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Lista de Acrónimos e abreviaturas

ACREMO Associação Crescer Moçambique

AMOPED Associação moçambicana dos pais e encarregados de educação

AMOPRO Associação Moçambicana para Promoção da Cidadania

CESC Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil

DTS Doença de Transmissão Sexual

FDC Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

G20 Plataforma de organizações da sociedade civil para a monitoria do Plano

de Acção de Combate à Pobreza

INE Instituto Nacional de Estatística

KUWUKA Juventude Desenvolvimento e Advocacia Ambiental

MARP Mecanismo Africano de Revisão de Pares

MEPT Movimento de Educação para Todos

Ms Moçambique Associação Dinamarquesa para Cooperação Internacional

MCT Movimento contra a Tuberculose

OJM Organização da Juventude Moçambicana

OMM Organização da Mulher Moçambicana

ONG Organização Não Governamental

ONJ Organização Nacional de Jornalistas

OTM Sindicato dos Trabalhadores

RAP Relatório anual da Pobreza

SA Sociedade Aberta

TROCAIRE Agência Católica para o Desenvolvimento Mundial

TIC Tecnologias de Informação e Comunicação

UGC União Geral das Cooperativas

UNV United Nations Volunteer

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Introdução

A Sociedade Aberta (SA) é uma Organização de Sociedade Civil moçambicana, criada por estu-dantes do ensino superior, que se dedica à pesquisa e promoção de modelos de desenvolvimen-to local, com grande enfoque para as áreas de Governação Local e renda comunitária.A organização foi criada a 24 de Dezembro de 2004, no contexto da existência de um desfa-samento entre a academia e a comunidade. O seu registo e reconhecimento tiveram lugar em Agosto de 2006, por um total de 10 membros.

Os fundadores da SA foram jovens da Matola, que se juntaram e decidiram aproveitar o seu di-namismo interno que tinha sido identificado após a realização de algumas iniciativas em que estiveram envolvidos, as quais tiveram grande impacto social e demonstraram o seu grande po-der de mobilização perante a sua comunidade. Cita-se como exemplo, a participação no grupo cultural “Nhanda;” a representação da Rede Provincial de Combate a Droga, que culminou com a realização de uma marcha “comboio contra HIV/SIDA na Matola” na qual participaram mais de mil pessoas.

Estas acções aumentaram a auto-confiança do grupo e culminaram com a realização de conjunto de reflexões com outras organizações da sociedade civil e a comunidade, que definiram as áreas de intervenções da SA. Constam das acções iniciais da organização, a condução de uma pesquisa sobre os níveis de DTS na cadeia central de Maputo, a realização de um debate sobre o estágio de desenvolvimento da Província de Maputo e a criação das plataformas de governação, de G20, em todos distritos da província de Maputo.

A despeito da reputação que atingiu, tanto da sociedade civil, assim como do Governo local, resultante das actividades realizadas nos últimos 07 anos, a maior parte das acções da SA vinha sendo apoiada por projectos de curta duração, sem uma conexão lógica de continuidade e inte-gração, o que limitou o impacto junto do grupo alvo.Assim, a SA elaborou a presente Estratégia 2011-2014, que constitui o primeiro documento orien-tador a médio prazo para as suas intervenções, com vista a incrementar o seu contributo no de-senvolvimento da província de Maputo, através do empoderamento das comunidades para o desenvolvimento local e uma participação activa, consciente e responsável no processo de go-vernação.

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Historia e situação da sociedade civil em Moçambique

A história da sociedade civil moçambicana remonta ao período colonial, na primeira década da primeira república portuguesa iniciada em 1910, e foi marcada pelo surgimento de movimentos cívicos e organizações associativas em reacção ao ambiente social discriminatório das classes de cidadãos então criadas, nomeadamente, colonos, assimilados e indígenas.

As referidas associações e movimentos foram criados por uma minoria urbana, nos anos mais repressivos do Estado novo de Salazar (1930-1975). Neste período, a sociedade civil foi berço dos ideais independentistas e da preparação de alguns líderes nacionais que posteriormente se tor-naram líderes políticos. A sociedade civil se constitui a incubadora de iniciativas cívicas e políticas pluralistas, sendo algumas reformistas do regime colonial e outras revolucionárias e radicais.

Com o alcance da independência, em 1975, e instauração de um partido único a sociedade ci-vil formal foi predominantemente composta por organizações democráticas de massas, que in-cluíam a organização da juventude moçambicana (OJM), organização da mulher moçambicana (OMM) sindicatos dos trabalhadores (OTM- Central Sindical), organização nacional de jornalistas (ONJ). Estas instituições eram consideradas parte integrante do partido, sendo por este contro-ladas e não representavam a diversidade de interesses que presumiam. Por um lado, o sistema mono-partidário prevalecente não facilitava a identificação das delimitações entre o Estado, o Partido e a sociedade em geral e, por outro, proibia qualquer forma de associação que se realizas-se fora dos veículos formais do Estado.

Estes elementos explicam a razão porque no período antes de 1984 havia poucas Organizações Não Governamentais no país, sendo que as menções feitas se circunscrevem à Cruz Vermelha de Moçambique, UGC, Médicos Sem Fronteiras e associações vinculadas ao partido FRELIMO.

