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Fontes de Informação Sociológica 2ºSemestre
“Pobreza e exclusão social”
Andreia Ferreira
2009108200
Fontes de Informação Sociológica 2ºSemestre
“Pobreza e exclusão social”
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação
Sociológica da Licenciatura em Sociologia sob orientação do Doutor
Paulo Peixoto
Aluna: Andreia Ferreira
Nº 2009108200
Imagem da capa retirada de: http://farm3.static.flickr.com/2166/2861571860_53106bdfa9.jp
Índice
1. Introdução……………………………………………………………..……1
2. Estado das Artes………………………………………………..…...…….3
2.1 REAPN……………………………………………………………...……4
2.2 Pobreza e Exclusão Social: os Sem-abrigo………………………...7
3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa……………...12
4. Página de Internet Avaliada…………………………………………….14
5. Ficha de Leitura…………………………………………………………. 16
6. Conclusão…………………………………………………………………19
7. Referências Bibliográficas……………………………………………...21
Anexos
Anexo A – Cópia de Página de Internet Avaliada Anexo B – Cópia de texto de suporte para a Ficha de Leitura
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1. Introdução
Responderemos que o que se passa é uma mudança no olhar dos
actores que deixa de reconhecer o outro como seu semelhante, para o ver
radicalmente como outro. O processo consiste em deixar de constatar a
essência da identidade do ser dos actores em presença e o carácter acidental
das suas diferenças para passar a reconhecer a pertença essencialidade
destas. (Appadurai,A.)
A sociedade está em constante mutação, e tem evoluído ao longo dos tempos.
Os problemas a enfrentar por estas sociedades, têm tido diferentes motivos, e neste
trabalho vai ser focalizado um problema que sempre existiu, mas que tem no ano
2010 uma atenção especial, uma vez que este é o ano europeu contra a pobreza e exclusão social. Este problema tem maior expressão em países industrializados.
Com este trabalho pretende-se dar a conhecer também exemplos reais deste
problema, como são, por exemplo, os sem abrigo. Pretende-se demonstrar os
processos que levam a este grave problema da sociedade contemporânea, assim
como as suas variantes e factores.
Hoje em dia, o fosso entre pobres e ricos é cada vez maior, e isso reflecte-se
na sociedade duma maneira muito visível. A pobreza, é normalmente “sinónimo” de
exclusão social, pois dinheiro leva a reconhecimento social, enquanto o oposto
acontece com a pobreza. Embora se possa também falar de outros factores de
exclusão, como são os casos de racismo, xenofobia, etnocentrismo, etc. …
Como suporte para esta temática foram utilizados três livros discriminados na
bibliografia. Já a página de Internet utilizada, foi a do REAPN (Rede Europeia Anti-
Pobreza/Portugal). Mas como referi anteriormente vou dar um especial enfoque a um
“filho” destes fenómenos que são os sem abrigo, pois são as maiores vítimas deste
2
triste fenómeno que assola o mundo, subdividindo-o em diferentes pontos ligados a
esta condição de vida.
Assim é considerado sem abrigo, todo o individuo que não tem um espaço e
laços com a comunidade onde se encontra. (Gomes, Araújo; Mota, Paula;
castro, Paulo)
3
2. Estado das Artes
O Estado das Artes pretende “reunir, analisar e discutir as informações
publicadas sobre o tema até ao momento em que o trabalho é elaborado. O seu
propósito é fundamentar teoricamente o objecto de investigação com bases sólidas,
e não arbitrariamente. É o “pano de fundo” do problema de pesquisa. Compreende
uma minuciosa busca na literatura, seleccionando-se e sintetizando-se ideias,
estudos e pesquisas que se relacionem com o problema investigado” (Peixoto,
2002).
Os temas Pobreza e exclusão social são muito extensos e abrange diversos
assuntos e problemas, pelo que eu decidi aprofundá-lo num tema chave, passando
por falar na pobreza e exclusão social no seu cômputo geral, através de um subtema
que está intimamente ligado a este que é o dos sem abrigo.
