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Pobreza e Exclusão Social
Pobreza e Exclusão Social
Ana Cristina Machado Agante Mano
Ficha Técnica
Tema: Pobreza e Exclusão Social Autora: Ana Cristina Machado Agante Mano Aluna nº: 2009107012 Ano/ Curso: 1º ano licenciatura Sociologia
Pobreza e Exclusão Social
Trabalho de avaliação contínua realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica, sob orientação
do Professor Paulo Peixoto.
Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 1
2.1. Estado das artes: ........................................................................................................ 3
2.1.1. Pobreza uma definição ........................................................................................ 3
2.1.2. Exclusão social uma definição ............................................................................ 5
2.1.3. Tipos de Exclusão Social .................................................................................... 6
2.1.4. Categorias e domínios onde se verifica a Pobreza e Exclusão Social ................ 7
3. Politicas de combate à pobreza e exclusão social ......................................................... 9
4. Programa Nacional de combate à Pobreza e à Exclusão Social ................................. 10
5. Etapas / descrição do trabalho académico .................................................................. 11
6. Avaliação da página Internet ...................................................................................... 12
7. Ficha de leitura de um artigo ...................................................................................... 13
Pobreza e Exclusão Social
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8. Conclusão ................................................................................................................... 15
9. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 16
Anexo I
Página da Internet avaliada
Anexo II
Texto de suporte da ficha de leitura
1. Introdução
“Por pobres devem entender-se as pessoas, famílias e grupos de pessoas cujos
recursos (materiais, culturais e sociais) são tão limitados que os excluem do nível de
vida minimamente aceitável do Estado membro onde residem”. (OIT, 2003: 17)
Dos temas que nos foram propostos, “Pobreza e Exclusão Social” foi o que me
chamou mais atenção. A escolha do tema para este trabalho vem de encontro ao actual
contexto social e económico em que vivemos e porque o ano 2010 é o Ano Europeu de
Combate à Pobreza e Exclusão Social. De facto, abordar o tema “Pobreza e Exclusão
Social” nos dias que correm, faz todo o sentido pois estamos a atravessar uma época
muito difícil para o ser humano, acentuando-se cada vez mais as desigualdades sociais e
económicas.
A luta contra a Pobreza e Exclusão Social faz hoje parte dos ditames da
Humanidade na protecção do seu futuro e manifestam-se de formas bastante
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diversificadas consoante a região, a forma de organização económico – social, a cultura
dominante e o nível de desenvolvimento.
No decorrer deste trabalho irei procurar uma definição de pobreza e exclusão
social, apesar de estas palavras terem várias vertentes tentarei abordar os aspectos mais
importantes.
A realização deste trabalho implicou adopção de metodologias diversificadas,
como pesquisas bibliográficas, técnicas de análise de documentos e técnicas de resumo.
Os objectivos desta pesquisa foram conhecer um pouco melhor a situação da
pobreza e exclusão social. Face a estes objectivos dividi o meu trabalho em partes.
Comecei pela definição de pobreza e exclusão social. De seguida, falei dos tipos de
exclusão social e as categorias e domínios onde se verifica a pobreza e exclusão social.
Por fim, falei das políticas de combate à pobreza e exclusão social e sobre o Programa
Nacional de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
Para avaliação da página da Internet escolhi o site http://www.oikos.pt e ainda
como artigo “Exclusão social à entrada do século XXI de Marianela Esteves.
A página de Internet que escolhi é de fácil utilização, sendo dirigida a qualquer
pessoa. Tem como objectivos informar e sensibilizar, de alguma forma, quem por lá
passa. Considero esta página bastante agradável e com um excelente conteúdo.
Terei o cuidado de trabalhar e abordar estes fenómenos vastos e complexos, com
toda prudência e rigor. A pobreza e exclusão social não deve ficar alheia a ninguém.
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2.1. Estado das artes:
“Pode haver pobreza sem exclusão social, como acontecia aos pobres do ancien
regime, em que os servos eram pobres, mas encontravam-se integrados numa rede de
relações de grupo ou comunidade. Algo semelhante pode passar-se hoje com os pobres
do meio rural. Pobreza e exclusão social são, portanto, na perspectiva exposta,
realidades distintas e que nem sempre coexistem” (Costa, 1998)
2.1.1. Pobreza uma definição
Para definir a palavra pobreza, nada mais fiável do que a Enciclopédia. Segundo
esta, a palavra “Pobreza” é caracterizada pela falta de recursos. Consoante a sua
duração, a pobreza apresenta aspectos diferentes. As consequências da pobreza sobre a
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população são profundas tanto a nível individual como no colectivo. O combate à
pobreza passa por uma dupla acção, se por um lado é necessário ajudar cada pessoa
individualmente, mais importante ainda será eliminar os factores que lhe estão na
origem, tais como implementar medidas sociais ou medidas de inserção social com
programas que promovam ajudas e apoios a todos os indivíduos necessitados.
