvimento deste

estudo.

1.3.1 Objetivo geral

Elaborar um plano de negócio para analisar a viabilidade de abertura da

empresa La Pâtisserie – Confeitaria Fina na cidade de Florianópolis.

1.3.2 Objetivos específicos

a) Analisar o mercado de empreendimentos do mesmo segmento;

b) Elaborar as etapas relativas ao plano de negócios;

c) Verificar a viabilidade de abertura do negócio.

1.4 JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento deste estudo é de grande importância para a acadêmica,

pois possibilita o desenvolvimento de novos conhecimentos, aliados à oportunidade

de colocar em prática toda a teoria adquirida ao longo da vida acadêmica de forma

empreendedora. Também é uma maneira de adquirir experiência na área profissional,

18

já que este estudo serve como consultoria para abertura de um negócio nos padrões

exigidos pelo idealizador da ideia.

Este estudo traz grandes benefícios para a sociedade, pois com o plano de

negócio é possível vislumbrar um mercado em ascensão, traçando estratégias para

que o empreendimento possa se firmar no mercado trazendo lucro para os

empreendedores, gerando empregos, trazendo novas experiências, entretenimento e

lazer para a sociedade. O empreendimento também será importante para transformar

o conceito de confeitaria para os consumidores da Grande Florianópolis.

O estudo também traz grandes oportunidades para a ciência da

administração, já que o plano de negócios é uma ferramenta de grande importância

para os futuros empreendedores. A partir dele é possível planejar o futuro de uma

empresa levando em consideração todos os aspectos que a envolve, desde as

finanças até a gestão de pessoas. É um estudo minucioso de cada ponto avaliado no

mercado, pois permite uma análise dos riscos, que possibilitará ao empreendedor uma

tomada de decisão mais segura.

Além disso, a acadêmica identifica uma grande oportunidade de melhor

conhecer este mercado e todos os aspectos que o envolve, para melhor estabelecer

estratégias, dado o interesse em seguir uma carreira que envolva este tipo de desafio

empreendedor.

19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão apresentados os temas que darão embasamento para o

desenvolvimento deste estudo, iniciando pela definição de administração e como ela

poderá influenciar na gestão das empresas.

2.1 ADMINISTRAÇÃO

A administração pode ser percebida em diversas tarefas do dia a dia em uma

sociedade, não sendo restrita apenas às funções organizacionais.

Maximiano (2004) afirma que definir e procurar realizar objetivos pessoais,

como planos de carreira, ou elaborar e acompanhar orçamentos domésticos, ou ainda

escolher a época das férias e programar uma viagem, são todos exemplos de

decisões administrativas.

Porém, foi na esfera organizacional que a administração ganhou força,

podendo ser uma ferramenta de extrema importância para efeitos organizacionais,

quando bem utilizada. Segundo Maximiano (2010), organizações bem administradas

são importantes por causa do impacto sobre a qualidade de vida da sociedade. Para

Chiavenato (2004), a administração é imprescindível para a existência, sobrevivência

e sucesso das organizações, sem ela, as empresas jamais teriam condições de existir

e crescer.

Para Drucker (2003, p. 6), a administração “é simplesmente o processo de

tomada de decisão e o controle sobre as ações dos indivíduos para o expresso

propósito de alcance de metas determinadas”.

Em complemento à Drucker, Stoner e Freeman (2009) afirmam que a

administração pode ser definida como o processo de planejar, organizar, liderar e

controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os

outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos pela

organização. Corroborando com os autores acima, Chiavenato (2004) afirma que a

administração trata do planejamento, da organização, da direção e do controle de

todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorrem dentro da

20

organização.

Bateman e Snell (2006, p. 15) defendem que a “administração é o processo de

trabalho com pessoas e recursos, que visa cumprir as metas de uma organização”.

Para melhor entender a definição de administração, é importante conhecer o

histórico desse conceito tão utilizado por todos os indivíduos, seja na administração

de uma empresa ou na organização das finanças pessoais.

Para tanto, Chiavenato (2004) discorre sobre o histórico da administração, onde

diz que no decorrer da história da humanidade sempre existiu de alguma forma o ato

de administrar as organizações, porém, o desenvolvimento das ideias e teorias foi

muito lento até o século XIX, acelerando-se a partir do início do século XX. A

administração sofreu grandes influências no decorrer do tempo, uma delas foi de

filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles na antiguidade, logo com Bacon e

Descartes com o surgimento da filosofia moderna. Houve também, uma grande

influência no pensamento administrativo com a organização eclesiástica da Igreja

Católica.

A organização militar influenciou a administração, contribuindo com alguns

princípios que a teoria administrativa iria assimilar e incorporar mais adiante. A

revolução industrial criou o contexto industrial, tecnológico, social, político e

econômico que permitiu o surgimento da teoria administrativa. Já os economistas

liberais, como Adam Smith, proporcionaram razoável suporte para o aparecimento de

alguns princípios da Administração. As ideias de Marx e Engels promoveram o

surgimento do socialismo e do sindicalismo. E por fim, a influência dos pioneiros e

empreendedores foi de fundamental importância para a criação das condições básicas

para o surgimento da Teoria Administrativa.

Conhecido o conceito e a definição de administração conforme a visão de

alguns autores e a passagem de um breve histórico da administração, se faz

importante entender as teorias administrativas que deram vida a arte de administrar.

2.1.1 Teorias administrativas

As teorias administrativas surgiram como respostas aos problemas

organizacionais ainda não resolvidos em uma teoria anterior. Elas servem para nortear

um comportamento administrativo em uma organização, trazendo um leque de

soluções para problemas contínuos em empresas.

21

Chiavenato (2004) aborda seis variáveis que, segundo ele, influenciam as

tomadas de decisão das organizações, além de inspirar novas teorias administrativas.

São elas: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia, ambiente e competitividade.

ÊNFASE TEORIAS ADMINISTRATIVAS PRINCIPAIS ENFOQUES

Nas Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional.

Na Estrutura Teoria Clássica Teoria Neoclássica

Organização formal. Princípios gerais da Administração. Funções do Administrador.

Teoria da Burocracia Organização formal burocrática. Racionalidade organizacional.

Teoria Estruturalista Múltipla abordagem: Organização formal e informal. Análise intra-organizacional e análise interorganizacional.

Nas Pessoas Teoria das Relações Humanas Organização informal. Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo.

Teoria do Comportamento Organizacional

Estilos de Administração. Teorias das decisões. Integração dos objetivos organizacionais e individuais.

Teoria do Desenvolvimento Organizacional

Mudança organizacional planejada. Abordagem de sistema aberto.

No Ambiente Teoria Estruturalista Análise intra-organizacional e análise ambiental. Abordagem do sistema aberto.

Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental). Abordagem do sistema aberto.

Na Tecnologia Teoria da Contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico).

Na Competitividade Novas Abordagens na Administração Caos e complexidade. Aprendizagem organizacional. Capital intelectual.

Quadro 1: As principais teorias administrativas e seus principais enfoques Fonte: Chiavenato (2004, p. 9).

Seguindo a linha de pensamento do autor Chiavenato (2004), a administração

científica é uma das correntes administrativas, que foi iniciada por Taylor e que

enfatiza a administração das tarefas, isto é, focaliza a racionalização do trabalho

operário, a padronização e o estabelecimento de princípios básicos de organização

racional do trabalho. Segundo Maximiano (2004, p. 55) a administração científica

compreendia quatro princípios:

a)O objetivo da boa administração era pagar salários altos e ter baixos custos de produção. b)Com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa para determinar a melhor maneira de executar tarefas. c)Os empregados deveriam ser cientificamente selecionados e treinados, de maneira que as pessoas e as tarefas fossem compatíveis.

22

d)Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores, para garantir um ambiente psicológico favorável à aplicação desses princípios.

Stonner e Freeman (1982, p. 26) afirmam que a “administração científica foi

limitada por se basear em pressupostos que ela fazia a respeito dos seres humanos”.

Ainda segundo os autores:

[...] a ênfase na produtividade – e, por extensão, na lucratividade – levava alguns administradores a explorar operários e clientes. Em resultado, mais trabalhadores entravam para os sindicatos, reforçando um padrão de suspeita e desconfiança que coloriu as relações entre administração e trabalhadores durante décadas.

Para Chiavenato (2004), a teoria clássica da administração definiu as funções

básicas da empresa, o conceito de administração, bem como os chamados princípios

gerais de administração como procedimentos universais a serem aplicados a qualquer

tipo de organização ou empresa.

Motta e Vasconcelos (2006) asseguram que o foco da escola de administração

clássica é interno e estrutural, ou seja, os principais teóricos dessa escola focam a

sua análise no aperfeiçoamento das regras e estruturas internas da organização.

Segundo eles, a partir do momento em que a organização tem estruturas adequadas

que funcionam e otimiza a produção, todos os outros problemas se resolvem.

A teoria das relações humanas surgiu da influência das ideias do pragmatismo

e da iniciativa individual nos Estados Unidos. Mas na prática, essa teoria surgiu com

a experiência de Hawthorne, que deslocou a preocupação colocada na tarefa e na

estrutura para a preocupação com as pessoas (CHIAVENATO, 2004).

Segundo Chiavenato (2004), a teoria neoclássica surgiu com o crescimento

exagerado das organizações, trazendo um dilema entre centralização e

descentralização. Também surgiu da necessidade de utilizar os conceitos válidos e

relevantes da teoria clássica, adaptando-os sem os exageros e distorções e

compondo juntamente com os conceitos das novas teorias administrativas. A teoria

neoclássica enfatiza que antes de gerir uma organização é necessário que o

administrador saiba e pratique as funções e os princípios da administração.

Faria (2002, p. 98) afirma que a burocracia “é uma forma de organização que

se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins)

pretendidos, com vistas a obter máxima eficiência”. Para Chiavenato (2004) a teoria

23

da burocracia surgiu na década de 1940, quando havia uma disputa entre a teoria

clássica e a teoria das relações humanas. O modelo burocrático de Max Weber serviu

de inspiração para uma nova teoria administrativa, denominada teoria burocrática, que

é caracterizada pelo caráter legal, formal e racional, pela impessoalidade, hierarquia,

rotinas e procedimentos padronizados, competência técnica e meritocracia,

especialização, profissionalização e completa previsibilidade do funcionamento.

Maximiano (2004, p. 60), afirma que:

Segundo Weber, a administração burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação. A organização burocrática possibilita o exercício da autoridade e a obtenção da obediência com precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiança. Para Weber, a burocracia é tão racional que, “mesmo no caso de revolução ou guerra, continua a funcionar exatamente como fazia no governo legal anterior”.

A teoria estruturalista surgiu na década de 1950, como um desdobramento das

análises dos autores voltados para a teoria da burocracia os quais tentaram conciliar

as teses propostas pela teoria clássica e pela teoria das relações humanas. Dessa

forma, surge um novo conceito de organização e um novo conceito de homem,

denominado homem organizacional, que desempenha papéis simultâneos em

diversas organizações diferentes (CHIAVENATO, 2004).

Maximiano (2004, p. 60) afirma que “o enfoque comportamental é outra maneira

de enxergar as pessoas nas organizações, considera as pessoas em sua totalidade e

como parte mais importante das organizações e de seu desempenho”. Para

Chiavenato (2004), a teoria comportamental surgiu em 1947 dentro de uma fundação

amplamente democrática nos Estados Unidos. Essa teoria traz novas proposições

acerca da motivação humana, dessa forma, o administrador deve conhecer os

mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente as organizações

através das pessoas. A teoria comportamental é o mesmo que behaviorismo na

administração, ou seja, é decorrente da importância do comportamento organizacional

na administração.

A teoria do desenvolvimento organizacional (DO) surgiu na década de 60 por

causa das mudanças no mundo das organizações e em função da inadequação das

estruturas convencionais a essas novas circunstâncias. Em definição, ela é a

aplicação do conhecimento das ciências comportamentais em um esforço conjugado

para melhorar a capacidade de uma organização confrontar-se com o ambiente

24

externo e incrementar sua capacidade de resolver problemas (CHIAVENATO, 2004).

Ainda segundo Chiavenato (2004), a teoria matemática tem como principal

área de aplicação o processo decisório. A abordagem matemática partiu da

necessidade de medir e avaliar quantitativa e objetivamente as ações organizacionais.

O σ-Sigma e o Balanced Scorecard (BSC) são exemplos de medição em função de

objetivos estratégicos. Sua aplicação é voltada para os níveis organizacionais

próximos à esfera da execução e relacionada às operações e tarefas. A teoria

matemática é a corrente administrativa que utiliza a matemática na análise dos

princípios e problemas organizacionais. Já a teoria dos sistemas é uma decorrência

da Teoria Geral de Sistemas desenvolvida por Von Bertalanffy e que se espalhou por

todas as ciências com uma abordagem sistêmica. Essa abordagem trouxe uma

grande ampliação na visão dos problemas organizacionais em contrapartida à antiga

abordagem do sistema fechado. Essa teoria trouxe também a visão do homem

funcional dentro das organizações. É uma teoria interdisciplinar, voltada para a análise

sistêmica das organizações.

Lacombe e Heilborn (2003, p. 41) afirma que a teoria contingencial “estimula os

administradores a diagnosticar a situação cuidadosamente antes das decisões”. Para

Chiavenato (2004), a teoria da contingência é a mais recente das teorias

administrativas e é decorrente da teoria dos sistemas. Foi originada a partir das

pesquisas realizadas por Chandler, Burns e Stalker, Woodward e Lawrence e Lorsch

a respeito das organizações e seus ambientes, que concluíram que a teoria

administrativa disponível era insuficiente para explicar os mecanismos de ajustamento

das organizações aos seus ambientes de maneira proativa e dinâmica. Essa teoria

traz novos modelos organizacionais mais flexíveis e orgânicos, como a estrutura

matricial, a estrutura em redes e a estrutura em equipes. Também enfatiza o modelo

do homem complexo e tem uma abordagem contingencial sobre motivação e

liderança. A teoria contingencial é eclética e interativa, mas também é relativista e

situacional. Em outras palavras é a abordagem segundo a qual a administração

depende de um determinado conjunto de circunstâncias ou uma situação.

Contudo, sabemos que a administração é utilizada para o melhor

desenvolvimento das funções de uma empresa, buscando sempre o alcance dos

objetivos organizacionais. Para tanto, no item a seguir, observamos que a

administração conta com quatro funções principais que devem ser realizadas pelo

25

administrador com eficiência e eficácia.

2.1.2 Funções administrativas

A administração engloba diversas atividades na realização de um processo,

portanto, durante esse processo é necessário realizar algumas funções

administrativas, de forma que seja possível ter certo nível de controle sobre as

atividades.

Para Maximiano (2004), a administração significa, em primeiro lugar, ação. A

administração é um processo dinâmico de tomar decisões e realizar ações que

compreende cinco processos principais interligados: planejamento, organização,

liderança, execução e controle.

PROCESSO OU FUNÇÃO

SIGNIFICADO

PLANEJAMENTO PROCESSO DE DEFINIR OBJETIVOS, ATIVIDADES E RECURSOS.

ORGANIZAÇÃO

PROCESSO DE DEFINIR E DIVIDIR O TRABALHO E OS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAR OS OBJETIVOS. IMPLICA A

ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES E AUTORIDADE A PESSOAS E GRUPOS.

LIDERANÇA PROCESSO DE TRABALHAR COM PESSOAS PARA ASSEGURAR A

REALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS.

EXECUÇÃO PROCESSO DE REALIZAR ATIVIDADES E CONSUMIR RECURSOS PARA

ATINGIR OS OBJETIVOS.

CONTROLE PROCESSO DE ASSEGURAR A REALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS E DE

IDENTIFICAR A NECESSIDADE DE MODIFICÁ-LOS.

Quadro 2: Principais funções ou processos da administração

Fonte: Maximiano (2004, p. 35)

Stoner e Freeman (1982, p. 5) afirmam que a “administração é o processo de

planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da

organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os

objetivos estabelecidos”. Segundo eles, planejar é pensar antecipadamente sobre os

seus objetivos e ações. Organizar é arrumar e alocar o trabalho, de modo que

possamos alcançar eficientemente os objetivos estabelecidos. Liderar é dirigir,

influenciar e motivar os empregados a realizar tarefas essenciais. E por fim, controlar

26

é se certificar de que os atos dos membros da organização realmente os

encaminharam em direção aos objetivos estabelecidos.

Segundo Bateman e Snell (2006, p. 15), “bons administradores não

negligenciam nenhuma das quatro funções da administração”. Para os autores o

planejamento é uma função gerencial que toma decisões sistemáticas sobre as metas

e atividades que um indivíduo, grupo, unidade de trabalho ou a organização como um

todo perseguirá no futuro. Organizar é a função gerencial de reunir e coordenar

recursos humanos, financeiros, físicos e outros necessários para o alcance das metas.

Liderar é a função gerencial que compreende aos esforços do administrador para

estimular um alto desempenho por parte dos funcionários.

Fica evidente o quão importante é para o administrador trabalhar com as

funções administrativas. Portanto, após conhecer a história da administração, seus

significados e principais funções, será conceituado empreendedorismo e quais a

principais características do indivíduo empreendedor.

2.2 EMPREENDEDORISMO

Sabemos que por trás de um negócio de sucesso, há sempre um indivíduo com

um espírito empreendedor capaz de utilizar todas as ferramentas necessárias para o

desenvolvimento de uma empresa. Portanto, neste item será exposto o conceito de

empreendedorismo sob a ótica de alguns autores.

Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo não é um tema novo ou

modismo, existe desde sempre, desde a primeira ação humana inovadora, com o

objetivo de melhorar as relações do homem com os outros e com a natureza. Ainda

segundo Dolabela (1999), o empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, os

empreendedores nascem por influência do meio em que vivem.

Dornelas (1971, p. 7), afirma que:

O empreendedorismo tem se mostrado um grande aliado do desenvolvimento econômico, pois tem dado suporte à maioria das inovações que têm promovido esse desenvolvimento. As nações desenvolvidas têm dado especial atenção e apoio às iniciativas empreendedoras, por saberem que são a base do crescimento econômico, da geração de emprego e renda.

Segundo Hisrich e Peters (2004, p. 43), “mais do que aumentar a renda

nacional através da criação de novos empregos, o empreendedorismo atua como uma

27

força positiva nos crescimento econômico ao servir como ligação entre a inovação e

o mercado”. Ainda afirmam que, apesar de todas as dificuldades, o

empreendedorismo é atualmente o método mais eficiente para ligar a ciência e

mercado.

Para Razzolini Filho (2012, p. 17), o “empreendedorismo é uma característica

distintiva, seja de indivíduos, seja de organizações que adotam um comportamento

empreendedor”. Dornelas (2008, p. 22) corrobora, afirmando que o

empreendedorismo é o “envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto,

levam à transformação de ideias em oportunidades”.

Em complemento aos autores citados anteriormente, Pimentel (2008, p. 12)

afirma que o empreendedorismo “estuda os desígnios relativos ao empreendedor, seu

sistema de atividades e seu universo de atuação”.

Maximiano (2011) discorre sobre as vantagens e desvantagens de ser

empreendedor que devem ser consideradas:

Figura 1: Vantagens e desvantagens do empreendedorismo Fonte: Maximiano (2011, p. 5)

Visando as vantagens, o empreendedorismo pode acarretar em um ganho de

autonomia, dando a sensação de ser chefe de si mesmo gerando grande satisfação

ao trabalhador. Outra vantagem é o desafio de iniciar um novo negócio trazendo

entusiasmo e um sentimento de realização. E por fim, o controle financeiro é outra

grande vantagem do empreendedorismo, já que dessa forma, o empreendedor sabe

que os seus rendimentos dependerão principalmente de sua iniciativa.

Por outro lado, as desvantagens também são consequências do

empreendedorismo. O sacrifício pessoal é um grande desafio ao empreendedor.

Saber lidar com o empreendimento em seu início é uma tarefa extremamente

28

estressante e pode consumir a vida do empreendedor. A sobrecarga de trabalho

também pode acontecer, já que como empreendedor as responsabilidades são muito

maiores do que as dos trabalhadores assalariados. Além disso, o empreendedor

precisa trabalhar com uma pequena margem de erro, já que algumas decisões podem

ser incorretas ou não lucrativas, prejudicando os resultados do negócio.

Em resumo, a vantagem é ter certa liberdade para enfrentar uma situação e

testar as próprias competências, e a desvantagem é saber lidar com a falta de sucesso

do empreendimento e saber o momento de se autodemitir.

Dornelas (2005), afirma que existem duas formas de empreendedorismo, o por

oportunidade e o por necessidade:

a) O empreendedorismo de oportunidade: é aquele em que o empreendedor sabe

aonde quer chegar, cria e planeja a empresa tendo em mente a geração de lucro,

emprego e riqueza. Este tipo de empreendedorismo é o que mais impulsiona o

desenvolvimento econômico;

b) O empreendedorismo de necessidade: no qual o empreendedor se aventura no

mercado mais por falta de opção, como alternativa à falta de trabalho. Este tipo de

empreendimento geralmente não é planejado adequadamente e corresponde à

maioria das estatísticas sobre mortalidade precoce dos negócios.

Dornelas (2003), também contribui, trazendo duas formas de aplicação do

conceito de empreendedorismo. São eles o corporativo e o de start-up. O

empreendedorismo de start-up refere-se à criação de novas empresas, tratando de

todos os processos para melhor inseri-la no mercado. Já o empreendedorismo

corporativo visa revisar os processos e avaliar possíveis causas de falhas para inserir

a empresa com uma nova identidade no mercado.

EMPREENDEDORISMO DE START-UP EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO

Criação de riqueza Construir/melhorar a imagem da marca

Busca investimento junto a capitalistas de risco, angels (investidores pessoa

física) etc.

Busca recursos internos ou realoca os existentes

Cria estratégias e culturas organizacionais

Deve trabalhar dentro de uma cultura existente e a oportunidade deve estar

coerente com a estratégia da organização

Sem regras Regras claras

Horizonte de curto prazo Horizonte de médio/longo prazos

Passos rápidos (caos controlado) Burocracia

Quadro 3: Diferenças entre o empreendedorismo corporativo e o de start-up Fonte: Adaptado de Dornelas (2003, p. 51)

29

Quando se fala em empreendedorismo, o conceito mais difundido é aquele

ligado às novas empresas, chamado de empreendedorismo de start-up. Porém, o

empreendedorismo é tão amplo que pode ser aplicado tanto em novas organizações,

quanto em organizações já existentes.

Dornelas (2005) expõe que o atual momento pode ser chamado de era do

empreendedorismo, pois através dos novos empreendedores, as barreiras comerciais

e culturais estão sendo eliminadas, os paradigmas estão sendo quebrados e novas

relações de trabalho e empregos estão sendo criados, gerando riqueza para a

sociedade. Por fim, Dornelas (2004), aponta que podemos definir empreendedorismo

de várias maneiras, porém a essência se resume em fazer diferente, empregar

recursos disponíveis de forma criativa, assumir riscos, buscar novas oportunidades e

inovar.

Conhecido o conceito de empreendedorismo, no próximo item podemos

identificar as principais características de indivíduos empreendedores.

2.2.1 Características do empreendedor

O ser empreendedor é um diferencial que pode ou não estar ligado às técnicas

administrativas. Contudo, o indivíduo empreendedor possui características notáveis

em seu comportamento gerencial. Segundo Dornelas (2008), o empreendedor “tem

iniciativa, motivação, paixão pelo que faz, sendo uma pessoa criativa. Ele transforma

o ambiente social e econômico onde atua e, ainda, aceita assumir riscos. O

empreendedor não se satisfaz em ser mais um na multidão”.

Os empreendedores são pessoas que lutam pelo benefício, trabalham sozinhas

ou em grupo. No entanto, podem ser definidos como pessoas que inovam, identificam

e criam oportunidades de negócios. Para ter o melhor resultado em um meio incerto

são capazes de montar e coordenar novas combinações de recursos (LEZANA e

TONELLI, 1998).

Dornelas (2001, p. 37), afirma que “o empreendedor é aquele que detecta uma

oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos

calculados”. Em complemento, Dornelas (2001, p. 39) identifica as habilidades

requeridas de um empreendedor:

[...] podem ser classificadas em três áreas: técnicas, gerenciais e características pessoais. As habilidades técnicas envolvem o saber escrever,

30

saber ouvir as pessoas e captar informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir know-how técnico na sua área de atuação. As habilidades gerenciais incluem as áreas envolvidas na criação, desenvolvimento, e gerenciamento de uma nova empresa: marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, controle das ações da empresa e ser um bom negociador. Algumas características pessoais já foram abordadas anteriormente e incluem: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanças, ser persistente e ser um líder visionário.

No entendimento de Kirzner (1973), “o empreendedor é aquele que que cria um

equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e

turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente”. Para Joseph

Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2001, p. 37), “o empreendedor é aquele que

destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços,

pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos

e materiais”.

Em resumo, Chiavenato (1995), destaca que “o empreendedor é a pessoa que

dá início e que coloca em prática a ideia de um negócio, arriscando-se em perder o

capital aplicado. Não fornecem apenas produtos ou serviços, estão totalmente ligados

aos acontecimentos sociais e globais”.

O empreendedor é tão importante quanto o negócio economicamente ou

socialmente falando. Ele ajuda a movimentar a economia aliado às práticas

inovadoras de gestão.

Segundo Dornelas (2005) desde o final do século XIX os conceitos de

empreendedor e administrador se confundem. Deve-se saber que todo bom

empreendedor deve ser um ótimo administrador e para isso deve ter um conhecimento

imprescindível para fazer do negócio um sucesso. Contudo, nem todo o administrador

é empreendedor, como visto anteriormente, para ser um empreendedor é necessário

ter atributos e uma visão diferenciada que permitam a criação de uma empresa de

sucesso.

Uma das principais diferenças entre o empreendedor e o administrador, é que

o administrador na maioria das vezes tende a não visualizar e aproveitar as

oportunidades, diferentemente dos empreendedores. Em complemento, o autor diz

que o administrador faz somente o seu trabalho, enquanto o empreendedor agrega

valor à tudo que faz, contribuindo positivamente tanto para a empresa quanto para a

sociedade (DRUCKER, 1987).

31

Entendido os conceitos e características do empreendedor e a diferença entre

administrador e empreendedor, no item a seguir será exposta a situação atual do

empreendedorismo no Brasil.

2.2.2 Empreendedorismo no Brasil

O empreendedorismo é um assunto bastante novo no Brasil. Para Dornelas

(2001, p. 25), o movimento do empreendedorismo no Brasil:

Começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. [...] Foi com os programas cridos no âmbito da Softex em todo o país, junto a incubadoras de empresas e a universidades/cursos de ciências da computação/informática, que o tema empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira.

Com dados do Global Entrepreneurship Monitor (2014), o SEBRAE afirma que

“em cada três brasileiros adultos, mais de um já possui um negócio ou fez alguma

ação, nos últimos 12 meses, com o propósito de ter o próprio negócio no futuro”.

Em complemento, Maximiano (2012, p. 7), assegura que “a probabilidade de

manter um novo negócio por mais de três anos é relativamente baixa. Uma das

principais razões é a falta de políticas públicas que viabilizem a consolidação de novos

empreendimentos”.

Dessa forma, é possível perceber que o empreendedorismo está em ascensão

no país. Contudo, se torna imprescindível a realização de um planejamento eficaz que

traga segurança ao empreendedor quando da criação de um novo negócio.

Portanto no item a seguir, serão apresentados conceitos, definições e

importância da realização de um plano de negócio.

2.3 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios é uma ferramenta extremamente importante para qualquer

negócio. Com ele é possível identificar oportunidades e riscos do mercado, além de

servir como um guia para a implementação do empreendimento. Para Dornelas (2003,

p. 95):

32

O plano de negócios pode ser considerado, sem dúvida, como a principal ferramenta do empreendedor, independentemente do tipo de projeto ou negócio em questão. [...] Com o plano de negócios, o empreendedor traduzirá os vários passos necessários para a implementação do projeto ou novo negócio em um documento que sintetize e explore as suas potencialidades, bem como os riscos envolvidos. [...] Que seja uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que os leitores do plano de negócios entendam e, principalmente, que mostre a viabilidade e a probabilidade de sucesso em seu mercado. O plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras.

Segundo Maximiano (2011, p. 223), “o plano de negócios é uma descrição

detalhada da empresa, de seu funcionamento e do que é necessário para sua

instalação”. Em complemento, os autores Hisrich e Peters (2004, p. 226), afirmam

que:

O plano de negócios mais eficiente pode ficar desatualizado se houver mudanças. Fatores ambientais, como a economia, os clientes, nova tecnologia ou concorrência – e fatores internos como a perda ou acréscimo de funcionários-chave – podem mudar a direção do plano de negócios. Assim, é importante ser sensível a todas as mudanças na empresa, no segmento e no mercado.

Para Dengen (2004), “o plano de negócio é formalizar as ideias, oportunidades

do mercado, riscos, experiências similares e estabelecer medidas, respostas aos pré-

requisitos, estratégias competitivas”. Longenercker e Petty (2004) afirmam que o

plano de negócios é a primeira criação do empreendedor.

No entendimento de Dolabela (2008, p. 164), “o plano de negócios é a

validação da ideia, a análise de sua viabilidade como negócio. Ele emula a forma de

percepção e apreensão da realidade utilizada pelo empreendedor real”. Dornelas

(2011, p. 95), completa dizendo que “é preciso ter em mente que essa ferramenta

deve ser o cartão de visitas do empreendedor, mas também pode ser seu cartão de

desqualificação”. Ainda para Dornelas (2011, p. 96), existe uma tradição a ser

quebrada, que é:

Achar que o plano de negócios uma vez concebido, pode ser esquecido. [...] A concorrência muda, o mercado muda, as pessoas mudam. E o plano de negócios, sendo uma ferramenta de planejamento que trata essencialmente de pessoas, oportunidades, contexto e mercado, riscos e retornos (Sahlman, 1997), também muda. O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico”.

33

O autor Bernardi (2011) afirma que o plano de negócios em si não garante o

sucesso da empresa ou a sua lucratividade, no entanto, quando desenvolvido com

boa qualidade aumenta as chances empreendimento.

Corroborando com Bernardi, Cecconello e Ajzental (2008) afirmam que o plano

de negócios é necessário para diversas situações, seja para ampliar uma linha de

montagem, verificar a viabilidade de se atender um novo mercado, seja para averiguar

a viabilidade de um novo negócio, entre tantas outras exigências que o demandem.

Para Salim (2005, p. 3), o plano de negócios “é um documento que contém a

caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para

conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados

financeiros”.

Chiavenato (1995), afirma que o projeto do negócio é um conjunto de dados e

informações sobre o futuro do empreendimento, definindo suas principais

características e condições, para assim proporcionar uma análise da sua viabilidade

e dos seus riscos, bem como facilitar sua implantação.

Em complemento, Dornelas (2005), garante que por meio do plano de negócios

é possível:

a) Entender e estabelecer diretrizes para o negócio;

b) Gerenciar a empresa de forma eficaz e tomar decisões acertadas;

c) Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário;

d) Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, SEBRAE,

investidores, capital de risco, entre outros;

e) Identificar oportunidades e transformá-las em um diferencial competitivo para a

empresa;

f) Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público

externo, como fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores e

associações.

A partir dessa fundamentação, é possível entender o quão importante é essa

ferramenta para o empreendedor. Diante disso, muitos autores apresentaram formas

de redigir um plano de negócios.

Portanto, o próximo item discorrerá sobre as principais estruturas de plano de

negócios utilizadas atualmente.

34

2.3.1 Estruturas de plano de negócio

O plano de negócios é uma ferramenta bastante importante para diversos tipos

e fases de empreendimentos. Não existe uma forma padrão de redigir um plano de

negócios, na verdade, é preciso identificar quais as necessidades do empreendedor

e adaptar as estruturas trazidas por cada autor para a realidade do empreendimento.

Para Hisrich e Peters (2004, p. 210), “o plano de negócio é um documento

preparado pelo empreendedor em que são descritos todos os elementos externos e

internos relevantes envolvidos no início de um novo empreendimento”. A seguir é

apresentada a estrutura proposta pelos autores:

a) Página introdutória: onde será apresentado o nome e endereço da empresa e dos

diretores, a natureza do negócio, a declaração do financiamento necessário e a

declaração do caráter confidencial do relatório;

b) Resumo executivo: é uma síntese do plano de negócio completo de três a quatro

páginas;

c) Análise industrial: apresenta as perspectivas e tendências futuras, faz uma análise

dos concorrentes, define a segmentação do mercado e traz previsões do setor;

d) Descrição do empreendimento: define os produtos ou serviços, a dimensão do

negócio, os equipamentos pessoais do escritório e apresenta o histórico dos

empreendedores;

e) Plano de produção: define o processo de fabricação, a planta física, o maquinário

e equipamentos necessários e os nomes de fornecedores de matérias-primas;

f) Plano de marketing: apresenta os preços, a distribuição, a promoção, as previsões

dos produtos e controles necessários;

g) Plano organizacional: define a forma de propriedade, identifica os sócios e os

principais acionistas, determina a autoridade dos diretores, apresenta o histórico

da equipe administrativa e define as funções e responsabilidades dos membros da

organização;

h) Avaliação de riscos: analisa os pontos fracos do negócio, estuda novas tecnologias

e planos contingentes;

i) Plano financeiro: analisa o demonstrativo de resultados pro forma, faz projeções

de fluxo de caixa, apresenta o balanço patrimonial pro forma, analisa o ponto de

equilíbrio e define as origens e aplicações dos recursos;

j) Apêndice: onde será apresentado todo o material de consulta como cartas, dados

35

de pesquisas, leasings, contratos ou lista de preços de fornecedores.

