pódio - 10 de dezembro de 2014

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Caderno E MANAUS, QUARTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Princesa contrata Léo Paraíba Visando repetir as boas campanhas dos anos an- teriores, o Princesa do So- limões continua se movi- mentando no mercado para formar uma elenco competi- tivo para a próxima tempora- da. Após anunciar a contra- tação do técnico Zé Marco e dos atacantes Marinelson, Nando e Edinho Canutama, o Tubarão do Alto Solimões confirmou o acerto com o meia-atacante Léo Paraíba. O jogador de 26 anos se destacou na campanha do título estadual do Nacional nesta temporada, e estava atuando pelo Miramar (PB) no segundo semestre. A contratação foi confir- mada na noite de ontem (9), pelo diretor de futebol do clube, Rafael Maddy, que ainda adiantou que nos pró- ximos dias o clube da terra da ciranda irá anunciar mais três reforços. “Fechamos com o Léo nesta tarde (ontem). Ele já assinou contrato. Espero que seja o mesmo jogador que vimos jogar no Nacio- nal. Ele é um jogador que vai nos ajudar muito, pois gosta de se movimentar bastan- te. Tenho certeza que dará movimentação e trabalho para as defesas adver- sárias. Amanhã, devemos anunciar mais três atletas. Estamos esperando apenas assinar para divulgarmos”, revelou o dirigente. Nacional Outro clube que reforçou o elenco foi o Nacional. O Leão da Vila Municipal confirmou o acerto com o atacante Hyantony Carva- lho, 29. O atleta que tem passagens por Braganti- no, Vila Nova e Macaé, se apresenta no próximo dia 14. Esse foi o 20º jogador confirmado pelo clube que disputará quatro competi- ções em 2014: Campeonato Amazonense, Copa Verde, Campeonato Brasileiro Sé- rie D e Copa do Brasil. Jogador foi um dos destaques do título estadual do Leão DIEGO JANATÃ EX-NACIONAL Panair e Obidense farão finalíssima da Taça Lima Equipes duelarão pelo título da primeira Copa Samel Interbairros que será disputado sábado (13) na Arena da Amazônia A 1ª Copa Samel Inter- bairros Taça Lima já conhece seus finalis- tas. Panair e Obidense suaram, mas farão a grande final no próximo sábado (13), na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, no campeonato orga- nizado pela Federação das Ligas Desportivas do Ama- zonas (FLDAM) com o apoio do Grupo Raman Neves de Comunicação. A bola vai rolar às 18h30 (de Manaus). Ontem, as semifinais fo- ram disputadas no estádio Ismael Benigno. Panair e Dis- trito Manaus 2000 fizeram o primeiro jogo da noite. A partida começou equilibrada. Com mais tradição nos cam- peonatos de bairro, o Panair pressionou, porém, parou na forte marcação do adversário que, em alguns momentos, apelou para as faltas para segurar a partida. O Panair manteve a calma no decorrer da primeira etapa e em nenhum momento correu risco. Com sua defesa tarim- bada, contando com o lateral- esquerdo Alberto e o zagueiro Rogério, o time verde amarelo quase abriu o placar aos 21 minutos com o meia Antônio Raimundo, que recebeu ponta direita, mas finalizou mal à esquerda do gol. Na segunda etapa, para bus- car a vitória, o time do Panair voltou para campo com o ata- cante Garanha, ex-jogador do Nacional e São Raimundo, e a revelação do futebol amazo- nense, o artilheiro do estadual Série B, Júnior Neymar. A mudança deu resultado. Aos 13 minutos, o árbitro Peter Cavalcante marcou penalti, após toque de mão dentro da área. Na cobrança, Alberto deslocou o goleiro para abrir o placar. Precisando empatar, o Ma- naus 2000 partiu para o ata- que, porém, a pressão nos mi- nutos finais não foi suficiente. A partida acabou 1 a 0 para a equipe do Panair que garantiu a presença na grande final da Taça Lima. Equilíbrio total O segundo finalis- ta saiu do confronto en- tre Obidense e Unidos do Alfredo Nascimento. O duelo começou equilibra- do. Ambas as equipes esta- vam invictas na competição e mostraram qualidade na primeira etapa, porém, o pla- car não saiu do 0 a 0. Decidido vencer no tem- po regulamentar, o Obidense voltou para o segundo tempo pressionando. Em duas opor- tunidades, o Jacaré só não balançou as redes porque a bola explodiu na defesa. No final da partida, foi a vez do Alfredo Nascimen- to perdr boa chance de gol com o atacante Romarinho. O camisa 11 subiu sozinho dentro da área, mas errou a direção da meta. A partida terminou empa- tada e a decisão foi para as penalidades. O equilíbrio da partida continuou nos pênaltis até que o camisa 29 do Alfredo Nascimento, Mazinho, chu- tou para fora. Na cobran- ça seguinte, Guigui bateu bem e garantiu o Obidense na final. Craques Garanha e Lima se enfrentarão na final do torneio RAIMUNDO VALENTIM PACOTÃO Além de Léo Paraíba, o Princesa do Solimões acertou a contratação de mais 11 jogadores. Os destaques são o la- teral-direito Lei, ex-Rio Branco (AC) e Mau- riam, lateral-esquerdo, ex-Paragominas (PA) THIAGO FERNANDO Equipe EM TEMPO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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E

