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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO AMANDA ELI GONZAGA PLANO DE NEGÓCIOS ELI’S ESTÉTICA São José 2014

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

AMANDA ELI GONZAGA

PLANO DE NEGÓCIOS ELI’S ESTÉTICA

São José

2014

AMANDA ELI GONZAGA

PROJETO DE ESTÁGIO

PLANO DE NEGOCIOS PARA A

IMPLANTAÇÃO DE UM SALÃO DE BELEZA NO BAIRRO CAMPECHE

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Kobrasol, como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Professor Orientador: Profº. Esp. Crisanto Soares Ribeiro.

São José 2014

AMANDA ELI GONZAGA

PLANO DE NEGÓCIOS ELI’S ESTÉTICA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE) foi julgado adequado para obtenção

do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão.

Área de concentração: Empreendedorismo.

São José, novembro de 2014.

Prof(a) Msc. Josiane da Luz UNIVALI – CE São José

Coordenador(a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof Esp. Crisanto Soares Ribeiro UNIVALI – CE São José

Professor Orientador

Prof(a) Esp. Janypher Marcela Inácio UNIVALI – CE São José

Membro

Prof(a) Maria Albertina Bonin UNIVALI – CE São José

Membro

AGRADECIMENTO

O primeiro e maior agradecimento vai para minha irmã Anelise Eli, que foi a

responsável pelo estímulo e auxílio em todo o processo de construção desse sonho.

Faço uma homenagem especialíssima a toda minha família, em especial a

Thiago João Farias meu companheiro e grande incentivador de mais essa conquista,

obrigada por sua paciência e seu amor.

Ao professor orientador e amigo Crisanto Ribeiro que através de seu

conhecimento e bondade possibilitou a concretização de uma grande vitória e um

grande aprendizado, para você o meu reconhecimento.

O meu profundo agradecimento aos professores Ayrton Santos de Queiroz e

Rogerio Raul da Silva, pelo conhecimento adquirido, vocês foram verdadeiros

mestres e imprescindíveis na construção desse trabalho, Agradeço aos membros da

banca, pelas orientações fundamentais para a conclusão do trabalho.

A minha querida “Giseli”, Luiza Oliveira companheira de trabalhos e festas te

levarei comigo para o resto da vida, obrigada pela parceria e por me aguentar

durante esses 4 anos. Meu muito obrigada ao amigo André Borchardt, que fez com

que esse desafio se tornasse mais leve e possível.

Por fim agradeço de coração a pessoa que representou toda essa jornada:

Claudia Regina das Chagas Minha Tia, Amiga, Colega de trabalho, Colega de

classe, entre trancos e barrancos conseguimos, não foi fácil, mas você acreditou que

seria possível. Obrigada pelos puxões de orelhas, por sua persistência e carinho

enfim por esse amor fraterno que me dedicasse e me dedicas diariamente, Te amo.

“Uma mulher que corta seus

cabelos está prestes a mudar sua vida”

Coco Chanel

RESUMO

O culto à beleza é uma forte tendência nos dias atuais, de acordo com a revista Exame (2013) esse mercado vem crescendo significativamente nos últimos anos. Cita que o Brasil já ocupa o terceiro lugar no consumo de produtos de beleza, tal fato é fruto da competição e das mudanças do comportamento social, a participação crescente da mulher no mercado de trabalho, o aumento da expectativa de vida das pessoas, e à estabilidade da economia. Apresentando desse modo um nicho de mercado importante e promissor a ser explorado por empreendedores que pretendem abrir um salão de beleza. De acordo com Dornellas (2008) o empreendedor precisa planejar seu negócio para que este seja bem sucedido. Destaca que um plano de negócios é um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores, parceiros e clientes. Sendo assim o presente trabalho tem como proposta elaborar um plano de negócio para a implantação do Eli’s Estética, um salão de beleza no bairro Campeche. O procedimento metodológico desenvolveu-se por meio de questionário, no qual foi possível identificar os principais aspectos dos clientes referentes ao consumo de produtos e serviços oferecidos por um salão de beleza. Também neste contexto, foram avaliados os concorrentes, o que proporcionou base sólida para enfrentar um mercado tão competitivo, nesse estudo foi realizado um levantamento de todos os recursos necessários para abertura do novo empreendimento. Para concluir a viabilidade do negócio, utilizamos como indicador financeiro o método de payback, com auxilio do software plano de negócios do SEBRAE. Portanto, após todas estas aplicações verificou-se que é altamente viável a implantação do Eli’s Estética.

Palavra- Chave: Empreendedorismo, Plano de Negócios, Salão de Beleza.

ABSTRACT

The cult of beauty is a strong trend nowadays. According to the magazine Exame (2013) this market has grown significantly in recent years, leading Brazil to occupy the third position in the consumption of beauty products. This fact is the result of competition, changes of social behavior, the growing participation of women in the labor market, the increase of life expectancy, and may contribute to the stability of the economy. Thereby this area represents a important and promising market to be exploited by the businessmen that wish to open a beauty salon. According Dornellas (2008), the key point of a successful business is the planning, that attracts more investors, suppliers, partners and customers. Therefore, this study aimed to drawing up a business plan for the deployment of a beauty salon (Eli's Aesthetics), in the neighborhood of Campeche. The methodological approach was developed through a questionnaire, in which was possible to identify the main aspects of the customers regarding the consumption of products and services offered by a salon. Were also evaluated the competitors beauty salons, which provided solid information to compete in this market. In this study was performed a survey of all resources required to opening this new business venture. To verify the business viability, we used a financial indicator (method of payback), using the business plan software of SEBRAE. Finally, after all these applications it has been found that it is highly feasible the implementation of the salon Eli's Aesthetics in the neighborhood of Campeche. Key-words: Entrepreneurship, Business Plan, Beauty Salon.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Razões para a construção do PN .............................................................. 26

Figura 2- Informações do Plano de Negócios ........................................................... 27

Figura 3 - Balanço Patrimonial .................................................................................. 50

Figura 4 - Estrutura da DRE ...................................................................................... 52

Figura 5 - Fórmula do Ponto de Equilíbrio ................................................................. 57

Figura 6-Capital Social Eli's Estética ......................................................................... 69

Figura 7- Localização dos concorrentes .................................................................... 85

Figura 8 - Panfleto Promocional ................................................................................ 89

Figura 9 - Cartão Fidelidade Frente .......................................................................... 91

Figura 10 - Cartão Fidelidade Verso ......................................................................... 91

Figura 11 - Localização Eli's Estética ........................................................................ 93

Figura 12 - Planta Baixa ............................................................................................ 95

Figura 13 - Planta Humanizada ................................................................................. 96

Figura 14- Fachada Eli's Estética .............................................................................. 97

Figura 15 - Fluxograma Recepção ............................................................................ 99

Figura 16 - Fluxograma Assistente de Cabeleireiro ................................................ 100

Figura 17 - Fluxograma Cabeleireiro ....................................................................... 101

Figura 18 - Fluxograma da Depiladora .................................................................... 103

Figura 19 - Fluxograma Manicure/Pedicura ............................................................ 104

Figura 20 - Organograma da Organização .............................................................. 106

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Gênero da amostra ................................................................................... 70

Gráfico 2- Faixa etária ............................................................................................... 71

Gráfico 3- Residentes no Bairro Campeche .............................................................. 72

Gráfico 4- Renda Familiar Mensal ............................................................................. 73

Gráfico 5- Frequência de consumo de serviços ........................................................ 74

Gráfico 6- Serviços utilizados .................................................................................... 75

Gráfico 7- Valor pago por serviços prestados ........................................................... 76

Gráfico 8- Formas de pagamento .............................................................................. 77

Gráfico 9- Salão que frequenta ................................................................................. 78

Gráfico 10- Motivo que leva a frequentar o salão de beleza ..................................... 79

Gráfico 11- Diferencial da estrutura física ................................................................. 80

Gráfico 12- Anseio do consumidor em relação a produtos e serviços ....................... 81

Gráfico 13 - Meio de comunicação ............................................................................ 82

Gráfico 14 - Descrição dos investimentos ............................................................... 111

Gráfico 15 - Estimativa de custos fixos ................................................................... 117

Gráfico 16 - Demonstrativo de Resultados .............................................................. 118

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cinco Ingredientes Básicos do Sumário Executivo .................................. 31

Tabela 2- Serviços utilizados..................................................................................... 75

Tabela 3- A motivação a frequentar o salão citado na questão 9.............................. 79

Tabela 4 - Meio de comunicação .............................................................................. 82

Tabela 5 - Preço de Venda........................................................................................ 88

Tabela 6 - Capacidade Instalada ............................................................................... 98

Tabela 7 – Estimativa de Investimento fixo ............................................................. 107

Tabela 8 - Estimativa de estoque inicial .................................................................. 108

Tabela 9 - Prazo médio de recebimento ................................................................. 109

Tabela 10 - Prazo médio de pagamento dos fornecedores ..................................... 109

Tabela 11 - Necessidade média de estoque ........................................................... 109

Tabela 12 - Necessidade Líquida de Capital de giro em dias ................................. 110

Tabela 13 – Estimativas dos investimentos pré-operacionais ................................. 110

Tabela 14 - Investimento Total ................................................................................ 111

Tabela 15 - Faturamento Mensal ............................................................................ 112

Tabela 16 - Custos Unitários ................................................................................... 112

Tabela 17 - Custo de comercialização .................................................................... 113

Tabela 18 - Custo de mercadoria vendida .............................................................. 114

Tabela 19 - Custos com mão de obra ..................................................................... 115

Tabela 20 - Custos de depreciação ......................................................................... 115

Tabela 21 – Dos custos fixos da empresa .............................................................. 116

Tabela 22 - Demonstrativo de Resultado ................................................................ 117

Tabela 23 - Indicadores de Viabilidade ................................................................... 118

Tabela 24 - Ações Preventivas e Corretivas ........................................................... 119

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Características do empreendedor ........................................................... 23

Quadro 2 - Estrutura de Plano de Negócio ............................................................... 29

Quadro 3 - Setor de Atividade Econômica ................................................................ 32

Quadro 4 - Fórmula do cálculo do VPL ..................................................................... 55

Quadro 5 Matriz F.O.F.A ........................................................................................... 59

Quadro 6 - Análise dos Concorrentes ....................................................................... 83

Quadro 7 Fornecedores ............................................................................................ 85

Quadro 8 - Necessidade de Pessoal ....................................................................... 105

Quadro 9 - Matriz F.O.F.A ....................................................................................... 120

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 16

1.1 Objetivo geral ............................................................................................. 17

1.2 Objetivos específicos .................................................................................. 18

1.3 Justificativa ................................................................................................. 18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 21

2.1 O surgimento do empreendedorismo ......................................................... 21

2.2 A importância do Empreendedorismo ........................................................ 21

2.3 O Empreendedor e seu Perfil ..................................................................... 22

2.4 Plano de Negócio ....................................................................................... 25

2.5 Importância do Plano de Negócios ............................................................. 27

2.6 Estrutura do Plano de Negócio ................................................................... 28

2.6.1 Sumário Executivo ...................................................................................... 30

2.6.2 Setores de Atividades ................................................................................. 32

2.6.3 Forma Jurídica ............................................................................................ 32

2.6.4 Enquadramento Tributário .......................................................................... 33

2.7 Análise de Mercado .................................................................................... 35

2.7.1 Estudo dos clientes .................................................................................... 36

2.7.2 Estudo dos concorrentes ............................................................................ 37

2.7.3 Estudo dos fornecedores ............................................................................ 38

2.8 Plano de Marketing ..................................................................................... 38

2.8.1 Produtos e Serviços ................................................................................... 39

2.8.2 Preço .......................................................................................................... 40

2.8.3 Promoção ................................................................................................... 41

2.8.4 Praça .......................................................................................................... 43

2.8.5 Localização do negócio .............................................................................. 43

2.9 Plano Operacional ...................................................................................... 45

2.9.1 Layout ......................................................................................................... 45

2.9.2 Capacidade Produtiva ................................................................................ 46

2.9.3 Processos Operacionais ............................................................................. 47

2.9.4 Necessidade de Pessoal ............................................................................ 47

2.10 Plano Financeiro ......................................................................................... 48

2.10.1 Investimento Inicial ..................................................................................... 48

2.10.2 Balanço Patrimonial .................................................................................... 49

2.10.3 Demonstração de Resultado ...................................................................... 51

2.10.4 Demonstração de Fluxo de Caixa .............................................................. 53

2.10.5 Métodos de Análise de Investimentos ........................................................ 54

2.10.6 Valor presente líquido (VPL)....................................................................... 55

2.10.7 Taxa Interna de Retorno (TIR) .................................................................... 56

2.10.8 Payback ...................................................................................................... 56

2.10.9 Ponto de Equilíbrio ..................................................................................... 57

2.11 Construção de cenários .............................................................................. 57

2.12 Análise da Matriz F.O.F.A........................................................................... 58

3 METODOLOGIA ........................................................................................ 61

3.1 Caracterização de pesquisa ....................................................................... 61

3.2 Contextos e participantes ........................................................................... 62

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados .................................... 63

3.4 Tratamento e análise de dados .................................................................. 64

4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ................................................ 65

5 PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................. 67

5.1 Sumário Executivo ...................................................................................... 67

5.1.1 Resumo ...................................................................................................... 67

5.1.2 Dados dos Empreendedores ...................................................................... 68

5.1.3 Missão da Empresa .................................................................................... 68

5.1.4 Setores de Atividades ................................................................................. 68

5.1.5 Forma Jurídica ............................................................................................ 69

5.1.6 Enquadramento Tributário .......................................................................... 69

5.1.7 Capital Social e Fonte de Recursos ........................................................... 69

5.2 Análise de Mercado .................................................................................... 69

5.2.1 Análise dos Clientes ................................................................................... 70

5.2.1.1 Gênero dos entrevistados ........................................................................... 70

5.2.1.2 Faixa etária .................................................................................................. 71

5.2.1.3 Residentes do bairro Campeche ................................................................. 72

5.2.1.4 Renda Familiar Mensal ................................................................................ 72

5.2.1.5 Consumo de serviços .................................................................................. 73

5.2.1.6 Serviços Utilizados ...................................................................................... 74

5.2.1.7 Valor pago por serviços prestados .............................................................. 76

5.2.1.8 Forma de pagamento dos serviços de salão de beleza .............................. 77

5.2.1.9 Qual salão costuma frequentar no bairro .................................................... 77

5.2..1.10 Motivação na escolha de um salão de beleza ............................................ 78

5.2.1.11 Diferenciais ................................................................................................. 80

5.2.1.12 Quais produtos e serviços deseja encontrar no salão de beleza ............... 80

5.2.1.13 Formas mais interessante para receber informações do salão .................. 81

5.3 Análise dos Concorrentes........................................................................... 83

5.3.1 Análise dos Fornecedores .......................................................................... 85

5.4 Plano de Marketing ..................................................................................... 87

5.4.1 Produtos e Serviços ................................................................................... 87

5.4.2 Preço .......................................................................................................... 88

5.4.3 Estratégias promocionais ........................................................................... 89

5.4.4 Estrutura de comercialização ..................................................................... 90

5.4.5 Localização do negócio .............................................................................. 92

5.5 Plano Operacional ...................................................................................... 93

5.5.1 Leiaute ........................................................................................................ 94

5.5.2 Capacidade Instalada ................................................................................. 97

5.5.3 Processos Operacionais ............................................................................. 98

5.5.3.1 Fluxograma da Recepção .......................................................................... 98

5.5.3.2 Fluxograma do Assistente de Cabeleireiro ................................................ 100

5.5.3.3 Fluxograma da Cabeleireira ...................................................................... 101

5.5.3.4 Fluxograma da Depiladora ........................................................................ 102

5.5.3.5 Fluxograma da Manicure/ Pedicura ........................................................... 104

5.5.4 Necessidade de Pessoal .......................................................................... 104

5.6 Plano Financeiro ....................................................................................... 106

5.6.1 Estimativa de Investimentos Fixos ........................................................... 107

5.6.2 Capital de Giro – Estoque Inicial .............................................................. 108

5.6.3 Capital de giro – caixa mínimo ................................................................. 109

5.6.4 Estimativas dos investimentos pré-operacionais ...................................... 110

5.6.5 Estimativas dos investimentos totais ........................................................ 111

5.6.6 Faturamento mensal da empresa ............................................................. 112

5.6.7 Custo Unitário ........................................................................................... 112

5.6.8 Custos de comercialização ....................................................................... 113

5.6.9 Apuração dos custos da MV ..................................................................... 114

5.6.10 Custo com mão de obra ........................................................................... 115

5.6.11 Custo com depreciação ............................................................................ 115

5.6.12 Custos fixos operacionais mensais .......................................................... 116

5.6.13 Demonstrativo de Resultados ................................................................... 117

5.6.14 Indicadores de Viabilidade........................................................................ 118

5.7 Construção de Cenários ........................................................................... 119

5.7.1 Ações preventivas e corretivas ................................................................. 119

5.7.2 Análise da Matriz F.O.F.A......................................................................... 120

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 122

Referências ............................................................................................................ 124

Apêndice A ............................................................................................................. 129

16

1 INTRODUÇÃO

Embora não seja um fenômeno recente, o culto à beleza é uma forte

tendência nos dias atuais. De acordo com o SEBRAE (2013) tal fato tem se

acentuado nos últimos anos, fruto da competição e de mudanças do comportamento

social. Dentre elas uma participação crescente da mulher no mercado de trabalho, o

aumento da expectativa de vida das pessoas e à estabilidade da economia.

A preocupação com a aparência não é uma exclusividade feminina. Os

homens têm mostrado cada dia mais, interesse crescente em produtos e serviços de

beleza. Com isso, os gastos com artigos dessa natureza têm aumentado também

por parte desse público, mostrando-se um nicho de mercado importante e promissor

a ser explorado por empreendedores que pretendem abrir um salão de beleza

(ESTADÃO, 2013).

Diante desse crescimento, a beleza está entre os segmentos que mais gera

oportunidades no mercado de trabalho. A evolução da cosmetologia fez surgir um

mercado com alta qualidade na oferta e variedade de serviços, a compreensão

desses fatores nos leva a observar o grande crescimento de uma massa de

consumidores totalmente voltados ao consumo de produtos e serviços oferecidos na

área estética.

Através da análise dos dados descritos acima, identifica-se um nicho de

mercado com grande potencial a ser explorado e com grandes expectativas de

faturamento no ramo da beleza e estética, porém é preciso estar atento a

determinados pontos importantes.

O mercado atual está cada vez mais competitivo exigindo uma rápida

adequação das organizações, os clientes estão cada vez mais informados sobre os

produtos e serviços oferecidos pelo mercado em geral e isso os torna mais exigentes

perante sua decisão de compra. Para entrar no mercado de trabalho, principalmente

no ramo da beleza, onde o bem estar e a satisfação das pessoas estão em jogo, é

necessário apurar a viabilidade e a sustentabilidade futura do negócio, assim como

prever possíveis situações de risco.

17

Para abertura do próprio negócio não basta apenas montar uma estrutura e

esperar que os clientes apareçam. Abrir um negócio é fácil, o difícil é mantê-lo.

Estudos realizados pelo SEBRAE (2013) revelam que 30% das empresas brasileiras

fecham suas portas logo no primeiro ano de vida. Alguns fatores interferem

negativamente no desempenho e na rentabilidade de uma empresa, uma delas é a

inexperiência do empresário em lidar com as operações burocráticas do dia a dia,

além da falta de planejamento na constituição do empreendimento.

O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio

assumindo riscos calculados. Sendo assim empreender é sempre um risco, mas

empreender sem um planejamento é um risco que pode ser evitado. Apesar de não

ser garantia de sucesso, o plano de negócios é uma ferramenta imprescindível para

a tomada de decisões acertadas.

Dornelas (2001) enfatiza que o plano de negócios é a ferramenta onde o

empreendedor expõe suas ideias em uma linguagem simples de fácil entendimento

e que principalmente, mostre a viabilidade e probabilidade de sucesso do negócio.

Portanto o Plano de Negócios deve ser o primeiro passo a ser tomado ao pensar em

empreender, é necessário que o novo empreendimento esteja preparado para

enfrentar a concorrência do mercado, acertando na tomada de decisão e

amenizando os riscos de forma significativa.

Percebendo a importância de um estudo mais profundo, surgiu a proposta de

estudar um plano de negócio para a implantação do empreendimento na área da

beleza no bairro Campeche.

Portanto essa pesquisa pretende responder a seguinte pergunta: Como o

Plano de Negócio pode auxiliar o micro empresário na abertura de seu

empreendimento

1.1 Objetivo geral

Para Lakatos e Marconi (2011), toda pesquisa deve ter um objetivo delimitado

para saber o que se vai investigar, assim sendo o objetivo geral desse trabalho é:

18

Elaborar um plano de negócio para a implantação do Eli’s Estética, no bairro

Campeche em Florianópolis.

1.2 Objetivos específicos

Segundo Lakatos e Marconi (2011), objetivo específico é o desdobramento do

assunto a ser investigado, ou seja, o detalhamento do objetivo geral. Desta forma

faz necessária a elaboração dos objetivos específicos:

a) Identificar o perfil dos clientes potenciais;

b) Elaborar um plano operacional;

c) Desenvolver um plano de marketing;

d) Verificar a viabilidade do empreendimento.

1.3 Justificativa

Empreender e ter a própria empresa tem se tornado o sonho da maioria dos

brasileiros, de acordo com uma pesquisa realizada pela GEM - Global

Entrepreneurship Monitor, em parceria com o SEBRAE (2012), revela que 43,5%

dos brasileiros sonham em ter um negócio próprio, e apenas 24,7% optaram em ter

uma carreira em uma empresa.

