pódio - 20 de dezembro de 2014

4
Caderno C MANAUS, SÁBADO, 20 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Técnico lamenta escândalos na CBV São Paulo (SP) - Técnico da Seleção masculina e da equipe feminina da Unilever, Bernar- dinho mostrou sua indignação à corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei. O coman- dante exaltou o tempo de dedicação que teve à entidade e ainda revelou um câncer no rim, que, para ele, pode até servir como uma metáfora para a ‘turbulência’ pela qual a CBV está passando. “Senti que dei minha saúde. Ainda não sei que desdobra- mento vai ter, mas faço aqui uma revelação. Cheguei do Mundial na Polônia e num exame de rotina descobri um tumor no rim direito. Nele havia células malignas. Ex- tirpei o tumor e estou apa- rentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, por- que há um ano e dez meses não tinha problema de saúde Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratan- do”, contou Bernardinho em entrevista à revista Veja. O treinador ainda compa- rou o escândalo da CBV à doença. “O médico do Hos- pital Sírio-Libanês que me atendeu disse assim: ‘O que tirei do seu corpo é uma metáfora do que deve ser ex¬traído do país’. A sensa- ção que tenho hoje é essa mesmo: tudo o que está acontecendo com o vôlei é uma pequena célula doente de um organismo. Pode haver mais”, comentou. A sensação do comandante da seleção, que não pretende abandonar a equipe, é de traição e de tristeza por sa- ber que existem pessoas que acreditam que ele também fez parte desse escândalo. “Eu me sinto traído, isso sim. As pessoas dizem que estou por trás dessas acusações. Não estou por trás de nada. Primeiro, porque, se tiver de fazer algo, faço pela frente. Muito mais que revoltado, hoje estou triste”, colocou. “O vôlei é um esporte lindo. Dediquei boa parte da minha vida a uma causa e, com base em todas essas evi- dências de corrupção, posso dizer que algumas pessoas se beneficiaram de um trabalho honesto”, acrescentou. Técnico brasileiro comparou câncer com os escândalos da CBV BERNARDINHO Aloha, Medina! Brasileiro conta com ajuda de compatriota e conquista o primeiro título mundial de surfe para o país ASP/DIVULGAÇÃO P ipeline (Havaí), EUA - A espera foi longa. Demorou 38 anos. Mas o Brasil tem, finalmente, um cam- peão mundial de surfe. Com a eliminação de Mick Fanning na repescagem no quinto round, Gabriel Medi- na garantiu o título do Mun- dial do esporte, ontem (19), em Pipeline, no Havaí. O brasileiro termina a temporada na liderança do ranking com, até então, o melhor resultado do país era o terceiro lugar de Victor Ribas, em 1999. O paulista ficou à frente de surfistas já consagra- dos, como o australiano Mick Fanning, 33, tricam- peão mundial, e o americano Kelly Slater, 42, que ostenta 11 títulos. Coincidência ou não, Me- dina, grande revelação dos últimos tempos no surfe, tri- lha um caminho parecido ao de Slater, considerado uma lenda viva na modalidade. Assim como o americano em 1992, o paulista ga- nha o seu primeiro título mundial com apenas 20 anos. Nenhum outro surfis- ta na história conseguiu este feito. E bem como Slater, Me- dina é campeão em sua quarta temporada na eli- te. Até então, tinha como melhor resultado o sétimo lugar em 2012. O ano de Medina é ain- da mais impressionante do que o de Slater em 1992, quando o americano foi campeão com duas vitórias ao longo da temporada. Em 2014, o brasileiro fe- chou a sua participação no Mundial com três triunfos (Austrália, Fiji e Taiti). Tudo aconteceu muito rá- pido na vida do paulista. Dono de uma habilidade incomum, Medina, sempre muito religioso, entrou cedo no circuito. Com ape- nas 14 anos, já participava da divisão de acesso. Com 17, já comemorava uma vitória no Mundial. Com resultados tão ex- pressivos, ganhou o respei- to de Slater, que definiu o sucesso do brasileiro como “assustador”, e de Fanning, que afirmou não ver “nada além de bom” para o futuro do paulista. Com o título, conquis- tou agora o respeitdo mundo todo. Brasil O triunfo de Medina co- loca o Brasil de vez entre os melhores do surfe. O país sempre esteve presente nas competições. Na elite desta temporada, por exemplo, teve mais competidores do que a potência Estados Unidos (sete contra cinco). Faltava, porém, um título. Com a vitória de Medina, o Brasil quebra a hegemo- nia de australianos e ame- ricanosw, que dividiram os títulos das últimas nove temporadas (cinco para os Estados Unidos e quatro para a Austrália). DIVULGAÇÃO O surfista brasileiro fez história em Pipeline, no Havaí, ao garantir o título Mundial de surfe para o país

