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ANGOLA HAMSET PROJECT ANGOLA HAMSET PROJECT

PLANO DE GESTO DE RESDUOS HOSPIITALARES PLANO DE GESTO DE RES DUOS HOSP TALARESEM ANGOLA

CONSULTOR : ENGENHEIRO ADRITO DE CASTRO VIDE LUANDA NOVEMBRO DE 2004 Incorporado em Outubro de 2009 o Anexo 1:Sade: Enquadramento para avaliao ambiental e social

Projecto de Reforo dos Servios Municipais de

Angola Hamset Project Plano Estratgico de Gesto de Resduos Hospitalares

INDICE

Lista de Siglas e Abreviaturas Lista de Tabelas Lista de Figuras Resumo Executivo 1. Introduo 2. Apresentao do Pas 2.1. Dados Geogrficos e Diviso Administrativa 2.2. Dados Demogrficos e Indicadores de Sade 2.2.1. Distribuio da Populao e Evoluo 2.2.2. Indicadores de Sade 2.3. Esquema Poltico - Legal 2.3.1. Polticas de Sade e Ambientais 2.3.2. Organizao do Sistema de Sade 2.3.3. Distribuio das Unidades de sade 3. A Gesto dos Resduos hospitalares em Angola: Diagnstico da Situao 3.1. Prticas existentes 3.2. Breve anlise SWOT 3.2.1. Vector A - Pontos Fortes 3.2.2. Vector B Pontos Fracos 3.2.3. Vector C Oportunidades 3.2.4. Vector D Ameaas 3.2.5. Anlise cruzada 3.2.6. Concluso 3.3. Estimativa da Produo de Resduos Hospitalares 4. Estratgia para a Implementao do Plano de Gesto de Resduos Hospitalares 4.1. Objectivo estratgico 1 : Reforar o Quadro Institucional, Legislativo e Regulamentar 4.1.1. Introduo 4.1.2. Acordos Internacionais, Legislao e Princpios Subjacentes 4.1.3. Medidas Legais 4.1.4. Documento de Poltica e Directivas Tcnicas 4.1.5. Aces Previstas 4.2. Objectivo estratgico 2 : Organizar e Gerir 4.2.1. Introduo 4.2.2. Fases de Implementao de um Plano de Gesto de Resduos Hospitalares 4.2.3. Aces Previstas 4.3. Objectivo Estratgico 3 : Instalar e Equipar 4.3.1. Introduo 4.3.2. Recolha. Transporte e Armazenagem Intermdia 4.3.3. Eliminao 4.3.3.1. Quadro Comparativo de Tecnologias Disponveis 4.3.3.2. Anlise de Cenrios Tecnolgicos e de Gesto

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4.3.3.3. Sugesto de solues 4.3.3.4. Estimativa do saldo anual existente entre a produo e a capacidade instalada de resduos hospitalares em Angola 4.3.4. Aces Previstas 4.4. Objectivo Estratgico 4 :Formar 4.4.1. Introduo 4.4.2. Plano de Formao 4.4.3. Curso de Formao de Formadores 4.4.4. Curso 1 Curso de Formao sobre Organizao e Gesto de Resduos hospitalares nas Unidades de sade 4.4.5. Curso 2 Curso de Formao para Tcnicos de Manuteno e de Servios de Recolha e Limpeza 4.4.6. Curso 3 - Curso de Formao para Pessoal Tcnico da Sade 4.4.7. Curso 4 - Curso de Formao para Agentes de Instalaes Incineradoras e Aterros Sanitrios 4.4.8. Aces a realizar 4.4.9. Quantificao das Aces de Formao 4.4.10. Metodologia da Formao - Quadro 4.5. Objectivo Estratgico 5 :Sensibilizar e Consciencializar a Populao 4.5.1. Introduo 4.5.2. Sensibilizao do Pessoal do Sector da Sade e Aces Previstas 4.5.3. Sensibilizao dos Jovens em Idade Escolar e Aces Previstas 4.5.4. Sensibilizao da Populao em Geral e Aces Previstas Quadro Lgico do Plano de Aco Execuo do Plano de Aco 6.1. Actividades Detalhadas do Plano de Aco 6.1.1. Arranque 6.1.2. Execuo 6.1.3. Avaliao 6.2. A fase Ps-Projecto 6.3. Os Principais Actores e Regras de Actuao 6.3.1. Principiais Actores e Regras de Actuao 6.3.2. Quadro-Resumo de Partenariado 6.4. Cronograma do Plano de Aco Avaliao das Necessidades e Estimativa Oramental 7.1. Avaliao das Necessidades 7.2. Estimativa Oramental 7.3. Plano de Financiamento Concluses

Anexos Anexo I Enquadramento para avaliao ambiental e social dentro do Projecto de reforo dos servios municipais de sade Anexo A-1: Avaliao da Aquisio de Terrenos para a Construo de habitaoes; Anexo A-2: MHSS ESMF- Condies gerais da gesto ambiental para contratos de construo Anexo II - Relatrio de Misso

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Anexo III - Lista de Personalidades Contactadas Anexo IV - Bibliografia e Documentao Consultada Anexo V - Endereos Electrnicos com Interesse Relevante Anexo VI - Termos de Referncia do Estudo

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BM Banco Mundial UNICEF Fundo das Naes Unidas para as Crianas OMS Organizao Mundial de Sade BAD Banco Africano do Desenvolvimento PNUA Programa das Naes Unidas para o Ambiente SCB Secretariado da Conveno de Bale US Unidade de Sade HIV Vrus de Imunodeficincia SIDA Sndrome de Imunodeficincia Adquirida ONG Organizao No Governamental MINARS - Ministrio da Reinsero Social PGRH Plano de Gesto de Resduos Hospitalares GRH Gesto de Resduos Hospitalares

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Indicadores Demogrficos Tabela 2: Estimativa populacional e taxa de crescimento (1950 a 2050). Populao em milhares, taxa em percentagem. Tabela 3: Estimativa da populao por idade e sexo para 2000 e para 2025. Populao em milhares Tabela 4 : Indicadores de Sade Tabela 5: Fora de Trabalho Nacional Tabela 6: Distribuio das Unidades de Sade em Angola Tabela 7: Quadro diagnstico das Unidades de Sade Visitadas Tabela 8: Estimativa de Produo de Resduos hospitalares em Angola Tabela 9: Smbolos e Cdigo de Cores Tabela 10: Quadro Comparativo das Tecnologias de Eliminao Disponveis Tabela 11: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenrios Tecnolgicos Tabela 12: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenrios de Gesto Tabela 13: Estimativa de Produo Anual Tabela 14: Quadro Lgico do Plano de Aco Tabela 15: Quadro resumo de Partenariado Tabela 16: Cronograma do Plano de Aco Tabela 17: Estimativa Oramental Tabela 18: Clculo dos Oramentos Tabela 19: Plano de Financiamento

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Pirmide Etria Ano 2000 Figura 2: Pirmide Etria Previses para o ano de 2025 Figura 3 : Organigrama do Ministrio da Sade Figura 4: Balde dos resduos em plstico Figura 5:Foto Balde dos resduos em alumnio Figura 6:Foto de caixa de resduos em carto Figura 7:Foto carrinho tratamentos Figura 8:Resduos colocados no cho Figura 9:Pessoal de limpeza Figura 10:Recipiente para triagem de agulhas Figura 11:Recipiente para triagem de agulhas Figura 12:Recipiente para triagem de agulhas Figura 13:Recipiente para triagem de agulhas Figura 14:Recipiente para triagem de agulhas Figura 15:Local de armazenagem intermdia Figura 16:Local de armazenagem intermdia Figura 17:Local de armazenagem intermdia Figura 18:Local de armazenagem intermdia Figura 19:Local de armazenagem intermdia Figura 20:Suporte rodado para transporte de resduos (Hospital Josina-Machel) Figura 21:Depsito de resduos ao ar livre Figura 22:Depsito de resduos ao ar livre Figura 23:Depsito de resduos ao ar livre Figura 24: Depsito de resduos ao ar livre Figura 25: Local de armazenagem fechado (Hospital Peditrico David Bernardino)

Figura 26: Local de armazenagem fechado (Clinica Sagrada Esperana) Figura 27: Lixeira pblica nas traseiras da USFigura 28: Queima ao ar livre nas traseiras da US (Posto Sade Tchioco) Figura 29: Instalao Incineradora da RECOLIX (Provncia de Luanda) Figura 30: Incineradora numa US (Hospital Central de Cabinda) Figura 31:Lavandaria Figura 32:Lavandaria Figura 33: Degradao das Infraestruturas Figura 34: Degradao das Infraestruturas Figura 35: Ilustrao dos Equipamentos de Proteco Individual necessrios ao manuseamento dos Resduos hospitalares por parte de pessoal de limpeza e varredores Figura 36: Organigrama da formao

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RESUMO EXECUTIVO A Repblica de Angola situa-se na regio ocidental da frica Austral, ocupando uma superfcie de 1.246.700 km2 sendo pois, o terceiro pas mais extenso da frica Subsaariana. A distribuio administrativa de Angola integra 18 Provncias : Bengo, Benguela, Bi, Cabinda, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huila, Luanda, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Moxico, Namibe, Uige e Zaire. As cidades mais populosas so Luanda, Benguela, Lobito, Huambo e Lubango. Estima-se que a populao da Repblica de Angola em 2004 seja de 10.978.552 habitantes1, apresentando uma taxa de crescimento populacional de 1,93%, pelo que as previses para 2025 apontam para um aumento da populao para 14.473 habitantes. As principais causas de morbi-mortalidade em Angola so a malria, as doenas diarreicas agudas e as doenas respiratrias agudas. Nos ltimos anos o HIV/SIDA tm ganho cada vez maior relevncia no quadro de morbi-mortalidade de Angola. Dados estatsticos revelam que a nvel mundial a contaminao do vrus do HIV/SIDA por via de manipulao dos resduos hospitalares contaminados representa actualmente perto de 0,2%. Este meio de contaminao constitui um problema de sade pblica e uma preocupao ambiental para o governo na luta contra a HIV/SIDA. Os resduos hospitalares constituem um factor importante para a degradao do meio ambiental, um factor de risco significativo para a sade das populaes. O seu condicionamento e eliminao devem por isso constituir uma preocupao dos governos e uma ateno especial por todas as entidades dos pases e por toda a populao. Em Angola, os resduos hospitalares contaminados e o seu manuseamento, armazenamento e eliminao levantam srias preocupaes ambientais e sociais, colocando um real problema de sade pblica . urgente a necessidade de uma avaliao da gesto e eliminao dos resduos hospitalares, com enfoque especial na segurana de resduos infectados pelo HIV/SIDA e por outras doenas transmissveis , nomeadamente a tuberculose. Uma correcta Gesto dos Resduos Hospitalares inclui aspectos ligados definio de polticas e legislao, aos recursos humanos, afectao de recursos financeiros e formao e consciencializao das pessoas envolvidas e da populao em geral no que se relaciona com as doenas infecciosas (como a HIV/SIDA), outras doenas transmissveis (como a tuberculose) e endmicas (como a malria). A estimativa da produo total de resduos hospitalares em Angola de cerca de 5.495.951 Kg/ano, dos quais 20% a 30% representam resduos hospitalares contaminados, ou seja cerca de 1.373.988 Kg/ano. A Gesto dos Resduos Hospitalares em Angola revela uma generalizada deficincia no s ao nvel de prticas mas tambm ao nvel de infra-estruturas.1