Irá também ser feita uma abordagem à REAPN (Rede Europeia Anti Pobreza/
Portugal), associação que se enquadra no tema em desenvolvimento, visto que visa
a luta contra o problema da pobreza e da exclusão social.
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2.1. REAPN
A Rede Europeia Anti Pobreza / Portugal – REAPN, representa em Portugal a
European Anti Poverty Network (EAPN). A EAPN é uma associação que não visa fins
lucrativos, com sede em Bruxelas e é representada por cada um dos Estado -
Membro da U.E. através de Redes Nacionais.
A REAPN é também uma entidade sem fins lucrativos, apresentada como uma
Associação de Solidariedade Social, de âmbito nacional, tendo sido criada a 17 de
Dezembro de 1991. Em 1995, foi reconhecida, pelo Instituto de Cooperação
Portuguesa, como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento
(ONGD).
A EAPN, associação acima referida, afirma-se como uma associação
independente de organizações não governamentais e de grupos empenhados na luta
contra a pobreza e a exclusão social. Assim, a Rede Europeia Anti Pobreza é
constituída através de Redes Nacionais, que actuam em três diferentes níveis de
intervenção: local, regional e nacional; e por Organizações Europeias, que se
baseiam em valências diversas e modelos específicos.
Para um melhor conhecimento da associação em causa, identificarei agora os objectivos gerais da intervenção da REAPN (REAPN – Rede Europeia Anti Pobreza / Portugal (2010). Página consultada no dia 28 de Abril de 2010):
• “Promover acções que aumentem a eficácia dos programas de luta contra a
pobreza e a exclusão social e incentivar acções inovadoras neste campo;”
• “Estabelecer/dinamizar uma rede entre as instituições, grupos e pessoas que
trabalham no terreno da luta contra a pobreza e a exclusão social;”
• “Colaborar na concepção de programas de acção e políticas sociais;”
• “Garantir a função de “grupo de pressão” para os menos favorecidos;”
• “Promover junto das pessoas que se encontram em situação de
pobreza/exclusão e junto dos agentes de intervenção (profissionais,
5
trabalhadores sociais, dirigentes de instituições particulares de solidariedade
social), a integração social e a organização de serviços e outras actividades
que visem principalmente o desenvolvimento cultural, económico, moral e
físico das pessoas que se encontram em situação de pobreza/exclusão.”
Estes objectivos da REAPN, têm como principio a participação e
cooperação nos programas:
• “Partenariado e Participação;”
• “Cooperação;”
• ”Atitudes/ iniciativas inovadoras e modelares;”
• ”Formação e informação/ divulgação contínua e alargada;”
• ”Intercâmbio de serviços, saberes e de experiências;”
• ”Entendimento da luta contra a pobreza e exclusão social enquanto estratégia
transversal a todas as medidas e políticas;”
• “Participação nas políticas sociais em Portugal (protocolos com o Estado da
República Portuguesa);”
As suas principais actividades no campo de sensibilizar para a pobreza e exclusão social no capítulo da informação passam por:
• “Divulgação / disseminação de informações e conhecimentos que possibilitem/
facilitem uma intervenção mais eficaz no terreno;”
• “Facilitar o acesso à informação e contribuir para a construção de uma opinião
pública favorável para com os fenómenos da pobreza e da exclusão social,
bem como sensibilizá-la para estes problemas;”
• “Dar a conhecer projectos/ acções/ boas práticas desenvolvidas no âmbito da
pobreza e exclusão social a nível nacional e europeu;”
• “Dinamizar um circuito de informação através das produção de publicações
periódicas, que permitam manter os nossos associados actualizados face às
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grandes questões de política e acção social (nacional e europeia), assim,
como dar a conhecer programas e iniciativas que possam ser rentabilizadas;”
• “Organização de espaços de troca/ partilha de opiniões e informações de
forma a encontrar soluções inovadoras para os problemas sociais, que podem
tomar vários formatos, como sejam seminários, workshops, congressos;”
Em termos estratégicos os principais objectivos da REAPN focam-se em:
• ”Capacitar e qualificar os agentes sociais e institucionais para um trabalho
mais eficaz;”
• “Sensibilizar e esclarecer de forma a modificar representações sociais
existentes sobre as questões e os modelos de intervenção sobre a pobreza e
a exclusão social;”
• “Alterar práticas institucionais de intervenção social, identificando novas
formas de acção, e contribuir para práticas inovadoras;”
• ”Desenvolver uma nova postura de acção junto dos nossos associados
através do debate e discussão de problemáticas no âmbito social;”
Desde 1994 que a REAPN, orientada pelos princípios da subsidiariedade e do
partenariado. Em termos territoriais a REAPN está presente na totalidade do território
nacional continental através dos seus 18 Núcleos Distritais da Organização Núcleos
Distritais
Integram um conjunto de Núcleos de Desenvolvimento e de Luta Contra a
Pobreza, que se entendem como a melhor forma de combater os diferentes
fenómenos e causas de pobreza e exclusão social, a nível local e regional.