Este quadro foi modificado com a criação da constituição de 1990, que incluiu a liberdade de associação, e culminou com a elaboração e implementação da lei de associações (Lei n.º 8/91, de 18 de Julho). Estes factores ditaram um enorme crescimento do número de organizações. Para elucidar, em 2003 o INE recenseou 4853 instituições sem fins lucrativos no país.

Todavia, a sociedade civil no país padece de inúmeros problemas, que incluem: a limitada cober-tura geográfica, elevada dependência de fundos externos, lacunas na promoção da participação dos cidadãos na governação e na tomada de decisões políticas que os afectam, fraca ou falta de coordenação, limitada base social de apoio, elevada permeabilidade dos líderes das organiza-ções, que acaba ditando um fraco activismo e conformismo das organizações às práticas e meca-nismos de interacção criados pelo governo em vez de mudá-los.

Outro aspecto central na análise dos problemas enfrentados pela sociedade civil é a governação interna das organizações, a qual no geral é caracterizada por fraca democratização e transparên-cia, bem como a falta de sistemas de procedimentos para a gestão organizacional.

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Apesar dos constrangimentos mencionados, no âmbito da reformulação do papel do Estado e da reestruturação política que implica o reconhecimento gradual da legitimidade da sociedade civil o Governo criou novos mecanismos de articulação com as organizações relativamente às políti-cas de desenvolvimento económico e social, em particular a luta contra pobreza.

Como exemplos de mecanismos de articulação criados, dentre outros, pode se mencionar os Observatórios de Desenvolvimento, as Instituições de Participação e Consulta Comunitária (que inclui os Conselhos Consultivos), as sessões de Revisão Conjunta entre o Governo e os doadores e o Mecanismo Africano de Revisão de Pares.

No entanto, o funcionamento dos mecanismos em referência é afectado por limitações que in-cluem a não incorporação das recomendações da sociedade civil, falta de prestação de contas social e de equilíbrio de poder, fraca capacidade técnica, falta de espaço político independente e credibilidade na governação local.

Assim, a despeito de haver um reconhecimento de que a sociedade civil aos poucos está aumen-tando as suas capacidades de influenciar a planificação e as políticas governamentais, a questão central que é colocada para as organizações moçambicanas e à Sociedade Aberta, em particular, é como aproveitar ao máximo as oportunidades existentes, bem como ultrapassar os desafios e ameaças colocadas no contexto nacional, tendo em conta o papel institucional que lhes é conce-dido para a consolidação da democracia e para o alcance do desenvolvimento local.

Lições aprendidas da intervenção da SADesde o período da sua criação, a Sociedade Aberta estabeleceu parcerias com outras organi-zações da Sociedade Civil em projectos que incluíam fundos, assistência técnica e formações. Com base nestes recursos, a SA realizou várias acções estratégicas, com impacto diversificado na governação local, sendo de destacar as seguintes:

• Criação e reforço do papel das plataformas distritais como canais de advocacia e moni-toria da governação, bem como de articulação entre as comunidades e o governo local.

• Realização de formações sobre processos de governação, incluindo planificação, monito-ria, orçamentação, lobby e advocacia, direitos humanos;

• Realização de pesquisas nas áreas críticas (acesso à terra, água, educação, saúde, funcio-namento dos Conselhos Consultivos, etc.) que preocupam às comunidades;

• Realização de estudos de base sobre a governação distrital;

• Elaboração de documentos de posicionamento da Sociedade civil apresentados no Ob-servatório Provincial de Desenvolvimento.

• Condução das agendas comunitárias que permitem o envolvimento das comunidades na definição das áreas prioritárias para o desenvolvimento local;

A implementação destas acções permitiu aumentar o nível de consciencialização das associações locais/comunidades sobre os seus direitos e deveres no quadro da governação participativa, fa-cilitou o envolvimento das associações locais na economia local através de projectos subvencio-nados e acesso ao Fundo de Desenvolvimento Distrital, melhorou os mecanismos de prestação

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de contas pelos governos locais e permitiu destacar o papel da SA como parceira estratégica do Governo Local, aos níveis distrital e provincial, sobretudo no combate à pobreza e reforçou o papel da SA como instituição de assistência técnica e de galvanização das plataformas distritais.

Apesar dos ganhos obtidos, a realidade mostra que ainda há um enorme trabalho a ser feito, designadamente:

• As plataformas carecem de consolidar a sua estrutura de funcionamento para o seu envol-vimento efectivo em actividades de monitoria e advocacia que realizam;

• A formação é um processo contínuo e deve estar mais orientado às actividades práticas que as plataformas realizam no dia-a-dia;

• Há que melhorar o nível de interpenetração entre as plataformas e outras instituições locais, comunidades, Conselhos Consultivos, Autoridades locais, serviços distritais e As-sembleias Provinciais;

• É crucial a criação de uma unidade interna de pesquisa e de investigação em vez de con-tratar consultores externos;

• Há que aumentar o enfoque à promoção do género e da juventude nas actividades reali-zadas;

• Há que reforçar o trabalho em rede com outras organizações, tanto de nível provincial, assim como central, o que pode facilitar o envolvimento em acções de reforma legal ou na realização de grandes campanhas de advocacia;

• Há que investir no posicionamento pontual em relação a aspectos candentes da governa-ção (formulação e implementação de políticas de combate à pobreza), o que pode permi-tir aumentar o sentido de representação dos grupos afectados e tornar a SA numa insti-tuição identificada como interlocutora válida por estes grupos;

• Há que investir as intervenções em todos os Distritos da Província de Maputo;

• O trabalho com as comunidades é complexo, e há que prestar atenção na forte apropria-ção dos projectos pelos beneficiários.