U.S. Census Bureau, International Data Base, September 2004 version

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Os resduos hospitalares raramente sofrem triagem na fonte, sendo que, quando levada a cabo esta refere-se apenas aos cortantes e s peas anatmicas de elevado porte resultantes de cirurgias. A pr-recolha e a recolha dos resduos (resduos domsticos e outros incluindo resduos hospitalares contaminados) geralmente efectuada por meio de caixotes de lixo de plstico, com ou sem saco, por meio de caixas de carto ou algumas vezes por meio de caixotes de alumnio munidos ou no de tampa, nos servios. Todos os equipamentos de recolha recebem, sem distino, restos alimentares, embalagens de medicamentos, compressas e pensos dos tratamentos, sistemas de soro e sangue, garrafas de soro, seringas, agulhas, etc. Os resduos hospitalares so removidos e transportados por empregadas de limpeza, recorrendo por vezes ao uso de suportes rodados. No entanto na maioria das vezes, visto no existirem sacos para pr-recolha e recolha dos resduos, os caixotes do lixo so transportados e vazados em contentores, aps o que so lavados ou limpos com panos hmidos. Estes contentores permanecem depois armazenados em salas no especficas ou nos ptios das unidades de sade. Na maior parte da unidades de sade os resduos so colocados em contentores pblicos ao ar livre ou mesmo em lixeiras nas traseiras das unidades de sade, no ensacados, de fcil acesso a pessoas e animais e expostos s condies climatricas. De realar que dados os elevados nveis de pobreza existentes frequente encontrar pessoas remexendo nestes locais. Na Provncia de Luanda os resduos hospitalares seguem duas vias de eliminao distintas. Os resduos que so recolhidos por uma empresa privada (RECOLIX) so encaminhados para incinerao, em instalaes pertencentes empresa. Os resduos que so depositados nos contentores pblicos ou em lixeiras nas traseiras das unidades de sade so recolhidos pela empresa ,ELISAL, e encaminhados para o aterro. Face anlise das prticas de Gesto do Resduos Hospitalares, foram identificados alguns factores crticos, sendo estes factores considerados decisivos para o sucesso de qualquer interveno no sector do resduos hospitalares. Assim foram identificados factores crticos ao nvel da Organizao e Gesto, dos Recursos Humanos, do Quadro Legislativo, da Sensibilizao e Formao e de Questes Financeiras de Investimento. Com base nestes factores crticos definido um plano de aco, orientado sobre cinco objectivos estratgicos: Objectivo Estratgico 1: Reforar o Quadro Institucional, Legislativo e Regulamentar; Objectivo Estratgico 2: Organizar e Gerir; Objectivo Estratgico 3: Instalar e Equipar; Objectivo Estratgico 4: Formar; Objectivo Estratgico 5: Sensibilizar e Consciencializar a Populao. Legislao nacional o ponto de partida para melhorar e implementar prticas relacionadas com a Gesto de Resduos Hospitalares em qualquer pas. A legislao estabelece controlos legais e licenas para que a entidade responsvel, normalmente o Ministrio da Sade, assuma a sua implementao. Para levar a cabo o objectivo estratgico 1 esto previstas as seguintes aces: Constituio de um grupo de trabalho a nvel central para elaborao de Legislao e Regulamentos; Elaborao pelo grupo de trabalho de Legislao e Regulamentos e fazer aprovar a Legislao e Regulamentos. A organizao, o planeamento, a gesto e a utilizao de informaes de apoio aos dirigentes e responsveis destas reas devidamente processadas, so actividades e procedimentos muito

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importantes para melhorar a qualidade dos servios prestados, para aumentar a produtividade e melhorar os resultados em termos de impactos dos resduos na vida das populaes. O objectivo estratgico 2 consiste exactamente em proporcionar condies para que no Pas exista uma melhor qualidade nos servios de organizao e gesto dos resduos hospitalares. Unidades de sade que geram resduos hospitalares devem estabelecer um sistema baseado nos recursos mais adequados com vista a conseguir uma gesto de resduos segura e amiga do ambiente. O sistema deve comear com medidas bsicas e depois ser progressivamente aperfeioado. Os primeiros passos abarcam a separao e o manuseamento seguro, tratamento e eliminao final dos resduos. Algumas actividades importantes a realizar so: Alocao de recursos humanos e financeiros Minimizao de resduos, incluindo poltica de compras e prticas de gesto de stocks Atribuio de responsabilidades no que respeita gesto de resduos Separao dos resduos em categorias existentes de resduos perigosos e gerais. Implementao das opes de manuseamento seguro, armazenamento, acondicionamento, transporte, tratamento e eliminao Monitorizao da produo de resduos e seu destino O objectivo estratgico 2 ser levado a cabo atravs das seguintes actividades : Seminrio Nacional de arranque do projecto com a participao de entidades directamente ligadas aos sector dos resduos hospitalares, pblicas e privadas, entidades a nvel central e a nvel provincial. Seminrio Nacional anual de avaliao das solues desenvolvidas por cada unidade de sade e de novas proposta para refinamento do Plano de Gesto de Resduos Hospitalares, com a participao de entidades directamente ligadas aos sector dos resduos hospitalares, pblicas e privadas, entidades a nvel central e a nvel provincial. Projecto de Assistncia Tcnica junto do Ministrio da Sade de apoio organizao do Plano de Gesto de Resduos Hospitalares. Apoio elaborao de oramentos anuais junto das unidades de sade que contemple o sector dos resduos hospitalares. Actividades de fiscalizao, acompanhamento e avaliao do Plano de Gesto de Resduos Hospitalares. Apoio na recolha, processamento e armazenamento de dados estatsticos obtidos nas unidades de sade. Para que se possam desenvolver as actividades que consolidam um Plano de Gesto de Resduos Hospitalares foroso que existam procedimentos e equipamentos, que faam a recolha, tratamento, transporte e eliminao dos resduos nas melhores condies possveis. Sem instalaes e sem equipamentos no so possveis quaisquer intervenes nas unidades de sade no mbito dos resduos hospitalares. O objectivo estratgico 3 consiste na anlise das tecnologias disponveis e dos diversos cenrios tecnolgicos e de gesto ,de forma a dotar o pas das melhores condies de tratamento e eliminao dos resduos hospitalares. As aces para concretizar este objectivo estratgico so: Estudo alargado a todas as Provncias sobre solues adequadas e sua quantificao, uma vez que o levantamento j realizado s contemplou cinco Provncias Procedimentos administrativos relacionados com o concurso para aquisio de equipamentos (abertura de concurso, procurement, seleco, fiscalizao) Reunies prvias com as unidades de sade para anlise da situao e entrega dos equipamentos

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Distribuio de material e equipamentos Construo ou reabilitao das parte de infra-estruturas directamente ligadas ao armazenamento e tratamento de resduos hospitalares As solues sugeridas ao nvel dos equipamentos so: Dotar as US de Baldes (1/Centro;10/hospital), Carrinhos (1/centro;4/hospital), Contentores de cortantes, Equipamento de proteco e Equipamento para armazenamento; Proceder Reabilitao das US necessrias; Dotar cada Provncia com uma autoclave para esterilizao; Dotar cada Provncia com uma instalao incineradora de dupla-cmara e cada Municpio com uma incineradora tipo Monffort; Dotar as US de fossas cpticas (1/Centro;1/hospital) Dotar as US com destruidores de cortantes (1/Centro;1/hospital) Para a Provncia de Luanda, a sugesto sugerida passar por melhorar o funcionamento da incineradora existente, completando-a com um autoclave e analisar as hipteses de trabalho conjunto da empresa RECOLIX com os municpios e as US. O investimento na formao dos cidados uma condio indispensvel do desenvolvimento. Para alm do funcionamento regular dos programas formais de ensino aos diversos nveis (primrio, secundrio e superior), constata-se a necessidade de atender tambm s necessidades em formao, reciclagem e de actualizao ao longo da vida, de muitos profissionais, nomeadamente dos profissionais directamente ligados a toda a fileira dos resduos hospitalares. O plano de formao proposto ir contemplar vrios cursos com vrios formatos: A nvel central ser realizado um Curso de Formao de Formadores. A nvel de cada Provncia so propostos os seguintes cursos: Curso de Formao sobre Organizao e Gesto de Resduos Hospitalares nas unidades de sade; Curso de Formao para tcnicos de manuteno e de servios de recolha e limpeza; Cursos de formao para pessoal tcnico da sade (mdicos, enfermeiros e pessoal auxiliar); Cursos de Formao para agentes de instalaes incineradoras e aterros sanitrios. Se as pessoas no estiverem sensibilizadas e conscientes da importncia dos projectos no mbito dos resduos hospitalares, no se alcanam resultados e no se obtm impactos positivos. A populao em geral, os jovens e os agentes que directamente lidam com as questes da sade precisam de estar fortemente sensibilizados para que o sucesso deste programa seja uma realidade. Para isso necessrio que a mensagem sobre a problemtica dos resduos hospitalares passe para a populao. O pblico-alvo das aces de sensibilizao est dividido em trs grupos com exigncias de informao diferentes e consequentemente com aces diferentes: populao em geral, jovens em idade escolar e o pessoal do sector da sade. No mbito de todo o projecto ser realizada uma avaliao externa que ter trs momentos distintos: na fase inicial, a meio do programa e na fase final. A execuo deste plano s ser verdadeiramente eficaz se houver uma colaborao continua e pr-activa de vrias entidades e agentes que esto directamente ligados problemtica dos resduos hospitalares. As sinergias criadas pelo trabalho em conjunto permite encarar com mais

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optimismo este grande problema angolano. Os principais actores envolvidos so o Governo Central, o Ministrio da Sade, o Ministrio da Educao, Ministrio das Obras Pblicas, os Governos Provinciais e Municpios, as Unidades de sade Pblicas e Privadas, as ONG, Organizaes comunitrias, Organizaes de carcter religioso, os Media, os Parceiros ao desenvolvimento (BM, UNICEF, OMS, BAD, Cooperao bilateral, etc.), o PNUA e a OMS. A avaliao das necessidades conduziu estimativa de um oramento de 7.487.344 $USD de acordo com o seguinte plano de financiamento: 529.609 $USD no Ano 1, 1.312.609 $USD no Ano 2, 4.021.993 $USD no Ano 3, 1.213.267 $USD no Ano 4 e 409.934$USD no Ano 5. A quantificao das necessidades apresentadas correspondem a uma plataforma mnima para a melhoria da Gesto de Resduos Hospitalares, onde se tentou conciliar solues adaptadas que garantissem uma eliminao dos resduos com impactos ambientais controlados e com investimentos razoveis. As propostas apresentadas ficam muito aqum da cobertura das necessidades, quer em termos de quantidade, quer em termos de qualidade. No entanto realamos a postura da razoabilidade que sempre nos orientou. A capacidade de incinerao anual do equipamento proposto est estimada em 3.887.250kg. No entanto este valor ainda insuficiente porque a estimativa de produo anual situa-se em 5.495.951kg, continuando a haver um dficit de 1.608.701kg de resduos sem qualquer tratamento ou eliminao aps a concluso do projecto. Numa segunda fase de implementao do Plano de Gesto de Resduos Hospitalares haver oportunidade de instalar unidades de processamento e eliminao de resduos mais amigas do ambiente., bem como de alargar estas iniciativas a um maior nmero de unidades de sade. O controlo de todos os resduos hospitalares em todo o pas dever ser atingido de uma forma faseada aproveitando-se as boas prticas adquiridas ao longo do tempo. Assim quer os investimentos quer a componente material de cada fase do projecto so mais razoveis podendo-se obter uma melhor relao custo/benefcio e impactos sociais e ambientais muito mais evidentes. O presente documento contm em anexo a descrio do Projecto de Reforo dos Servios Municipais de Sade e o seu enquadramento para avaliao ambiental e social.