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2.2 Pobreza e exclusão social: os Sem-abrigo
A pobreza alastra a partir de desigualdades acentuadas na
repartição do rendimento e da riqueza, mas também de desigualdades de acesso á propriedade e ao poder. Daí que lutar
pela erradicação da pobreza exige que tenhamos presente como
ela nasce e se reproduz e se procure agir sobre o modelo de
sociedade e as suas formas de organização. (Leitão)
Exclusão Social: fenómeno que provoca desigualdades no que se
refere ao acesso de mercado de trabalho, a uma pensão de
reforma que permita a subsistência de quem a aufere, a um
rendimento suficiente para cobrir todas as despesas essenciais, a
uma habitação condigna e com um mínimo considerável de
condições” (Carmo)
A pobreza e exclusão são fenómenos que sempre existiram na
sociedade, desde o princípio dos tempos. Normalmente quem é pobre é
também excluído da sociedade, como são por exemplo os Sem-abrigo.
Existem também outros factores de exclusão, que derivam de
diferentes causas como são o racismo, xenofobia e chauvinismo. O ser
excluído pela sociedade tem também às vezes problemas de cariz
psicológico, problema este que deriva do indivíduo.
Vários factores podem desencadear a exclusão, também
problemas de teor religioso, ético ou moral. Mas o tema que pretendo
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aprofundar dentro desta óptica é o dos Sem-abrigo que me chama à
atenção, pois é uma situação degradante com que muita gente lida.
Quando se fala de Sem-abrigo, existe sempre o estereótipo de
que são indivíduos com problemas de álcool ou drogas. Mas a verdade
é que a causa desta condição pode estar ligada a diversas situações
que não estão relacionados com aqueles a que a sociedade
generalizada os liga.
O conceito de sem-abrigo define-se por norma como “todo o
indivíduo que vive efectivamente na rua, sem ter condições de, recorrer
a um apoio social, pagar um alojamento” (Carmo, página 52)
Existiu também durante muito tempo a ideia generalizada de que
a população “errante” era a única culpada da sua situação. Sendo os
Sem-abrigo considerados como um perigo social, sofrendo por isto, leis
repressivas que os punham à margem do resto da sociedade. E eram
essencialmente sectores da sociedade, principalmente ligados às
congregações religiosas, que forneciam a esta comunidade assistência,
quase sempre movidos por um certo paternalismo para evitar situações
mais graves de exclusão.
Esta preocupação terá agora de se estender a uma nova classe
de pobres, aos “novos pobres”. Esta categoria representa uma pobreza
estática, que se vê agora contraposta com um novo tipo de pobreza,
atribuída a uma conjuntura económica recente e aos factores da
sociedade actual. “Estes novos pobres são o resultado de fenómenos recentes, tais como
o desemprego, que é a causa principal. Além disso, surgem aspectos como a
perda de salários ou a sua redução, o desemprego parcial, a baixa do poder
de compra, as dificuldades no acesso a uma habitação, a dificuldade de
acesso a um primeiro emprego, entre outros.” (Carmo, 1996)
Desta forma, podem então ser traçadas três características:
- “Os novos pobres” são menos conhecidos que os pobres
tradicionais, uma vez que são o resultado de uma situação recente e
reproduzem-se de uma forma mais acelerada”
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- “Não são reconhecíveis no seu estado inicial, uma vez que pela
sua pouca gravidade, relativamente ao estado dos outros pobres,
facilmente se confunde com o dos outros indivíduos ou famílias.”