Governação institucional da SA A SA é constituída pelos seguintes órgãos sociais: Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho de Direcção.

A Assembleia-Geral é o órgão deliberativo máximo, cujos constituintes são os membros efectivos que tem como função fiscalizar o desempenho do executivo. A Assembleia integra uma mesa que é formada por um Presidente, um Vice-presidente e um Secretario, que são eleitos em sede de reunião para um mandato de três anos, com a possibilidade de uma reeleição.

O Conselho de Direcção é o órgão executivo, que tem como função prover a orientação estraté-gica e formular políticas da SA. É constituido por membros eleitos em Assembleia Geral, incluindo um Presidente e Vice-presidente.

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O Conselho Fiscal tem como função verificar o cumprimento dos estatutos, do regulamento in-terno, da legislação aplicável, e fiscalizar as actividades da S.A. O órgão é composto por três mem-bros, sendo um Presidente, um Vice-presidente e um relator.

A direcção executiva é a responsável pela gestão operacional dos programas. No decurso da im-plementação do presente Plano Estratégico a Direcção Executiva irá consolidar a implantação do sistema de gestão baseada em resultados, iniciada actualmente (fase piloto) com o uso dos planos individuais mensais de desempenho. Este tipo de gestão interna permitirá consolidar as relações horizontais e uma equipa de trabalho, bem como monitorar sistematicamente o desem-penho da SA em relação ao seu grupo alvo e parceiros.

Para a implementação do presente Plano Estratégico a SA pretende criar e assegurar o funcio-namento de um Conselho Técnico Científico multi-disciplinar, que será ocupado por um pessoal (experts) com larga experiência de pesquisa e de trabalho com a sociedade civil. O Conselho terá como principais papeis: i) a elaboração e divulgação de estudos inseridos na abordagem pes-quisa-acção, que serão usados como base para a condução de acções de lobbying e advocacia, principalmente pelas plataformas distritais; ii) documentação e divulgação de experiências de implementação de programas no campo; iii) produção de documentos de posicionamento sobre a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, iv) realização de diagnósticos e desenho de pacotes de formações chave e regulares para o desenvolvimento institucional das plataformas Distritais e de outras organizações da sociedade civil; e v) elaboração de materiais de divulgação de políticas e legislação numa perspectiva simplificada.

Estrutura de governação da SA (organigrama)

Assembleia GeralPresidente

Vice-Presidente

Conselho de Direcção

Director Executivo

Conselho TécnicoAdministração e

Finanças Gestão de Programas

Pilar:Renda Comunitária

Presidente

(Desenvolvimento Institucional)

Vice-Presidente

Conselho FiscalPresidente

Vice-Presidente

Secretário

Pilar:Cidadania activa

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Processo, Visão, Missão, Valores

Processo de elaboração do Plano Estratégico A presente estratégia 2011-2014 foi elaborada através de encontros de consulta e grupos focais, envolvendo os funcionários da SA, membros do Conselho de Direcção, membros dos governos Distritais, parceiros, beneficiários, e outras organizações da sociedade civil que actuam aos níveis nacional, provincial e distrital.

Foram produzidos dois esboços do Plano e discutidos com o Conselho de Direcção, a fim de confirmar as linhas estratégicas que orientarão o futuro da organização, bem como efectuar co-mentários e acréscimos em relação a aspectos chave que estivessem omissos. A informação colhida com recurso à pesquisa documental e bibliográfica, bem como as entre-vistas realizadas permitiram a identificação, o mapeamento e a prioritização dos assuntos es-tratégicos. Foi nesta base que foram elaboradas os objectivos estratégicos, as estratégias e as actividades que orientarão o foco de actuação da Sociedade Aberta no período de 2011 – 2014.

Visão, Missão e Valores da SA

Visão Província de Maputo - Sociedade Justa e Próspera

MissãoColocar a pesquisa académica ao serviço da comunidade, promover modelos de desenvolvimen-to e de governação sustentáveis, transparentes e centrados no homem.

ValoresIntegridade: a SA procurará assegurar que as suas acções são conduzidas de forma íntegra e transparente.

Promoção dos direitos humanos: a SA continuará a promover o respeito pelos direitos humanos, tendo em conta a sua universalidade e inalienabilidade. Um enfoque especial continu-ará a ser dado aos direitos das mulheres e dos jovens na condução das suas actividades.

Boa governação: na realização das suas actividades, a SA procurará reforçar a participação activa do grupo alvo, a transparência, a anti-corrupção e o respeito à lei.

Valorização do conhecimento local: na busca da ligação entre a comunidade e a acade-mia, a SA irá valorizar o mapeamento e integração do saber local no desenho e implementação das suas acções.