Upload: amazonas-em-tempo

Post on 06-Apr-2016

215 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

TRANSCRIPT

Cade

rno

C

MANAUS, SÁBADO, 20 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

TÍTULO: Bernardinho compara tumor à corrupção na CBVFOTO: DIVULGAÇÃO

Técnico da Seleção masculina e da equipe feminina da Unilever, Bernardinho mostrou sua indigna-ção à corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei. O comandante exaltou o tempo de dedicação que teve à entidade e ainda revelou um câncer no rim, que, para ele, pode até servir como uma metáfora para a ‘turbulência’ pela qual a CBV está passando.

“Senti que dei minha saúde. Ainda não sei que desdobramento vai ter, mas faço aqui uma revela-ção. Cheguei do Mundial na Polônia e num exame de rotina descobri um tumor no rim direito. Nele havia células malignas. Extirpei o tumor e estou aparentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, porque há um ano e dez meses não tinha problema de saúde Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratando”, contou Bernardinho em entrevista à revista Veja.

O treinador ainda comparou o escândalo da CBV à doença. “O médico do Hospital Sírio-Libanês que me atendeu disse assim: ‘O que tirei do seu corpo é uma metáfora do que deve ser ex¬traído do país’. A sensação que tenho hoje é essa mesmo: tudo o que está acontecendo com o vôlei é uma pequena célula doente de um organismo. Pode haver mais”, comentou.

A sensação do comandante da seleção, que não pretende abandonar a equipe, é de traição e de tristeza por saber que existem pessoas que acreditam que ele também fez parte desse escândalo. “Eu me sinto traído, isso sim. As pessoas dizem que estou por trás dessas acusações. Não estou por trás de nada. Primeiro, porque, se tiver de fazer algo, faço pela frente. Muito mais que revoltado, hoje estou triste”, colocou.

“O vôlei é um esporte lindo. Dediquei boa parte da minha vida a uma causa e, com base em todas essas evidências de corrupção, posso dizer que algumas pessoas se benefi ciaram de um trabalho honesto”, acrescentou.

Técnico lamenta escândalos na CBVSão Paulo (SP) - Técnico da

Seleção masculina e da equipe feminina da Unilever, Bernar-dinho mostrou sua indignação à corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei. O coman-dante exaltou o tempo de dedicação que teve à entidade e ainda revelou um câncer no rim, que, para ele, pode até servir como uma metáfora para a ‘turbulência’ pela qual a CBV está passando.

“Senti que dei minha saúde. Ainda não sei que desdobra-mento vai ter, mas faço aqui uma revelação. Cheguei do

Mundial na Polônia e num exame de rotina descobri um tumor no rim direito. Nele havia células malignas. Ex-tirpei o tumor e estou apa-rentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, por-que há um ano e dez meses não tinha problema de saúde Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratan-do”, contou Bernardinho em entrevista à revista Veja.

O treinador ainda compa-rou o escândalo da CBV à doença. “O médico do Hos-

pital Sírio-Libanês que me atendeu disse assim: ‘O que tirei do seu corpo é uma metáfora do que deve ser ex¬traído do país’. A sensa-ção que tenho hoje é essa mesmo: tudo o que está acontecendo com o vôlei é uma pequena célula doente de um organismo. Pode haver mais”, comentou.

A sensação do comandante da seleção, que não pretende abandonar a equipe, é de traição e de tristeza por sa-ber que existem pessoas que acreditam que ele também

fez parte desse escândalo. “Eu me sinto traído, isso sim. As pessoas dizem que estou por trás dessas acusações. Não estou por trás de nada. Primeiro, porque, se tiver de fazer algo, faço pela frente. Muito mais que revoltado, hoje estou triste”, colocou.