O mercado da beleza vem crescendo significativamente nos últimos anos. A

revista Exame (2013) relata que o Brasil já ocupa o terceiro lugar no consumo de

produtos de beleza, atrás dos Estados Unidos e Japão. O aumento do consumo

inclui o público feminino e o público masculino, de diferentes faixas etárias e classe

sociais.

A frequência e os gastos no salão estão cada vez maiores. Segundo pesquisa

realizada pelo Instituto Data Popular (2013), 21% das mulheres da classe média

afirmaram ir ao menos três vezes por mês ao salão de beleza. Entre o público

feminino da classe alta o percentual com essa frequência é de 38%. Mesmo entre as

mulheres de classe baixa, 11% estiveram em um salão de beleza mais de duas

vezes no mês. Na classe alta a média foi de 2,69 vezes no mês, na média, 2,54

vezes e, na baixa, 1,99.

19

Outro dado significativo na pesquisa aponta que Brasileiros com renda entre

dois e dez salários mínimos gastam 1,3% do que ganham mensalmente para cuidar

dos cabelos e das unhas. É quase o dobro da despesa com arroz e feijão (0,68%).

Os gastos com shampoo, condicionador, maquiagem (1,46 do salário) chegaram a

ser quase a mesma coisa que se gasta com carne (1,73%). Um estudo proposto

pelo FGV (Fundação Getúlio Vargas, 2013) indica que há uma projeção de aumento

da renda do brasileiro, apontando a migração de 20 milhões de pessoas das classes

D e E para a classe C nos próximos três anos. Outra tendência, já conhecida, é o

aumento da presença da mulher no mercado de trabalho, fazendo com que o nicho

da beleza cresça ainda mais.

É oportuno, portanto um estudo mais profundo sobre o empreendedorismo,

tendo em vista que a maior parte dos negócios criados no Brasil são as pequenas

empresas que contribuem cada vez mais para o desenvolvimento econômico e

social do país.

Poucas são as áreas que chamam tanta atenção nos dias atuais quanto o

empreendedorismo, portanto elaborar um Plano de Negócios exige muito estudo e

dedicação dos novos empreendedores. Incontestáveis livros e artigos destacam a

importância do tema, o presidente do conselho de administração da Harvard

Business School, e membro da junta de diretores de diversas empresas privadas

WILLIAM A. SAHLMAN justifica a importância do Plano da seguinte forma: “na falta

de uma bola de cristal, um plano de negócios construído com as informações e

análise certas só pode ser considerável indispensável”. (SAHLMAN, 2002, p. 53).

De acordo com Dornellas (2008) o empreendedor precisa planejar seu

negócio para que este seja bem sucedido. Destaca ainda que um plano de negócios

é um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores, parceiros e clientes.

Infelizmente alguns empreendedores não dão a devida importância para essa

essencial arma que é o plano de negócios, em decorrência deste fato pode-se

observar uma mortalidade prematura extremamente alta de pequenos e micro

negócios. A insuficiência de informações é a principal causadora da morte desses

novos negócios.

20

A princípio este estudo terá a importância na comprovação ou não da

viabilidade da implantação de um salão de beleza. Para a sociedade em geral a

implantação deste empreendimento significa crescimento, valorização, do bairro e

oportunidades de emprego. Considerando a comodidade de ter disponível no próprio

bairro, perto de casa, uma opção de serviço diferenciado na área da beleza, sem a

necessidade de se deslocar para centro ou bairros vizinhos.

O tema mostra a importância do empreendedorismo para toda a comunidade

acadêmica a fim de estimular o sonho de abrir seu próprio negócio, permitindo um

conhecimento mais profundo sobre a importância do plano de negócios assim como

assuntos relacionados com o mercado da beleza.

Esse projeto serve como ferramenta para que a empresa possa analisar a

viabilidade da abertura do empreendimento, identificando os passos que devem ser

tomados para o alcance dos objetivos, minimizando os riscos e incertezas.

A pesquisa permitirá que a acadêmica desenvolva na prática os

conhecimentos adquiridos durante o Curso de Administração. Por se tratar de um

projeto cujo autor é o mesmo que o autor da pesquisa existe a necessidade de

conhecer o mercado de atuação da empresa e a viabilidade que este oferece para a

implantação do negócio.

Tendo em vista a oportunidade de realizar um Trabalho de Conclusão de

Estagio (TCE) do Curso de Administração juntamente com a pretensão de abrir seu

próprio negócio no bairro em que reside, considera-se o momento oportuno para a

realização desse estudo. A explosão imobiliária decorrente nos últimos anos, e a

propensão do crescimento do bairro foram fatores determinantes para a escolha do

local onde será implantado o empreendimento. O ramo escolhido (beleza) faz parte

de um nicho de mercado com grande potencial a ser explorado.

Quanto ao critério viabilidade, o presente trabalho não encontrou nenhum

impedimento, existe disponibilidade financeira e temporal para a realização da

pesquisa, e o tema possui uma imensa disponibilidade bibliográfica para o

desenvolvimento teórico.

A viabilidade deste trabalho será identificada a partir da coleta de informações

realizadas durante o estágio.

21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com o intuito de fornecer embasamento bibliográfico acerca dos tópicos

analisados, serão apresentados neste capítulo conteúdos que favorecem a

condução desse trabalho tais como: história e a importância do empreendedorismo,

o empreendedor e seu perfil, a importância e estrutura do plano de negócios.

2.1 O surgimento do empreendedorismo

O empreendedorismo no Brasil de acordo com Dornelas (2014) começou a

tomar forma na década de 90, com a criação do SEBRAE e da SOFTEX (sociedade

Brasileira para Exportação de software). Até então assuntos relacionados com

empreendedorismo e criação de pequenas empresas não eram falados, isso porque

o ambiente político não era propício, além da falta de incentivo e de informações

para o auxílio do empreendedor.

Empreendedorismo para Hisrich (2014) diz respeito à criação e o crescimento

dos negócios assim como o crescimento e prosperidades das nações e regiões.

A natureza independente e flexível do trabalho autônomo, a rapidez do

avanço tecnológico e a necessidade de ter mais conhecimento para competição na

economia são alguns dos vários fatores que contribuem para que o

empreendedorismo seja um dos temas mais importantes e procurados no País

atualmente. A seguir será apresentada a importância do Empreendedorismo.

2.2 A importância do Empreendedorismo

Inicialmente o empreendedorismo era tratado como uma opção para aqueles

que procuravam ter um emprego seguro, assim à abertura do próprio negócio era

vista como uma oportunidade de altos retornos financeiros. Outro ponto em

destaque é a ligação que o aumento da inserção de micros e pequenas empresas

têm com o desenvolvimento econômico do país, que cada vez mais tem contribuído

22

através de novos empregos e assim vem diminuindo a desigualdade social

brasileira.

Para Dolabela (2008), o empreendedorismo é visto como o motor da

economia, um agente de mudanças. Ainda na mesma linha Dornelas (2001, p.24)

contribui: “o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico,

criando empregos e prosperidade”. No mesmo contexto Lopes (2010), menciona a

importância do empreendedorismo para economia e ainda o empreendedorismo é a

resposta para se escapar do subdesenvolvimento e processos de globalização.

O SEBRAE (2013) aponta que as empresas de pequeno porte são

fundamentais para estimular a economia do País e possibilitar a inclusão social,

mediante a maior oferta de postos de trabalho. Elas representam 99,1% dos

empreendimentos formais no Brasil, geram 52,2% dos empregos com carteira

assinada e respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas)

oferece apoio aos empreendedores para a abertura do negócio além de oferecer

consultorias, cursos na área de gestão de qualidade, fluxo de caixas, marketing,

finanças, entre outras. Organiza feiras e eventos nacionais e internacionais, promove

rodas de negócios, auxilia o empresário em questões relacionadas ao comercio

exterior e demais eventos voltados a pequenas empresas (DORNELAS 2001).

Diante desse cenário, mais consumidores entrarão no mercado, ávidos por

produtos e serviços de qualidade, positivando o surgimento de mais

empreendedores. Portanto, o estudo do empreendedorismo se torna cada vez mais

pertinente e importante, uma vez que proporciona efetivações de negócios

idealizados, oferecendo mais qualidade de vida para toda sociedade. Apresenta-se a

seguir sobre o Empreendedor e seu perfil.

2.3 O Empreendedor e seu Perfil

23

Dornelas (2001) vê os empreendedores como pessoas diferenciadas, que

possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem e que não se contentam

em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e

limitadas. Schumpeter (1949 apud Dornelas 2001) enfatiza: O empreendedor é

aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos

e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de

novos recursos e materiais.

Segundo Bessant (2007), empreendedores são indivíduos que possuem

necessidade de conquistas e que almejam deixar sua marca no mundo.

Dornelas (2008) vê os empreendedores como pessoas que eliminam

barreiras comerciais e culturais, encurtam distancias, globalizam e renovam os

conceitos econômicos, criam novas relações de trabalho consequentemente trazem

riqueza para a sociedade.

O empreendedor para Chiavenato (2008, p. 7) “é a pessoa que consegue

fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino

financeiro e capacidade de identificar oportunidades [...] alto nível de energia,

imaginação e perseverança”. Dolabela (2014) conceitua o empreendedor como uma

pessoa inconformada por natureza com gana de melhorar continuamente, e

obcecado por solucionar problemas.

O perfil do empreendedor está relacionado com a “pessoa que inicia e ou

opera um negócio para realizar uma ideia ou um projeto pessoal, assumindo riscos e

responsabilidades e inovando continuamente” (CHIAVENATO, 2008, p.4).

Embora não se possa chegar a um único perfil do empreendedor, abrir e gerir

uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. É preciso

entender o mercado, o público que deseja atingir e planejar bem o negócio. Uma

pesquisa realizada pela Endeavor 2013 (Instituto Empreender) identifica os perfis

que compõem o panorama atual do empreendedorismo no País.

As características mais identificadas pela pesquisa são apresentadas no

quadro abaixo:

Quadro 1 - Características do empreendedor

PERFIS CARACTERISTICAS

24

APAIXONADO A maioria é mulher, entre 25 e 35 anos. Em geral, possui empresas nas áreas de saúde, estética e venda de acessórios.

ANTENADO Geralmente é jovem e tem maior renda familiar. Enfrenta obstáculos de conhecimento e investimento.

INDEPENDENTE

Empreendedor mais maduro e estável. Não acessa muito a internet, portanto precisa de conteúdo por meio de revistas e ou jornais. Para resolver problemas financeiros, requer educação sobre linhas de financiamento e oportunidades de acesso a capital.

ARROJADO

A maioria é composta por homens com maior renda pessoal e familiar. Para crescer, precisa de ajuda sofisticada e mentoring /networking com especialistas para resolver problemas de conhecimento empresarial, obstáculos financeiros e pessoais.

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

Conforme Quadro 1, são muitas as características que o empreendedor pode

apresentar porém para obter sucesso na vida empresarial, não basta apenas ter as

características empreendedoras, no ponto de vista de Dornellas (2001) a parte mais

difícil no processo de empreender é saber identificar e avaliar uma oportunidade de

negócios.

Dolabela (2008) orienta que o empreendedor deverá planejar suas ações e

delinear as estratégias da empresa a ser criada ou até mesmo em crescimento.

O SEBRAE (2013) orienta que o empreendedor do ramo da beleza deve ser

muito bem informado sobre tendências da moda, novos produtos e tecnologias, além

de ter facilidade no relacionamento, ser dinâmico e inovador. Além dessas

características básicas é fundamental que os profissionais dessa área saibam lidar

bem com o público, sendo simpáticos e agradáveis para garantir a fidelidade do

cliente e ganhar sua confiança.

Dentre as várias características desejáveis para um empreendedor, uma das

mais importantes é a capacidade de conhecer quais os principais fatores que podem

minimizar as chances de fracasso da sua empresa.

Pesce (2012, p. 31) contribui:

Se você realmente sonha em empreender, a sua idade não importa. O que importa é ser extremamente apaixonado por solucionar problemas e melhorar as vidas das pessoas, e estar disposto a trabalhar arduamente para fazer as coisas acontecerem. O que importa é entender que, às vezes, nem tudo sairá como você espera e estar sempre pronto para aprender e tentar novamente.

25

A seguir será apresentado sobre Plano de Negócios, uma ferramenta

importantíssima que oferecerá ao empreendedor o suporte necessário para sua

nova jornada.

2.4 Plano de Negócio

O plano de negócio é uma ferramenta imprescindível para o empreendedor,

pois é ele quem auxilia no planejamento e desenvolvimento das estratégias do novo

negócio. De acordo com Dornelas (2001) o plano de negócio é um documento que

deve descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a

empresa, seu processo de elaboração envolve um processo de aprendizagem e

autoconhecimento permitindo ao empreendedor a integração com o ambiente de

negócios.

O plano de negócio é um documento usado para descrever o negócio e

apresentar a empresa aos fornecedores, investidores, clientes, parceiros,

empregados, etc. Deve ser o primeiro passo da empresa rumo à inicialização de um

planejamento estratégico.

Biagio e Batocchio (2005) descrevem as cinco razões básicas para que a

empresa elabore um plano de negócios, conforme figura1 abaixo:

26

Figura 1- Razões para a construção do PN

Fonte: Biagio e Batocchio (2005)

Segundo Dolabela (2008) o plano de negócios representa uma ferramenta

necessária ao empreendedor para verificar o potencial da sua ideia, podendo

transformá-lo em um bom negócio.

Ainda Dornelas (2008) argumenta que o plano de negócio é uma ferramenta

para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que seus leitores do

entendam, e que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado.

Complementando as ideias dos autores anteriormente citados, para o

SEBRAE (2013), o plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel

do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança,

pois permite identificar e restringir erros no papel ao invés de cometê-los no

mercado.

O plano de negócios é uma maneira de estruturar a empresa de forma

eficiente e eficaz. Sendo assim o próximo tópico trará a importância da elaboração

deste instrumento de análise.

27

2.5 Importância do Plano de Negócios

Biagio e Batocchio (2005) definem vários pontos importantes de um plano de

negócio, como a possibilidade de avaliar riscos e identificar soluções; definir pontos

fracos e fortes da empresa; identificar e agregar valor ao cliente, elaborar estratégias

de marketing, estabelecer metas, avaliar investimentos retorno do capital investido.

O plano de negócio pode ser considerado uma ferramenta que norteia a empresa

através das seguintes informações básicas:

Figura 2- Informações do Plano de Negócios

Fonte: Adaptado Bizzotto (2008)

Conforme apresentados na figura acima são muitos os fatores abordados no

plano de negócio que possibilitam maior conhecimento ao empreendedor a respeito

dos pontos que podem afetar a administração da empresa.

Chiavenato (2008, p.140), cita as utilidades do plano de negócio:

Cobre todos os aspectos internos e externos do negócio;

Abrange todos os aspectos atuais e futuros do negócio; funciona como uma visão integrada e sistematizada do negócio;

Serve como um guia abrangente para a conclusão do negócio;

Informa o mercado, principalmente investidores, bancos e financeiras- a respeito do negócio;

Divulga aos parceiros internos e externos as características do negócio;

Funciona como um meio de avaliação dos desdobramentos do negócio.

Dornelas (2008) colabora com o conceito de plano de negócio quando diz que

ele é parte fundamental do processo de empreender.

28

É importante salientar que o plano de negócio descreve todo o

empreendimento e através de sua elaboração obtém-se aprendizado e

conhecimento necessário para gestão do futuro empreendimento.

Para o SEBRAE (2013) a principal utilidade de se elaborar um plano de

negócio é concluir se sua ideia é viável e a buscar informações mais detalhadas

sobre o seu ramo, os produtos e serviços que irá oferecer seus clientes,

concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu

negócio. Ao final, seu plano irá ajudá-lo a responder a seguinte pergunta: “Vale a

pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”.

Dando continuidade as ideias dos autores supracitados, pode-se considerar o

plano de negócios um pré-requisito básico que serve para verificar a viabilidade e

sustentabilidade do empreendimento. A seguir serão apresentados modelos de

estrutura de Plano de negócios.

2.6 Estrutura do Plano de Negócio

Independente do seu segmento de mercado, Dornelas (2001) sugere um plano

de negócios seja escrito de acordo com as necessidades do público alvo.

Chiavenato (2008, p.135) enfatiza: “todo novo empreendimento deve ser

visualizado do ponto de vista de um plano de negócio completo e que tenha todos os

elementos importantes para caracterizá-lo adequadamente”.

Cada empresa deve procurar o modelo que melhor lhe convém contribui

Biagio e Batocchio (2005), de acordo com seus objetivos, seus produtos e serviços,

seu mercado, sua estratégia e sua condição financeira.

Uma das recomendações dadas pelo SEBRAE (2013), devemos lembrar de

que um plano de negócio é uma trilha e não trilho e não deve ser encarado como um

instrumento rígido é preciso acompanhamento permanentemente para devidas

correções.

E apresentado a seguir o Quadro 2, contendo o resumo das estruturas de

planos de negócios.

29

Quadro 2 - Estrutura de Plano de Negócio

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

Após a descrição dos modelos de plano de negócios conforme quadro 2,

observa-se pontos convergentes e divergentes entre os autores, um dos pontos

AUTOR ANO DO MODELO ESTRUTURA

1. CAPA

2. SUMÁRIO

DORNELAS 2001 3. SUMÁRIO EXECUTIVO

4. PRODUTOS E SERVIÇOS

5. ANÁLISE DA INDÚSTRIA

6. PLANO DE MARKETING

7. PLANO OPERACIONAL

8. ESTRUTURA DA EMPRESA

9. PLANO FINANCEIRO

10. ANEXOS

1. SUMÁRIO EXECUTIVO

CHIAVENATO 2008 2. ANÁLISE COMPLETA DO SETOR

3. NATUREZA JURIDICA E ESTRUTURA

4. PLANO ESTRATEGICO

7. PLANO OPERACIONAL

8. APENDICES

1. CAPA

2. ÍNDICE

BIAGIO e BATOCCHIO 2008 3. SUMÁRIO EXECUTIVO

4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

5. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

6. PRODUTOS E SERVIÇOS

7. ANÁLISE DE MERCADO

8. PLANO DE MARKETING

9. PLANO OPERACIONAL

10. PLANO FINANCEIRO

11. PLANO DE INVESTIMENTO

12. ANEXOS

1. SUMÁRIO EXECUTIVO

SEBRAE 2013 2. ANÁLISE DE MERCADO

3. PLANO DE MARKETING

4. PLANO OPERACIONAL

5. PLANO FINANCEIRO

6. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

7. AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA

8. AVALIAÇÃO DO PLANO

30

convergentes no qual se pode notar é em relação ao item sumario executivo onde

todos os autores concordam que deve ser o primeiro item na estrutura do plano de

negócios, concordam ainda na necessidade dos itens: análise de mercado, plano de

marketing, plano operacional e plano financeiro. Divergentes:

Dando continuidade ao estudo escolheu-se o modelo proposto pelo

SEBRAE, por apresentar uma estrutura clara e explicativa, aborda os pontos

necessários para a realização desse estudo, além de ser a entidade referência em

promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável de micros e pequenas

empresas. Este modelo conta com o auxílio do software 3.0 que tem por objetivo

oferecer uma ferramenta simples e prática para a elaboração de um plano de

negócios.

Criar uma empresa é um desafio e o plano de negócios, enquanto

instrumento de planejamento, é adotado em todo o mundo, por diversas instituições

e por empresas dos mais diversos porte e setores. Sendo assim o plano se divide

em oito principais pontos, o primeiro ponto descreve o sumario executivo como a

seguir.

2.6.1 Sumário Executivo

O sumário executivo é a primeira seção de um plano de negócios, ele fornece

uma visão geral do projeto, porém deve ser a última parte a ser escrita por se tratar

de uma síntese do plano.

Para Dornelas (2001) o Sumário Executivo é a principal seção de um plano de

negócios, pois é ele quem desperta ou não interesse do leitor, o autor enfatiza que é

necessário que ele seja escrito com muita atenção devendo incluir todas as

principais informações que constam no plano de negócios.

Em linha com Dornelas(2001), Biagio e Batocchio (2005, p.16) salientam que

um sumário mal redigido ou que não defina claramente os objetivos do plano de

negócio desmotivará o leitor a prosseguir com a leitura.

De forma exemplificada Chiavenato (2008, p. 136) descreve o Sumario

Executivo:

31

Texto de um parágrafo sobre a natureza do negócio e os aspectos mais importantes do empreendimento; inclui missão e visão do negócio;

Texto de um parágrafo sobre as necessidades que a empresa vai atender no mercado; inclui o papel do empreendimento em relação á responsabilidade social;

Resumo das características do mercado em que a empresa vai operar; mostra como o mercado está se comportando em relação ao produto /serviço a ser oferecido;

Breve relatório sobre os sócios do empreendimento.

Completando a ideia do autor anteriormente citado o SEBRAE (2013), indica que

ao descrever o plano deve-se fazer um breve relato com suas principais

características, como:

O que é o negócio;

Quais os principais produtos e/ou serviços;

Quem serão seus principais clientes;

Onde será localizada a empresa;

O montante de capital a ser investido;

Qual será o faturamento mensal;

Que lucro espera obter do negócio;

Em quanto tempo espera que o capital investido retorne

Devendo conter ainda cinco ingredientes básicos:

Tabela 1 - Cinco Ingredientes Básicos do Sumário Executivo

Ser simples e conciso apresentando no máximo 3 páginas e 5 minutos de leitura.

Transmitir o profissionalismo da empresa ou projeto.

Despertar o interesse de quem lê.

Destacar as conclusões mais importantes.

Fornecer visão geral e clara do plano.