Para Maximiano (2011, p. 227), “o roteiro a seguir procura atender a diferentes

tipos de ramos de negócios – indústria e serviços”:

a) Resumo: apresenta brevemente o negócio, define a oportunidade do negócio, as

perspectivas de desempenho e os custos da implantação e operação do negócio;

b) Descrição do negócio: descreve o produto ou serviço e o mercado e cliente do

negócio, além de apresentar a missão, o nome da empresa e do produto, o porte

da empresa e itens referente à localização como proximidade com clientes e

fornecedores, filiais, necessidades de reformas ou possibilidades de expansão;

c) Análise do mercado e do ambiente: estuda tendências econômicas e sociais como

demografia e distribuição de renda, analisa o ramo de negócios, empresas que

atuam no mesmo mercado, participação de mercado, vantagens competitivas,

capacidade de produção, esforço patrimonial e pontos fortes e fracos da

concorrência, além de analisar o mercado, os compradores iniciais e a motivação

para compra;

d) Estratégia: apresenta os objetivos de desempenho como volume de vendas,

participação no mercado e posicionamento em ralação aos concorrentes. Também

analisa as vantagens competitivas, a projeção do desempenho, perspectivas de

crescimento no ramo, perspectivas de diversificação, indicadores e mecanismos

de controle do desempenho estratégico e iniciativas de responsabilidade fiscal;

e) Marketing e vendas: descreve o mercado-alvo e apresenta estratégias de

marketing como descrição do produto ou serviço, os preços, a distribuição e

vendas e o esforço promocional;

f) Operações: apresenta as especificações dos produtos ou serviços, o modo de

operações, os sistemas de gestão da qualidade, o projeto do processo de

fornecimento do produto ou serviço, o projeto das instalações, os fornecedores e

cadeia de suprimentos e o controle de estoques;

g) Estrutura organizacional: apresenta a estrutura organizacional da empresa,

descreve os principais cargos e os nomes dos ocupantes dos cargos de direção;

h) Recursos humanos: apresenta o plano de mão de obra da empresa, descreve as

competências necessárias, os processos de recrutamento, seleção, treinamento e

desenvolvimento, a política salarial, os benefícios e o sistema motivacional;

i) Tecnologia da informação: define a infraestrutura do negócio, os pacotes de

36

software para apoiar as operações das empresas e o site na Internet;

j) Riscos: identifica os principais riscos do negócio, a probabilidade de ocorrência, o

impacto sobre o negócio e os mecanismos de gestão dos riscos e prevenção de

perdas;

k) Finanças: apresenta o orçamento de implantação e de operação, analisa o ponto

de equilíbrio, projeta o fluxo de caixa, o balanço patrimonial, a DRE e define os

indicadores de desempenho;

l) Legislação: estuda a legislação aplicável à empresa e os serviços profissionais a

serem contratados;

m) Cronograma e orçamento de implantação: programação da execução das tarefas

operacionais para implantação da empresa e definição do orçamento de trabalho

de implantação.

Para Dornelas (2001, p. 99), “uma empresa de serviços é diferente de uma

empresa que fabrica produtos ou bens de consumo, por exemplo. Porém, qualquer

plano de negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um

entendimento completo do negócio”. Portanto, segue proposta de estrutura de plano

de negócios por Dornelas:

a) Capa: apresenta somente informações necessárias e pertinentes pois é a primeira

parte visualizada por quem lê o plano;

b) Sumário: facilitador de visualização de assuntos específicos. Deve conter o título

de cada seção e a página respectiva, além dos principais assuntos relacionados

em cada seção;

c) Sumário executivo: apresenta uma síntese das principais informações que

constam no plano de negócios, deve explicitar qual o objetivo do plano em relação

ao leitor;

d) Análise estratégica: define os rumos da empresa como visão, missão, situação

atual, potencialidades e ameaças externas, forças e fraquezas, objetivos e metas

do negócio;

e) Descrição da empresa: apresenta o histórico, o crescimento, o faturamento nos

últimos anos, a razão social, os impostos, a estrutura organizacional e legal,

localização, parcerias, certificações de qualidade e serviços terceirizados;

f) Produtos e serviços: define como é a produção, quais são os recursos utilizados,

o ciclo de vida, os fatores tecnológicos envolvidos, o processo de pesquisa e

37

desenvolvimento e os principais clientes;

g) Plano operacional: apresenta as ações de planejamento do sistema produtivo, o

impacto das ações em parâmetros de avaliação de produção, informações sobre

rotatividade do inventário, índice de refugo e desenvolvimento de produto ou

serviço;

h) Plano de recursos humanos: define planos de desenvolvimento e treinamento de

pessoal. Apresenta metas de treinamento associadas às ações do plano

operacional, metas de treinamento estratégico, de longo prazo e não associadas

diretamente às ações e nível educacional e experiências dos executivos, gerentes

e funcionários operacionais;

i) Análise de mercado: define o segmento, o crescimento de mercado, as

características do consumidor e sua localização. Deve estudar a sazonalidade, a

concorrência e a participação de mercado;

j) Estratégias de marketing: apresenta informações de venda de produto ou serviço,

conquista de clientes, aumento da demanda, métodos de comercialização,

diferenciais do produto ou serviço, política de preços, principais clientes, canais de

distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade, além de

projeções de vendas;

k) Plano financeiro: apresenta os números das ações planejadas e as comprovações

através de projeções como demonstrativo de fluxo de caixa para pelos menos três

anos, balanço patrimonial, ponto de equilíbrio, necessidades de investimentos,

demonstrativos de resultados, análise de indicadores financeiros do negócio como

faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno sobre o investimento

inicial (payback) e taxa interna de retorno (TIR);

l) Anexos: apresenta informações adicionais relevantes para o entendimento do

plano de negócios como foto dos produtos, plantas de localização, roteiros e

resultados de pesquisas de mercado, material de divulgação, estatutos, contrato

social e planilhas financeiras detalhadas.

Dolabela (1999) indica uma nova estrutura de plano de negócios focada

principalmente em empresas nascentes:

a) Sumário executivo: consta o enunciado do projeto, as competências, os produtos

e as tecnologias que serão utilizadas, identifica o mercado em potencial, os

elementos de diferenciação, a previsão de vendas, rentabilidade e projeção

38

financeira, além da necessidade de financiamento.

b) A empresa: descreve a missão, os objetivos, o foco da empresa. Apresenta a

estrutura organizacional e legal, a descrição legal, a estrutura funcional, uma

síntese das responsabilidades da equipe, além disso, descreve o plano de

operações e as parcerias.

c) O plano de marketing: analisa o mercado, as oportunidades e ameaças, a clientela,

a segmentação, a concorrência e os fornecedores. Também descreve a estratégia

de marketing, que abrange o produto, a tecnologia, o ciclo de vida, as vantagens

competitivas, o preço, a distribuição, a promoção e propaganda, os serviços ao

cliente, pós-venda e relacionamento com os clientes.

d) Plano financeiro: apresenta o investimento inicial, a projeção dos resultados, fluxo

de caixa, balanço, ponto de equilíbrio, e por fim, faz uma análise do investimento,

calculando o tempo de retorno, a taxa interna de retorno e o valor anual líquido.

Cecconello e Ajzental (2008, p. 282) trazem uma nova estrutura para o plano

de negócios:

a) Sumário: destinado à relação das seções, capítulos e itens com numeração das

páginas;

b) Sumário executivo: resumo do trabalho como um todo. Deve proporcionar ao leitor

uma ideia do conjunto da obra e prender sua atenção, despertar a curiosidade;

c) A empresa – descrição geral: deve relatar informações como visão, missão,

objetivos, valores, identificação do negócio, história da empresa e vantagens

competitivas;

d) Análise do mercado: exposição das pesquisas realizadas, dos dados obtidos, os

modelos adotados e as análises decorrentes;

e) Análise setorial: apresenta a indústria e sua relação com o macro ambiente. Traz

uma descrição geral da empresa, principais fornecedores, principais clientes,

empresas rivais, forças de Porter, entre outros;

f) Análise da demanda: apresenta o estudo realizado para analisar a demanda como

perfil do cliente, segmentação, quantificação por segmento, preços e margens por

segmentos, histórico, tendências e perspectivas;

g) Análise da concorrência: apresenta o estudo sobre os agentes que competem por

insumos ou clientes. Traz informações como identificação dos concorrentes, perfil

dos concorrentes, pontos fortes e fracos, localização geográfica, tecnologia de

39

produção, canais de distribuição, marca e estratégias;

h) Oferta da empresa: apresenta a indústria em que se deseja atuar, a demanda e a

concorrência;

i) Plano operacional: define a estrutura necessária para que a oferta possa ser

realizada como infraestrutura inicial e futura, tecnologia utilizada, logística interna,

fornecedores, logística externa, gerência, organização e recursos humanos;

j) Capitalização – sustentação financeira: apresenta as planilhas financeiras que

incluem os indicadores que possibilitam a avaliação da tomada de decisão;

k) Fonte de recursos – necessidade de capital: apresenta a estrutura e a origem dos

capitais de investimento;

l) Apêndices: inclui as pesquisas realizadas na íntegra, currículo dos principais

dirigentes e outros apêndices relevantes.

Bernardi (2011, p. 171) informa que “embora se encontrem variações

estruturais, o contexto geral dos dados e das finalidades da análise são comuns; o

que pode mudar é a forma e a sequência”.

a) Capa: deve conter o logo e o nome da empresa, endereço, telefone, nome do

principal executivo ou contato e e-mail;

b) Índice;

c) Termo de confidencialidade: visa assegurar a não-divulgação, cópia disseminação

ou qualquer uso indevido dos dados confidenciais do empreendimento;

d) Conceito do negócio: apresenta uma síntese introdutória do projeto, com o objetivo

de fornecer aos interessados uma visão geral da natureza do negócio;

e) Organização e estrutura: descreve a estrutura legal e as razões, o organograma,

pessoas ou profissionais-chave, proprietários ou executivos e suas competências

e experiências;

f) Marketing: analisa o ramo da atividade no qual o projeto estará inserido, tanto no

aspecto estratégico como no tático;

g) Produtos e serviços: define os requisitos técnicos dos produtos ou serviços

propostos;

h) Operações: definição dos fatores de operação necessários à produção de

determinado bem ou serviço;

i) Recursos necessários: identificação das necessidades de investimento para

realização de atividades como estrutura fixa, capital de giro, custos, despesas ou

40

insumos;

j) Planejamento econômico-financeiro: demonstração das avaliações financeiras,

projeções e análises financeiras;

k) Proposta de implantação: definição de como o negócio será controlado e gerido,

além do cronograma de implantação;

l) Sistemas de controle e monitoramento: definições dos indicadores vitais do plano

que deverão ser monitorados no futuro;

m) Sumário: apresentação dos pontos chave que levam o empreendimento, na visão

e na análise do plano, a ter grandes chances de sucesso;

n) Anexos: apresentação dos currículos dos executivos, cópias de contratos, contrato

social, estatutos, patentes, pesquisas e análises.

A partir da apresentação destas estruturas, é possível ter uma melhor visão do

que é necessário e relevante para a criação de um plano de negócio próprio. Foi

escolhida uma estrutura híbrida, que mescla informações de estruturas diferentes.

Desta forma, segue a estrutura criada para melhor atender as exigências deste plano

de negócios:

a) Resumo executivo;

b) Descrição da empresa;

c) Análise setorial;

d) Análise estratégica;

e) Plano de marketing;

f) Plano de recursos humanos;

g) Plano de produção;

h) Plano financeiro;

i) Legislação;

j) Cronograma e orçamento de implantação.

No item a seguir, inicia-se a fundamentação da estrutura escolhida para o plano

de negócio da empresa La Pâtisserie.

2.3.2 Resumo executivo

O resumo executivo, embora seja a primeira seção de um plano de negócios,

é a última parte a ser escrita, pois ele faz um compilado de todas as informações do

negócio.

41

Segundo Dornelas (2001, p. 121), “o Sumário Executivo é a principal seção de

seu plano de negócios e deve expressar uma síntese do que será apresentado na

sequência, preparando o leitor e atraindo o mesmo para uma leitura com mais atenção

e interesse”. Dornelas (2001) defende a ideia de que o resumo executivo deve conter

todas as informações-chave do plano de negócio em não mais que duas páginas, no

caso de um plano completo.

Já para Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 170), o resumo executivo é “uma

visão geral de uma a três páginas do plano total de negócios. Escrito depois que as

outras seções foram completadas, enfatiza seus pontos importantes e, idealmente,

cria interesse suficiente para motivar o leitor a lê-lo”.

Ainda segundos os autores, esta é uma seção crucial para se conseguir a

atenção do leitor por cinco minutos. Nesta seção, é interessante mostrar um quadro

claro do negócio proposto e, ao mesmo tempo, despertar o entusiasmo a respeito de

suas perspectivas.

Conforme Hisrich e Peters (2004), o resumo executivo deve conter duas ou três

páginas e deve estimular o interesse do investidor em potencial. Para os autores é

importante que o empreendedor verifique o que é relevante para o público-alvo a quem

o plano é direcionado.

Corroborando com Hisrich e Peters, Dornelas (2001, p. 122) recomenda que “o

empreendedor deve entender que o Sumário Executivo do plano de negócios deve

ser dirigido ao público-alvo, ou seja, deve ser escrito com ênfase nos assuntos que

mais interessam o leitor do plano de negócios”.

Martins (2007), afirma que o resumo executivo tem por objetivo apresentar de

forma clara as principais informações sobre o negócio ou projeto.

Para Dengen (1989, p. 187), “o objetivo do sumário é expor os fatos essenciais

sobre o novo negócio e atrair o leitor, como o trailer de um filme, para ler o resto do

plano”. Segundo o autor, o sumário deve descrever em no máximo duas páginas o

conceito do negócio, o produto, o mercado, a estratégia competitiva e os principais

dados financeiros sobre o novo empreendimento.

Na perspectiva de Salim (2005, p. 41) o sumário executivo pode ser definido

como:

[...] um extrato competente e motivante do Plano de Negócios. Qual a área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que fatia desse

42

mercado queremos obter? Qual o investimento necessário, em quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso, sem explicar em detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta.

Com uma visão mais direta Maximiano (2011), explica que o resumo deve

proporcionar ao leitor uma apresentação sucinta do negócio, a oportunidade que o

negócio aproveita as perspectivas do desempenho do negócio, como vendas e

receitas, além de apresentar os custos de implantação e operação do negócio.

É visto que o resumo é uma parte extremante importante num plano de negócio,

já que ele deve atrair a atenção dos leitores e compilar diversas informações sem

tornar-se maçante. Após o resumo executivo, será apresentada a descrição da

empresa.

2.3.3 Descrição da empresa

Nesta seção é apresentado um apanhado de informações sobre a empresa em

si.

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997), se a empresa já existe, sua

história deve ser incluída. Durante a leitura desta seção, o leitor deve conseguir

perceber, por exemplo, em que ramo a empresa está situada e qual o seu verdadeiro

segmento, onde a empresa está ou será instalada e se atende ao mercado nacional

ou internacional. Em alguns casos, as questões notadas no plano jurídico são

incorporadas a esta seção do plano.

Em complemento, Dornelas (2001, p. 124) explana sobre o conteúdo desta

seção:

Descreva a empresa procurando mostrar o porquê de sua criação, qual o seu propósito, a natureza dos serviços ou produtos fornecidos, como ela se desenvolveu ou se desenvolverá, qual é o seu modelo de negócios e os seus diferenciais. Apresente sua razão social/nome fantasia, qual o porte da empresa e como está enquadrada na legislação: micro, pequena ou média empresa, sociedade civil limitada, sociedade anônima etc. [...].

Salim (2005) apresenta uma estrutura para que se possa redigir a descrição da

empresa de uma forma mais organizada. Para o autor, a descrição da empresa

começa com a explanação da oportunidade vislumbrada para o negócio, após, é

realizada a apresentação da empresa, seguido de qual produto ou serviço a mesma

irá comercializar, os tipos de proprietários da empresa, a forma jurídica adequada, os

43

gastos iniciais de abertura e operação, além do local onde a empresa funcionará.

Para Maximiano (2011), a descrição do negócio deve apresentar o que é

pretendido criar (produto/serviço). Além disso, é preciso descrever a missão, nome da

empresa e do produto, porte da empresa, localização, instalações e uma breve

apresentação do empreendedor e/ou dos sócios.

Apoiando a definição de Maximiano, Hisrich e Peters (2004) afirmam que esta

seção deve começar com a declaração da missão da empresa, descrevendo a

natureza do negócio e o que o empreendedor espera conquistar com o

empreendimento. Após, deve ser discutido diversos fatores importantes que

proporcionam uma descrição e entendimento claro do empreendimento. Entre os

elementos-chave estão os produtos ou serviços, a localização e a dimensão do

negócio, o pessoal e os equipamentos que serão necessários, o histórico o

empreendedor e a história do empreendimento.

Dengen (1989, p. 187), afirma que “a descrição do negócio é a parte mais

importante do plano e deve apresentar o novo negócio em sua totalidade, começando

com a oportunidade de negócio até os resultados esperados”.

Depois de confeccionar a descrição da empresa, é necessário realizar a análise

do setor onde a empresa será inserida. Portanto, o item a seguir discorre sobre a

análise setorial.

2.3.4 Análise setorial

A análise setorial, análise de mercado ou ainda análise ambiental traz

informações que podem influenciar no sucesso da empresa em relação à expectativa

do setor em que o negócio irá atuar.

Para Dornelas (2001), é extremamente importante que a empresa conheça

muito bem o mercado onde atua ou pretende atuar, pois só assim conseguirá

estabelecer uma estratégia de marketing vencedora. Esta seção do plano de negócios

deve ser a primeira seção a ser elaborada, pois dela dependerão todas as outras.

Ainda segundo Dornelas (2005), “deve ser feito um breve histórico desse

mercado nos últimos anos e a análise das tendências do setor para os próximos anos”.

Para o autor, nesta seção é interessante procurar responder as seguintes questões:

Quais fatores estão influenciando as projeções de mercado?

Por que o mercado se mostra promissor?

44

Qual o tamanho do mercado em reais, número de clientes e competidores?

Como o mercado está estruturado e segmentado?

Quais são as oportunidades e ameaças (riscos) desse mercado?

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 174), a “análise de mercado

deve ser efetuada até que se faça uma estimativa razoável sobre a demanda. As

estimativas das demandas devem ser bem fundamentadas analiticamente e se basear

em mais do que suposições”.

Hisrich e Peters (2004) ressaltam a importância de colocar o novo

empreendimento em um contexto adequado. Para que isso aconteça, os autores

levantam algumas variáveis do ambiente que devem ser levadas em consideração na

análise ambiental, são elas: economia, cultura, tecnologia, preocupações legais,

demanda do setor e concorrência. Os autores ainda informam que esta seção foca no

mercado específico, o que inclui informações sobre quem é o cliente e como é o

ambiente de negócios no segmento específico do mercado e na área geográfica onde

o empreendimento vai atuar.

Maximiano (2011), afirma que a análise do mercado e do ambiente deve

fornecer informações precisas em relação às tendências econômicas e sociais que

criam a oportunidade e influencia o negócio, uma análise fiel do ramo de negócios e

também deve fornecer informações referentes ao mercado em que se pretende atuar.

Antes de definir um segmento de mercado é necessário analisar fatores como

os clientes em potencial. Dornelas (2005, p. 146) afirma que “conhecendo-se os

hábitos de consumo, o estilo de vida e ondem vivem, fica mais fácil segmentar os

grupos de consumidores para o seu produto ou serviço”. Para tanto, deve-se tentar

responder as seguintes perguntas:

Qual o perfil do comprador?

O que ele está comprando atualmente?

Por que ele está comprando?

Quais fatores influenciam na compra?

Quando, como e com que periodicidade é feita a compra?

Para Dornelas (2005) depois de uma análise macro do setor, deve-se partir

para uma análise particular do segmento de mercado da empresa. Nesta seção do

plano procura-se mostrar o que está acontecendo com o setor que irá atuar e quais

são as perspectivas para a empresa dentro deste setor.

45

A análise setorial traz respostas às diversas indagações referentes ao mercado

onde a empresa irá atuar. Porém, para um exame completo se faz necessário analisar

do ponto de vista estratégico do negócio, para tanto, no item a seguir, serão

apresentadas as definições deste termo sob a ótica de diversos autores.

2.3.5 Análise estratégica

Segundo Maximiano (2011), a análise estratégica deve apresentar os objetivos

de desempenho, como volume de vendas, participação de mercado e posicionamento

em relação aos concorrentes. Também devem constar as vantagens competitivas do

negócio, a projeção do desempenho e perspectivas de crescimento dentro do ramo,

as perspectivas de diversificação, os indicadores e mecanismos de controle do

desempenho estratégico e as iniciativas de responsabilidade social.

Dornelas (2001) assegura que uma análise estratégica deve incluir um misto

de racionalidade e subjetividade, seguindo um processo básico, que pode ajudar o

empreendedor a entender melhor a situação atual de seu negócio e quais as melhores

alternativas, os meios, para atingir os objetivos e metas estipulados.

Conforme Salim (2005) é necessário identificar e avaliar as oportunidades e

ameaças do ambiente de negócios. Em seguida, estudar os pontos fortes e fracos da

empresa, vistos em relação aos concorrentes e, também sob o ponto de vista dos

problemas e dificuldades internas que impedem ou atrapalham a empresa de atingir

seus objetivos e metas. Só assim será possível traçar uma estratégia de sucesso para

a empresa.

Para um maior auxílio aos leitores e possíveis empreendedores, Dornelas

(2001) apresenta um processo de planejamento estratégico do negócio a ser seguido

em um plano de negócios.

Figura 2: Processo de planejamento estratégico do negócio

Fonte: Dornelas (2001, p. 154).

46

No plano de negócios deve ser dada ênfase à análise dos ambientes externo e interno, onde se medem os riscos inerentes ao negócio, as oportunidades de mercado identificadas, os pontos fortes da empresa (seus diferenciais) e, ainda, os seus pontos fracos (onde a empresa precisa melhorar). Só depois de uma análise ambiental criteriosa é que a empresa poderá estabelecer seus objetivos e metas, bem como as estratégias que implementará para atingi-los” (DORNELAS, 2001, p. 154).

Segundo Karlöf (1999), visão é o termo utilizado para descrever um quadro do

futuro, é uma previsão proporcional de um ponto de referência para aquilo que se

almeja conseguir no negócio.

Em complemento, Oliveira (2001) define a visão como os limites que os

administradores da empresa conseguem avistar dentro de um período mais longo e

com uma abordagem mais ampla. A visão descreve o planejamento estratégico que

deve ser desenvolvido e implementado pela empresa. É através dela que a empresa

expressa o que quer ser.

Para Oliveira (2001), a missão é uma tradução de determinado sistema de

valores em termos de crença, considerando as tradições e filosofias da empresa.

Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar, além de

representar a razão de ser da empresa.

A missão da empresa deve ser definida para satisfazer alguma necessidade do

ambiente externo e não em termos de oferecer algum bem ou serviço. (KOTLER,

2000).

Entretanto, Chiavenato (2006) afirma que a missão da empresa tem seu foco

estruturado na definição do negócio e na sociedade. Ela determina o que fazer com

os produtos e serviços, como utilizar a tecnologia e para qual mercado deve atuar.

Os valores são o conjunto de crenças e princípios que orientam as atividades

e operações de uma empresa, independentemente de seu porte. (TIFFANY E

PETERSON, 1998).

Para Cecconello e Ajzental (2008, p. 71), “a correta compreensão do contexto

ambiental é o primeiro e o mais importante passo para a definição da estratégia”.

Ainda segundos os autores, o ambiente interno restringe-se à empresa em si. O

microambiente interno é representado pelos recursos, capacidades, competências e

competências essenciais, pertencentes ao ambiente interno da empresa.

Para os autores o ambiente externo é subdivido em microambiente externo e o

macro ambiente. O microambiente externo refere-se à busca do entendimento do

47

entorno mais próximo e imediato da empresa.

Os concorrentes diretos do negócio devem ser acompanhados de perto. Para

isso, a análise dos pontos fortes e fracos deles deve ser sempre estudada e atualizada

(MARTINS, 2005).

Para o autor, é necessário buscar as respostas das seguintes perguntas:

Quais são seus produtos/serviços?

O que diferencia seus produtos/serviços dos da concorrência?

Qual a política de preço e pagamento deles?

Quem são os fornecedores deles?

Como realizam as vendas e as entregas aos clientes?

Existe a possibilidade de segmentação do mercado, ou seja, você dominar

determinada região geográfica e eles outras?

Em complemento, Dornelas (2001, p. 139) afirma que:

A análise da concorrência é de suma importância em qualquer plano de negócios. A concorrência (competidores) de uma empresa não se limita aos concorrentes diretos, aqueles que produzem produtos similares ao da empresa. Devem ser considerados também os competidores indiretos, aqueles que de alguma forma desviam a atenção de seus clientes, convencendo-os a adquirir seus produtos.

Para o autor, quando analisamos um nicho de mercado em que a empresa está

inserida, é necessário mostrar como esse mercado está segmentado, as tendências

deste setor e de seu segmento específico, as tendências de consumo, os novos

ingressantes do mercado, os substitutos, os fornecedores, entre outros.

Desta forma, a seguir será apresentado o conceito e benefícios da matriz

SWOT.

O conceito de SWOT vem das quatro variáveis verificadas nos ambientes

interno e externo. No ambiente interno serão avaliadas as forças (strenghts) e as

fraquezas (weaknesses), já no ambiente externo serão identificadas as oportunidades

(opportunities) e as ameaças (threats). As iniciais dessas palavras em inglês dão

nome ao conjunto de ferramentas conhecido como análise SWOT (MAXIMIANO,

2011).

Para Maximiano (2011), o empreendedor utiliza a matriz SWOT procurando

entender o que tem de enfrentar e, ao mesmo tempo, avaliando os recursos com os

quais pode contar.

48

Dornelas (2001, p. 140) explana sobre a matriz SWOT:

A análise do ambiente de negócios (oportunidades e ameaças) mostra como o mercado se apresenta para a empresa. No entanto, é preciso que a empresa conheça seus pontos fortes e fracos, para que consiga definir as oportunidades de negócio mais atrativas e a quais riscos (ameaças) está mais suscetível, para então definir objetivos e metas, bem como sua estratégia de negócio. Uma boa técnica para identificar essas oportunidades e ameaças, forças e fraquezas, além de seus relacionamentos, é a elaboração de uma análise SWOT da empresa.

Ainda segundo Dornelas (2001), uma maneira de representar a análise SWOT

é pela construção de um retângulo, dividido em quatro partes, onde as forças,

fraquezas, oportunidades e ameaças são colocadas em cada parte. Primeiramente

procure identificar os cenários de cunho macro ambiental (demográficos, econômicos,

tecnológicos, políticos-legais, socioculturais) e os fatores micro ambientais

importantes (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que

afetam diretamente a empresa, selecionando apenas os mais importantes. Após a

análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças), a empresa deve fazer uma

análise do ambiente interno (forças e fraquezas), é de extrema importância que o

empreendedor seja honesto ao efetuar essa análise, não tendo medo de expor os

pontos fracos de sua empresa. Identificar os pontos fracos não significa mostrar

incompetência, mas que a empresa conhece sua fragilidade e tem intenção de

minimizá-las. Com a análise SWOT definida, a empresa poderá identificar os fatores

críticos de sucesso, que deverão ser o foco de atenção de sua gestão.

Figura 3: Matriz SWOT Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2015.

49

Como visto, a análise estratégica da empresa envolve os principais

stakeholders da empresa. Desta forma, analisá-los da maneira correta pode acarretar

em um maior sucesso da empresa. Depois de analisar estrategicamente os ambientes

da empresa, é possível estabelecer objetivos, metas e estratégias de acordo com os

interesses da empresa, portanto, o item a seguir tratará dos conceitos e definições

destas ferramentas de apoio empresarial.

Objetivos, metas e estratégia

Para Dornelas (2005, p. 160) “os objetivos e metas são o referencial do

planejamento estratégico, o que a empresa busca atingir, devem ser escritos de forma

que possam ser medidos e avaliados”.

Segundo Tiffany e Peterson (1999), os objetivos indicam intenções gerais da

empresa e o caminho básico para chegar ao destino que você deseja. São definidos

em palavras e frases. Já as metas são as ações específicas mensuráveis que

constituem os passos para se atingir um objetivo. São definidas com números e

resultados a se obter.

Os objetivos são resultados abrangentes com os quais a empresa assume um

compromisso definitivo, eles devem ser ousados, levando a empresa a um esforço

acima do normal, buscando a superação. Caso contrário, não terão significado e não

motivarão a equipe de funcionários (DORNELAS, 2001).

Costa (2002) expõe as metas como valores quantitativos ou qualitativos que a

organização deve atingir em um tempo preestabelecido. Contudo, a empresa deve ter

mecanismos que permitam verificar, ao longo do tempo, se a meta foi atingida ou

superada. Já para Oliveira (2001, p. 78), a “meta corresponde aos passos ou etapas,

perfeitamente quantificados e com prazos para alcançar os desafios e objetivos”.

Segundo Hartmann (1997), as metas determinam o quanto e até quando elas

quantificarão os seus objetivos. Pode haver mais de um objetivo por metas ou várias

metas por objetivo.

De acordo com Westwood (1996), os objetivos e as metas indicam o que a

empresa deseja atingir. Já a estratégia de negócio indica como a empresa pretende

alcançá-los. As estratégias empresariais podem ser de vários tipos: de ataque, de

desenvolvimento, de defesa, entre outras.

Dornelas (2001), completa conceituando os principais tipos de estratégias.

50

Segundo o autor, as estratégias defensivas visam manter os clientes existentes, como

melhorar a imagem da empresa, melhorar a qualidade dos produtos, melhorar o

desempenho nos serviços prestados ou ainda diminuir as falhas dos produtos. As

estratégias de desenvolvimento visam oferecer mais opções aos atuais clientes, como

aumentar a variedade de produtos oferecidos, desenvolver novos produtos, encontrar

novas utilidades para os produtos, entre outros. Já as estratégias de ataque visam

aumentar a participação de mercado da empresa, conquistando novos clientes, como

entrar em novos mercados, usar novos canais de venda e mudar a política de preços.

O termo estratégia é bastante utilizado pelos empreendedores para definir

como agir numa negociação, fechar uma parceria, entrar em um novo mercado, lançar

um novo produto, mas sempre de maneira subjetiva, não processual (DORNELAS,

2001).

Para alcançar os objetivos, metas e definir as estratégias que melhor se

adaptam à realidade da empresa, pode-se utilizar o plano de marketing. Este plano é

bastante abrangente, mas, é voltado para os clientes da empresa. A seguir,

apresenta-se o plano de marketing.

2.3.6 Plano de marketing

Segundo Maximiano (2011), o plano de marketing e vendas deve descrever o

mercado-alvo, traçar as estratégias de marketing, definir preços, descrever a

distribuição e vendas e ainda definir o esforço promocional.

Em complemento, Dornelas (2001, p. 148), afirma que:

As estratégias de marketing são os meios e métodos que a empresa deverá utilizar para atingir seus objetivos. Essas estratégias geralmente se referem ao composto de marketing, ou os 4P (quatro pês): produto, preço, praça (canais de distribuição) e propaganda/comunicação. A empresa pode adotar estratégias específicas, atuando sobre o composto de marketing, de forma a obter melhor resultado sobre seus competidores. A projeção de vendas da empresa está diretamente ligada à estratégia de marketing estabelecida, pois depende de como o produto será posicionado no mercado, qual será sua política de preços, as promoções e os canais de venda que serão utilizados e, ainda, como o produto chegará ao cliente.

Hisrich e Peters (2004), afirmam que o plano de marketing é uma parte

importante do plano de negócio, uma vez que descreve como os produtos ou serviços

serão distribuídos, precificados e promovidos. Neste plano deve-se descrever os

resultados da pesquisa de marketing para sustentar decisões estratégicas

51

mercadológicas, bem como para prever as vendas. São realizadas previsões

específicas sobre os produtos ou serviços, a fim de projetar a lucratividade do

empreendimento, também serão confeccionados os orçamentos e os controles

necessários para as decisões mercadológicas.

Corroborando com os autores acima, Las Casas (2007, p. 18) afirma que:

O plano de marketing estabelece objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral da empresa. É toda a relação produto/mercado, que, em conjunto com os outros planos táticos, forma o plano estratégico.

De acordo com Frezatti (2009), o plano de marketing indica a atividade

comercial da organização, no que se refere a volume físico de venda, por período, por

área, por preço, entre outros. Deve definir política de descontos, prazos, gastos com

comunicação e despesas comerciais previstas.

Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 174), “o plano de marketing deve

ainda examinar a concorrência e os elementos presentes na estratégia de marketing

proposta”.

Martins (2007) afirma que o plano de marketing tem por objetivo ilustrar ao leitor

do plano de negócios da empresa como será a estratégia de marketing do negócio,

seus esforços e sua estrutura.

Em uma visão geral, Churchill e Peter (2000) afirmam que um plano de

marketing bem elaborado ajuda o departamento de marketing a identificar onde seus

esforços devem estar direcionados e a observar como tirar melhor proveito das

oportunidades do mercado.

Composto de marketing

Conforme Hisrich e Peters (2004), as variáveis ambientais enumeradas

fornecerão diversas informações importantes para decidir qual a estratégia de

marketing mais eficiente a ser delineada no plano de marketing. As verdadeiras

decisões de marketing de curto prazo no plano de marketing consistirão em quatro

variáveis importantes: produto ou serviço, preço, distribuição e promoção.

Segundo Maximiano (2011), o marketing mix ou composto de marketing, é o

conjunto singular de decisões de cada empresa a respeito dos quatro Ps: produto,

preço, praça e promoção.

52

O composto de marketing, definido por McCarthy no ano de 1960, é até hoje

utilizado como forma de identificar pontos cruciais nas estratégias de divulgação da

empresa (MARTINS, 2005).

Kotler (2000) assegura que o composto de marketing são os pontos de

interesse aos quais as organizações devem estar atentas quando desejam atingir os

seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Por meio dele, é possível entender para

atender e satisfazer os clientes.

Os autores Churchill e Peter (2005, p. 20) definem o composto de marketing

como “as ferramentas estratégicas que uma empresa utiliza para criar valor para os

clientes e alcançar os objetivos organizacionais”.