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1. INTRODUOOs resduos hospitalares constituem um factor importante para a degradao do meio ambiental, um factor de risco significativo para a sade, colocando em causa a qualidade de vida das populaes. O seu condicionamento e eliminao devem por isso constituir uma preocupao dos governos e uma ateno especial por todas as entidades dos pases e por toda a populao. Em muitos pases a manipulao imprpria dos materiais contaminados pelo HIV/SIDA implica graves consequncias junto dos diferentes intervenientes na rea da sade, nomeadamente no pessoal que trabalha nas unidades de sade, nos municpios, suas famlias, e junto da populao (em especial as crianas de rua) que procuram materiais para reciclar nos aterros e nas lixeiras. Esta actividade ainda mais grave porquanto conduz ao aproveitamento e manipulao de resduos contaminados, agravando o risco ambiental e sanitrio. Dados estatsticos revelam que a nvel mundial a contaminao do vrus do HIV/SIDA por via deste tipo de manipulao, ou seja, dos resduos contaminados representa actualmente perto de 0,2%. Este problema constitui um problema de sade pblica e uma preocupao ambiental para o governo na luta contra a HIV/SIDA. neste contexto que se justifica o estudo no mbito do Projecto HAMSET para Angola. Em consequncia da prestao de servios de sade preventivos e curativos, geram-se quantidades significativas de resduos, compostos por cortantes (agulhas, seringas, bisturis, etc.), no cortantes (sangue e outros fluidos corporais infectados ou no, qumicos, frmacos) e equipamentos mdicos. Como resultado de uma deficiente gesto destes resduos hospitalares, os profissionais de sade, os profissionais de limpeza e manuteno, os utentes das unidades de sade e a comunidade em geral, correm riscos de infeco. A implementao de um bom Plano de Gesto de Resduos Hospitalares, resulta em comunidades mais saudveis com a consequente melhoria da qualidade de vida, reduo dos custos com cuidados de sade e criao de oportunidades de reciclagem. Uma correcta Gesto dos Resduos Hospitalares, inclui aspectos ligados definio de polticas e legislao, aos recursos humanos, afectao de recursos financeiros e formao e consciencializao das pessoas envolvidas e da populao em geral no que se relaciona com as doenas infecciosas (como o HIV/SIDA), outras doenas transmissveis (como a tuberculose) e endmicas (como a malria). O projecto Hamset para Angola inclui quatro componentes ligadas: (a) ao sector pblico (criao de capacidades estruturais , assim como apoio a linhas mestras destinadas reduo do impacto do SIDA, malria, tuberculose e hepatites nos utentes e na comunidade em geral);

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(b) ao Ministrio da Sade na preveno e controlo das epidemias do HIV/SIDA, malria,tuberculose e hepatites; (c) comunidade atravs de iniciativas comunitrias para fazer face aos desafios colocados pelas epidemias do HIV/SIDA, malria, tuberculose e hepatites; (d) e coordenao do projecto. O Projecto HAMSET, resultou de uma prvia avaliao da situao actual da Gesto dos Resduos Hospitalares em Angola, obtida com base em visitas e entrevistas no local,nos ministrios, nos governo provinciais, nas empresas e nas unidades de sade e que foram reveladoras, na sua generalidade, de que o actual sistema de gesto est obsoleto e desadequado. Em Angola e em todos os pases do mundo, os resduos hospitalares contaminados e o seu manuseamento, armazenamento e eliminao levanta srias preocupaes ambientais e sociais. urgente a necessidade de uma avaliao da gesto e eliminao dos resduos hospitalares, com enfoque especial na segurana de resduos contaminados pelo HIV/SIDA e de outras doenas transmissveis , assim como tuberculose e hepatites. O Projecto HAMSET inclui uma componente relacionada com o estudo e desenvolvimento de um Plano Nacional de Gesto de Resduos Hospitalares. Os principais objectivos desta componente so a identificao do sistema de gesto e a eliminao dos resduos hospitalares que seja mais adequado para Angola no aspecto ecolgico, tecnicamente exequvel, economicamente vivel e socialmente aceitvel, bem como a preparao de um enquadramento poltico e de um plano de aco a 5 anos (incluindo investimentos e actividades de formao) de modo a implementar o sistema. As principais fases desse estudo compreendem: a) a avaliao das polticas existentes e das prticas actuais; b) a avaliao das opes tecnolgicas, da sua implementao e do seu financiamento; c) a avaliao dos nveis de consciencializao dos profissionais de sade sobre os resduos hospitalares; d) a avaliao dos programas de formao existentes. Os resultados do estudo devem incluir: Enquadramento poltico/legal para regular e reforar as normas sobre os resduos hospitalares; Plano de investimento em tecnologias de eliminao de resduos; Necessidades de programas de formao e consciencializao para os profissionais de sade e pblico em geral; Consultas pblicas como metodologia corrente do estudo As actividades, que integram um vasto projecto como da preveno do HIV/SIDA e de outras doena transmissveis e endmicas, em particular, o dos resduos hospitalares exigem uma anlise rigorosa de todos os aspectos relacionados com esta importante valncia nos cuidados de sade, aspectos relacionados com as questes tecnolgicas e tcnicas de engenharia, relacionados com servios com caractersticas sociais e de grande impacto para a populao. Toda a assistncia tcnica prevista no mbito do referido projecto implica uma importante actividade de gesto, de fiscalizao e de acompanhamento. Estas actividades so vitais para que os resultados obtidos

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sejam positivos, assim como para que se obtenha uma maior eficincia dos investimentos aplicados. A insuficincia de polticas, de legislao, de estratgias, de sistemas de controlo e de avaliao para o manuseamento e eliminao dos resduos hospitalares em muitos pases em vias de desenvolvimento, esto relacionados com uma m gesto desses mesmos resduos. Em ultima anlise, uma gesto menos apropriada dos resduos hospitalares pode ter srias consequncias na sade pblica e no meio ambiente. Como resultado desta gesto deficiente os pacientes, os mdicos, o pessoal de apoio e a populao em geral esto a ser expostos cada vez mais a riscos de sade que podem e devem ser evitados. Um processo de planeamento de gesto de resduos hospitalares dentro dos estabelecimentos de sade, ir reduzir significativamente os impactos dos resduos hospitalares. Este planeamento implica aspectos financeiros, de desenvolvimento de recursos humanos, de responsabilidades, assim como de regras a assumir por todo o pessoal envolvido na gesto dos resduos hospitalares onde obviamente aspectos como o manuseamento, o armazenamento, o transporte, o tratamento e a eliminao constituem pontos tcnicos fundamentais. O desenvolvimento de um Plano de Gesto de Resduos Hospitalares, reduz a probabilidade de acidentes e melhora as condies de trabalho do pessoal nos estabelecimentos de sade. Por outro lado, aproxima os estabelecimentos de sade a outras entidades e autoridades nacionais e provinciais, elementos que devero constituir as componentes de um sistema de gesto de resduos hospitalares global a nvel nacional. A gesto de resduos hospitalares planeada, disciplina o uso de recursos associados ao manuseamento, ao tratamento e eliminao de resduos feitos de forma mais segura. Em outros pases, tem-se verificado, que o planeamento nesta matria praticado nas unidades de sade, conduz a melhores prticas de higiene, contribuindo para a melhoria operacional do sistema de sade existente. O desenvolvimento de planos de gesto de resduos hospitalares dever estar adequado s diferentes dimenses e tipos de unidades de sade e dever contar com a colaborao contnua entre os diferentes agentes intervenientes, quer pblicos, quer privados.

2. APRESENTAO DO PAS2.1. Dados Geogrficos e Diviso Administrativa

A Repblica de Angola situa-se na regio ocidental da frica Austral, ocupando uma superfcie de 1.246.700 km2 (com uma fronteira martima de 1.650km e terrestre de 4.837 km), sendo pois, o terceiro pas mais extenso da frica Subsaariana. Do ponto de vista geomorfolgico Angola apresenta seis grandes zonas com caractersticas diferenciadas: a faixa do litoral, a zona de transio para o interior, a cadeia marginal de montanhas, o planalto central antigo, a bacia do Zaire e as bacias do Cunene e do Cubango. De notar, que 60% do territrio angolano so planaltos com altitude entre 1.000 e 2.000 m e com

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uma densa e extensa rede hidrogrfica. Os principais rios angolanos so o Kwanza, o Cunene e o Cubango cujas bacias hidrogrficas ocupam parte importante do territrio. Angola faz fronteira com a Rpblica Democrtica do Congo a norte, com a Zambia a este, com a Nambia a sul e om o Ocenao Atlntico a oeste. As montanhas erguem-se a partir da costa, nivelando o territrio Angolano num planalto que ocupa a maior parte do Pas. A geografa do Pas torna-se tanto mais rida quando mais prximo se est do deserto do Namibe e portanto mais para sul. O planalto norte constitudo por densa vegetao. O ponto mais alto de Angola o Morro do Moco que se eleva a 2.620m . Devido sua situao na zona intertropical e subtropical, corrente fria de Benguela e s caractersticas do relevo, Angola apresenta duas regies climticas distintas: a regio litoral e a regio interior, esta com trs sub-zonas (Norte, de altitude e Sudoeste) com variaes significativas de temperatura e de pluviosidade. Angola tem duas estaes climticas, a estao do cacimbo (estao mais seca e menos quente) de Maio a Setembro e a estao das chuvas (mais hmida e mais quente) de Setembro a Maio, apresentando temperaturas entre 27C (mdia de temperaturas mximas) e 17C (mdia de temperaturas mnimas). A lngua oficial de Angola a lngua Portuguesa, lngua amplamente utilizada em todo o pas. No entanto so faladas significativamente outras lnguas nacionais, sendo as mais importantes, o Umbundu, o Kimbundu, o Kikongo e o Tchokwe. A distribuio administrativa de Angola integra 18 Provncias : Bengo, Benguela, Bi, Cabinda, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huila, Luanda, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Moxico, Namibe, Uige e Zaire. As principais cidades so Cabinda, Benguela, Lobito, Lubango e Nambe. A capital da Repblica de Angola Luanda, situada na Provncia de Luanda, que ocupando uma superfcie de 2.417,78 km2 representa 0,19% da superfcie do territrio nacional. A Provncia de Luanda composta por 9 municpios: Cacuaco, Cazenga, Ingombotas, Kilamba Kiaxi, Maianga, Rangel, Samba, Sambizanga e Viana, 24 bairros e cinco comunas. A Provncia de Cabinda , cuja capital Cabinda, ocupa uma rea de 7.270Km2, e composta por 4 minicpios, Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e Belize. A Provncia da Lunda Norte, cuja capital Dumdo, ocupa uma rea de 103.000Km2, e compostas por 9 municpios, Tchitato, Cambulo, Chitato, Cuilo, Caungula, Cuango Lubalo, Capenda, Camulemba e X Muteba. A Provncia da Lunda Sul, cuja capital Saurimo, ocupa uma rea de 77.637Km2, e composta por 4 municpios, Saurimo, Dala, Muconda e Cacolo. A Provncia do Zaire, cuja capital MBanza Kongo, ocupa uma rea de 40.130Km2, e composta por 6 municpios, MBanza Kongo, Soyo, NZeto, Cuimba, Noqui e Tomboco. A Provncia do Uge, cuja capital Uge, ocupa uma rea de 58.698Km2, e composta por 15 municpios, Zombo, Quimbele, Damba, Mucaba, Macocola, Bembe, Songo, Buengas, Sanza Pombo, Ambula, Uge, Negage, Puri, Alto Cauale e Quitexe.