Fonte: Adaptado SEBRAE (2013)

A análise de mercado é o próximo item a ser desenvolvido de acordo com o

modelo do SEBRAE, podendo ser traduzida por todas as relações de troca de bens,

serviços ou direitos, com os fatores: clientes, concorrentes e fornecedores.

32

2.6.2 Setores de Atividades

Nessa etapa do plano é necessário definir qual é o negócio de sua empresa

e, em qual setor a empresa pretende atuar.

De acordo com Lacruz (2008) os negócios podem ser classificados quanto ao

setor de atividade da seguinte forma:

Quadro 3 - Setor de Atividade Econômica

Agropecuário Atividade principal refere-se à produção de hortaliças, frutas cereais ou a criação e ao tratamento de animais.

Industrial Atividade principal diz respeito à transformação de matérias primas visando a produção de produtos acabados.

Comercial

Atividade refere-se a venda de produtos acabados divide-se em comercio varejistas (supermercados, livrarias, fast foods, etc.) e comércio atacadista (distribuidoras em geral: de vestuário, alimentos etc.).

Prestação de Serviços

Atividade principal é o oferecimento do próprio trabalho ao consumidor, exemplo: bancos, escolas, escritórios, hospitais, salão de beleza, etc.

Fonte: Adaptado Lacruz (2008).

O quadro acima demonstra os principais setores da economia, onde é

necessário enquadrar a estrutura da empresa conforme o setor em que se pretende

atuar.

2.6.3 Forma Jurídica

Aspectos jurídicos representam para Woiler e Mathias (1985), a relação direta

ou indireta referente à viabilidade de um novo negócio. Aspectos diretos estão

quando a empresa assina contratos com fornecedores de matérias primas,

tecnologia, seguros, empréstimos entre outros, atuam indiretamente quando se

refere a forma de sociedade da organização comercial como, seu tipo, seus sócios e

suas respectivas participações.

33

Para o SEBRAE (2013) forma jurídica determina a forma pela qual a empresa será

tratada pela lei, bem como o seu relacionamento jurídico com terceiros. Para isso é

necessário, ter registro na prefeitura da cidade onde funcionará a empresa, no

estado, na Receita Federal e na Previdência Social. Dependendo da atividade pode

ser necessário também o registro na entidade de classe, na secretaria de meio

ambiente e órgãos de fiscalização Apresenta-se a seguir as formas mais comuns

para micros e pequenas empresas:

Microempreendedor Individual – MEI: pessoa que trabalha por conta própria e

que se legaliza como pequeno empresário.

Empresário Individual: pessoa física que exerce atividade econômica

organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Responde com

o seu patrimônio pessoal pelas obrigações contraídas pela empresa.

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada-EIRELI: empresa

constituída por uma única pessoa, titular da totalidade do capital social. A empresa

responde por dívidas apenas com seu patrimônio, e não com os bens pessoais do

titular.

Sociedade Limitada: sociedade composta por, no mínimo, dois sócios, pessoas

físicas ou jurídicas. A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas

cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

2.6.4 Enquadramento Tributário

É necessário escolher a forma de enquadramento tributário da empresa, de

acordo com Barreiros (2010) esta é uma decisão estratégica que pode determinar o

sucesso ou não de um negócio, assim sendo o autor aconselha fazer simulações

para este item antes mesmo da abertura do negócio.

De acordo com Kurita (2013) no Brasil existem três tipos de regime

tributários, segue abaixo os tipos de regime e os pontos essenciais de cada um

deles:

34

Simples Nacional: esse regime traz duas vantagens desejadas por pequenos

empresários: as alíquotas tendem a ser menores e a administração da agenda

tributária é mais simples.

Lucro Presumido: esse regime pode ser vantajoso para empresas cujo lucro seja

superior a 32% do faturamento bruto. Isso porque, para maior parte das empresas, a

base de cálculo dos impostos é 32% sobre o faturamento bruto (essa é a base

presumida).

Lucro Real: esse regime é normalmente adotado por empresas de maior porte,

pois essas carregam grandes despesas ou são obrigadas a adotar esse regime por

força de Lei.

Segundo o SEBRAE (2013) consideram-se microempresas ou empresas de

pequeno porte a sociedade simples e o empresário a que se refere devidamente

registrados no Registro de Empresa Mercantis ou no Registro de Pessoas Jurídicas.

O Simples Nacional destina-se a empresas que se beneficiarão da redução e

simplificação dos tributos, a lei enquadra como microempresa, a pessoa jurídica com

receita anula bruta igual ou inferior a R$ 360 mil, caso seja superior ao valor de 360

mil ao ano e inferior a 3,6 milhões em igual período esta será enquadrada como

empresa de pequeno porte.

O SEBRAE (2013) observa que as empresas não optantes pelo Simples

estarão sujeitas ao recolhimento dos seguintes tributos e contribuições:

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;

PIS – Contribuição para os Programas de Integração Social;

COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social;

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (para indústria);

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercado (para indústria, comércio e

serviços de transporte intermunicipal e interestadual);

ISS – Imposto sobre Serviços (prestação de serviços).

Esses são os principais passos necessários para abrir uma empresa a seguir

será abordado a importância da análise de mercado.

35

2.7 Análise de Mercado

Mercado é o espaço onde ocorrem as relações comerciais entre as pessoas e

empresas e onde são aplicadas as estratégias do negócio.

Análise de mercado é visto como sessão oportunidade para Sahlman (2002),

ele ressalta que os empreendedores devem mostrar percepção ampliada do

contexto do novo empreendimento, avaliando tudo o que poderá dar certo ou errado.

Devendo demonstrar quais ações serão tomadas, caso o contexto se torne

desfavorável aos negócios e explicar quais as maneiras pela qual a gerencia poderá

afetar o contexto de forma positiva.

Sahlman (2002 p.41) enfoca dois questionamentos sobre o mercado que se

deseja atingir:

O mercado total para o produto ou serviço do empreendimento é grande, e está

em rápido crescimento?

O setor já é, ou poderá vir a se tornar, estruturalmente atraente?

De acordo com este autor esse item em um plano de negócios deve

demonstrar e analisar como a oportunidade pode crescer como o empreendimento

poderá expandir sua linha de produtos, serviços, base de clientes ou acesso

geográfico. Sahlman (2002) destaca que os investidores, sentem-se melhor em

relação aos riscos se este for discutido logo no começo e que um bom plano de

negócios deve enfrentar corajosamente os riscos futuros em relação a pessoas,

oportunidades e de contexto.

Um dos propósitos básicos de um Plano de negócio para Biagio e Batocchio

(2005) é demonstrar o conhecimento da empresa sobre o ambiente em que ela está

inserida. Sendo assim análise de mercado é uma forma de conhecer o mercado,

avaliando de forma sistemática o ambiente onde o produto e serviço da empresa se

insere.

Chiavenato (2008) afirma que quanto mais informações a empresa consegue

a respeito de seu mercado, melhor é seu desempenho em relação aos concorrentes

36

que disputam os mesmos fornecedores e os mesmos consumidores, menor é a

incerteza da empresa com relação ao complexo mundo que o cerca.

Para SEBRAE (2013), esta é uma das partes mais importantes do Plano de

Negócios, pois é através da análise mercadológica que o empreendedor terá as

respostas sobre a viabilidade de implantação de seu negócio, e para isso é

necessário conhecer profundamente os clientes, concorrentes e fornecedores.

2.7.1 Estudo dos clientes

Uma pesquisa realizada pela revista EXAME (2013) aponta um crescimento

significativo nos últimos anos no consumo de serviços de beleza. Um dado

importante é que esses novos consumidores estão cada vez mais exigentes e com

fácil acesso as informações sobre tendências e inovações na área da beleza. Sendo

assim é notória a importância de se estudar o perfil dos clientes potenciais, uma vez

que o consumo do serviço estará diretamente a sua satisfação.

Sob este aspecto, Degen (1989, p. 137) afirma que:

[...] a principal razão do fracasso de muitos negócios foi a falta de conhecimento, por parte do empreendedor, sobre o que realmente queriam os seus clientes. Não adianta imaginar um negócio e esperar que agrade aos clientes; é preciso ter certeza, e esta, só se consegue conhecendo bem seus clientes e suas necessidades.

Bizzotto (2008) ressalta a importância de analisar também os não clientes,

que são aqueles que não estão consumindo e não se sentem satisfeitos com os

benefícios que os produtos ou serviços que as empresas fornecem.

É necessário definir o estilo do salão que vai depender do público-alvo. Na

visão do SEBRAE (2013) uma clientela de alto poder aquisitivo, vai exigir um serviço

luxuoso, com um vasto leque de serviços, espaços requintados e um exército de

funcionários para um atendimento perfeito. Um público com tempo escasso exige um

conceito mais simples, contudo sempre optando pela qualidade dos serviços.

O SEBRAE (2013) aponta a existência de consumidores para serviços

relacionados à beleza em todas as classes sociais, havendo possibilidade de

37

sucesso tanto em regiões de classe média ou alta como também em bairros de

menor poder aquisitivo.

O estudo dos concorrentes é um fator importante, pois, é ele quem faz a

mercadoria ou a prestação de serviços girarem dentro da empresa. A seguir será

apresentado sobre o estudo dos concorrentes.

2.7.2 Estudo dos concorrentes

Para Las Casas (2000) esse é o momento de definir a natureza exata das

oportunidades disponíveis no ambiente operacional das organizações assim como

determinar os pontos fracos e os pontos fortes em relação à concorrência.

De acordo com Bizzotto (2008), o empreendedor deve descrever os principais

concorrentes em termos dos pontos fortes que o deixam a frente e dos pontos fracos

que também podem estar contidos na organização que elabora o plano de negócio,

procurando comprar com as soluções que já são conhecidas no mercado.

A concorrência existe para a maior parte dos empreendedores, portanto é

necessário estar preparado para essa ameaça conhecendo os pontos fortes e fracos

desses concorrentes. A maioria dos concorrentes são facilmente identificada a partir

da experiência, de artigos de publicações especializadas, de anúncios, sites ou

mesmo nas páginas amarelas (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).

Dornelas (2014) acrescenta que conhecer o concorrente é obrigação de

qualquer empreendedor que deseja competir e vencer no mercado competitivo

O SEBRAE (2013) acredita que concorrentes são aquelas empresas que

atuam no mesmo ramo de atividade que você e que buscam satisfazer as

necessidades dos seus clientes. Ao analisar a concorrência o empreendedor poderá

aprender importantes lições para o sucesso de seu empreendimento, a concorrência

também deve ser vista como uma situação favorável. Bons concorrentes servem

como parâmetro de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de estímulo à

melhoria.

Para Hisrich (2014) o estudo dos concorrentes proporcionara ao

empreendedor uma base solida para qualquer tomada de decisão no plano de

marketing.

38

2.7.3 Estudo dos fornecedores

O fornecedor para Rezende (2008) é entendido como quem abastece ou

prove produtos ou serviços para a organização atual ou a empresa a ser

estabelecida.

O mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão

fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda

de bens e serviços. Inicie o estudo dos fornecedores levantando quem serão seus

fornecedores de equipamentos, ferramentas, móveis, utensílios, matérias-primas,

embalagens, mercadorias e serviços (SEBRAE, 2013).

Para Dornelas (2014), uma boa relação com os fornecedores poderá resultar

num parcelamento de compras de matérias prima e até mesmo na obtenção de

carência para o pagamento, podendo ajudar significativamente a empresa.

De acordo com o SEBRAE, o estudo dos fornecedores pode ser feito através

de contato pessoal por telefone, e-mail, questões como preço, qualidade, condições

de pagamento e prazo médio de entrega devem ser abordados. É de suma

importância manter um cadastro atualizado dos fornecedores, pois eles fornecem

informações que serão uteis para determinar o investimento inicial e as despesas do

negócio.

Após o estudo e análise do Mercado o empreendedor terá informações

precisas para definir a forma que seu produto ou serviço chegará até o cliente, assim

será apresentado o plano de marketing.

2.8 Plano de Marketing

Plano de marketing é definido por Biagio e Batocchio (2005) como a forma

pela qual a empresa atuará para levar seus produtos e serviços até seu consumidor,

assim como despertar no consumidor o desejo de compra-los.

Na percepção de Dolabela (2008), o plano de marketing como o planejamento

do composto mercadológico de uma organização, com o objetivo de orientar o

39

processo decisório do marketing, mostrando a empresa para onde ela está indo e

como chegar lá.

De acordo com o SEBRAE (2013) O Plano de Marketing não

necessariamente é a garantia para o sucesso de uma empresa, mas ele diminui

muito as chances de errar.

Dornelas (2014) conceitua plano de marketing como a atuação estratégias no

composto de marketing a fim de obter melhor resultado em relação a competidores,

numa visão mais especifica, o autor sugere que o item deverá responder a seguinte

questão: Qual a participação de mercado à empresa quer atingir, o quanto deseja

vender, quanto quer lucrar, em qual segmento e região, com qual penetração de

mercado, para quais consumidores e quanto tempo terá o retorno do seu

investimento.

Tendo em vista uma melhor transparência do assunto, faz-se necessário uma

explanação mais detalhada dos elementos que compõem o marketing: Produto,

Preço, Promoção e Praça, serão apresentados a seguir.

2.8.1 Produtos e Serviços

O primeiro P refere- se ao Produto, Kotler e Armstrong (1995) o definem

como qualquer coisa que possa ser oferecida para aquisição no mercado e que

possa satisfazer um desejo ou necessidade.

Para Kotler (2000) produto ou serviço é a base de qualquer negócio, portanto

a empresa deve ter como objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor para

atingir o mercado alvo e este venha a preferi-lo até mesmo pague um preço mais

alto por ele.

Em um plano de negócio, segundo Dornelas (2001, p.130), a descrição do

produto deve ressaltar suas características e ressaltar suas características e

benefícios. Ou seja, para o empreendedor, deve ficar claro que características estão

relacionadas a aspectos físicos e à funcionalidade, e benefícios à satisfação dos

clientes e ao que o produto pode proporcionar.

Uma boa descrição dos produtos e serviços no ponto de vista de Biagio e

Batocchio (2005) inicia-se pela denominação do produto ou serviço oferecido e sua

40

classificação, seguidas de uma descrição física do produto como aroma, sons, cores

contatos etc. características que afetam os sentidos humanos. Definir claramente as

particularidades de produtos e serviços para Biagio e Batocchio (2005) é

considerado um dos principais pontos de atratividade para os clientes.

Las Casas (2006) afirma que Produto é a parte mais importante do composto

de marketing, pois todas as atividades de uma empresa se justificam pela sua

existência.

Posicionar o produto no mercado, segundo Dornelas (2008, p. 139) é

direcionar o produto para atender às expectativas e necessidades do cliente alvo

escolhido, no segmento do mercado definido. Dessa forma, a empresa busca

estabelecer uma imagem do produto para os clientes, buscando torná-lo melhor e

mais bem aceitável do que o da concorrência.

A descrição das características do produto para Bizzotto (2008) deve ser feita

a partir da perspectiva do cliente, demonstrando como o produto e serviço a ser

oferecido irá alcançar os desejos dos futuros compradores e que o cliente não quer

um produto perfeito, ele deseja apenas um produto que resolva seu problema a um

preço que esteja disposto a pagar.

O SEBRAE (2013) orienta descrever os principais itens que serão fabricados,

vendidos ou quais serviços serão prestados, suas características e as garantias

oferecidas. Lembrando ainda que os serviços que serão oferecidos irão variar de

acordo com o foco do negócio bem como do seu tamanho e dos profissionais dos

quais disponibiliza o empreendimento.

Enfim em relação ao produto são diversas as atividades que podem ser

desenvolvidas, o importante é promover a satisfação do cliente em escala cada vez

maior em relação ao concorrente, o item que segue fala sobre preço um fator

importante na decisão de compra.

2.8.2 Preço

O segundo P diz respeito ao preço que significa a ¨soma de dinheiro que os

clientes devem pagar para obter o produto (KOTLER,1999, p.31).

41

Kotler (1995) enfatiza que os custos do produto definem o piso do preço, e o

que define o teto é a percepção do consumidor quanto ao valor do produto, o preço

da concorrência é um fator que deve ser considerado. Outro fator importante a ser

considerado pelos autores é conhecer a reação dos clientes em relação ao preço

praticado pela empresa, somente dessa forma será possível organizar a melhor

política de preços e descontos.

Para Las Casas (2006) o preço poderá levar a empresa ao desenvolvimento e

a lucratividade enquanto que a sua má determinação poderá levar a empresa a

falência.

A empresa devera identificar às faixas de preços possíveis de atuar em

qualquer situação, identificando os preços mínimos, preço ideal, as margens de

contribuição e de lucro para cada produto comercializado (BIAGIO, BATOCCHIO,

2005, p.139).

Bizzotto (2008), diz não existir preço alto ou preço baixo, o que se deve

avaliar é se o preço cobrado por um determinado produto ou serviço é compatível

com o benefício obtido.

Neste sentido SEBRAE (2013) destaca preço é o que consumidor está

disposto a pagar pelo que você irá oferecer. A elaboração do preço deve considerar

os custos do produto ou serviço, o quanto o consumidor está disposto a pagar, se o

preço será compatível com aquele praticado pelos concorrentes diretos e que ainda

apresente margem de lucros.

Após a definição do preço do produto ou serviço outra questão a ser

analisada é a respeito de como este será vendido e exposto, essa etapa será

discutida no próximo item.

2.8.3 Promoção

O terceiro P trata outra forma de se estimular as vendas que são as

promoções, as quais são muito utilizadas nos lançamentos de novos serviços e

produtos no mercado, para Kotler (2000) pode definir o sucesso da empresa, pois

42

significa todas as atividades de comunicação sobre os atributos do produto para os

potenciais clientes.

Biagio e Batocchio (2005) entendem promoção como o uso de um conjunto

de ações de curto prazo com o objetivo de incentivar o consumidor a comprar mais

rapidamente, em quantidade maior de produtos e serviços.

Na mesma linha de raciocínio este item para Las Casas (2006) significa um

dos mais importantes elementos do composto de marketing. Comunicação é

utilizada para divulgar produtos e serviços, ajuda a construir marcas, gera imagem

positiva, agrega valor.

De acordo com SEBRAE (2013), promoção é toda ação que tem como

objetivo apresentar, informar, convencer ou lembrar os clientes de comprar os seus

produtos ou serviços e não os dos concorrentes. É preciso usar de criatividade para

encontrar a melhore maneira de divulgar seus serviços além de observar o que

fazem os concorrentes. A seguir, estão relacionadas algumas estratégias:

• Propaganda em rádio, jornais e revistas;

• Internet;

• Amostras grátis;

• Mala direta, folhetos e cartões de visita;

• Catálogos;

• Carro de som e faixas;

• Brindes e sorteios;

• Descontos (de acordo com os volumes comprados);

• Participação em feiras e eventos.

A escolha do item deve levar em conta o público alvo que se deseja atingir e

o retorno que a estratégia escolhida trará para a empresa seja na imagem do

negócio, no aumento de número de clientes ou no acréscimo da receita.

Definidos o meio de comunicação a seguir será apresentada a forma com que

o produto e serviço chegarão ao consumidor.

43

2.8.4 Praça

O quarto e último item do Mix de Marketing é a Praça ou canal de distribuição

ou ainda canais de distribuição que se refere à forma que a empresa tornara seus

produtos e serviços disponíveis aos clientes.

Kotler (2000) acrescenta que cada fornecedor deverá decidir como tornar

suas mercadorias disponíveis ao mercado alvo, sendo de forma direta ou por meio

de intermediários.

Biagio e Batocchio (2005) apresentam duas maneiras genéricas de oferecer

produtos e serviços ao consumidor:

Vendas Diretas quando a empresa atua por meio de uma equipe de venda

própria e Vendas Indiretas quando a empresa oferta seus produtos aos

consumidores por meio de atacadistas e varejistas.

Para o SEBRAE (2013), o empreendedor deverá refletir sobre quais serão os

meios mais adequados para se alcançar os clientes, considerando o tamanho dos

pedidos, a quantidade de compradores e o comportamento do cliente, isto é, se ele

tem por hábito comprar pessoalmente, por telefone ou outro meio.

Resumidamente Bispo (2008) aponta que se os 4 elementos do marketing

estiverem devidamente alinhados e apontados para a mesma direção é possível

criar uma boa imagem e o alcançar os objetivos desejados. A seguir o tema

abordado tratará a importância da localização para o sucesso do negócio.

2.8.5 Localização do negócio

Para definir a localização é necessário ter base em dados concretos

citados anteriormente como o estudo dos clientes, concorrentes e

fornecedores, pois para a escolha do ponto ideal requer conhecimento de

mercado.

Uma boa localização é aquela que favorece o acesso das pessoas, com o

menor grau possível de dificuldade. Um salão de beleza deverá estar instalado

próximo ao local de residência do público-alvo ou em locais de grande frequência de

44

público. É importante que o local possua um grande fluxo de pessoas e que favoreça

o estacionamento de veículos além de possuir boas condições ambientais para uma

permanência agradável da clientela (SEBRAE, 2013).

Para Neto (2009) uma boa localização é aquela que maximiza a diferença

entre receitas e desembolsos operacionais.

Outros itens devem ser observados antes da definição pelo local, como a

legislação local, as atividades econômicas da maioria das cidades são

regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU), e essa Lei determina o tipo de

atividade que pode funcionar em determinado endereço. De acordo com o SEBRAE

(2013) a consulta de local junto à Prefeitura é o primeiro passo para avaliar a

implantação do salão.

Outros aspectos que devem ser avaliados num processo de seleção do local

de instalação do salão de beleza:

Fatores de demanda: A característica populacional em torno do

estabelecimento é o principal fator a ser contemplado num estudo de localização.