“Pobreza não é só falta de recursos: é falta de poder, de capacidades e de
oportunidades para alcançar níveis mínimos de bem-estar e dignidade” (Meneses,
2008)
A pobreza está associada à carência de recursos, mas uma situação de carência
que não tem origem na falta de recursos não significa pobreza na totalidade, mas poderá
levar à exclusão social.
Numa cidade existem contrastes notórios aos olhos de todos. Vemos todos os
dias, indivíduos e famílias cujos rendimentos e habitações, as condições de vida e de
trabalho são inferiores a outros indivíduos ou famílias da mesma sociedade. Há então
uma diferença entre ricos e pobres, entre o luxo e a miséria e entre o excesso e a
escassez.
Segundo a visão do Rowntree, existem dois tipos de famílias pobres: famílias
cujos rendimentos são insuficientes para satisfazer as necessidades básicas e famílias
cujos rendimentos seriam suficientes para satisfazer as necessidades, mas gastam esses
rendimentos em coisas supérfluas.
Em sociologia, relativos à pobreza distinguem-se dois conceitos relevantes: a
pobreza relativa e a pobreza absoluta.
A pobreza relativa integra a situação de pobreza no contexto social onde esta
decorre. Através deste tipo de pobreza consegue-se identificar quem é pobre e quem não
é, através dos seus rendimentos. Por outro lado, a pobreza absoluta refere-se a um
conjunto de bens ou recursos abaixo dois quais se deve falar de pobreza. Assim, os
indivíduos que possuem poucos recursos e não conseguem garantir a satisfação das
necessidades básicas, são considerados pobres.
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“Qualquer que seja o conceito utilizado – Pobreza Absoluta ou relativa – a
pobreza definida em termos de limiar o rendimento parece ter apenas o mérito de ser
politicamente operacional”. (Almeida, 1992)
2.1.2. Exclusão social uma definição
“A noção de exclusão social surge (…) sobretudo ligada à existência de um
contexto de referência, do qual se é ou se está excluído. Dele fazem parte cinco
sistemas sociais básicos: social, económico, institucional, territorial e simbólico”
(Costa, 1998)
É um pouco difícil falar da questão de pobreza sem estabelecer uma relação com
a exclusão social. A ideia que nós temos à primeira vista da palavra exclusão, é mais
facilmente entendida em vários contextos, como ser-se excluído de um grupo de
amigos, da família ou da escola. Porém, o contexto a considerar quando falamos em
exclusão não é esse.
Segundo a Enciclopédia, “Exclusão Social” é resultado de um processo de
empobrecimento que torna desigual o acesso ao trabalho, à justiça, à cultura, à
educação, etc. É uma expressão que se tem designado o processo de marginalização de
indivíduos e de grupo de indivíduos. A exclusão social nem sempre tem a ver com o
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fenómeno da pobreza, resulta do processo de desenvolvimento económico através de
critérios económicas e sociais mais exigentes. Por exemplo quando se exige uma
qualificação profissional exigente necessária à execução de algumas tarefas não tendo
em conta uma protecção social e política está-se de certa forma a fazer exclusão social.
“ (…) a noção de “exclusão social” pertence à perspectiva própria da tradição
francesa na analise de pessoas e grupos desfavorecidos (…)” (Costa, 1995)
Um exemplo das formas extremas da exclusão social são os sem-abrigo, pois
estes são excluídos dos sistemas sociais básicos.
2.1.3. Tipos de Exclusão Social
Existem diferentes tipos de exclusão social. Alfredo Bruto da Costa definiu
cinco modos de exclusão social: social, cultural, económico, patológica e
comportamentos autodestrutivos.
Os factores de natureza social conduzem à exclusão e afectam grupos, que não
têm lugar na sociedade em geral, devido à organização da sociedade e aos estilos de
vida predominantes. Por exemplo, algumas pessoas idosas, que apesar de não terem
faltam de recursos, mas por viverem totalmente isoladas, são excluídas pela sociedade
devido ao seu isolamento.