- “Os serviços sociais estão preparados para lidar com as
situações de pobreza clássica, que sempre tiveram como público,
mostrando-se pouco adequados para responder às novas
características desta nova pobreza” (Carmo, página 53)
É de salientar também as Instituições de apoio aos sem abrigo,
que com estratégias de apoio a vários níveis, não se limitando ao apoio
financeiro que se revela muitas vezes ineficiente. Entre estas
instituições saliento a FEANTSA, que é a Federação Europeia das
Associações Nacionais que trabalham com os sem abrigo, que foi
criada em 1988, a REAPN que falei no ponto anterior. A nível nacional
de sublinhar o “O Companheiro” que apoia reclusos, ex-reclusos e suas
famílias e a Comunidade “Vida e Paz” que visa permitir uma reabilitação
de acordo com as suas capacidades para permitir a sua reinserção
social.
Falando agora dos principais problemas dos sem-abrigo, pode-se
falar no alcoolismo como a causa e consequência da miséria e
marginalização de que é vitima esta população. Pois um indivíduo ao
tornar-se alcoólico pode perder os seus laços familiares, sendo essa a
causa de isolamento social que posteriormente poderá levar à condição
de sem abrigo, o mesmo se pode dizer na dependência da droga.
Em termos de doença mental, pode-se dizer que é um dos
principais representantes dos sem-abrigo, mas devido a
heterogeneidade dos sem abrigo com problemas mentais não há uma
definição concreta. No entanto nesta população há diferentes níveis de
doença mental e vários de adaptação. Uns conseguem manter hábitos
de higiene e alimentação, enquanto outros perdem os hábitos de vida
numa sociedade adoptando comportamentos considerados marginais e
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delinquentes, tendo como consequência a marginalização e isolamento
social. “Os sem abrigo com problemas mentais tornaram-se um dos principais
representantes dos sem abrigo em geral, uma vez que constituem o segmento
mais visível desta população” (Carmo)
Outras das principais causas são as disfunções familiares
(divórcio, tensão familiar, etc…), que podem levar a comportamentos
anti-sociais. Os jovens entre os 18 e 23 anos são mais vulneráveis a
este tipo de problema, pois existe uma imaturidade face a multiplicidade
de escolhas a fazer como em termos de trabalho, estudos entre outras.
Esta é também a época dos sonhos, e como a perspectiva de vida
ainda não está consolidada pode levar a problemas mentais, e
distanciamento que pode ter como consequência a ida para caminhos
como droga e álcool que podem posteriormente conduzir ao estado de
sem abrigo.
Há ainda outro factor de exclusão social, que é devido ao
preconceito das pessoas, que está relacionado com a raça ou etnia.
A condição de pobre tende a ser encarada com
desconfiança, sobretudo, quando se trata não de uma pessoa
isolada, mas de um conjunto de pessoas! A diferença é encarada,
nestes casos, lamentavelmente, a partir de estereótipos, de
preconceitos, de avaliações subjectivas, de desconhecimento e do
medo do outro (Leitão)
Falando no caso particular das mulheres, elementos diversos, de
natureza multifacetada, levam a persistência e processos de
precarização de vida, e constituem-se como determinantes estruturais
da sua particular vulnerabilidade á pobreza e exclusão social, que
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levam depois a dificuldades que costumam levar á prostituição. (Vaz,
João Maria; Relvas, Eunice; Pinheiro Nuno)
Em suma a pobreza e a exclusão social, são factores
determinantes para a variável que analisei neste trabalho tendo em
vista os sem-abrigo, pois é através deste processo e de um conjunto de
factores sociais, ou mesmo de ordem psicológica que ocorre a exclusão
e consequente condição de sem-abrigo. Este é um problema que para
sempre marcará todas as sociedades no mundo, mas no entanto
existem instituições que tentam reintegrar estas pessoas, instituições
essas como as que mencionei e analisei em cima.