MANAUS, QUARTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Princesa contrata Léo ParaíbaVisando repetir as boas

campanhas dos anos an-teriores, o Princesa do So-limões continua se movi-mentando no mercado para formar uma elenco competi-tivo para a próxima tempora-da. Após anunciar a contra-tação do técnico Zé Marco e dos atacantes Marinelson, Nando e Edinho Canutama, o Tubarão do Alto Solimões confi rmou o acerto com o meia-atacante Léo Paraíba. O jogador de 26 anos se destacou na campanha do título estadual do Nacional nesta temporada, e estava atuando pelo Miramar (PB)

no segundo semestre.A contratação foi confir-

mada na noite de ontem (9), pelo diretor de futebol do clube, Rafael Maddy, que ainda adiantou que nos pró-ximos dias o clube da terra da ciranda irá anunciar mais três reforços.

“Fechamos com o Léo nesta tarde (ontem). Ele já assinou contrato. Espero que seja o mesmo jogador que vimos jogar no Nacio-nal. Ele é um jogador que vai nos ajudar muito, pois gosta de se movimentar bastan-te. Tenho certeza que dará movimentação e trabalho

para as defesas adver-sárias. Amanhã, devemos anunciar mais três atletas. Estamos esperando apenas assinar para divulgarmos”,

revelou o dirigente.

NacionalOutro clube que reforçou

o elenco foi o Nacional. O Leão da Vila Municipal confirmou o acerto com o atacante Hyantony Carva-lho, 29. O atleta que tem passagens por Braganti-no, Vila Nova e Macaé, se apresenta no próximo dia 14. Esse foi o 20º jogador confirmado pelo clube que disputará quatro competi-ções em 2014: Campeonato Amazonense, Copa Verde, Campeonato Brasileiro Sé-rie D e Copa do Brasil. Jogador foi um dos destaques do título estadual do Leão

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Panair e Obidense farão fi nalíssima da Taça LimaEquipes duelarão pelo título da primeira Copa Samel Interbairros que será disputado sábado (13) na Arena da Amazônia

A 1ª Copa Samel Inter-bairros Taça Lima já conhece seus fi nalis-tas. Panair e Obidense

suaram, mas farão a grande fi nal no próximo sábado (13), na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, no campeonato orga-nizado pela Federação das Ligas Desportivas do Ama-zonas (FLDAM) com o apoio do Grupo Raman Neves de Comunicação. A bola vai rolar às 18h30 (de Manaus).