Segundo Dornelas (2001, p. 148) “as estratégias de marketing são os meios e

métodos que a empresa deverá utilizar para atingir seus objetivos. Essas estratégias

geralmente se referem ao composto de marketing, ou os 4P (quatro pês)”.

Corroborando, Maximiano (2011, p. 112) garante que:

Os quatro Ps são os parâmetros que o empreendedor controla, mas que estão sujeitos às influências e restrições do ambiente. O objetivo das decisões sobre esses parâmetros é concentrar os esforços no mercado-alvo de maneira a criar valor e receber uma resposta positiva dos clientes potenciais. Muitas das decisões do marketing mix envolvem a função de operações da empresa.

Para melhor entendimento do mix de marketing, a seguir serão expostos alguns

conceitos e definições sobre os quatro componentes.

Segundo Maximiano (2011, p. 112), “os produtos são entidades físicas e os

serviços são tarefas que a empresa fornece para seus clientes”. De forma geral, os

produtos e serviços são chamados apenas de produtos. A maioria das empresas não

tem somente um produto, mas um mix de produtos que se dividem em linhas. Essa

variedade serve para atender as diferentes necessidades e preferências de cada

cliente.

Os autores Hisrich e Peters (2004) defendem que que as decisões críticas

sobre o produto são tomadas acerca da qualidade dos componentes ou materiais,

estilo, características, opções, nome de marca, embalagem, tamanho, disponibilidade

de serviços e garantias.

Dornelas (2001) afirma que o posicionamento do produto no mercado significa

direcionar o mesmo para atender às expectativas e necessidades do cliente-alvo

53

escolhido, dentro do segmento de mercado definido. Com isso, a empresa estabelece

uma imagem do produto junto aos clientes, tentando se diferenciar de alguma forma

da concorrência.

Conforme Dolabela (2004), o produto detém algumas características como:

marca (nome, sinal e símbolo), logomarca (símbolo que conjuga o nome do produto),

embalagem (função de proteger e destacar o produto), cor (função de enfatizar e

motivar o consumidor), design (aumenta a beleza e o valor) e qualidade

(características técnicas, comerciais e de serviço ofertado).

Em perspectiva similar, Futrell (2003) afirma que o produto é um conjunto de

atributos tangíveis e intangíveis que englobam características como a embalagem,

cor, marca, entre outras.

Maximiano (2011), também destaca as principais decisões em relação ao

produto. São elas a diferenciação, que é o esforço da empresa para distinguir seus

produtos dos concorrentes, envolve o design, embalagem e marca, a qualidade que

engloba o desempenho, acessórios, confiabilidade, durabilidade, facilidade, estética,

qualidade e excelência do produto, e por último a decisão do ciclo de vida do produto,

que compreende os diversos estágios de posicionamento do produto no ambiente,

composto pelas fases de introdução do produto, de crescimento, maturidade e

declínio.

O preço é uma das principais decisões que a empresa deve tomar, pois ele é

determinante na decisão de compra e uma das variáveis que geram o lucro. Algumas

vezes o preço é o único elemento que deferência o produto do concorrente. Nada

afeta as vendas mais rapidamente do que a mudança de preços (MAXIMIANO, 2011).

Dornelas (2001) também alega que talvez o preço seja a maneira mais tangível

de se agir no mercado, pois pela política de preços a empresa pode criar demanda

para o produto, segmentar o mercado, definir a lucratividade da empresa, mudar a

penetração do produto no mercado, entre outros. Sempre buscando como referência

o valor que o consumidor vê no produto (preço psicológico) e não o preço que a

empresa acha que ele deva ter.

Os autores Churchill e Peter (2005), afirmam que o preço desempenha dois

papéis essenciais no composto de marketing. Ele influencia se as compras serão

feitas e o quanto do produto os clientes irão comprar, além de indicar se a

comercialização dos produtos será ou não suficientemente lucrativa.

54

Em complemento, Kotler (2000) alega que a empresa deve decidir onde e como

posicionar sua oferta no mercado, desta forma é mais fácil realizar a determinação

dos preços. Por um determinado preço a empresa pode atingir a sobrevivência, a

maximização do lucro atual, a maximização da participação do mercado e a liderança

na qualidade do produto. Este é um elemento flexível, pois pode ser alterado com

rapidez, em compensação, isso pode gerar a concorrência de preços que é um dos

maiores problemas das empresas.

Para Dornelas (2001) os canais de distribuição ou a praça, envolvem as

diferentes maneiras que a empresa pode adotar para levar o produto até o

consumidor. Referem-se aos canais de marketing, à distribuição física e aos serviços

ao cliente. As características dos produtos/serviços interferem diretamente nos canais

de distribuição que podem e devem ser adotados pela empresa. Aspectos como as

características de armazenagem, localização dos depósitos, meios de transporte

utilizados para levar o produto até o cliente e embalagem do produto também devem

ser considerados para definir os canais de distribuição mais adequados.

Mais objetivo, Futrell (2003, p. 39) afirma que a praça “refere-se à estrutura do

canal usado para transferir produtos da empresa para seus clientes”.

Para Maximiano (2011) existem dois tipos de distribuição, a direta que é quando

não há intermediários entre o produto e o consumidor, e a indireta que é quando

existem um ou mais intermediários na relação entre o produtor e o consumidor.

Las Casas (2010) alega que na praça é onde se concentra uma das principais

decisões táticas do marketing, essa ferramenta permite que produto chegue até os

consumidores no tempo indicado e desejado.

A promoção é a ação de informar ou lembrar os consumidores sobre um

produto ou marca, por meio de várias técnicas de comunicação e persuasão. Ela pode

ser usada para que os consumidores saibam que existe um novo produto ou mesmo

lembrá-los de que o produto já existe e quais são suas qualidades e vantagens em

relação aos concorrentes. Além disso, a promoção é usada para proteger a imagem

do produto ou serviço e manter sua participação no mercado. Uma promoção é capaz

de aumentar a demanda pelo produto ou serviço (MAXIMIANO, 2011).

Para Longenecker, Moore e Petty (1997) a promoção está dividida em quatro

atividades: o planejamento, a venda, a propaganda e a promoção de vendas. A

promoção é uma atividade de marketing voltada para a comunicação convicta que

55

facilita o consumo e a satisfação que ele proporciona.

Segundo Dornelas (2001), no plano de propaganda/comunicação da empresa

deve ser considerado três fatores: o pessoal envolvido, a propaganda e as promoções.

A respeito do pessoal envolvido, é preciso analisar a quantidade de pessoas e suas

qualificações que irão variar de acordo com os canais de distribuição escolhidos. A

propaganda pode ser feita por meio de vários veículos de comunicação. A escolha de

cada um depende do público que se quer atingir, os mais utilizados são a televisão,

rádio, mala direta, outdoors, distribuição de panfletos e brindes, patrocínios a eventos,

Internet, displays em pontos de venda, busdoor (anúncio em ônibus), anúncios em

listas telefônicas, em guias setoriais, participação em feiras, entre outros. As

promoções de vendas também ajudam a estimular a venda de produtos e são muito

usadas no lançamento de novos produtos no mercado, para se desfazer de produtos

estocados, estimular a repetição da compra, aumentar o volume das vendas em curto

prazo, desfazer-se de versões e modelos antigos do produtos ou para barrar o

crescimento das vendas do concorrente. Isso tudo se resume em oferecer uma

vantagem adicional ao cliente, como descontos, brindes, produtos extra, entre outros.

Em complemento, Dolabela (1999) afirma que a promoção é todo o esforço

realizado para os consumidores comprarem ou utilizarem determinados produtos.

Maximiano (2011) ainda alega que as principais fontes para realizar a

promoção são: propaganda, representantes de vendas, ofertas promocionais e

relações públicas.

A propaganda é a forma de divulgação do produto ou serviço por meio da

comunicação de massa: televisão, jornais, cartazes. O representante de vendas é

uma pessoa que influencia diretamente os compradores entrando em contato com os

revendedores dos produtos ou com os consumidores finais. As ofertas promocionais

são atividades que procuram influenciar os consumidores por meio da oferta de

alguma vantagem, a comprar ou utilizar determinados produtos ou serviços. Essas

ofertas podem ser classificadas em descontos, cupons, amostras grátis, brindes, entre

outros. E por fim, as relações públicas são atividades que têm como objetivo criar e/ou

manter uma imagem pública favorável por meio da comunicação com o público em

geral, incluindo potenciais consumidores. Essas atividades podem ser em eventos

especiais, informativos oficiais, conferência de imprensa, entre outros.

Corroborando, Kotler (2000) enfatiza que a promoção de vendas é um conjunto

56

de diversas ferramentas de incentivo elaboradas para estimular o consumo rápido ou

em maior quantidade de produtos específicos. As ferramentas da promoção são

usadas pela maioria das organizações e variam de acordo com os objetivos

específicos da mesma.

Conhecido as definições do mix de marketing, é possível realizar a etapa de

pesquisa mercadológica que é extremamente importante para identificar os principais

pontos para auxiliar na definição das estratégias da empresa. Desta forma, no item a

seguir serão apresentados os conceitos da pesquisa mercadológica e suas variações.

Pesquisa de mercado

Pesquisar o mercado é investigar de forma sistemática, controlada e crítica.

Através da pesquisa de mercado pode-se descobrir e descrever fatos ou considerar

como provável os fatos (variáveis) referentes ao marketing de bens, serviços e ideias

(MATTAR, 2001).

Para Cobra (1992) a pesquisa de mercado é qualquer esforço planejado e

organizado para obter informações e novos conhecimentos que podem facilitar o

processo de decisão de mercado. A pesquisa envolve a coleta, o registro e a análise

de todas as informações relacionadas aos problemas, a transferência e venda de

mercadorias e serviços desde o produtor até o consumidor final.

Kotler (2000) afirma que o processo de uma pesquisa é dividido em seis etapas,

sendo: definição das alternativas de decisão e dos objetivos, desenvolvimento do

plano de pesquisa, coleta de informações, análise das informações, apresentação dos

resultados e tomada de decisão.

Mattar (2001) alega que em diversas situações da prática de marketing como

alterações de preço, escolha do nome de um produto, escolha de uma nova

embalagem, existe a necessidade de os gerentes de marketing descobrir relações de

causa e efeito entre as variáveis de decisão de marketing.

Com a pesquisa realizada, o próximo passo é desenvolver o plano de recursos

humanos, que trata basicamente da estrutura funcional da empresa e mão de obra

necessária. No item a seguir, será exposta as visões dos principais autores acerca

deste assunto.

2.3.7 Plano de recursos humanos

57

Para Maximiano (2011), o plano de recursos humanos deve apresentar o plano

de mão de obra da empresa, definir as competências desejadas dos funcionários,

descrever os processos de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento,

definir a política salarial, os benefícios e o sistema motivacional.

De acordo com Frezatti (2009, p. 55) o plano de recursos humanos deve “tratar

os elementos referentes aos recursos humanos na organização, desde estrutura

organizacional, preenchimento dessa estrutura, movimentações de funcionários,

remuneração, treinamento, admissões e desligamentos, consultorias na área etc”.

Segundo Pontes (1996) o planejamento de pessoal procura estimar as

necessidades futuras de pessoal. Sem ele torna-se difícil a missão do recrutamento

interno, pela falta de tempo hábil na preparação do pessoal com potencial para a

promoção.

Ainda segundo Pontes (1996, p. 20):

Recrutamento procura candidatos para ocuparem as vagas existentes, enquanto que a seleção identifica o candidato mais qualificado entre aqueles recrutados. A seleção não cria bons candidatos, apenas os identifica entre os recrutados. Se não existem bons candidatos às vagas é porque o recrutamento foi falho. Portanto, não existe seleção se não houver candidatos recrutados e será tanto melhor a seleção quanto mais eficaz for o processo de recrutamento.

Deste modo, é preciso conhecer mais profundamente essas ferramentas de

gestão pessoal, que auxiliam a empresa no que tange às contratações necessárias.

Recrutamento é o processo de atrair candidatos com as competências

desejadas, que serão selecionados e treinados para ocupar as posições do quadro de

funcionários da empresa (MAXIMIANO, 2011).

Conforme Pontes (1996), recrutamento não é uma atividade passiva, onde

ficamos esperando os candidatos na empresa, mas sim, uma atividade muito ativa de

atrair e despertar o interesse de possíveis candidatos às vagas.

Existem dois tipos de recrutamento, o interno e o externo. Para Maximiano

(2011), o recrutamento interno consiste em buscar, no quadro de funcionários da

própria empresa, pessoas qualificadas para ocupar outros cargos disponíveis. Em

geral, o recrutamento interno é realizado de forma contínua, por meio do planejamento

de carreira e de pessoal. Esse processo tende a manter os funcionários motivados,

pois a empresa estará dando oportunidade de crescimento.

58

É o preenchimento das vagas por meio da promoção ou transferência de

funcionários da organização, é a valorização dos recursos humanos internos. É

vantagem para a empresa esse tipo de recrutamento já que o tempo de ambientação

do empregado é menor em relação ao contratado externamente, além de que o

processo de recrutamento interno é bem menor do que um recrutamento externo

(PONTES, 1996).

Já o recrutamento externo é o procedimento pelo qual a empresa busca, no

mercado de trabalho, profissionais capacitados para ocupar as vagas disponíveis. Os

meios utilizados para essa busca variam de acordo com o tipo de empresa, a mão de

obra necessária e as necessidades do momento. De acordo com estas variáveis, é

possível escolher as fontes de recrutamento mais adequadas, entre elas estão a

Internet, indicação, anúncios na imprensa, agências de emprego, terceirização deste

processo ou ainda apresentação espontânea (MAXIMIANO, 2011).

Segundo Pontes (1996), é positiva a entrada de novos profissionais para

trazerem novas ideias, renovando a organização. Muitas vezes o funcionário detém

potencial para ocupar um novo cargo, mas lhe falta a experiência requerida, o que

pode ser conseguido pelo recrutamento externo.

Quando o processo de recrutamento é interno e externo, ao mesmo tempo, ele

é denominado recrutamento misto. Segue as mesmas premissas, mas acaba

abrangendo uma maior parcela do mercado. Após a análise de qual recrutamento é

mais adequado para a situação, passamos para a etapa de seleção.

O objetivo do processo de seleção é produzir informações que permitam

predizer o desempenho do candidato no cargo a ser ocupado. A seleção pode ser

feita por psicólogos, funcionários do departamento de recursos humanos ou de

agências de emprego, ou pelo chefe com quem a pessoa selecionada trabalhará. Os

métodos de obtenção de informações sobre os candidatos à vaga devem ser

confiáveis e estar de acordo com os princípios éticos e legais, preservando o sigilo e

a privacidade dos candidatos, as informações podem ser obtidas através do

preenchimento de formulários de solicitação de emprego, cópias dos documentos e

referências de empregos anteriores (MAXIMIANO, 2011).

Pontes (1996) afirma que o processo de seleção inicia-se, geralmente, por uma

triagem entre os candidatos recrutados. Essa triagem normalmente é realizada por

uma entrevista rápida e análise do currículo ou ficha de inscrição. Esse processo tem

59

como finalidade verificar, em termos gerais, se o candidato possui os requisitos

exigidos pelo cargo e se as condições oferecidas pela empresa poderão satisfazê-lo.

Na segunda fase, são aplicados testes de conhecimento exigidos pelo cargo e

psicológicos, porém, algumas empresas não aplicam nenhum teste psicológico. A

próxima etapa do processo de seleção são as entrevistas, que são realizadas pelo

setor de recursos humanos. Consiste em uma entrevista profunda que visa averiguar

a qualificação, potencial e motivação do candidato ao cargo.

Em seguida, os candidatos são selecionados e encaminhados para o exame

médico admissional que tem como objetivos permitir a colocação dos trabalhadores

em serviços adequados às suas condições físicas e psíquicas, permitir que os

candidatos a empregos conheçam o estado real de sua saúde, sendo orientados

quanto à possível solução dos problemas médicos eventualmente encontrados,

resguardar a saúde e a segurança da comunidade trabalhadora, não permitindo a

admissão de pessoas que possam oferecer qualquer risco, permitir que o novo

empregado receba as suas primeiras noções sobre questões de exame obrigatório e

por fim, cumprir disposições legais que tornam esse exame obrigatório.

A última etapa do processo de seleção é a busca de referências sobre o

candidato, ondem podem ser solicitados ao candidato referências pessoais, que são

atestadas, geralmente por amigos e familiares.

Após a etapa de seleção de pessoal, o setor de recursos humanos deve realizar

a integração dos novos contratados à empresa. Conforme Pontes (1996, p. 142):

O recrutamento e seleção de pessoal não pode ser considerado como uma prática isolada. [...] Todo o esforço do recrutamento e seleção é o de encontrar pessoas adequadas para que a organização possa ser viável e eficiente no aspecto dos recursos humanos. Pensando assim, o trabalho de recrutamento e seleção não termina no momento da admissão ou recolocação de um indivíduo na organização. É necessário m processo de adaptação do indivíduo à empresa e ao cargo que denominaremos de Integração.

A empresa tem sua cultura, seus valores, seu modo de ser, suas políticas e

procedimentos, padrões de comportamento de chefias, de subordinados e colegas. O

processo de adaptação do homem à organização irá exigir da pessoa que adapte suas

próprias ideias, seus sentimentos e seu modo de trabalhar aos padrões aceitos na

empresa, que encontre sua identidade, ou seja, que procure o que lhe é satisfatório e

o que lhe daria maior liberdade para utilizar integralmente sua capacidade (PONTES,

60

1996).

Após a integração dos novos contratados, é necessário que a empresa estimule

um processo de capacitação, para que o funcionário continue num processo de

integração aliado ao treinamento voltado para a função que o mesmo exercerá.

Segundo Maximiano (2011, p. 159) o “processo de treinamento fornece aos

membros da equipe as oportunidades para adquirir, desenvolver ou corrigir a falta de

conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o desempenho dos cargos

que ocupam”. Os programas de treinamento têm a finalidade de contribuir para a

obtenção das metas da empresa, portanto, o principal critério para a escolha de

programas de treinamento é o interesse da empresa.

Para o autor existem três maneiras de identificar as necessidades de

treinamento na empresa. Primeiramente, é interessante realizar uma análise da

organização, estudando as estratégias, os objetivos e o ambiente da empresa a fim

de identificar as competências necessárias para concorrer com eficácia e atender os

mercados e clientes escolhidos. Após, pode ser feito uma análise dos cargos, onde

serão estudados as descrições dos cargos e o organograma para identificar as

competências que os ocupantes devem ter. E por fim, é interessante realizar uma

análise das pessoas, comparando as competências que elas têm com as

competências mostradas na análise da organização e dos cargos.

Conforme Boog (1999), a qualificação profissional deve ser acessível a todos

os níveis da empresa e não apenas aos cargos gerenciais, ou seja, deve-se atender

as necessidades da organização. Portanto, um plano de treinamento e

desenvolvimento deve ser estabelecido, de modo a ser aplicável e ajustado à

realidade e necessidade da empresa, avaliado sistematicamente, deve ainda dispor

de multiplicador interno e incentivar o auto desenvolvimento.

Para Chiavenato (2004), ao desenvolver pessoas deve-se além de fornecer

informações, dar-lhes uma base para que possam desenvolver novas ideias, atitudes

e conceitos para que se tornem mais eficientes naquilo que fazem. Formar pessoas é

muito mais do que informar, pois enriquece a personalidade humana.

Ainda segundo o autor, o desenvolvimento de pessoas envolve três etapas:

Treinamento, que é o processo de ensina ou aprimorar os funcionários para que

possam melhorar sua capacidade ao desempenhar os seus cargos;

Desenvolvimento de pessoas, que se refere ao aprendizado individual, é resultado

61

do processo de treinamento e do desenvolvimento pessoal, assim como

funcionário da organização;

Desenvolvimento organizacional, que é bastante amplo e abrangente, referindo-se

à como as organizações aprendem e se desenvolvem através das inovações e

mudanças.

Moscovici (2005) destaca que o desenvolvimento pode apresentar-se em

diferentes níveis.

Nível individual: o desenvolvimento interpessoal e intrapessoal estão relacionados.

Estudam-se a motivação individual e o comportamento dentro do ambiente de

trabalho, para buscar o desenvolvimento do conhecimento técnico e de

autoconhecimento;

Nível de grupos: desenvolvem-se as habilidades interpessoais e em grupos,

estudam-se os objetivos e motivações comuns ao grupo como a comunicação, os

conflitos, a autoridade e a liderança;

Nível organizacional: refere-se à organização, trabalha o desenvolvimento de

equipes, o feedback, as motivações pessoais e organizacionais.

Em complemento Moscovici (2005) afirma que o desenvolvimento interpessoal

passa a ser uma necessidade de desenvolvimento organizacional e social, já que o

funcionário é o subsistema principal da organização, o sistema tecnológico e o macro

sistema social dependerão do funcionamento efetivo de pessoas.

O plano de recursos humanos é imprescindível para uma empresa que deseja

atuar em um mercado concorrido. Saber recrutar, selecionar, trinar e desenvolver

pessoas é algo complexo, mas que faz a diferença em uma empresa. A mão de obra

de uma organização implica diretamente no produto ou serviço final da empresa.

Portanto, os funcionários devem ser escolhidos de acordo com as necessidades da

empresa e não basta somente retê-lo, é importante mantê-lo na empresa. Para isso,

a empresa deve disponibilizar qualidade de vida aos seus empregados, de forma a

mantê-los sempre motivados e empenhados em suas funções.

Qualidade de vida no trabalho

Segundo França (2004), a definição de qualidade de vida no trabalho varia

desde cuidados estabelecidos pela legislação médica e a segurança do trabalho, até

as atividades que envolvem os empregados e empregadores em áreas como o lazer

62

e a motivação. A maioria das definições discutem as condições do trabalho, bem-estar

do indivíduo e de grupos.

“Hoje, reconhece-se que os empregados preferem trabalhar em empresas que

oferecem qualidade de vida, ou seja, capazes de proporcionar segurança e satisfação”

(GIL, 2001, p. 45).

Para Fernandes (1996), a qualidade de vida no trabalho (QVT) envolve os

aspectos que estão relacionados com o bem-estar dos funcionários no ambiente de

trabalho. Um programa de QVT tem como necessidade resgatar os valores

humanísticos e ambientais, que vem sendo esquecidos em favor do avanço

tecnológico e do crescimento econômico das organizações.

Ainda segundo o autor, a QVT engloba, além de atos legislativos que protegem

o trabalhador, o atendimento às necessidades e aspirações humanas. O trabalho

envolve um relativo grau de responsabilidade dos gerentes, recebimento de recursos

de feedback sobre o desempenho, com tarefas no desenvolvimento pessoal do

indivíduo e na responsabilidade social da empresa.

Em complemento, Chiavenato (2004) destaca que as necessidades humanas

podem variar conforme a cultura de cada organização ou de cada indivíduo. A

qualidade de vida não é determinada apenas por características individuais ou

situacionais, mas, sobretudo, pela situação sistemática das características individuais

e organizacionais.

Com este item, finaliza-se o fundamento teórico a respeito do plano de recursos

humanos. A seguir, apresenta-se o plano de produção, que aborda os processos

necessários para a produção e operação da empresa.

2.3.8 Plano de produção

Esta seção do plano, mostra como será produzido ou fornecido o produto ou

serviço. Trata-se de informações como localização e instalações, quais tipos de

equipamentos serão necessários, além de outras informações.

Os autores Hisrich e Peters (2004) trazem dois conceitos interessantes para

esta seção do plano. Para eles, se o empreendimento for uma operação de fabricação,

será necessário um plano de produção, mas, se for uma loja, serviço ou algum outro

tipo de negócio que não envolva fabricação, esta seção será intitulada plano

operacional.

63

No plano de produção o empreendedor deverá descrever todo o processo de

fabricação. O plano deverá descrever os serviços terceirizados, incluindo localização,

razões para seleção, custos e qualquer contrato que tenha sido fechado. Se a

fabricação for realizada por completo pelo empreendimento, o plano terá que

descrever o layout, a planta física, o maquinário, os equipamentos, a matéria-prima,

os fornecedores, os custos e qualquer necessidade futura de equipamentos

necessários para a produção.

Já no plano operacional, o empreendedor deverá descrever as etapas

cronológicas para completar uma transação comercial, como a compra de

mercadorias, armazenamento, apresentação e venda, sistema de monitoração para o

controle de estoque, entre outros.

O planejamento da produção é a maneira pela qual as organizações planejam

a produção de bens ou serviços. Tem como objetivo examinar o papel da função

produção nos planos estratégicos da organização, avaliar a competitividade da

organização, desempenhar a qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade, custo e

obter benefícios internos e externos a partir do alcance de cada objetivo (SLACK,

CHAMBERS E JOHNSTON, 2007).

Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 176) afirmam que “o plano operacional

deve explicar a abordagem proposta para assegurar a qualidade da produção, o

controle de estoque, o uso de terceirização ou mostrar como serão solucionados

outros problemas relacionados a matérias-primas”.

Segundo Maximiano (2011) o plano de operações deve trazer especificações

do produto ou serviço, descrever o modo de operação, definir o sistema de gestão da

qualidade, apresentar o projeto do processo de fornecimento do produto ou serviço,

apresentar o projeto das instalações, definir os fornecedores e a cadeia de

suprimentos, além de descrever o controle de estoques.

Para Chiavenato (1991), no planejamento da produção a preocupação está

relacionada com “o que fazer” e “como fazer”, ou seja, tudo é referente às tarefas e

operações que são realizadas no nível operacional e está relacionado à otimização e

maximização dos resultados. Com este planejamento, os administradores poderão

planejar futuras ações que levarão ao alcance dos objetivos organizacionais.

Conforme Frezatti (2009), o plano de suprimentos, produção e estocagem trata

os estoques de produtos acabados, produtos em processo e matérias-primas,

64

produção própria ou terceirizada, suprimentos de materiais e necessidade de mão de

obra da organização. Essa área deve estar estruturada para coordenar as atividades

de planejamento dos processos de suprimentos, produção e de estocagem. Isso pode

ser possível, ser no plano for realizado uma cadeia de suprimentos indicando todos

os processos de abastecimento da empresa em questão.

A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades de transformação ou

produção e distribuição ou logística, desde o fornecimento de insumos até a procura

pelos bens e serviços, dentro da empresa e em suas interfaces (MAXIMIANO, 2011).

Figura 4: Uma cadeia de suprimentos Fonte: Maximiano (2011, p. 145).

É importante para o empreendedor visualizar a cadeia de suprimentos e

administrar o sistema de operações da empresa como parte dela. Uma cadeia de

suprimentos compreende os elos que ligam uma empresa a seus fornecedores,

distribuidores e clientes. O fluxo começa com a matéria-prima e termina quando o

cliente recebe o produto ou quando pode adquiri-lo em uma prateleira de

supermercado (MAXIMIANO, 2011).

Para que todos os processos sejam desempenhados da melhor forma possível,

é necessário que a empresa construa um ambiente de trabalho adequado para a

atividade. Deste modo, o layout é um fator que interfere expressivamente nas

condições de trabalho e nos custos da organização. Portanto, deve ser elaborado de

acordo com as pessoas e as funções que desempenham, de maneira a otimizar o

espaço disponível (LACOMBE, 2004).

Para Martins e Laugeni (2005), podemos considerar cinco principais tipos de

65

layout: layout por processo ou funcional, layout em linha, layout celular, layout por

posição fixa e layouts combinados.

Se bem estruturado, o layout pode gerar benefícios imensos para a

organização, principalmente na parte dos depósitos, agilizando os processos de

movimentação e estoques de mercadorias. É necessário um bom aproveitamento do

espaço físico da empresa, de forma a garantir uma maior produção com menor custo

e evitando esforços desnecessários (DIAS, 2005).

Além do layout, a organização das pessoas e dos recursos também é um

instrumento para a realização de uma estratégia. A estrutura permanente, desenhada

no organograma, com suas unidades e negócios e áreas funcionais, é o retrato da

estratégia explícita ou implícita. O organograma é a representação das áreas em que

a empresa está atuando e as formas de lidar com os mercados e clientes. As

descrições de cargos refletem as atividades que as pessoas devem executar,

orientadas pelas políticas e planos operacionais (MAXIMIANO, 2011).

O plano de produção e operação, também envolve a gestão de compra, venda

e estoque. Logo, os itens a seguir abordarão estes temas que são de extrema

importância para o funcionamento da empresa.

Gestão de compra

É na gestão de compra que se define com quantos e quais fornecedores a

empresa irá trabalhar. Ela poderá trabalhar com fornecedores exclusivos para

determinados produtos ou vários fornecedores para um mesmo produto (SLACK,

CHAMBERS E JOHNSTON, 2007).

Para Dias (2005), os principais objetivos da gestão de compras são:

Suprir a organização com fluxo seguro de materiais e serviços para atender as

suas necessidades;

Assegurar a continuidade de suprimentos para manter relacionamentos efetivos

com os fornecedores existentes, desenvolvendo outras fontes de suprimentos

alternativas ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas;

Comprar eficientemente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor

resultado para a empresa (melhor valor pelo menor custo);

Manter relacionamentos cooperativos com outros departamentos da empresa,

fornecendo informações necessárias para assegurar as melhores operações da

empresa;

66

Desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar

o alcance dos objetivos de compra da empresa;

Selecionar os melhores fornecedores do mercado;

Proteger e manter a estrutura de custos dos produtos e da empresa;

Manter o equilíbrio correto de qualidade/valor definido pela estratégia dos negócios

da empresa;

Monitorar as tendências do mercado de suprimentos;

Negociar eficazmente para trabalhar com fornecedores que buscarão benefício

mútuo, por meio de desempenho economicamente superior.

Sob a ótica de Martins e Laugeni (2005), a área de compras interage com todas

as outras áreas da organização, recebendo e processando informações, como

também alimentando outros departamentos de informações úteis às suas tomadas de

decisão. Os objetivos do gestor de compras devem estar em sintonia, com os objetivos

estratégicos da empresa, visando o melhor atendimento ao cliente interno e externo.

Comprar bem é uma premissa das organizações. É necessário conhecer os

seus fornecedores e manter parceiras, a fim de obter os melhores retornos. A gestão

de compras envolve todo o processo de aquisição de matéria-prima e opcionais para

a empresa. Além de comprar com eficácia, é necessário vender com eficiência. Assim

sendo, fundamentar teoricamente a gestão de vendas se faz necessário.

Gestão de venda

Segundo Kotler (2003), o conceito de vendas engloba a comunicação verbal

direta utilizada para explicar como bens, serviços ou ideias de uma pessoa ou

organização, servem às necessidades de um, ou mais, clientes em potencial. É um

processo social e de gestão, onde indivíduos ou grupo, obtêm o que desejam ou

necessitam, através da criação, oferta e troca de produtos e valores a outros

indivíduos ou grupos.

A gestão de vendas monitora a melhoria da força de vendas, não sendo tarefa

fácil, pois exige definições claras do que se espera do trabalho da equipe de vendas

(COBRA, 1994). Segundo o autor, é um processo gerencial das funções

organizacionais da venda pessoal e tem como tarefas:

Descrição das funções de venda pessoal;

Definição do papel estratégico da função de vendas;

67

Configuração da organização de vendas;

Desenvolvimento da força de vendas;

Direcionamento da força de vendas.

Para Churchill e Peter (2005), a gestão de vendas é o planejamento,

direcionamento e controle das atividades de vendas pessoais da organização.

Em complemento, Kotler (2003) afirma que para que uma organização consiga

atingir os objetivos traçados em vendas, é necessário que o administrador possua

uma equipe de profissionais composta por pessoas treinadas e motivadas e que

tenham em mente o mesmo objetivo.

A gestão de vendas é um processo que deve estar em sintonia com o restante

das operações da empresa, já que a mesma deverá dispor sempre de produtos em

estoque para atender aos clientes, em contrapartida, é interessante para a empresa

que não mantenha grandes quantidades de produtos estocados. Portanto, o item a

seguir trata da gestão eficiente de estoques.

Gestão de estoque

O estoque é a composição de materiais em ordem, materiais semiacabados,

materiais acabados, que não são utilizados em determinados momento na empresa,

mas é extremamente necessário existir em função de ser utilizados no futuro.

Contudo, a acumulação de estoques em níveis adequados é uma necessidade para

o funcionamento do sistema produtivo (CHIAVENATO, 1991).

Conforme Dias (2005), a gestão de estoque tem a importante função de

maximizar o controle e o ajuste do planejamento de produção, minimizando o capital

investido em estoque. O estoque é essencial para uma empresa, pois é ele que traz

segurança nos vários estágios da produção até a venda final do produto.

Segundo Martins e Laugeni (2005) é praticamente impossível controlar um

estoque de tamanho significativo sem o auxílio de um computador, considerando os

estoques disponíveis, os produtos a serem entregues, as compras em andamento e

as perspectivas de atrasos.

Em complemento, Dias (2005) aconselha ao gestor que queira ter um setor de

estoque bem organizado, que primeiramente é necessário descrever as suas

principais funções e saber:

Determinar “o que” deve permanecer em estoque (número de itens);

68

Determinar o “quando” devem ser reabastecidos os estoques (periodicidade);

Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período pré-

estabelecido;

Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as

necessidades;

Controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações

sobre a posição do estoque;

Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados de

materiais estocados;

Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

A necessidade de uma boa administração de estoques é notória. Com este

item, finaliza-se o plano de operações e produção. Deste modo, o plano de negócios

avança para o plano financeiro, que é extremamente importante na análise da

viabilidade de abertura da empresa.

2.3.9 Plano financeiro

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE, 2012), “em uma economia cheia de incerteza e de grande concorrência, o

planejamento financeiro mostra-se como uma ferramenta para a boa gerência e algo

necessário à sobrevivência da empresa”.

Conforme Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 177), nesta seção “o

empreendedor apresenta projeções das demonstrações financeiras da empresa para

os próximos cinco anos ou ainda mais. As previsões incluem balanços,

demonstrações de receita, demonstrações de fluxos de caixa e análise do ponto de

equilíbrio”.

