políticas públicas de educação

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO Professor Esp. Cleverson de Oliveira Domingos Pedagogo, Orientador Educacional, Especialista em Gestão Educacional, Educação a Distância e Educação para Diversidade e Cidadania com ênfase em Direitos Humanos

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Palestra realizada no evento Discutindo Políticas Públicas, realizado na Faculdade Projeção de Ceilândia, em 16 de outubro de 2014.

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Page 1: Políticas Públicas de Educação

POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO

Professor Esp. Cleverson de Oliveira DomingosPedagogo, Orientador Educacional, Especialista em Gestão Educacional, Educação a

Distância e Educação para Diversidade e Cidadania com ênfase em Direitos Humanos

Page 2: Políticas Públicas de Educação

• Conjunto de instituições, definidas pelos próprios agentes do Estado. São instituições políticas, jurídicas, administrativas, militares, etc;

•Essas instituições encontram-se dentre um território geograficamente limitado, a qual geralmente nos referimos como sociedade. A responsabilidade do Estado se circunscreve ao seu território geográfico-político, a que chamamos de soberania. Por vezes, é também chamado de Estado-nação.

•O Estado é responsável pela criação de regras dentro de seu território, o que tende à criação de uma cultura política comum, partilhada por todos seus cidadãos.

ESTADO ESTADO

Page 3: Políticas Públicas de Educação

GOVERNO GOVERNO

•Conjunto de programas e projetos que uma parcela da sociedade (políticos, técnicos, organismos da sociedade civil) propõem para a sociedade como um todo.

Page 4: Políticas Públicas de Educação

POLÍTICAS PÚBLICAS POLÍTICAS PÚBLICAS

•São as de responsabilidade do Estado > a partir de um processo de decisão que envolve: órgãos públicos, agentes da sociedade e entidades relacionados à política implementada.

•É o Estado em ação.

•Estado implementando um plano de governo por meio de programas, projetos e ações voltados à áreas específicas da sociedade.

Page 5: Políticas Públicas de Educação

O ESTADO ABSOLUTISTAO ESTADO ABSOLUTISTA

• Do ponto de vista histórico, o primeiro modelo de Estado que conhecemos, que surgiu na transição do feudalismo para o capitalismo, é o Estado Absolutista, que centralizou todo o poder na mão de um rei, monarca. Esse Estado, na sua concepção, controlava tudo e beneficiava os nobres (senhores feudais) e o próprio rei. Ele durou até quando a burguesia percebeu que não estava sendo beneficiada e que não tinha poder político.

Page 6: Políticas Públicas de Educação

O ESTADO LIBERALO ESTADO LIBERAL• A Revolução Francesa representa a tomada do Estado

pela burguesia comercial. Surge uma nova organização social e política: o Estado Liberal. A burguesia foi revolucionária, pois derrubou a estrutura do antigo regime dos privilégios, dos interesses particulares do Rei e da Nobreza (senhores feudais).

• Propunha-se um Estado que deixasse as forças de mercado manifestarem-se livremente, ou seja, que o Estado não interferisse na economia. O mercado falaria mais alto do que o Estado. Esse Estado Liberal se consolida durante 130, 140 e 150 anos e dura enquanto atende aos interesses das classes dominantes.

• Simbolicamente, o Estado Liberal morre no ano de 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Yorque – que representou a quebra do capitalismo a nível internacional.

Page 7: Políticas Públicas de Educação

O ESTADO DO BEM ESTAR SOCIALO ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL• Há então uma nova busca de modelo de Estado. Lord Lord

Keynes Keynes formula teoricamente em 1936 uma proposta para salvar a economia capitalista. Aqui se busca uma parceria entre Estado e sociedade, entre Estado e economia. Aqui se clamava por um estado que regulasse a economia temporariamente e, ao chegar ao resultado esperado, o Estado se retiraria.

• No entanto, na prática, o Estado entrou na economia e não na prática, o Estado entrou na economia e não se retirouse retirou. E por conta da organização dos movimentos populares, sindicalistas e das classes médias, a intervenção do Estado ocorreu no sentido de uma provisão social mais efetiva.

• A partir da Segunda Guerra Mundial ocorre nesses países o que vem a ser chamado como o Estado do Bem Estar Social, ou seja, o Estado assume uma parcela de responsabilidade na provisão de bens sociais.