Ontem, as semifi nais fo-ram disputadas no estádio Ismael Benigno. Panair e Dis-trito Manaus 2000 fi zeram o primeiro jogo da noite. A partida começou equilibrada. Com mais tradição nos cam-peonatos de bairro, o Panair pressionou, porém, parou na forte marcação do adversário que, em alguns momentos, apelou para as faltas para segurar a partida.

O Panair manteve a calma no decorrer da primeira etapa e em nenhum momento correu risco. Com sua defesa tarim-

bada, contando com o lateral-esquerdo Alberto e o zagueiro Rogério, o time verde amarelo quase abriu o placar aos 21 minutos com o meia Antônio Raimundo, que recebeu ponta direita, mas fi nalizou mal à esquerda do gol.

Na segunda etapa, para bus-car a vitória, o time do Panair voltou para campo com o ata-cante Garanha, ex-jogador do Nacional e São Raimundo, e a revelação do futebol amazo-nense, o artilheiro do estadual Série B, Júnior Neymar.

A mudança deu resultado.

Aos 13 minutos, o árbitro Peter Cavalcante marcou penalti, após toque de mão dentro da área. Na cobrança, Alberto deslocou o goleiro para abrir o placar.

Precisando empatar, o Ma-naus 2000 partiu para o ata-que, porém, a pressão nos mi-nutos fi nais não foi sufi ciente. A partida acabou 1 a 0 para a equipe do Panair que garantiu a presença na grande fi nal da Taça Lima.

Equilíbrio totalO segundo finalis-

ta saiu do confronto en-tre Obidense e Unidos do Alfredo Nascimento.

O duelo começou equilibra-do. Ambas as equipes esta-vam invictas na competição e mostraram qualidade na primeira etapa, porém, o pla-car não saiu do 0 a 0.

Decidido vencer no tem-po regulamentar, o Obidense voltou para o segundo tempo pressionando. Em duas opor-tunidades, o Jacaré só não balançou as redes porque a bola explodiu na defesa.

No final da partida, foi a

vez do Alfredo Nascimen-to perdr boa chance de gol com o atacante Romarinho. O camisa 11 subiu sozinho dentro da área, mas errou a direção da meta.

A partida terminou empa-tada e a decisão foi para as penalidades.

O equilíbrio da partida continuou nos pênaltis até que o camisa 29 do Alfredo Nascimento, Mazinho, chu-tou para fora. Na cobran-ça seguinte, Guigui bateu bem e garantiu o Obidense na final.

Craques Garanha e Lima se enfrentarão na

final do torneio

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PACOTÃOAlém de Léo Paraíba, o Princesa do Solimões acertou a contratação de mais 11 jogadores. Os destaques são o la-teral-direito Lei, ex-Rio Branco (AC) e Mau-riam, lateral-esquerdo, ex-Paragominas (PA)

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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E2 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2014

Caetano é apresentado e fala em qualifi car o elenco

Rio de Janeiro (RJ) - Apresentado oficialmente como novo diretor de fu-tebol do Flamengo, Rodri-go Caetano deu o primeiro passo em sua caminhada rubro-negra ontem (9). Mesmo com missão de se-guir diretrizes financeiras sóbrias, o dirigente garante estar de olho em possíveis reforços estrangeiros.

“O mercado sul-americano, comparado ao brasileiro, é sempre muito atrativo”, ad-mite Caetano. “Mas para o atleta vir ao Brasil, existe o preço da contratação. Isso inviabiliza um pouco porque sempre há a concorrência da Europa”, pontua, sem esquivar-se da necessidade de reforçar o elenco rubro-negro.

“O Flamengo tem por obri-gação sempre buscar qua-lifi car. Obrigação nossa [da diretoria], da comissão técnica e do grupo de trabalho”, asse-

gura, mas sem perder de vis-ta as obrigações fi nanceiras. “Vamos trabalhar com calma dentro das limitações e das diretrizes do clube para qua-lifi car o elenco”.