Não se deve restringir à quantidade de pessoas residentes ou passantes que

frequentam a região. É necessário, além de identificar o perfil socioeconômico dessa

população (faixa etária, renda, nível educacional), identificar os hábitos de consumo

dos frequentadores da região.

Fatores de oferta: Adicionado ao conhecimento do potencial da região

verificado na etapa anterior, é preciso mensurar a influência da concorrência na

região. Se for bem atendida, quem são os concorrentes, como eles atuam e que

espaço de mercado está disponível.

Fatores de custos: A análise do melhor ponto deve envolver também as

condições de sua utilização, inclusive aquelas que influenciam diretamente nos

custos, seja no investimento inicial (luvas, obras, reformas, comunicação), seja no

custo operacional (aluguel, impostos etc.)

Após o desenvolvimento do plano de marketing a próxima sessão trata do

plano de operacional o qual possibilita estruturar e direcionar a empresa, dando

sustentação às decisões mercadológicas.

45

2.9 Plano Operacional

Biagio e Batocchio (2005), afirmam que o plano operacional compreende desde

a maneira de gerenciar o negócio até amaneira de se executar, distribuir e controlar

todos os produtos ou serviços disponíveis pela organização. Contribuem ainda que

nesse item a empresa definirá a forma que irá realizar seu trabalho, como cuidara

dos seus produtos e serviços, como utilizara seus equipamentos e recursos.

Chiavenato (2008) descreve o plano operacional na sexta parte do plano de

negócios abordando os seguintes objetivos: planejamento de produção, orçamento

de despesas gerais, prever vendas, lucro operacional, fluxo de caixa e balancetes

assim como os índices operacionais e financeiros.

Nessa parte do Plano de negócios Bizzotto (2008) entende a necessidade de

descrever como a empresa será gerida, qual será sua estrutura física e de

equipamentos, sua formação legal, o histórico da organização e a equipe

responsável por oferecer produtos e serviços.

Nesse item de acordo com o SEBRAE (2013), deverá conter informações

como localização da empresa via de acesso e estacionamento, bem como layout,

fluxograma das tarefas, prestação de serviços e todas as rotinas administrativas.

O plano operacional avalia de modo geral tudo o que envolve o dia a dia da

organização, então, inicialmente será apresentado o tópico layout, o qual representa

a alocação física dos recursos transformadores na organização.

2.9.1 Layout

O arranjo físico de uma operação é a maneira segundo o a qual se encontrem

dispostos fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da instalação de uma

operação. (CORREA, 2006, p.406).

De acordo com Correa (2006) a decisão do espaço físico é capaz de afetar os

níveis de eficiência e eficácia das operações, visando tanto eliminar atividades que

não agreguem valor como enfatizar atividades que agreguem.

46

A estrutura física na visão de Chiavenato (2008) é o planejamento do espaço

físico a ser ocupado para as operações do negócio, representado por meio do

layout.

O leiaute1 como mostra a figura acima fornece uma visão geral e clara da

empresa, e se a mesma tem condições de funcionar por bastante tempo no local

onde está instalada.

O SEBRAE (2013) enfatiza que um bom arranjo físico traz uma série de

benefícios para a organização como, aumento de produtividade, diminuição de

desperdício, maior facilidade na localização dos produtos, melhoria na comunicação

entre setores e as pessoas.

2.9.2 Capacidade Produtiva

Capacidade produtiva é a quantidade máxima de produto ou serviços que

podem ser produzidas por uma empresa num determinado período.

Este item é entendido para Biagio e Batocchio (2005) como a descrição de

como a empresa produz seus produtos ou serviços, devendo citar os equipamentos

necessários, materiais, condições de trabalho e critérios de controle de qualidade. É

necessário também determinar a capacidade de produção.

O SEBRAE (2013) completa que ao estimar a capacidade instalada da

empresa, se determine o quanto pode ser produzido ou quantos clientes podem ser

atendidos com a estrutura existente. A capacidade instalada pode ser influenciada

pelo número e preparo dos funcionários, a produtividade de equipamentos,

disponibilidade dos fornecedores e capacidade de distribuição e armazenamento.

Tais fatores apresentam a forma para diminuir a ociosidade e o desperdício.

1 Leiaute é o termo utilizado pelo SEBRAE para definir arranjo físico (Layout)

47

2.9.3 Processos Operacionais

Chiavenato (2006) constitui processos operacionais como o comportamento

solicitado ás pessoas, ou seja, como elas devem se comportar dentro das

organizações, o que devem ou não fazer e ainda o que elas podem fazer. É visto

pelo autor como o regulamento interno que restringi o grau de liberdade das pessoas

em determinadas situações.

Segundo SEBRAE (2013) processos operacionais são às atividades

desenvolvidas pela organização, esse é o momento de registrar etapa por etapa,

prestação de serviços, rotinas administrativas, todos os trabalhos realizados assim

como os responsáveis por cada função, materiais e equipamentos necessários para

a realização.

2.9.4 Necessidade de Pessoal

Sahlman (2002) propõe falar exaustivamente sobre pessoas, caso essas não

tenham experiência nem habilidades deve-se repensar o lançamento do

empreendimento.

De acordo com Bizzoto (2008), a descrição da equipe técnica deve ser escrita

de modo que deixe evidenciada a qualificação da equipe e se esta possui condições

de transformar a oportunidade em negócio, para isso cada colaborador deve possuir

as características certas na função que lhe compete.

Para Oliveira (2005), a estrutura organizacional deve ser delineada de acordo

com os objetivos e estratégias da empresa servindo de ferramenta para o alcance de

seus objetivos. Em concordância Rezende (2008) fala que este item está

relacionado diretamente com os principais objetivos de uma organização que é

satisfazer as necessidades dos clientes, buscando e mantendo-os, estar em

permanente desenvolvimento, gerar empregos, ter equilíbrio financeiro, alcançar

modernidade e competitividade.

O organograma segundo Biagio e Batocchio (2005) é uma das formas mais

utilizadas para demonstrar a cadeia de comando da organização.

48

A estrutura organizacional da empresa diz respeito à alocação das pessoas

nas atividades da organização, a responsabilidade do cargo de cada uma delas, o

nível de autoridade de cada cargo e a definição das relações hierárquicas da

empresa. Uma das formas mais usuais de demonstrar a cadeia de comando da

organização é o organograma. (BIAGIO; BATOCCHIO, 2005, p. 168)

2.10 Plano Financeiro

É através do Plano Financeiro que as empresas direcionam suas ações com

vistas a atingir seus objetivos imediatos e em longo prazo, (GITMAN, 2002).

Dornelas (2014) considera que para muitos empreendedores o plano

financeiro seja a parte mais difícil do plano de negócios, pois devera escrever em

números tudo o que foi escrito nas seções anteriores, incluindo investimentos,

gastos com marketing, despesas com vendas, gasto com o pessoal, custos fixos e

variáveis, projeção de vendas, analise de rentabilidade do negócio entre outros.

Na mesma perspectiva SEBRAE (2013) cita que o plano financeiro traduz o

quanto a empresa precisa de capital e como ele será aplicado, das vendas, custos,

resultados e dos principais indicadores de viabilidade.

Em resumo, um planejamento financeiro bem feito é indispensável às

empresas porque possibilita saber, com antecedência, que caminhos estão sendo

trilhados, visando maximizar os resultados econômico-financeiros. A seguir serão

apresentados os itens que compõem essa seção.

2.10.1 Investimento Inicial

Segundo Lapponi (2000) investir é executar um desembolso com a finalidade

de alcançar benefícios futuros, onde o administrador espera retornos maiores do que

o valor investido.

Marion (2009) entende investimento inicial como a quantia necessária para

efetuar primeiras aquisições, primeiros pagamentos etc., proporcionando a empresa

os meios para iniciar o negócio.

49

Dolabela (2008) propõe que este item responda a seguinte questão:” Quanto

será necessário gastar para montar a empresa e iniciar as atividades?” O autor

destaca a importância de analisar o investimento inicial, que ressalta despesas pré-

operatória, gastos com a montagem do negócio e os recursos necessários para

colocar a empresa em funcionamento.

Investimentos fixos para o SEBRAE (2013) é a relação de equipamentos,

moveis, utensílios, ferramentas e veículos que serão adquiridos, assim como a

quantidade necessária, o valor unitário e o total do desembolso. Investimento pré-

operatórios são os gastos que serão realizados antes do início das atividades da

empresa como, despesas com reformas (pintura, instalação elétrica, troca de piso,

etc.) taxas de registros, etc. SEBRAE (2013).

Para o SEBRAE (2013) capital de giro é o montante de recursos necessário

para o funcionamento normal do negócio. Compreendendo a compra de matérias-

primas ou mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas.

Na mesma linguagem Dolabela (2008) cita que capital de giro são os gastos

necessários para colocar a empresa em funcionamento e que posteriormente são

cobertos pelas receitas, mas que inicialmente são bancados pelo próprio

empreendedor.

2.10.2 Balanço Patrimonial

Para Marion (2009), o Balanço Patrimonial é o mais importante relatório

gerado pela contabilidade, pois é através dele que se identifica a saúde financeira e

econômica de uma empresa. Assaf (2002) concorda com o autor quando fala que o

balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da

situação econômica e financeira da empresa.

Balanço Patrimonial é definido para Padoveze (2012) como a representação

estática do patrimônio, uma vez que o este relatório reflete a posição do conjunto

patrimonial em determinado instante. Na mesma linha de raciocínio, Assaf (2002)

relata que a informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e,

50

muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum

tempo após do seu encerramento, sendo ela uma representação da posição

financeira em um dado momento.

Padoveze (2012) acrescenta que o balanço patrimonial é o conjunto do Ativo

e Passivo, onde o nome Balanço traz a ideia de equilíbrio entre ambas as partes.

Diante dessa divisão, Marion (2009) argumenta que em uma coluna, o lado

esquerdo é denominado ativo, o qual pressupõe algo positivo, o conjunto de bens e

direitos os quais são controlados pela empresa; já no lado direito denomina-se

passivo e patrimônio líquido, que ao contrário, nos dá uma ideia de algo negativo,

dívidas e obrigações exigíveis.

A seguir a figura 3, apresenta a estrutura básica do novo formato do balanço

patrimonial:

Figura 3 - Balanço Patrimonial

Fonte: Padoveze (2012).

Dentro de uma ótica mais financeira Padoveze (2012) analisa o Balanço

como o evidenciador dos tipos de fontes de recursos financeiros, por esse ângulo

para o autor o Ativo representa todas as aplicações de recursos dentro da empresa,

51

enquanto que o Passivo representa todos os recursos que entraram na empresa,

podendo ser através de recursos próprios ou recursos de terceiros.

2.10.3 Demonstração de Resultado

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) foi instituída no artigo 187

da Lei n°6404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) e tem

como objetivo principal, apresentar resumidamente, de forma vertical, as operações

realizadas num determinado período.

Demonstração de Resultado é “um resumo ordenado das receitas e despesas

do estabelecimento em determinado período”. MARION (2009). Com o intuito de

fortalecer sua importância, o autor complementa que a DRE fornece informações

minuciosas que facilitam a tomada de decisão.

Para Granatum (2013) a DRE é como um check-up que os médicos nos

pedem todo ano: ela é um exame que mostra de forma geral sobre a saúde

financeira empresarial, representando resumidamente todas as operações que foram

realizadas durante o seu último ano.

Para Padoveze (2012), a DRE tem a finalidade de demonstrar de forma

evidente os resultados de ganho, tendo em vista o aspecto do usuário externo.

De acordo com Assaf (2002), a demonstração de resultado visa fornecer os

resultados obtidos pela empresa em determinado exercício social, os quais são

transferidos para contas do patrimônio líquido.

Para as empresas brasileiras a demonstração de resultado de exercício é

obrigatória, de acordo com a lei nº 11.638/07, publicada em 27 de dezembro de

2007. A DRE deverá ser estruturada de acordo com a figura 4:

52

Figura 4 - Estrutura da DRE

Fonte: Marion (2009).

Conforme figura 4, a demostração da DRE o resume de forma ordenada o

quanto a empresa gerou de receita e despesas, num determinado periodo decurso

de suas atividades.

Para Marion (2009) receita corresponde à entrada de dinheiro no caixa ou

entrada de direitos a receber que em geral se dá através da venda de mercadorias

ou na prestação de serviços.

53

Na mesma linha Oliveira (2013) resume receita como toda a entrada de

elementos para o ativo, seja na forma de dinheiro ou em direitos a receber. A receita

pode também ser gerada devido aos juros sobre títulos, depósitos bancários,

aluguéis entre outros motivos.

Despesas são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço

e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços

prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de

vendas e insumos consumidos no processo de estoque e comercialização (SEBRAE

2013).

Oliveira (2013) denomina despesa como o consumo de bens ou serviços, que

direta ou indiretamente, ajuda a produzir receita.

2.10.4 Demonstração de Fluxo de Caixa

Demonstração de fluxo de caixa para Dolabela (2008) consiste no

acompanhamento das entradas e saídas dos recursos financeiros da empresa, com

o intuito de informar se há dinheiro ou não para pagar as contas. O autor ainda

compara a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) à um plano de voo de um avião,

ou seja, é uma importante ferramenta para que o empreendedor escolha o melhor

percurso e evite desastres.

Padoveze (2012, p. 384), tratando das demonstrações contábeis, identifica

como os principais objetivos da Demonstração de Fluxo de Caixa:

Complementar a análise da dinâmica operacional da empresa, evidenciando a origem dos recursos e onde eles foram aplicados;

Explicar a movimentação do elemento patrimonial financeiro, o caixa, o mais importante em termos de análise da solvência e liquidez da empresa, já que para eles são canalizados, inicial ou finalmente, todos os resultados econômicos das operações da empresa;

Pelo método indireto, evidenciar o caminho percorrido do lucro até o caixa, talvez o aspecto mais importante dessa demonstração. Esse objetivo busca responder a seguinte questão fundamental para análise da liquidez da empresa: como o lucro se transformou ou não em caixa?

Pelo método direto, evidenciar os diversos tipos de fluxos de pagamentos e recebimentos ocorridos pela empresa.

54

Assaf (2002) menciona que uma necessidade em investimento mal

direcionada pode acarretar reflexos sobre a posição econômica e sobre a

rentabilidade da empresa.

De acordo com a IBRACON (2013) os demonstrativos de fluxo de caixa

podem ser elaborados de acordo com os métodos diretos e indiretos.

O modelo direto segundo Marion (2009) é o mais adequado por ser mais

revelador e de fácil entendimento, destacando objetivamente as entradas e saídas

de dinheiro, informando sua fonte e sua aplicação. Em contrapartida, o autor destaca

que o modelo indireto é o mais rico para análise, por demonstrar as variações do

capital de giro próprio que afetam o caixa como, por exemplo, acréscimos sem

duplicatas a receber, que adia recebimento, assim como o estoque que provoca

mais saídas do caixa.

Concordando com Marion (2009), Padoveze (2012) acrescenta que o método

direto é pobre em análise, pois após apresentar os pagamentos e recebimentos não

demonstra de onde se gerou a receita e o lucro da empresa.

Padoveze (2012) observa que para a elaboração do DFC é indispensável

saber que existe transações que afetam diretamente o caixa.

“A análise da DFC Modelo Indireto evidencia objetivamente quais são as

operações que prejudicam ou melhoram o caixa que induz politicas gerenciais a

corrigir ou aperfeiçoas os resultados financeiros” MARION (2009).

2.10.5 Métodos de Análise de Investimentos

Para Souza e Clemente (2001) a decisão de fazer um investimento envolve o

estudo e analise de diversas alternativas que atendam as especificações do projeto

e que consequentemente possam gera benefícios futuros.

Segundo Dornelas (2014) é importante que conste no plano de negócios itens

como o valor do presente líquido a taxa interna de retorno e o payback, os quais

representam os primeiros índices observados pelos empreendedores para avaliar

um investimento. A seguir serão apresentadas as ferramentas de análise de

viabilidade que irão contribuir para a tomada de decisão do empreendedor.

55

2.10.6 Valor presente líquido (VPL)

O valor presente líquido para Rebelatto (2004) é um dos instrumentos mais

sofisticados e utilizados para se avaliar um investimento de capital, é valor atual das

entradas de caixa, incluindo o valor residual (se houver) menos o valor atual das

saídas de caixa.

Na mesma linha Dornelas (2014), afirma que para medir o VPL de um projeto

é necessário estimar o valor atual para os futuros fluxos de reais gerados pelo

projeto, deduzindo o investimento feito inicialmente. De acordo com o autor, a

expressão do cálculo do VPL é a seguinte:

Quadro 4 - Fórmula do cálculo do VPL

Fonte: Dolabela (2014, p.178)

No qual:

VPL= Valor presente liquido

Fn= Fluxo de caixa após importo no ano n

N= Vida do projeto em anos

K= Taxa de desconto

Fo= Investimento inicial

Se o VPL for positivo, o projeto será viável, pois o valor presente dos futuros

fluxos de caixa será maior que o investimento inicial. Caso contrário, o projeto deve

ser rejeitado. (DORNELAS 2014, p. 177)

Segundo Souza e Clemente (2001), o método do valor presente líquido é uma

forma de julgar a rentabilidade de um investimento proposto, é a ferramenta mais

conhecida e utilizada pelas empresas.

56

2.10.7 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A taxa interna de retorno é outro importante indicador utilizado para mensurar

a viabilidade do investimento.

De acordo com Dornelas (2014) para calcular a taxa interna de retorno é

preciso descobrir a taxa de desconto (K) que fornece um valor presente líquido igual

a zero. Quando isso acontece, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é

exatamente igual ao investimento efetuado. Com isso, a TIR é obtida por meio da

fórmula do VPL igualando-se a zero e procurando-se o valor para K, que nesse caso

será a TIR do projeto.

Para Dolabela (2008), o critério de decisão para aceitar ou rejeitar esse

indicador é o seguinte: Se TIR for maior que a taxa de retorno desejada, aceita-se o

projeto, caso seja menor, o mesmo deverá ser rejeitado.

2.10.8 Payback

O prazo de recuperação do investimento é uma preocupação para a maioria

dos empreendedores, sendo a assim o payback assume a importância no processo

de decisões de investimento. Como as mudanças não economia são continuas e

acentuadas, não se pode espera para recuperar o capital investido. SOUZA e

CLEMENTE (2001)

Na concepção de Gitman (2002) payback consiste no período de tempo

necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir

das entradas de caixa.

Rebelatto (2004) aborda como vantagem o fato do método payback refletir a

liquidez de um projeto, e como consequência avalia o risco de não se recuperar o

investimento realizado.

Um projeto de investimento é mais atrativo quando o tempo for menor para

recuperar o investimento inicial. O indicador que tem por função mostrar em quanto

tempo será recuperado o dinheiro gasto no investimento inicial é o payback

(DOLABELA, 2008).

57

Dolabela (2014) contribui que quanto mais tempo à empresa precisar esperar

para recuperar seu investimento maior a possibilidade de perda, o período de uso do

payback serve como critério de decisão.

2.10.9 Ponto de Equilíbrio

Ponto de equilíbrio é uma ferramenta utilizada para avaliar o nível de

operações necessárias para cobrir todos os custos operacionais.

De acordo com Dornelas (2001, p.155) no ponto de equilíbrio não há lucro nem

prejuízo. É o ponto no qual a receita proveniente das vendas equivale à soma dos

custos fixos e variáveis.

Segundo Dolabela (2008) ponto de equilíbrio corresponde ao nível de faturamento

para que a empresa possa cobrir seus custos, onde acima desse ponto a empresa

terá lucro e abaixo dele terá prejuízo.

O SEBRAE (2013) considera esse indicador bastante seguro, pois mostra o

quanto é necessário vender para que as receitas se igualem aos custos, indicando o

momento certo para que isso ocorra eliminando assim a possibilidade de prejuízo.

Segue a formula para o cálculo do ponto de equilíbrio:

Figura 5 - Fórmula do Ponto de Equilíbrio

PE = (Custos Fixo) x 100

(Receita – Custo Variável)

Fonte: SEBRAE (2013).

Neste sentido, o período de retorno do investimento é utilizado para mensurar

o risco associado ao projeto.

2.11 Construção de cenários

A análise de cenários é a etapa final do plano, consiste na simulação de

cenários otimistas e pessimista para uma determinada organização.

Para Neto (2009) a etapa utiliza três cenários distintos: o mais provável,

pessimista e otimista. O cenário mais provável refere-se a que cuja expectativa é de

maior probabilidade de ocorrência, representado por um caso-base. O cenário

58

pessimista pode ocorrer com a junção de situações desfavoráveis ocasionando

assim um resultado inferior ou até negativo. Já o cenário otimista são situações

favoráveis que combinadas conduzem maior valor.

Segundo o SEBRAE (2013) esse item é construído através de simulações

para as variáveis de maior incerteza. Aspectos relacionados a preço, volume de

venda, custos e condições de financiamento do projeto varia-se para maior e para

menor, determinando ações preventivas e corretivas para potencializar situações

desfavoráveis impactando diretamente na rentabilidade do negócio.

Na construção de cenários é fundamental considerar algumas possibilidades:

Nos primeiros meses, as vendas serem menores que o previsto;

O início das atividades ser um pouco mais demorado que o programado;

Estratégias de marketing podem não surtir os efeitos esperados no curto prazo;

Necessidade de obter mais recursos financeiros que o previamente planejado;

Possíveis reações de concorrentes.

2.12 Análise da Matriz F.O.F.A

A matriz F.O.F.A., conhecida também como análise SWOT é uma técnica de

análise simples, cujo objetivo é detectar pontos fortes e fracos, com a finalidade de

tornar a empresa mais eficiente e competitiva, corrigindo assim suas deficiências.