Outro factor importante que conduz à exclusão social são os factores de natureza
cultural. Como sabemos, o racismo, a xenofobia, os preconceitos existentes nas
sociedades são diversos factores que originam, por sua vez, a exclusão. Muitas vezes,
configuram em rupturas simultâneas com vários outros sistemas: o económico, o
territorial, o emprego e o simbólico. Também é importante falar dos imigrantes ou dos
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nacionais de origem étnico - cultural. Estes muitas vezes são excluídos indevidamente
das sociedades.
Em relação aos factores económicos, como a própria palavra diz têm a ver com
os rendimentos dos indivíduos. Indivíduos sem possibilidades, são frequentemente
excluídos, por exemplo, do grupo de amigos. Populações empobrecidas vêm sendo
empurradas no rumo da exclusão na medida em que seguimos uma lógica económica.
Factores patológicos e de comportamentos autodestrutivos podem estar na
origem de processos de exclusão. Indivíduos toxicodependentes, alcoólicos ou com
doenças psiquiátricas são realmente factores que estão na origem da ruptura com os
outros e que se alargam a outros sistemas, como o emprego, habitação, saúde, etc.
São as formas mais significativas de exclusão social que se verificam nas
sociedades actuais. Estes processos de exclusão têm origens diferentes, portanto as
medidas e políticas específicas de combate a estes factores devem fazer-se logo na sua
origem de forma diferenciada.
2.1.4. Categorias e domínios onde se verifica a Pobreza e Exclusão Social
A pobreza é um conceito universal que se exterioriza não só nos países menos
desenvolvidos, como nos países mais desenvolvidos. À medida que uma cidade cresce e
se desenvolve, é cada vez mais visível a pobreza.
As diferenças entre os ricos e os pobres são muitas e notáveis.
Contemporaneamente, os grupos de risco que são por norma vulneráveis à pobreza são:
os desempregados de longa duração, estando privados um rendimento, os grupos étnicos
e culturais minoritários, que vivem da instabilidade da vida, idosos pensionistas,
mulheres em situação de monoparentalidade, trabalhadores de media idade despedidos,
trabalhadores agrícolas por conta de outrem, analfabetos formais ou funcionais,
indivíduos portadores de certas doenças agudas ou crónicas, indivíduos com
deficiências e incapacidades, indivíduos deslocados e refugiados e famílias
monoparentais com privação a recursos económicos.
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São vários os domínios em que se manifesta a pobreza. As desigualdades
revelam-se, nas condições de saúde, por uma esperança de vida mais curta, aumentos da
taxa de mortalidade infantil, menor consumo de serviços médicos, o que leva as pessoas
a contrair doenças. À condição de pobreza corresponde uma falta de conforto
habitacional. Exemplos de pobreza assistimos em muitos bairros de lata ou bairros
degradados, onde várias famílias dividem o mesmo alojamento, o que muitas vezes faz
com que poucos tenham acesso a infra-estruturas básicas. Neste domínio, não podemos
esquecer aqueles que nem em bairros de lata ou bairros degradados vivem. Aqueles que
simplesmente vivem em bancos de jardins ou em cantos no meio da cidade.
À pobreza associa-se também níveis de escolaridade mais tardios e fracos, por
vezes reprovações e saídas antecipadas das escolas. Levando a uma maior taxa de
analfabetos e de pessoas com baixa escolaridade. Ora, isso torna mais difícil a inserção
no mercado de trabalho. Porém, apesar de tudo, quando essa inserção se faz, esta
processa-se em empregos mal remunerados.
Por último, é vulgar a ligação entre desemprego e pobreza. A procura de
emprego de jovens qualificados, de pessoas não qualificadas e até de pessoas
analfabetas, resulta de um número elevado de desempregados. Estes nem sequer tem
direito a subsídio de desemprego, enquanto outros só o tem por períodos curtos. A
estrutura do mercado de trabalho funciona, geralmente, como factor de agravamento das
condições de precariedade e exclusão.
Estes domínios dão a constatar a existência de grupos sociais vulneráveis à
pobreza, contudo essa constatação é mais directa a partir dos rendimentos.
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3. Politicas de combate à pobreza e exclusão social
As diversas iniciativas de luta contra a pobreza e exclusão social apontam que as
estratégicas a adoptar, na relação individual e de grupo e no reforço de capacidades, têm
de ser distintas conforme os modos de vida em questão.
Em Portugal, os programas de combate à pobreza têm sido residuais, na medida
em que constituem um acrescento marginal às políticas económicas e sociais e
periféricos, pois não atingem factores estruturais que residem na sociedade dominante.