Page 8: Políticas Públicas de Educação

O ESTADO NEOLIBERALO ESTADO NEOLIBERAL

• Diante da crise por qual passou o Estado do Bem Estar Social, na década de 70 (agenda sobrecarregada, crise fiscal, entre outras), surge na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Alemanha um pensamento neoliberal, com a ideia de ressuscitar os ideais mais puros do liberalismo. “De novo, é o mercado quem regula, ele é que é o maior provedor” (p. 31). É necessário então criar um novo tipo de Estado, um Estado mais regulamentador que interventor. No entanto, esse Estado não conseguiu tanto sucesso porque encontrou uma sociedade que resistiu, impedindo que ele realizasse tudo que tinha em mente e com a mesma intensidade.

• O Estado Neoliberal abriu caminho para as privatizações. Porém, o Estado só privatiza o que é de seu interesse.

Page 9: Políticas Públicas de Educação

O ESTADO GERENCIALO ESTADO GERENCIAL

• Antonio Pinho ressalta que dentro dos parâmetros da globalização e do neoliberalismo, chama-se por uma nova redefinição de Estado, um Estado Gerencial, mais pró-ativo, onde se busca pela eficiência e passa a ter um norte, um objetivo, metas, estratégias, resultados, semelhantes aos Planos de Desenvolvimento das empresas privadas. Aqui não se tolera mais um Estado ineficiente e buscam-se outros parâmetros de atuação e comprometimento do Estado.

Page 10: Políticas Públicas de Educação

RELAÇÃO ESTADO E EDUCAÇÃO – Texto José Vieira de Sousa

• Compreender o significado do conceito de Estado se justifica, dentre outros motivos, pela necessidade de entendermos que as práticas escolares são orientadas pelas políticas definidas no âmbito do Estado.

• A prática educativa vem se transformando com as mudanças na sociedade, assim como o Estado tem assumido caraterísticas diferentes ao longo do tempo, passando por adequações face a nova realidade mundial, provocada por diversos fatores, dentre eles, a globalização.

• O Estado, com sua organização política, jurídica e sua finalidade repressiva e ideológica, é algo criado na modernidade.

Page 11: Políticas Públicas de Educação

CONCEPÇÕES SOBRE O ESTADOCONCEPÇÕES SOBRE O ESTADO

• O Estado como dominação/controle sobre o indivíduo

• Durkheim (1983), “[...] o Estado, ao menos em geral, não pensa

por pensar, para construir sistemas de doutrinas, e sim para

dirigir a conduta coletiva” (p. 52).

• Weber (1991), entende o Estado como uma associação política

institucionalizada e especializada de dominação.

• Não há um processo de dominação total, então os grupos

sociais podem se organizar em espaços de luta para combater a

coerção imposta pelo Estado.

Page 12: Políticas Públicas de Educação

ORIGEM DO ESTADO

• O primeiro estágio da vida humana, os homens viviam em um Estado de Natureza – ou seja, cada um defendia seus próprios direitos – sem preocupação com a coletividade. Assim, foi surgindo uma luta de todos contra todos.

• Diante do risco de perder os direitos que cada homem pensava em ter, a coletividade acabou por concordar em passar alguns Para assegurar surge a necessidade de fazer o "pacto social" ou "contrato social", ou seja, "organizar" essa "sociedade" para que "os homens" evoluam.

• Aí então, por meio desse pacto, cria-se o Estado, em que as pessoas renunciam suas liberdades, para viver com mais tranquilidade.

• Hobbes, o homem é mal e o Estado teria o objetivo de "trazer o bem”, por isso cria-se o Estado Absolutista.

• Locke - o homem não é essencialmente mal, por isso cria-se o Estado Liberal, que respeita a individualidade/liberdades individuais.

• Rousseau - o "homem é naturalmente bom", por isso cria o Estado Democrático.

Enfoque liberal

Page 13: Políticas Públicas de Educação

• O Estado surgiu com a propriedade privada (Engels e Marx);

• Para Marx, o Estado não é uma instituição que representa uma vontade coletiva nem que busca a igualdade perante a lei ou os direitos dos indivíduos.

• O Estado está a serviço das classes dominantes e contribui para o domínio dessas classes sobre as demais.

• Para Engels, o Estado é uma máquina destinada a reprimir a classe oprimida e explorada.

ORIGEM DO ESTADOEnfoque marxista

Page 14: Políticas Públicas de Educação

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO

População: Povo – conjunto de indivíduos integrados e sujeitos a mesma lei. Nação – pessoas unidas que tem interesses, ideais e um sentimento comum.