Biagio e Batocchio (2005) recomendam primeiramente a correção dos pontos

fracos, para então adotar mecanismos que possam estudar de forma mais

abrangente as oportunidades identificadas.

Diante dessa visão a análise ambiental por meio da matriz SWOT permitirá de

forma simples identificar e definir metas e os objetivos estratégicos da empresa. De

acordo com Lacruz (2008) as ameaças e as oportunidades estão relacionadas com o

ambiente externo da empresa, já as forças e fraquezas se relacionam com o

ambiente interno. Portanto as oportunidades e as ameaças são identificadas a partir

do macro ambiente e as forças dizem respeito ao que a empresa faz bem, a forma

pela qual os clientes definem a qualidade da empresa.

59

Segundo SEBRAE (2013) a matriz F.O.F.A. é sempre feita em quatro

quadrados iguais. Em cada quadrado são registrados fatores positivos e negativos

para a implantação do negócio. O quadro a seguir representa um acróstico da

matriz:

Quadro 5 Matriz F.O.F.A

Forças Faça uso das forças São características internas da empresa ou de seus donos que representam vantagens competitivas sobre seus concorrentes ou uma facilidade para atingir os objetivos propostos. Exemplos: • Atendimento personalizado ao cliente • Preço de venda competitivo • Equipe treinada e motivada • Localização estratégica da empresa

Oportunidades Explore as oportunidades São situações positivas do ambiente externo que permitem à empresa alcançar seus objetivos ou melhorar sua posição no mercado. Exemplos: • Existência de linhas de financiamento • Poucos concorrentes na região • Aumento crescente da demanda • Disponibilidade de bons imóveis para locação

Fraquezas

Elimine as fraquezas São fatores internos que colocam a empresa em situação de desvantagem frente à concorrência ou que prejudicam sua atuação no ramo escolhido. Exemplos: • Pouca qualificação dos funcionários • Indisponibilidade de recursos financeiros • Falta de experiência anterior no ramo • Custos de manutenção elevados

Ameaças

Evite as ameaças São situações externas nas quais se têm pouco controle e que colocam a empresa diante de dificuldades, ocasionando a perda de mercado ou a redução de sua lucratividade. Exemplos: • Impostos elevados e exigências legais rigorosas • Existência de poucos fornecedores • Escassez de mão de obra qualificada • Insegurança e violência na região

Fonte: SEBRAE (2013).

De acordo com o quadro acima a análise da F.O.F.A. permite a identificação

dos aspectos favoráveis e desfavoráveis do negócio, dos sócios e do mercado.

Para que a análise tenha seu resultado maximizado Biagio e Batocchio (2005)

recomendam:

Eliminar os itens classificados como pontos fracos onde a empresa enfrenta ameaças graves do mercado e tendências desfavoráveis no ambiente;

Capitalizar as oportunidades identificadas como os princípios norteadores onde a empresa apresenta pontos fortes perante o mercado;

Corrigir os itens classificados como pontos fracos onde a empresa identificou oportunidades potenciais de negócios alinhadas aos princípios norteadores;

Monitorar os classificados como pontos fortes nas áreas onde a empresa enfrenta ameaças e tendências desfavoráveis no ambiente

60

Existem várias propostas para estruturar um Plano de Negócios de acordo

como citados pelos autores estudados, porém sua estrutura não precisa seguir um

padrão rigoroso, ela pode variar de acordo com os interesses e segmento de cada

empreendimento, cabe ao empreendedor analisar criteriosamente as características

da empresa para a escolha mais adequada.

61

3 METODOLOGIA

Neste item serão apresentados os procedimentos metodológicos utilizados

no decorrer do trabalho, que são: caracterização da pesquisa, contexto e

participantes e tratamento e análise de dados.

3.1 Caracterização de pesquisa

Com o intuito de identificar a viabilidade do negócio é necessário ter

conhecimento acerca do ambiente e de todo o processo da pesquisa. Portanto para

a abordagem do problema foi utilizada uma combinação do tipo qualitativa e

quantitativa.

Para Marconi e Lakatos (2011) na pesquisa qualitativa faz-se a coleta dos

dados a fim elaborar a teoria base, ou seja, o conjunto de conceitos, princípios e

significados, esse método se preocupa em analisar e interpretar aspectos mais

profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano.

O método quantitativo, segundo Richardson et al. (1999 apud Marconi e

Lakatos 2011), caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto de modalidades

de coletas de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas e

estatísticas.

No método quantitativo, os pesquisadores contam com amostras amplas de

informações numéricas, enquanto que no qualitativo as amostras são menores, os

dados são analisados de uma forma global.

Logo este estudo pode ser definido como quantitativo porque leva em

consideração a pesquisa feita junto ao público-alvo para identificar os clientes

potenciais. Já o método qualitativo por se tratar de um plano de negócio tem a

intenção de compreender os fenômenos sociais da população estudada.

A pesquisa realizada para se obter dados sobre a viabilidade para a

implantação do Eli’s estética tem como objetivo de pesquisa descritiva onde serão

identificadas as características da população moradora do Campeche.

62

Para Gil (1999, p.44), a pesquisa descritiva tem por objetivo estudar as

características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de

escolaridade, nível de renda, estado de saúde física e mental etc.

Foi caracterizada como bibliográfica, pois foi elaborada a partir de materiais já

publicados como livros, revistas e site de pesquisas.

De acordo com Koche (1997), o objetivo da pesquisa bibliográfica é conhecer

e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado

assunto, servindo como instrumento indispensável para qualquer tipo de pesquisa.

Gil (1999, p.65), completa: “a principal vantagem para pesquisa bibliográfica

reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos

muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”.

3.2 Contextos e participantes

Na presente pesquisa foi utilizada a amostra como tipo de amostragem, visto

que a população participante da pesquisa e a população estudada é formada por

moradores do Bairro Campeche.

De acordo com Vergara (2005), população é o conjunto de elementos, que

podem ser pessoas, empresas, produtos, etc., que possuem características e são

objetos de estudo.

Na mesma linha Gil (1999p. 100) define amostra como um subconjunto do

universo ou da população, por meio do qual se estabelece ou se estimam as

características desse universo ou população. Com base nas definições

apresentadas, juntamente com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística) constatou-se no censo de 2010 que o bairro do Campeche possui cerca

de 15.000 habitantes, distribuídos entre crianças, adultos e idosos.

Desta forma o tamanho da amostra foi calculado a partir do site cuali.com.br

(2014) considerando a população de 15.000 pessoas e um erro amostral de 8%,

resultando em amostra de 149 pessoas.

Na realização desta pesquisa de campo os dados coletados serão

distribuídos no Campeche, uma vez que nessa região estão localizados os prováveis

63

clientes do futuro empreendimento, além de ser a região onde a organização estará

situada.

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Foi utilizado como instrumento de coleta de dados primários um questionário,

com o objetivo de explorar informações e identificar as características da população

local. O questionário foi elaborado pela autora com base a outro questionário

elaborado anteriormente por Tavares (2013) e foram adaptados de acordo com

IBGE (2010).

Uma das maiores vantagens do questionário para Gil (1999) é o fato de que

ele possibilita atingir um grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas

numa área geográfica muito extensa.

Para Lapolli et al (2011) o questionário é uma técnica de custo razoável,

apresenta as mesmas questões para todas as pessoas, garante o anonimato e

atende as finalidades especificas de uma pesquisa.

A aplicação do questionário foi feita pela autora, onde foram distribuídos em

pontos estratégicos, como posto de saúde do bairro, locadoras e nos próprios salões

de beleza visto como concorrentes diretos do empreendimento utilizou-se ainda o

Google Drive que é um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos, que

oferece um leque de aplicações importantes para a construção do trabalho. A

pesquisa foi feita do dia 27 de Setembro até o dia 11 de Outubro.

O questionário foi composto por 12 questões fechadas e 1 aberta, visou

analisar questões referentes à renda mensal, idade, hábitos de frequentar salões de

beleza, serviços carentes nessa área, o gasto médio em cuidados com a beleza,

entre outros fatores importantes. Este aplicativo tem como intuito identificar as

características da população local, bem como identificar seu perfil e a necessidade

de abertura de um salão de beleza.

64

3.4 Tratamento e análise de dados

A análise e interpretação de dados é a parte mais importante de um trabalho,

pois é através dela que o pesquisador interpreta os dados coletados e os transforma

em análises.

Para Gil (1999), não existem normas que indiquem os procedimentos a serem

adotados no processo de interpretação de dados, e sim recomendações acerca de

cuidados para que a interpretação não comprometa a pesquisa.

Partindo com os resultados obtidos com as perguntas do questionário,

utilizou-se o Google Drive para montar planilhas e facilitar a análise desses dados,

quanto aos questionários, serão numerados e apresentados através de gráficos.

Para a interpretação da análise será elaborado textos explicativo bem como as leis

da estatística para indicar os números da pesquisa quantitativa.

O Plano de Negócios adotou a estrutura proposta pelo SEBRAE (2013).

65

4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A ideia do plano de negócios Eli’s Estética surgiu quando a empreendedora

pensava no tema do seu trabalho de Conclusão de Estagio (TCE).

Conversando com sua irmã sobre o assunto que poderia despertar seu

interesse para a elaboração do TCC, Anelise Eli (a irmã), que acabara de concluir o

curso profissionalizante de cabelereira pelo SENAC lembrou-se de quando eram

crianças e de como gostavam de brincar de salão de beleza. Lembraram- se da vez

que Amanda cortou o cabelo da vizinha com uma tesoura zig zag, de quando

queimou a orelha da irmã Ariana tentando alisar seu cabelo com um ferro de passar

roupas e do dia em que Anelise resolveu fazer as unhas da irmã mais velha Anésia

com o alicate que a mãe guardava cuidadosamente, resultado Anésia ficou sete dias

com as mãos toda esfoladas e machucadas. Motivo este que fez com que a mãe

dona Eli matriculasse Anelise com apenas 14 anos num curso de manicure e

pedicura, a menina não utilizou seus conhecimentos para ganhar dinheiro, mas

gostava da arte e era responsável pelo embelezamento das mãos e pés das

mulheres de casa, agora sem machucar ninguém.

Dona Eli sempre foi muito vaidosa e desde cedo despertava nas filhas o

interesse em cuidar da aparência. O tempo foi passando e as meninas foram

crescendo, sem muitos recursos financeiros, os cuidados com a pele e cabelo

ficavam por conta de receitas caseiras feitas por elas mesmas, faziam depilação,

unhas, penteados e maquiagem em casa.

Levando em conta o relato acima, a oportunidade de fazer um trabalho de

conclusão de curso de Administração de empresas, a formação de Anelise no curso

de Cabelereira, juntamente com o fato relevante de que em dia de festas as irmãs

são bastante procuradas por amigos, vizinhos e familiares para a arrumação de

cabelos, unhas e maquiagem entre outros, surgiu à ideia de estudar a viabilidade de

abertura de um salão de beleza no Bairro onde moram. Eli’s Estética, o nome do

empreendimento, foi criado em homenagem à mãe das empreendedoras, o nome

conota através do uso do apóstrofo (‘) e seguido da letra (s) a ideia de posse, onde

indica que a estética é da Eli.

66

Salão de Beleza Eli’s Estética

Rua Pau de Canela, 1527

Campeche – Florianópolis – SC

(48) 3304-5260

www.elistetica.blogspot.com

[email protected]

Amanda Eli, Sócia Administradora

Rua Pau de Canela, 1527

Campeche – Florianópolis – SC

Anelise Eli, Sócia Cabelereira

Rua da Capela, 60

Campeche – Florianópolis – SC

Este plano de negócios foi elaborado por Amanda Eli.

67

5 PLANO DE NEGÓCIOS

Nesta etapa do trabalho serão apresentados os principais passos e decisões

tomadas para o desenvolvimento do Plano de Negócios da Eli’s Estética. O Plano foi

elaborado e adaptado conforme o modelo SOFTWARE CEPN 3.0 – Como Elaborar

um Plano de Negócio, SEBRAE (2013).

5.1 Sumário Executivo

5.1.1 Resumo

Trata-se de um plano de negócio para verificação de viabilidade da

implantação de um salão de beleza no Bairro Campeche.

Os serviços oferecidos pela empresa são: cortes de cabelos com consultoria

em visagismo, manicure/ pedicura, depilação, maquiagem, escova modeladora e

progressiva, relaxamento capilar, cauterização, reflexos e mechas, penteados,

coloração capilar e estética de sobrancelhas.

O foco da Eli’s Estética é a prestação de serviços de alta qualidade,

atendimento personalizado, realizados por pessoas qualificadas na área da beleza e

apaixonadas pelo que fazem. Atingindo pessoas exigentes de diversas faixas

etárias, geralmente pertencentes à classe C e D, que buscam transformação,

cuidados e bem-estar. O atendimento não se restringirá apenas ao público feminino,

o salão atenderá também o público masculino e infantil.

Tendo em vista que a localização de qualquer empreendimento no ramo de

serviços é de grande importância, o salão terá sede fixa na Rua Pau de Canela,

1527, no Bairro Campeche em Florianópolis, local este que possui uma grande

circulação de pessoas e veículos, com boa visibilidade do empreendimento e de fácil

acesso.

68

5.1.2 Dados dos Empreendedores

A Eli’s Estética estará muito bem estruturada para aproveitar a oportunidade

que se apresenta. Amanda Eli Gonzaga possui profundos conhecimentos do ramo

do seu negócio a partir da análise de mercado e estudos de viabilidade,

desenvolvido nesse processo, graduanda em Administração de Empresas pela

UNIVALI. Será a profissional responsável por toda manutenção da engrenagem que

garante o andamento correto das funções administrativas da empresa.

Contratando os profissionais da equipe, cuidando das compras de materiais,

gerenciando os recursos financeiros e humanos. Primando pelo sucesso do

empreendimento e um bom ambiente de trabalho. Anelise Eli Gonzaga possui

formação profissional de cabeleireiro e especialização em visagismo pelo SENAC.

Possui conhecimentos sobre técnicas para cuidado e tratamento dos cabelos.

Atuará como consultora de beleza dentro do salão, orientando e sugerindo a melhor

opção. Caberá a ela estabelecer uma boa relação e fidelizar o cliente, sempre atenta

às tendências da moda, a novos produtos e tecnologias, de forma dinâmica e

inovadora.

5.1.3 Missão da Empresa

A missão da Eli’s Estética é oferecer o que há de melhor no mercado da

beleza, proporcionando autoestima e sensação de bem estar ao cliente através de

produtos e serviços de qualidade e preços justos.

5.1.4 Setores de Atividades

A empresa estará enquadrada como prestadora de serviço no ramo de beleza

e estética. De acordo com a classificação econômica de atividades ela será

constituída com o CNAE: 9302-5/01 – Cabeleireiros. (CNAE, 2014).

69

5.1.5 Forma Jurídica

A forma jurídica definida a partir da análise de empresas retratadas na

fundamentação teórica, para a Eli’s Estética é a de sociedade limitada, que é

constituída quando duas ou mais pessoas associam-se para a criação de uma

pessoa jurídica, com patrimônio distinto da pessoa física dos sócios.

5.1.6 Enquadramento Tributário

Por se tratar de empreendimento com previsão de faturamento inferior a R$

3.600.000,00, a empresa optará pelo sistema de tributação pelo Simples Nacional

que segundo o SEBRAE (2013), essa opção, é destinada às empresas que se

beneficiarão da redução e simplificação de tributos, além do recolhimento de imposto

único.

5.1.7 Capital Social e Fonte de Recursos

O capital social representa os recursos (dinheiro, equipamentos) colocados

pelos proprietários para a montagem do negócio. Como o projeto trata- se de uma

sociedade, determinou- se o valor e o percentual das sócias no capital, onde para a

abertura do negócio, 100% dos recursos aplicados terão origem em recursos das

sócias.

Figura 6-Capital Social Eli's Estética

Nº Sócio Valor Participação (%)

1 Amanda Eli Gonzaga R$ 34.908,06 50,00

2 Anelise Eli Gonzaga R$ 34.908,06 50,00

Total R$ 69.816,13 100,00

Fonte: Dados primários.

Para a abertura do negócio, 100% dos recursos aplicados terão origem em

recursos das sócias.

5.2 Análise de Mercado

Segundo fundamentação teórica análise de mercado destaca o entendimento

da empresa acerca dos clientes, concorrentes e fornecedores.

70

5.2.1 Análise dos Clientes

Um bom relacionamento entre cliente e empresa é primordial para o sucesso

organizacional, portanto justifica-se a importância de identificar suas características,

seus interesses e comportamentos bem como motivações de compra.

De acordo com o SEBRAE (2013), o questionário é uma excelente ferramenta

para se levantar informações necessárias acerca dos clientes, portanto aplicou-se

um questionário (apêndice A), assim a pesquisa desenvolveu-se através de 13

perguntas entre os dias 27 de Setembro até o dia 11 de Outubro. A amostra

calculada foi de 149 pessoas baseada na população do Bairro Campeche em

Florianópolis no estado de Santa Catarina. O questionário foi elaborado pela autora

tendo por base questionário elaborado anteriormente por Duminelli (2012) com

adaptações de acordo com IBGE (2010). Segue o questionário e suas respectivas

respostas.

5.2.1.1 Gênero dos entrevistados

Na primeira questão procurou-se identificar o gênero dos possíveis clientes,

estas informações servirão para analisar o público potencial.

Gráfico 1- Gênero da amostra

Fonte: Dados Primários

Feminimo 84%

Masculino 16%

Gênero

71

Conforme gráfico acima 84% dos pesquisados são pertencentes ao gênero

feminino e apenas 16% são do masculino. Nota-se portanto que o público feminino

tem uma maior representatividade na pesquisa. Com isso, as ações de publicidade

terão que dispor uma maior atenção a esse perfil.

5.2.1.2 Faixa etária

O segundo item questionado foi em relação a idade dos possíveis clientes.

Gráfico 2- Faixa etária

Fonte: Dados Primários

O gráfico dois mostra que, 5% dos entrevistados possuem idade entre 15 e 20

anos, 37% entre 21 a 30 anos, 25% entre 31 a 40, 14% entre 41 a 50, 11% entre 51

a 60 e 8% acima de 60 anos de idade. De acordo com a análise pode-se concluir

que a maior parte da população estudada tem entre 21 a 30 anos, seguido da

população com idade entre 31 a 40 anos, essas duas faixas etárias representam

mais de 50% da população estudada.

5%

37%

25%

14%

11%

8%

Idade

15 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos mais de 60 anos

72

5.2.1.3 Residentes do bairro Campeche

Com a questão três buscou-se identificar se os entrevistados eram moradores

do bairro Campeche, localizado no município de Florianópolis.

Gráfico 3- Residentes no Bairro Campeche

Fonte: Dados Primários

Foi identificado portanto que, 88% dos entrevistados moram no Campeche e

12% reside nos bairros vizinhos como: Rio Tavares, Lagoa, Costeira. Ficando claro

que a maioria dos entrevistados fornecerá nas próximas etapas da pesquisa,

informações relevantes acerca do mercado onde o empreendimento será inserido.

5.2.1.4 Renda Familiar Mensal

A quarta questão teve como objetivo levantar informações sobre a renda

familiar mensal dos entrevistados e consequentemente a classe social pertencente.

Sim 88%

Não 12%

Mora no bairro Campeche

73

Gráfico 4- Renda Familiar Mensal

Fonte: Dados Primários

Conforme apontado no gráfico acima, tem-se uma faixa mais significativa a

renda familiar mensal de R$1.357,00 até R$ 3.390,00, representando 38% dos

entrevistados e uma fatia de apenas 3% possuem renda acima de R$ 16.951,00.

Assim sendo, segundo o IBGE, a maioria dos entrevistados pertencem a Classe C

(com 38%), seguido pela classe D (21%), somando assim 59% do total.

5.2.1.5 Consumo de serviços

Este item buscou informações a respeito da frequência dos clientes no

consumo de serviços de salão de beleza.

3%

21%

38%

28%

10%

Renda Familiar Mensal

acima de R$ 16.951,00 Até R$ 1.356,00

de R$ 1.357,00 até R$ 3.390,00 de R$ 3.391,00 até R$ 6.780,00

de R$ 6.781,00 até R$ 16.950,00

74

Gráfico 5- Frequência de consumo de serviços

Fonte: Dados Primários

Quanto a frequência no consumo de serviços de salão de beleza, o gráfico

acima demonstra que 45% dos entrevistados frequentam algum salao de beleza

uma vez no mês, 28% 1 vez na semana e apenas 1% frequenta anualmente.

Portanto percebe-se que o consumo desse serviço é bastante frequente para

grande parte dos entrevistados, sendo este um fator que estimula a criação de

novos empreendimentos na área.

5.2.1.6 Serviços Utilizados

A questão de número 6 foi uma questão de múltipla escolha que buscou

saber quais serviços os consumidores procuram realizar no salão de beleza.

28%

0%

1%

4% 11%

45%

1% 10%

Frequência de consumo de serviços 1 vez na semana 2 vezes na semana 3 vezes na semana anual

bimestral mensal bimestral trimestral

75

Gráfico 6- Serviços utilizados

Fonte: Dados Primários

Tabela 2- Serviços utilizados

Serviços Número de citações Porcentagem

Alisamento 22 5,55%

Corte 114 28,78%

Depilação 42 10,60%

Escova 42 10,60%

Escova progressiva 25 6,31%

Manicure/Pedicura 98 24,74%

Maquiagem 5 1,26%

Pintura 48 12,12%

Total 396 100,00% Fonte: Dados Primários

Observou-se no gráfico 6 que o serviço mais utilizado pelos entrevistados é o

corte de cabelo, com 28,78% das citações. Seguido pelo serviço de

pedicure/manicura com 24,74% de citações. Com base nessas informações a

empresa poderá se posicionar estrategicamente oferecendo uma atividade atrativa

para o mercado, já que identificar o que os consumidores estão utilizando em termos

0

20

40

60

80

100

120

Serviços utilizados

76

de serviços de salão de beleza serve para que o empreendedor promova melhorias

e adaptações em seus serviços para que fiquem adequados as necessidades

desses consumidores.