O plano financeiro deve ser cuidadosamente montado e calculado, tentando

apresentar principalmente quais serão os investimentos necessários, a média dos

custos, a média da receita, entre outras informações que possam ajudar o

empreendedor a definir e analisar o cenário onde ele se encontra (MARTINS, 2005).

“A inclusão de um plano financeiro dentro de um plano de negócio procura

demonstrar um conjunto de projeções abrangentes que possam refletir o desempenho

futuro da empresa em termos financeiros” (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005, p. 202).

Dengen (1989, p. 189) explana sobre o plano financeiro:

69

É importante que a análise financeira seja clara e bem-consubstanciada, através de dados e da sua própria descrição do negócio, para que não surjam dúvidas capazes de arruinar toda a credibilidade do plano de negócio. Uma boa análise financeira é fundamental para convencer possíveis investidores a se interessarem pelo novo negócio.

Para Maximiano (2011), no plano de finanças deve constar o orçamento de

implantação, o orçamento de operação, a análise do ponto de equilíbrio, o fluxo de

caixa, o balanço projetado, a demonstração do resultado do exercício projetada e os

indicadores de desempenho.

Conforme Frezatti (2009), o plano financeiro corresponde à etapa do plano em

que as demonstrações financeiras são disponibilizadas e a análise global é

viabilizada. A função deste plano é permitir que todas as decisões tomadas

anteriormente sejam transformadas em um único denominador, no caso, o monetário.

Deve conter o fluxo de caixa, a demonstração de resultados e o balanço patrimonial

para o intervalo de tempo considerado.

Hisrich e Peters (2004, p. 224) afirmam que “essa é uma parte importante do

plano de negócio, pois determina o investimento necessário para o novo

empreendimento e indica se o plano de negócio é economicamente exequível”.

Segundo Salim (2005, p. 105), o planejamento financeiro:

[...] serve para fazer a prova dos nove no negócio. É nele que vamos juntar todas as despesas. Desde aquelas que foram feitas para iniciar o negócio, constituir sua base, até aquelas que estarão sendo feitas em plena fase operacional para mantê-lo vivo e com funcionamento de suas atividades de venda e de produção.

Segundo Dornelas (2001, p. 161), o plano financeiro “deve refletir em números

tudo o que foi escrito até então nas outras seções do plano, incluindo investimentos,

gastos com marketing, despesas com vendas, gastos com pessoal, custos fixos e

variáveis, projeção de vendas, análises de rentabilidade [...]”.

Ainda segundo Dornelas (2001), os principais demonstrativos que devem ser

apresentados em um plano de negócios são: balanço patrimonial, demonstrativo de

resultados e demonstrativo de fluxo de caixa, todos projetados com um horizonte de

no mínimo três anos. Por meio desses demonstrativos, é possível efetuar uma análise

de viabilidade do negócio e o retorno financeiro proporcionado. Para essas análises,

geralmente usam-se os seguintes métodos: análise do ponto de equilíbrio, prazo de

payback, TIR (taxa interna de retorno) e VPL (valor presente líquido).

70

Contudo, o próximo item trata do investimento inicial que é o ponto de partida

para o planejamento financeiro de uma empresa.

Investimento inicial

O investimento inicial deve ser composto pelo valor necessário para cobrir a

diferença entre as receitas e as despesas, desde o início das operações (CHÉR,

2002).

Segundo Martins (2007), quando a empresa já existe, fica mais fácil identificar

e informar quais foram os investimentos realizados. Porém, quando o empreendedor

ainda irá abrir a empresa, deverão ser discriminados seus principais gastos para a

abertura da empresa.

Conforme Dolabela (1999), a primeira pergunta que deve ser feita pelos futuros

empreendedores é de quanto será o investimento inicial. A etapa dos investimentos

iniciais engloba três partes: as despesas pré-operacionais, gastos com a montagem

da empresa e os investimentos necessários para pôr a empresa em funcionamento

até gerar as primeiras receitas, ou seja, investimentos iniciais de capital de giro.

De acordo com Gitman (2002), o investimento inicial refere-se ao fluxo de saída

de caixa que deve ser considerado na análise dos gastos de capital potencial. Para

calcular o investimento inicial, deve-se subtrair dos fluxos de entrada de caixa o que

acontece no tempo zero dos fluxos de saída de caixa, que acontecem também no

momento zero.

Definido o investimento inicial necessário para a abertura e funcionamento da

empresa, podemos projetar as vendas com base na análise setorial, estratégica e no

plano de marketing definido.

Projeção de vendas

A projeção de vendas servirá de base para o restante da análise do plano

financeiro. Portanto, é importante que a confecção desta ferramenta esteja de acordo

com o restante do plano de negócios.

Segundo Dornelas (2001, p. 152) a “projeção de vendas deve ser feita tendo

como base a análise de mercado, a capacidade produtiva e a estratégia de marketing

da empresa”. Assim, a projeção será mais realista e terá maior probabilidade de

ocorrer conforme o planejamento. É importante estar atento ao fato da sazonalidade,

71

quando esta influi nas vendas.

“Como as vendas são a principal fonte de receita e como outras atividades e

despesas operacionais relacionam-se com o volume de vendas, geralmente as

vendas são o primeiro item que deve ser definido” (HISRICH E PETERS, 2004, p.

265).

Quadro 4: Exemplo de projeção de vendas de sapatos Fonte: Dornelas (2001, p. 153)

“Como as vendas são a principal fonte de receita e como outras atividades e

despesas operacionais relacionam-se com o volume de vendas, geralmente as

vendas são o primeiro item que deve ser definido” (HISRICH E PETERS, 2004, p.

265).

A projeção de vendas é crucial para a análise financeira do negócio. A partir

dela, será possível calcular os indicadores e projetar as demonstrações da empresa.

Portanto, no item a seguir será definido o conceito de um dos indicadores financeiros.

Taxa mínima de atratividade

Segundo Souza e Clemente (2004), a taxa mínima de atratividade (TMA) é

definida como a melhor taxa, com baixo grau de risco e disponível para a aplicação

do capital em análise. Todavia, o processo de decisão de investir tem, no mínimo,

duas alternativas para serem avaliadas, investir no projeto ou investir na taxa mínima

de atratividade.

Corroborando com os autores Souza e Clemente, Groppelli e Nikbakht (2010),

destacam que o conceito de taxa mínima de atratividade é utilizado como a melhor

taxa para a realização do cálculo de entradas e saídas de caixa, tendo um baixo grau

de risco.

A taxa mínima de atratividade deve render, no mínimo, a taxa de juros

equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco (CASAROTTO

E KOPITTKE, 2000).

72

Além de estabelecer a taxa mínima de atratividade, é interessante calcular o

valor presente líquido que é mais um indicador financeiro para a análise da viabilidade

de abertura da empresa.

Valor presente líquido

Segundo Gitman (1997), o valor presente líquido é considerado uma técnica

sofisticada de análise de orçamento de capital, pois considera de forma explícita o

valor do dinheiro no tempo. Seu valor é obtido subtraindo do valor presente dos fluxos

de entrada de caixa, o valor inicial do projeto. Frequentemente essa taxa é chamada

de desconto ou custo de oportunidade, referindo-se ao retorno mínimo do projeto.

“Valor Presente Líquido significa descontar o valor dos fluxos futuros, a uma

determinada taxa de juros, de tal modo que esse fluxo futuro se apresente a valores

de hoje, ou ao valor atual” (PADOVEZE, 2011, p. 108).

Em complemento, o autor Dornelas (2001, p. 172) fornece a fórmula a seguir e

traduz o cálculo e seus resultados.

Para medir o VPL de um projeto, faz-se uma estimativa do valor atual para os futuros fluxos de reais que estarão sendo gerados pelo projeto, e deduz-se o investimento feito inicialmente. Para isso, descontam-se os futuros fluxos de caixa após impostos para seu valor presente, e depois se subtrai o investimento inicial. Se o VPL for positivo, o projeto é viável, pois o valor presente dos futuros fluxos de caixa é maior que o investimento inicial. Caso contrário, o projeto deve ser rejeitado.

𝑉𝑃𝐿 = (𝐹1

(1 + 𝐾)¹+

𝐹2

(1 + 𝐾)²+

𝐹3

(1 + 𝐾)³+ ⋯ +

𝐹𝑛

(1 + 𝐾)𝑛) − 𝐼𝑁𝑉

Onde: VPL – valor presente líquido

Fn – Fluxo de caixa após imposto no ano n N – Vida do projeto em anos K – Taxa de desconto (taxa de retorno exigida para o projeto) INV – Investimento inicial

O método VPL tem três vantagens relevantes: ele usa os fluxos de caixa no

lugar dos lucros líquidos, reconhece o valor do dinheiro no tempo e quando a empresa

aceitar projetos com VPL positivos ela deve aumentar o seu valor (GROPPELLI E

NIKBAKHT, 2010).

O autor Lapponi (2000) assegura que se a soma de todos os valores do projeto

na data zero for maior referente ao investimento, o VPL será positivo, sendo assim:

73

VPL > 0: aceitar o projeto;

VPL = ou < 0: não aceitar o projeto.

Com o VPL definido, partimos para o último indicador financeiro. Trata-se da

taxa interna de retorno que auxiliará na análise financeira do plano de negócios.

Taxa interna de retorno

Para Kuhnen e Bauer (1996, p. 415) a taxa mínima de retorno “é a taxa que

anula o saldo dos valores atuais do fluxo de caixa”.

Em complemento, Groppelli e Nikbakht (2010) afirmam que a taxa interna de

retorno (TIR) é um método muito utilizado no orçamento do capital, é uma taxa de

desconto que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros no investimento

inicial. Se a TIR for igual a TMA é indiferente aceitar ou não, porém se a TIR for menor

que TMA o projeto deve ser rejeitado.

Conforme Dornelas (2001), para calcular a TIR deve-se descobrir a taxa de

desconto (K) que fornece um valor presente líquido igual a zero. Quando isso ocorre,

o valor presente dos futuros fluxos de caixa é exatamente igual ao investimento

efetuado. Assim, a TIR é obtida da fórmula do VPL igualando-se a mesma a zero e

após, procurando-se o valor para K, que nesse caso será a TIR do projeto.

O autor Padoveze simplifica a equação concluindo que, em vez de se buscar o

VPL do fluxo futuro, busca-se a taxa de juros que iguala o total dos fluxos futuros

descontados a essa taxa de juros, com o valor do investimento inicial. Dessa forma,

segue a fórmula apresenta por Padoveze (2011).

Onde: I (0) – Investimento inicial no período 0; FF – Fluxos futuros dos períodos 1 a n; n – duração do projeto; i – Taxa de juros que iguala a equação.

Se TIR > Taxa de atratividade: aceita-se o projeto de investimento;

Se TIR < Taxa de atratividade: rejeita-se o projeto de investimento;

74

Se TIR = Taxa de atratividade: é indiferente.

Ponto de equilíbrio e margem de contribuição

Maximiano (2011) afirma que o ponto de equilíbrio indica a quantidade, ou

receita, faturada quando a empresa não tem lucro nem prejuízo, é o ponto no qual a

receita originada nas vendas equivale à soma dos custos fixos e variáveis. É um

poderoso instrumento para o empreendedor, pois possibilita que ele passe a enxergar

em que momento sem empreendimento começa a dar lucro, ou mesmo prejuízo.

Conforme Dengen (1989), o ponto de equilíbrio operacional do fluxo de caixa

de um negócio é o nível em que as entradas operacionais geradas por vendas

igualam-se às saídas operacionais, decorrentes dos custos necessários para produzir

estas vendas num determinado período. As saídas ou custos operacionais são

divididos em custos fixos e variáveis.

Martins (2007) define os custos fixos como todos aqueles custos cujos valores

são os mesmos, independentemente do volume da produção. Já os custos variáveis

são todos aqueles custos cujos valores variam de acordo com o volume da produção.

Para Dornelas (2001), os custos variáveis variam na mesma proporção das

variações ocorridas no volume de produção ou em outra medida de atividade. Já os

custos fixos, são os valores que se mantêm inalterados independentemente das

variações da atividade ou das vendas.

Dornelas (2001) afirma que no ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo. É

o ponto no qual a receita proveniente das vendas equivale à soma dos custos fixos e

variáveis. É de grande utilidade, pois possibilita ao empresário saber em que momento

seu empreendimento começa a obter lucro.

Conforme Hoji (2000) o ponto de equilíbrio possibilita a realização de

estimativas para o futuro, sendo assim, o objetivo de calcular o ponto de equilíbrio é

identificar em que ponto as receitas se igualam as despesas, tornando o lucro nulo. O

autor apresenta a seguinte fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio:

Para calcular o ponto de equilíbrio, o uso da margem de contribuição se faz

75

necessário. Segundo Bornia (2002, p. 72), a margem de contribuição é “o montante

das vendas, diminuído dos custos variáveis [...], representa a parcela do preço de

venda que resta para a cobertura dos custos e despesas fixos e para a geração do

lucro por produto vendido”.

Padoveze (2011) afirma que a margem de contribuição representa o lucro

variável da empresa e complementa:

É a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a margem de contribuição total do produto para a empresa.

Payback

O período de payback ou de recuperação do investimento, é o tempo

necessário para o empreendedor recuperar o dinheiro aplicado em um novo negócio.

O cálculo é feito pelo saldo acumulado de caixa e essa técnica é usada

exclusivamente para analisar o período de inversão do fluxo de caixa, não para

analisar a rentabilidade do investimento (DENGEN, 1989).

Para Groppelli e Nikbakht (2010), o período de recuperação do investimento é

o número de anos necessários para recuperar o investimento inicial. Se o período de

payback encontrado for representado por um tempo aceitável para a organização, o

projeto será selecionado.

Segundo Dornelas (2001, p. 172) a “técnica de payback mede o tempo

necessário para a recuperação do capital inicialmente investido”. Apesar de se basear

no fluxo de caixa e dessa forma ser mais atraente do que o cálculo do retorno sobre

o investimento, essa técnica apresenta duas fraquezas. Ela não leva em consideração

o aspecto tempo em relação ao valor do dinheiro e não leva em consideração os fluxos

de caixa recebidos após o prazo de payback.

Payback = Ano anterior Recuperação + (Não recup. / Entrada ano)

De acordo com Braga (1989), o cálculo do payback é simples:

a) Se as entradas líquidas de caixa forem uniformes, basta dividir o investimento

inicial pelas entradas anuais de caixa;

b) Já para o caso de entradas anuais desiguais, estas devem ser acumuladas até

76

atingir o valor do investimento, para então apurar o prazo de retorno.

Demonstração do resultado do exercício

Conforme Maximiano (2011, p. 192) “a demonstração de resultado do exercício

mostra se houve lucro ou prejuízo em um período e como se chegou a esse resultado”.

Para Gitman (2002), a demonstração do resultado do exercício refere-se a um

resumo financeiro dos resultados das operações durante um determinado tempo.

A demonstração do resultado é uma classificação ordenada e resumida das

receitas e das despesas da empresa em determinado período. Da receita total obtida

devem ser subtraídos impostos, abatimentos e devoluções concedidas, resultando na

recita líquida. Desta receita líquida, deduzem-se os custos dos produtos vendidos, dos

produtos fabricados ou dos serviços prestados, para assim chegar ao lucro bruto. Em

seguida, subtraem-se do lucro bruto as despesas operacionais, que são os gastos

necessários para que as receitas sejam alcançadas, e assim é calculado o valor do

imposto de renda, contabilizando-se no final a soma de lucros ou prejuízos que, se

não forem distribuídos aos sócios, serão incorporados ao patrimônio líquido, alterando

por consequência o próprio balanço (DORNELAS, 2001).

Segundo Hisrich e Peters (2004), no demonstrativo de resultados as vendas

mensais devem ser calculadas primeiro. Devem ser utilizadas técnicas de previsão,

como levantamento das intenções dos clientes, opiniões dos vendedores, opiniões de

especialistas ou séries temporais. O demonstrativo de resultados também fornece

projeções de todas as despesas operacionais para cada mês durante o primeiro ano.

Receita bruta de vendas

(-) Deduções da receita bruta (impostos sobre vendas, devoluções, abatimentos)

(=) Receita líquida

(-) Custo das mercadorias vendidas

(=) Resultado/lucro bruto (lucro ou prejuízo)

(-) Despesas operacionais Despesas gerais e administrativas Despesas comerciais Outras receitas e despesas operacionais

(=) Resultado operacional antes dos efeitos financeiros

Encargos financeiros líquidos (despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras)

(=) Resultado operacional

(-) Outras receitas e despesas Resultado da equivalência patrimonial (+/-) Vendas/custos (vendas de itens do não circulante) resultantes de operações descontinuadas

77

(=) Resultado do exercício (lucro ou prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro

(-) Despesa com provisão para imposto de renda e contribuição social

Participação (debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias)

(=) Resultado líquido do exercício

Quadro 5: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício Fonte: Luz (2014, p. 12).

Conforme Matarazzo (1995), as demonstrações financeiras devem ser claras,

compreensíveis e elaboradas de modo a ser entendida por todos os dirigentes da

empresa e gerentes de banco ou de crédito. Entretanto, normalmente, as

demonstrações financeiras apresentam-se carregadas de termos técnicos.

Fluxo de caixa

Maximiano (2011) alega que a demonstração do fluxo de caixa (DFC) é uma

poderosa ferramenta de gestão para o empreendedor, pois ela lhe permite planejar

ações que envolvam recursos financeiros. A DFC indica a origem de todo o dinheiro

que entrou no caixa, bem como a aplicação de tudo o que saiu.

Segundo Dengen (1989, p. 147), “o conceito de fluxo de caixa é bastante

simples. As atividades do negócio resultam em entradas ou saídas do seu caixa. A

projeção dessas variações sobre o caixa, para o futuro, gera o fluxo de caixa ou ciclo

financeiro do negócio”.

Para Dornelas (2001, p. 167) o “fluxo de caixa é a principal ferramenta de

planejamento financeiro do empreendedor”. Ao analisar o fluxo de caixa de uma

empresa, o empresário poderá saber se é viável vender os produtos a prazo, dar

descontos ou eliminar estoques para fazer caixa, por exemplo. O fluxo de caixa é uma

ferramenta estratégica que auxilia o empreendedor no gerenciamento e no

planejamento das ações que serão tomadas no dia-a-dia e no futuro da empresa.

Empresa: Exemplo

Demonstração do Fluxo de Caixa - Método direto 2013

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Recebimento de clientes 30150

Pagamentos a fornecedores e empregados (27.600)

Caixa gerado pelas operações 2.550

Juros pagos (270)

Imposto de renda e contribuição social pagos (800)

Imposto de renda sobre dividendos recebidos (100)

78

Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 1.380

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Aquisição da controlada X (550)

Compra de ativo imobilizado (350)

Recebimento pela venda de equipamento 20

Juros recebidos 200

Dividendos recebidos 200

Caixa líquido consumidos pelas atividades de investimento (480)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (790)

Recebimento pela emissão de ações 250

Recebimento por empréstimos a longo prazo 250

Pagamento de passivo por arrendamento (90)

Dividendos pagos (1.200)

Caixa líquido consumido pelas atividades de financiamento 110

Aumento líquido de caixa e equivalente de caixa 110

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 120

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 230

Quadro 6: Modelo de fluxo de caixa pelo método direto Fonte: Luz (2014, p. 20)

Ross, Westerfield e Jordan (2008) afirmam que o fluxo de caixa é simplesmente

dizer a diferença entre a quantidade de dólares que entrou no caixa e a quantidade

de dólares que saiu.

Conforme Padoveze (2011, p. 3) o fluxo de caixa “pode ser definido como o

conjunto de movimentações financeiras decorrente do pagamento e recebimento dos

eventos econômicos das operações da empresa e das atividades de captação de

recursos e investimentos de capital”.

Dentre os benefícios de se recorrer ao fluxo de caixa estão o acesso a

informações sobre mudanças na estrutura de ativos líquidos da entidade e sobre sua

capacidade de geração de caixa líquido. A perspectiva de geração de caixa futuro

também é uma vantagem no uso do relatório, bem como a possibilidade de analisar a

relação entre a lucratividade e geração de caixa (LUZ, 2014).

Em complemento, Frezatti (1997) destaca que um fluxo de caixa inadequado

induz a empresa a não entender, não analisar e não decidir adequadamente sobre

sua liquidez.

2.3.10 Legislação

Longenecker, Moore e Petty (1997) afirmam que no plano jurídico o

79

empreendedor estabelece a forma de constituição da empresa. Além disso, o plano

jurídico não se impõe, necessariamente, como uma seção totalmente separada do

plano de negócios, mas frequentemente entra como parte da descrição geral da

empresa.

O registro da empresa varia de acordo com a região e com a categoria da

sociedade que será constituída, como: sociedade civil, mercantil ou firma individual.

Uma empresa prestadora de serviços registrará seu contrato social no cartório de

registro civil, já uma sociedade mercantil fará o registro na junta comercial

(DORNELAS, 2001).

Para Maximiano (2011), nesta seção deve-se apresentar a legislação aplicável

à empresa e os serviços profissionais a serem contratados, como advogados e

contadores.

Em complemento, Biagio e Batocchio (2005), afirmam que é preciso identificar

a forma jurídica da empresa, podendo ser de capital por cotas limitadas, sociedade

anônima, sociedade civil, entre outros. Também é preciso apresentar o tipo de

tributação jurídica e o segmento da empresa.

Andrich, Cruz e Schier (2008), ressaltam que são necessárias várias

informações para a abertura e o registro de uma empresa. Contudo, atualmente a

forma mais fácil de obter informações é por meio da Internet.

2.3.11 Cronograma e orçamento de implantação

Segundo Maximiano (2011, p. 213), “a preparação do cronograma do projeto

começa com a identificação das atividades ou tarefas necessárias para realizar os

entregáveis do escopo”. Em complemento Maximiano (2011, p. 214), afirma que

“depois de planejar as atividades, você deve definir o custo dos recursos necessários

para realizá-las. A definição do custo envolve três etapas interdependentes:

planejamento de recursos, estimativa de custos e elaboração do orçamento”.

O orçamento é a ferramenta de controle por excelência de todo o processo

operacional da empresa, pois envolve todos os setores da companhia (PADOVEZE,

2011).

Neste estudo, o processo de elaboração do cronograma e orçamento de

implantação seguirá as premissas da gestão de projetos. O projeto é um conjunto de

atividades interdisciplinares, interdependentes, finitas e não repetitivas. Visam um

80

determinado objetivo com cronograma e orçamento pré-estabelecidos.

Deste modo, finaliza-se a fundamentação teórica necessária para o presente

estudo. Na próxima seção, apresenta-se a metodologia utilizada para realização de

todas as etapas do plano de negócio.

81

3 METODOLOGIA

Neste capítulo será descrito como foi elaborado o plano de negócio completo,

além disso, serão apresentados os métodos utilizados para a coleta e análise dos

dados para a elaboração deste estudo.

A metodologia trata da parte mais complexa de um trabalho de pesquisa, é

elaborada pela especificação da metodologia que será utilizada nos trabalhos (GIL,

1999).

Para melhor entendimento, este capítulo será dividido em três seções:

caracterização da pesquisa, coleta de dados e tratamento e análise dos dados. Cada

seção tratará dos principais procedimentos metodológicos utilizados no decorrer do

trabalho, conceituando e definindo conforme a abordagem dos autores do tema.

3.1 NÍVEIS DE PESQUISA

Conforme Gresser (2004, p.42), “a metodologia desenvolve a preocupação em

torno de como captar e manipular a realidade, questionando a cientificidade da

produção tida como científica”. Em outra perspectiva, Demo (1995, p.11) afirma que a

“metodologia é o estudo dos caminhos, os instrumentos usados para se fazer ciência.

É uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa”.

Diante do exposto, basta caracterizar a pesquisa de acordo com a sua proposta

e objetivos. A pesquisa é de natureza aplicada, já que esta tem por objetivo gerar

conhecimentos para a aplicação prática envolvendo os interesses locais (GIL, 1999).

Segundo Castro (1978 apud MATTAR, 1999), a pesquisa aplicada é classificada como

investigações que respondem diretamente às indagações dos que estão envolvidos

na formulação de política, planejamento, entre outros.

Em relação à abordagem do problema, a pesquisa classifica-se como

predominantemente quantitativa, mas também pode ser classificada como qualitativa.

Segundo Gil (1999) na pesquisa qualitativa existe a consideração de relação entre o

mundo real e o sujeito, onde há interpretação e atribuição de significados nesse

processo de pesquisa. A fonte direta para a coleta dos dados é o ambiente natural e

82

a análise dos dados é feita indutivamente. Já a pesquisa quantitativa pondera o que

pode ser traduzido em números as opiniões, ela classifica e analisa as informações

utilizando técnicas estatísticas.

Na aplicação e tabulação da pesquisa, será utilizada a abordagem quantitativa,

porém na análise dos fornecedores e dos dados obtidos será utilizada a abordagem

qualitativa.

Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como descritiva, pois

conforme Mattar (2001) tem como propósito, descrever as particularidades de grupos,

caracterizando-se por possuir objetivos definidos e procedimentos formais, utilizando-

se geralmente os métodos de entrevistas pessoais, por telefone e questionários

pessoais.

Corroborando com Mattar, Gil (2007, p. 42) afirma que “as pesquisas

descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre

variáveis”. Ainda segundo o autor, as pesquisas descritivas têm o objetivo de estudo

de característica de um grupo. Dessas destacam-se as de estudo de caraterística de

um grupo, tais como: idade, nível de escolaridade, sexo, entre outros.

A pesquisa também é classificada como exploratória, pois esta possibilita maior

conhecimento sobre o tema e problema de pesquisa. Conforme Andrade (2003), a

pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho científico, é através das

pesquisas exploratórias que se avalia a possibilidade de desenvolver uma pesquisa

adequada sobre determinado assunto.

De acordo com Gil (1991, p. 45), a pesquisa exploratória “tem como objetivo

principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento

é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais

variados aspectos relativos ao fato estudado”.

3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

A pesquisa classifica-se como de levantamento ou survey, já que houve a

aplicação de questionários para abordar assuntos relevantes ao estudo. Segundo

Tripodi, Fellin e Meyer (1981, p. 39), o método survey “procura descrever com exatidão

algumas características de populações designadas”.

83

Na perspectiva de Gil (1999, p. 70), as pesquisas de levantamento:

[...] se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante a análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes aos dados coletados.

Além disso, a pesquisa classifica-se como de observação sistemática para

realizar a análise do ambiente externo, principalmente, junto aos concorrentes.

Segundo Alvarez (1991, p. 560), a observação é o “único instrumento de pesquisa e

coleta de dados que permite informar o que ocorre de verdade, na situação real, de

fato”.

Como procedimentos técnicos para a realização do estudo, foram utilizados a

pesquisa bibliográfica em livros e artigos, onde foram adquiridos os dados

secundários, justificando, cientificamente, este estudo. Conforme Gil (2007), a

pesquisa bibliográfica é realizada com base na leitura e interpretação de livros, artigos

científicos e materiais já elaborados.

Em complemento, Marconi e Lakatos (2001) afirmam que a pesquisa

bibliográfica é retirada de fontes que já existem chamadas também de fontes

secundárias.

Também foi utilizada a pesquisa documental para a coleta de informações úteis

em sites de órgãos como o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Junta Comercial do

Estado de Santa Catarina (JUCESC) e a Prefeitura do município de Florianópolis

(PMF).

De acordo com Gil (1991, p. 51), “a pesquisa documental vale-se de materiais

que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser

reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”. A análise documental consiste

em uma pesquisa e a análise de um ou vários documentos sobre o assunto

pesquisado. Desta forma, a análise documental favoreceu o desenvolvimento deste

estudo e coleta de dados sobre a caracterização do estudo.

3.3 COLETA DE DADOS

Para a aplicação dos questionários junto aos clientes em potencial, se fez

84

necessário calcular a amostra da população, já que não seria possível aplicar a

pesquisa em todo o universo da população. Para tanto, aplicou-se a fórmula de

Barbetta (2002).

Conforme informações da última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE, 2010), a população do município de Florianópolis neste

ano era de aproximadamente 421.240 habitantes. Com esta informação é possível

realizar o cálculo da amostra, que dirá o mínimo de questionários que deverão ser

aplicados para que a pesquisa seja considerada segura.

Sendo assim, segue fórmula para o cálculo da amostra, segundo Barbetta

(2002):

Onde: N é o tamanho (número de elementos) da população;

n é o tamanho (número de elementos) da amostra;

n0 uma primeira aproximação para o mundo da amostra;

E0 erro amostral tolerável.

Portanto, utilizando a fórmula de Barbetta (2002), com uma margem de erro de

7%, para uma população de 421.240 habitantes e n0 igual a 204,08, resulta-se em

uma amostra de 203,98 pessoas. No presente estudo, a amostra foi arredondada

totalizando 204 pessoas.

n0 =1

(0,07)²= 204,08 𝑁 =

421240.204,08

421240 + 204,08= 203,98

Foi adotado, como instrumento quantitativo para a coleta de dados primários, o

questionário estruturado, identificando os aspectos mercadológicos junto aos clientes

em potencial, no período do segundo semestre do ano de 2015. Para Roesch (2009),

o questionário é o instrumento mais utilizado em pesquisas de natureza quantitativa,

principalmente em pesquisa de grande escala.

O questionário foi desenvolvido de acordo com o objetivo do mesmo. Aplicou-

85

se o questionário com os clientes em potencial da futura empresa. O mesmo conta

com 22 questões e foi dividido em duas seções, a primeira trata do perfil do cliente e

abrange perguntas diretas sobre a vida do futuro cliente, como idade, onde mora,

renda mensal, situação civil, entre outras. A segunda seção do questionário é para

identificar as experiências, sugestões e outras informações necessárias para o estudo

de mercado, abrange perguntas como quais fatores os fazem frequentar certos

estabelecimentos, grau de satisfação com o atendimento em empresas concorrentes,

qual a melhor forma de pagamento, entre outros.

Antes da aplicação definitiva do questionário é necessário realizar um pré-teste

que irá identificar possíveis falhas na elaboração do questionário. Este pré-teste foi

aplicado com 15 pessoas e foram identificados erros ortográficos em algumas

questões, além da necessidade de reescrever algumas questões para facilitar o

entendimento dos entrevistados. O questionário encontra-se no apêndice A deste

estudo e foram desenvolvidos com base na fundamentação teórica deste estudo, onde

se verificou os principais pontos que deverão ser analisados e transportados para a

pesquisa.

O questionário foi aplicado pessoalmente nas três alternativas de endereço

para a abertura da confeitaria, em dias e horários similares. Também foi aplicado pela

internet, sendo divulgado o link para acesso ao questionário nos meios de

comunicação e redes sociais mais utilizados atualmente.

Em seguida, utilizou-se o método da observação sistemática para avaliar

alguns critérios dos principais concorrentes. Para isso, a acadêmica frequentou os

estabelecimentos no mês de setembro deste ano, a fim de identificar os critérios e

avaliá-los. Buscou-se avaliar o desenvolvimento das empresas em relação ao

mercado e aos clientes. Como parte da análise da viabilidade de abertura da empresa

La Pâtisserie, foi solicitado orçamentos de móveis, maquinários, utensílios para a

produção, além de outras informações essenciais para melhor visualização da

viabilidade.

3.4 FORMAS E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados na pesquisa aplicada por meio do questionário estruturado

foram examinados estatisticamente com o auxílio do software SPHINX, que permite a

86

realização de todas as etapas de pesquisas, além disso, também permite a

importação dos dados para outros documentos, desta forma, foi possível transformar

os dados em gráficos e tabelas para melhor visualização das informações.

Depois de reunir todos os dados necessários, foi possível desenvolver o plano

financeiro da empresa, através de ferramentas da matemática financeira como

payback, ponto de equilíbrio, margem de contribuição, taxa interna de retorno, valor

presente líquido, além das demonstrações de resultado, fluxo de caixa e balanço

patrimonial. Durante a aplicação dos métodos para a análise financeira, foi utilizado a

calculadora científica e o programa Microsoft Office Excel 2010. Após, todas as

tabelas foram exportadas para este documento.

Segundo Mattar (2001), após a coleta de dados, os mesmos precisam ser

interpretados e comparados com a fundamentação teórica. Portanto, os dados

coletados e os cálculos realizados, foram confrontados com a teoria, servindo de base

para as análises realizadas no decorrer deste estudo.

Desta forma, encerra-se este capítulo que tratou dos meios utilizados para a

realização deste estudo. A seguir, inicia-se o desenvolvimento do trabalho, com o

plano de negócios em definitivo.

87

4 PLANO DE NEGÓCIO

Neste capítulo apresenta-se o plano de negócios elaborado para a implantação

da empresa La Pâtisserie – Confeitaria Fina na cidade de Florianópolis.

4.1 RESUMO EXECUTIVO

O presente plano de negócios tem como objetivo analisar a viabilidade de

implantação de uma confeitaria fina na cidade de Florianópolis.

Localizada em uma área central de Florianópolis, a estrutura da confeitaria La

Pâtisserie contará com uma decoração aconchegante, que explora formas, conforme

as figura 5 e 6, construída em uma área de 170,73m², distribuídos entre salão com

capacidade para 12 mesas e 48 cadeiras, área de atendimento e caixa, cozinha e

lavabo.

Figura 5: Ambiente interno (salão) Fonte: Dados primários, 2015.

88

Figura 6: Ambiente interno (atendimento)

Fonte: Dados primários, 2015.

A confeitaria será especializada em doces franceses com um toque brasileiro,

objetivando reestruturar o paladar e o conceito de confeitaria dos brasileiros.

Neste setor, o mercado é bastante competitivo, portanto, além de atender os

clientes que residem ou trabalham próximo à região, a confeitaria procurará atender

também aos turistas e empresários de passagem pela cidade. Assim sendo, a

confeitaria La Pâtisserie se propõe a trazer um diferencial para seus clientes,

oferecendo um produto de qualidade aliado ao atendimento de excelência.