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Principais marcos históricos da SA Durante a actuação da SA nos últimos sete anos, a mesma colheu os seguintes resultados simbó-licos para a sua memória institucional:

2011 Certificação pela MS Moçambique pela implementação com êxito de programas de construção da Democracia Local e Anti-corrupção durante o período de 2008 a 2011.

2010 Liderança da Campanha sobre o Livro de distribuição gratuita na Província de Maputo, em 13 escolas primárias, em parceria com outras organizações da sociedade civil.

2009 Liderança do processo de Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) na Provín-cia de Maputo.

2009/11 Elaboração de documentos de posicionamento para os Observatórios de Desenvolvimento da Província de Maputo.

2009 Elaboração do projecto para aumento da participação da sociedade civil nos proces-sos de Descentralização local, em parceria com a TRÓCAIRE com o financiamento da União Europeia.

2009 Criação da Revista Trimestral da SA.

2008 Liderança da Plataforma nacional de Governação.

2006/8 Elaboração de Relatórios anuais da Pobreza (RAP) da Província de Maputo.

2007 Liderança da Pesquisa sobre o Índice da Sociedade Civil na província de Maputo, em parceria com a FDC.

2005/6 Criação plataformas distritais na província de Maputo:

As plataformas distritais congregam diferentes associações locais que de forma organizada e sob supervisão e apoio da SA, participam nos espaços de diálogo com destaque para os ob-servatórios de pobreza e os conselhos consultivos distritais; monitoram e fiscalizam as acções do governo a nível dos seus distrito; e participam na elaboração da agenda comunitária e dos planos de desenvolvimento distritais. Definição de Plataformas pela SA.

2006 Hospedagem do G20 a nível da Província de Maputo.

2006 Criação do website da SA;

2005 Recepção do prémio de voluntariado pela United Nations Volunteer (UNV);

2004 Realização do primeiro debate sobre o papel de diferentes actores para o desenvolvimento da Província de Maputo.

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Análise contextual

Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças

Forças Fraquezas

• Aposta em jovens com formação ensino superior;

• Elevadas capacidades técnicas nas áreas de planificação, orçamentação, monitoria e avaliação, pesquisa, formação, facilitação de seminários, documentação de experiências;

• Advocacia baseada em evidências;

• Materiais e equipamentos, incluindo viatura, website, etc.

• Governação interna democrática e horizontal;

• Experiência de trabalho acumulada em lobby e advocacia;

• Uso de técnicas participativas na implementação das actividades;

• Foco na construção e reforço de capacidades das instituições comunitárias locais;

• Forte ligação com as comunidades através da pesquisa e agenda comunitária;

• Representação de G20 e MEPT ao nível provincial

• Prestação de contas e partilha de relatórios com os parceiros e doadores;

• Falta de uma área interna de pesquisa e de investigação;

• Fraca disseminação das actividades na imprensa;

• Concentração nos distritos de Namaacha, Magude, Moamba e Marracuene em detrimento dos outros distritos da Província de Maputo;

• Fraca sustentabilidade financeira;

• Intervenções baseadas em projectos;

• Pouca clareza nos mecanismos de tomada de decisão inter-nos entre os órgãos sociais e o executivo;

• Falta de uma base de doadores leais fixos.

• Sobrecarga de tarefas dos membros fundadores devido a outras ocupações fora da SA;

• Falta de realização de assembleias anuais regulares

• Fraca prestação de contas às comunidades e à sociedade em geral;

Oportunidades Ameaças

• Habilidades e capacidade de negociação e conhecimento dos membros das plataformas distritais;

• Prestígio e reconhecimento junto dos parceiros, doadores e do governo;

• Espaços e estruturas de diálogo aos níveis distrital, provincial e nacional para a interacção directa e diálogo entre a socieda-de civil e o governo

• Existência de doadores interessados na governação transpa-rente e democrática ao nível local;

• Existência de diversas redes de advocacia de organizações da sociedade civil aos níveis nacional e internacional;

• Existência de uma lei e órgãos de imprensa favoráveis para a sociedade civil;

• Criação de um espaço de partilha e disseminação de conhe-cimento.

• Rotatividade do pessoal;

• Rotulagem como movimento de oposição pelo governo;

• Interferência imprópria do governo nas actividades;

• Potencial instabilidade política e económica semelhante à causada por manifestações populares;

• Falta de satisfação das expectativas do grupo alvo;

• Discrepâncias entre as exigências dos doadores e as dinâmi-cas da comunidade;

• Fraca apropriação dos projectos pelos beneficiários;

• Falta de doadores fixos.

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Ambiente Político, Económico, Social, Tecnológico, ambiental e Legal

Político: apesar de o nosso país ser democrático, e o governo estar a implementar processos de descentralização e desconcentração do poder, prevalecem lacunas quanto à efectividade da transparência, Anti- corrupção, aplicação do primado da lei e da prestação de contas, do Governo aos cidadãos. Aliado a isto, a maior parte dos cidadãos tem um fraco conhecimento dos direitos e deveres cívicos e políticos concedidos pelo quadro de governação do país.

Assim, para contribuir para a inversão deste cenário, a SA pretende no âmbito da implementa-ção deste plano estratégico promover o acesso à informação, sobretudo no referente aos direi-tos e deveres chave para assegurar uma maior participação das comunidades (em particular das mulheres e jovens) nos processos de governação local, incluindo na planificação, orçamentação e monitoria pública. Para o efeito, a SA irá potenciar as plataformas distritais para uma maior interacção com o Conselho e Assembleias Municipais, bem como com o Governo Distrital e As-sembleias Provinciais através dos espaços de diálogo já criados e por meio da invenção de novos mecanismos.