5.2.1.7 Valor pago por serviços prestados

A questão de número 6 buscou conhecer os valores gastos com serviços de

salão de beleza por cada consumidor. Conforme distribuição do gráfico abaixo.

Gráfico 7- Valor pago por serviços prestados

Fonte: Dados Primários

Dos pesquisados 29% responderam que gastam acima de R$ 201,00

mensalmente e apenas 17% dos entrevistados responderam que gastam de R$

31,00 á R$ 50,00 em serviços beleza no mês. Observa-se portanto que o valor mais

alto citado na questao foi a opção da grande maioria dos entrevistados, o que leva a

crer na existencia de uma massa de consumidores, dispostos a gastar cada vez

mais com esses serviços.

10%

14%

14%

17%

29%

16%

Valor pago por serviços prestados

acima de R$ 201,00 de R$ 101,00 à R$ 150,00 de R$ 151,00 à R$ 200,00

de R$ 31,00 à R$ 50,00 de R$ 51,00 à R$ 100,00 Menos de R$ 30,00

77

5.2.1.8 Forma de pagamento dos serviços de salão de beleza

Questionou-se a forma de pagamento dos serviços prestados pelos salões de

beleza. Segue resultado:

Gráfico 8- Formas de pagamento

Fonte: Dados Primários

Os dados auferidos relatam que 73% dos entrevistados pagam a vista pelos

serviços utilizados em saloes de beleza, 25% deles indicaram cartao de credito

como forma de pagamento e apenas 2% utilizam cheque. Esse índice demonstra

que os prazos de recebimento desse tipo de estabelecimento são normalmente

curtos.

5.2.1.9 Qual salão costuma frequentar no bairro

Para este questionamento foi necessário mapear os principais

concorrentes, para saber qual o salão de beleza no bairro que o entrevistado

costuma frequentar.

73%

25%

2%

Formas de Pagamento

A vista Cartão de Crédito Cheque

78

Gráfico 9- Salão que frequenta

Fonte: Dados Primários

Constatou-se que 52%, ou seja, mais da metade dos entrevistados não

frequentam nenhum dos salões mapeados como concorrentes, 22 % frequentam o

salão Espaço Essencial, 14% costumam frequentar o salão de beleza Marlete

Cabelereira, 7% frequentam o Zila Machado e por 5% o salão escolhido foi o Cort e

Café a Corter. Fica claro a necessidade de se elaborar estratégias para atração dos

clientes dos concorrentes, bem como os consumidores que não são fieis a nenhum

dos concorrentes citados.

5.2..1.10 Motivação na escolha de um salão de beleza

Este item teve como objetivo avaliar o motivo pelo qual o entrevistado optou

pelo concorrente citado na questão de número 9, os resultados serão apresentados

no gráfico 10 á seguir:

52%

14%

7%

5%

22%

Salão que freqüenta

Outro Marlete Cabelereira Zila Machado Cort e Café Espaço Essencial

79

Gráfico 10- Motivo que leva a frequentar o salão de beleza

Fonte: Dados Primários

Tabela 3- A motivação a frequentar o salão citado na questão 9

Motivo Número de citações Porcentagem

Qualidade nos Serviços 98 37,12%

Facilidade de localização 52 19,69%

Condições de pagamento 12 4,54%

Atendimento 68 25,75%

Preço 34 12,87%

Total 264 100% Fonte: Dados Primários

Conforme se pode constar no Gráfico 10 e tabela 2, um dos principais motivos

pela escolha do concorrente é a qualidade dos serviços com 37%, o atendimento foi

determinante na escolha de 26% dos entrevistados, por 19% a facilidade de

localização, por 15% o preço e apenas 4% indicaram a forma de pagamento como

fator decisório na escolha. Nota-se nessa questão a importância de se oferecer

serviços de qualidade para fidelizar o cliente.

37%

20% 4%

26%

13%

O que motiva a frequentar o salão citado na questão 9

Qualidade nos Serviços Facilidade de localização Condições de pagamento

Atendimento Preço

80

5.2.1.11 Diferenciais

Esta questão busca conhecer quais os desejos dos consumidores em relação

aos serviços prestados dentro de um salão de beleza.

Gráfico 11- Diferencial da estrutura física

Fonte: Dados primários.

Verifica-se que para 38% dos entrevistados o preço reduzido em relação aos

concorrentes seria um diferencial interessante, já para 28% dos consumidores

entrevistados, uma sala de estética com massagem, limpeza de pele e drenagem

linfática é um desejo ainda não encontrado nos salões que frequentam. A falta de

um espaço exclusivo para crianças e a necessidade de um espaço especial para

atender ao público masculino foram citados por 19% e 15% respectivamente. Esta

questão serve como base para futuras estratégias.

5.2.1.12 Quais produtos e serviços deseja encontrar no salão de beleza

A questão número 12 traz uma pergunta aberta sobre o anseio do consumidor

em relação aos produtos e serviços que desejaria encontrar num salão de beleza.

15%

28%

19%

38%

Diferencial na estrutura física do salão

Espaço Masculino Sala de Estética Espaço criança Preço reduzido

81

Gráfico 12- Anseio do consumidor em relação a produtos e serviços

Fonte: Dados primários.

De acordo com o gráfico 12 o serviço mais desejado no salão de beleza,

apontado por 37% dos entrevistados, foi venda de produtos de beleza nas

instalações do salão, 25% desejam ter a comodidade de pagar pelos serviços

através do cartão de crédito e em terceiro lugar, a massagem corporal foi indicada

por 20% dos entrevistados. Essas informações podem ser utilizadas pelo

empreendedor como forma de inovação dentro do seu empreendimento.

5.2.1.13 Formas mais interessante para receber informações do salão

Querendo identificar a melhor opção para manter contato com o consumidor,

a questão de número 13 segue:

37%

25%

20%

9%

9%

Diferencial desejado no Salão de Beleza

Venda de Produtos de Beleza Cartão de Crédito

Massagem Corporal Depilação a Laser

Café

82

Gráfico 13 - Meio de comunicação

Fonte: Dados primários.

Tabela 4 - Meio de comunicação

Meio de comunicação Número de Indicações Porcentagem

Telefone 40 19,80%

E-mail 55 27,22%

Face book 82 40,59%

Panfletos 15 7,42%

Nenhum 10 4,95%

Total 202 100,00% Fonte: Dados primários.

Conforme o gráfico 13 e a tabela 3 foram constatados que 40,59%

consideram interessante receberem informações do salão através do Facebook,

27,22% indicou o e-mail como forma mais eficiente para receber informações acerca

dos serviços do salão. A seguir 19,80% optaram pelo telefone e 7,42% por panfletos

e 4,95% optaram em não receber informações. Conota-se a importância das redes

sociais nesse item, onde através de uma publicidade gratuita é possível manter um

relacionamento estreito com o cliente consumidor.

83

5.3 Análise dos Concorrentes

O estudo dos concorrentes possibilita a empresa avaliar se poderá competir

com as empresas que já estão há mais tempo no mercado. É necessário enumerar

pontos fortes e fracos em relação à qualidade oferecida, preços, localização,

condições de pagamento, horário de atendimento, entre outros.

A pesquisa de mercado indicou a existência de quatro concorrentes da Eli's

Estética, todos localizados no bairro Campeche e pesquisados diretamente durante

a elaboração deste Plano de Negócios, segue pesquisa:

Quadro 6 - Análise dos Concorrentes

Empresa Qualidade Preço Formas de Pagamento

Localização Atendimento Serviços

Cort e Café à Corter

Muito

bom

Acima do

mercado

A vista; Cartão de crédito e débito.

Rua Nicolau João de Abreu,

283 Campeche –

Floripa.

Terça a sábado das 9 às 20h.

Almoço executivo; Mão/pe;

Depilação; Corte;

Penteados; Química; Pintura.

Zila

Machado Bom

Compatível com o

mercado

À vista; Cheque.

Av. Campeche, 1891

Campeche – Floripa.

Terça a sexta:

13 às 19 Sábado 9 às

19h.

Corte; Pintura;

Escovas; Mão/pé; Química.

Espaço de Beleza Essencial

Bom Compatível

com o mercado

À vista; Cheque; C artão

crédito/débito.

Av. Campeche, 1.235

Campeche – Floripa.

Terça a sábado das 9 as 19h.

Corte Pintura;

Escovas; Mão/pé; Química.

Marlete

Bom

Compatível com o

mercado

À vista; Cheque.

Servidão Vitor Chagas, 267. Campeche-

Floripa

Terça a sexta:

13 às 19h. Sábado:

9 às 19h.

Corte; Pintura;

Escovas; Mão/pé; Química.

Fonte: Dados primários.

84

O Quadro 6 demonstra os quatro principais concorrentes do empreendimento.

Onde o primeiro item relaciona a qualidade dos serviços prestados, estes estão

divididos em três categorias: Muito Bom; Bom; Regular.

Pode-se verificar que no quesito qualidade dos salões foram avaliados como

bons, apenas o Cort e Café a Corte foi considerado muito bom, por apresentar

estrutura sofisticada e serviços diferenciados. Além de utilizar produtos importados

em seus serviços, conta com serviços de café e almoço executivo. Embora avaliado

como bom, a Marlete Cabelereira é o salão pioneiro no bairro o que o torna o mais

conhecido, gerando confiança e qualidade dos serviços e atendimento.

Avaliando o item preços, é possível perceber que três dos concorrentes

praticam um preço compatível com o mercado. Já o Cort e Café, pratica preços

acima da média, justificados pela utilização de produtos de ótima qualidade,

equipamentos de última geração e uma estrutura física moderna. Em se tratando de

formas de pagamento os salões Zila Machado e Marlete não contam com a opção

de cartão de crédito e débito. Todavia, aceitam pagamentos a vista ou cheque para

30 dias. Os demais concorrentes possuem as mesmas modalidades de pagamento,

incluindo a opção de cartões de crédito e débito.

Outro fator analisado na pesquisa dos concorrentes foi quanto a sua

localização, neste caso é possível atentar que todas estão localizadas próximas

umas das outras, no bairro Campeche. Considerando que o bairro Campeche possui

grande movimentação de veículos e pedestres e passa atualmente por uma forte

expansão imobiliária, com propensão de crescimento populacional. A seguir

apresenta-se a localização dos concorrentes.

85

Figura 7- Localização dos concorrentes

Fonte: Google Maps (2014).

5.3.1 Análise dos Fornecedores

De acordo com SEBRAE (2013), Ao analisar o fornecedor é de suma

importância pesquisar preço, qualidade, condições de pagamento e prazo de

entrega, a empresa deverá também evitar comprar produtos e matérias primas do

mesmo fornecedor, sendo assim segue abaixo a relação dos principais

fornecedores:

Quadro 7 Fornecedores

Americanas Prazo de pagamento: 30 dias Entrega: 10 dias.

Quantidade Valor unitário Total

Secador de Cabelo 2 R$ 150,00 R$ 300,00

Impressora 1 R$ 269,00 R$ 269,00

Telefone sem fio 1 R$ 109,00 R$ 109,00

Ar Cond. 12000 BTUS 1 R$ 1.124,80 R$ 1.124,80

Computador 1 R$ 1.199,00 R$ 1.199,00

Máquina de corte 1 R$ 89,00 R$ 89,00

TV LED 42 polegadas 1 R$ 1.040,00 R$ 1.040,00

Maxibel Prazo de pagamento: 30 dias Entrega: 20 dias

Carrinho de apoio 2 R$ 140,00 R$ 280,00

Espelho para parede 5 R$ 70,00 R$ 350,00

Bancada de cabelereiro 1 R$ 980,00 R$ 980,00

Balcão da recepção 1 R$ 1.400,00 R$ 1.400,00

86

Cadeira para corte 2 R$ 528,00 R$ 1.056,00

Cadeira para corte infantil 1 R$ 390,00 R$ 390,00

Lavatório 1 R$ 718,00 R$ 718,00

Lavatório portátil 1 R$ 358,00 R$ 358,00

Kit manicure cadeira 1 R$ 598,00 R$ 598,00

Expositor de esmalte 1 R$ 229,00 R$ 229,00

Alicate em aço inox 2 R$ 16,90 R$ 33,80

Palito em aço inox 2 R$ 5,90 R$ 11,80

Espátula em aço inox 2 R$ 6,60 R$ 13,20

Bacia para pedicura 2 R$ 7,90 R$ 15,80

Esterilizador de materiais 1 R$ 448,00 R$ 448,00

Panela termo depiladora 1 R$ 129,00 R$ 129,00

Kit pincel maquiagem 1 R$ 79,00 R$ 79,00

Poltrona de espera 4 R$ 109,00 R$ 436,00

Pinça sobrancelhas 3 R$ 7,40 R$ 22,20

Prancha alisadora 2 R$ 69,00 R$ 138,00

Cadeira da recepção 1 R$ 179,00 R$ 179,00

Carioca cosméticos Prazo de pagamento: 30 dias Entrega: 1 dia

Lençol descartável 1000 R$ 1,95 R$ 1.950,00

Papel para depilação 500 R$ 0,58 R$ 290,00

Cera depiladora 20 R$ 2,00 R$ 40,00

Esmaltes 50 R$ 1,99 R$ 99,50

Shampoo 5 litros 2 R$ 69,90 R$ 139,80

Condicionador 5 l 2 R$ 35,00 R$ 70,00

Kit Progressiva 1 l 2 R$ 198,00 R$ 396,00

Tintura para cabelo 10 R$ 7,90 R$ 79,00

Defrizante 3 R$ 17,90 R$ 53,70

Reparador de pontas 5 R$ 3,90 R$ 19,50

Fixador de penteado 2 R$ 12,90 R$ 25,80

Lixa descar. 100 um 1 R$ 6,50 R$ 6,50

Protetor de bacia 1 R$ 10,00 R$ 10,00

Luvas descartáveis 1 R$ 15,00 R$ 15,00

Kit cauterização 2 R$ 30,00 R$ 60,00

Amolecedor de cutículas 1 R$ 12,00 R$ 12,00

Aplicador de creme 2 R$ 2,99 R$ 5,98

Creme capilar 1 kg 2 R$ 28,00 R$ 56,00

Kit maquiagem 1 R$ 379,90 R$ 379,90

Pó descolorante - 1K 1 R$ 100,00 R$ 100,00

Água oxigenada - 1 litro 2 R$ 12,00 R$ 24,00

Acetona - 5 litros 2 R$ 15,00 R$ 30,00

Óleo Capilar - 1 litro 1 R$ 15,00 R$ 15,00

Papel mechas 100 um 2 R$ 28,00 R$ 56,00

Agulha de para luzes 3 R$ 4,00 R$ 12,00

Touca de silicone 10 R$ 4,80 R$ 48,00

Algodão – 1 kg 1 R$ 13,00 R$ 13,00

Creme Relaxante – 1 Kg 1 R$ 80,00 R$ 80,00

Neutralizante - 1 L 2 R$ 11,00 R$ 22,00

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

O quadro 7, apresenta os principais fornecedores escolhidos após uma

análise de preços, considerando ainda prazo de entrega e condições de pagamento.

87

5.4 Plano de Marketing

Este item apresenta os diferenciais de produtos e serviços, política de preços,

canais de distribuição, estratégias de promoção e comunicação, bem como a

localização do negócio.

5.4.1 Produtos e Serviços

No quesito variedade de serviços, e empresa oferece os principais serviços

do ramo que são:

Relaxamento capilar - Tratamento para cabelos crespos ou ondulados que deixa

o cabelo com cachos mais definidos, e com aspecto leve e natural, diminuindo o

volume dando mais movimentos aos fios.

Consultoria em visagismo - Profissional especializado em imagem pessoal, para

definir a imagem analisará alguns pontos como: aspectos físicos, o formato do rosto

e das feições, as proporções do rosto e do corpo e a cor da pele, identificando as

características, para então definir o que deseja expressar através de sua imagem;

Estética de sobrancelha e cílios - Técnica que utiliza o visagismo, objetivando o

melhor formato de sobrancelha para cada formato de rosto.

Reflexos e Mechas - Técnica de coloração ou descoloração capilar, que visa

incluir um ou mais tom diferentes da cor natural.

Lavagem capilar - Higienização dos cabelos através de Shampoos adequados

para cada tipo específico.

Hidratação capilar - Técnica através de massagens e vaporização de repor a

umidade natural, nutrientes e queratina perdida. São tratamentos a base de

queratina, proteínas, vitaminas, extrato de seda, óleos vegetais, ceramidas, silicone

e lanolina.

Cauterização - Técnica de hidratação profunda dos cabelos à base de queratina

que deixa os cabelos mais macios, sedosos e com a aparência mais lisa devido ao

seu fator antifrizz;

Penteado - Mudança de visual temporária pode utilizar produtos e

equipamentos, dependendo do que a cliente solicitar;

88

Unhas pé e mão - Retirada de cutícula e coloração das unhas;

Escova modeladora - Mudança da forma capilar através de técnicas de

escovação com secador.

Escova progressiva - Técnica que utiliza produtos a base de queratina, que

mudam a estrutura interna dos fios garantindo cabelos mais lisos.

Maquiagem - consiste na aplicação de produtos com efeito cosmético, de

embelezamento, ou disfarce, seguindo-se alguns casos os ditames da moda e com

uso de substâncias especificamente destinadas a tal fim;

Corte de cabelo (feminino, masculino e infantil) - poderão ser feitos a tesoura ou

máquina de corte;

Depilação - Retirada de pelos indesejáveis, utilizando várias técnicas (Ceras

quente ou fria, Técnica egípcia)

Coloração capilar - Técnica para mudança ou potencializarão da cor natural do

cabelo.

5.4.2 Preço

Para a determinação do preço dos serviços, foram considerados: preços

praticados pelos concorrentes, o preço que os clientes estariam dispostos a pagar

assim como os custos de mão de obra e produtos utilizados A figura abaixo

apresenta os principais serviços e seus preços, respectivamente.

Tabela 5 - Preço de Venda

Produto/Serviço Preço de Venda Unitário (R$)

Coloração capilar R$ 50,00

Depilação R$ 30,00

Maquiagem R$ 70,00

Escova Progressiva R$ 110,00

Escova Modeladora R$ 45,00

Unhas pé e mão R$ 30,00

Penteado R$ 80,00

Cauterização R$ 60,00

Hidratação capilar R$ 35,00

Reflexos e Mechas R$ 120,00

Estética de sobrancelha R$ 25,00

89

Relaxamento capilar R$ 100,00

Corte Feminino R$ 40,00

Corte Masculino e Infantil R$ 25,00

Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014)

5.4.3 Estratégias promocionais

Devido à baixa disponibilidade de recursos financeiros, como forma de

divulgar a empresa que é nova no mercado iremos utilizar métodos gratuitos.

Inicialmente com o intuito de criar a identidade do salão será criada a sua

logomarca, assim como um blog onde divulgaremos serviços, produtos, promoções,

fotos e endereço do empreendimento. A elaboração da logo, assim como a criação

do blog, será feita por Rubens Laureano, um amigo publicitário que não cobrará

pelos serviços.

Em seguida criaremos os materiais de divulgação utilizando cores, fontes de

letras e uma linguagem padronizada, para a criação dos panfletos que serão

distribuídos em pontos comerciais. A impressão de 3.000,00 unidades de panfletos

com tamanho 10x15, foi orçado na Vip Cópias, localizada na Rua Tenente Silveira,

111, Loja 5, centro/Florianópolis ao preço de R$ 180,00. Segue figura do panfleto:

Figura 8 - Panfleto Promocional

Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014)

90

Como forma de divulgação será feito um anúncio no Jornal do Campeche,

colorido, com tamanho de 9x5, com tiragem de 2.000 unidades e circulação mensal

ao custo de R$ 80,00. O cadastramento do empreendimento nas listas telefônicas

online é outra forma de divulgação gratuita que será adotada, como por exemplo, a

Lista Amarela e o Guia Fácil. Outro meio gratuito e eficiente para a divulgação do

salão são as redes sociais, como o Facebook e o Instagram, que tem um grande

alcance, atingindo várias faixas etárias e classes sociais. Além de servir como

divulgação dos serviços é uma excelente ferramenta de relacionamento com o

cliente.

5.4.4 Estrutura de comercialização

Os serviços serão prestados nas instalações do salão. O atendimento será

realizado de segunda a sábado, das 9 às 21h, sem fechar para o almoço. Haverá

ainda flexibilidade nos horários mediante agendamento prévio. Em algumas

situações os clientes poderão ser atendidos em outros locais, como: em domicílio

e/ou nos intervalos de trabalho de outras empresas, desde que avaliado e negociado

previamente. Outro serviço prestado fora das instalações será atender noivas em

suas residências e agendar disponibilidade para acompanhar em sessões de fotos.

Variedade na forma de pagamento dos serviços é outro fator a ser observado

para satisfazer os clientes. Atualmente, muitas pessoas não costumam andar com

dinheiro em espécie no bolso, portanto, possuir no estabelecimento uma máquina de

cartão é uma boa maneira de atrair o público e proporcionar essa comodidade no

pagamento, tanto no crédito, como no débito. Para o empreendedor esse modelo de

pagamento gera confiança no recebimento e um fluxo maior de clientes pelo salão.