Estamos no caminho do êxito quando compreendemos que
o fracasso não passa de um desvio. (W. G. Milner Jr.)
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3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa
A escolha do tema “Pobreza e exclusão social”, não foi fácil visto que
os outros temas propostos pelo docente da cadeira de Fontes de
Informação Sociológica também suscitavam algum interesse para serem
discutidos, contudo optei pela escolha este tema, pois na minha opinião é
um tema actual e interessante visto que diz respeito à sociedade em que
vivemos.
Além de ser um tema interessante, é principalmente um tema
importante que deve ser tratado, visto que a cada ano que passa, a
pobreza e a exclusão social estão-se a tornar num problema de maior
dimensão.
Este tema da “Pobreza e exclusão social” é muito vasto, pois poderia
ser abordado de várias perspectivas, por isso decidi focar essencialmente
a categoria dos sem-abrigo como subtema. Para falar desta classe de
pessoas, usei como suporte a REAPN (Rede Europeia Anti-Pobreza /
Portugal) que é uma associação independente de organizações não
governamentais e de grupos que têm como objectivo a luta contra a
pobreza e a exclusão social. Na minha opinião, esta associação pode vir a
ser a solução para este problema existente na sociedade, ou pelo menos
ajudar a diminuir o número de vítimas do mesmo.
O meio principal do qual retirei informação foi em livros sobre esta
temática. Não foi difícil encontrar informação sobre esta temática pois o
ano de 2010 é o ano europeu da Pobreza e Exclusão social. E assim na
Biblioteca da Faculdade de Economia encontrei todo o suporte necessário
para a execução deste trabalho.
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Quanto à Internet é um excelente meio para se obter informação
desde que se saiba escolher as fontes que se vão utilizar no trabalho, mas
a tarefa não foi nada fácil, uma vez que quando utilizei a expressão
“pobreza e exclusão social” no motor de busca Google os resultados foram
airrelevantes, pois deu imenso “ruído” (536.000 resultados), e eram
páginas que sobretudo não tinham informação especializada, e abrangiam
apenas o geral da questão.
Tentei delimitar a pesquisa à “pobreza e exclusão social+sem abrigo e
aí o “ruído” foi menor visto que o número de resultados diminui
drasticamente (27.100 resultados). Contudo a informação que me aparecia
continuava, sobretudo, a não conter fontes fiáveis para suportar o meu
trabalho. Por isso decidi focar a informação que retirei para o trabalho nos
livros.
Já falando sobre a pesquisa da REAPN posso afirmar que não foi
complicado, visto que já conhecia anteriormente esta associação, e
quando comecei o trabalho decidi logo que ia dar a conhecê-la. Na
pesquisa coloquei no motor de busca a Sigla REAPN e deu 56.700
resultados, e, embora pareça muito, não foi complicado encontrar, pois
aparece logo no topo, e o resto das páginas também tem ligação à
REAPN, pelo que em termos de pesquisa na Internet, não retirei tanta
informação quanto queria, mas acabou por ser uma ferramenta útil.
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4. Página de Internet Avaliada
Caracterização Geral Nome do Site: Rede Europeia Anti-Pobreza
Tipo de Informação: Informar
Público-Alvo: Vasto
Língua Original: Português
Endereço URL: http://www.reapn.org/
Avaliação feita por: Andreia Ferreira
No âmbito da Disciplina de: Fontes de Informação Sociológica
Nº de Aluno: 2009108200
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Avaliação do Site A página da Internet que escolhi para analisar foi a página da Rede
Europeia Anti-Pobreza \ Portugal. Esta rede é uma composição de várias
associações, sendo elas sedeadas, uma em cada país da Europa. São
associações sem fins lucrativos e não governamentais e é reconhecida
nacionalmente, pois cada distrito possui uma sede.