“O vôlei é um esporte lindo. Dediquei boa parte da minha vida a uma causa e, com base em todas essas evi-dências de corrupção, posso dizer que algumas pessoas se benefi ciaram de um trabalho honesto”, acrescentou.Técnico brasileiro comparou câncer com os escândalos da CBV

BERNARDINHO

Aloha, Medina!Brasileiro conta com ajuda de compatriota e conquista o primeiro título mundial de surfe para o país

ASP/

DIV

ULG

AÇÃO

Pipeline (Havaí), EUA - A espera foi longa. Demorou 38 anos. Mas o Brasil

tem, fi nalmente, um cam-peão mundial de surfe.

Com a eliminação de Mick Fanning na repescagem no quinto round, Gabriel Medi-na garantiu o título do Mun-dial do esporte, ontem (19), em Pipeline, no Havaí.

O brasileiro termina a temporada na liderança do ranking com, até então, o melhor resultado do país era

o terceiro lugar de Victor Ribas, em 1999.

O paulista fi cou à frente de surfi stas já consagra-dos, como o australiano Mick Fanning, 33, tricam-peão mundial, e o americano Kelly Slater, 42, que ostenta 11 títulos.

Coincidência ou não, Me-dina, grande revelação dos últimos tempos no surfe, tri-lha um caminho parecido ao de Slater, considerado uma lenda viva na modalidade.

Assim como o americano

em 1992, o paulista ga-nha o seu primeiro título mundial com apenas 20 anos. Nenhum outro surfi s-ta na história conseguiueste feito.

E bem como Slater, Me-dina é campeão em sua quarta temporada na eli-te. Até então, tinha como melhor resultado o sétimo lugar em 2012.

O ano de Medina é ain-da mais impressionante do que o de Slater em 1992, quando o americano foi

campeão com duas vitórias ao longo da temporada. Em 2014, o brasileiro fe-chou a sua participação no Mundial com três triunfos (Austrália, Fiji e Taiti).

Tudo aconteceu muito rá-pido na vida do paulista.

Dono de uma habilidade incomum, Medina, sempre muito religioso, entrou cedo no circuito. Com ape-nas 14 anos, já participava da divisão de acesso. Com 17, já comemorava uma vitória no Mundial.

Com resultados tão ex-pressivos, ganhou o respei-to de Slater, que defi niu o sucesso do brasileiro como “assustador”, e de Fanning, que afi rmou não ver “nada além de bom” para o futuro do paulista.

Com o título, conquis-tou agora o respeitdomundo todo.

BrasilO triunfo de Medina co-

loca o Brasil de vez entre os melhores do surfe.

O país sempre esteve presente nas competições. Na elite desta temporada, por exemplo, teve mais competidores do que a potência Estados Unidos (sete contra cinco). Faltava,porém, um título.

Com a vitória de Medina, o Brasil quebra a hegemo-nia de australianos e ame-ricanosw, que dividiram os títulos das últimas nove temporadas (cinco para os Estados Unidos e quatro para a Austrália).

DIV

ULG

AÇÃO

O surfista brasileiro fez história em Pipeline, no Havaí, ao garantir o título Mundial de surfe para o país

C01 - PÓDIO.indd 8 19/12/2014 21:42:14

C2 MANAUS, SÁBADO, 20 DE DEZEMBRO DE 2014

São Paulo - A pesagem do UFC: Machida X Dollaway,

que acontecerá no Ginásio Poliespor-tivo José Corrêa, em São Paulo, transcorreu sem maiores proble-mas, com todos os atletas se respeitando na hora das enca-radas e atin-gindo os pesos limites de suas respectivas categorias.

No princi-

pal duelo da noite, Lyoto Machi-da tenta se recuperar da derrota sofrida para o campeão dos pesos médios, Chris Weidman, em 5 de julho deste ano. Na ocasião, o brasileiro resistiu durante cin-co rounds, mas os juízes foram unânimes ao decretar a vitória do norte-americano. o confronto contra CB Dollaway, que vem de duas vitórias consecutivas, a últi-ma contra Francis Carmont, pode recolocar o carateca na rota dos desafi antes ao cinturão.

Já Renan Barão volta ao oc-tógono após o fatídico episódio envolvendo o mal-estar sofrido na hora de cortar o peso restante para atingir o limite da categoria em seu último duelo, naquela que

seria a revanche contra o atual campeão da categoria, o norte-americano TJ Dillashaw. Agora, o atleta da Nova União busca uma boa exibição contra Mitch Gagnon para solicitar à organização um novo confronto contra seu algoz.