Além do uso de cartões, o pagamento poderá ser feito em dinheiro ou cheque.

Pensando na fidelização dos clientes, a Elis Estética irá implementar

mecanismos para esse fim. Um desses programas é o “Cartão Indicação”, no qual o

cliente recebe dois cartões. O primeiro com um desconto de 10% que ele poderá

repassar a algum amigo. Assim que esse amigo utilizar algum serviço no salão,

automaticamente quem indicou receberá um desconto de 20% em qualquer outro

serviço a sua escolha. Outra promoção adotada terá o auxílio poderoso da internet,

91

é o programa “Corte e Post”. Onde o cliente será incentivado a mostrar seu novo

look. Ele deverá compartilhar sua foto nas redes sociais com a hastag #CorteiNaElis,

feito isso é só comunicar seu post na próxima vez em que ele for ao salão e ganhará

50% de desconto no próximo corte.

Outra ação para reter os clientes será o “Um mês, um spa”, onde o cliente

contratará um mês de serviços de manicure/pedicura e ganha uma sessão de spa

para os pés. Segue a figura ilustrativa do programa:

Figura 9 - Cartão Fidelidade Frente

Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014)

Figura 10 - Cartão Fidelidade Verso

Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014)

O programa em detalhes:

a) Quatro serviços de coloração de unhas das mãos (uma por semana),

b) Dois serviços de coloração de unhas dos pés (quinzenal), quando contratados de

uma só vez, ganhará de brinde um spa os para pés, que consiste na esfoliação,

massagem e hidratação dos pés;

92

c) Cada vez que o procedimento é realizado será colocado um carimbo no verso do

cartão, para fins de maior de controle.

Segundo pesquisa feita com os concorrentes, pensando nos dias de baixo

movimento - terça e quarta – iremos oferecer um desconto de 15% em corte, escova

e pedicura/manicure. Essa ação visa aumentar o volume de atendimentos nos dias

tradicionalmente de pouco fluxo de clientes pelos salões.

5.4.5 Localização do negócio

Terá sede fixa na Rua Pau de Canela, 1527, Bairro Campeche em

Florianópolis, onde a empreendedora possui nesse endereço um terreno com

aproximadamente 250 metros quadrados com escritura pública, contando com

serviços de água, luz e esgoto já disponíveis e um estacionamento para até cinco

veículos. Um endereço de fácil localização, com grande circulação de veículos e

pedestres, bastante conhecida pela população local, pois é a única rua que liga

Campeche ao bairro Rio Tavares.

O bairro Campeche, segundo o IBGE 2010, possui aproximadamente 15.000

habitantes. Outro ponto a ser destacado na escolha dessa localização é o

conhecimento que a empreendedora tem sobre a região e suas características, além

disso, o Campeche passa por uma expansão imobiliária atualmente, com grande

propensão de crescimento, onde prevalecem construções de casas e condomínios

luxuosos.

93

Figura 11 - Localização Eli's Estética

Fonte: Google Maps (2014).

5.5 Plano Operacional

Este item apresenta a forma que a Eli’s Estética será organizada

internamente:

Estacionamento: é a área externa útil da empresa onde os clientes poderão

deixar seus carros seguros enquanto aguardam a realização dos procedimentos.

Terá disponibilidade para até 4 carros;

Recepção: área em que será feito o primeiro e último contato do cliente no salão,

composto pelo caixa e por um balcão de atendimento com equipamentos de

informática que possibilitem o cadastramento do cliente bem como o controle dos

serviços realizados;

Sala de espera: área próxima a recepção, onde o cliente aguarda seu horário

agendado confortavelmente, estarão disponíveis café, água, jornais,revistas

atualizadas e uma televisão;

94

Salão para procedimentos: área com tamanho suficiente para a acomodação de

móveis e equipamentos para a realização do serviço de beleza. Local bem arejado

com cores discretas, iluminação serena e agradável;

Sala de depilação: área específica para tal procedimento contendo uma maca que

possibilita o atendimento de um cliente por vez ;

Banheiro: área de uso comum de funcionários e clientes, próximo das áreas de

atendimento;

Administração: sala onde ocorrerão os procedimentos administrativos;

Estoque: como a empresa não possui um grande volume de estoque de produtos

e materiais essa área fica alocada na sala da administração.

5.5.1 Leiaute

O leiaute da Eli’s Estética foi elaborado pelo projetista amigo da família

Antônio Salgado Neto, onde a principal recomendação foi otimizar a área disponível

para construção de 60 m². O projeto apresenta seis ambientes divididos em: hall de

entrada; que foi adaptado para facilitar o acesso de pessoas portadoras de

necessidades especiais e permite ao cliente uma primeira impressão geral do salão,

a recepção; onde será feito o primeiro contato com o cliente e fornecedores, o salão

principal; onde será desempenhada grande parte do processo produtivo, uma sala

específica para depilação; um lavabo para cliente e funcionários e um escritório onde

ocorrerá todo o processo administrativo, no qual disponibiliza de um espaço para o

armazenamento do pequeno volume de materiais de uso no salão, produtos de

limpeza, material de escritório, entre outros. A planta será evidenciada na figura

abaixo:

95

Figura 12 - Planta Baixa

Fonte: Projeto Antônio Salgado Neto (2014).

Para que o leiaute do salão fosse visto de forma clara foi elaborado também a

planta humanizada do empreendimento como mostra a figura a seguir:

96

Figura 13 - Planta Humanizada

Fonte: Projeto Antônio Salgado Neto (2014)

A figura 13 permite entender a divisão de cada nível no processo produtivo,

bem como a alocação de máquinas, equipamentos e móveis do salão.

97

Com o objetivo de criar uma identidade para o salão e atrair a atenção do

consumidor, a área externa apresenta uma fachada moderna com uma grande

vidraça que permite a visualização do interior do estabelecimento. Ainda na fachada

da loja será instalado um letreiro luminoso com o nome da empresa e sua

logomarca, conforme figura abaixo:

Figura 14- Fachada Eli's Estética

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014)

5.5.2 Capacidade Instalada

O atendimento estará disponível ao cliente, das 09:00 da manhã ás 21:00 da

noite, no entanto a capacidade de produção discorrerá da seguinte forma:

Até 12 horas por dia, 6 dias por semana, totalizando até 26 dias por mês, ou

seja o Eli´s Estética atenderá em média 312 dias por ano. Domingos e feriados

considerados dias não produtivos para o salão. Os colaboradores do

empreendimento serão capacitados a atingirem 100% de sua produção total, toda

equipe estará envolvida com a produção anual isso porque terão participação direta

no faturamento da empresa.

98

Tabela 6 - Capacidade Instalada

Cálculo Receita

Média de atendimentos diários 20

Dias produtivos 26

Valor médio dos serviços R$ 58,57

Total aproximado R$ 30.457,14

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014)

A capacidade instalada mensal do salão é de R$ 30.457,14 em serviços.

Considerando o tempo despendido para a realização de cada serviço, o cálculo foi

realizado somando a quantidade de serviços realizados durante um mês, dividido

pelos 26 dias produtivos, obtendo a média de atendimentos diários = 20.

Somando o valor de cada serviço, dividindo pelos 14 serviços que o salão

disponibilizará encontrou-se o valor médio dos serviços. Por fim multiplicou-se a

média de atendimentos diários vezes os dias produtivos, multiplicado pelo valor

médio dos serviços, alcançando o valor citado anteriormente.

5.5.3 Processos Operacionais

Este item compreende a descrição das principais atividades da empresa, logo

os processos operacionais da Eli’s Estética são:

5.5.3.1 Fluxograma da Recepção

Este é o primeiro contato do cliente com a empresa, portanto é essencial

primar por um atendimento de qualidade, segue o fluxograma desse processo:

99

Figura 15 - Fluxograma Recepção

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

O processo de atendimento ao cliente pode ser feito via telefone, e-mail, ou

através da visita do mesmo no balcão da recepção, caso o cliente ainda não tenha

será feito um cadastro para facilitar a interação entre cliente e empresa com dados

pessoais e preferências, após receberá informações sobre horário de atendimento,

opções e preços dos serviços, formas de pagamentos, entre outros. Se for do

interesse do cliente realizar algum procedimento o mesmo será encaminhado ao

profissional responsável.

100

5.5.3.2 Fluxograma do Assistente de Cabeleireiro

O assistente de cabeleireiro desempenha uma importante função com os

clientes que procuram procedimentos capilares, servindo de ligação entre cliente e

cabeleireiro, segue fluxograma do processo:

Figura 16 - Fluxograma Assistente de Cabeleireiro

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

101

Após o cliente passar pela recepção e agendar um horário para

procedimentos capilares, ele será recebido pelo assistente do cabeleireiro que o

guiará até um dos lavatórios para a higienização dos cabelos. Na primeira etapa

será utilizado shampoo específico para o procedimento desejado, em seguida será

aplicado o condicionador para o tipo de cabelo trabalhado e por fim seca-se o cabelo

e o encaminha para a cabeleireira.

5.5.3.3 Fluxograma da Cabeleireira

É considerado o principal processo de um salão de beleza, pois desempenha

a maior parte dos serviços ofertados, segue o fluxograma do processo:

Figura 17 - Fluxograma Cabeleireiro

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

102

Após o cliente ter passado por seu assistente, já com o cabelo pré-preparado

a cabeleireira recebe-o para iniciar o procedimento desejado, finalizando com a

modelagem dos cabelos, preenche a ficha assinalando os serviços efetuados e o

encaminha para o pagamento na recepção.

5.5.3.4 Fluxograma da Depiladora

Depilação é um serviço muito procurado atualmente nos salões e não poderia

ficar de fora dos serviços oferecidos, segue o fluxograma desse processo:

103

Figura 18 - Fluxograma da Depiladora

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

A depiladora aguarda o cliente já com a cera aquecida e maca preparada,

após o cliente passar pela recepção será encaminhado até a sala da depilação,

onde o procedimento começará com a higienização da parte do corpo a ser

depilado, em seguida aplica-se a cera, retira-se o pelo e por fim é feita a

higienização pós-cera.

104

5.5.3.5 Fluxograma da Manicure/ Pedicura

Este serviço é considerado o de uso mais frequente pelos consumidores,

chegando a fazê-lo semanalmente, segue o fluxograma do processo:

Figura 19 - Fluxograma Manicure/Pedicura

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014)

5.5.4 Necessidade de Pessoal

Conforme exposto na fundamentação teórica, a seguir apresenta-se o Quadro

06 com a necessidade de colaboradores da Eli’s Estética, com as respectivas

qualificações:

105

Quadro 8 - Necessidade de Pessoal

Nº de Colaboradores

Cargo/Função Qualificações necessárias

1 Assistente de Cabeleireiro

Profissional capacitado e com conhecimento em higienização de materiais, escovação e métodos de aplicação de produtos. Desejável criatividade, bom relacionamento interpessoal, capacidade de comunicação e postura profissional.

1 Maquiadora/ Designer de

sobrancelhas

Profissional especializado em visagismo, antenada a tendências de produtos e novas técnicas. Bom relacionamento com os clientes e cursos de aperfeiçoamento constantes. Desejável experiência anterior nessa área.

1 Manicure/Pedicura Profissional capacitada e possuir um bom relacionamento interpessoal ter consciência de manusear e esterilizar os equipamentos.

1 Depilação

Profissional altamente capacitada em assuntos relacionados à anatomia e patologia da pele, assim como produtos, técnicas e procedimentos pós-depilação.

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014)

Apresentou- se no quadro acima a necessidade de mão de obra para o Eli’s

Estética, portanto é primordial que os colaboradores tenham as qualificações

exigidas para o melhor funcionamento e sucesso da organização.

Como forma de ilustrar a cadeia de comando dentro da organização, foi

elaborado um organograma representativo. Segue:

106

Figura 20 - Organograma da Organização

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

Conforme a ilustração, a empresa será gerenciada por duas sócias:

a) Amanda, uma das sócias, será responsável por toda parte administrativa desde a

recepção dos clientes, incluindo na contratação de mão de obra, compra de

produtos e fechamento financeiro;

b) Anelise, a outra sócia, será responsável praticamente por todos os processos

produtivos, uma vez que será a cabeleireira do salão.

Para o serviço contábil haverá a necessidade de contratar um profissional

terceirizado.

5.6 Plano Financeiro

O plano financeiro do Salão de Beleza Eli’s Estética abrange primeiramente a

estimativa dos investimentos fixos, de capital de giro, de investimento total, os

gastos pré-operacionais, estimativa do faturamento mensal da empresa, custos de

mão de obra, custos fixos mensais, demonstrativo do resultado, bem como a análise

de indicadores de viabilidade.

107

5.6.1 Estimativa de Investimentos Fixos

O salão Eli’s Estética estima um investimento fixo de R$ 83.995,60, sendo R$

72.000,00 em imóveis, R$ 3.090,80 em máquinas e R$ 8.904,80 em utensílios.

Segue tabela:

Tabela 7 – Estimativa de Investimento fixo

Imóveis Quantidade Valor Unitário Total

Prédio 60 m² 1 R$ 72.000,00 R$ 72.000,00

Sub Total R$ 72.000,00

Máquinas

Secador de Cabelo 2 R$ 150,00 R$ 300,00

Impressora 1 R$ 269,00 R$ 269,00

Telefone sem fio 1 R$ 109,00 R$ 109,00

Ar Cond. 12000 BTUS 1 R$ 1.124,80 R$ 1.124,80

Computador 1 R$ 1.199,00 R$ 1.199,00

Máquina de corte 1 R$ 89,00 R$ 89,00

Sub Total R$ 3.090,80

Móveis e Utensílios

Carrinho de apoio 2 R$ 140,00 R$ 280,00

Espelho para parede 5 R$ 70,00 R$ 350,00

Bancada de cabelereiro 1 R$ 980,00 R$ 980,00

Balcão da recepção 1 R$ 1.400,00 R$ 1.400,00

Cadeira para corte 2 R$ 528,00 R$ 1.056,00

Cadeira para corte infantil 1 R$ 390,00 R$ 390,00

Lavatório 1 R$ 718,00 R$ 718,00

Lavatório portátil 1 R$ 358,00 R$ 358,00

Kit manicure cadeira 1 R$ 598,00 R$ 598,00

Expositor de esmalte 1 R$ 229,00 R$ 229,00

Alicate em aço inox 2 R$ 16,90 R$ 33,80

Palito em aço inox 2 R$ 5,90 R$ 11,80

Espátula em aço inox 2 R$ 6,60 R$ 13,20

Bacia para pedicura 2 R$ 7,90 R$ 15,80

Esterilizador de materiais 1 R$ 448,00 R$ 448,00

Panela termo depiladora 1 R$ 129,00 R$ 129,00

Kit pincel maquiagem 1 R$ 79,00 R$ 79,00

Poltrona de espera 4 R$ 109,00 R$ 436,00

Pinça sobrancelhas 3 R$ 7,40 R$ 22,20

Prancha alisadora 2 R$ 69,00 R$ 138,00

TV LED 42 polegadas 1 R$ 1.040,00 R$ 1.040,00

Cadeira da recepção 1 R$ 179,00 R$ 179,00

Sub total R$ 8.904,80

Total Invest. Fixos R$ 83.995,60

Fonte: Elaborado pela acadêmica.

Dos investimentos fixos citados acima, mais de 85% - representando a maior

parte do investimento - será destinada a construção de um prédio de 60 m². Esta

obra foi orçada na Abel Construtora e a opção por essa empresa justifica-se pelo

108

fato de ser uma empresa conceituada na área da construção civil, ofertou o menor

preço em relação às outras empresas pesquisadas e zela pela qualidade em seus

serviços. O custo será de R$: 1.200,00 o m², totalizando R$ 72.000,00.

5.6.2 Capital de Giro – Estoque Inicial

Capital de giro diz respeito ao estoque indispensável para que a empresa

inicie suas atividades. A tabela abaixo apresenta a estimativa do estoque inicial que

é composto pela matéria-prima necessária para abertura do negócio.

Tabela 8 - Estimativa de estoque inicial

Lençol descartável 1000 R$ 1,95 R$ 1.950,00

Papel para depilação 500 R$ 0,58 R$ 290,00

Cera depiladora 20 R$ 2,00 R$ 40,00

Esmaltes 50 R$ 1,99 R$ 99,50

Shampoo 5 litros 2 R$ 69,90 R$ 139,80

Condicionador 5 l 2 R$ 35,00 R$ 70,00

Kit Progressiva 1 l 2 R$ 198,00 R$ 396,00

Tintura para cabelo 10 R$ 7,90 R$ 79,00

Defrizante 3 R$ 17,90 R$ 53,70

Reparador de pontas 5 R$ 3,90 R$ 19,50

Fixador de penteado 2 R$ 12,90 R$ 25,80

Lixa descar. 100 un 1 R$ 6,50 R$ 6,50

Protetor de bacia 1 R$ 10,00 R$ 10,00

Luvas descartáveis 1 R$ 15,00 R$ 15,00

Kit cauterização 2 R$ 30,00 R$ 60,00

Amolecedor de cutículas 1 R$ 12,00 R$ 12,00

Aplicador de creme 2 R$ 2,99 R$ 5,98

Creme capilar 1 kg 2 R$ 28,00 R$ 56,00

Kit maquiagem 1 R$ 379,90 R$ 379,90

Pó descolorante - 1K 1 R$ 100,00 R$ 100,00

Água oxigenada - 1 litro 2 R$ 12,00 R$ 24,00

Acetona - 5 litros 2 R$ 15,00 R$ 30,00

Óleo Capilar - 1 litro 1 R$ 15,00 R$ 15,00

Papel para mechas – 100 un 2 R$ 28,00 R$ 56,00

Agulha de para luzes 3 R$ 4,00 R$ 12,00

Touca de silicone para Luzes 10 R$ 4,80 R$ 48,00

Algodão – 1 kg 1 R$ 13,00 R$ 13,00

Creme Relaxante – 1 Kg 1 R$ 80,00 R$ 80,00

Neutralizante - 1 L 2 R$ 11,00 R$ 22,00

TOTAL R$ 4.108,68

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

As compras do estoque inicial foram calculadas com base na capacidade de

produção inicial e o mercado potencial. Além desses fatores, foi levado em

consideração que não há necessidade de um estoque de longo prazo.

109

5.6.3 Capital de giro – caixa mínimo

O Salão Eli’s Estética avaliou a política de vendas através das respostas

obtidas na pesquisa de mercado onde 73% dos entrevistados relatam fazer o

pagamento em dinheiro, 25% utilizam o cartão de crédito e apenas 2% utilizam

cheque. Obteve-se o prazo médio total de recebimento de 09 dias, multiplicando o

percentual médio de vendas com o prazo de dias para o recebimento. Segue tabela:

Tabela 9 - Prazo médio de recebimento

PMV Nº de dias Média Ponderada

Cartão de Crédito 25% 30 7,5

Cheque 2% 30 0,6

Dinheiro 73% 0 0

Prazo médio total 09 dias

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014).

Do mesmo modo realizou-se o prazo médio de pagamento aos fornecedores.

Tabela 10 - Prazo médio de pagamento dos fornecedores

Prazo médio de compras (%) Número de dias Média Ponderada em dias

Cosméticos 70,00 60 42,00

Enxovais e Uniformes 10,00 30 3,00

Utensílios 10,00 30 3,00

Material de limpeza 10,00 30 3,00

Prazo médio total 51

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014).

Estimou-se na tabela acima que: 70% das compras referentes a compra de

produtos serão pagas em 60 dias. Os demais fornecedores serão pagos em 30 dias,

totalizando uma média de 51 dias para o pagamento das compras. A tabela estima a

necessidade média do estoque do salão.

Tabela 11 - Necessidade média de estoque

Necessidade média de estoque

Número de dias 15

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014).

Conforme tabela 11 estimou-se a necessidade média de produtos em estoque

de 15 dias, considerando a facilidade e disponibilidade de compra dos insumos

necessários para a realização dos procedimentos no salão.

110

Na tabela 12 apresenta-se o cálculo da necessidade líquida de capital de giro,

sabendo que o prazo médio de recebimento do salão é de 9 dias e que a empresa

possui a necessidade média de estoque de 15 dias, verificou-se que a empresa

apresenta um recurso de 24 dias fora de seu caixa. Segue tabela:

Tabela 12 - Necessidade Líquida de Capital de giro em dias

Recursos da empresa fora do seu caixa Número de dias

1. Contas a Receber – prazo médio de vendas 9

2. Estoques – necessidade média de estoques 15

Subtotal Recursos fora do caixa 24

Recursos de terceiros no caixa da empresa

3. Fornecedores – prazo médio de compras 51

Subtotal Recursos de terceiros no caixa 51

Necessidade Líquida de Capital de Giro em dias -27

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014)

Como se pode observar na tabela 12, o salão compra seus produtos a prazos

maiores do que o recebimento pelos serviços, portanto não há necessidade de

capital de giro nos meses seguintes a abertura.

5.6.4 Estimativas dos investimentos pré-operacionais

Nesta etapa são demonstrados os investimentos realizados antes do início

das atividades da empresa. Segue tabela dos investimentos pré-operacionais:

Tabela 13 – Estimativas dos investimentos pré-operacionais

Descrição Valor

Despesas de Legalização R$ 715,00

Obras civis e/ou reformas R$ 0,00

Divulgação de Lançamento R$ 260,00

Cursos e Treinamentos R$ 700,00

Outras despesas R$ 0,00

TOTAL R$ 1.675,00

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014).