Este site disponibiliza informações dos principais eventos, no evento da
luta contra a pobreza e a sua extinção e por isso é destinada a qualquer
pessoa, que queira participar nesta campanha.
Agora, analisando o site por partes pode-se dizer que a autoria do site
está identificada em nome de uma instituição, o(a) autor(a) exprime-se sempre
em nome da instituição e nunca individual. O site disponibiliza um motor de
pesquisa interno e mapa do site. Quanto aos instrumentos de navegação são
eficazes e fáceis, embora acho que o site deveria ser mais simples, pois é um
pouco confuso. O site não tem publicidade e a sua estrutura não é muito
complexa. A informação disponibilizada no site tem uma linguagem corrente, e
por isso fácil de compreender, a informação é também é bastante objectiva. O
site respeita as regras e a forma da língua em que está escrito. O grafismo do
site é um grafismo não muito exuberante e vivo, que atraia. No entanto não há
nada a criticar pois está perfeitamente correcto. O texto é facilmente legível e
não requer qualquer esforço visual. O site foi razoavelmente importante para o
trabalho, pois tem uma instituição ao que abordava o tema que falei neste
trabalho, e uma dos pontos do meu trabalho baseava-se na descrição da
REAPN, e foi do site que retirei a informação principal na construção deste
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ponto. Quanto à sua globalidade numa escala de 0 a 5 eu dou ao site 3 pois
parece-me ser um site razoável.
5. Ficha de Leitura
TÍTULO DA PUBLICAÇÃO: “Exclusão Social – Rotas de Intervenção”
AUTOR(ES): Carmo, Hermano, coord. / Alves, Sandra colab.
LOCAL ONDE SE ENCONTRA: Biblioteca da Faculdade de Economia de Coimbra
DATA DE PUBLICAÇÃO: 1996
LOCAL DE EDIÇÃO: Lisboa
EDITORA Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas
TÍTULO DO CAPÍTULO OU ARTIGO: Capítulo II – Estudo e Diagonóstico: A
exclusão socual; A pobreza; Os sem-abrigo
COTA: 304 EXC
Nº DE PÁGINAS: 47-60
ASSUNTO: Exclusão social; pobreza; os sem-abrigo
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PALAVRAS-CHAVE: Exclusão social, desigualdades, pobreza, sem-abrigo,
desemprego; habitação; protecção social; saúde
DATA DE LEITURA: Abril de 2010
ÁREA CIENTÍFICA: Estudos Sociais
OBSERVAÇÕES: Este livro baseia-se num estudo coordenado pelo autor Hermano
Carmo com a colaboração de quatro autoras.
NOTAS SOBRE O AUTOR: Hermano Duarte de Almeida e Carmo licenciou-se em
Ciências Sociais e Políticas na Universidade Técnica de Lisboa em 1974, tirou
mestrado em Ciência Política onze anos depois nessa mesma faculdade e doutorou-
se em Ciências da Educação em 1995. Actualmente é professor catedrático na
Universidade Aberta (UAb). O seu domínio de especialização é a Política e Acção
Social e a Educação e Distância.
RESUMO: Este capítulo fala da exclusão social, salientando que o modo de
funcionamento da Economia e das estruturas sociais são a principal causa deste
fenómeno. É abordado o conceito de pobreza referindo as categorias sociais mais
afectadas como é o caso dos idosos pensionistas, dos assalariados com baixas
remunerações e os desempregados. Posteriormente é feita uma referencia especial
aos sem-abrigo, apresentando a habitação, o emprego/desemprego, a protecção
social e a saúde como os determinantes que influenciam esta problemática. Por
último o autor faz uma breve abordagem aos sem-abrigo, apresentando o conceito
de “novos” sem-abrigo e referindo algumas das instituições de apoio a este tipo de
pessoas.