Nos demais confrontos da noite, destaque para o campeão da terceira edição do reality show “The Ultimate Fighter”, Antonio ‘Cara de Sapato’, que enfrenta Patrick Cummins, na categoria dos meio-pesados, o promissor Elias Silverio, que co-locará a invencibilidade à prova contra Rashid Magomedov, e Erick Silva, que tentará reen-contrar o caminho das vitórias contra Mike Rhodes.

Para o carateca brasileiro voltar a sonhar com a conquista do cinturão dos pesos médios, terá de vencer o lutador CB Dollaway

Barueri recebe UFC: Machida x Dollaway

DIV

ULG

AÇÃO

/GAS

PAR

NO

BRE

GA/

INO

VAFO

TO/U

FC

CARD PRINCIPALPeso-médio: Lyoto Machida (83,8 kg) x CB Dollaway (84,3 kg)Peso-galo: Renan Barão (61,6 kg) x Mitch Gagnon (61,6 kg)Peso-meio-pesado: Antônio Cara de Sapato (93 kg) x Patrick Cummins (94,3 kg)

Peso-leve: Elias Silvério (70,3 kg) x Rashid Magomedov (70,3 kg)Peso-meio-médio: Erick Silva (77,5 kg) x Mike Rhodes (77,5 kg)

Peso-médio: Daniel Sarafi an (84,3 kg) x Junior Alpha (84,3 kg)

CARD PRELIMINARPeso-meio-pesado: Marcos Pezão (93 kg) x Igor Pokrajac (93,9 kg)Peso-pena: Renato Moicano (66,2 kg) x Tom Niinimaki (66,2 kg)Peso-pena: Darren Elkins (65,8 kg) x Hacran Dias (66,2 kg)Peso-galo: Leandro Issa (61,6 kg) x Ulka Sasaki (61,2 kg)Peso-meio-médio: Marcio Lyoto (77,5 kg) x Tim Means (77,5 kg)Peso-médio: Vitor Miranda (83,9 kg) x Jake Collier (83,9 kg)

Brasileiro pode voltar à rota do cinturão em caso de vitória em São Paulo

São Paulo - A pesagem do UFC: Machida X Dollaway,

que acontecerá no Ginásio Poliespor-tivo José Corrêa, em São Paulo, transcorreu sem maiores proble-mas, com todos os atletas se respeitando na hora das enca-radas e atin-gindo os pesos limites de suas respectivas categorias.

No princi-

Para o carateca brasileiro voltar a sonhar com a conquista do cinturão dos pesos médios, terá de vencer o lutador CB Dollaway

Barueri recebe UFC: Machida x Dollaway

CARD PRINCIPALCARD PRINCIPALCPeso-médio: Lyoto Machida (83,8 kg) x CB Dollaway (84,3 kg): Lyoto Machida (83,8 kg) x CB Dollaway (84,3 kg): Lyoto Machida (83,8 kg) x CB Dollaway (84,3 kg)Peso-galo:Peso-galo:Peso-galo: Renan Barão (61,6 kg) x Mitch Gagnon (61,6 kg) Renan Barão (61,6 kg) x Mitch Gagnon (61,6 kg) Renan Barão (61,6 kg) x Mitch Gagnon (61,6 kg)Peso-meio-pesado:Peso-meio-pesado:Peso-meio-pesado:

Peso-leve:Peso-leve: Elias Silvério (70,3 kg) x Rashid Magomedov (70,3 kg) Elias Silvério (70,3 kg) x Rashid Magomedov (70,3 kg) Elias Silvério (70,3 kg) x Rashid Magomedov (70,3 kg)Peso-meio-médio: Peso-meio-médio:

Peso-médio:Peso-médio: Daniel Sarafi an (84,3 kg) x Junior Alpha (84,3 kg) Daniel Sarafi an (84,3 kg) x Junior Alpha (84,3 kg) Daniel Sarafi an (84,3 kg) x Junior Alpha (84,3 kg)