Território: espaço geográfico sobre o qual o governo exerce sua autoridade.

Governo: Conjunto de instituições que resultam na estrutura administrativa do Estado.

Soberania: Poder absoluto exercido em nome do povo pelo Estado.

O ESTADO É A SEDE DO PODER.

UM ESPAÇO DE LUTAS POLÍTICAS.

Page 15: Políticas Públicas de Educação

Autor Definição de políticas públicas Ano da obra

Mead Campodentro do estudo da política que analisa o

governo à luz de grandes questões públicas.

1995

Lynn Conjunto específico de ações do governo que irão produzir efeitos

específicos

1980

Peters Soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através

de delegação, e que influenciam a vidas dos cidadãos.

1986

Dye O que o governo escolhe fazer ou não fazer 1984

Laswell Responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por quê e que

diferença faz

1958

Page 16: Políticas Públicas de Educação

possuem a mesma natureza,

pois podem tanto

a ordem estabelecida (os planos e ações vigentes)

EDUCAÇÃO E POLÍTICA

REPRODUZIR TRANSFORMAR

Page 17: Políticas Públicas de Educação

O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS?EDUCACIONAIS?

Se “políticas públicas” é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer, políticas públicas

educacionais é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação, ou mais especificamente, em educação escolar.

EDUCAÇÃO VAI ALÉM DA ESCOLA.

Então, políticas públicas educacionais dizem respeitoàs decisões do governo que têm incidência no ambiente

escolar enquanto ambiente de ensino-aprendizagem.Elas regulam e orientam os sistemas de ensino, instituindo

a educação escolar.

Page 18: Políticas Públicas de Educação

EDUCAÇÃO COMO DIREITO SOCIAL E POLÍTICA PÚBLICA

Para a construção de políticas públicas, é necessário haver uma lei.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988) Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (9.394/1996)Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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Educação básica: política e gestão da escola– Texto Sofia

Lerche Vieira• A busca de uma estrutura e o funcionamento plenos é um desafiodesafio

permanente para os que trabalham neste âmbito da atuação humana.

• A estrutura e o funcionamento de uma escola e de um sistema educacional não são imutáveis. Ao contrário, possuem natureza dinâmica, sujeita a transformações. As reformas educacionais, em geral introduzidas por legislação, costumam ser medidas que causam impacto tanto na estrutura, como no funcionamento do ensino. Há situações em que as reformas anunciam mudanças que na prática não se realizam. Neste caso, as mudanças se dão no plano da aparência e não da essência das coisas.

Page 22: Políticas Públicas de Educação

POLÍTICA EDUCACIONAL E POLÍTICA EDUCACIONAL E POLÍTICAS EDUCACIONAISPOLÍTICAS EDUCACIONAIS

• Quando usada em letras maiúsculas – Política Educacional, refere-se ao setor da Ciência Política que estuda as iniciativas do Poder Público em educação.

• Quando usada em letras minúsculas e no plural – políticas educacionais – dizem respeito as ações e iniciativas governamentais. No âmbito social, também são chamadas de políticas sociais. As políticas educacionais são, portanto, uma dimensão das políticas sociais.

Page 23: Políticas Públicas de Educação

GESTÃO EDUCACIONAL GESTÃO EDUCACIONAL VERSUS VERSUS GESTÃO ESCOLARGESTÃO ESCOLAR

A gestão educacional - macro – sistemas de ensino

Secretaria de Educação, órgãos normativos do sistema ou outras instituições integrantes do sistema educacional, nos diversos níveis do Poder público

A gestão escolar – micro – os estabelecimentos de ensino

Professores, alunos e outros membros da comunidade escolar – funcionários que trabalham na escola, docentes que ocupam cargos diretivos, famílias e moradores da área onde se localiza a escola.

Page 24: Políticas Públicas de Educação

Nem sempre o relacionamento entre gestão educacional e escolar é harmônico, coerente. Por que?

• Existem problemas de comunicação acerca das responsabilidades de cada parte;

• Muitas vezes, a gestão educacional está distante da gestão escolar;

• Muitas vezes, as orientações e diretrizes elaboradas no âmbito da gestão educacional – que dão substância as políticas educacionais – demoram para ser incorporadas pela gestão escolar.

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FRASES IMPORTANTESFRASES IMPORTANTES

• Todas as ações humanas possuem um caráter político;

• Educação e política são indissociáveis Toda prática pedagógica tem uma dimensão política e vice-versa;

• Falar de políticas públicas requer compreender o projeto social do Estado como um todo.