Estrutura: Este capítulo divide-se em três partes. Na primeira parte é referido o
conceito de exclusão social e os seus factores, na segunda parte é aprofundado o
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conceito e medição de pobreza, os dominios deste fenómeno e as categorias socias
mais afectadas. Na última e terceira parte é feita uma referência aos sem-abrigo e às
instituições de apoio que existem. Conclusão: Este capítulo baseia-se num estudo com o objectivo de alertar as
pessoas para os problemas que existiam e ainda predominam na sociedade como é
o caso da pobreza e dos sem-abrigo. Na minha opinião este capítulo é interessante
pois informa-nos das causas deste problema e dos meios que existem para poder
solucioná-la.
DISCIPLINA: Fontes de Informação
Sociológica
PROFESSOR: Paulo Peixoto
ALUNO: Andreia Ferreira Nº. 2009108200 TURMA: TP2
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6. Conclusão
Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. (Mahatma Gandhi)
Vivemos num tempo onde deve existir uma consciência colectiva
responsável, e problemas como a pobreza e a exclusão social são
assuntos muito sérios que todas as sociedades e a humanidade
enfrentam. Para tentar contrariar este problema é necessária uma maior
entreajuda e tolerância, não só de um indivíduo mas da sociedade
como todo. Existem pessoas que se preocupam com este problema, e
com o problema sobre o qual centrei este trabalho que é o dos sem-
abrigo. Essa preocupação existente materializa-se em instituições que
procuram diminuir este fenómeno, assim como reinserir as pessoas que
são vítimas desta condição de vida. Contundo penso que este problema
intemporal, jamais deixará de existir, mas penso que se devem unir
esforços para o combater.
Quanto às dificuldades que tive neste trabalho, posso dizer que
foram algumas, pois, embora este tema seja muito falado, a verdade é
que a maior parte da informação disponibilizada não tem grande
qualidade. Mas o meu principal problema foi no que toca à grande
abrangência deste problema, e decidi colmatá-la restringindo o trabalho
a uma análise mais detalhada sobre os sem abrigo, embora também
não foi uma tarefa fácil, pois arranjar informação objectiva para este
tema mostrou-se muito complicado.
No entanto a fonte de informação privilegiada para a execução
do trabalho foi a leitura de livros pois pareceu-me que a pesquisa era
mais fiável através deste meio, pois a Internet embora contenha muita
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informação, existe também muito “lixo” e muitas vezes as fontes não
são de confiança.
O trabalho consegue banir três grandes males: aborrecimento,
vício e pobreza (Voltaire)
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7. Referências Bibliográficas
• Carmo, Hermano (1996), Exclusão Social: Rotas de Intervenção. Lisboa:
Universidade Técnica de Lisboa
• Gomes de Araújo, Henrique; Mota Santos, Paula; Castro Seixas, Paulo
(Coord.) (1998), Nós e os Outros: A Exclusão em Portugal e na Europa. Porto:
SPAE
• Peixoto, Paulo (2002), “Estado das Artes”, página da cadeira de Fontes de
Informação Sociológica, Página consultada em 23 de Abril de 2010, disponível
em http://www4.fe.uc.pt/fontes/restos/estado_das_artes.htm
• REAPN – Rede Europeia Anti Pobreza / Portugal (2010). “2010 Ano Europeu
do Combate à pobreza e à Exclusão Social” Página consultada no dia 28 de
Abril de 2010. Disponível em http://www.reapn.org/
• Vaz, João Maria; Relvas, Eunice; Pinheiro Nuno (orgs.) (2000), Exclusão na
História. Actas do Colóquio Internacional sobre Exclusão Social. Oeiras: Celta
Editora
ANEXO A Página de Internet Avaliada REAPN – Rede Europeia Anti Pobreza/ Portugal
Endereço: http://www.reapn.org/
ANEXO B Livro de Suporte para a Ficha de Leitura
Hermano Carmo – “Exclusão Social: Rotas de Intervenção”
Referência: Carmo, Hermano (1996), Exclusão Social: Rotas de Intervenção. Lisboa:
Universidade Técnica de Lisboa