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A Provncia do Bengo, cuja capital Caxito, ocupa uma area de 33.016Km2, e composta por 5 municpios, Dande, Ambriz, Icolo e Bengo, Muxima e Nambuangongo. A Provncia do Kwanza Norte, cuja capital NDalatando, ocupa uma rea de 24.110Km2, e composta por 13 municpios, Cazengo, Lucala, Ambaca, Golungo Alto, Dembos, Bula Atumba, Cambambe, Quiculungo, Bolongongo, Banga, Samba Caj, Gonguembo e Pango Alquem. A Provncia de Malanje, cuja capital Malanje, ocupa uma rea de 97.602Km2, e composta por 14 municpios, Massango, Marimba, Calandula, Caombo, Cunda-Dia-Baza, Cacuzo, Cuaba Nzogo, Quela, Malanje, Mucari, Cangandala, Cambundi-Catembo, Luquembo e Quirima. A Provncia do Kwanza Sul, cuja capital Sumbe, ocupa uma rea de 55.660Km2, e composta por 12 municpios, Sumbe, Porto Amboim, Quibala, Libolo, Mussende, Amboim, Ebo, Quilenda, Conda, Waku Kungo, Seles e Cassongue. A Provncia de Benguela, cuja capital Benguela, ocupa uma rea de 31.78Km2, e composta por 9 municpios, Lobito, Bocoio, Balombo, Ganda, Cubal, Caiambambo, Benguela, Baa Farta e Chongoroi. A Provncia do Huambo, cuja capital Huambo, ocupa uma rea de 34.270Km2, e composta por 11 municpios, Huambo, Londuimbale, Bailundo, Mungo, Tchindjenje, Ucuma, Ekunha, Tchicala-Tcholoanga, Catchiungo, Longongo e Cala. A Provncia do Bi, cuja capital Kuito, ocupa uma rea de 70.314Km2, e composta por 9 municpios, Kuito, Andulo, Nharea, Cuemba, Cunhinga, Catabola, Camacupa, Chinguar e Chitembo. A Provncia do Moxico, cuja capital Luena, ocupa uma rea de 223.023Km2, e composta por 9 municpios, Moxico, Camanongue, Lua, Cameia, Luau, Lucano, Alto Zambeze, Luchazes e Bundas A Provncia do Namibe, cuja capital Namibe, ocupa uma rea de 58.137Km2, e composta por 5 municpios, Namibe, Camacuio, Bibala, Virei e Tombwa. A Provncia da Hula, cuja capital o Lubango, ocupa uma rea de 75.002Km2, e composta por 13 municpios, Quilengues, Lubango, Humpata, Chibia, Chiange, Quipungo, Caluquembe, Caconda, Chicomba eMatala, Jamba, Chipindo e Kuvango. A Provncia do Cunene, cuja capital Ondjiva, ocupa uma rea de 87.342Km2, e composta por 6 municpios, Cuanhama, Ombadja, Cuvelai, Curoca, Cahama e Namacunde. A Provncia do Cuando-Cubango, cuja capital Menongue, ocupa uma rea de 199.049Km2, e composta por 9 municpios, Menongue, Cuito Cuanavale, Cuchi, Cuangar, Longa, Mavinga, Calai, Dirico e Rivungo.

2.2. Dados Demogrficos e Indicadores de Sade

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2.2.1. Distribuio e Evoluo da Populao Estima-se que actualmente a populao da Republica de Angola seja de 10,978,552 habitantes, apresentando uma taxa de crescimento populacional de 1.93%, pelo que as previses para 2025 apontam para um aumento da populao para 14,473 habitantes. Em termos gerais pode afirmar-se que a populao angolana se caracteriza por uma forte dinmica demogrfica, por um desigual crescimento e distribuio em termos provinciais e por uma crescente urbanizao. As migraes provocadas pela guerra alteraram de sobremaneira a dimenso e distribuio da populao do Pas. Na Provncia de Luanda, concebida inicialmente para uma populao estimada em 600 mil habitantes, habitam hoje cerca de quatro milhes de pessoas e continua a expandir-se rapidamente. Dados fiveis indicam que cerca de 2.450.000 pessoas vivem em Luanda na condio de deslocados, mas apenas um milho so controlados pela Direco Provincial do Ministrio da Reinsero Social (MINARS).Indicadores Demogrficos: 2000 e estimados para 2025 2000 Nascimentos por 1.000 populao ........................ 47 Mortes por 1.000 populao .................................. 26 Taxa de Crescimento Anual(%)............................ 2,1 Esperana de vida ao nascimento (anos) .............. 37,4 Mortalidade Infantil por 1.000 nados vivos .......... 198 Taxa de fertilidade total (por mulher) ................. 6,5 Tabela 1: Indicadores Demogrficos Ano Populao Ano Populao Perodo 2025 37 21 1.5 40,4 149 4,7

Taxa de Crescimento

1950 4.118 1995 9.218 1950-1960 1,5 1960 4.797 1996 9.443 1960-1970 1,6 1970 5.606 1997 9.560 1970-1980 1,8 1980 6.736 1998 9.736 1980-1990 1,8 1990 8.049 1999 9.922 1990-2000 2,3 2000 10.132 2010 12.250 2000-2010 1,9 2001 10.342 2020 14.473 2010-2020 1,7 2002 10.554 2030 16.886 2020-2030 1,5 2003 10.766 2040 19.354 2030-2040 1,4 2004 10.979 2050 21.688 2040-2050 1,1 Tabela 2: Estimativa populacional e taxa de crescimento (1950 a 2050). Populao em milhares, taxa em percentagem. ---------------2000-----------------TOTAL HOMENS MULHERES 1.744 1.435 1.213 1.024 887 879 725 614 519 451 865 710 600 505 436 -------------------2025-------------------TOTAL HOMENS MULHERES 2.335 2.090 1.915 1.766 1.586 1.180 1.054 968 897 809 1.155 1.035 947 869 777

IDADE 0-4 5-9 10-14 15-19 20-24

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25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80+ TOTAL

769 681 585 435 348 294 243 202 141 78 37 17 10.132

386 343 300 235 187 150 118 93 64 36 17 7 5.124

383 339 285 200 161 144 124 108 77 42 20 9 5.008

1.353 1.098 842 645 522 434 368 292 186 117 68 41 15.656

692 565 434 330 264 212 175 135 87 53 28 16 7.899

661 533 409 315 258 222 194 156 99 64 39 25 7.757

Fonte: U.S. Census Bureau, International Data Base, September 2004 version.

Tabela 3: Estimativa da populao por idade e sexo para 2000 e para 2025. Populao em milhares.

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Figura 1: Pirmide Etria - Ano 2000

Figura 2: Pirmide Etria - Previses para o ano 2025

2.2.2 Indicadores de Sade As principais causas de mortalidade em Angola, so a malria, as doenas diarreicas agudas e as doenas respiratrias agudas. Nos ltimos anos o HIV/SIDA tm ganho relevncia cada vez maior no quadro de morbi-mortalidade de Angola. Como se pode inferir pela anlise da Tabela 1, as taxas de natalidade e de mortalidade esto em alta, acompanhando as elevadssimas taxas de fertilidade e de mortalidade infantil. Como j referenciado, a taxa de prevalncia do HIV/SIDA de 3,9% sendo j significativa.Esperana mdia de vida (estimativa 2004) = 36,79 anos Taxa de Natalidade ( estimativa 2004) = 45,14 /1.000 populao Taxa de Mortalidade (estimativa 2004) = 25,86 mortes/1.000 populao Taxa de fertilidade total (estimativa 2004)= 6,33 nascimentos/mulher Taxa de mortalidade Infantil (estimativa 2004) = 192,5 mortes/1.000 nados vivos Taxa HIV/SIDA (adultos) (estimativa 2003) = 3,9% Taxa de mortes por HIV/SIDA (estimativa 2003) = 21.000FONTE: CIA The World Fact Book

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Tabela 4: Indicadores de Sade A tabela seguinte refere-se aos recursos humanos existentes em Angola na rea da sade, e a sua distribuio por categorias profissionais.PROFISSIONAIS Mdicos Tc. Sup. No Mdico Enfermeiros Superiores Enfermeiros Tcnicos de RX Farmcia Laboratrio Estomatologia Fisioterapia Ortoprotsico Dietista Estatstica Mdica Electrocefograma Anatomia Patolgica Outros Pessoal Administrativo Apoio Hospitalar rea de AcolhimentoFONTE: Ministrio da Sade

2003 811 42 163 16.451 566 716 1.422 235 118 128 11 274 2 3 122 20.221 4.754 5.379

Tabela 5: Fora de Trabalho Nacional

2.3. Esquema Poltico Legal 2.3.1. Polticas de Sade e Ambientais A poltica de sade desenvolvida pelo governo da Repblica de Angola executada pelo Ministrio da Sade atravs dos seus desmembramentos. Esta poltica pode ser reflectida pelos objectivos de desenvolvimento sanitrio do pas, o objectivo essencial de aumentar o acesso aos cuidados e de melhorar a qualidade destes ltimos. A Lei n. 21-A/92 (Lei de Bases do Sistema Nacional de Sade) estabelece as Linhas Gerais da Poltica de Sade. O Artigo 19 do Captulo II, estabelece que compete s Autoridades Provinciais de Sade propor os planos de actividade e o oramento respectivo, bem como acompanhar a sua execuo e deles prestar contas. O Artigo 31 do Captulo III, regula o Apoio ao Sector Privado, e no Artigo 33 a interveno de Instituies Privadas de Fins No Lucrativo com Objectivos de Sade. A Lei n. 5/87 (Regulamento Sanitrio da Repblica de Angola), estabelece as competncias das Autoridades Sanitrias e da Polcia Sanitria e Morturia assim como a obrigatoriedade de