Diante da alta competitividade do mercado, a confeitaria adotará como

estratégias de excelência as seguintes ações: oferecer pratos inovadores, criativos e

de qualidade, conquistar e fidelizar o cliente, proporcionar aos clientes um ambiente

agradável e decorado, proporcionar aos funcionários um ambiente de parceria,

respeito e reconhecimento, manter uma venda mínima e evitar desperdícios, trabalhar

com fornecedores éticos, firmar parcerias duradouras, além de manter uma relação

estável com a sociedade, auxiliando e participando de ações comunitárias.

A gestão da confeitaria La Pâtisserie será realizada pelo proprietário e Chef de

cozinha do estabelecimento, Newton Kramer, que também será responsável pela

operacionalização da empresa juntamente aos funcionários descritos no plano.

A confeitaria La Pâtisserie servirá pratos oriundos da confeitaria francesa em

porções individuais, as quais também servirão de prova para encomendas de tortas

ou doces maiores. Os insumos, que compreendem as massas, recheios, mousses e

todos os outros produtos que podem ser armazenados sem que haja perda da

89

qualidade do produto serão confeccionados conforme a previsão de demanda da

semana. Já o processo de finalização do prato que compreende a etapa de montagem

e avaliação da qualidade do prato, será realizado conforme a demanda do dia. O

cardápio estará em constante modificação de forma a atender as tendências do

mercado, desta forma, espera-se satisfazer os clientes mais exigentes e que gostam

de apreciar uma sobremesa diferenciada e de qualidade. O diferencial do negócio é

oferecer pratos criativos, inovadores e elaborados com carinho e alta qualidade.

Após a análise dos dados da pesquisa de mercado, identificaram-se como

clientes potenciais pessoas dos gêneros masculino e feminino, que em sua maioria

são visitantes na região, solteiros, com ensino superior incompleto e com renda que

varia entre média e baixa.

De acordo com a análise do ambiente externo, junto aos fornecedores e

concorrentes, foi elaborada uma projeção média de vendas mensais em torno de

R$45.263,60 e anuais de R$543.163,20. Através das ferramentas financeiras

utilizadas para elaborar o plano, concluiu-se que a implantação da empresa La

Pâtisserie é viável e atrativa, econômica e financeiramente nos três cenários definidos:

realista, otimista e pessimista. Cabe ressaltar que o investimento será 100% de capital

próprio, não havendo necessidade de financiamento.

4.2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A marca La Pâtisserie foi idealizada pelo Chef de cozinha Newton Kramer em

meados do ano de 2014. Ainda não registrada, a marca passa por uma fase de

expansão, necessitando de um planejamento para a correta abertura da empresa.

O Chef Newton Kramer ingressou no ramo, por acaso, em 2009 quando iniciou

o curso técnico de cozinha no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), contudo,

acabou se apaixonando pela área e desde então não parou de estudar. Ao concluir o

curso técnico em meados de 2010, buscou se tornar um profissional completo,

ingressando no curso de panificação e confeitaria da mesma instituição de ensino,

concluindo o curso ao final de 2011. Em outubro de 2010, participou do concurso de

gastronômico da Fenaostra – festa tradicional em comemoração à cultura açoriana

em Florianópolis. No evento, conquistou 1º lugar, ganhando um curso básico de

Cozinha Internacional nível 3, o qual foi realizado no Instituto Mausi Sebess, na

90

Argentina.

Desde então, o Chef vem se aperfeiçoando em diferentes áreas da

gastronomia, realizando cursos como coquetelaria e enologia, serviços de vinhos,

gastronomia molecular e mixologia molecular, entre outros. Essa diversidade de

conhecimentos lhe possibilitou trabalhar desde auxiliar de cozinha, passando por

cozinheiro, até a atuação como Chef de cozinha, com a responsabilidade de

coordenar uma equipe. Porém, no início de 2014 surgiu a necessidade e grande

vontade de ter o seu próprio negócio. Visualizando um nicho de mercado pouco

desenvolvido na região, passou a se dedicar ainda mais à confeitaria, o que o levou a

realizar um curso intensivo de confeitaria avançada em São Paulo. Conciliando as

novas expectativas que surgiam, com o ingresso no tão almejado curso superior de

tecnologia em gastronomia, o Chef tem se dedicado a estruturar a marca La Pâtisserie

no mercado, dando ênfase em trazer para a região um novo estilo e conceito de

confeitaria. Com o auxílio de um amigo, o Chef estruturou a logomarca da futura

empresa que se encontra na figura 7.

Figura 7: Logomarca da confeitaria La Pâtisserie Fonte: Dados primários, 2015.

A La Pâtisserie surgiu da necessidade após o Chef ficar desempregado. Na

época, conseguiu uma vaga em uma barraca na feira de artesanato no centro da

cidade de Florianópolis, onde começou a vender alguns dos produtos. No entanto,

logo teve de cessar as vendas na feira para poder atender aos pedidos semanais de

91

duas confeitarias da região. Desde então, além de fornecer os doces para estas

confeitarias também recebe encomendas diretamente dos clientes.

A grande dificuldade do Chef atualmente é o local de sua produção, já que o

mesmo divide uma cozinha semi-industrial nos fundos da própria casa, com o pai que

também trabalha com a venda de alimentos. Além disso, a demanda está crescendo

muito, fazendo com que o Chef tenha dificuldades em aceitar todas as encomendas.

Outro fator é a logística de transporte dos produtos, que é realizado em um veículo

não adaptado para este tipo de serviço fazendo com que a qualidade do produto caia.

Ainda em relação à logística, mas interligado com o setor de recursos humanos, o

processo de compra de matéria-prima e venda dos produtos estão diretamente

ligados, fazendo com que o Chef tenha que se dividir em diversas funções, não tendo

o tempo necessário para realizar todas as tarefas do dia-a-dia com perfeição.

Atualmente, não só por uma questão de preço, mas também em função da

demanda, a compra de insumos é realizada diretamente nos supermercados da região

e também em algumas lojas especializadas como Isamara Amâncio, K&K Festas e

Xandoca. A principal fonte de renda são os pedidos das duas filiais da confeitaria Doce

Desejo, situadas nos shoppings Itaguaçu e Continente Park. O processo de produção

é bastante simples, já que a demanda ainda não é muito grande, portanto, a cada

pedido o Chef compra os insumos necessários, confecciona e entrega mediante o

pagamento à vista.

Após a constatação da necessidade de uma confeitaria na região que

reportasse à verdadeira confeitaria francesa pelo Chef de cozinha Newton Kramer,

surgiu a proposta deste trabalho, que consiste em elaborar um plano de negócios para

verificar a viabilidade de abertura da empresa La Pâtisserie que irá auxiliar o Chef

Newton na abertura da empresa.

Após algumas reuniões vislumbrando as projeções da empresa, foi possível

entender o propósito da abertura e dar início ao plano de negócio.

4.3 ANÁLISE SETORIAL

Nesta seção serão abordados assuntos sobre o histórico e a expectativa do

setor em que a empresa La Pâtisserie será inserida.

Segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN, 2012)

92

houve um crescimento acentuado no poder aquisitivo do povo brasileiro. Porém, com

a atual crise econômica que o país vem enfrentando, este crescimento estagnou e

vem decrescendo a cada mês. Conforme os dados mais atuais auferidos pela

pesquisa do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) houve quedas

sucessivas nos últimos seis meses, isto resultou em um aumento de 1% da massa

salarial no acumulado de 12 meses encerrados em maio, foi o menor crescimento

histórico desde 2012.

Conforme pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e

Restaurantes (ABRASEL, 2012), o faturamento no setor de restaurantes no ano de

2012 foi de 13%, superior ao registrado no ano anterior, a pesquisa ainda revelou que

o mercado de alimentação fora de casa ainda deve crescer mais seis vezes acima do

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Em 2015, a ABRASEL constatou que o faturamento médio do setor de

alimentação fora de casa caiu cerca de 8% no primeiro trimestre de 2015. Os dados

foram comparados ao quarto trimestre de 2014 e segundo a associação,

“considerando a sazonalidade e a redução histórica de 6% para o período, a queda

real chega a 2,39%”. Solmucci (2015) afirma que esta situação atinge em cheio os

estabelecimentos que oferecem refeições com valores superiores a R$30, estes

representam aproximadamente 12% do setor. Em contrapartida, a recessão favorece

os estabelecimentos que praticam o preço abaixo de R$20, estes representam 75%

do setor.

Ainda segundo dados da ABRASEL (2015) o Brasil comporta atualmente cerca

de 6,4 milhões de estabelecimentos empresariais, sendo que destes, 99% são de

micro e pequenas empresas. A estimativa é que haja no país, cerca de um milhão de

empreendimentos no setor de alimentação fora de casa.

De acordo com o Portal Brasil (2014) o “segmento da alimentação fora do lar é

gerador expressivo de empregos no País, respondendo por mais de 6 milhões de

vagas de trabalho atualmente”. Em complemento, o Portal Brasil ainda entrevistou

cinco mil consumidores no início de 2014, na pesquisa foi constatado que o gasto

médio por refeição fora de casa é de aproximadamente R$14,39, mais precisamente:

classe A cerca de R$20,02, classe B cerca de R$15,08 e classe C cerca de R$11,47.

Outro fato constatado na pesquisa é que o consumidor está mais disposto a gastar no

jantar e em horários de lazer. Neste caso, 60% das refeições são feitas no próprio

93

local, 30% dos consumidores preferem levar para casa, 3% realizam a compra pelo

drive thru e 7% solicita o serviço de entrega (delivery).

Segundo dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC,

2013), o estado possui um total de 14.593 restaurantes e similares cadastrados e com

registro ativo. Ainda segundo dados da JUCESC (2015) no ano de 2014 apenas 9

empresas declararam falência, em contrapartida, somente nos primeiros 8 meses

deste ano 26 empresas declararam falência.

A comercialização de alimentos é uma atividade que precisa necessariamente

de constantes inovações para que o cliente saia satisfeito e retorne ao

estabelecimento. Portanto, neste setor é preciso que exista um controle rigoroso com

a manipulação dos alimentos, um cardápio criativo e inovador, atendimento de

excelência, valor agregado ao produto, pois desta forma, é possível criar vantagem

competitiva.

Em contrapartida da crise econômica, os gastos com lazer e mudanças nas

compras do supermercado foram as medidas adotadas por 84% dos brasileiros. Mas

o setor de alimentação fora de casa também já está sentido a crise. De acordo com a

ABRASEL (2015), a queda de faturamento nos estabelecimentos de alimentação

entre R$30 e R$70 foi de aproximadamente 3% no primeiro semestre de 2015, por

outro lado, o movimento nos estabelecimentos que aceitam ticket até R$30 aumentou

entre 4% e 10%, isso indica que o consumidor está procurando novas formas de

consumo, barateando ou reduzindo gastos.

Para driblar a retração econômica do país, os consumidores estão mudando os

seus hábitos, de acordo com o jornal O Estado, 64% dos brasileiros viraram caçadores

de promoções para enfrentar a crise. Isso indica, que mesmo em tempos

economicamente ruins, o brasileiro não deixa de consumir, apenas recorre a

alternativas mais baratas e com maior custo-benefício. Portanto, a empresa precisa

se adaptar ao cenário econômico de forma a garantir a sua permanência no mercado.

Na próxima seção, serão apresentados os resultados da pesquisa de mercado

realizada com os consumidores em potencial da confeitaria La Pâtisserie.

4.3.1 Tratamento e análise da pesquisa de mercado

Posterior à aplicação do questionário junto aos 242 habitantes da amostra

deste estudo, os dados foram tabulados no sistema SPHINIX e configurados em

94

gráficos que serão apresentados a seguir diante da análise de cada questão.

A primeira questão procura identificar a proporção de respostas em relação ao

gênero dos entrevistados.

Gráfico 1: Gênero dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme o gráfico 1, do total de entrevistados 63,2% são do sexo feminino e

36,8% do sexo masculino.

Hoje em dia as mulheres, em busca da igualdade social, estão cada vez mais

inseridas no mercado, desta forma, o equilíbrio entre família e trabalho acaba sendo

prejudicado. Para tanto, é visto que elas procuram na alimentação fora de casa uma

forma de economizar tempo. No entanto, a vida atribulada não é uma característica

somente das mulheres, os homens também enfrentam essa dinâmica diária para

manter seus compromissos. Portanto, pode-se concluir que tanto as mulheres, quanto

os homens fazem parte do público-alvo da empresa La Pâtisserie.

Conforme o gráfico 2, a segunda questão trata da faixa etária dos entrevistados.

Gráfico 2: Faixa etária dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

No gráfico 2, é possível observar que os jovens entre 18 e 25 anos obtém maior

representatividade em relação ao total de entrevistados, sendo 59,1%. Em seguida,

com 16,5%, estão os entrevistados com idade entre 26 e 30 anos.

Nota-se que a confeitaria La Pâtisserie deverá promover ações de marketing

95

envolvendo principalmente o público entre 18 e 30 anos, porém, como a proposta do

negócio é envolver o público e desenvolver um novo conceito de confeitaria, essa

atuação deverá atingir diversas idades.

A próxima questão versa sobre o estado civil do entrevistado, conforme o

gráfico 3.

Gráfico 3: Estado civil dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

De acordo com o gráfico 3, a maioria dos entrevistados são solteiros com 69,8%

do total, 17,4% da amostra são casados e 9,9% vivem em união estável. A minoria,

representada por 2,9% dos entrevistados são divorciados, separados ou viúvos.

Observa-se que neste segmento, o público jovem e consequentemente solteiro,

é atraído mais facilmente. Porém, a confeitaria estará preparada para receber tanto

casais, grupos de amigos ou família.

Na questão 4 pode-se avaliar o nível de escolaridade dos entrevistados.

Gráfico 4: Nível de escolaridade dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme o gráfico 4, os entrevistados com ensino superior incompleto

representam metade da amostra com 50,8%, seguido de 22,3% com ensino superior

incompleto, 10,3% com ensino médio completo e 9,1% pós graduado.

96

Entende-se que o maior público da confeitaria são jovens a partir de 18 anos,

justificando a porcentagem alta de entrevistados com nível superior incompleto.

Entretanto, a confeitaria La Pâtisserie pretende atingir diversas faixas etárias, além de

fornecer produtos com preços compatíveis aos praticados no mercado.

Conforme o gráfico 5, a próxima questão trata da renda individual dos

entrevistados.

Gráfico 5: Renda dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Do total da amostra, os entrevistados com renda até R$1.500,00 representam

43,4%, seguido de 20,2% que tem renda maior que R$3.000,01 e 16,1% com renda

entre R$1.500,01 e R$2.000,00.

Observa-se que os percentuais de renda condizem com o nível de escolaridade

dos entrevistados apresentados anteriormente. Outra constatação é que em tempos

de retração econômica os brasileiros tendem a gastar menos em atividades de lazer,

porém, não deixam de se alimentar bem fora de casa, portanto, a confeitaria La

Pâtisserie deverá oferecer produtos de qualidade e confiança buscando amenizar o

impacto do preço de venda.

A próxima questão versa sobre a moradia os entrevistados, conforme o gráfico

6.

Gráfico 6: Moradia dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

97

Analisando o gráfico 6 é possível concluir que a metade dos habitantes da

amostra moram com os pais, representando 50,8% do total, seguido dos 31,8% que

moram com o companheiro(a) e/ou filhos, além dos 13,6% que moram sozinhos. Os

3,7% que representam a opção “outros”, foram compostos por entrevistados que

moram com amigos, primos, entre outros.

Entende-se que pelo fato da maioria do entrevistados morarem com os pais,

estes têm maiores condições de frequentar ambientes como o que será oferecido pela

confeitaria La Pâtisserie.

A questão 7 visa identificar onde residem os prováveis clientes da confeitaria

La Pâtisserie.

Gráfico 7: Cidade em que os entrevistados residem Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Identificou-se que 52,9% dos entrevistados residem na cidade de São José, do

total 33,5% residem em Florianópolis, 9,1% na cidade de Palhoça, 2,9% em Biguaçu

e 1,7% assinalaram a opção “outros”.

Deste modo, a confeitaria La Pâtisserie deverá estar preparada para atender

clientes de outras regiões, não só de Florianópolis.

Os entrevistados também foram questionados acerca do por que transitam na

região de Florianópolis, a seguir apresenta-se o resultado no gráfico 8.

Gráfico 8: Por que os entrevistados transitam na região? Fonte: Elaborado pela autora (2015)

98

Segundo o gráfico 8, do total de entrevistados, 54,5% transitam na região de

Florianópolis apenas à passeio e/ou compras, seguido dos 19,4% que trabalham na

região, 12,4% que estudam na região, 10,3% que não transitam na região e os 3,3%

que residem na região.

Observa-se que é uma boa oportunidade para a confeitaria La Pâtisserie, já

que mais da metade dos entrevistados serão possíveis clientes da empresa e

frequentam a região à passeio e/ou compras.

Conforme o gráfico 9, a questão 9 trata da profissão dos entrevistados.

Gráfico 9: Profissão dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Segundo o gráfico 9, quase metade dos entrevistados 42,1% são empregados,

seguido dos 33,1% que são estudantes, dos 12,4% que são funcionários público, dos

6,6% que trabalham como autônomo e dos 5% que são empresários. Além destes,

houve 0,8% de entrevistados que assinalaram a opção “outros”, inclui-se neste os

desempregados.

Mesmo com o alto índice de estudantes, percebe-se que a maioria dos

entrevistados são assalariados, portanto, entende-se que os mesmos podem

frequentar locais como os da confeitaria.

A décima questão indaga os entrevistados sobre o local de preferência para a

abertura da confeitaria La Pâtisserie e pode ser conferida no gráfico 10.

99

Gráfico 10: Localização de preferência dos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

De acordo com o gráfico 10, o local eleito para a abertura da confeitaria La

Pâtisserie foi a Avenida Beira Mar Norte com 35,1%, porém, muito próximos com

32,6% e 32,2% ficaram a Avenida Madre Benvenuta e a Avenida Rio Branco

respectivamente.

Observa-se pelas porcentagens, que independentemente do local escolhido

para a abertura da confeitaria, haverá público para as atividades da La Pâtisserie.

Com isso, é necessário avaliar outras variáveis que irão definir o local de acordo com

o plano financeiro da empresa.

A próxima questão versa sobre a frequência com que o entrevistado costuma

se alimentar na região de Florianópolis.

Gráfico 11: Frequência de alimentação dos entrevistados na região Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme o gráfico 11, do total de entrevistados, 26,9% alimentam-se na região

de Florianópolis somente em datas especiais. No entanto, 18,2% não se alimentam

na região, 30,6% se alimentam ao menos uma vez por mês na região e somente

24,4% se alimenta ao menos uma vez por semana na região.

Entende-se que o público-alvo da confeitaria La Pâtisserie procura este tipo de

estabelecimento esporadicamente, apenas em datas especiais e comemorações.

100

Para tanto, a confeitaria deverá se adaptar ao mercado fornecendo um ambiente

aconchegante e interativo para alcançar estes clientes, além de reforçar as ações de

marketing e o atendimento pessoal para conseguir conquistar e fidelizar este cliente.

A questão 12 procura identificar a opinião dos entrevistados em relação à

importância da abertura de uma nova confeitaria na região de Florianópolis.

Gráfico 12: Importância de abertura pelos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Com 84,3% do total, o gráfico 12 demonstra que a maioria dos entrevistados

considera importante a abertura de um novo estabelecimento neste segmento. No

entanto, 15,7% não consideram importante.

Analisando a concorrência é possível confirmar que os clientes consideram

importante a abertura de um novo estabelecimento que lhe forneça um produto de

qualidade e sabor, além dos diferenciais competitivos, como atendimento

diferenciado, ambiente aconchegante e preços acessíveis.

Na questão 13, foram expostos oito variáveis de um bom estabelecimento que

todos os consumidores almejam encontrar num só lugar. Porém, a intenção era

analisar dentre todas elas, as que se sobressaem em relação às outras. Neste caso,

apresenta-se o gráfico 13.

Gráfico 13: Itens mais importantes para os entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

101

De acordo com o gráfico 13, o público-alvo da confeitaria La Pâtisserie

considera como item mais importante a qualidade representando 23,1% do total,

seguido do atendimento com 18,7% e da higiene com 17,4%. Ainda assim, os outros

itens não deixam de ser indispensáveis, portanto, também foram votados o preço com

13%, a comida diferenciada com 9,1%, o ambiente com 8,7%, a acessibilidade com

6,6% e por último a variedade com 3,4%.

Ao que indica, os consumidores procuram se alimentar em lugares cujo a

qualidade é levada como primeira ordem. Além disso, o estabelecimento precisa saber

lidar com as diversidades mantendo um bom atendimento. Contudo, a confeitaria La

Pâtisserie, tem como primeiro valor a qualidade de seus produtos e serviços. Para

conseguir conquistar os clientes, a confeitaria desenvolverá uma série de ações que

buscam otimizar seus serviços.

A próxima questão trata da forma de pagamento mais utilizada pelos

consumidores.

Gráfico 14: Forma de pagamento mais importante para os entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme o gráfico 14, a forma de pagamento mais utilizada pelos

entrevistados é o cartão de débito representando 48,8% do total, o cartão de crédito

com 25,6%, o dinheiro 18,2% e apenas 7,4% utilizam o vale refeição.

Entende-se, que pelas circunstâncias vivenciadas atualmente, os

consumidores buscam andar sem dinheiro no bolso, optando pelos cartões de débito

e crédito. Portanto, a confeitaria deverá adaptar-se à esta demanda e fornecer formas

de pagamento mais seguras.

Na questão 15, foram apresentados os principais concorrentes da confeitaria

La Pâtisserie. Os entrevistados deveriam escolher, dentre as opções, somente uma

alternativa que representasse o estabelecimento que eles frequentam com mais

frequência.

102

Gráfico 15: Frequência dos entrevistados nos concorrentes Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Observa-se que quase metade dos entrevistados, representando 41,3% do

total, não frequentam nenhum dos concorrentes, Porém, 21,1% frequentam a

confeitaria Dona Fulana, 10,7% frequentam outros estabelecimentos, inclui-se a

cafeteria Café Paris, com 9,1% ficam a confeitaria Akitutes e o Café Cultura, seguido

de 5% que frequentam a doçaria Patrícia Goerdert, os 2,1% que frequentam a Chef

Shirley e os 0,4% que frequentam a confeitaria Amor aos pedaços.

Entende-se que o segmento de confeitaria fora de padarias e supermercados

ainda é algo novo no mercado. A princípio, a confeitaria Dona Fulana, foi quem

fortaleceu este segmento que ainda é muito recente. Portanto, a confeitaria La

Pâtisserie deverá realizar um grande trabalho acerca da construção de uma marca

forte e com produtos de qualidade, de forma a conquistar clientes e aumentar a

propagação da empresa.

A seguir, apresenta-se o gráfico 16 que analisa a satisfação perante aos

concorrentes listados na pergunta anterior.

Gráfico 16: Satisfação dos entrevistados com os concorrentes Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme o gráfico 16, os concorrentes da confeitaria La Pâtisserie, foram

103

avaliados com bom grau de satisfação, representando 43,4%. Porém, ainda existem

19,4% que avaliaram como média satisfação, 15,7% avaliaram como excelente

satisfação, 1,7% como satisfação ruim e 1,2% como péssima satisfação. Além disso,

18,6% não avaliaram pois não frequentam este tipo de estabelecimento.

Na questão 17 foram listados os principais produtos da confeitaria, os

entrevistados deveriam apontar qual a sua principal escolha.

Gráfico 17: Produto mais pedido pelos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

As tortas e bolos representam quase a metade do total, com 48,8%, seguido

do petit gateau com 13,6%, do cupcake com 9,1%, do cheesecake com 4,5%, da

mousse com 2,1%, do macaron com 0,4% e a opção “outros” com 4,5% incluindo

pães, brownies, salgados e bebidas quentes. Além disso, 16,9% dos entrevistados

dizem não escolher nenhum produto de confeitaria.

Observa-se que a maior concentração de pedidos gira em torno das tortas e

bolos, portanto, a confeitaria La Pâtisserie deverá elaborar um cardápio de acordo

com este resultado. Obviamente, outros produtos serão incluídos trazendo uma

variedade para a confeitaria e agradando diferentes paladares.

A próxima questão trata do interesse de abertura da confeitaria La Pâtisserie

ao domingos e feriados.

Gráfico 18: Interesse de abertura aos domingos e feriados pelos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

104

De acordo com o gráfico 18, a maioria dos entrevistados acham interessante a

abertura da confeitaria aos domingos e feriados, esse percentual representa 86,8%

do total. Os outros 13,2% não acham necessário a abertura da confeitaria aos

domingos e feriados.

Entende-se que pela vida atribulada que os consumidores vivenciam

diariamente, a frequência em restaurantes, confeitarias ou outros estabelecimentos

podem se restringir apenas aos domingos, feriados e datas especiais. Portanto, a

confeitaria La Pâtisserie deverá envolver em seu plano de negócio a possibilidade de

abertura aos domingos e feriados para atender ao seu público-alvo.

A questão 19 trata dos tipos de propaganda que mais atraem a atenção dos

consumidores entrevistados.

Gráfico 19: Propaganda mais atraente para os entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Segundo o gráfico 19, as redes sociais e a indicação de amigos são as

propagandas que mais atraem a atenção do consumidor com 42,4% e 4,7% do total

respectivamente. Em seguida, apresenta-se a televisão com 6,5%, o folder com 4,8%,

o outdoor com 3,1%, o jornal com 2% e a rádio com 0,6% do total de entrevistados.

Nota-se que as propagandas mais atraentes para o consumidor são justamente

as que não custam nada para a empresa e que dependem somente de seus serviços

e produtos bem oferecidos. Portanto, a confeitaria deverá dar maior atenção aos

procedimentos de produção e atendimento para refletir no plano de marketing da

empresa.

A vigésima questão indaga aos entrevistados se os mesmos participam de

promoções e eventos realizados por estabelecimentos.

105

Gráfico 20: Interesse dos entrevistados em participar de promoções e eventos Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Com 57,9% do total, a maioria dos entrevistados participam de promoções e

eventos realizados pelos estabelecimento. Em contrapartida, 42,1% não costumam

participar.

Observa-se neste gráfico a possibilidade de atrair novos clientes e induzi-los

ao consumo na confeitaria. É uma grande oportunidade para a empresa, já que

atualmente, os consumidores estão mais críticos e analistas. Com a promoção ou

eventos, é possível quebrar algum paradigma e envolver o cliente de forma a

conquistá-lo.

A próxima questão solicita aos entrevistados que indiquem a promoção que os

mesmos gostariam de participar.

Gráfico 21: Promoção que os entrevistados participariam Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Com 38,8% a promoção “compre um, leve dois” foi a mais escolhida, seguida

do aniversariante do dia com 21,1%, cartão fidelidade com 14,9%, sites de compra

coletiva com 10,3%, sorteio em redes sociais com 6,6% e indique um amigo com 2,9%.

Além disso, com 5,4% do total estão os entrevistados que não participam de nenhuma

promoção.

Pela baixa porcentagem de consumidores que não participam de nenhuma

promoção, conclui-se que independente da promoção, sempre haverá demanda à ela,

basta que a empresa saiba com implanta-la e divulga-la. Portanto, a confeitaria La

106

Pâtisserie poderá aderir às promoções como forma de divulgação da empresa e

atração ou manutenção de clientes.

Por fim, a questão 22 busca avaliar a demanda de encomendas dentre os

entrevistados.

Gráfico 22: Interesse em encomendas pelos entrevistados Fonte: Elaborado pela autora (2015)

De acordo com o gráfico 22, a maior parte dos entrevistados costuma

encomendar tortas e/ou doces, estes representam 75,2% do total. Os entrevistados

que não costumam encomendar totalizam 24,8%.

Conclui-se que a confeitaria La Pâtisserie, tendo uma boa logística de

produção, poderá aderir ao comércio de seus doces por encomendas para abranger

uma maior parte do mercado.

Com todas as questões analisadas, pode-se iniciar efetivamente o plano de

negócios. Portanto, na próxima seção apresenta-se a análise estratégica

desenvolvida para a confeitaria La Pâtisserie.

4.4 ANÁLISE ESTRATÉGICA

É a partir da análise estratégica que a empresa conseguirá visualizar o mercado

onde estará inserida e quais as estratégias que deverão ser tomadas para alcançar a

meta proposta. Portanto, a seguir será apresentado a análise estratégica para a

empresa La Pâtisserie.

4.4.1 Visão

A visão é um objetivo previamente estabelecido que a empresa deseja alcançar

no futuro, portanto, apresenta-se a visão estabelecida em conjunto com o futuro

proprietário da confeitaria La Pâtisserie para o segundo ano subsequente à instalação

da empresa.

107

Proporcionar um novo conceito de confeitaria, fornecendo produtos de alta

qualidade e inovação aliados a um serviço de excelência.

4.4.2 Missão

A missão é o legado que a empresa deseja instituir durante sua jornada no

mercado, satisfazendo uma necessidade do mercado. Apresenta-se a seguir a missão

estabelecida em conjunto com o futuro proprietário da confeitaria La Pâtisserie.

Produzir e comercializar experiências, sensações e momentos especiais a partir

de produtos de alta qualidade, sempre priorizando a satisfação dos nossos

clientes, de forma a promover uma mudança no paladar dos consumidores através

da inovação.

4.4.3 Valores

Os valores instituídos por uma empresa são os princípios que todos os

envolvidos nos processos da empresa devem trabalhar. Neste caso, os valores da

empresa envolvem:

Qualidade;

Inovação;

Criatividade;

Honestidade

Respeito;

Amor pelo trabalho.

4.4.4 Objetivos, metas e estratégia

Conforme a fundamentação teórica, a análise do mercado e a experiência dos

envolvidos neste estudo, foi possível elaborar o quadro a seguir que demonstra os

objetivos, estratégias e ações definidos para a empresa La Pâtisserie.

Objetivos Metas Estratégias

Conquistar e fidelizar clientes

* Satisfazer a vontade dos clientes e incentivá-los à

compra

* Disponibilizar aos consumidores produtos de alta qualidade e inovação

* Capacitar os funcionários para que saibam realizar um serviço de atendimento com excelência; * Lançar promoções e eventos para movimentar e incentivar os clientes à compra; * Conhecer e respeitar o perfil dos clientes;

108

Disponibilizar um ambiente acolhedor e

interativo para os clientes

* Utilizar somente insumos frescos e de alta qualidade; * Disponibilizar apresentações de pratos criativos; * Capacitar periodicamente todos os envolvidos na produção; * Incentivar o brainstorming dentro da empresa, a fim de captar as melhores ideias; * Disponibilizar um atendimento exclusivo; * Disponibilizar um ambiente climatizado e com iluminação correta.

Disponibilizar um ambiente de trabalho leve e motivador aos

funcionários

* Proporcionar aos funcionários um ambiente

de amizade, parceria, respeito e reconhecimento

para evitar desentendimentos e

incentivar a pro atividade

* Oferecer periodicamente cursos de capacitação e de reciclagem; * Tratar o funcionário como sendo o principal cliente oferecendo brindes e reconhecimentos; * Manter uma relação de amizade e respeito.

Alcançar as metas financeiras propostas

* Manter uma venda mínima de R$45.263,60

ao mês e evitar desperdícios

* Manter uma relação de

parceria com os fornecedores

* Utilizar o planejamento e controle financeiro periodicamente; * Investir em marketing; * Evitar desperdícios; * Pesquisar com os concorrentes informações sobre os fornecedores; * Negociar parcerias e patrocínios; * Manter um relacionamento ético com os fornecedores e exigir o mesmo deles.

Atuar com responsabilidade social

* Manter uma relação estável com a sociedade auxiliando e participando

de ações sempre que possível

* Participar de ações comunitárias; * Evitar desperdício, mas quando houver, dar alguma utilidade final; * Doar alimentos quando houver sobra de produtos acabados ao final do expediente.

Quadro 7: Objetivos, metas e estratégias

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

4.4.5 Análise do ambiente externo

Qualquer organização deve estar preparada para identificar tendências de

mercado, para isso, uma análise do ambiente externo se faz necessária. O ambiente

externo é composto por variáveis do macro ambiente que devem ser monitoradas com

frequência, são elas: variáveis demográficas, econômicas, tecnológicas, legais,

políticas, culturais e sociais.

Na análise demográfica deste estudo observou-se como principais clientes

tanto mulheres, quanto homens, com idade entre 18 e 30 anos, solteiros, com nível

superior incompleto, que frequentam a região à passeio e/ou compras, são

assalariados e que procuram este tipo de estabelecimento esporadicamente, apenas

em datas especiais e comemorações.

109

Observou-se também que a maioria dos entrevistados considera importante a

abertura de um novo estabelecimento neste segmento, onde a qualidade e o

atendimento é imprescindível. Os consumidores não costumam andar com dinheiro

no bolso, preferindo pelos cartões de débito e crédito. Por fim, notou-se que as

propagandas mais atraentes para o público alvo são as que não trazem custos diretos

para a empresa e que dependem somente de seus serviços e produtos bem

oferecidos, como o marketing boca a boca e as redes sociais.

A análise econômica deste estudo buscou avaliar as variáveis que afetam os

custos de produção e a venda destes produtos. Assim sendo, observou-se como

maior influenciador a situação econômica do país, que vive um momento de retração,

fazendo com que empresas deixem de apresentar lucros e que consumidores deixem

de comprar, dessa forma, a economia não se movimenta. Para lidar com essa

retração, o governo aumenta impostos, as empresas aumentam os preços e a

população deixar de consumir. Toda situação acaba influenciando diretamente nos

custos de produção e na venda dos produtos.

Na análise tecnológica considerou-se tudo que traz benefícios indiretos ao

consumidor. Como a confeitaria La Pâtisserie será uma empresa nascente e

relativamente pequena, optou-se por investir em tecnologia conforme o crescimento

da empresa no mercado. Os custos de implantação da empresa são altos e o primeiro

objetivo é a qualidade e o bom atendimento.

Optou-se por utilizar a tecnologia na parte de gestão da empresa com a

contratação de um software na área de vendas e estoque. Contudo, não se descarta

a inclusão de novas tecnologias, principalmente na área de atendimento, o que pode

agilizar ainda mais o processo de produção.