Para este ano 2010 pretendesse que ninguém de forma individual ou colectiva
fique indiferente a esta problemática. Para isso, há que gerar um movimento global de
cidadãos, empresas, associações, escolas, universidades, serviços, famílias,
trabalhadores que de uma vez por todas se erradique a pobreza e a exclusão social em
que ainda vivem muitas famílias.
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Passo agora a enumerar algumas das medidas a desenvolver em torno do ano
2010, segundo o Presidente do Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social,
I.P.:
. Organizar uma acção de voluntariado, junto de uma instituição da comunidade;
. Doar alguns bens próprios ou produzidos pela sua organização;
. Patrocinar pequenas ou grandes requalificações de edifícios com utilização
social;
. Apoiar actividades desenvolvidas por associações locais;
. Apadrinhar umas instituição social, acompanhando-se ao lomngo deste, mas
também de anos seguintes;
. Promover iniciativas de discussão e reflexão sobre este tema e as melhores
formas de as enfrentar.
São essenciais medidas decisivas e eficazes que permitam reduzir drasticamente
a situação de pobreza.
4. Programa Nacional de combate à Pobreza e à Exclusão Social
Em Portugal, segundo os objectivos e princípios europeus estrutura-se em torno
de quatro eixos:
“Eixo 1 - Contribuir para a redução da pobreza (e prevenir riscos de exclusão);
Eixo 2 - Contribuir para a compreensão e visibilidade do fenómeno da pobreza e
seu carácter multidimensional;
Eixo 3- Responsabilizar mobilizar o conjunto da sociedade no esforço da
erradicação das situações de pobreza e exclusão;
Eixo 4- Assumir a pobreza como um problema de todos os países eliminando
fronteiras”.
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Este programa encerra as grandes estratégias daquilo que se pretende para
dinamizar em Portugal em 2010. Traduz-se em acções concretas que permitam abranger
públicos vastos. São exemplos a dinamização de grandes eventos de sensibilização,
desportivos e culturais, nomeadamente uma parceria com o Rock in Rio de forma a
levar a mensagem de solidariedade aos jovens.
5. Etapas / descrição do trabalho académico
Numa primeira fase, depois de escolhido o tema, dediquei-me de imediato à
realização do trabalho académico. Como gosto bastante de livros, optei que o meu
trabalho fosse mais baseado em livros do que em revistas cientificas e internet. Num
primeiro momento, comecei por pesquisar em livros, no catálogo on-line da Biblioteca
Geral da Universidade de Coimbra e no catálogo on-line da Biblioteca da Faculdade de
Economia da Universidade de Coimbra, encontrando alguns livros úteis para o meu
trabalho.
Na minha terra dirige-me à Biblioteca Municipal, onde para minha decepção
encontrei pouco material. De seguida, desloquei-me à Segurança Social no intuito de
procurar informações sobre procedimentos relativamente à pobreza e exclusão social.
Encontrei algumas revistas do Instituto da Segurança Social, nomeadamente a Revista
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Pretextos, onde para meu contentamento vim a saber que o ano 2010 é o Ano Europeu
de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
Mais tarde, resolvi deslocar-me ao CES e à Biblioteca Geral. Encontrei quase tudo o
que precisava para começar o meu trabalho, procurando também suplementos na
internet. Para isso, utilizei dois motores de busca, o Google e o Sapo, utilizando a maior
parte das vezes, páginas de Portugal.
Deste modo, comecei a ler e a retirar toda a informação que achei relativa. Foi um
pouco complicado, pois encontrei bastantes livros, mas acabei por conseguir orientar-
me, pois o assunto suscita-me grande interesse.
Comecei a organizar ideias para a introdução, tentando salientar todos os elementos
mais importantes para dar a conhecer o meu tema. De seguida, passei ao estado das
artes, procurando dar uma definição de pobreza e exclusão social.
Neste trabalho utilizei fontes de informação, que na minha opinião, foram
suficientes e fiáveis para a realização deste.
6. Avaliação da página Internet
A página da Internet que escolhi para avaliar foi a página http://www.oikos.pt.
A OIKOS é uma instituição sem fins lucrativos, reconhecida internacionalmente
como Organização Não-Governamental para o desenvolvimento. É composta por
cidadãos solidários, que têm a clara consciência do papel da cidadania global. Através
da acção, partilham esforços e facilitam soluções para que as pessoas vivam em plenas
condições.
A OIKOS pretende não só ajudar humanitariamente, como também realiza
projectos e programas, para assim dar a todas as pessoas uma vida digna.