Económico: Embora haja reconhecimento de que a consolidação da democracia apenas de-corre se os fundamentos económicos do país estiverem funcionais e se mantiver o crescimento económico positivo e sustentável, na prática verifica-se que o crescimento económico está for-temente dependente de um pequeno número de mega-projectos industriais, que têm pouco impacto sobre o interior rural. Nas zonas rurais as infra-estruturas de transporte e de energia são muito limitadas.

No decurso da implementação do presente Plano Estratégico a SA planifica articular-se com o governo e outros parceiros locais, de modo a consolidar um espaço de diálogo contínuo, aberto sobre questões económicas que afectam o bem - estar das comunidades locais. Especificamente, dado o facto de na província de Maputo funcionar um dos maiores mega-projectos, a Mozal, no decurso da implementação deste Plano Estratégico a SA se envolverá na mobilização de organi-zações que actuam na província de Maputo para a discussão sobre a renegociação dos contratos dos mega-projectos, juntamente com as outras organizações/fóruns que vem trabalhando nesta área. Por outro lado, fará análises e reflexões anuais sobre o impacto da responsabilidade social desta empresa junto das comunidades. Finalmente, através da pesquisa de modelos de desen-volvimento irá capacitar os pequenos produtores e identificar potenciais fontes de renda para as comunidades, a fim de dinamizar a economia local.

Social: embora o Governo tenha políticas e mecanismo de promoção do género, os estudos efectuados mostram a existência de lacunas e desafios na implementação desta componente na prática. Por outro lado, a despeito de haver o compromisso formal de expansão e implementação de uma educação de qualidade, no âmbito da promoção do desenvolvimento do país, a discus-são da efectividade desta intenção tem sido recorrente nos últimos anos.

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As principais linhas de orientação da SA na componente social estarão centradas na integração de género e dos jovens como assuntos transversais em todas as actividades implementadas, bem como na discussão activa de questões ligadas à qualidade de educação, dado o facto de a SA representar o MEPT ao nível da Província de Maputo.

Tecnológico: O acesso às tecnologias de comunicação e informação nos dias de hoje é crucial para a realização de transacções num país inserido no processo de globalização como o nosso. No período de 2006 a 2010, a Sociedade Aberta ofereceu equipamento de escritório (computa-dores, impressoras) para as plataformas de Namaacha, Marracuene, Magude e Moamba de modo a facilitar a sistematização de informação e sua comunicação com diversos actores/instituições. Com a implementação deste Plano Estratégico, a pretensão é de aprofundar e expandir o acesso aos TIC (computadores, internet, website, fax) às plataformas distritais da província de Maputo, num processo que será acompanhado pela criação de centros (escritórios) comunitários. Igual-mente, tomando como base a experiência iniciada em Namaacha e Moamba de uso de rádios comunitárias para a disseminação de informação local relevante sobre a prestação de serviços, desempenho dos serviços distritais, e disseminação dos direitos humanos, no geral, a SA vai ex-pandir esta iniciativa para os restantes distritos, consoante as condições locais existentes.

Ambiental: A preservação ambiental tem se tornado uma das componentes fundamentais do de-senvolvimento e consta das prioridades do governo moçambicano, integrada nas estratégias, e políticas, de desenvolvimento, bem como na legislação nacional. O governo também ratificou os protocolos e convenções relativamente ao aquecimento global, energias renováveis, etc. Neste âmbito, o programa quinquenal do governo 2010-2014 prevê em todos sectores e intervenções, acções de preservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais.

Do lado da sociedade civil, além de organizações singulares, existe o Fórum das Organizações que trabalham em prol da restauração e preservação ambiental, e tem privilegiado acções de sensibilização e consciencialização da sociedade. Durante a implementação deste Plano Estra-tégico a Sociedade Aberta pretende integrar a discussão de questões ambientais na articulação com as plataformas distritais, bem como participar activamente na rede das organizações que lidam com a defesa da saúde pública, saneamento do meio, bem como a promoção da preser-vação e restauração ambiental. Neste contexto, será indispensável a ligação com organizações/fóruns pro-ambientalistas, integrando a Livaningo, o Centro Terra Viva, a Justiça Ambiental, etc.

Legal: Moçambique tem vindo a ajustar a sua legislação à realidade e actualmente prevê a revisão da constituição de 2004. Mesmo assim, apesar de o quadro legal prever a igualdade de direitos e oportunidades para todos os cidadãos, e o país ser considerado como tendo uma legislação privilegiada, muito há por fazer de forma a tornar as leis abrangentes e efectivas, a começar pelo seu acesso e conhecimento pela maioria dos cidadãos.