Para a análise político-legal avaliou-se a situação, política, tributária e legal que

influenciam a empresa e o mercado onde atua. Na análise setorial, foi possível

observar que a situação econômica influencia a análise político-legal, pois, os

impostos e tributos a serem pagos pelas empresas aumentam a cada dia. Existe uma

facilitação para a abertura de novas empresas e neste estudo optou-se por utilizar o

sistema de tributação chamado Simples Nacional, que é um facilitador no processo

de recolhimento de impostos.

Em relação à parte legal para a abertura da empresa, o processo é

relativamente simples, podendo ser resolvida junto aos órgãos a seguir: Junta

110

Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC), Secretaria da Receita Federal

(CNPJ), Secretaria Estadual da Fazenda (SEF/SC), Prefeitura Municipal de

Florianópolis (PMF), Entidade Sindical Patronal (SINTRATUH-FLOR), Caixa

Econômica Federal (INSS/FGTS), Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

Além disso, a empresa também deverá seguir os artigos dispostos na Lei RDC

nº 216/ANVISA, que determina a obrigatoriedade das Boas Práticas em diversos

estabelecimentos de alimentação, entre eles as confeitarias.

Na análise cultural e social, considerou-se primeiramente a mudança no

paladar dos consumidores de produtos de confeitaria, que é uma das propostas da

empresa La Pâtisserie. Observa-se que grande parte do povo brasileiro não conhece,

de fato, os produtos oriundos da confeitaria tradicional francesa, principalmente pelo

fato de que as grandes confeitarias e padarias não disponibilizam estes produtos de

alta qualidade.

A maioria das confeitarias buscam encher os olhos dos clientes com pratos

exageradamente apetitosos e produzidos com insumos que são tendências do

mercado. Apesar dessa técnica se mostrar eficiente, não são utilizados produtos

frescos para a sua fabricação, e quando se fala em produtos frescos, não se refere à

qualidade do produto e sim à sua forma de utilização, por exemplo, em vez de utilizar

a técnica tradicional para produzir um bom chantili à base de claras de ovos em banho

maria, os estabelecimentos preferem utilizar misturas prontas para chantili, o que gera

maior praticidade, mas reduz a qualidade do produto. Como já explanado, também

não são utilizadas as técnicas de preparo oriundas da confeitaria original. Portanto, a

proposta da empresa La Pâtisserie é justamente tentar desmistificar a tradicional

confeitaria francesa e tornar o paladar dos clientes mais exigente em relação aos

produtos da confeitaria, para isso, serão utilizadas técnicas originais e produtos

frescos de alta qualidade.

Portanto, a seguir será realizada a análise com base nos dados obtidos na

pesquisa de mercado realizada por meio da experiência dos envolvidos no estudo e

contato realizado junto aos principais fornecedores e concorrentes.

Análise dos fornecedores

Para a análise dos fornecedores, foram levantadas as principais empresas do

ramo e em seguida realizado contato para obter informações como preço e entrega.

111

Após a obtenção dos dados, foram escolhidos de acordo com as necessidades

do negócio os principais fornecedores da confeitaria La Pâtisserie.

FORNECEDOR MERCADO LOCAL PAGAMENTO ENTREGA PRINCIPAIS PRODUTOS

Vonpar S.A. 67 anos de

atuação Florianópolis

À vista ou em boleto para 7

dias

Dia fixo conforme

a rota

Bebidas (água, suco, refrigerante, cerveja, chá)

Atacado União 29 anos de

atuação São José

À vista ou em boleto para 7

dias

Todos os dias

Produtos de panificação e confeitaria

Baía Norte Food Service

20 anos de atuação

Florianópolis Boleto para 15

dias

12 horas após o pedido

Produtos alimentícios, descartáveis, higiene e

limpeza

Copapel 35 anos de

atuação Florianópolis

Boleto para 30 dias

24 horas após o pedido

Produtos de higiene e limpeza

Quadro 8: Principais fornecedores Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Selecionados os principais fornecedores, de acordo com os critérios mais

significantes para a confeitaria La Pâtisserie, cabe informar que as compras para a

produção da empresa não se restringirá apenas à estes fornecedores, pois, será

realizada uma pesquisa de preços semanalmente que indicará os locais com maiores

vantagens. Portanto, a pesquisa junto aos fornecedores serviu principalmente para a

absorção de conhecimento do mercado fornecedor.

Análise dos concorrentes

De acordo com a pesquisa de mercado realizada, verificou-se que a confeitaria

La Pâtisserie tem como concorrente direto a confeitaria Dona Fulana. Contudo, ainda

há outros estabelecimentos que compõe a concorrência, são eles: Akitutes, Café

Cultura, Café Paris, Chef Shirley, Patrícia Goedert e Sodiê Doces.

Para a análise dos concorrentes, foram avaliados 12 critérios levantados

conforme a fundamentação teórica. Para cada critério foi dado uma nota de 0 a 10,

sendo atribuído 0 para maior insatisfação e 10 para maior satisfação. As notas foram

atribuídas em pesquisa de campo realizada no mês de setembro de 2015, com os

membros deste estudo servindo de observadores.

Apresenta-se a tabela com as notas atribuídas conforme os critérios e, por fim,

a média aritmética calculada para cada estabelecimento.

112

Tabela 1: Principais concorrentes

CRITÉRIOS DONA

FULANA CAFÉ PARIS

AKITUTES CAFÉ

CULTURA PATRICIA GOEDERT

CHEF SHIRLEY

SODIÊ DOCES

PREÇO 6 7 7 6 7 7 5

RECONHECIMENTO NO MERCADO

9 8 8 7 8 9 6

LOCALIZAÇÃO 8 9 7 8 8 9 7

MARKETING UTILIZADO

10 5 8 6 9 8 6

FORMAS DE PAGAMENTO

9 9 9 9 9 9 9

ATENDIMENTO 6 7 7 8 9 7 9

VARIEDADE 8 9 8 9 7 7 7

TEMPO DE ESPERA 4 7 6 7 9 8 8

INFRAESTRUTURA 9 9 7 8 9 8 8

QUALIDADE 9 8 8 9 9 9 8

HIGIENE 8 8 8 9 9 9 8

COMIDA DIFERENCIADA

9 7 7 8 8 7 7

MÉDIA 7,3 7,2 6,9 7,2 7,8 7,5 6,8

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Conforme a tabela 1, o estabelecimento concorrente da confeitaria La

Pâtisserie que obteve maior média diante dos critérios selecionados foi a Doçaria

Patrícia Goedert que fica localizada em dois pontos da região de Florianópolis, onde

o seu maior diferencial em relação aos outros estabelecimentos foi o tempo de espera

pelo pedido. Em seguida, fica o estabelecimento Chef Shirley, localizada no bairro

Kobrasol em São José, com média 7,5. Empatados com média 7,2 ficam os

estabelecimentos Café Paris e Café Cultura, sendo que os dois estabelecimentos são

franquias e podem ser encontrados em vários pontos da Grande Florianópolis. Com

7,3 de média fica a confeitaria Dona Fulana localizada na Avenida Gastronômica de

Coqueiros em Florianópolis e que a partir da pesquisa de mercado ficou definida como

concorrente direta da confeitaria La Pâtisserie e por fim ficam os estabelecimentos

Akitutes e Sodiê Doces, localizadas no bairro Abraão e Kobrasol com médias 6,9 e

6,8 respectivamente.

Cabe ressaltar que as médias atribuídas a cada concorrente foram de cunho

indutivo devido à pesquisa de campo realizada no estabelecimento num dia normal

de atendimento e que pode haver variações nas médias em avaliações futuras.

113

4.4.6 Matriz SWOT

A matriz SWOT é um quadro elaborado com base nas informações obtidas a

partir da análise dos ambientes interno e externo. No quadro 9 serão apresentadas as

principais forças, fraquezas, oportunidades e ameaças encontradas na relação da

futura empresa La Pâtisserie com o mercado.

FATORES POSITIVOS FATORES NEGATIVOS

INT

ER

NO

FORÇAS FRAQUEZAS

* Qualidade nos produtos e serviços * Inovação e criatividade * Horário de funcionamento * Atendimento * Planejamento adequado

* Falta de mão de obra qualificada * Nova entrante no mercado * Custos elevados de implantação * Baixo poder de barganha * Experiência do proprietário

EX

TE

RN

O

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

* Incentivos fiscais para abertura de empresas pelo sistema Simples Nacional * Ponto turístico * Setor menos afetado pela crise econômica

* Concorrência acirrada * Aumento das taxas de juros e inflação * Retração econômica

Quadro 9: Análise SWOT Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Em relação ao ambiente interno da empresa, atribuiu-se como forças:

Qualidade nos produtos e serviços: devido à grande exigência do mercado

consumidor e a preservação da imagem da empresa;

Inovação e criatividade: o consumidor está sempre atento às tendências e procura

diariamente por novas experiências, portanto, a La Pâtisserie direcionará seus

esforços para atender à esta demanda;

Horário de funcionamento: a abertura da confeitaria aos finais de semana e

feriados colocará a empresa em uma posição competitiva frente aos seus

concorrentes;

Atendimento: a empresa se preocupa com os seus clientes e por isso foi elaborado

um plano de capacitação para que os funcionários saibam como atender e sanar

problemas corriqueiros. Conforme a pesquisa de mercado, o atendimento é

segundo critério mais importante na escolha de um estabelecimento;

114

Planejamento adequado: a preparação do plano de negócios é uma ferramenta

primordial para o sucesso de um estabelecimento.

Ainda no ambiente interno, estabeleceu-se como fraquezas:

Falta de mão de obra qualificada: atualmente, sobram concorrentes à vagas de

emprego, mas, faltam concorrentes qualificados. Essa questão pode ser um

desafio ao empreendedor, já que terá que disponibilizar maior esforço para manter

a qualidade dos produtos e serviços;

Nova entrante no mercado: devido à falta de credibilidade perante aos mercado

consumidor, por se tratar de uma nova empresa pode-se encontrar dificuldades

em conquistar e fidelizar clientes;

Custos elevados de implantação: na atual situação econômica, a redução de

custos é a primeira alternativa para manter a saúde de uma empresa, portanto, os

custos de implantação da nova confeitaria poderão ser um empecilho ao

empreendedor;

Baixo poder de barganha: por se tratar de uma nova empresa, os fornecedores

poderão estipular preços sem a flexibilidade que uma empresa já cliente possa ter;

Experiência do proprietário: embora o proprietário tenha muito conhecimento na

área de confeitaria e já tenha trabalhado em outros estabelecimentos do ramo, o

mesmo não tem experiência no gerenciamento de uma empresa, portanto, deve

seguir o plano de negócios estabelecido a fim de minimizar riscos.

Já no ambiente externo, foram elencados como oportunidades:

Incentivos fiscais para abertura de empresa pelo Simples Nacional: devido à

facilitação do processo de arrecadação, cobrança e fiscalização dos tributos

aplicáveis;

Ponto turístico: o município de Florianópolis, conhecido no Brasil por suas praias

tornou-se um ponto turístico muito frequentado principalmente por brasileiros de

outros estados e argentinos. Observa-se uma oportunidade de aliar a gastronomia

ao turismo da cidade;

Setor menos afetado pela crise: como visto na análise setorial, o setor de

alimentação fora de casa é um dos setores que menos sofre influência da

economia do país. Contudo, a empresa deverá se adequar à situação econômica

vigente para manter-se saudável economicamente.

Também foram pontuados as ameaças do ambiente externo:

115

Concorrência acirrada: mesmo com a retração econômica, empresas de

confeitaria e panificação continuam surgindo no mercado, contudo, é necessário

acompanhar de perto as modificações do mercado e estar atento aos novos

concorrentes;

Aumento das taxas de juros e inflação: podem afetar diretamente a saúde

econômica da empresa, podendo encaminhá-la ao fracasso se não for bem

administrado;

Retração econômica: também pode afetar a empresa no que concerne às vendas

e outros processos.

Na seção seguinte, será apresentado o plano mercadológico elaborado com

base na fundamentação teórica e pesquisas realizadas, este plano aborda o produto,

preço, praça e promoção.

4.5 PLANO DE MARKETING

O plano de marketing é uma ferramenta essencial para identificar as

oportunidades de gerar resultados positivos à empresa. Através dele pode-se

apresentar qual a estratégia da empresa para conquistar os seus clientes e vender

seus produtos.

Para auxiliar no processo de elaboração do plano de marketing, será utilizado

o composto mercadológico, ou mix de marketing, chamado de 4P’s: produto, preço,

praça e promoção.

4.5.1 Produto

A confeitaria La Pâtisserie comercializará produtos oriundos da confeitaria

clássica com um toque brasileiro na sua produção. O desenvolvimento e elaboração

dos pratos serão de responsabilidade do Chef de cozinha Newton Kramer.

Dentre os principais produtos que irão constar no cardápio da confeitaria estão

os famosos bolos Petit Gateau, tortas francesas, biscoitos macaron, mousses

variadas, bombas recheadas, entre outras especialidades.

O cardápio será constantemente alterado, buscando adaptá-lo à realidade do

local e oferecer uma variação de produtos para os consumidores. Para isso, o Chef

Newton Kramer estará em constante atualização para melhor capacitar seu pessoal

116

ao atendimento das exigências. A confeitaria também contará com a ética e

responsabilidade dos seus fornecedores, a fim de agregar qualidade aos seus

produtos.

4.5.2 Preço

Na determinação dos preços de venda dos produtos oferecidos pela empresa

La Pâtisserie foram considerados alguns fatores decididos de acordo com a

fundamentação teórica e experiência dos envolvidos neste estudo, os mesmos são

apresentados a seguir.

Custo dos insumos;

Custo de produção;

Margem de lucro;

Qualidade dos produtos e serviços prestados;

Preço da concorrência;

Poder aquisitivo dos clientes.

Com base na pesquisa de mercado realizada e nos fatores indicados

anteriormente, foi possível elaborar o cardápio com a indicação dos preços que pode

ser encontrado no apêndice B. Além dos produtos provenientes da confeitaria, o

consumidor terá à sua disposição salgados como sanduíches para satisfazer qualquer

paladar. Em complemento, apresenta-se o cardápio de bebidas que serão

comercializadas na confeitaria.

Quadro 10: Cardápio de bebidas Fonte: Elaborado pelo autor (2015)

ITEM MEDIDA PREÇO DE

VENDA

Café expresso UNID 4,00R$

Cappuccino sem chantilly UNID 5,00R$

Cappuccino com chantilly UNID 5,50R$

Água UNID 3,50R$

Suco natural sabores UNID 4,50R$

Suco lata UNID 3,00R$

Chá quente UNID 4,00R$

Chá gelado UNID 4,00R$

Refrigerante UNID 5,00R$

117

4.5.3 Praça

Para a definição da praça onde a confeitaria irá atuar, foi levado em

consideração a pesquisa de mercado além do valor dos imóveis em cada local.

Como observado na pesquisa de mercado, os três locais sugeridos para

implantação da empresa ficaram com percentuais muito próximos, o que revela que o

consumidor frequentará a confeitaria em qualquer dos locais pré-estabelecidos,

levando em conta principalmente a qualidade dos produtos e serviços. Portanto, para

a definição do local foi realizado uma pesquisa do valor de aluguel do metro quadrado

nos três locais.

Quadro 11: Valor aproximado do m² Fonte: Elaborado pela autora (2015)

De acordo com o quadro 12, o metro quadrado alugado é menor na Avenida

Rio Branco e maior na Avenida Beira Mar Norte. Considerando os altos custos de

implantação da confeitaria e outras variáveis como localização, acesso e logística,

definiu-se como praça da confeitaria La Pâtisserie a Avenida Rio Branco, vale

ressaltar que existem concorrentes na região, sendo eles Doçaria Patrícia Goedert,

Café Paris e Café Cultura.

4.5.4 Promoção

A promoção é o caminho que a empresa irá utilizar para atrair os consumidores

e possivelmente mantê-los.

Portanto, com base na pesquisa de mercado realizada foi possível observar

que as formas de promoção que mais chamam a atenção são as redes sociais e a

indicação de amigos, curiosamente, são as formas de divulgação em que os custos

diretos são praticamente nulos. Como a implantação da confeitaria envolve

investimentos altos, optou-se por aproveitar as formas baratas de divulgação da

empresa.

LOCAL R$/m² - alugado

Av. Beira Mar Norte 59,00R$

Av. Madre Benvenuta 44,89R$

Av. Rio Branco 31,25R$

118

A partir dessas informações, foi elaborado o plano de divulgação da confeitaria

La Pâtisserie.

PLANO DE DIVULGAÇÃO

Divulgação por indicação de amigos

A confeitaria deverá manter um bom atendimento e qualidade dos produtos, influenciando o mercado consumidor e fazendo com que os clientes pratiquem o famoso marketing boca a boca. Algumas promoções irão ser implementadas para contribuir com este objetivo.

Divulgação pelas redes sociais

Será divulgado todos os passos da empresa até a inauguração, fazendo com que a marca entre no mercado mesmo antes de funcionar efetivamente. Após a abertura da confeitaria, o marketing pelas redes sociais deverá ser intensificado lembrando aos consumidores todos os dias a possibilidade de visitar a confeitaria.

Pré- inauguração

Será realizado um evento fechado de pré-inauguração da confeitaria, onde serão convidados amigos, família e pessoas influentes da região como blogueiras e imprensa. Este evento será uma oportunidade de testar todos os processos definidos para o atendimento e produção, além de servir como forma de divulgação.

Folder

Serão confeccionados folders explicativos sobre o negócio para auxiliar na divulgação da empresa. Os mesmo serão distribuídos em pontos e horários estratégicos conforme prévia pesquisa. Com isso, espera-se atingir maior número de possíveis clientes.

Quadro 12: Plano de divulgação Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Também na pesquisa, observa-se que os clientes costumam participar de

promoções e eventos realizados pela empresa. Desta forma, pode-se apresentar o

plano de promoção para a empresa La Pâtisserie, que irá contribuir com o plano de

divulgação da mesma.

PLANO DE PROMOÇÃO

Compre um, leve dois

Em dois dias da semana (terça-feira e quarta-feira) será escolhido um item do cardápio para participar da promoção “compre um, leve dois”. O item será escolhido conforme a disponibilidade da casa e custos do produto e divulgado nas redes sociais com 48 horas de antecedência.

Aniversariante do dia

Mediante comprovação por meio de documento original com foto, o consumidor terá direito à escolha de um item previamente selecionado no cardápio, conforme a disponibilidade da casa e custos do produto.

119

Cartão fidelidade

O cartão fidelidade terá como objetivo fidelizar o cliente e também divulgar a confeitaria. Para isso, o cartão contará com 10 espaços para carimbo, que só será fornecido a cada visita em que o cliente postar em suas redes sociais uma foto da sua escolha juntamente com a hashtag estabelecida pela empresa.

Sorteio em redes sociais

Quando julgar-se necessário, a confeitaria irá sortear itens do cardápio por meio das redes sociais. Esta ação promocional servirá para presentear o cliente e também divulgar a empresa.

Dia temático

Serão escolhidas datas comemorativas, como natal, páscoa, dia das crianças e halloween, onde a confeitaria entrará no clima e reorganizará seu cardápio de acordo com a temática. Na ocasião, a data do evento deverá ser divulgada com antecedência e o marketing deverá ser intensificado para que haja movimento e integração dos consumidores.

Quadro 13: Plano de promoção Fonte: Elaborado pela autora (2015)

As promoções e divulgações da confeitaria La Pâtisserie não serão restritas às

citadas anteriormente, cabendo ao gestor da empresa avaliar periodicamente e definir

as ações de marketing utilizadas.

4.6 PLANO DE RECURSOS HUMANOS

Nesta seção do plano de negócios será apresentado o planejamento de

recursos humanos da empresa La Pâtisserie. O planejamento irá abranger a estrutura

funcional para o início das atividades da empresa, os processos de recrutamento e

seleção, os benefícios oferecidos pela empresa, os programas que incentivam a

qualidade de vida no trabalho e por fim os planos de capacitação. Todos os aspectos

devem considerar a manutenção destes funcionários na empresa evitando uma alta

rotatividade na mesma.

4.6.1 Recrutamento e seleção

O processo de recrutamento e seleção será conduzido pelo gestor e Chef de

cozinha da confeitaria La Pâtisserie.

O processo de recrutamento será realizado através de anúncios em empresas

especializadas em contratações, jornais e escolas do ramo gastronômico. Após o

recrutamento externo dos funcionários, os mesmos deverão participar de três etapas

até a contratação.

120

A seleção realizar-se-á através da análise do currículo, entrevista pessoal e por

fim, teste de conhecimentos técnicos da área. Após cada etapa, serão selecionados

apenas os destaques para a etapa seguinte.

Com todos os funcionários devidamente contratados, inicia-se o período de

capacitação, onde cada funcionário irá conhecer o processo de trabalho da empresa.

4.6.2 Estrutura funcional

O quadro de funcionários da empresa La Pâtisserie contará com 8 pessoas de

acordo com o dimensionamento abaixo.

QTD CARGO CARGA HORÁRIA

SEMANAL REMUNERAÇÃO

1 Chef de cozinha 44 horas R$ 2.500,00

1 Subchefe de cozinha 44 horas R$ 2.000,00

2 Auxiliar de produção 44 horas R$ 1.200,00

1 Recepcionista - Caixa 40 horas R$ 1.042,00

2 Atendente 44 horas R$ 1.042,00

1 Auxiliar de limpeza 40 horas R$ 900,00

Quadro 14: Estrutura funcional Fonte: Elaborado pela autora (2015)

A remuneração foi definida a partir do salário base da categoria confirmado em

pesquisa junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares,

Lanchonetes e de Turismo e Hospitalidade da Grande Florianópolis (SINTRATUH).

Será atribuído a cada funcionário benefícios de direito dos mesmos, além de

benefícios oferecidos pela empresa. Além da remuneração estabelecida, os

funcionários terão direito ao vale transporte descontado da folha de pagamento ou

vale combustível, à negociar, alimentação no local e após o período de payback da

empresa será negociado um plano de saúde para todos os funcionários da confeitaria.

Caso seja necessário, as horas extras realizadas serão negociadas com os

funcionários juntamente com o sindicato. Em casos específicos será agregado ao

salário um percentual de quebra de caixa ou insalubridade, provisionados conforme

tabela disponível no Apêndice D deste trabalho.

Cabe ressaltar que a remuneração referente ao cargo de Chef de cozinha

pertinente ao proprietário da confeitaria se dará por meio de pró-labore.

121

De acordo com o quadro de funcionários, as atividades serão exercidas

respeitando a descrição apresentada a seguir.

CARGO ATRIBUIÇÕES DO CARGO

Chef de cozinha

Responsável pela coordenação e supervisão da cozinha, bem como, o desenvolvimento e elaboração dos pratos. Além disso, realizará o controle das solicitações de compras, realização das compras externas, manutenção das instalações, equipamentos e utensílios.

Subchefe de cozinha Responsável pelo cumprimento das orientações do Chef e coordenação da equipe na ausência do mesmo.

Auxiliar de produção Responsável pela preparação e armazenagem de alimentos.

Auxiliar de limpeza Responsável pela limpeza e preparação dos ambientes.

Atendente Responsável pela recepção aos clientes, realização do pedido, servir o cliente, auxiliar os mesmos em caso de dúvida, reclamação ou sugestão, conferir e controlar os materiais de trabalho.

Recepcionista/caixa Responsável pelo controle de caixa, abertura e fechamento de conta, confecção do check list para as compras diariamente.

Quadro 15: Atribuições dos cargos Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.6.3 Organograma

Para demonstrar as unidades funcionais e a hierarquia apresenta-se o

organograma da empresa La Pâtisserie.

Figura 8: Organograma Fonte: Elaborado pela autora (2015)

A adoção da simples hierarquia faz com que os funcionários dirijam-se

diretamente ao proprietário e gestor da empresa, dessa forma, a tomada de decisão

é mais rápida, tornando o risco de acontecimentos de ruídos de informação

praticamente nulos.

122

4.6.4 Qualidade de vida no trabalho

A empresa La Pâtisserie se preocupa com seus funcionários, por isso, incluiu

em seu planejamento um projeto de qualidade de vida no trabalho.

Como a empresa é nascente e ainda levará algum tempo para adaptar-se ao

mercado, este plano será colocado em prática de acordo com as possibilidades da

empresa. Porém, desde a abertura, a empresa preocupa-se em disponibilizar um

ambiente agradável para os seus funcionários, proporcionando momentos de

integração e fortalecendo os laços entre os funcionários.

A seguir apresenta-se o plano de qualidade de vida no trabalho que deverá ser

seguido pela empresa La Pâtisserie.

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

PROGRAMAS AÇÕES RESULTADO ESPERADO

Ginástica laboral

Contratar um profissional da área para auxiliar no desenvolvimento das atividades físicas durante um período do trabalho

Aumento da disposição e satisfação dos funcionários, aumento da tolerância ao estresse, redução do absenteísmo, melhora do relacionamento interpessoal, redução de gastos médicos

Desenvolvimento dos funcionários

Proporcionar, periodicamente, cursos e palestras para o desenvolvimento pessoal do funcionário

Aumento do capital intelectual, aperfeiçoamento das atividades, satisfação pessoal e profissional, aumento da produtividade, aumento da segurança pessoal

Ergonomia

Durante o processo de reforma do ponto comercial, avaliar as melhores opções ergonômicas para o desenvolvimento do trabalho dos funcionários

Aumento do desempenho nas atividades profissionais, redução dos acidentes de trabalho, maior satisfação

Avaliação de desempenho

Nas primeiras quatro semanas, o funcionário receberá um relatório onde deverá responder perguntas relacionadas ao desenvolvimento do trabalho e satisfação profissional. O responsável pelo funcionário também responderá um relatório. Ao final do mês, será avaliado se o funcionário detém o perfil da empresa

Aumento do desempenho do funcionário, aumento da produtividade, aumento da satisfação profissional

Higiene e segurança

Manutenção periódica do ambiente de trabalho, motivação para os funcionários manterem a organização e disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPI)

Ambiente agradável e seguro, prevenção de riscos à saúde, diminuição do absenteísmo e rotatividade, aumento da produtividade

Controle de álcool e drogas

Disponibilização de folders, cartazes e palestras sobre os riscos e consequências do uso de álcool e drogas

Redução de riscos, melhora da saúde e segurança do funcionário, melhora da autoestima, diminuição do absenteísmo e rotatividade

Quadro 16: Programa de QVT

123

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.6.5 Plano de capacitação

Foi desenvolvido um plano de capacitação para os funcionários da empresa La

Pâtisserie. Com o intuito de padronizar o atendimento, a produção e o funcionamento

da empresa, foi elaborado o plano a seguir, que deverá ser realizado cada vez que

um novo funcionário entrar na empresa.

O plano de capacitação foi organizado para ser realizado em uma semana e irá

abordar diversos assuntos referentes à empresa como apresentação pessoal,

atendimento ao cliente, manipulação de alimentos, entre outros.

PLANO DE CAPACITAÇÃO

RESPONSÁVEL Gestor da empresa/Chef de cozinha

OBJETIVO

Capacitar os funcionários da empresa La Pâtisserie em relação ao funcionamento da empresa, objetivando o melhor desempenho e aproveitamento do funcionário, bem como, a padronização dos processos internos.

DESCRIÇÃO

A empresa deve seguir um padrão de atendimento e produção para que seja reconhecida no mercado, portanto, nada mais justo do que começar este processo pelos funcionários da empresa. Ao final desta capacitação o funcionário saberá como se portar diante de um cliente, como identificar e resolver pequenos problemas, como se comunicar, como funciona o processo de produção da empresa, qual o padrão de qualidade dos produtos, entre outros.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1 A EMPRESA

1.1 O setor

1.2 O cliente

1.3 Os produtos

1.4 A qualidade

2 A ORGANIZAÇÃO

2.1 Manutenção e preservação do ambiente de trabalho

2.2 Apresentação dos produtos e da bancada

2.3 Organização do processo de produção

2.4 2.5

Higiene e manipulação dos alimentos Programa 5S

3 A PRODUÇÃO

3.1 O cardápio

3.2 Processo de produção

3.3 Qualidade dos insumos

3.4 Conservação dos produtos

3.5 Higiene e manipulação dos alimentos

3.6 Armazenamento dos alimentos

4 O ATENDIMENTO

4.1 Orientações iniciais

4.2 Tratamento e atendimento

124

4.3 Satisfação do cliente

4.4 Valor agregado do atendimento

4.5 Análise do perfil psicológico do cliente

4.6 Fidelização dos clientes

4.7 Como tratar reclamações?

5 APRESENTAÇÃO PESSOAL

5.2 Orientações iniciais

5.3 O que fazer?

5.4 O que não fazer?

6 INTEGRAÇÃO

6.1 Relacionamento com os colegas de trabalho

6.2 Qualidade de vida no trabalho

6.3 Reclamações - como proceder?

6.4 Métodos de integração

6.5 A empresa como família

7 FINALIZAÇÃO

7.1 Dúvidas, sugestões e reclamações

7.2 Feedback

METODOLOGIA Exposição visual e oral, aulas práticas e integração com os funcionários.

CARGA HORÁRIA 30 horas

Quadro 17: Plano de capacitação Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Para complementação do plano de capacitação, o Chef de cozinha Newton

Kramer, estará sempre atualizado das últimas informações e tendências do mercado,

adquirindo-as em feiras e eventos do setor, e repassando todas as informações aos

funcionários da empresa periodicamente.

Para a realização do plano de capacitação, a empresa La Pâtisserie realizará

parcerias com os fornecedores, com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas

Empresas (SEBRAE) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAC). Desta

forma, será possível buscar opções gratuitas que sejam de interesse da empresa e

dos funcionários.

O plano de capacitação desenvolvido para a empresa La Pâtisserie tem como

objetivo motivar e desenvolver os funcionários, além de promover um programa de

reciclagem profissional.

4.7 PLANO DE PRODUÇÃO

125

Neste plano apresentam-se os principais processos para a produção da

empresa La Pâtisserie.

4.7.1 Equipamentos necessários

Para a realização do processo de produção da empresa La Pâtisserie, será

necessário efetuar compra de alguns equipamento conforme quadro 18. O Chef de

cozinha Newton Kramer já dispõe do restante dos equipamentos necessários

ITEM QTD

BALCÃO FRIGORÍFICO BANCADA 2

BATEDEIRA 1

SANDUICHEIRA INDUSTRIAL 1

MÁQUINA DE SORVETE CUISINART 1

ULTRACONGELADOR 1

TERMOMIX 1

BALANÇA DIGITAL 1

REFRIGERADOR INDUSTRIAL 1

TORNEIRAS COM GRIFO 1

EXTRATOR DE SUCO 1

LIQUIDIFICADOR 1

PURIFICADOR DE ÁGUA 1

TERMOMETRO 1

Quadro 18: Equipamentos necessários Fonte: Elaborado pela autora (2015)

O restante dos itens necessários para a abertura da confeitaria La Pâtisserie

serão apresentados no plano financeiro da empresa.

4.7.2 Processo de fabricação

O processo de fabricação dos produtos da confeitaria La Pâtisserie será

dividido em duas etapas: processo de fabricação de insumos e processo de

finalização do prato.

O processo de fabricação dos insumos compreende a confecção das massas,

recheios, mousses e todos os outros produtos que podem ser armazenados sem que

haja perda da qualidade do produto.

O processo de finalização do prato compreende a etapa de montagem e

avaliação da qualidade do prato, último período antes da entrega à área de vendas.

126

Todo o processo de fabricação da confeitaria deverá ser coordenado e

supervisionado pelo Chef de cozinha com o auxílio do subchefe.

4.7.3 Layout

É essencial que o espaço físico seja bem planejado e distribuído, pois só assim,

será possível realizar uma melhor organização da empresa agilizando os processos,

o que acarreta em benefícios. Para tanto, será contratado um especialista da área

para auxiliar no melhor aproveitamento do espaço físico da empresa La Pâtisserie.

Com o auxílio do futuro arquiteto Lucas Flores, foi possível elaborar o projeto

do layout. A seguir, apresenta-se a planta humanizada da estrutura da empresa em

termos de organização do espaço físico.

Figura 9: Planta humanizada Fonte: Dados primários (2015).

A entrada foi idealizada por um caminho mais aconchegante contendo

vegetações baixas e protegida por um pergolado. No hall de entrada é possível

observar a área de atendimento e caixa que estará sempre bem organizada e

decorada, além do jardim interno para dar vida ao ambiente. O salão, onde se

encontram as mesas, é uma parte mais baixa que o restante da estrutura, justamente

para evidenciar a área do atendimento e instigar o consumo no local.

No apêndice C, encontra-se o layout da confeitaria La Pâtisserie em planta

baixa.

127

4.7.4 Gestão de compra

Inicialmente, o processo de compra será realizado pelo Chef de cozinha. As

compras de insumos serão realizadas conforme a demanda, ou seja, ao final de cada

dia de trabalho, o Chef irá revisar o estoque de insumos e anotar o que será

necessário para a produção do dia seguinte. Este processo é mais seguro,

principalmente, para as compras de insumos frescos e perecíveis.

Para facilitar o processo de compra, será confeccionado um checklist para os

insumos da cozinha e outro para itens da área de vendas e consumo. Diariamente, ao

final do expediente, os responsáveis serão encarregados de anotar no checklist o que

está com baixo estoque ou em falta. A partir desta lista, será possível realizar o pedido

aos fornecedores, que deverão entregar dentro do prazo estabelecido no contrato.

4.7.5 Gestão de estoque

Como os produtos que a empresa trabalha são relativamente perecíveis e

devem ser oferecidos sempre frescos e novos, por consequência o estoque da La

Pâtisserie adotará a filosofia just-in-time (JIT), que consiste em manter um estoque

relativamente baixo, organizando o processo de compras programadas diariamente.

Segundo Padoveze (1994), o JIT consiste em realizar as compras de materiais

somente em quantidade e momento exato da necessidade da produção, processadas

em seguida e os produtos concluídos devem imediatamente ser expedidos aos

clientes.