• A educação escolar precisa trabalhar a participação política da/o cidadã/o e os seus direitos na nova ordem mundial e em sua relação com o Estado.

Page 26: Políticas Públicas de Educação

EXEMPLOS DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

Políticas públicas de educação de acesso e democratização do Políticas públicas de educação de acesso e democratização do Ensino Superior Ensino Superior PROUNI – Programa Universidade para TodosPROUNI – Programa Universidade para TodosSISU – Sistema de Seleção Unificada SISU – Sistema de Seleção Unificada FIES – Programa de Financiamento do Ensino SuperiorFIES – Programa de Financiamento do Ensino Superior

Políticas públicas de educação de gestão da educação Políticas públicas de educação de gestão da educação Gestão Democrática do Ensino, Gestão Democrática do Ensino, prevendo a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Políticas públicas de educação de formação de professores e Políticas públicas de educação de formação de professores e profissionais da educaçãoprofissionais da educaçãoCurso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (Profuncionário)(Profuncionário)

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EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS EDUCACIONAIS Políticas públicas de educação de acesso ao Ensino Profissional e Políticas públicas de educação de acesso ao Ensino Profissional e TécnológicoTécnológicoPRONATECPRONATEC – – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao EmpregoPROEJAPROEJA - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos Programa de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional

Políticas públicas de educação a distânciaPolíticas públicas de educação a distânciaUniversidade Aberta do BrasilUniversidade Aberta do Brasil

Políticas pública de educação de inclusão, diversidade e direitos Políticas pública de educação de inclusão, diversidade e direitos humanoshumanosEnsino Especial Ensino Especial Programa Mulheres Mil Programas da SECADProgramas da SECAD

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EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS EDUCACIONAIS

Políticas públicas de educação básicaPolíticas públicas de educação básicaPacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Mais Educação Ensino Médio Inovador Parlamento Juvenil do Mercosul ProInfânciaSaúde na Escola Atleta na Escola Formação continuada para professores Livros e materiais para escolas, estudantes e professores Tecnologia a serviço da Educação Básica Apoio à Gestão Educacional Infraestrutura Avaliações da aprendizagem Prêmios e competições TV EscolaConheça todos os programas e ações do MEC

Page 29: Políticas Públicas de Educação

Crescente participação da sociedade

Estado assumindo e convocando a sociedade brasileira.

Horizonte de retomada de esforços para institucionalizar o SNE como instrumento para concretização do direito à Educação.

Orientação para superar uma lógica de organização fragmentada e desarticulada.

Resignificação: cultura de poder na gestão; transferência de responsabilidade; normatização; resistência à aprovação de uma legislação que organize o sistema.

Superação de posturas autoritárias, centralizadoras e legalistas.

Afirmação de um sistema público de educação de qualidade para todos.

Autonomia como princípio fundamental.

Organização da Agenda Educacional nos últimos anos

Terreno: Descentralização – Previsão de Políticas Nacionais orientadoras e

planejadoras – Proposição de um regime de colaboração

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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) - (PNE) - PNE 2014-2024

Meta 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência deste PNE.Meta 2 Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.Meta 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.Meta 4 Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Page 31: Políticas Públicas de Educação

Meta 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os oito anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do plano; no máximo, até os sete anos de idade, do sexto ao nono ano de vigência do plano; e até o final dos seis anos de idade, a partir do décimo ano de vigência do plano.Meta 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.

Meta 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb :

Meta 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.)

Page 32: Políticas Públicas de Educação

Meta 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.Meta 10 Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, na forma integrada à educação profissional, nos ensinos fundamental e médio.Meta 11 Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de gratuidade na expansão de vagas.Meta 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.Meta 13 Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% de doutores.

Page 33: Políticas Públicas de Educação

Meta 15 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, assegurando-lhes a devida formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada em nível superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de atuação.Meta 16 Formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada, considerando as necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino.Meta 17 Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

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Meta 18 Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.Meta 19 Garantir, em leis específicas aprovadas no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a efetivação da gestão democrática na educação básica e superior pública, informada pela prevalência de decisões colegiadas nos órgãos dos sistemas de ensino e nas instituições de educação, e forma de acesso às funções de direção que conjuguem mérito e desempenho à participação das comunidades escolar e acadêmica, observada a autonomia federativa e das universidades.Meta 20 Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB no final do decênio