CARD PRELIMINARPeso-meio-pesado: Peso-meio-pesado: Peso-meio-pesado: Peso-pena:Peso-pena: Renato Moicano (66,2 kg) x Tom Niinimaki (66,2 kg) Renato Moicano (66,2 kg) x Tom Niinimaki (66,2 kg) Renato Moicano (66,2 kg) x Tom Niinimaki (66,2 kg)Peso-pena:Peso-pena:Peso-pena: Darren Elkins (65,8 kg) x Hacran Dias (66,2 kg) Darren Elkins (65,8 kg) x Hacran Dias (66,2 kg) Darren Elkins (65,8 kg) x Hacran Dias (66,2 kg)Peso-galo:Peso-galo:Peso-galo: Leandro Issa (61,6 kg) x Ulka Sasaki (61,2 kg) Leandro Issa (61,6 kg) x Ulka Sasaki (61,2 kg)Peso-meio-médio:Peso-meio-médio:Peso-médio:Peso-médio: Vitor Miranda (83,9 kg) x Jake Collier (83,9 kg) Vitor Miranda (83,9 kg) x Jake Collier (83,9 kg)

C02 - PÓDIO.indd 2 19/12/2014 21:58:06

C3MANAUS, SÁBADO, 20 DE DEZEMBRO DE 2014

São Paulo acerta aquisição de Thiago Mendes, ex-Goiás

São Paulo (SP) - O São Paulo assinou, na tarde de ontem (19), contrato com o meia Thiago Mendes, 22, que disputou o último Bra-sileiro pelo Goiás.

O jogador foi ao centro de treinamento do clube, na Barra Funda. O acordo é válido por duas temporadas, até 2016.

Thiago Mendes, que estava na mira do Palmeiras, passou a interessar ao São Paulo por ter como características o fato de ser jovem e saber atuar tanto como volante quanto meia.

O São Paulo não divulgou o valor da transação, mas o Goiás anunciou que vendeu os 40% dos direitos econômicos do meia - os outros 60% per-

tencem a empresários - por cerca de R$ 6 milhões.

O clube goiano ainda anunciou que a proposta palmeirense era idêntica, mas que prevaleceu o de-sejo de Thiago Mendes em defender o São Paulo.

Este é o terceiro refor-ço do clube do Morumbi. Antes, o lateral esquerdo Carlinhos, 27, e o lateral direito Bruno, 29, ambos do Fluminense, assinaram.

O zagueiro Breno, 25, que foi obrigado a deixar a Ale-manha, após cumprir três anos de prisão, também se apresentou ao clube, mas não deve ser utilizado na temporada de 2015.

MERCADO

Renovação de Guerrero fica para o ano que vem

São Paulo (SP) - O Corin-thians vai deixar para janeiro a renovação do contrato com Guerrero, que termina em julho do próximo ano.

O problema é que o perua-no não abre mão da pedida de R$ 17 milhões de luvas (bô-nus por assinar) algo que o clube considera fora de suas

possibilidades fi nanceiras.A “Folha de S. Paulo”, Ronal-

do Ximenes, diretor de fute-bol, disse que o Corinthians já fez outras ofertas, mas, como o assunto continua indefi ni-do, foi adiado por causa das festas de fi m de ano. A direto-ria, no entanto, não considera perder o atacante.

CORINTHIANS

Promessa alviverde fica na academia até 2019

São Paulo (SP) - Em reunião na tarde de ontem (19), o Palmeiras acertou a renovação de contrato com o atacante Gabriel Fernando de Jesus por cinco anos. O jogador de 17 anos deve fi car no clube até 2019.

Considerado uma das maiores revelações dos úl-timos tempos das categorias de base do clube, Gabriel marcou 37 gols no Campe-onato Paulista sub-17 deste ano e foi artilheiro da com-petição. Os vice-artilheiros fi zeram pouco mais da me-tade dos gols (19).

Por conta dos números e das jogadas de efeito, o ata-cante caiu nas graças dos tor-

cedores, que cantaram “fi ca, Gabriel” nas arquibancadas, apreensivos com a demora nas negociações.

Por ser menor de idade, o jogador não pode assinar vín-culo por mais de três tempo-radas. Por isso, as partes assi-naram contrato com duração de três anos, com renovação automática por mais dois.

Segundo a “Folha de S. Paulo” apurou, o Palmeiras cedeu 45% dos direitos econômicos ao jogador e seus empresários para que o acordo fosse fechado. Antes disso, o clube detinha 75% dos direitos do jogador, e o restante pertencia a Gabriel e seus empresários.