Contudo, neste processo não há espaço para falhas, já que a compra deve

acontecer de acordo com a demanda e o estoque deve dar conta dos pedidos. Após

algumas semanas de funcionamento, já será possível estabelecer um padrão de

estoque necessário, bem como, a periodicidade de compras programadas. Portanto,

assim que possível será realizado um levantamento para analisar a qualidade das

compras e do estoque de insumos.

Os produtos oferecidos pela empresa La Pâtisserie são perecíveis e por isso

devem ser fornecidos frescos, portanto, a empresa não contará com estoque de

produtos acabados. Em alguns dias pode haver sobras de produtos acabados, como

estes não poderão ser comercializados no dia seguinte, a empresa optou por doar

estes alimentos ao final do expediente a moradores de rua ou entidades sociais,

128

contribuindo assim com a comunidade e adotando uma postura de responsabilidade

social.

4.7.6 Gestão de venda

Com o plano de capacitação que será oferecido aos funcionários no início de

suas atividades, os mesmos terão conhecimento de como funcionará o processo de

vendas da empresa.

A empresa atenderá aos consumidores na área de vendas e consumo, e

também contará com a venda por encomendas. Para consumo no local, serão

adotadas porções individuais para que não haja desperdício de alimento, além de

oferecer uma melhor apresentação. Estas porções de consumo no local também

servirão de prova para possíveis encomendas.

Para as encomendas será adotado como canal de vendas o telefone, a venda

pessoal na empresa e o site da empresa, onde o consumidor poderá solicitar seu

orçamento e realizar o seu pedido mediante o pagamento pelo pagseguro. A retirada

do produto deverá ser realizada no local pela própria pessoa ou outra portando

documento do comprador.

Para melhor entendimento do processo de venda da confeitaria La Pâtisserie,

apresenta-se o macro processo desta atividade.

Figura 10: Macro processo Fonte: Elaborado pela autora (2015)

O processo de venda da empresa inicia-se pela entrada do cliente no

estabelecimento, após é realizada a avaliação dos produtos disponíveis no cardápio

do dia e em seguida a realização do pedido é efetivada através dos atendentes do

129

salão. Após a realização do pedido será avaliado se o produto precisa ser finalizado,

o que é necessário em alguns casos de modo a manter a qualidade do produto, ou se

ele já está pronto na bancada ou na estufa. Depois da verificação, o atendente serve

o cliente que inicia a fase de consumo, em seguida se encaminha para o pagamento

e o pós-venda que envolve o preenchimento da pesquisa de satisfação.

4.7.7 Gestão da qualidade

A qualidade é um dos valores da empresa, portanto, será levada em

consideração em todos os seus processos. Começando pela compra dos insumos, o

fornecedor será avaliado por toda a sua política de vendas, mas principalmente, pela

qualidade de seus produtos. No processo de produção da empresa, a qualidade dos

serviços e dos processos será um dos critérios de avaliação periódica e de

responsabilidade do Chef de cozinha. Todos os produtos acabados deverão ser

inspecionados pelo responsável a fim de evitar quaisquer defeitos e possíveis

transtornos que o mesmo possa acarretar.

Para complementar a gestão da qualidade da confeitaria La Pâtisserie, será

adotado o programa de qualidade 5S, que consiste em implementar um conjunto de

técnicas que foram desenvolvidas no Japão. O controle da qualidade pelo 5S

compreende os cinco sensos necessários para a manutenção de um estabelecimento,

são eles: senso da organização, senso da ordem, senso da limpeza, senso da

padronização e senso da disciplina. Este programa de qualidade procura melhorar o

ambiente de trabalho, prevenir acidentes de trabalho, incentivar a criatividade dos

funcionários, reduzir custos para a empresa, eliminar desperdícios indevidos,

desenvolver o trabalho em equipe, melhorar a relação entre os funcionários e melhorar

a qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

4.8 PLANO FINANCEIRO

Neste item serão calculadas as projeções financeiras necessárias para analisar

a viabilidade de abertura da confeitaria La Pâtisserie.

O plano financeiro será confeccionado a partir da análise de diferentes cenários

(realista, otimista e pessimista), além de técnicas de análise de risco.

130

Para as análises financeiras é necessário estipular a variação utilizada para a

projeção dos cenários. Neste caso, utilizou-se a média de crescimento do setor de

alimentação, portanto, a variação foi definida como 12%.

Desta forma, para o cálculo do cenário otimista utilizou-se (+)12% de variação

em relação ao cenário realista e para o cenário pessimista utilizou-se (-)12% também

em relação ao cenário realista.

4.8.1 Investimento inicial

Neste item serão apresentados todos os gastos necessários para implantação

da confeitaria La Pâtisserie, considerando máquinas, equipamentos, utensílios,

móveis, pequenas reformas, despesas pré-operacionais, software de gestão, capital

de giro, estoque inicial.

Cabe ressaltar que o futuro proprietário já dispõe de alguns itens de maquinário,

equipamento e utensílios, portanto, a compra destes itens não será necessária, o que

é válido para o empreendimento já que reduz os custos de implantação.

Foi definido como capital de giro o montante referente à soma dos custos fixos

e variáveis acrescido do percentual de 50% em relação aos mesmos, o que servirá de

margem de segurança para o caixa da empresa. Além disso, ressalta-se que o capital

para investimento será de origem própria do único proprietário da empresa.

Contudo, o investimento inicial para implantação da confeitaria La Pâtisserie é

de R$204.170,34, conforme tabela 2. Os dados foram obtidos através da pesquisa de

mercado. É importante salientar que na dificuldade de conseguir acesso aos valores

dos produtos dos fornecedores, já que os mesmos só fornecem essas informações

após um cadastro do CNPJ da empresa, foi necessário realizar uma estimativa do

valor necessário para a compra do estoque inicial, portanto, o mesmo não será

detalhado conforme a orientação de alguns autores.

Tabela 2: Investimento inicial

INVESTIMENTO INICIAL

Obras civis QTD Valor Unit. Total (R$)

Reformas 1 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00

Subtotal R$ 10.000,00

Máquinas e equipamentos QTD Valor Unit. Total (R$)

Balança digital 1 R$ 350,00 R$ 350,00

131

Balcão frigorífico bancada 2 R$ 4.200,00 R$ 8.400,00

Bancada para copa inox 2 R$ 3.100,00 R$ 6.200,00

Bancada para produção inox 2 R$ 3.100,00 R$ 6.200,00

Batedeira 1 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00

Computador completo 1 R$ 1.900,00 R$ 1.900,00

Estufa para exposição 1 R$ 3.840,00 R$ 3.840,00

Extrator de suco 1 R$ 890,00 R$ 890,00

Impressora multifuncional 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Kit primeiros socorros 1 R$ 127,07 R$ 127,07

Liquidificador 1 R$ 450,00 R$ 450,00

Máquina de sorvete Cuisinart 1 R$ 426,61 R$ 426,61

Máquinas para cartão 1 R$ 50,00 R$ 50,00

Purificador de água 1 R$ 784,00 R$ 784,00

Refrigerador industrial 1 R$ 3.650,83 R$ 3.650,83

Sanduicheira industrial 1 R$ 218,72 R$ 218,72

Telefone 1 R$ 150,00 R$ 150,00

Termômetro 1 R$ 123,00 R$ 123,00

Termomix 1 R$ 3.250,00 R$ 3.250,00

Torneira com grifo 1 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00

Ultracongelador 1 R$ 9.800,00 R$ 9.800,00

Subtotal R$ 51.110,23

Móveis e decoração QTD Valor Unit. Total (R$)

Armário para funcionário 1 R$ 520,30 R$ 520,30

Banco alto 2 R$ 56,84 R$ 113,68

Banco baixo 4 R$ 48,72 R$ 194,88

Cadeira 41 R$ 114,03 R$ 4.675,23

Mesa 12 R$ 189,99 R$ 2.279,88

Aparador 2 R$ 368,60 R$ 737,20

Espelho 2 R$ 438,00 R$ 876,00

Lustre 1 R$ 890,40 R$ 890,40

Quadro pequeno 4 R$ 32,00 R$ 128,00

Quadro grande 2 R$ 89,90 R$ 179,80

Tapete pequeno 5 R$ 30,90 R$ 154,50

Vaso grande 2 R$ 145,11 R$ 290,22

Subtotal R$ 11.040,09

Utensílios QTD Valor Unit. Total (R$)

Abridor de garrafas 2 R$ 29,00 R$ 58,00

Abridor de latas 2 R$ 15,00 R$ 30,00

Bailarinas 2 R$ 10,00 R$ 20,00

Bandeja rasa oriental 30 R$ 67,92 R$ 2.037,60

Bol inox grande 4 R$ 99,00 R$ 396,00

Bol inox médio 4 R$ 89,00 R$ 356,00

Bol inox pequeno 4 R$ 79,00 R$ 316,00

Boleador de sorvete inox 2 R$ 11,00 R$ 22,00

132

Colher de café 66 R$ 10,79 R$ 712,14

Colher de chá 66 R$ 11,52 R$ 760,32

Colher de sobremesa 66 R$ 12,95 R$ 854,70

Comandeiro 1 R$ 55,00 R$ 55,00

Conchas pequenas 2 R$ 17,47 R$ 34,94

Copo 66 R$ 11,52 R$ 760,32

Descascador 2 R$ 12,00 R$ 24,00

Escorredor 2 R$ 172,00 R$ 344,00

Espátula de bolo grande 2 R$ 24,50 R$ 49,00

Espátula de bolo média 2 R$ 17,44 R$ 34,88

Espátula de silicone 8 R$ 25,00 R$ 200,00

Espumadeira 1 R$ 18,00 R$ 18,00

Faca de mesa 66 R$ 29,20 R$ 1.927,20

Faca grande 2 R$ 73,15 R$ 146,30

Faca média 2 R$ 51,70 R$ 103,40

Faca pequena 2 R$ 18,81 R$ 37,62

Fruteira 1 R$ 49,00 R$ 49,00

Fuet grande 1 R$ 155,00 R$ 155,00

Fuet médio 4 R$ 125,00 R$ 500,00

Garfo de mesa 66 R$ 15,47 R$ 1.021,02

Garfo de sobremesa 66 R$ 12,95 R$ 854,70

GN acrílico 1/4 com tampa 10 R$ 94,00 R$ 940,00

Guardanapeira de inox 15 R$ 32,04 R$ 480,60

Jarras de inox 2 R$ 144,93 R$ 289,86

Leitera pequena 2 R$ 117,31 R$ 234,62

Pegador 6 R$ 15,00 R$ 90,00

Peneiras inox 2 R$ 122,00 R$ 244,00

Pires de café 66 R$ 59,00 R$ 3.894,00

Pires de chá 66 R$ 17,44 R$ 1.151,04

Porta guarda-chuva 1 R$ 109,00 R$ 109,00

Prato apresentação 66 R$ 29,20 R$ 1.927,20

Prato bolo 66 R$ 29,20 R$ 1.927,20

Prato de sobremesa 66 R$ 10,05 R$ 663,30

Suporte para copo 3 R$ 550,00 R$ 1.650,00

Suporte para panela 1 R$ 550,00 R$ 550,00

Tábuas de corte 2 R$ 85,00 R$ 170,00

Xícara de café com pires 66 R$ 23,00 R$ 1.518,00

Xícara de sobremesa com pires 66 R$ 20,83 R$ 1.374,78

Dispenser papel toalha 2 R$ 35,50 R$ 71,00

Pulverizador com gatilho 2 R$ 3,23 R$ 6,46

Rodo DPL c/c Pegapano 40cm 2 R$ 4,90 R$ 9,80

Pá 2 R$ 5,90 R$ 11,80

Vassoura 2 R$ 13,00 R$ 26,00

Subtotal R$ 29.215,80

Despesas pré-operacionais QTD Valor Unit. Total (R$)

133

Honorários do contador 1 R$ 900,00 R$ 900,00

Gastos com registro da empresa 1 R$ 850,00 R$ 850,00

Aluguel do ponto comercial 1 R$ 5.335,31 R$ 5.335,31

Uniformes 24 R$ 48,00 R$ 1.152,00

Marketing e divulgação 1 R$ 2.850,00 R$ 2.850,00

Pré-inauguração e inauguração 1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00

Empresa de ginástica laboral 1 R$ 360,00 R$ 360,00

Subtotal R$ 14.947,31

Estoque inicial QTD Valor Unit. Total (R$)

Fornecedores 1 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00

Subtotal R$ 15.000,00

Software QTD Valor Unit. Total (R$)

Implantação do software 1 R$ 2.800,00 R$ 2.800,00

Subtotal R$ 2.800,00

Capital de giro QTD Valor Unit. Total (R$)

Capital de giro 1 R$ 70.056,91 R$ 70.056,91

Subtotal R$ 70.056,91

Total do Investimento Inicial (R$) R$ 204.170,34

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.8.2 Custos fixos

Como visto na fundamentação teórica, os custos fixos são aqueles que não

sofrem alteração de valor caso a produção aumente ou diminua. Portanto,

independem do nível de atividade da empresa.

Para confecção da tabela de custos fixos foi necessário apurar o valor da mão

de obra, dos materiais de limpeza e dos materiais de escritório, tais tabelas estão

disponíveis no apêndice D e E deste trabalho. Também foi considerado o valor de

R$2.500,00 para o pró-labore do proprietário e Chef de cozinha do estabelecimento.

Cabe ressaltar que para a projeção da mão de obra foi considerado um

aumento percentual de 7% a cada ano sobre o salário base do funcionário,

respeitando o valor médio do dissídio anual da categoria.

Na tabela 3 apresenta-se os custos fixos mensais levantados para a confeitaria

La Pâtisserie. Estes somam R$23.118,63 mensais e R$178.351,96 anuais. Vale

ressaltar que não se considerou variação na projeção dos custos fixos, fazendo com

que o valor se mantenha para os cenários realista, otimista e pessimista.

134

Tabela 3: Custos fixos

CUSTO FIXO (R$) - Cenário Realista, Otimista e Pessimista

Item Valor (R$) Valor Anual (R$)

Água R$ 300,00 R$ 3.600,00

Luz R$ 800,00 R$ 9.600,00

Telefone e Internet R$ 183,60 R$ 2.203,20

Aluguel do imóvel R$ 5.335,31 R$ 64.023,72

Aluguel da máq. de cartão R$ 100,80 R$ 1.209,60

Marketing e publicidade R$ 2.000,00 R$ 24.000,00

Material de limpeza R$ 281,65 R$ 3.379,80

Material de escritório R$ 250,87 R$ 3.010,44

Contador R$ 900,00 R$ 10.800,00

Vigilância eletrônica R$ 102,90 R$ 1.234,80

Licença para software R$ 118,00 R$ 1.416,00

Alvará do bombeiro - R$ 300,00

Alvará de funcionamento - R$ 300,00

Alvará sanitário - R$ 300,00

Pró-labore R$ 2.500,00 R$ 30.000,00

Mão de obra R$10.245,50 R$ 22.974,40

Valor Total (R$) R$23.118,63 R$178.351,96

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.8.3 Projeção de vendas

Para a realização do plano financeiro, primeiramente, é necessário projetar as

vendas mensais e anuais dos produtos comercializados pelo estabelecimento, neste

caso, a definição do cardápio se encontra disponível no apêndice B.

A projeção de vendas da confeitaria La Pâtisserie foi elaborada conforme

pesquisa de mercado e experiência do proprietário do estabelecimento. Conforme a

tabela 4, foi projetada uma média de vendas mensais em torno de R$45.263,60 e

anuais de R$543.163,20, para o primeiro ano de atividade da empresa.

Tabela 4: Projeção de vendas (produto)

PRODUTOS Valor de

Venda (R$)

Valor Mensal Valor Anual

Qtd Valor (R$) Qtd Valor (R$)

Mini tarte sabores R$ 3,50 152 R$ 532,00 1824 R$ 6.384,00

Mini éclair sabores R$ 4,90 277 R$ 1.357,30 3324 R$ 16.287,60

Mini mousse sabores R$ 4,90 209 R$ 1.024,10 2508 R$ 12.289,20

Macaron sabores R$ 4,50 300 R$ 1.350,00 3600 R$ 16.200,00

135

Éclair sabores R$ 9,80 239 R$ 2.342,20 2868 R$ 28.106,40

Mille Feuilles R$ 9,80 120 R$ 1.176,00 1440 R$ 14.112,00

Bolo gelado R$ 9,00 151 R$ 1.359,00 1812 R$ 16.308,00

Bolo mousse de choc. noisette

R$ 9,80 122 R$ 1.195,60 1464 R$ 14.347,20

Bolo mousse de maracujá c/ choc.

R$ 9,80 120 R$ 1.176,00 1440 R$ 14.112,00

Bolo mousse de maracujá com choc.

(inteiro) R$ 85,00 4 R$ 340,00 48 R$ 4.080,00

Cheesecake c/ calda de frutas vermelhas

R$ 9,80 98 R$ 960,40 1176 R$ 11.524,80

Cheesecake com calda de frutas

vermelhas (inteiro) R$ 85,00 8 R$ 680,00 96 R$ 8.160,00

Caramelate R$ 9,80 93 R$ 911,40 1116 R$ 10.936,80

Amélia R$ 9,80 119 R$ 1.166,20 1428 R$ 13.994,40

Chocolate intenso R$ 9,80 117 R$ 1.146,60 1404 R$ 13.759,20

Tarte aux Fraises R$ 8,80 176 R$ 1.548,80 2112 R$ 18.585,60

Delícia de nozes R$ 9,20 78 R$ 717,60 936 R$ 8.611,20

Tarte Citron Noir R$ 9,20 150 R$ 1.380,00 1800 R$ 16.560,00

Tarte aux Pommes R$ 9,20 175 R$ 1.610,00 2100 R$ 19.320,00

Tarte aux Amandes R$ 9,20 91 R$ 837,20 1092 R$ 10.046,40

Tarte Citron R$ 9,20 96 R$ 883,20 1152 R$ 10.598,40

Cheesecake de goiabada

R$ 8,70 120 R$ 1.044,00 1440 R$ 12.528,00

Fondant au chocolat ao leite

R$ 11,50 180 R$ 2.070,00 2160 R$ 24.840,00

Fondant au chocolat meio amargo

R$ 11,50 180 R$ 2.070,00 2160 R$ 24.840,00

Fondant au chocolat 70%

R$ 12,90 120 R$ 1.548,00 1440 R$ 18.576,00

Petit Gateau de doce de leite

R$ 11,50 93 R$ 1.069,50 1116 R$ 12.834,00

Suflée de goiabada R$ 9,90 90 R$ 891,00 1080 R$ 10.692,00

Brownie e Blondie R$ 8,00 180 R$ 1.440,00 2160 R$ 17.280,00

Cupcake sabores R$ 6,50 210 R$ 1.365,00 2520 R$ 16.380,00

Sanduíche sabores R$ 6,00 180 R$ 1.080,00 2160 R$ 12.960,00

Café expresso R$ 4,00 270 R$ 1.080,00 3240 R$ 12.960,00

Cappuccino sem chantilly

R$ 5,00 180 R$ 900,00 2160 R$ 10.800,00

Cappuccino com chantilly

R$ 5,50 180 R$ 990,00 2160 R$ 11.880,00

Água R$ 3,50 300 R$ 1.050,00 3600 R$ 12.600,00

Suco natural sabores R$ 4,50 240 R$ 1.080,00 2880 R$ 12.960,00

Suco lata R$ 3,75 240 R$ 900,00 2880 R$ 10.800,00

136

Chá quente R$ 3,00 210 R$ 630,00 2520 R$ 7.560,00

Chá gelado R$ 3,75 150 R$ 562,50 1800 R$ 6.750,00

Refrigerante R$ 4,00 450 R$ 1.800,00 5400 R$ 21.600,00

Total R$ 45.263,60 R$ 543.163,20

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Após a conclusão da identificação dos itens comercializados pela confeitaria La

Pâtisserie foi possível estimar a média mensal e anual de vendas. A partir da tabela 4

apresenta-se a projeção de vendas anuais, considerando a variação de 12% para

mais ou para menos, de acordo com os cenários realista, otimista e pessimista e com

uma expansão anual de 10% para todos os cenários.

Tabela 5: Projeção de vendas

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.8.4 Custos variáveis

Os custos variáveis são aqueles que dependem diretamente do volume

produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período. Neste caso,

foram identificados como custos variáveis da confeitaria La Pâtisserie o gás utilizado

para a produção, os fornecedores de alimentos e bebidas, além dos custos com

impostos, de acordo com a alíquota da tabela do Simples Nacional (SN), disponível

no anexo A, com percentuais aplicados de 18,43%, 18,77% e 19,04% conforme o

faturamento anual.

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

R$ 543.163,20 R$ 597.479,52 R$ 657.227,47 R$ 722.950,22 R$ 795.245,24

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

R$ 608.342,78 R$ 669.177,06 R$ 736.094,77 R$ 809.704,25 R$ 890.674,67

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

R$ 477.983,62 R$ 525.781,98 R$ 578.360,18 R$ 636.196,19 R$ 699.815,81

Cenário

Pessimista

PROJEÇÃO DE VENDAS (R$)

Cenário

Realista

Cenário

Otimista

137

Tabela 6: Custos variáveis

CUSTO VARIÁVEL (R$) - Cenários Realista, Otimista e Pessimista

Cen

ári

o R

eali

sta

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Gás R$ 1.080,00 R$ 1.188,00 R$ 1.306,80 R$ 1.437,48 R$ 1.581,23

Fornecedores R$ 180.000,00 R$ 198.000,00 R$ 217.800,00 R$ 239.580,00 R$ 263.538,00

Impostos (SN) R$ 101.951,73 R$ 112.146,91 R$ 123.361,60 R$ 137.649,72 R$ 151.414,69

Venda R$ 543.163,20 R$ 597.479,52 R$ 657.227,47 R$ 722.950,22 R$ 795.245,24

% SN 18,77% 18,77% 18,77% 19,04% 19,04%

Valor CV (R$) R$ 283.031,73 R$ 311.334,91 R$ 342.468,40 R$ 378.667,20 R$ 416.533,92

Cen

ári

o O

tim

ista

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Gás R$ 1.209,60 R$ 1.330,56 R$ 1.463,62 R$ 1.609,98 R$ 1.770,98

Fornecedores R$ 201.600,00 R$ 221.760,00 R$ 243.936,00 R$ 268.329,60 R$ 295.162,56

Impostos (SN) R$ 114.185,94 R$ 125.604,53 R$ 140.152,44 R$ 154.167,69 R$ 169.584,46

Venda R$ 608.342,78 R$ 669.177,06 R$ 736.094,77 R$ 809.704,25 R$ 890.674,67

% SN 18,77% 18,77% 19,04% 19,04% 19,04%

Valor CV (R$) R$ 316.995,54 R$ 348.695,09 R$ 385.552,06 R$ 424.107,27 R$ 466.517,99

Cen

ári

o P

essim

ista

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Gás R$ 950,40 R$ 1.045,44 R$ 1.149,98 R$ 1.264,98 R$ 1.391,48

Fornecedores R$ 158.400,00 R$ 174.240,00 R$ 191.664,00 R$ 210.830,40 R$ 231.913,44

Impostos (SN) R$ 88.092,38 R$ 96.901,62 R$ 108.558,20 R$ 119.414,03 R$ 131.355,43

Venda R$ 477.983,62 R$ 525.781,98 R$ 578.360,18 R$ 636.196,19 R$ 699.815,81

% SN 18,43% 18,43% 18,77% 18,77% 18,77%

Valor CV (R$) R$ 247.442,78 R$ 272.187,06 R$ 301.372,19 R$ 331.509,41 R$ 364.660,35

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme a tabela 6, os custos variáveis foram projetados para os primeiros 5

anos de atividade da empresa e nos três cenários estabelecidos, com percentual de

variação entre os cenários de 12%, para mais ou para menos, em relação ao cenários

realista e com uma taxa de expansão anual de 10% para todos os cenários.

4.8.5 Demonstração do fluxo de caixa

O fluxo de caixa é a apresentação do conjunto de previsões de entrada e saída

de dinheiro da empresa, ou seja, mostra a posição líquida de caixa necessária para

um dado período.

Conforme a tabela 7, o fluxo de caixa foi projetado para os próximos 5 anos nos

cenários realista, otimista e pessimista, com percentual de variação de 12%, para mais

ou para menos, em relação ao cenário realista e com uma taxa de expansão anual de

10% para todos os cenários.

138

Cabe ressaltar que a retirada de lucros para o proprietário foi estipulada com

um percentual de 25% sobre o lucro líquido do exercício. Assim sendo, esta retirada

se dará somente ao final de cada período.

Deste modo, apresenta-se a projeção do fluxo de caixa, no cenário realista,

conforme tabela 7.

Tabela 7: Fluxo de caixa (realista)

FLUXO DE CAIXA (R$) - Cenário Realista

Entradas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Receita com vendas R$ 543.163,20 R$ 597.479,52 R$ 657.227,47 R$ 722.950,22 R$ 795.245,24

Total R$ 543.163,20 R$ 597.479,52 R$ 657.227,47 R$ 722.950,22 R$ 795.245,24

Saídas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Custos Variáveis R$ 283.031,73 R$ 311.334,91 R$ 342.468,40 R$ 378.667,20 R$ 416.533,92

Gás R$ 1.080,00 R$ 1.188,00 R$ 1.306,80 R$ 1.437,48 R$ 1.581,23

Fornecedores R$ 180.000,00 R$ 198.000,00 R$ 217.800,00 R$ 239.580,00 R$ 263.538,00

Impostos (SN) R$ 101.951,73 R$ 112.146,91 R$ 123.361,60 R$ 137.649,72 R$ 151.414,69

Custos Fixos R$ 178.351,96 R$ 179.960,17 R$ 181.568,38 R$ 183.176,59 R$ 184.784,80

Água R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00

Luz R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00

Telefone e Internet R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20

Aluguel do imóvel R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72

Aluguel máq. cartão R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60

Marketing e pub. R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00

Material de limpeza R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80

Material de escritório R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44

Contador R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00

Vigilância eletrônica R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80

Suporte do software R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00

Alvará do bombeiro R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Alv. funcionamento R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Alvará sanitário R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Pró-labore R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00

Mão de obra R$ 22.974,40 R$ 24.582,61 R$ 26.190,82 R$ 27.799,03 R$ 29.407,24

Total R$ 461.383,70 R$ 491.295,08 R$ 524.036,78 R$ 561.843,79 R$ 601.318,72

Saldo Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Saldo Inicial R$ 70.056,91 R$ 113.877,31 R$ 165.046,32 R$ 223.677,76 R$ 288.588,14

Total Entradas R$ 543.163,20 R$ 597.479,52 R$ 657.227,47 R$ 722.950,22 R$ 795.245,24

Total Saídas R$ 461.383,70 R$ 491.295,08 R$ 524.036,78 R$ 561.843,79 R$ 601.318,72

Saldo R$ 151.836,42 R$ 220.061,75 R$ 298.237,01 R$ 384.784,19 R$ 482.514,67

Retirada de lucros R$ 37.959,10 R$ 55.015,44 R$ 74.559,25 R$ 96.196,05 R$ 120.628,67

Saldo Final R$ 113.877,31 R$ 165.046,32 R$ 223.677,76 R$ 288.588,14 R$ 361.886,00

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

139

Na tabela 8, apresenta-se a projeção do fluxo de caixa no cenário otimista

considerando uma variação de 12% a mais em relação ao cenário realista.

Tabela 8: Fluxo de caixa (otimista)

FLUXO DE CAIXA (R$) - Cenário Otimista

Entradas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Receita com vendas R$ 608.342,78 R$ 669.177,06 R$ 736.094,77 R$ 809.704,25 R$ 890.674,67

Total R$ 608.342,78 R$ 669.177,06 R$ 736.094,77 R$ 809.704,25 R$ 890.674,67

Saídas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Custos Variáveis R$ 316.995,54 R$ 348.695,09 R$ 385.552,06 R$ 424.107,27 R$ 466.517,99

Gás R$ 1.209,60 R$ 1.330,56 R$ 1.463,62 R$ 1.609,98 R$ 1.770,98

Fornecedores R$ 201.600,00 R$ 221.760,00 R$ 243.936,00 R$ 268.329,60 R$ 295.162,56

Impostos (SN) R$ 114.185,94 R$ 125.604,53 R$ 140.152,44 R$ 154.167,69 R$ 169.584,46

Custos Fixos R$ 178.351,96 R$ 179.960,17 R$ 181.568,38 R$ 183.176,59 R$ 184.784,80

Água R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00

Luz R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00

Telefone e Internet R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20

Aluguel do imóvel R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72

Aluguel máq. cartão R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60

Marketing e pub. R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00

Material de limpeza R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80

Material de escritório R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44

Contador R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00

Vigilância eletrônica R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80

Sup. do Software R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00

Alvará do bombeiro R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Alv. funcionamento R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Alvará sanitário R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Pró-labore R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00

Mão de obra R$ 22.974,40 R$ 24.582,61 R$ 26.190,82 R$ 27.799,03 R$ 29.407,24

Total R$ 495.347,50 R$ 528.655,27 R$ 567.120,44 R$ 607.283,85 R$ 651.302,79

Saldo Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Saldo Inicial R$ 70.056,91 R$ 137.289,14 R$ 208.358,21 R$ 282.999,40 R$ 364.064,84

Total Entradas R$ 608.342,78 R$ 669.177,06 R$ 736.094,77 R$ 809.704,25 R$ 890.674,67

Total Saídas R$ 495.347,50 R$ 528.655,27 R$ 567.120,44 R$ 607.283,85 R$ 651.302,79

Saldo R$ 183.052,19 R$ 277.810,94 R$ 377.332,53 R$ 485.419,79 R$ 603.436,73

Retirada de lucros R$ 45.763,05 R$ 69.452,74 R$ 94.333,13 R$ 121.354,95 R$ 150.859,18

Saldo Final R$ 137.289,14 R$ 208.358,21 R$ 282.999,40 R$ 364.064,84 R$ 452.577,54

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

140

E por fim, demonstra-se a projeção do fluxo de caixa no cenário pessimista

considerando uma variação de 12% a menos em relação ao cenário realista, conforme

tabela 9.

Tabela 9: Fluxo de caixa (pessimista)

FLUXO DE CAIXA (R$) - Cenário Pessimista

Entradas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Receita com vendas R$ 477.983,62 R$ 525.781,98 R$ 578.360,18 R$ 636.196,19 R$ 699.815,81

Total R$ 477.983,62 R$ 525.781,98 R$ 578.360,18 R$ 636.196,19 R$ 699.815,81

Saídas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Custos Variáveis R$ 247.442,78 R$ 272.187,06 R$ 301.372,19 R$ 331.509,41 R$ 364.660,35

Gás R$ 950,40 R$ 1.045,44 R$ 1.149,98 R$ 1.264,98 R$ 1.391,48

Fornecedores R$ 158.400,00 R$ 174.240,00 R$ 191.664,00 R$ 210.830,40 R$ 231.913,44

Impostos (SN) R$ 88.092,38 R$ 96.901,62 R$ 108.558,20 R$ 119.414,03 R$ 131.355,43

Custos Fixos R$ 178.351,96 R$ 179.960,17 R$ 181.568,38 R$ 183.176,59 R$ 184.784,80

Água R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00 R$ 3.600,00

Luz R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00

Telefone e Internet R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20 R$ 2.203,20

Aluguel do imóvel R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72 R$ 64.023,72

Aluguel máq. cartão R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60 R$ 1.209,60

Marketing e pub. R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00

Material de limpeza R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80 R$ 3.379,80

Material de escritório R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44 R$ 3.010,44

Contador R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00 R$ 10.800,00

Vigilância eletrônica R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80 R$ 1.234,80

Sup. do Software R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00 R$ 1.416,00

Alvará do bombeiro R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Alv. funcionamento R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Alvará sanitário R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

Pró-labore R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00

Mão de obra R$ 22.974,40 R$ 24.582,61 R$ 26.190,82 R$ 27.799,03 R$ 29.407,24

Total R$ 425.794,74 R$ 452.147,23 R$ 482.940,57 R$ 514.686,00 R$ 549.445,14

Saldo Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Saldo Inicial R$ 70.056,91 R$ 91.684,34 R$ 123.989,31 R$ 164.556,69 R$ 214.550,17

Total Entradas R$ 477.983,62 R$ 525.781,98 R$ 578.360,18 R$ 636.196,19 R$ 699.815,81

Total Saídas R$ 425.794,74 R$ 452.147,23 R$ 482.940,57 R$ 514.686,00 R$ 549.445,14

Saldo R$ 122.245,78 R$ 165.319,09 R$ 219.408,92 R$ 286.066,89 R$ 364.920,83

Retirada de lucros R$ 30.561,45 R$ 41.329,77 R$ 54.852,23 R$ 71.516,72 R$ 91.230,21

Saldo Final R$ 91.684,34 R$ 123.989,31 R$ 164.556,69 R$ 214.550,17 R$ 273.690,63

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

141

De acordo com as tabelas 7, 8 e 9, o fluxo de caixa apresentou-se positivo e

em expansão a cada período nos três cenários. Assim sendo, mesmo no cenário

pessimista, onde há redução das vendas, pode-se observar que o fluxo de caixa não

apresentou resultados negativos, dando evidências da viabilidade do negócio.

4.8.6 Margem de contribuição

A margem de contribuição (MC) são as receitas subtraídas dos custos

variáveis, o que corresponde à capacidade que a venda de produtos tem para

contribuir na cobertura dos gastos fixos.

Portanto, na tabela 10 apresenta-se o cálculo da margem de contribuição

considerando os cenários realista, otimista e pessimista, com percentual de variação

de 12%, para mais ou para menos, em relação ao cenário realista e com expansão

anual de 10% para todos os cenários.