Desde a sua criação a Sociedade Aberta tem divulgado os direitos dos cidadãos através de acti-vidades de sensibilização e formação, e no decurso deste ano divulgou guiões contemplando os direitos e deveres dos cidadãos. Durante a implementação deste Plano Estratégico, estas acções, em particular a produção de manuais em línguas locais, será uma forte aposta como forma de fa-cilitar o acesso aos direitos e deveres chave dos cidadãos ao nível das comunidades. Igualmente, a SA planifica envolver-se activamente nos processos da reforma da constituição e de discussão de outras leis relevantes para uma intervenção eficaz dos cidadãos e da Sociedade Civil na formu-lação, implementação e monitoria de políticas públicas.

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Análise dos actores/instituições envolvidos

Membros da sociedade aberta

A Sociedade Aberta é composta por 10 Membros, alguns dos quais são os fundadores e outros novos que foram eleitos recentemente e integrados na última assembleia-geral, realizada em Dezembro de 2011.

Análise das parcerias

Organização Relação Caracterização

TROCAIRE Parceiro/doador Implementação conjunta do Projecto: Aumento da participação da sociedade civil no processo de desenvolvimento distrital descentralizadoReforço da capacidade técnica e institucional da SA

União Europeia Doador Apoio para participação da sociedade civil na governaçãoAcções pró direitos humanos e democraciaReforço da capacidade técnica e institucional da SA

CESC Parceiro Apoio na criação e estabelecimento jurídico-legal do CESC

Actionaid Moçambique Parceiro/doador Fortalecimento da sociedade civil para participação nos espaços de tomada de decisão e no ciclo de planificação públicaAdvocacia para gestão transparente dos fundos públicos com enfoque no FDDReforço da capacidade técnica e institucional da SA

MEPT Parceiro Ponto focal a nível da província de MaputoSemana de acção e educação para todosFortalecimento dos conselhos de escolaCampanha de distribuição do livro gratuito

G20 Parceiro Hospedagem do G20 a nível provincialElaboração do relatório anual da pobreza e outros documentos de posição da sociedade civilRecolha de informação a nível da baseMonitoria da implementação das políticas públicas

Plataformas Distritais (Moamba, Magude, Marracuene, Namaacha, Boane, Manhiça, Matola, Matu-tuíne)

Parceiro Participação conjunta nos Conselhos Consultivos Distritais, na elaboração da agenda comunitária e no Observatório de Desenvolvimento Provincial. Reforço das capacidades das plataformas para uma partici-pação activa nos espaços de diálogo e de tomada de decisão.

Governos Provincial e distritais (Marracuene, Moamba, Namaacha e Magude)

Parceiro Apresentação de documentos de posicionamento no Obser-vatório Provincial de Desenvolvimento;Capacitação dos Conselhos Consultivos e da Equipa Técnica Distrital;Submissão de agendas comunitárias de desenvolvimento;

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Academia • Comunidade • Acção | Sociedade Aberta

A partir do quadro acima pode se notar que a SA desenvolve parcerias com outras organizações da sociedade civil, nacionais e internacionais, incluindo redes nacionais, bem como com o Gover-no.

Outras organizações da sociedade civil que actuam na Província de Maputo

• AMOPROC

• KUWUKA

• AMOPED

• MCT

• ACREMO

• GTO

• Cooperação Espanhola

• CCS Itália

• FBO

• ACAMO

• Rede da criança

• Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz

A SA já teve a oportunidade de trabalhar em acções de monitoria/advocacia de curto prazo com a AMOPROC, GTO, KUWUKA, AMOPED e Cooperação Espanhola. No quadro da implementação deste Plano Estratégico, irá intensificar a actuação conjunta com estas organizações, principal-mente nos trabalhos em rede, em função das suas áreas de trabalho.

Análise dos StakeholdersSão considerados stakeholders na implementação do Plano Estratégico os seguintes actores:

• Governos Distritais, Provincial e Central

• Conselhos Consultivos

• Assembleia Provincial

• Assembleias Municipais

• Conselhos Municipais

• Autoridades Locais

• Sector privado

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• Comunidades da Província de Maputo

• Organizações da Sociedade Civil (incluindo associações de jovens e mulheres)

• Sociedade em geral

Análise de riscos

Factor de risco Nível de risco Estratégia de mitigação

Financeiro Alto• Identificar novos doadores e estabelecer novas parcerias• Definir mecanismos internos de geração de renda envolvendo os membros

Governação interna Médio

• Racionalizar os papéis e mandatos dos diferentes órgãos governativos• Continuar a investir na construção de capacidades técnica e institucional

Imagem Pública AltoDesenhar e implementar uma estratégia de comunicação e de disseminação de informação.

Interferência políticaMédio

• Clarificar o papel de agente impulsionador do desenvolvi-mento e defensor de direitos humanos;• Fortalecer a ligação com o grupo alvo/comunidade, como sendo a sua base de apoio central;• Reforçar a sua participação no trabalho em rede/networking; • Reforçar o seu papel de investigação.