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participao das doenas transmissveis e das etapas a seguir nestes casos. Esta lei contempla tambm a fiscalizao de gneros alimentcios. A poltica de Ambiente desenvolvida pelo Governo da Repblica de Angola, est consubstanciada no Decreto n. 51/04, de 23 de Julho Lei de Bases do Ambiente. A Lei de Bases do Ambiente, define os conceitos e os princpios bsicos de proteco e conservao do Ambiente, promoo e qualidade de Vida e do uso racional dos Recursos naturais. De acordo com o Artigo 19, O Governo deve fazer publicar e cumprir legislao de controlo da produo, emisso, depsito, importao e gesto de poluentes gasosos, lquidos e slidos. Est tambm contemplada nesta Lei a Educao Ambiental (Artigo 20). Em seguimento da Lei de Bases do Ambiente, foi aprovada a Lei n 6/02, de 21 de Junho Lei das guas, que estabelece os princpios gerais do regime jurdico inerente ao uso dos Recursos Hdricos. No Artigo 67 desta Lei esto descritas as actividades interditas, sendo interdito b) acumular resduos slidos, desperdcios ou quaisquer substncias em locais e condies que contaminem ou criem perigo de contaminao das guas.. Na presente data ainda no existe em Angola enquadramento legal para os resduos hospitalares, nem de quaisquer actividades ligadas ao seu manuseamento, tratamento ou destino final. Existe unicamente um esboo de um plano de gesto dos resduos slidos hospitalares a nvel das unidades de sade. 2.3.2. Organizao do Sistema de Sade De acordo com a Lei n. 21-B/92, de 28 de Agosto Lei de Bases do Sistema Nacional de Sade, no Artigo 1, a Prestao de Cuidados Sanitrios estabelece-se em trs nveis: a) Nvel Primrio ou de cuidados primrios de sade; b) Nvel Secundrio ou da rede hospitalar polivalente; c) Nvel tercirio ou de rede diferenciada; Ainda de acordo com esta Lei, as estruturas Bsicas de Sade do Servio Nacional de Sade e a sua cobertura, so as seguintes: Posto de Sade, Centro de Sade, Centro de Sade de Referncia/Hospital Municipal, Hospital Geral, Hospital Central e Estabelecimentos e Servios Especiais. Esta Lei, descreve ainda as vrias estruturas Bsicas de Sade e as suas competncias e obrigaes. Segundo o publicado no Dirio da Repblica n2 de 14 de Janeiro de 2000 Estatuto Orgnico do Ministrio da Sade, a estruturao administrativa dos cuidados de Sade, coordenada a nvel central pelo Ministrio da Sade, coordenada conforme o organigrama do Ministrio da Sade abaixo descrito

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ORGANIGRAMA DO MINISTRIO DA SADE

Ministro Vice-ministro(s)

rgos Consultivos Conselho Consultivo

rgos de Apoio Tcnico Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatstica Inspeco Geral de Sade

rgos de Apoio Instrumental Gabinete do Ministro

rgos executivos Centrais

rgos Tutelados

Direco Nacional de Sade Pblica

Instituto Nacional de Sade Pblica

Conselho de Direco

Gabinetes do(s) ViceMinistro(s)

Direco Nacional de Recursos Humanos

Instituto de Controlo e Combate das Tripanossomases

Gabinete Jurdico

Gabinete de Intercmbio International

Direco Nacional de Medicamentos e Equipamentos

Hospitais de Referncia

Secretaria Geral Junta Nacional de Sade Delegaes Provinciais Delegaes Municipais

Fundo de Desenvolvimento Sanitrio de Angola

Figura 3: Organigrama do Ministrio da Sade

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2.3.3. Distribuio de Unidades de Sade

PROVNCIA Bengo Benguela Bi Cabinda Huambo Hula Cuando Cubango Kwanza Norte Kwanza Sul Cunene Luanda Lunda Norte Lunda Sul Malange Moxico Namibe Uge Zaire TOTALF= Funcional

HOSPITAIS TOTAL UNIDADES NACIONAIS PROVINCIAIS F NF F NF Total F NF Total 37 59 0 0 0 5 1 6 100 2 0 0 0 10 0 10 46 0 0 0 0 4 0 4 94 26 0 0 0 4 0 4 87 87 0 0 0 7 1 8 126 169 0 0 0 6 0 6 27 41 131 62 59 22 38 78 164 41 79 42 1.274 6 0 68 0 0 38 57 51 117 0 150 0 830 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 8 2 5 2 4 5 3 10 5 2 5 4 91 3 0 4 0 0 0 0 1 1 0 1 0 12 11 2 9 2 4 5 3 11 6 2 6 4 103

CENTROS DE SADE F NF Total 2 1 3 25 0 25 7 0 7 11 0 11 36 0 36 21 3 24 4 12 18 8 34 5 3 18 14 6 19 6 249 0 0 4 0 0 10 0 2 0 0 8 0 28 4 12 22 8 34 15 3 20 14 6 27 6 277

POSTOS DE HAB./ SADE UNIDA DE F NF Total 30 57 87 6.135 65 2 67 8.580 35 0 35 33.261 79 26 105 2.532 44 86 130 23.770 99 166 265 9.048 15 27 108 52 13 12 32 50 145 33 55 32 926 3 0 60 0 0 28 57 48 116 0 141 0 790 18 27 168 52 13 40 89 98 261 33 196 32 1.716 6.148 12.829 6.481 4.919 40.966 17.409 5.184 15.628 2.622 4.488 14.899 7.452 11.167

FONTE: Deleg. Prov., Hosp. Nac. E Departamento de Estatstica, Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatstica do MINSA/2002 NF= No Funcional

Tabela 6: Distribuio de Unidades de sade em Angola

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GESTO DE RESDUOS HOSPITALARES EM ANGOLA :

DIAGNSTICO DA SITUAO ACTUAL3.1 Prticas existentes Foram realizadas visitas e entrevistas nas seguintes Unidades de sade : Provncia de Luanda : Hospital Josina Machel Maternidade Augusto NGangula Hospital Central Amrico Boavida

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Hospital Peditrico David Bernardino Hospital do Prenda Hospital do Kilamba-Kiaxi Hospital dos Cajueiros Clnica Privada Anglodente Clnica Privada Sagrada Esperana Provncia do Bengo : Hospital do Ambriz Hospital de Catete Provncia de Cabinda : Hospital Central de Cabinda Hospital Militar Provncia da Hula : Hospital Central A. Agostinho Neto Hospital Peditrico Pioneiro Zeca Centro de Sade da Mitcha Centro de Sade do Tchioco Provncia da Lunda Norte: Hospital Provincial do Dundo Posto Mdico do Bairro da Estufa Posto Mdico do Bairro da Ritenda Provncia do Kwanza Sul: Hospital Provncial 17 de Setembro Hospital Dr. Agostinho Neto Posto de Sade do Pinda Estas visitas no terreno, revelaram uma certa homogeneidade nas prticas de gesto dos resduos hospitalares em todas as unidades de sade excepo da Clnica privada Sagrada Esperana em Luanda, que no s mantm algumas metodologias de gesto dos resduos hospitalares, como possui equipamentos de eliminao em funcionamento. Recolha de Resduos Hospitalares A pr-recolha e a recolha dos resduos (resduos domsticos e outros incluindo resduos hospitalares contaminados), geralmente efectuada por meio de caixotes de lixo de plstico, com ou sem saco, por meio de caixas de carto ou algumas vezes por meio de caixotes de alumnio munidos ou no de tampa, nos respectivos servios. Todos os equipamentos de recolha, recebem sem distino restos alimentares, embalagens de medicamentos, compressas e pensos dos tratamentos, sistemas, garrafas de soro, seringas, agulhas, etc. frequente a permanncia destes equipamentos de recolha nas enfermarias, ou nos locais de tratamento, no entanto, em certos casos, as equipas de enfermagem utilizam carrinhos de tratamentos munidos com caixote para resduos (podendo ser de plstico, alumnio ou carto), destinados a receber o resduos dos tratamentos, algodes, pensos e compressas utilizadas, seringas, agulhas, etc.

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notria, a frequente falta de higiene, e por vezes existem resduos slidos e lquidos no cho das Unidades Sanitrias. Os resduos lquidos so sem excepo vazados nas pias da casa de banho ou dos laboratrios, tendo por isso como destino, o sistema pblico de esgoto.

Figura 4: balde dos resduos em plstico

Figura 5: Balde dos resduos em alumnio

Figura 6: Caixa de resduos em carto

Figura 7: Carrinho de tratamentos

Figura 8: Resduos colocados no cho

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Equipas de Limpeza Algumas Unidades de sade da Provncia de Luanda tm contratos com empresas privadas de limpeza. No entanto na maiorida das US da capital e em especial nas provncias, a limpeza assegurada por equipas afectas s respectivas US. Estas equipas de limpeza, so constitudas por empregadas de limpeza que esto encarregues no s da limpeza, mas tambm da pr-recolha, recolha e frequentemente armazenamento dos resduos produzidos nas salas de tratamento, enfermarias, blocos operatrios, salas de parto, salas de espera, etc. Os resduos hospitalares, so removidos e transportados pela empregadas de limpeza, recorrendo por vezes ao uso de suportes rodados. No entanto na maioria das vezes, visto no existirem sacos para pr-recolha e recolha dos resduos, os caixotes do lixo so transportados e vazados em contentores, aps o que so lavados ou limpos com panos hmidos. Na generalidade das unidades de sade, as equipas de limpeza nem sempre utilizam equipamento de proteco, tal como luvas e ms caras, mesmo no que diz respeito aos funcionrios das empresas privadas de limpeza embora estas forneam este tipo de equipamento.

Figura 9: Pessoal de limpeza

Triagem dos Resduos Hospitalares A triagem dos resduos varia conforme os servios das Unidades de sade em questo, e refere-se essencialmente a agulhas, cortantes e em alguns casos placentas. Com efeito, a nvel da maior parte das estruturas sanitrias, os resduos hospitalares no so objecto de triagem, excepo feita para as agulhas que so escolhidas e armazenadas em frascos de soro, garrafas de plstico ou embalagens de sumo recuperadas. Os frascos ou garrafas cheios, so depois colocados nos contentores de armazenagem juntamente com os restantes resduos, sendo no entanto frequente encontrar agulhas e outros cortantes nos caixotes de lixo.

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Existem trs excepes: na clnica Privada Sagrada Esperana (Luanda); na Unidade de Hemoterapia do Hospital Central Agostinho Neto (Hula) existem receptculos de plstico imperfurvel, hermticos e com destino a incinerao; no centro de Sade do Tchioco existem caixas de carto destinadas a incinerao, fornecidas pela UNICEF. Nos bancos de sangue, os sacos com sangue declarados positivos ao HBS (hepatite B) e ao HIV (SIDA) so escolhidos e armazenados parte num equipamento refrigerador antes da eliminao (no caso da Provncia de Luanda, esta eliminao efectuada pelo Hospital Central Amrico Boavida). As caixas de petri contendo culturas, so colocadas parte e esterilizadas em autoclave antes da sua rejeio nos caixotes de lixo. As peas anatmicas de elevado porte resultantes de cirurgias, so encaminhadas para os cemitrios para enterro, ou no caso da Provncia de Luanda so encaminhadas para o Hospital Central Amrico Boavida, que depois as encaminha tambm para enterro. Em algumas Unidades de sade, sobretudo na capital, tambm efectuada triagem nas salas de parto. Os derivados de parto (placentas, e derivados lquidos) so colocados em sacos de plsticos que so posteriormente amarrados, encaminhados para um local de armazenamento intermdio (normalmente casas de banho) e depois colocados nos contentores da empresa de Resduos hospitalares (RECOLIX). Nas Provncias a situao diferente, visto que na maior parte das unidades de sade os derivados de parto so ensacados e colocados no contentor pblico ou em lixeira pblica. No Centro de Sade da Mitcha e no Centro de Sade do Tchioco (ambos na Provncia da Hula), os derivados de parto so levados pelos familiares. A roupa suja , regra geral, encaminhada parte para a lavandaria, sendo frequente que os doentes levem a sua prpria roupa de cama pelo que nestes casos so os familiares que tratam da roupa suja, contaminada ou potencialmente contaminada.