Contratado com destaque após ter vínculo encerrado com o rival Vasco, o agora fl amenguista Rodrigo Caeta-no chega à Gávea para tomar as rédeas do departamento de futebol rubro-negro.

FLAMENGO

Próxima temporada não terá gringos no Botafogo

Rio de Janeiro (RJ) - Apos-tando em alguns casos de sucesso recentes, como o meia Lodeiro e os atacan-tes Herrera e Loco Abreu, o Botafogo decidiu investir na contratação de estrangei-ros para a atual temporada. Assim, apostou em Bolatti, Tanque Ferreyra e Zeballos. Porém, com o rebaixamento para a Série B do Campe-onato Brasileiro a estraté-gia mostrou-se inefi ciente e agora todos estão fora dos planos para a próxima temporada.

A diretoria passada já ha-via dispensado o zagueiro Bolívar, o lateral-direito Edil-son, o lateral-esquerdo Julio Cesar e o atacante Emerson Sheik. O lateral-direito Lucas procurou a Justiça para se desligar do clube.

A lista de dispensas se-

guirá grande. Nomes como o zagueiro Dankler, o meia Ronny e os atacantes Bruno Corrêa e Yuri Mamute estão fora dos planos. O volante Marcelo Mattos terá que aceitar uma redução salarial para permanecer. Já nomes como o goleiro Helton Leire, o lateral-direito Régis, o la-teral-esquerdo Junior Cesar, o volante Rodrigo Souto e os atacantes Wallyson e Rogério estão sendo anali-sados. Jobson terá contrato rescindido.

Do atual elenco os úni-cos nomes que a diretoria tem certeza de que deseja a permanência são o goleiro Jéff erson, o zagueiro André Bahia e o volante Aírton - este por ter contrato em vigor. Além disso, a ordem é apostar em jovens, como o volante Gabriel e o meia Daniel.

ADIÓS

Novo diretor de futebol rubro-negro se apresentou ontem

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Ferreyra chegou com status de goleador, mas não vingou

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Pelé nega medo da morte e se ‘escala’ para 2016

São Paulo (SP) - O últi-mo ato de Pelé no hospital Albert Einstein, onde esteve internado por mais de duas semanas com a função renal comprometida, foi conceder uma entrevista coletiva por vontade própria. O “idoso de 74 anos”, conforme os médi-cos Oscar Pavão e Fabio Nasri se referiram ao ex-jogador, provou estar recuperado do seu problema de saúde com um otimismo e bom humor que desafi avam a morte.

Com difi culdades para en-xergar por causa dos fl ashes de incontáveis máquinas fo-tográfi cas, ele inicialmente in-terrompeu uma pergunta para agradecer pelas preces de fãs do mundo todo. “É muito gra-tifi cante saber que, além de Deus, tenho o apoio de tanta gente. Mas podem estar certos de que já estou me preparando para as Olimpíadas”.

A brincadeira em relação

aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, parecia ensaiada. Foi repetida quando Pelé se levantou para enfi m deixar o hospital e iniciar o seu repouso domiciliar: “Queria só lembrar: podem jogar três atletas profi ssionais nas Olim-píadas, e eu sou um deles”.

A descontração é contras-tante com o estado de Pelé há poucos dias, quando chegou a ser encaminhado para a Uni-dade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Albert Einstein por apresentar uma resposta infl a-matória sistêmica. Apesar de ele jamais ter temido o pior.

“Não imaginava que pudes-se ser uma infecção. Fiquei preocupado, é claro, mas me surpreendi. Não tive medo de morrer porque sou um homem de três corações. Vai ser difí-cil eu morrer”, gargalhou Pelé, mineiro de Três Corações, com uma referência que usa desde os tempos de atleta.