Tabela 10: Margem de contribuição

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (R$)

Cenário Realista

Entradas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Receita R$ 543.163,20 R$ 597.479,52 R$ 657.227,47 R$ 722.950,22 R$ 795.245,24

(-) CV R$ 283.031,73 R$ 311.334,91 R$ 342.468,40 R$ 378.667,20 R$ 416.533,92

(=) MC R$ 260.131,47 R$ 286.144,61 R$ 314.759,08 R$ 344.283,02 R$ 378.711,32

Cenário Otimista

Entradas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Receita R$ 608.342,78 R$ 669.177,06 R$ 736.094,77 R$ 809.704,25 R$ 890.674,67

(-) CV R$ 316.995,54 R$ 348.695,09 R$ 385.552,06 R$ 424.107,27 R$ 466.517,99

(=) MC R$ 291.347,24 R$ 320.481,97 R$ 350.542,71 R$ 385.596,98 R$ 424.156,68

Cenário Pessimista

Entradas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Receita R$ 477.983,62 R$ 525.781,98 R$ 578.360,18 R$ 636.196,19 R$ 699.815,81

(-) CV R$ 247.442,78 R$ 272.187,06 R$ 301.372,19 R$ 331.509,41 R$ 364.660,35

(=) MC R$ 230.540,84 R$ 253.594,92 R$ 276.987,99 R$ 304.686,79 R$ 335.155,46

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.8.7 Demonstração do resultado do exercício

A demonstração do resultado do exercício (DRE) demonstra todas as

operações realizadas durante o exercício pela empresa. Nesta demonstração, é

possível analisar dados como receita bruta.

Na tabela 11, apresenta-se a DRE projetada para o ano 1 da confeitaria La

Pâtisserie, de acordo com os cenários realista, otimista e pessimista, considerando o

142

percentual de variação de 12%, para mais no cenário otimista, ou para menos no

cenário pessimista, em relação ao cenário realista.

Tabela 11: Demonstração do Resultado do Exercício

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (R$)

Descrição Realista Otimista Pessimista

(=) Receita Operacional Bruta R$ 543.163,20 R$ 608.342,78 R$ 477.983,62

(-) Impostos R$ 101.951,73 R$ 114.185,94 R$ 88.092,38

(=) Receita Operacional Líquida R$ 441.211,47 R$ 494.156,84 R$ 389.891,24

(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 178.819,80 R$ 196.701,78 R$ 160.937,82

(=) Resultado Bruto R$ 262.391,67 R$ 297.455,06 R$ 228.953,42

(-) Despesas Fixas R$ 178.351,96 R$ 178.351,96 R$ 178.351,96

(-) Despesas Variáveis R$ 2.260,20 R$ 2.507,82 R$ 2.012,58

(=) Resultado Operacional R$ 81.779,50 R$ 116.595,28 R$ 48.588,87

(=) Resultado Antes do Imposto de Renda R$ 81.779,50 R$ 116.595,28 R$ 48.588,87

(-) Imposto de Renda R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

(-) Contribuição Social R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 81.779,50 R$ 116.595,28 R$ 48.588,87

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme a tabela 11, a demonstração do resultado do exercício se mostrou

positiva nos três cenários projetados, ou seja, mesmo no cenário pessimista observa-

se que a DRE apresentou resultados positivos, com lucro líquido anual de

R$48.588,87, trazendo nova evidência da viabilidade do negócio.

4.8.8 Taxa mínima de atratividade

A taxa mínima de atratividade (TMA) é considerada a melhor taxa com baixo

grau de risco, disponível para a aplicação do capital da empresa.

Neste estudo, a taxa estabelecida para TMA foi a taxa do Sistema Especial de

Liquidação e Custódia (SELIC) que equivale a 14,15% a.a., apurada em outubro de

2015.

4.8.9 Valor presente líquido

O método do valor presente líquido (VPL) traz para o momento presente os

valores futuros, descontados da taxa mínima de atratividade. Quando o VPL for maior

ou igual à zero, entende-se que o empreendimento é viável.

143

Na tabela 12, demonstra-se o método do valor presente líquido (VPL) nos

cenários realista, otimista e pessimista.

Tabela 12: Valor presente líquido

VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL

Ano Fluxo de Caixa (R$)

Cenário Realista Cenário Otimista Cenário Pessimista

0 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34

1 R$ 113.877,31 R$ 137.289,14 R$ 91.684,34

2 R$ 165.046,32 R$ 208.358,21 R$ 123.989,31

3 R$ 223.677,76 R$ 282.999,40 R$ 164.556,69

4 R$ 288.588,14 R$ 364.064,84 R$ 214.550,17

5 R$ 361.886,00 R$ 452.577,54 R$ 273.690,63

VPL R$ 529.328,31 R$ 714.207,88 R$ 349.517,18 Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme a tabela 12, conclui-se que o projeto é considerado viável e atraente

nos cenários realista, otimista e pessimista, já que o VPL é maior do que zero (VPL>0).

4.8.10 Taxa interna de retorno

A taxa interna de retorno (TIR) é utilizada na tomada de decisão como

parâmetro financeiro onde se pode verificar a viabilidade do projeto, desde que o

resultado seja igual ou maior que a TMA, que neste caso corresponde a 14,15%. Caso

contrário, a TIR pode apresentar uma situação desfavorável ao futuro

empreendimento.

Na tabela 13 apresentam-se os valores calculados para a TIR nos cenários

realista, otimista e pessimista.

Tabela 13: Taxa interna de retorno

TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR

Ano Fluxo de Caixa (R$)

Cenário Realista Cenário Otimista Cenário Pessimista

0 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34

1 R$ 113.877,31 R$ 137.289,14 R$ 91.684,34

2 R$ 165.046,32 R$ 208.358,21 R$ 123.989,31

3 R$ 223.677,76 R$ 282.999,40 R$ 164.556,69

4 R$ 288.588,14 R$ 364.064,84 R$ 214.550,17

5 R$ 361.886,00 R$ 452.577,54 R$ 273.690,63

144

TIR 78% 95% 60%

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Considerando os resultados da TIR, conclui-se que o projeto é viável já que a

TIR calculada é maior que a TMA nos três cenários projetados, inclusive no

pessimista.

4.8.11 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o ponto onde as receitas se igualam às despesas, ou

seja, quanto é preciso vender para que as despesas sejam liquidadas não havendo

lucro ou prejuízo.

Os cálculos projetados para o ponto de equilíbrio nos três cenários

estabelecidos se encontram na tabela 14.

Tabela 14: Ponto de equilíbrio

PONTO DE EQUILÍBRIO (PE)

Cenários Realista Otimista Pessimista

Contas Valor Valor Valor

Receita Bruta R$ 543.163,20 R$ 608.342,78 R$ 477.983,62

Custo Fixo R$ 178.351,96 R$ 178.351,96 R$ 178.351,96

Custo Variável R$ 283.031,73 R$ 316.995,54 R$ 247.442,78

PE R$ 372.404,86 R$ 372.404,86 R$ 369.779,68

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

O ponto de equilíbrio se mostrou igual nos cenários realista e otimista, com um

valor de R$372.404,86 e no cenário pessimista, apesar de apresentar um valor menor

de R$369.779,68, ficou muito próximo dos primeiros cenários. Essa variação

aconteceu pelo valor do custo variável, já que nos cenários realista e otimista a

alíquota do Simples Nacional aplicada foi a mesma de 18,77%, já no cenário

pessimista a alíquota aplicada foi de 18,43%.

Portanto, a empresa precisa vender anualmente um valor próximo de

R$372.404,86 para honrar com seus compromissos e ganhar lucro a partir daí.

145

4.8.12 Payback

O payback é uma ferramenta de medida de risco utilizada como apoio na

tomada de decisão, pois demonstra o tempo necessário para recuperação do

investimento inicial.

Para o cálculo do payback apresentados posteriormente foram considerados

os 5 anos projetados nos cenários realista, otimista e pessimista.

A projeção do payback no cenário realista é apresentada na tabela 15.

Tabela 15: Payback (realista)

PAYBACK (R$) - Cenário Realista

Ano Fluxo de Caixa Saldo

0 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34

1 R$ 113.877,31 -R$ 90.293,03

2 R$ 165.046,32 R$ 74.753,29

3 R$ 223.677,76 R$ 298.431,05

4 R$ 288.588,14 R$ 587.019,19

5 R$ 361.886,00 R$ 948.905,19 Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Considerando o resultado da tabela 15, observa-se que o período de payback

no cenário realista é de 1 ano, 6 meses e 17 dias.

A seguir, apresenta-se a projeção do payback no cenário otimista.

Tabela 16: Payback (otimista)

PAYBACK (R$) - Cenário Otimista

Ano Fluxo de Caixa Saldo

0 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34

1 R$ 137.289,14 -R$ 66.881,20

2 R$ 208.358,21 R$ 141.477,01

3 R$ 282.999,40 R$ 424.476,41

4 R$ 364.064,84 R$ 788.541,25

5 R$ 452.577,54 R$ 1.241.118,80

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Conforme a tabela 16, nota-se que o período de payback no cenário otimista é

de 1 ano, 3 meses e 25 dias.

Por fim, apresenta-se a tabela 17 contendo a projeção do payback no cenário

pessimista.

146

Tabela 17: Payback (pessimista)

PAYBACK (R$) - Cenário Pessimista

Ano Fluxo de Caixa Saldo

0 -R$ 204.170,34 -R$ 204.170,34

1 R$ 91.684,34 -R$ 112.486,00

2 R$ 123.989,31 R$ 11.503,31

3 R$ 164.556,69 R$ 176.060,00

4 R$ 214.550,17 R$ 390.610,17

5 R$ 273.690,63 R$ 664.300,79

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

De acordo com a tabela 17, identifica-se que o período de payback no cenário

pessimista é de 1 ano, 10 meses e 27 dias.

Deste modo, conclui-se que o período de retorno do investimento inicial da

confeitaria La Pâtisserie nos três cenários foi satisfatório, pois fica em torno de um ano

e meio de payback.

4.9 LEGISLAÇÃO

A confeitaria La Pâtisserie será registrada como sendo o proprietário

empresário individual, onde o mesmo é a pessoa física que responderá com seu

patrimônio pelas obrigações contraídas pela empresa. Ela ainda será enquadrada

como Empresa de Pequeno Porte (EPP) tendo sua receita bruta anual entre

R$120.000,00 e R$1.200.000,00 e o seu regime de tributação se dará conforme o

simples nacional.

Para a devida abertura da empresa, será contratado um escritório de

contabilidade que deverá providenciar os documentos necessários para o devido

registro e legalização da empresa nos órgãos que seguem:

Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC);

Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

Secretaria Estadual da Fazenda (SEF/SC);

Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF);

Entidade Sindical Patronal (SINTRATUH-FLOR);

Caixa Econômica Federal (INSS/FGTS);

Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

147

Além das providências junto aos órgãos mencionados para criação de CNPJ,

registro da empresa, aquisição de alvarás entre outros, a empresa também deverá

seguir a Lei RDC nº 216/ANVISA. Essa lei determina a obrigatoriedade das Boas

Práticas em diversos estabelecimentos de alimentação, entre eles as confeitarias. A

RDC nº 216 abrange todos os procedimentos adotados nos estabelecimentos de

alimentação que visam a garantia das condições higiênicas e sanitárias do alimento

preparado.

4.10 CRONOGRAMA E ORÇAMENTO DE IMPLANTAÇÃO

Como parte do plano de negócios, no quadro 19 apresenta-se o projeto de

implantação da confeitaria La Pâtisserie considerando tempo, custo e recursos para

conclusão de cada etapa.

Nome: Abertura da empresa “La Pâtisserie”.

Responsável: Newton Kramer

Início Fim Prioridade Sinalizador

22/08/2016 26/11/2016 3

Prioridade: 3 - Importância alta; 2 – importância média; 1 – importância baixa

FAROL: Em andamento Realizado Não iniciado Em atraso

Categoria Detalhamento Método de Aquisição

Data Limite Exercício Financeiro

Gasto Estimado

Ponto comercial Negociação para

fechamento do contrato de locação do ponto comercial.

Negociação 29/08/2016 2016 R$5.335,31

Contratar um contador

Procura de um profissional de confiança para auxiliar nas questões contábeis e

legais referentes à empresa.

Negociação 26/08/2016 2016 R$900,00

Constituição legal da empresa

Confecção e assinatura do contrato social, registro da empresa, criação do CNPJ, alvarás e todos os outros

assuntos referentes à abertura da empresa.

Operacional 22/09/2016 2016 R$850,00

Patentear a marca

Registro da marca e nome da empresa.

Operacional 22/09/2016 2016 R$300,00

Primeiras ações de marketing

Início das ações de marketing. Essas ações

serviram como um aviso de que uma nova empresa está

entrando no mercado, criando expectativa e

introduzindo a marca no dia-a-dia dos possíveis clientes.

Contratação de serviços e operacional

30/09/2016 2016 R$2.000,00

148

Realização de obras e

instalações

Início da adaptação do ponto comercial de acordo com o projeto já realizado

em conjunto com arquitetos e design de interiores.

Operacional e compra

14/10/2016 2016 R$10.000,00

Aquisição de equipamentos (permanente)

Aquisição de todos os equipamentos necessários

para a produção da empresa. Fornos, mesas, bancadas, computador, impressora, telefones, máquinas de cartão, purificador de água.

Compra 30/09/2016 2016 R$62.150,32

Montagem dos equipamentos

Montagem de todos os itens constantes no projeto a ser

realizado pela empresa onde foi comprado o

equipamento.

Operacional 28/10/2016 2016 R$800,00

Aquisição de utensílios para

produção

Aquisição de utensílios de cozinha como batedeira,

balança digital, extrator de suco, liquidificador, moedor de café, suporte para copos,

talheres, pratos, pires, xícaras, copos, peneiras

entre outros.

Compra 30/09/2016 2016 R$29.090,74

Compra da licença para software de

gestão

Negociação e fechamento do contrato com a empresa que fornecerá o software, bem como, treinamento para o melhor uso da

ferramenta.

Negociação 14/10/2016 2016 R$2.800,00

Intensificação das ações de

marketing

Intensificar as ações de marketing, lançando o

convite para a inauguração, promoções e gerar ainda

mais expectativa aos clientes. Deve-se revelar um

pouco do que será a empresa.

Compra e operacional

26/11/2016 2016 R$2.000,00

Criação dos meios de

comunicação

Lançamento via internet da empresa (site, páginas nas redes sociais e indicações de parceiros). Revelação

das últimas notícias, auxiliando as ações de

marketing, lançamento dos produtos, serviços, contato,

parceiros e promoções.

Operacional 30/09/2016 2016 R$850,00

Recrutamento, seleção e

contratações

Recrutamento externo, seleção dos melhores currículos recebidos e

agendamento das entrevistas. Contratações e assinatura das carteiras de trabalho dos 8 candidatos selecionados e pró-labore

do proprietário.

Negociação e

Operacional 01/11/2016 2016 R$12.745,50

Documentação de abertura da

empresa

Viabilização dos alvarás de abertura e funcionamento da empresa (bombeiro,

vigilância sanitária, entre outros)

Operacional 01/11/2016 2016 R$900,00

149

Aquisição de matéria prima

Compra de matéria-prima para iniciação da produção

da empresa, bem como, capacitação dos colaboradores.

Compra 04/11/2016 2016 R$15.000,00

Capacitação

Período de capacitação dos colaboradores. Repasse do cardápio, técnicas utilizadas

pelo chef de cozinha responsável, definição do

processo produtivo e entrega dos uniformes.

Operacional 11/11/2016 2016 R$1.152,00

Pré-inauguração da

empresa

Evento de inauguração da empresa fechado para

algumas pessoas convidadas (familiares,

amigos, imprensa e blogueiras influentes).

Produção e operacional

19/11/2016 2016 R$1.000,00

Inauguração da empresa

Dia da abertura oficial da empresa. Evento aberto à

todos os clientes com promoções relâmpago e diferenciais competitivos.

Produção e operacional

26/11/2016 2016 R$2.500,00

TOTAL: R$160.619,37

ESCOPO O projeto tem por finalidade descrever as ações operacionais do processo de abertura da empresa “La Pâtisserie” de acordo com as decisões do futuro gestor da empresa Chef Newton Kramer. O projeto abrange as etapas desde a abertura legal da empresa até a sua inauguração, não contando com os planejamentos estratégicos para o início da empresa. Toda a situação de orçamento, projetos de design e planejamento financeiro já foram realizados anteriormente, portanto não fazem parte deste projeto.

JUSTIFICATIVA

O projeto visa simplificar o processo de abertura da empresa La Pâtisserie, constando todas as etapas para que o gestor possa acompanhar o andamento do projeto e não se esquecer de nenhum detalhe.

Quadro 19: Cronograma e orçamento de implantação Fonte: Elaborado pela autora (2015)

4.11 ANÁLISE FINAL

No plano financeiro foi possível realizar uma análise minuciosa do negócio,

contudo, identificou-se que no investimento inicial para implantação da empresa será

desembolsado R$204.170,34, o que é um custo bastante alto, entretanto, será

utilizado capital 100% próprio, facilitando o processo.

Em relação ao ponto de equilíbrio, a empresa precisará vender no cenário

realista 69% de seus produtos, o que representa um valor de R$372.404,86, no

cenário otimista será necessário vender 61% dos produtos, o que também representa

um valor de R$372.404,86, já no cenário pessimista a empresa deverá vender 77%

dos seus produtos ou R$369.779,68 para poder honrar com seus compromissos.

150

O lucro líquido projetado para o primeiro ano do cenário realista é de

R$81.779,50, sendo assim, o retorno do investimento será em 1 ano, 6 meses e 17

dias, o que é considerado um bom tempo de retorno sobre o investimento.

Considerando o cenário otimista, o lucro líquido será de R$116.595,28 com um tempo

de retorno de aproximadamente 1 ano, 3 meses e 25 dias. Já no cenário pessimista o

lucro líquido será de R$48.588,87 com retorno do investimento em 1 ano, 10 meses e

27 dias.

O valor presente líquido projetado para o cenário realista ficou em

R$529.328,31, enquanto a taxa interna de retorno sobre o investimento é de

aproximadamente 78% no primeiro ano. No cenário otimista o valor presente líquido

ficou em R$714.207,88 com a taxa interna de retorno sobre o investimento de 95% ao

ano. E no cenário pessimista o valor presente líquido é de R$349.517,18 e a taxa

interna de retorno é de 60% ao ano.

O plano financeiro demonstrou a atratividade do negócio e desempenho

positivo em relação ao mercado principalmente entre o primeiro e segundo ano de

atividade da confeitaria. Há indícios da viabilidade já no primeiro ano da empresa com

resultados positivos e satisfatórios, mas a partir do segundo ano a tendência é

alavancar o negócio.

Entretanto, cabe ressaltar que este plano de negócios foi elaborado a partir de

previsões e projeções de mercado e por isso, existe um risco que deve ser

considerado. O mercado muda constantemente e os consumidores estão a cada dia

mais exigentes o que pode alterar algumas informações adquiridas. A retração

econômica é o maior fator de risco que a nova empresa poderá enfrentar, já que

influencia diretamente nas projeções de venda do negócio. Em contrapartida, a

proposta da empresa é bastante sólida e inovadora, o que cria vantagem competitiva

em relação ao mercado concorrente.

Ao empreendedor cabe a responsabilidade de conseguir identificar o momento

oportuno para o lançamento da empresa no mercado. Acredita-se que fazendo uso

das ferramentas elaboradas ao longo deste estudo será possível reduzir os riscos e

melhor planejar o futuro da confeitaria.

Neste caso, com a elaboração deste plano de negócios conclui-se que a

proposta de abertura da empresa La Pâtisserie – Confeitaria Fina é viável e atrativa.

151

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste estudo verificou-se que o empreendedorismo no Brasil é

bastante favorável, estima-se que 40 milhões de brasileiros, entre 18 e 64 anos

estejam envolvidos com alguma atividade empreendedora. No Brasil existem,

atualmente, 6,4 milhões de estabelecimentos empresariais, sendo que 99% destes

são micro e pequenas empresas. Projeções indicam que existem cerca de um milhão

de empreendimentos somente no setor de alimentação fora de casa.

Para sobreviver num mercado altamente competitivo como este, é necessário

planejamento e análise de mercado. O plano de negócios é uma ferramenta completa

e necessária para a abertura ou reestruturação um negócio. A partir desta ferramenta

é possível estudar amplamente o mercado, analisando os pontos fortes e fracos da

empresa, além de projetar despesas e receitas conforme as definições do quadro de

funcionários e enquadramento tributário, por exemplo, desta forma é possível reduzir

os riscos relacionados à perda do dinheiro investido.

O presente estudo teve como objetivo geral analisar a viabilidade de abertura

da confeitaria fina La Pâtisserie na cidade de Florianópolis por meio da elaboração de

um plano de negócios. Para isso, se fez necessário realizar os objetivos específicos

definidos para este estudo, os quais foram: analisar o mercado de empreendimentos

do segmento, elaborar as etapas relativas ao plano de negócios e por fim, verificar a

viabilidade de abertura do negócio.

No cumprimento do primeiro objetivo específico buscou-se avaliar o ambiente

externo da empresa, pesquisando sobre o cenário econômico do mercado, bem como,

o mercado concorrente e as projeções segundo as pesquisas realizadas por

instituições especializadas. Além disso, utilizou-se ferramentas apropriadas para

realizar essa análise, como por exemplo a matriz SWOT. Para a avaliação do mercado

concorrente, utilizou-se o método da observação sistemática, onde os envolvidos

neste estudo visitaram o concorrentes indicados na pesquisa de mercado realizada

junto aos clientes potencias e atribuíram notas conforme os critérios pré-

estabelecidos.

Para o alcance do segundo objetivo específico, elaborou-se o plano de

negócios composto pelas seguintes etapas: resumo executivo, descrição da empresa,

análise setorial, análise estratégica, plano de marketing, plano de recursos humanos,

152

plano de produção, plano financeiro e legislação.

Primeiramente procurou-se descrever o negócio a fim de posicionar a marca

no mercado e dar maior entendimento sobre a proposta do negócio. Em seguida, foi

realizada a análise setorial, que buscou entender melhor qual a situação do setor que

a confeitaria será inserida. Após analisar, de forma mais profunda, as projeções de

crescimento do setor, o mercado concorrente, a situação econômica do país e o

mercado consumidor, concluiu-se que apesar das dificuldades em relação à abertura

de novas empresas em um mercado tão competitivo e altamente abalado pela

economia, a população não deixa de consumir totalmente, apenas busca baratear o

consumo e busca priorizar a qualidade e o atendimento.

Na sequência foi realizada a análise estratégica para a confeitaria La Pâtisserie,

que envolveu a declaração da missão, visão e valores da empresa, sempre

priorizando a qualidade dos produtos e serviços. Nessa análise também estipulou-se

os objetivos, metas e estratégias que abrangeram o cliente, o ambiente da confeitaria,

as metas financeiras e a responsabilidade social. Em seguida, foi realizada a análise

externa, elencando os principais fornecedores e avaliando os principais concorrentes

seguindo uma média aritmética de notas atribuídas aos critérios de preço,

reconhecimento no mercado, localização, marketing utilizado, formas de pagamento,

atendimento, variedade, tempo de espera, infraestrutura, qualidade, higiene e comida

diferenciada. Por fim, foi possível elaborar a matriz SWOT que apresentou como

pontos positivos no ambiente interno a qualidade nos produtos e serviços, inovação e

criatividade, horário de funcionamento, atendimento e planejamento adequado. Os

pontos positivos no ambiente externo foram os incentivos fiscais para abertura de

empresas pelo Simples Nacional, o ponto turístico onde a empresa vai ser implantada

e por ser o setor menos afetado pela crise econômica. Como ponto negativos no

ambiente interno foram elencados a falta de mão de obra qualificada, o fato da

empresa ser uma nova entrante no mercado, os custos elevados de implantação, o

baixo poder de barganha e a experiência do proprietário. Os pontos negativos do

ambiente externo foram a concorrência acirrada, o aumento das taxas de juros e

inflação e a retração econômica.

Com a análise estratégica finalizada, foi possível iniciar o plano de marketing

que definiu sua atividade mercadológica a partir dos 4 Ps. A confeitaria La Pâtisserie

comercializará produtos oriundos da confeitaria clássica desenvolvidos e elaborados

153

pelo Chef de cozinha Newton Kramer e sua equipe. São exemplos de produtos que

irão constar no cardápio os famosos bolos Petit Gateau, tortas francesas, biscoitos

macaron, mousses variadas, bombas recheadas, entre outras especialidades.

Em relação ao preço foram considerados os seguintes fatores decididos de

acordo com a fundamentação teórica e experiência dos envolvidos neste estudo:

custo dos insumos, custo de produção, margem de lucro, qualidade dos produtos e

serviços prestados, preço da concorrência e poder aquisitivo dos clientes.

Ficou definido como praça para a abertura da confeitaria La Pâtisserie a

Avenida Rio Branco, localizada no município de Florianópolis. Na escolha foram

considerados a pesquisa de mercado realizada junto aos clientes potenciais e o preço

do metro quadrado nos locais pesquisados.

Por fim, o processo de promoção da empresa foi dividido em dois planos:

divulgação e promoção. No primeiro plano definiu-se as seguintes estratégias:

divulgação por indicação de amigos, divulgação pelas redes sociais, pré-inauguração

e folder. No plano de promoção foram definidas as seguintes estratégias: compre um,

leve dois, aniversariante do dia, cartão fidelidade, sorteio em redes sociais e dia

temático.

Em seguida foi definido o plano de recursos humanos que versou sobre o

processo de recrutamento e seleção de funcionários, determinou a estrutura funcional

da confeitaria que contará com oito funcionários e apresentou o organograma da

empresa. Além disso, o plano apresentou propostas para promover a qualidade de

vida no trabalho que englobou atividades como ginástica laboral, processo de

desenvolvimento de funcionários, ergonomia do local de trabalho, avaliação de

desempenho, procedimentos de higiene e segurança, além da motivação no controle

de álcool e drogas. Em seguida, apresentou-se o plano de capacitação da confeitaria

que será realizado toda vez que um novo funcionário for contratado. O plano de

capacitação é composto sete módulos e terá carga horária de 30 horas, dentre os

assuntos abordados no curso estarão a definição da empresa, a organização do

trabalho, a produção da confeitaria, o atendimento aos clientes, a apresentação

pessoal do funcionário e a integração com a equipe de trabalho.

O plano de produção envolveu diversos fatores responsáveis pela qualidade do

produto final. Neste plano foram definidos os equipamentos necessários para a

produção dos itens do cardápio, como irá acontecer o processo de fabricação, o layout

154

desenhado para melhor aproveitar o espaço disponível e como acontecerá os

processos de gestão de compra, estoque, venda e qualidade.

No plano financeiro buscou-se analisar a viabilidade de abertura da empresa.

Diante de todos os planos expostos, realizou-se um compilado de informações que

foram colocados em tabelas financeiras a fim de demonstrar a viabilidade ou não do

novo negócio. Para obter as melhores previsões possíveis, foram utilizados os

seguintes instrumentos financeiros aplicados aos cenários realista, otimista e

pessimista: previsão de investimento inicial, custos fixos, custos variáveis e margem

de contribuição, projeção de vendas, ponto de equilíbrio, período de payback e valor

presente líquido, definição da taxa mínima de atratividade e confecção dos

demonstrativos de resultado do exercício e fluxo de caixa.

Elaborou-se o plano de legislação referente à empresa, onde foi citado todos

os órgãos que fariam parte do processo de abertura legal da empresa. Neste plano

também definiu-se o enquadramento e regime tributário da empresa, ficou

determinado que a empresa será registrada como empresário individual e será

enquadrada como Empresa de Pequeno Porte (EPP) e seu regime tributário se dará

conforme o Simples Nacional (SN).

Por fim, apresentou-se o cronograma e orçamento de implantação da empresa

constando todas as datas e recursos necessários para a implantação da empresa.

Para atingir o terceiro e último objetivo específico deste estudo, utilizou-se as

conclusões retiradas de todos os planos confeccionados, passando por uma análise

administrativa dos resultados.

Durante a realização do estudo, a acadêmica encontrou dificuldades em

encontrar informações sobre o setor, principalmente em relação aos concorrentes e

às projeções do setor. Em contrapartida, a acadêmica obteve um grande auxílio de

um futuro empreendedor da área, o qual motivou este estudo. Mesmo com as

dificuldades encontradas, foi possível realizar o estudo de forma satisfatória e

conseguindo os resultados esperados.

Em relação ao objetivo deste estudo, o projeto de implantação da confeitaria

La Pâtisserie foi considerado viável e rentável. De acordo com o planejamento

financeiro, no qual foram levantados os investimentos iniciais, custos fixos, variáveis,

receitas e outros fatores, identificou-se que o projeto é viável nos três cenários

estabelecidos: realista, otimista e pessimista. O cenário realista apresentou um VPL

155

de R$529.328,31, um tempo de retorno estimado em 1 ano, 6 meses e 17 dias e uma

TIR de 78% ao ano. No cenário otimista identificou-se um VPL de R$714.207,88, um

tempo de retorno estimado em 1 ano, 3 meses e 25 dias, com uma TIR de 95% ao

ano. Já o cenário pessimista apresentou um VPL de R$349.517,18, tempo de retorno

estimado em 1 ano, 10 meses e 27 dias, juntamente a uma TIR de 60% ao ano.

Portanto, de acordo com o plano de negócio elaborado numa projeção realista,

otimista e pessimista, pode-se afirmar que este projeto é viável econômica e

financeiramente, ou seja, investir na implantação da confeitaria La Pâtisserie é um

negócio rentável.

Por fim, sugere-se como futuros trabalhos a criação de estratégias de gestão

de pessoas como forma de reter os funcionários, o desenvolvimento de uma ficha

técnica dos produtos, a fim de tentar custear precisamente os mesmos e após a

implantação da empresa, recomenda-se realizar a elaboração de um estudo de

satisfação dos clientes.

156

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169

APÊNDICES

170

LISTA DE APÊNDICES

APÊNDICE A............................................................................................................171

APÊNDICE B............................................................................................................173

APÊNDICE C............................................................................................................178

APÊNDICE D............................................................................................................179

APÊNDICE E............................................................................................................180

171

APÊNDICE A

172

Questionário elaborado para a pesquisa de mercado

173

APÊNDICE B

Cardápio – La Pâtisserie

174

175

176

177

178

APÊNDICE C

Layout – Planta baixa

179

APÊNDICE D

Custo fixo com mão de obra

FOLHA SALARIAL

Função Qtd Custo

FGTS (8%) Insalubridade (20% sal. min.)

Quebra de caixa (15%)

Total mensal (R$)

Provisão para férias

(33,33%)

Provisão para 13º

Total anual (R$) Unit. Total

Subchefe de cozinha 1 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 R$ 160,00 R$ 157,60 - R$ 2.317,60 R$ 666,60 R$ 2.000,00 R$ 4.984,20

Auxiliar de produção 2 R$ 1.200,00 R$ 2.400,00 R$ 384,00 R$ 157,60 - R$ 2.941,60 R$ 1.599,84 R$ 2.400,00 R$ 6.941,44

Recepcionista - Caixa 1 R$ 1.042,00 R$ 1.042,00 R$ 83,36 - R$ 156,30 R$ 1.281,66 R$ 347,30 R$ 1.042,00 R$ 2.670,96

Atendente 2 R$ 1.042,00 R$ 2.084,00 R$ 333,44 R$ 157,60 - R$ 2.575,04 R$ 1.389,19 R$ 2.084,00 R$ 6.048,23

Auxiliar de limpeza 1 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 72,00 R$ 157,60 - R$ 1.129,60 R$ 299,97 R$ 900,00 R$ 2.329,57

Custo total (R$) R$ 8.426,00 R$ 1.032,80 R$ 10.245,50 R$ 4.302,90 R$ 8.426,00 R$ 22.974,40

180

APÊNDICE E

Custo fixo com material de limpeza e material de escritório

UNIT. TOTAL

Lustra móveis 1 6,18R$ 6,18R$

Luvas descartáveis 100 0,25R$ 25,00R$

Pano saco de limpeza 10 2,78R$ 27,80R$

Sabonete para mãos 2 13,85R$ 27,70R$

Saco de lixo 100L com 100 unid. 1 52,20R$ 52,20R$

Saco de lixo 20L com 100 unid. 1 11,35R$ 11,35R$

Detergente neutro 10L 1 10,60R$ 10,60R$

Esponja de louça c/ 2 unid. 2 5,19R$ 10,38R$

Super brilho 2 11,28R$ 22,56R$

Veja multiuso 500ml 4 5,47R$ 21,88R$

Papel higiênico 1000 folhas 1 49,00R$ 49,00R$

Papel toalha 1000 folhas 1 17,00R$ 17,00R$

TOTAL 281,65R$

CUSTO (R$)ITEM QTD

MATERIAL DE LIMPEZA

UNIT. TOTAL

Papel A4 100 folhas 1 3,20R$ 3,20R$

Papel bobina térmica c/ 10 unid. 1 19,90R$ 19,90R$

Lapiseira 2 1,50R$ 3,00R$

Caneta 10 1,00R$ 10,00R$

Borracha 1 0,50R$ 0,50R$

Grampeador 2 2,99R$ 5,98R$

Bloco post-it c/ 90 folhas 1 6,70R$ 6,70R$

Durex 1 3,59R$ 3,59R$

Tonner Impressora 1 99,00R$ 99,00R$

Bloco de pedido c/ 40 folhas 10 9,90R$ 99,00R$

TOTAL 250,87R$

MATERIAL DE ESCRITÓRIO

ITEM QTDCUSTO (R$)

181

ANEXOS

182

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A..................................................................................................................183

183

ANEXO A

Tabela de regime do Simples Nacional 2015

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ, PIS/Pasep,

CSLL, Cofins e CPP ISS

Até 180.000,00 16,93% 14,93% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 17,72% 14,93% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 18,43% 14,93% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 18,77% 14,93% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 19,04% 15,17% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 19,94% 15,71% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 20,34% 16,08% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 20,66% 16,35% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 21,17% 16,56% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 21,38% 16,73% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 21,86% 16,86% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 21,97% 16,97% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 22,06% 17,06% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 22,14% 17,14% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 22,21% 17,21% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 22,21% 17,21% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 22,32% 17,32% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,37% 17,37% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,41% 17,41% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,45% 17,45% 5,00%

Fonte: Receita Federal (2015)