REVELAÇÃO

Phelps é condenado a 18 meses de prisão

São Paulo (SP) - O nadador Michael Phelps foi condenado a 18 meses de pri-são, mas conseguiu a vantagem de cumprir em liberdade condi-cional após ter se de-clarado culpado por conduzir o carro em-briagado. A sentença foi dada pelo juiz Na-than Braverman, do Tribunal Distrital de Baltimore, ontem.

O ocorrido foi no dia 30 de setembro deste ano, em Balti-more. Michael Phelps acabou sendo surpre-endido pela polícia

local quando estava conduzindo uma Land Rover branca. As auto-ridades constataram que o motorista esta-va dirigindo em alta velocidade e, por esse motivo, abordaram o carro, descobrindo que se tratava de Phelps.

Além de dirigir acima do limite de velocidade da pista, o atleta, que é o maior campeão olím-pico da história, com 18 medalhas de ouro e 22 no total, também estava cruzando as li-nhas da via de mão du-pla. Tal fato confi rmou a embriaguez.

NATAÇÃO

Impasse envolvendo o atacante e o Timão deve continuar

Recordista de medalhas olímpicas, o nadador norte-americano irá cumprir pena em liber-dade condicional

De acordo com o chefe da equipe austríaca, as vitórias do australiano e o mau momento do alemão acabou motivando sua ida para a escuderia italiana

Desempenho de Ricciardo fez Vettel trocar de equipe

São Paulo - O bom desempenho de Da-niel Ricciardo, dupla de Sebastian Vettel

na Red Bull em 2014, “muito provavelmente” infl uenciou a ida do piloto alemão para a Ferrari. Pelo menos é essa a opinião de Christian Horner, chefe da equipe austríaca.

Enquanto o tetracampeão não conquistou nenhuma vi-tória na última temporada e passou longe da disputa do título, fechando o ano em quinto lugar com 167 pontos e quatro pódios, o australiano foi pro-movido a titular no lugar de Mark Webber e conquistou três triunfos: Grande Prêmio do Ca-nadá, da Hungria e da Bélgica,

fechando o mundial na terceira posição, atrás apenas de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, da Mercedes. Horner exemplifi cou a frustração de Vettel citando o GP da Itália, quando Ricciardo fez uma bela ultrapassagem em cima do alemão.

“Ele saiu daquela corrida bas-tante frustrado. Foi em um momento que, após as férias, e conhecendo Sebastian, eu pude ver que ele estava bas-tante distraído e era óbvio que alguma coisa estava errada em sua cabeça”, afi rmou o chefe em entrevista à BBC. “Acho também que a Ferrari estava jogando pesado nas negocia-ções e, entre as corridas de Spa e Monza, ele tomou a decisão

de fazer algo diferente no pró-ximo ano”, acrescentou.

O comandante britânico ex-plicou que Vettel não se adaptou às mudanças no regulamento que entraram em vigor nesta temporada, como a introdução dos motores V6 turbo e restri-ções de combustível.

“Ele simplesmente não gos-tou de ver no que a F-1 se trans-formou e foi bastante crítico. Não gostava dos motores, do som e da forma como o carro se comportava. Ele fi cou bastante irritado no início, mas quando viu que não poderia mudar, tratou de colocar a cabeça no lugar e trabalhou duro, como sempre faz. Seb, entretanto, fi cou muito frustrado com o

carro, que simplesmente não se comportava como ele queria e, claro, isso tudo ainda aliado ao fato de que seu companhei-ro de equipe estava vencendo corridas e andando em um nível muito alto”, explicou.

Por fi m, Horner disse não ter se surpreendido com a opção de Vettel pela escuderia italiana, decisão tomada em setembro, antes do GP de Cingapura.

“No momento em que ele chegou a Cingapura, pude ver que era uma pessoa diferen-te. Ele estava mais relaxado, mas tinha ainda de lidar com as especulações sobre a saída de Fernando [Alonso]. Portan-to, não realmente uma grande surpresa no fi m”, encerrou.