Figura 10: Recipiente para triagem de agulhas

Figura 11: Recipiente para triagem de agulhas

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Figura 12: Recipiente para triagem de agulhas

Figura 13: Recipiente para triagem de agulhas

Figura 14: Recipiente para triagem de agulhas

Armazenagem Intermdia A maior parte dos resduos recolhidos nos diferentes servios, no sofre nenhuma armazenagem especfica. Excepo feita s agulhas, que so primeiramente armazenadas em garrafas de plstico ou frascos de soro ou ainda em embalagens de sumo, e em seguida colocadas junto aos restantes resduos. Os outros resduos, so colocados em caixotes de lixo ou contentores da RECOLIX, situados em salas no especficas ou nos ptios das Unidades de sade. Assim, o armazenamento intermdio efectuado nas casas de banho, lavabos, corredores ou mesmo nos ptios das Unidades de sade.

Figura 15: Local de Armazenagem Intermdia

Figura 16: Local de Armazenagem Intermdia

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Figura 17: Local de Armazenagem Intermdia

Figura 18: Local de Armazenagem Intermdia

Figura 19: Local de Armazenagem Intermdia

Transporte dos resduos nas Unidades de Sade Na grande maioria das unidades de sade, o transporte dos resduos efectuado pelo pessoal de limpeza, em sacos ou em baldes, com ou sem suporte rodado. Os resduos, so transportados para os locais de armazenagem final, sem qualquer proteco quer dos resduos quer do pessoal de limpeza (no utilizam luvas, nem sacos) e a qualquer hora do dia, mesmo nos perodos de maior afluncia de utentes. A roupa suja algumas vezes transportada atravs de suporte rodado. A evacuao dos desperdcios permanente e faz-se mesmo hora de maior afluncia de utentes.

Figura 20: Suporte rodado para transporte de resduos (Hospital Josina-Machel)

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Armazenagem final nas Unidades de sade Na maior parte das unidades de sade visitadas, os resduos so colocados no ensacados, em contentores pblicos ao ar livre ou mesmo em lixeiras nas traseiras das Unidades de sade, de fcil acesso a pessoas e animais e expostos s condies climatricas. De realar, que dados os elevados nveis de pobreza existentes, frequente encontrar pessoas remexendo no lixo. Em certas unidades de sade, como na Clnica Privada Sagrada Esperana e no Hospital Peditrico David Bernardino, ambas em Luanda, os resduos so colocados em salas de armazenagem fechadas no exterior, que s so abertas aquando da recolha pelos servios municipalizados ou por parte da empresa privada RECOLIX. de referenciar, que nesta ltima Unidade de Sade, mesmo tendo porta, esta se encontra frequentemente aberta, o que possibilita a entrada de pessoas e animais.

Figura 21: Depsito de resduos ao ar livre

Figura 22: Depsito de resduos ao ar livre

Figura 23: Depsito de resduos ao ar livre

Figura 24: Depsito de resduos ao ar livre

Figura 25: Local de Armazenagem fechado Hospital Peditrico David Bernardino

Figura 26: Local de Armazenagem fechado Clnica Sagrada Esperana

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Recuperao/ Reutilizao O material utilizado durante as intervenes cirrgicas (pinas, tesouras, etc.), esterilizado por autoclave ou estufa, e reutilizado. O material de vidro nos laboratrios, tambm utilizado aps lavagem ou desinfeco. Transporte para Eliminao Na maioria dos casos, o transporte efectuado pelo municpio, pelo que os resduos hospitalares contaminados tm o mesmo destino que os resduos urbanos. Em algumas Unidades de sade na Provncia de Luanda os resduos so transportados pela empresa privada RECOLIX, sendo estes recolhidos por norma diariamente. Geralmente, a frequncia do servio assegurado pelos municpios no regular, sendo normalmente a sua recolha efectuada com intervalos de semanas.

Sistema de tratamento e de eliminao/lugar de eliminao Os resduos triados na fonte, principalmente as agulhas, juntam-se invariavelmente ao circuito ao nvel da recolha e do armazenamento intermdio tendo pois o mesmo destino final que os restantes resduos. Isto particularmente perigoso para o pessoal mdico, de limpeza bem como pessoal de recolha do municpio. Na Provncia de Luanda, os resduos hospitalares seguem duas vias de eliminao distintas. Os resduos que so recolhidos pela empresa privada RECOLIX, so encaminhados para incinerao numas instalaes pertencentes empresa. Estas instalaes incineradoras so novas, tm elevada capacidade e encontram-se em bom estado de funcionamento, enfrentando no entanto problemas financeiros, devido a deficuldades de tesouraria e pelas despesas com viaturas, devido s ms condies das infra-estruturas rodovirias. Os resduos que so depositados nos contentores pblicos ou em lixeiras nas traseiras das unidades de sade, so recolhidos pela empresa ELISAL e encaminhados para o aterro. Os Hospitais Amrico Boavida e Peditrico David Bernardino, tm pequenas instalaes incineradoras, que no se encontram em funcionamento por ordem de encerramento Estatal. O Hospital Central de Cabinda, tem uma instalao incineradora de dupla cmara. Na altura da visita, esta instalao no se encontrava em funcionamento por dificuldades em adquirir combustvel, no entanto foi garantido que estava em boas condies de funcionamento. No Hospital Central Agostinho Neto, no Lubango, tambm existe uma pequena incineradora sendo que para al de funcionar a temperaturas muito baixas tm problemas no sistema de eliminao de fumos. Na maior parte das Unidades de sade de menor dimenso, centros e postos de sade, os resduos so queimados a cu aberto nas traseiras das instalaes. As placentas, so na sua maioria tratadas como os restantes resduos, visto que so juntas ao circuito ao nvel da armazenagem intermdia nas Unidades de sade, salvo as excepes em que os familiares as levam consigo.

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Relativamente s roupas sujas, estas so encaminhadas para as lavandarias das Unidades de sade ou levadas para casa pelos familiares dos pacientes. de realar o generalizado estado de degradao e falta de equipamentos encontrado nas lavandarias, sendo que muitas vezes a roupa lavada mo em tanques. Esta roupa, uma vez introduzida de novo no circuito da Unidade de Sade pode provocar contaminaes diversas ao pessoal de sade e utentes.

Figura 27:Lixeira Pblica nas traseiras da US

Figura 28: Queima ao ar livre nas traseiras da US (Posto Sade Tchioco)

Figura 29: Intalao Incineradora da RECOLIX (Provncia de Luanda)

Figura 30: Incineradora numa US (Hospital Central de Cabinda)

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Figura 31: Lavandaria

Figura 32: Lavandaria

Resduos Lquidos Os resduos lquidos (sangue, urina, etc.) so eliminados nos lavabos e pias para as redes de esgotos, ou lanados no caixote de lixo com os tubos de anlises clnicas.

Percepo dos riscos afectos aos Resduos hospitalares Ao nvel das instncias de direco existe um desajuste entre a percepo e a realidade em termos de riscos, que poder ser justificado pelo longo perodo de guerra a que Angola esteve sujeita. Ao nvel da unidades de sade, o pessoal tcnico de sade tm na maioria das vezes noo dos riscos, mas a falta de equipamentos e de infra-estruturas, assim como o estado de degradao das instalaes, levam a que na prtica esses riscos sejam muitas vezes relativizados. A percepo dos riscos, ao nvel do pessoal de limpeza e da populao muito baixo.

Figura 33: Degradao das Infraestruturas

Figura 34: Degradao das Infraestruturas

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QUADRO-DIAGNSTICO DAS UNIDADES DE SADE VISITADAS

Triagem na fonte Provncia de Luanda Hospital Josina Reservada s Machel agulhas

Equipamentos de recolha Cestos de plstico com sacos de plstico brancos e vermelhos

Transporte interno Suporte rodado sem tampa

Armazenagem intermdia Nas traseiras do edifcio e dentro do permetro da da Unidade de Sade

Equipamentos de eliminao No. Os resduos so recolhidos pela empresa privada e pela rede pblica de resduos urbanos

Gesto de cortantes Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc. Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc.

Derivados do parto Mesmo destino que os restantes resduos

Peas anatmicas Enterradas no Cemitrio Municipal

Maternidade Augusto NGangula

Reservada s placentas e agulhas

Cestos de plstico com sacos de plstico, que so lavados aps vazados nos contentores de armazenagem transitria. Caixas de papelo

Sem suporte rodado

Hospital Central Amrico Boavida

No

Baldes plsticos sem sacos. Caixas de papelo

Sem suporte rodado

Contentor de plstico da empresa privada de tratamento de resduos Hospitalares, colocado no ptio de espera dos utentes. Contentor da rede pblica fora do permetro da Unidade de Sade Traseiras da Unidade de Sade em lixeira a cu aberto

No. Os resduos so recolhidos pela empresa privada e pela rede pblica de resduos urbanos

So ensacadas e colocadas nos contentores da empresa privada

Entregues no Hospital Central Amrico Boavida

Hospital Peditrico David Bernardino

Reservada s agulhas

Cestos de plstico com e sem sacos. Contentores da empresa privada de recolha de resduos hospitalares que

Sem suporte rodado

Contentor de plstico da empresa privada colocado no ptio de espera dos utentes quando est cheio.

No. Incinerador desactivado. Os resduos so recolhidos pela empresa privada e pela rede pblica de resduos urbanos No Incinerador desactivado Os resduos so recolhidos pela empresa privada e pela rede pblica de resduos urbanos

No

Mesmo destino que os restantes resduos

Enterradas no Cemitrio Municipal

Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc.

______

Entregues no Hospital Central Amrico Boavida

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Hospital do Prenda

No

se encontram nos corredores da unidade de sade Cestos de plsticos sem sacos. Caixas de papelo Cestos de plstico com e sem sacos. Contentores da empresa privada de recolha de resduos hospitalares que se encontram nos corredores da Unidade de Sade Cestos de plstico com e sem sacos. Contentores da empresa privada de recolha de resduos hospitalares que se encontram nos corredores da Unidade de Sade Cestos de plstico e de inox com sacos

Sem suporte rodado

Restantes resduos so colocados num local fechado Traseiras da unidade de sade em lixeira a cu aberto Contentores sem proteco dentro das instalaes da Unidade de Sade e Contentores da rede pblica fora das instalaes da Unidade de Sade

No. Os resduos so recolhidos pela rede pblica de resduos urbanos No. Os resduos so recolhidos pela rede pblica de resduos urbanos e pela empresa privada

No

Mesmo destino que os restantes resduos

Entregues no Hospital Central Amrico Boavida

Hospital do Kilamba-Kiaxi

Reservada s agulhas

Sem suporte rodado

Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc.