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Escolhi esta página pois achei interessante existirem instituições que promovam
o bem-estar e uma vida digna para as pessoas. Também achei relevante a página conter
informações sobre a temática do meu curso e futura área de trabalho.
Esta página é gratuita, bem organizada e tem um vasto leque de informação
qualificada para qualquer pessoa, com fácil leitura e do interesse de todos. Apresenta a
data e o número de visitantes, neste momento tem 395403 visitas. É composto por nove
separadores de fácil utilização que reencaminham o utilizador para subtemas
específicos. A sua ilustração é oportuna, pois conta com imagens relacionados com os
assuntos expostos.
Como esta página oficial, a Instituição OIKOS disponibiliza os contactos de
vários dos seus responsáveis. Penso que a informação existente nesta página é credível.
Esta é uma página que possibilita a inscrição em trabalhos de voluntariado e na
contribuição de donativos. Tem por isso um carácter informativo para quem pretende
ajudar pessoas necessitadas.
Em conclusão, considero esta página bastante agradável, com um conteúdo útil e
que consegue sensibilizar qualquer visitante para o tema da “luta contra a pobreza”.
7. Ficha de leitura de um artigo
Título: Exclusão social
Data da publicação: Setembro de 2000
Editor: Imprensa Nacional – Casa da Moeda
Local onde se encontra: CES
Título do artigo: Exclusão social à entrada do século XXI
Número de páginas do artigo: 85-89
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Assunto: Exclusão social no mundo
Palavra-chave: Exclusão social, luta contra a exclusão social e pobreza.
Data da leitura: Abril de 2010
Observações: O artigo aborda o tema exclusão social no contexto geral e em
concreto em Portugal.
Nota sobre os autores: Marionela Esteves foi Delegada Escolar em Espinho.
Resumo: O artigo de Marionela Esteves é uma abordagem dura, realista e
concisa sobre a Exclusão Social. Numa linguagem clara, explica o conceito de exclusão
social, exemplificando com situações do quotidiano com que nos deparamos no dia-a-
dia.
Seguidamente tece críticas à sociedade que finge não perceber e esconde o rosto
aos que mais necessitam. Refere ainda que não são só os governos que têm
responsabilidade mas todos nós, a sociedade em geral. Segundo a própria, “é o resultado
e suporte da falta de solidariedade humana e de uma grande dificuldade em se
encontrarem as soluções adequadas”.
Relativamente a Portugal, refere o Programa da Luta Contra à Pobreza, que diz
ser uma das melhores soluções. No entanto, para melhor resultar terá que ser feito em
paralelo com a sociedade activa e a escola, já que a ligação da escola à casa é o melhor
meio para intervir na preparação de uma melhor futura sociedade, apostando ainda nos
currículos alternativos.
Finalmente, a autora refere uma Associação de Desenvolvimento do concelho de
Espinho, que em articulação com instituições públicas privadas, locais e regionais,
conseguiu equipamentos sociais.
Estrutura:
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Este artigo divide-se em duas partes. Em primeiro lugar, a introdução, onde a
autora faz uma abordagem à temática exclusão social à entrada do século XXI.
Na segunda parte, faz referência ao nosso caso, mais propriamente Portugal. Dá
um exemplo de sucesso, concretamente o da Associação de Desenvolvimento de
Espinho, criada pela Câmara Municipal.
8. Conclusão
Através da realização deste modesto trabalho, conclui que para termos uma
sociedade regular e equilibrada, é realmente importante a luta e a erradicação da
pobreza e da exclusão social. Estes fenómenos vastos e complexos são visíveis nos dias
de hoje. Todos nós passamos por gente a pedir esmola, sem-abrigo a dormir nos bancos
de jardim ou bairros degradados. A pobreza e a exclusão social em vez de regredir está
cada vez e mais depressa a progredir.
No início da realização deste trabalho, devo dizer que senti alguma dificuldade.
Contudo, com o acompanhamento das aulas penso que consegui atingir os meus
objectivos, procurando realizá-lo da melhor forma possível.
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Na minha modesta opinião, penso que utilizei um pouco de tudo que foi dado na
cadeira, o que foi bastante lucrativo para mim. Aprendi imenso com a realização este
trabalho académico.
Não podemos ficar indiferentes ao fenómeno da pobreza e exclusão social, pois
o que torna um fenómeno tolerável é a indiferença face ao mesmo. Interessa por isso,
que as diversas políticas existentes sejam eficazes. A pobreza e a exclusão social devem
ser combatidas com o empenho e sensibilidade de todos nós!
9. Referências Bibliográficas
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