Áreas temáticas chave

Objectivo Estratégico

Comunidades da província de Maputo participando activamente na geração de riqueza e gestão dos recursos públicos

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Pilares Estratégicos e actividades chave

Cidadania activa e governação

Objectivo

• Fortalecer a participação do cidadão nos espaços de planificação pública (IPCCs e ODs);

• Promover o exercício pleno de cidadania através da livre expressão de ideias e fiscaliza-ção do desempenho dos governantes;

• Garantir o livre e fácil acesso à informação acerca das actividades dos governantes;

Programa de Actividade

• Criação de centros comunitários e uma escola aberta de governação para a SC na provín-cia de Maputo;

• Criação de caixas de reclamação paralelas nos principais serviços públicos e sondagens de opinião;

• Desenvolvimento de um programa Abecedário de cidadania (que se vai ocupar também pela simplificação da informação dos documentos do governo);

• Criação do programa conversa com a Governadora e Presidentes dos municípios;

• Criação do programa de desenvolvimento e coordenação da actividade dos Media locais com grande alcance aos grupos vulneráveis (articulação entre os medias da província e criação de outros);

• Fortalecimento da capacidade técnica e institucional das plataformas distritais;

• Criação de jornais do povo;

Resultados

• Constrangimentos de participação da SC na actividade governativa identificadas e eliminadas;

• Sociedade civil com mecanismos fortes e operacionais de advocacia;

• Cidadãos da província de Maputo com plena consciência dos seus direitos e deveres inte-ragindo activamente com os governantes da província;

• Existência de mecanismos e espaços funcionais de prestação efectiva de contas dos go-vernantes ao cidadão local.

• Actividade dos Media locais desenvolvida, mais vibrante e enfocada aos problemas prio-ritários do cidadão da província.

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Renda Comunitária

Objectivos

• Fomentar o desenvolvimento da actividade produtiva a partir da exploração da cadeia de valor;

• Prestar assistência técnica ao pequeno produtor local colocando ao seu dispor o conheci-mento científico das academias;

Programa de Actividade

• Criação do programa de empoderamento económico da população local;

• Criação do programa de Comunidade, ciência e produção;

Resultados

• Pequenas agro-indústrias geridas pelas famílias locais;

• Fortes redes locais de comercialização;

• Pequenos produtores locais do sector familiar dispondo do conhecimento científico atra-vés de maior ligação com as universidades e centros de investigação;

Desenvolvimento Institucional

Objectivos

• Garantir a sustentabilidade do funcionamento da SA;

• Desenvolver os Recursos Humanos;

• Munir a SA de Infra-estruturas e equipamentos para um funcionamento efectivo nos pró-ximos 4 anos;

• Cobrir as despesas administrativas e de funcionamento;

Programa Actividades

• Fundraising junto aos potenciais doadores;

• Consultoria desenvolvida por membros da SA;

• Actividades do Grupo de assessoria interna do SA;

• Formação de quadros internos; estágios e troca de experiencia;

• Mobilizar e financiar despesas administrativas de SA.

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Academia • Comunidade • Acção | Sociedade Aberta

Resultados

• Mobilizados recursos e criadas fontes de geração de renda para o financiamento dos pro-gramas da SA;

• Economizados recursos através da utilização do corpo técnico de experts da SA (Assesso-ria interna);

• Quadros altamente formados e profissionalizados servindo os programas da SA e à Co-munidade;

• Construída uma sede de trabalho permanente da SA;

• Garantido o salário para o staff efectivo e dos programas da SA;

• Garantido um fundo para despesas administrativas de funcionamento da SA.

Recursos, Monitoria e sustentabilidade

Recursos humanos e materiais

A SA irá manter uma equipa que assegura a implementação das actividades e programas s pro-jectos em curso no campo e irá recrutar um corpo de pessoal de experts que irá assegurar o funcionamento do Conselho técnico. Será feito um investimento na retenção do pessoal através de políticas e incentivos, que incluem formações e visitas de troca de experiências em questões ligadas à boa governação e renda comunitária.

Por outro lado, haverá a necessidade de reforçar a actual quantidade de infra-estruturas, equipa-mentos e meios circulantes para que haja uma implementação efectiva das actividades ao nível de todos os Distritos da Província de Maputo.

Monitoria e avaliação

Os gestores de áreas programáticas desempenharão papel central na recolha de dados referen-tes à implementação de programas, os quais serão canalizados para o Conselho técnico para sistematização e divulgação através do website, revista trimestral e Papers. Também serão rea-lizados encontros trimestrais de monitoria junto das plataformas, e membros das comunidades locais, os quais permitirão medir as percepções em relação ao desempenho dos programas e dos gestores da SA. Serão usados como fontes de informação para captar as mudanças locais os arquivos comunitários, que incluirão os jornais do povo. Estes mecanismos permitirão a medi-ção do impacto das principais intervenções, avaliar os resultados alcançados, corrigir as lacunas atempadamente e garantir a prossecução dos objectivos traçados. Ao mesmo tempo irá facilitar e melhorar a sistematização de boas práticas.

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Sociedade Aberta | Academia • Comunidade • Acção

Sustentabilidade organizacional

A sustentabilidade da SA irá depender dos seguintes elementos chave:

• Efectividade da actuação de organizações da sociedade civil principalmente nas questões ligadas à governação democrática.

• Institucionalização da parceria com o Governo a todos os níveis;

• Melhor ligação com o grupo alvo, culminando com a identificação e operacionalização de uma matriz de responsabilidades;

• Eficácia dos mecanismos de governação interna, que incluem o funcionamento pleno dos órgãos sociais e executivos, o cumprimento dos estatutos e o trabalho em equipa.

• Mobilização de recursos necessários para a implementação das actividades estratégicas, incluindo a sua gestão adequada e transparente.