Mesmo destino que os restantes resduos

Hospital dos Cajueiros

No

Sem suporte rodado

Clinica Privada Anglodente

Reservada s agulhas

Sem suporte rodado

Contentores d a empresa privada so colocados no ptio de espera dos utentes quando chega altura de recolha. Restantes resduos so colocados no contentor da rede pblica. Contentores da rede pblica de resduos urbanos, na rua nas traseiras da US

No. Os resduos so recolhidos pela empresa privada e pela rede pblica de resduos urbanos

No

Mesmo destino que os restantes resduos

No. Os resduos so recolhidos pela rede pblica de resduos urbanos

Clnica Sagrada Esperana

Os resduos que estiveram em contacto com os

Baldes de inox, com saco plstico

Suporte rodado com tampa

Contentores fechados

Incinerador

Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc. Contentores rgidos e identificados. Incinerao de cortantes

Mesmo destino que os restantes resduos

Entregues no Hospital Central Amrico Boavida

So incineradas

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utentes so separados dos restantes Provncia do Bengo : Hospital do No Ambriz Hospital de Catete No

Cestos de plstico sem saco Cestos de plstico sem saco

Sem suporte rodado Sem suporte rodado

Traseiras da US em lixeira a cu aberto Traseiras da US em lixeira a cu aberto Contentores sem proteco dentro das instalaes da Unidade de Sade e contentores da rede pblica fora das instalaes da Unidade de Sade

No

No

No

No

Mesmo destino que os restantes resduos Mesmo destino que os restantes resduos Incineradas junto com outros resduos contaminados quando o incinerador est em funcionamento Enterradas no Cemitrio Municipal

Provncia de Cabinda : Hospital Reservada s Central de agulhas Cabinda

Hemoterapia : Sacos vermelhos para resduos contaminados e sacos brancos para resduos comuns Restantes Servios :Cestos de plstico sem saco. Caixas de papelo

Sem suporte rodado

Incinerador que nem sempre funciona por dificuldades na aquisio de combustvel Hemoterapia :entrega os resduos CABINDA GULF

Hospital Militar

Reservada s agulhas

Cestos de plstico sem saco. Caixas de papelo

Sem suporte rodado

Contentores da rede pblica fora das instalaes da Unidade de Sade

No- Contentores da rede pblica fora das instalaes da Unidade de Sade

Hemoterapia : Contentores rgidos e identificados. Incinerao de cortantes Restantes Servios : Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes sumo, etc Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc. Equipamentos desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc. Equipamentos

Enterradas no Cemitrio Municipal

Provncia da Hula : Hospital Reservada s Central A. agulhas Agostinho Neto

Cestos de plstico sem saco. Caixas de carto

Sem suporte rodado

Contentores fechados e contentores da rede pblica fora das instalaes da Unidade de Sade Contentores da

Incinerador a baixas temperaturas e Contentores da rede pblica fora das instalaes da Unidade de Sade No. Contentores da

Incineradas nas instalaes da Unidade de Sade

Enterradas no Cemitrio Municipal

Hospital

Reservada

Cestos de plstico

Sem suporte

_______

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Peditrico Pioneiro Zeca

aos cortantes

sem saco. Caixas de carto

rodado

rede pblica dentro das instalaes da Unidade de Sade

rede pblica

Centro de Sade da Mitcha

No

Cestos de plstico sem saco. Caixas de carto

Sem suporte rodado

Contentores da rede pblica dentro das instalaes da Unidade de Sade

No. Contentores da rede pblica

desadequados, nomeadamente garrafas de gua ou de soro, pacotes de sumo, etc. No

Centro de Sade do Tchioco

Reservada aos cortantes

Cestos de plstico sem saco. Caixas de carto

Sem suporte rodado

Buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade

No. Todos os resduos so queimados num buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade

Caixas de carto fornecidas pela UNICEF. So depois queimadas junto com os restantes resduos Caixas de carto fornecidas pelo Programa Nacional de Vacinao (destinadas apenas a agulhas e seringas de vacinao).

So por vezes levados para casa pela populao. Mesmo destino que os restantes resduos ________

_____

________

Provncia da Lunda Norte: Hospital Reservada a Provincial do agulhas e Dundo seringas de vacinaes

Cestos de plstico sem saco. Caixas de carto

Sem suporte rodado

Contentores da rede pblica dentro das instalaes da Unidade de Sade

No. Contentores da rede pblica

So por vezes levados para casa pela populao. Mesmo destino que os restantes resduos

Posto Mdico do Bairro da Estufa

No

Caixas de carto

Sem suporte rodado

Buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade

Posto Mdico do Bairro da Ritenda

No

Caixas de papelo

Sem suporte rodado

Buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade

No. Todos os resduos so queimados num buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade No. Todos os resduos so queimados num buraco no terreno nas traseiras da Unidade de

No.

________

So separadas e colocadas em sacos que vo depois para a rede pblica. So depois enterradas a cargo da rede pblica de recolha de resduos. ________

No.

________

________

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Sade Provncia do Kwanza Sul: Hospital No. Provncial 17 de Setembro Caixas de papelo Sem suporte rodado Contentores sem proteco colocados nos ptios da Unidade de Sade Os resduos so vazados na rua, sendo atirados atravs da vedao da Unidade de Sade Buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade No. Todos os resduos so queimados num buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade No. No. Mesmo destino que os restantes resduos Mesmo destino que os restantes resduos Mesmo destino que os restantes resduos. Vo por vezes a enterrar. Mesmo destino que os restantes resduos

Hospital Dr. Agostinho Neto

No.

Cestos de plstico sem saco. Caixas de carto

Sem suporte rodado

No.

Mesmo destino que os restantes resduos

Posto de Sade do Pinda

No.

Caixas de papelo

Sem suporte rodado

No. Todos os resduos so queimados num buraco no terreno nas traseiras da Unidade de Sade

No.

Mesmo destino que os restantes resduos

Tabela 7: Quadro diagnstico das Unidades de Sade Visitadas

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3.2. Breve anlise SWOT Um processo de anlise institucional que muito utilizado internacionalmente o mtodo SWOT, onde so destacados 8 vectores principais: 1. Os vectores FORAS associados gesto de resduos hospitalares e que vo permitir estabelecer e consolidar o Plano de Gesto de Resduos Hospitalares; 2. Os vectores FRAQUEZAS associados gesto de resduos hospitalares e que interessa eliminar ou reduzir; 3. Os vectores OPORTUNIDADES que reflectem as influncias positivas externas na gesto de resduos hospitalares e que interessa serem trabalhados e potencializados; 4. Os vectores AMEAAS, vectores que interessa conhecer em profundidade no sentido de prevenir o seu efeito negativo na gesto de resduos hospitalares. A seleco dos vectores que caracterizam a gesto de resduos hospitalares em Angola uma sequncia do inqurito elaborado e apresentado s unidades de sade, de vrias entrevistas e de muitas reunies com elementos do Ministrio da Sade, dos Governos Provinciais, de unidades de sade pblicas e privadas e de personalidades angolanas realizadas na cidade de Luanda e nas Provncias de Luanda, Bengo, Cabinda, Lunda-Norte e Hula. Com base nas informaes obtidas junto destas Provncias foi possvel inferir para todo o pas os seguintes vectores: 3.2.1. Vector A - Pontos Fortes Conscincia, por parte dos responsveis, da necessidade de mudana; Predisposio, por parte dos responsveis hospitalares, para criar e participar em entidades que assegurem uma Gesto Integrada dos Resduos Hospitalares; Forte interdependncia entre a Gesto dos Resduos Hospitalares e a Gesto de Resduos Comuns; Predisposio para o desenvolvimento de acordos de cooperao com outras entidades nacionais e internacionais; Progressiva conscincia da necessidade da participao dos trabalhadores para se atingir os objectivos relacionados com uma Gesto Integrada dos Resduos; Sensibilidade crescente para o aperfeioamento e profissionalizao dos agentes que intervm neste sector; Preocupao por parte das entidades governamentais pela organizao e implementao de um Plano de Gesto dos Resduos Hospitalares; Suficiente capacidade de assimilao e adaptao do pessoal s tecnologias mais adequadas; Implantao progressiva de aces de formao, nas unidades de sade, relacionados com a rea da Higiene e Sanidade Pblica; Disponibilidade suficiente de tcnicos e pessoal para o sector da gesto de Resduos Hospitalares, a custo razovel; Existncia de algumas incineradoras adequadas; Existncia de projectos de modernizao de equipamentos e instalaes; Conscincia das necessidades de melhorar toda a logstica de transporte e de processamento dos resduos. 3.2.2. Vector B Pontos Fracos Existem lacunas ao nvel das Polticas Ambientais; Existem lacunas ao nvel de uma Poltica de Resduos;38/110

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Existem lacunas ao nvel de legislao de mbito Ambiental; Consequentemente, existem lacunas ao nvel de legislao referente a Resduos Hospitalares; Existem lacunas ao nvel do tratamento estatstico dos Resduos Hospitalares; Existem insuficientes planos de formao dos responsveis pela gesto dos Resduos hospitalares mas tambm de todo o pessoal que os manuseia; Verificou-se fraca sensibilizao para os aspectos de Higiene e de tratamento de Resduos por parte de entidades, dirigentes, pessoal e utentes; Relativamente procura de soluo no mbito dos resduos, verificou-se desmotivao dos quadros dirigentes, devido ao estado de degradao que as instalaes apresentam e a dificuldades financeiras; Os oramentos das unidades de sade so geralmente deficitrios, pelo que so prioritariamente dirigidos para outras reas, deixando para segundo plano investimentos e despesas inerentes problemtica dos resduos hospitalares; Verificaram-se lacunas ao nvel dos equipamentos necessrios gesto dos resduos hospitalares, nomeadamente para os processos de separao, transporte, armazenagem e destino final dos resduos; Verificou-se na maioria das unidades de sade visitadas a inexistncia de equipamento adequado recolha de material cortante e contaminado; As unidades de sade carecem frequentemente de instalaes adequadas quer prtica da medicina , de uma maneira geral, quer gesto de resduos; Verificaram-se deficincias na recolha quer de Resduos Urbanos quer de Resduos hospitalares (efectuada por via de empresas exteriores s Unidades de sade); A instalao de aterros sanitrios deficiente, verificando-se neste ponto duas situaes diversas dependendo das Provncias em questo. Na Provncia de Luanda existe a instalao de um aterro sanitrio, embora deficitrio, nas restantes Provncias no existem aterros sanitrios; A questo da incinerao dos resduos hospitalares tambm diferente entre a Provncia de Luanda e as restantes Provncias. Na Provncia de Luanda existe uma instalao incineradora nova e em boas condies mas enfrenta dificuldades financeiras e de acessibilidades. Em algumas das restantes Provncias existem instalaes incineradoras localizadas junto aos Hospitais principais, mas no se encontram em funcionamento devido a dificuldades financeiras para a obteno de combustvel ou para assegurar a manuteno. Noutras Provncias no existem sequer instalaes incineradoras. No existncia de empresas dinmicas no sector, nomeadamente ao nvel das Provncias. Ausncia de planeamentos estratgicos a longo prazo, sem objectivos definidos Deficientes sistemas de gesto Pouca informao sobre a evoluo, quantificao e utilizao dos resduos produzidos Falta de clareza na definio de estruturas organizativas Inexistncia de servios especializados na preveno de riscos laborais, segurana e higiene no trabalho. Escassez de ajudas pblicas nacionais e de apoios internacionais para a formao do pessoal e para a sensibilizao da populao em geral. Tecnologia pouco desenvolvida, muito artesanal, principalmente a nvel das Provncias, com insuficiente grau de modernizao Inexistncia de instalaes adequadas Baixa utilizao da capacidade instalada. Falta de organizao nos processos Escasso tratamento de resduos Baixo nvel de desenvolvimento das actividades laterais e de apoio. Baixo nvel de cooperao entre Unidades de sade e entidades gestoras dos resduos.39/110