Companheiros de equipe em 2014, o australiano Daniel Ricciardo e o alemão Sebastian Vettel serão rivais na próxima temporada

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

C03 - PÓDIO.indd 3 19/12/2014 21:51:06

C4 MANAUS, SÁBADO, 20 DE DEZEMBRO DE 2014

Real Madrid e San Lorenzo decidem título do Mundial

São Paulo (SP) - Acostuma-do nos últimos anos com con-

quistas que passou a chamar de milagres, o San Lorenzo faz neste sábado (20), às 15h30 (de Manaus), o jogo mais importante de seus 106

anos de vida.A equipe argentina, que

tem o papa Francisco como torcedor mais conhecido e

a Libertadores deste ano como maior

triunfo, encara o Real Madrid, no Marrocos, pela final do Mundial de Clubes.

Do outro lado, há um time acostu-mado a jo-

gar decisões. O Real Madrid

acumula dez títulos da Liga dos Campeões

(é o recordis-ta) e está a

um triunfo de igua-lar o Mi-lan como m a i o r

vencedor dos Mun-

diais - hoje, tem três taças,

uma a menos que o rival.“É uma estupidez não re-

conhecer que o Real Madrid está em outro nível, mas so-nhamos com o título. Isso é futebol é o Davi pode vencer o Golias”, disse o presidente do San Lorenzo, Matías Lam-mens, antes mesmo de saber que seu time jogaria a fi nal.

Davi x GoliasNão é apenas o históri-

co que distancia os clubes. A diferença é igualmen-te ampla ao comparar os elencos, o orçamento das equipes e o desempenho nos últimos anos.

O Real tem em seu elenco astros de várias seleções na-cionais. O principal é o portu-guês Cristiano Ronaldo, cuja valor no mercado está acima de R$ 300 milhões. Há ainda o francês Benzema, o galês Bale, o alemão Toni Kroos e o brasileiro Marcelo.

O orçamento para 2014/15 é de cerca de R$ 1,8 bilhão.

O Real Madrid está acos-tumado a ser protagonis-ta. Além do título da Liga dos Campeões neste ano, foi semifi nalista nas últimas quatro participações. Deixou a Europa com campanha per-feita na atual edição: seis vi-tórias em seis jogos, 16 gols feitos e só dois sofridos.

“Não preciso motivar os jogadores. Cada um sabe da

importância do jogo. Também não me importo com o que es-tão falando”, disse o técnico Carlo Ancelotti, negando que possa subestimar o rival.

O San Lorenzo tem números mais modestos. O orçamento da temporada 2014 é de cerca de R$ 32 milhões. Para efeito de comparação, o Flamengo, clube mais popular do Brasil, investirá R$ 128 milhões no futebol em 2015.

O time ainda vem de mi-lagres nas últimas duas temporadas. No primei-ro semestre de 2013, fugiu do rebaixamento coincidentemente no período em que o argen-tino Jorge Bergo-glio foi escolhido o novo papa, em 13 de março. No s e g u n d o semes-tre, foi c a m -p e ã o nacio-n a l . Vo l tou a Liber-t a d o r e s , após inter-valo de nove anos, e tam-bém venceu.

No elenco, há poucas estrelas. Os nomes mais conhecidos são o zagueiro colom-biano Mario Yepes, 38, e o meia Le-andro Romagnoli, 33, que, machu-cado, é dúvida para o duelo no Marrocos.

“É um sonho ser campeão e acredita-mos [em novo mila-gre]”, resumiu Yepes.

FICHA TÉCNICAREAL MADRIDSAN LORENZO

Local:

Horário:

Árbitro:

Grand Stade, Mar-rakech (Marrocos)

Walter López (Guatemala)15h30 (de Ma-naus)

REAL MADRIDCasillas; Carvajal, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo; Illarramendi, Kroos e Isco; Bale e Cristiano Ronaldo; BenzemaTécnico: Carlo Ancelotti

SAN LORENZOTorrico; Buff arini, Kannemann, Yepes e Más; Ortigoza e Mer-cier; Verón, Kalinski e Barrien-tos; CauteruccioTécnico: Edgardo Bauza

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

Cristiano Ronaldo pode decidir a partida a favor do Real Madrid

O zagueiro Mário Yepes é o toque de experiência do time argentino na fi nal

No duelo de Davi contra Golias, time meringue se tornará o maior vencedor do torneio se conseguir passar pela equipe argentina, neste sábado, no Marrocos

C04 - PÓDIO.indd 4 19/12/2014 22:21:36