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Quadro Lógico.

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Pilar Estratégico objectivo Outcome Indicadores Programa/actividade

Período de implemen-

tação

Orçamento tentative

(USD)

Cidadania active

Fortalecer a participação do ci-dadão nos espaços de planificação publica (IPCCs, ODs e CCDs;

Constrangimentos de participação da SC na actividade governativa identificadas e eliminadas; So-ciedade civil com mecanismos fortes e operacionais de advocacia

# de OSC e grupos vulneráveis com agendas claras desenvolvendo acções activas de influencia de PP nos fóruns de planificação publica;

# de encontros realizados entre a SC e governo para accountability em assuntos de interesse publico

Criação de centros comunitários e uma escola aberta de governação para a SC na província de Maputo

2011-2014 300.000

Promover o exercício pleno de cidadania através da livre expressão de ideias e fiscalização do desempenho dos governantes da província

Cidadãos da província de Maputo com plena consciência dos seus direitos e de-veres interagindo activamente com os governantes da província;

Existência de mecanismos e espaços funcionais de prestação efectiva de contas dos governantes ao cidadão local.

# participação activa do cidadão nos medias emitindo a sua avaliação acerca da qualidade serviços públicos;

# mecanismos de disponibilização e circulação de informação acerca da actividade governativa na província;# de posiciona-mentos públicos do cidadão divulgados a partir das OSC

Criar caixas de reclamação paralela nos principais serviços públicos e sondagens de opinião; Desen-volver um programa Abecedário de cidadania (que se vai ocupar também pela simplificação da informação dos documentos do governo);

Criação do programa conversa com a Governadora e Presidentes dos municípios

2012-2014 200.000

Garantir o livre e fácil acesso informação acerca das actividades dos governantes

Actividade dos medias locais desenvolvida e mais vibrante e enfocada aos prob-lemas de interesse do cidadão da província

# e diversidade de medias que ac-tuam na província;

# grau de abrangência e coordenação dos medias locais

Programa de desenvolvimento e coordenação da actividade dos medias locais com grande alcance aos grupos vulneráveis( articu-lação entre os medias da província e criação de outros;

Criação de jornais do povo);

2012-2014 150.000

Anexo: Quadro lógico

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Academia • Comunidade • Acção | Sociedade Aberta

Pilar Estratégico objectivo Outcome Indicadores Programa/actividade

Período de implemen-

tação

Orçamento tentative

(USD)

Renda Co-munitária

Fomentar o desenvolvimento da actividade produtiva a partir do fortalecimento da produção famil-iar e exploração da cadeia de valor

Pequenas agro-indústrias geridas pelas famílias camponesas;

Fortes redes locais de comerciali-zação;

# grau de crescimento da ac-tividade produtiva do sector familiar na região;

# nível de coordenação entre o sector agrário e outros serviços complementares

Programa: empoderamento económico da população local

2012-2014 300.000

Prestar assistên-cia técnica ao pequeno produtor local colocando ao seu dispor o conhecimento científico

Pequenos produtores locais de sector familiar dispondo do conhecimento científico através de maior ligação com as universi-dades e centros de investigação cientifica

# de escolas e centros de pes-quisas desenvolv-endo pesquisas na região;

Estratégias e téc-nica de produção, processamento e comercialização inovadoras usadas pelos produtores locais em resulta-do do seu contacto com as academias e centros de inves-tigação cientifica

Programa: Comunidade, ciência e produção

2012-2014 200.000

Desen-volvimento Institu-cional

Garantir a sustentabilidade do funcionamento da SA

Mobilizados recursos e criadas fontes de geração de renda para a financiamento dos programas da SA;

Economizados recursos através da utilização do corpo técnico de experts membros da SA ( Assessoria interna)

# Parceiros e mem-bros que financiam as actividades da SA;

# de fontes de geração de renda criadas pela SA;

# de recursos economizados pela utilização de quad-ros internos a SA

Actividades de fundraising junto aos potenciais doadores;

Actividades de consultoria desen-volvida por membros da SA;

Actividades do Grupo de asses-soria interna do SA

2011-2014 200.000

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Sociedade Aberta | Academia • Comunidade • Acção

Pilar Estratégico objectivo Outcome Indicadores Programa/actividade

Período de implemen-

tação

Orçamento tentativo

(USD)

Desen-volvimento Institu-cional

Desenvolvimento de Recursos Hu-manos

Quadros altamente formados e profissionaliza-dos servindo os programas da SA e a Comunidade

# de quadros com ensino superior trabalhando nos programas da SA e nas comunidades

Actividades de formação de quadros internos; estágios e troca de experiencia

2011-2014 50.000

Infra-estrutura e equipamento

Construída uma sede de trabalho permanente da SA

# Edifício proprie-dade da SA;

# equipamento de trabalho dos membros da SA

Fund raising e desenvolver activi-dades de geração de renda

2011-2014 200.000

Despesas admin-istrativas e de funcionamento

Garantido o salário para o staff efectivo e dos programas da SA;

Garantido um fun-do para despesas administrativas de funcionamento da SA

# Existência de acordos com os doadores que asseguram os salários e despesas administrativas

Mobilizar e financiar despesas administrativas de SA

2011-2014 1.200.000

Custo Total 2.800.000

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