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Dificuldade em desenvolver projectos consistentes de investimento 3.2.3. Vector C - Oportunidades Economia de Angola em franco desenvolvimento Aposta clara do Governo em investimentos em infra-estruturas de todo o tipo Fase de grandes investimentos na Sade realizados pelo sector pblico Mais investimento privado na rea da Sade Opinio internacional favorvel s opes da Economia de Angola Participao do pas em plataformas de desenvolvimento internacionais Apoio por parte de instituies financeiras internacionais como o Fundo Monetrio Internacional e o Banco Mundial Grande interesse por parte de investidores privados nacionais e internacionais Existncia em Angola de um elevado nmero de projectos em todas as actividades Existncia em Angola de um elevado nmero de organizaes no governamentais com actividade na rea da Sade Disponibilidade das instituies angolanas mais representativas em participar neste projecto Crescente capacidade de relacionamento e de estabelecimento de parcerias com o mundo empresarial. Estabilidade social e poltica. 3.2.4. Vector D - Ameaas Atrasos significativos nos investimentos em infra-estruturas nomeadamente nas infraestruturas de sade e nas acessibilidades Instabilidade social e laboral Atraso no desenvolvimento da educao Continuao da escassez de tcnicos de alta qualidade na rea da Sade Dificuldade de implantao do projecto nos municpios mais remotos por falta de comunicao Mudana de opinio internacional no processo de desenvolvimento de Angola Abandono de tcnicos qualificados 3.2.5. Anlise cruzada Potencialidades (potencial interno a preservar conjugado com as oportunidades externas): Conscincia por parte dos responsveis para a gesto dos resduos hospitalares aliado disponibilidade do Governo e das instituies internacionais para investir em infra-estruturas e no sistema de sade Recursos humanos com capacidade de assimilao de novas tecnologias e de novas reas de conhecimento apoiados pelas ONGs existentes em Angola e financiados por instituies internacionais favorecem a execuo do Plano de Resduos hospitalares em Angola A existncia de algumas unidades de incinerao e a disponibilidade de instalaes (embora com necessidades de remodelaes) face fase actual de aumento de investimentos quer do Governo quer de entidades financiadoras internacionais permite criar um quadro positivo de condies tecnolgicas a curto prazo. Constrangimentos (fraquezas internas a reduzir/eliminar conjugado com as oportunidades externas que podem ser desperdiadas)40/110

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As lacunas existentes nos aspectos jurdico-legais e na gesto de resduos hospitalares podem comprometer os resultados dos investimentos em infra-estruturas quer do Governo quer de entidades financiadoras internacionais A grande dimenso do pas e as dificuldades de transporte rodovirio condicionam o interesse por parte de investidores privados nacionais e internacionais nesta rea de negcio baixo nvel de cooperao entre as unidades de sade no se adequa aos modelos de financiamento de instituies internacionais, nomeadamente o Banco Mundial Vulnerabilidades (foras internas conjugadas com as ameaas externas) A conscincia da necessidade de mudana e de intervenes de fundo no sector dos resduos hospitalares, por parte dos dirigentes e funcionrios, pode no ser suficiente face a dificuldades de implementao do projecto em zonas mais remotas e escassez de tcnicos devidamente formados. Apesar de haver predisposio para o desenvolvimento de acordos de cooperao entre a unidades de sade e preocupao por parte do governo na organizao e gesto dos resduos hospitalares, um deficiente trabalho realizado poder conduzir a uma mudana de opinio internacional no processo de desenvolvimento de Angola. Problemas (ameaas externas conjugadas com as fraquezas internas) Uma mudana de opinio internacional no processo de desenvolvimento de Angola associada ao actual estado de instalaes e no existncia de equipamentos constitui um srio problema nesta rea de interveno. Um outro problema de importncia superior relaciona-se com a carncia de legislao associada no existncia de Planos de Gesto de Resduos hospitalares e escassez de tcnicos qualificados A deficiente sensibilizao e consciencializao dos tcnicos e da populao em geral associado a atrasos em investimentos (quer humanos, quer materiais) dificulta a obteno de solues a curto e a mdio prazo. 3.2.6. Concluso Face anlise efectuada no ponto anterior, poderemos desde j indicar alguns factores crticos, sendo estes factores considerados decisivos para o sucesso de qualquer interveno no sector do resduos hospitalares. ORGANIZAO E GESTO Necessidade de uma gesto adequada a todos os nveis, com planos de gesto integrada, nomeadamente: gesto estratgica dos resduos hospitalares quer a nvel central, quer a nvel provincial quer ainda a nvel das Unidades de sade; organizao e gesto de todo o processo de recolha, armazenagem e destino final bem como das actividades inerentes; organizao e gesto da logstica dos transportes; organizao e gesto das unidades incineradoras e aterros sanitrios; Necessidade de encontrar solues conjuntas para problemas comuns; Criao de sinergias entre as Unidades de sade e as entidades gestoras de aterros e de incineradoras;41/110

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RECURSOS HUMANOS Necessidade de sensibilizar e formar o pessoal ligado ao sector da sade de forma a o qualificar e o manter motivado a todos os nveis POLTICAS, LEGISLAO E REGULAMENTAO Definio de polticas Ambientais contemplando o sector dos resduos hospitalares; Elaborao de Legislao adequada problemtica ambiental e adaptada s normas ambientais internacionais Elaborao de regulamentos especficos para os resduos hospitalares. SENSIBILIZAO E FORMAO Qualquer interveno na Gesto de Resduos hospitalares necessita de disponibilidade de todos os agentes envolvidos, pelo que premente a forte sensibilizao de todos estes; Desenvolver programas de sensibilizao, amplos e abrangentes, dirigidos aos agentes intervenientes no sistema de sade e populao em geral, da necessidade higiene e do tratamento dos resduos hospitalares. A componente sensibilizao deve incidir no s ao nvel dos Resduos hospitalares mas tambm ao nvel da higiene, visto ser muito difcil alertar todos os agentes envolvidos entidades, dirigentes, pessoal e utentes - para a problemtica dos Resduos hospitalares em Unidades de sade degradadas e com deficiente situao de higiene; de realar a complexidade das componentes sensibilizao e formao , visto implicar mudana de mentalidades, o que se revela sempre num processo moroso; QUESTES FINANCEIRAS E DE INVESTIMENTO As Unidades de sade tm de dispor de oramentos que assegurem as actividades de gesto de resduos hospitalares. Tem de haver planos de investimento em infra-estruturas de Unidades de sade de forma a promover a melhoria da higiene e do tratamento do resduos hospitalares nas Unidades de sade. Desenvolver programas para obteno de ajudas pblicas nacionais e internacionais para a organizao e gesto, sensibilizao e formao e construo de infra-estruturas gerais e reabilitao de instalaes existentes.

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3.3.

Estimativa da produo de resduos hospitalares em AngolaHospitais N 5 10 4 4 7 6 8 2 5 2 12 5 3 10 5 2 5 4 C/H 50 167 180 120 162 153 121 78 100 147 216 148 64 62 84 177 189 64 Camas utili. Prod/dia (kg) 188 1.253 539 361 853 688 727 117 376 221 1.946 556 144 464 314 266 708 192 113 752 323 216 512 413 436 70 225 132 1167 333 86 278 189 159 425 115 5.945 Prod/ano (kg) 4.1063 27.4462 11.7932 7.9004 18.6752 15.0617 15.9158 2.5623 8.2289 4.8290 42.6065 12.1709 3.1536 10.1507 6.8821 5.8145 15.5052 4.2048 2.170.071 N 2 25 7 11 36 21 4 12 18 8 34 5 3 18 14 6 19 6 Centro Sade Prod/dia (kg) Prod/ano (kg) 36 450 126 198 648 378 72 216 324 144 612 90 54 324 252 108 342 108 4.482 13.140 164.250 45.990 72.270 236.520 137.970 26.280 78.840 118.260 52.560 223.380 32.850 19.710 118.260 91.980 39.420 124.830 39.420 1.635.930 N 30 65 35 79 44 99 15 27 108 52 13 12 32 50 145 33 55 32 Posto de Sade 150 325 175 395 220 495 75 135 540 260 65 60 160 250 725 165 275 160 4 630 54.750 118.625 63.875 144.175 80.300 180.675 27.375 49.275 197.100 94.900 23.725 21.900 58.400 91.250 264.625 60.225 100.375 58.400 1.689.950 TOTAL 108.953 557.337 227.797 295.449 503.572 469.262 212.813 153.738 397.649 195.750 673.170 176.459 109.646 311.017 425.426 157.790 380.257 139.868 5.495.951

Provncia Bengo Benguela Bi Cabinda Huambo Hula Kuango Kubango Kwanza Norte Kwanza Sul Kunene Luanda Lunda Norte Lunda Sul Malange Moxico Namibe Uge Zaire

Prod/dia (kg) Prod/ano (kg) ANUAL (kg)

TOTAL DO PAS/ANO Notas:

A produo de resduos por Hospital estimada em (de 0,5 a 1,3 kg/cama/dia) = 0,6 kg/cama/dia A produo de resduos por Centro de Sade estimada em (entre 15 a 25 kg/dia) = 18 Kg/dia A produo de resduos por Posto de Sade estimada em (entre 5 a 8 kg/dia) = 5 Kg/dia Taxa de ocupao mdia das camas nos hospitais estimada em = 75% Nos hospitais sem indicao do nmero de camas atribu-se o nmero de 50 camas Estimativa do total de resduos hospitalares infectados em Angola de 25% (20 a 30%) = 1.373.988 kg Estimativa do total de resduos hospitalares cortantes e perfurantes em Angola de 3% (2 a 5%) = 164.879 kg C/H a mdia de camas por hospital em cada Provncia Fonte de informao sobre n. de Unidades de sade: Ministrio da Sade

Tabela 8: Estimativa de Produo de Resduos hospitalares em Angola

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4. ESTRATGIA PARA A IMPLEMENTAO DO PLANO DE GESTO DE RESDUOS HOSPITALARES4.1. OBJECTIVO ESTRATGICO 1: Reforar o quadro institucional, legislativo e regulamentar 4.1.1. Introduo

Quaisquer actividades ligadas ao ambiente, higiene e aos resduos, nomeadamente nos estabelecimentos de sade, para serem geridas de forma eficaz, necessitam de um enquadramento jurdico-legal que possa dar corpo a intervenes a nvel central e a nvel provincial. Leis e Regulamentos permitem envolvimentos polticos, definies de planos de execuo, intervenes junto das unidades de sade, alertas para a populao, coeso a nvel nacional e suporte para que os dirigentes e os agentes activos possam desenvolver actividades com o objectivo principal de minimizar os efeitos dos resduos gerados pela actividade do Homem. 4.1.2. Acordos internacionais, legislao e princpios subjacentes

Nestes domnios os acordos internacionais so muito importantes, te