REI DO FUTEBOL

Bem humorado, Pelé disse que participará das Olimpíadas

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AÇÃO

REFORÇOSO Flamengo fez uma proposta de R$ 3 mi de euros pelo atacante Dudu, ex-Grêmio. Além dele, foram ventilados os nomes do atacante paraguaio Lucas Barrios e do volante Rômu-lo, ambos do Spartak

Brasileirão registrou a pior média de gols desde 2003No campeonato que consagrou o Cruzeiro bicampeão, os times fi zeram 2,26 gols por jogo, o pior índice da era de pontos corridos

São Paulo (SP) - Nunca houve tão poucos gols na elite do Campeona-to Brasileiro. A média

de gols por partida da Série A, que terminou no último domin-go (7), foi de 2,26, a pior da era dos pontos corridos, que teve início em 2003.

A média atual é bem infe-rior à registrada nos primeiros anos deste sistema. Até 2009, por exemplo, ele nunca fi cou abaixo de 2,7. Em 2005, a média de gols foi de 3,14, a maior de todos os tempos.

A frequência com que as equi-pes marcam gols foi fundamen-tal para defi nir o rebaixamento. Dos quatro piores ataques, três são de times rebaixados: Criciú-ma, Bahia e Botafogo. Já entre os times que mais foram às re-des este ano, três conseguiram vaga na Libertadores de 2015. O campeão brasileiro Cruzeiro, São Paulo e Internacional.

A Série A deste ano também teve média de gols pior do que outras duas divisões nacionais e a Copa do Brasil. O campeonato que reúne a elite do futebol ca-narinho fi cou à frente somente da Série C, que teve a pífi a média de 2,19 gols por jogo.

Para evidenciar os números, o placar que mais se repetiu foi o 1 a 0. Foram 102, em 380 jogos,

o que corresponde a 26,8%, um recorde em percentual em rela-ção às outras 11 edições.

Na defensivaPara alguns ex-jogadores,

protagonistas na história do Brasileirão, a queda na média de gols ocorre porque os técnicos passaram a se contentar com vitórias magras e seguras para somar três pontos.

“De uma maneira geral, os trei-nadores passaram a pensar que ganhar de cinco ou seis gols é a mesma coisa que vencer por um gol. Na prática é. São os mesmos três pontos. A preocupação é de evitar riscos. É natural ouvirmos os técnicos falarem em jogar por uma bola e armarem os times voltados para a marcação”, disse Amoroso, em entrevista para o jornal “Folha de São Paulo”.

A avaliação é semelhante a de Careca, artilheiro e campeão com o São Paulo em 1986. Na ocasião, ele marcou 25 gols no certame nacional.

“De forma simplória eu diria que o nível atual é o que nós temos de melhor, o que não é bom para o Brasil. Analisando com calma penso que é uma característica dos pontos corridos. Para muitos técnicos, o objetivo maior é não tomar gols. Segurando o jogo, arriscando pouco”, disse.

Com os rebaixamentos de Botafogo e Vitória, os treinadores Vágner Mancini e Ney Franco entraram para a história da competição com um recorde negativo. Eles se tornaram os recordistas de rebaixamentos na era dos pontos corridos, que começou em 2003.

Ney Franco foi rebai-xado pela primeira vez em 2009 com o Coriti-ba. No domingo (7), caiu com o Vitória.

Vágner Mancini acu-mulou o seu segundo rebaixamento. Em 2010, caiu com o Guarani, en-quanto neste ano foi re-baixado com o Botafogo na penúltima rodada.

Eles igualaram ou-tros treinadores como Márcio Araújo, Lori Sandri, Adílson Batista e Antônio Lopes.

Técnicos são campeões de rebaixamento

✓ Dorival Júnior - 2 (São Caetano em 2006 e Fluminense em 2013)

✓ Vágner Mancini - 2 (Guarani em 2010 e Botafogo em 2014)

✓ Ney Franco - 2 (Coritiba em 2009 e Vitória em 2014)

✓ Márcio Araújo - 2 (Fortaleza em 2003 e Coritiba em 2005)

✓ Lori Sandri - 2 (Guarani em 2004 e Atlético-MG em 2005)

✓ Adílson Batista - 2 (Grêmio em 2004 e Vasco em 2013)

✓ Antônio Lopes - 2 (Vitória em 2010 e Atlético-PR em 2011)Os

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E3MANAUS, QUARTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2014

Gabriel Medina poderá enfrentar ondas de até seis metros na luta para se tornar o primeiro bra-

sileiro campeão mundial no surfe. De acordo com a Associação dos Surfi stas Profi ssionais (ASP), a previsão é que a praia de Pipeline, no Havaí, palco da última etapa do circuito mundial (WCT), abrigue ondas entre 4,5 e 6,7 metros hoje (10), dia previsto para o brasileiro estrear na etapa do torneio.

Ontem (9), quando foram rea-lizadas a triagem com surfi stas locais, as ondas variaram entre 3,6 e 4,5 metros. A partir desta quarta, a altura mínima será de 4,5 metros. O site Solspot, especializado em previsões de onda, mostra que nenhuma

onda dessa altura foi registra-da em Pipeline no último mês – a maior onda desse período atingiu 3,6 metros de altura.

“Ondas de seis metros são bem grandes mesmo”, comen-tou Sérgio Gadelha, juiz brasilei-ro da ASP. “Estou na expectativa para saber o que vai acontecer, até mesmo para ver se a orga-nização colocará baterias na água. Muitas vezes, acontece de as ondas estarem grandes, mas o mar não fi car em boas condições para o surfe. Se os surfi stas entrarem na água, cer-tamente teremos um espetácu-lo, um show. Em um mar como este, fi ca muito difícil um surfi sta conseguir dar aéreos. Com cer-teza, veremos muito tubos. E

com isso terão de conquistar os árbitros”, acrescentou.

Segundo Gadelha, ondas de seis metros não são comuns no litoral brasileiro. Um dos lugares com maiores ondas é Fernando de Noronha, onde elas atingem até quatro metros.

Principal favorito ao título mundial, Gabriel Medina terá como adversários na primeira fase em Pipeline o australiano Dion Atkinson e mais um ha-vaiano que saiu da fase classi-fi catória de ontem.

O jovem de 20 anos é o atual líder do ranking mundial, seguido pelo australiano Mick Fanning – principal concorrente ao título e tricampeão mundial – e o norte-americano Kelly Slater.

Na última etapa do ano, brasileiro terá que superar as ondas gigantes de Pipeline para se tornar campeão mundial

Medina enfrentará ondas de até 6m

Uma onda que pode chegar a até 12 pés (3,65 metros) e faz um barulho como se fosse um monte de rocha caindo de um penhasco. É num cenário como este que acontece a última etapa do Mundial de surfe, na praia de Pipeline, no Havaí.

Para os havaianos, nada muito assustador. Apenas a

condição ideal para se divertir. Já para os brasileiros, é algo nem tão comum assim. Até mesmo para quem já tem prá-tica com ondas pelo planeta.

A paulista Valéria Silverio, 46, por exemplo, mora na Aus-trália e viajou para o Havaí para passar as férias. Ela disse estar impressionada com as ondas em Pipeline.

“Cada lugar é diferente, mas aqui as ondas são bem cava-das e quebram quase na areia. É até perigoso”, disse.

“Às vezes, o barulho arre-pia, porque, no Brasil, não estamos acostumados com essas ondas. É muito gos-toso de admirar e de ouvir”, afi rmou o engenheiro Rodri-go Goes, 38.

Tamanho impressiona brasileiros

THIAGO BERNARDES/FRAME

Gabriel Medina durante treinos em Pipeline

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E4 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2014

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