O total demonstrado na tabela 13, R$ 1.675,00 foi distribuído entre as

despesas de legalização, que de acordo com a contadora Dóris Afonso, é

necessário um alvará de localização que custa R$ 150,00, um contrato social que

custa R$500,00 e o registro na junta comercial ao custo de R$ 65,00. Além desses

documentos pagos, faz-se indispensável a elaboração de outros sem custos. A

divulgação de lançamento no valor de R$260,00 reais. Outro custo pré-operacional é

111

um curso motivacional para a integração da equipe, alinhamento das estratégias,

entre outros. Esse curso foi orçado na Mastery Coaching pelo valor de R$700,00.

5.6.5 Estimativas dos investimentos totais

Após a estimativa do valor para os investimentos fixos financeiros e pré-

operacionais segue figura com o valor total a ser investido no futuro

empreendimento.

Gráfico 14 - Descrição dos investimentos

Fonte: Adaptado SEBRAE (2013).

Cerca de 98% dos valores serão alocados para investimentos fixos e cerca de

2% para investimentos pré-operacionais. Para a abertura do negócio, 100% dos

recursos aplicados terão origem em recursos das sócias, conforme tabela abaixo:

Tabela 14 - Investimento Total

Fontes de recursos Valor (%)

Recursos próprios R$ 69.816,13 100,00

Recursos de terceiros R$ 0,00 0,00

Outros R$ 0,00 0,00

TOTAL R$ 69.816,13 100,00

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014)

98,04%

1,96%

Descrição dos Investimentos

Investimentosfixos

investimentospré-operacionais

112

5.6.6 Faturamento mensal da empresa

Nesta fase foram aferidos quanto a empresa irá faturar por mês, as

informações necessárias foram estimadas de acordo com o conhecimento de

mercado de ambas as sócias e potencial de capacidade produtiva da empresa.

Segue tabela nº 15:

Tabela 15 - Faturamento Mensal

Produto/Serviço (Estimativa de Vendas)

Preço de Venda Unitário (R$)

Faturamento Total (em R$)

Coloração capilar 60 R$ 50,00 R$ 3.000,00

Depilação 50 R$ 30,00 R$ 1.500,00

Maquiagem 15 R$ 70,00 R$ 1.050,00

Escova Progressiva 40 R$ 110,00 R$ 4.400,00

Escova Modeladora 40 R$ 45,00 R$ 1.800,00

Unhas pé e mão 90 R$ 30,00 R$ 2.700,00

Penteado 15 R$ 80,00 R$ 1.200,00

Cauterização 15 R$ 60,00 R$ 900,00

Hidratação capilar 40 R$ 35,00 R$ 1.400,00

Reflexos e Mechas 25 R$ 120,00 R$ 3.000,00

Estética de sobrancelha 30 R$ 25,00 R$ 750,00

Relaxamento capilar 12 R$ 100,00 R$ 1.200,00

Corte Feminino 60 R$ 40,00 R$ 2.400,00

Corte Masculino e Infantil 30 R$ 25,00 R$ 750,00

TOTAL R$ 26.050,00

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

De acordo com a tabela acima obteve-se o faturamento de R$ 26.050,00,

onde estimou-se a quantidade de vendas de serviços oferecidos multiplicado pelo

preço de venda do salão.

5.6.7 Custo Unitário

A seguir tabela representativa dos custos unitários dos principais serviços do

salão.

Tabela 16 - Custos Unitários

Serviço Custo Unitário

Coloração capilar R$ 10,00

Depilação R$ 2,20

Maquiagem R$ 4,00

Escova progressiva R$ 10,00

Escova Modeladora R$ 2,00

Manicure/pedicura R$ 1,30

113

Penteado R$ 3,50

Cauterização R$ 3,00

Hidratação R$ 4,10

Reflexo e mexas R$ 7,89

Sobrancelha R$ 0,10

Relaxamento capilar R$ 6,52

Corte R$ 2,20

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014).

O custo unitário total tem relação direta com o volume de serviços prestados

em um mês. Contando que cada serviço será realizado apenas uma vez esse custo

fica em R$ 56,81.

5.6.8 Custos de comercialização

Os custos variáveis do salão de beleza estão relacionados aos gastos com a

prestação de serviços os quais variam de acordo com o faturamento mensal.

Podendo destacar dentre eles, os impostos, propagandas e taxa de administração

do cartão de crédito. Conforme tabela:

Tabela 17 - Custo de comercialização

Descrição (%) Faturamento Estimado Custo Total

SIMPLES (Imposto Federal) 6,00 R$ 26.050,00 R$ 1.563,00

Comissões (Gastos com Vendas) 5,00 R$ 26.050,00 R$ 1.302,50

Propaganda (Gastos com Vendas) 0,50 R$ 26.050,00 R$ 130,25

Taxas de Cartões (Gastos com

Vendas) 1,00 R$ 26.050,00 R$ 260,50

Total Impostos R$ 1.563,00

Total Gastos com Vendas R$ 1.693,25

Total Geral (Impostos + Gastos) R$ 3.256,25

Fonte: Adaptado SEBRAE (2013).

Para calcular os impostos devidos pela empresa tomou-se como base a

tributação do simples nacional, onde numa única guia abrange impostos federais,

estaduais e municipais. O faturamento estimado da empresa é de R$ 26.050,00,

114

enquadrando-se na primeira faixa na tabela do referido tributo, aplicando-se um

percentual de 6%.

Outro custo variável será referente a comissão de 5% recebida pelos

colaboradores em cima do faturamento mensal.

Inicialmente a Eli’s Estética investirá um percentual de 0,5% do seu

faturamento em propagandas, anunciando sua marca e seus serviços.

A taxa de administração do cartão de crédito será de 4%, prevendo que 25%

dos serviços prestados pelo salão serão recebidos dessa forma. Aplicou-se esse

percentual ao faturamento total da empresa e multiplicou-se pela taxa de

administração do cartão de crédito. Sendo assim, o custo variável mensal totalizou

R$ 3.256,25.

5.6.9 Apuração dos custos da Mercadorias Vendidas

Para apuração dos custos dos serviços prestados multiplicou-se a quantidade

de serviços estimados de vendas pelo custo de aquisição, conforme tabela abaixo:

Tabela 18 - Custo de mercadoria vendida

Serviço Vendas Custo Unitário CMV

Coloração capilar 60 R$ 10,00 R$ 600,00

Depilação 50 R$ 2,20 R$ 110,00

Maquiagem 15 R$ 4,00 R$ 60,00

Escova Progressiva 40 R$ 10,00 R$ 400,00

Escova Modeladora 40 R$ 2,00 R$ 80,00

Unhas pé e mão 90 R$ 1,30 R$ 117,00

Penteado 15 R$ 3,50 R$ 52,50

Cauterização 15 R$ 3,00 R$ 45,00

Hidratação capilar 40 R$ 4,10 R$ 164,00

Reflexos e Mechas 25 R$ 7,89 R$ 197,25

Estética de Sobrancelha 30 R$ 0,10 R$ 3,00

Relaxamento capilar 12 R$ 6,52 R$ 78,24

Corte 90 R$ 2,20 R$ 192,00

TOTAL R$ 2.098,99

Fonte: elaborado pela acadêmica (2014).

Estimou-se, portanto o valor total do custo de mercadoria vendido – CMV – o

valor de R$ 2.098,99.

115

5.6.10 Custo com mão de obra

Este item abrange os salários dos colaboradores, bem como encargos sociais

(INSS, FGTS, férias, 13º e aviso prévio). Segue tabela representativa desse cálculo:

Tabela 19 - Custos com mão de obra

Função Colaboradores Salário Subtotal (%) de

encargos

Encargos

sociais

Total

Depilação 1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02

Manicure/ Pedicura

1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02

Maquiadora e Designer

1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02

Assistente 1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02

TOTAL 4 3.136,00 R$ 2.520,09 R$ 5.656,09

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014)

A estimativa acima engloba apenas salários fixos baseado na tabela do

salário mínimo previsto para 2015, não levando em consideração o pagamento das

comissões, visto que estes estão diretamente relacionados com a produção.

5.6.11 Custo com depreciação

Máquinas e equipamentos desgastam-se e ficam ultrapassadas com o tempo,

sendo necessária sua reposição. A depreciação é o reconhecimento da perda do

valor dos bens pelo uso. Calculada conforme tabela nº 20 apresentada abaixo:

Tabela 20 - Custos de depreciação

Ativos Fixos Valor do bem Vida útil em Anos Depreciação Anual

Depreciação Mensal

Imóveis R$ 72.000,00 25 R$ 2.880,00 R$ 240,00

Máquinas R$ 1.891,80 10 R$ 189,18 R$ 15,76

Móveis/utensílios R$ 8.904,80 10 R$ 890,48 R$ 74,21

Computadores R$ 1.199,00 5 R$ 239,80 R$ 19,98

Total R$ 4.199,46 R$ 349,95

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

Para a realização do cálculo acima foram divididos os respectivos bens que a

empresa avaliou necessário para o início de suas atividades. Posteriormente dividiu-

se pelo valor da vida útil do bem para obter a depreciação anual logo, realizou-se o

rateio para os doze meses, encontrando, assim a depreciação mensal de R$ 349,95.

116

5.6.12 Custos fixos operacionais mensais

São custos que independem da produção mensal, ou seja, é obrigação da

empresa o pagamento dos débitos mesmo se não tiver sido efetuado nenhum

serviço no salão. A tabela apresentada a seguir evidencia a descrição dos custos

operacionais mensais:

Tabela 21 – Dos custos fixos da empresa

Descrição Custo em R$

IPTU 28,00

Energia elétrica 120,00

Telefone + internet 102,00

Pró-labore 10.000,00

Salários + encargos 5.656,09

Material de limpeza 40,00

Material de escritório 30,00

Serviços de terceiros 500,00

Depreciação 349,95

TOTAL 16.826,04

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

Os itens aluguel e condomínio, não são destacados na tabela acima devido a

inexistência desses fatores no projeto. Os serviços de terceiros dizem respeito aos

honorários mensais do contador. A soma destas e das demais despesas fixas

mensais totalizam um montante de R$: 16.826,04.

117

Gráfico 15 - Estimativa de custos fixos

Fonte: SEBRAE (2013).

O Gráfico 15 acima estima um crescimento de 3% ao mês para o primeiro ano

e 20% de crescimento anual a partir do 2º ano, com base nesses dados totalizam

assim, um custo fixo anual de R$ 238.795,66.

5.6.13 Demonstrativo de Resultados

Somente após reunir as informações sobre o faturamento da empresa,

como custos fixos e variáveis foi possível estimar o demonstrativo de

resultados do salão. A tabela nº 22 abaixo apresenta os devidos resultados:

Tabela 22 - Demonstrativo de Resultado

Descrição (R$) (R$) Anual (%)

1. Receita Total com Vendas R$ 26.050,00 R$ 312.600,00 100,00

2. Custos Variáveis Totais

2.1 (-) Custos com materiais diretos e/ou CMV(*)

R$ 2.098,99 R$ 25.187,88 8,06

2.2 (-) Impostos sobre vendas R$ 1.563,00 R$ 18.756,00 6,00

2.3 (-) Gastos com vendas R$ 1.693,25 R$ 20.319,00 6,50

Total de custos Variáveis R$ 5.355,24 R$ 64.262,88 20,56

3. Margem de Contribuição R$ 20.694,76 R$ 248.337,12 79,44

4. (-) Custos Fixos Totais R$ 16.826,04 R$ 201.912,48 64,59

5. Resultado Operacional: LUCRO

R$ 3.868,72 R$ 46.424,64 14,85

Fonte; Adaptado SEBRAE (2013).

118

Gráfico 16 - Demonstrativo de Resultados

Fonte: Adaptado SEBRAE (2013).

O gráfico acima demonstra o resultado obtido pela empresa no primeiro ano

de R$ 38.764.00.

5.6.14 Indicadores de Viabilidade

A tabela 23 abaixo apresenta os indicadores de viabilidade do

empreendimento, fornece respostas se este é viável ou não, segue:

Tabela 23 - Indicadores de Viabilidade

Indicadores Ano 1

Ponto de Equilíbrio R$ 300.589,47

Lucratividade 11,10 %

Rentabilidade 55,52 %

Prazo de retorno do investimento 1 ano e 10 meses

Fonte: Adaptado SEBRAE (2013).

O primeiro item destaca o ponto de equilíbrio, o qual representa que a

empresa precisa vender no primeiro ano o valor de R$: 300.589,47 para cobrir todos

os seus custos.

119

O valor da lucratividade foi estimado em 11,10%, esse é um fator de

competitividade, pois ao obter uma boa lucratividade a empresa poderá investir em

tecnologia, marketing, compra de novos produtos e equipamentos.

Outro indicador que mostra a atratividade no negócio é a rentabilidade que

mede em percentual o tempo (mês ou ano) de retorno do capital investido, para esse

item estimou-se um retorno de 55,52% ao ano. Deste modo entende-se que o prazo

total para retorno do investimento será de 1 ano e 10 meses.

5.7 Construção de Cenários

5.7.1 Ações preventivas e corretivas

A demonstração de cenários leva em consideração uma possível diminuição

das vendas ou então um aumento das receitas. Segue tabela com os cenários:

Tabela 24 - Ações Preventivas e Corretivas

Receita (pessimista) 10,00 % Receita (otimista) 10,00 %

Descrição Cenário Provável

Cenário Pessimista

Cenário otimista

Valor (%) Valor (%) Valor (%)

1. Receita total com vendas

R$ 26.050,00 100 R$ 23.445,00 100 R$28.655,00 100

2. Custos variáveis totais

2.1 (-) Custos com materiais diretos/CMV

R$ 2.098,99 8,06 R$ 1.889,09 8,06 R$ 2.308,89 8,06

2.2 (-) Impostos sobre vendas

R$ 1.563,00 6,00 R$ 1.406,70 6,00 R$ 1.719,30 6,00

2.3 (-) Gastos com vendas

R$ 1.693,25 6,50 R$ 1.523,93 6,50 R$ 1.862,58 6,50

Total de Custos Variáveis

R$ 5.355,24 20,56 R$ 4.819,72 00,56

R$ 5.890,76 20,56

3. Margem de contribuição

R$ 20.694,76 79,44 R$ 18.625,28 79,44 R$ 22.764,24 79,44

4. (-) Custos fixos totais

R$ 16.826,04 64,59 R$ 16.826,04 71,77 R$ 16.826,04 58,72

Resultado Operacional

R$ 3.868,72 14,85 R$ 1.799,24 7,67 R$ 5.938,20 20,72

Fonte: Adaptado SEBRAE (2013)

Para o cenário pessimista foi levado em consideração uma queda de 10% no

faturamento, e para o cenário otimista um aumento também de 10% nas vendas

120

mensais. A elaboração desses cenários é de suma importância, pois possibilita ao

gestor mensurar o tamanho do prejuízo em caso de uma redução no volume de

vendas. No entanto mesmo que ocorra um cenário pessimista a Eli´s Estética não

será afetada de forma crítica e nem terá impacto na rentabilidade do negócio.

5.7.2 Análise da Matriz F.O.F.A

A análise F.O.F.A é um instrumento que permite ao empreendedor identificar

aspectos favoráveis e desfavoráveis do empreendimento tanto interno como

externos, destacados no quadro abaixo:

Quadro 9 - Matriz F.O.F.A

FATORES INTERNOS FATORES EXTERNOS

Forças • Qualidade nos serviços; • Orientação empreendedora; • Equipe qualificada; • Localização.

Oportunidades • Aumento da renda das classes sociais; • Processo de expansão imobiliário no bairro onde será instalada • Crescimento do mercado que busca por qualidade de vida e autoestima.

Fraquezas • Ser novidade no bairro; • Negócio em fase inicial e sem histórico no mercado; • Recursos financeiros limitados.

Ameaças • Concorrência profissional e autônoma de serviços básicos; • Fidelização de clientes nos concorrentes; • Evolução do mercado.

Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014).

Após a análise do ambiente interno foi possível identificar no item forças a

qualidade dos serviços ofertados e uma equipe qualificada. Nesse contexto a Eli’s

Estética se compromete em dar continuidade nesses quesitos investindo em cursos

e treinamento com fins de atualização profissional. Outra força a ser destacada é

quanto à localização do empreendimento, já citado anteriormente. Orientação

empreendedora é outro item a ser mencionado em relação as forças do salão, uma

vez que as sócias possuem capacidade para inovar em serviços e no modelo de

gestão, adaptando-se a novos cenários.

121

A identificação das fraquezas não significa incompetência, e sim o

reconhecimento de suas fragilidades com a intenção de minimizá-las. Sendo assim

foi elaborado um plano de marketing visando ampla divulgação do empreendimento,

que possibilitará reverter a fraqueza do fato de o salão ser novidade no bairro e o

negócio estar em fase inicial. Inicialmente não será possível realizar outros

investimentos além do descritos nesse plano de negócios levando em consideração

a limitação dos recursos financeiros bem como a decisão de não recorrer a nenhum

tipo de empréstimo.

Quanto aos fatores externos considera-se relevante o crescimento imobiliário

da região onde a empresa será instalada, o aumento da renda da classe social bem

como o desenvolvimento de uma cultura voltada ao consumo de serviços de

embelezamento. Com a finalidade de aproveitar a oportunidade citada a Eli´s

Estética se posicionará como uma empresa capaz de satisfazer os anseios desse

público, utilizando meios de marketing adequados para atingir esse novo mercado

consumidor. Uma vez atraídos ao estabelecimento serão ofertados serviços de

qualidade e um atendimento diferenciado com intuito de reter o consumidor.

As ameaças identificadas pela empresa foram: a concorrência, a fidelização

feita pelos mesmos e a evolução do mercado. Para neutralizar essas ameaças os

profissionais da Eli’s Estética focarão em um atendimento simpático e agradável,

para ganhar a confiança do cliente e garantir o seu breve retorno. A gestão do salão

investirá em novidades não constatadas nos concorrentes, como a flexibilidade de

horários, a pontualidade do atendimento, atendimento em domicílio, máquina de

cartão, profissional especializado em visagismo, instalações confortáveis contando

com ambiente arejado e agradável. Os profissionais do salão conhecerão todas as

técnicas e equipamentos utilizados, participarão de cursos e capacitações

constantes para atualizar-se, bem como workshop, feiras entre outros tendo em vista

a rápida evolução desse mercado.

122

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ultimamente, devido ao acelerado desenvolvimento global e a abrangente

concorrência entre as organizações que pretendem ampliar seus negócios ou até

mesmo os empreendedores que irão abrir uma nova empresa, devem utilizar

ferramentas que possibilitem obter conhecimentos mais completos sobre o mercado

em que o empreendimento irá se estabelecer, sobre questões financeiras que

envolvem o negócio, a fim de diminuir os riscos de insucesso da empresa.

Nesta conjuntura, o plano de negócio é visto como uma ferramenta

fundamental de gestão que pode e deve ser utilizada pelo empreendedor que deseja

realizar o seu sonho de abrir um negócio próprio. Além de possibilitar a

sustentabilidade do mesmo, oferece uma ampla visão das etapas de elaboração do

projeto, desde a ideia, passando pela pesquisa de mercado, plano de marketing e

financeiro, obtendo assim valores que apresentam a viabilidade ou não do negócio.

Sendo assim, realizou-se este estudo visando analisar a viabilidade de

implantação de um Salão de Beleza localizado no bairro Campeche no município de

Florianópolis – Santa Catarina. Dessa forma fez-se necessário a elaboração dos

objetivos específicos, sendo que o primeiro deles foi identificar o perfil dos clientes

potenciais, após elaborou-se um plano operacional e de marketing, para então

verificar a viabilidade do empreendimento.

Com o objetivo de alcançar o primeiro objetivo específico que foi conhecer o

perfil do cliente potencial, foi executada uma pesquisa de mercado. Onde se

verificou características da população local, constatando-se, por exemplo: se os

mesmos eram moradores do bairro, quais os serviços que utilizam em suas idas ao

salão, a renda média dos moradores e os meios pelos quais gostariam de receber

propaganda. Tal objetivo foi alcançado uma vez que se percebeu que os moradores

gostariam de encontrar novidades dentro de um salão de beleza no bairro, com uma

equipe qualificada e capaz de oferecer um produto de ótima qualidade com preço

justo.

Em seguida foi elaborado um plano operacional que elencou os principais

serviços que serão ofertados, seu custo unitário e preço de vendas. Foi criado

123

também um leiaute e um fluxograma para verificar a distribuição dos setores, o fluxo

de realização dos serviços, bem como a alocação dos móveis e máquinas

necessários para o perfeito funcionamento das atividades. Além de recursos

financeiros, o salão também deverá contar com uma equipe de pessoas motivadas e

qualificadas para o desenvolvimento de suas funções.

Deste modo, buscou-se formar uma equipe enxuta, porém eficaz, que contará

com salário fixo e comissão por produção. Por fim, foi criado um plano de marketing

com ações de publicidade visando o público alvo, a cartela de serviços, os preços, a

distribuição e as promoções que serão implantadas no salão.

Após estas etapas, buscou-se elucidar o último e principal objetivo deste

plano de negócios; a viabilidade financeira. Para tanto, foi elaborado um plano

financeiro para a Eli’s Estética, considerando os valores dos investimentos fixos, os

investimentos pré-operacionais, o faturamento, as despesas fixas e variáveis, custos

dos serviços, depreciação, demonstrativo de resultado e, finalmente, a análise dos

indicadores de viabilidade.

No presente estudo, podemos verificar que a taxa média mensal de

lucratividade ficará em 11,10% ao mês e uma rentabilidade anual de 55,52%,

significando que a empresa recuperará, ao longo dos meses, através de seus lucros

o investimento inicial. Assim sendo, o prazo de retorno total dos investimentos da

empresa será de 1 ano e 10 meses, indicando um prazo razoável e praticável.

Portanto, constata-se que foi atingido de maneira satisfatória o objetivo

principal deste trabalho, bem como alcançado também o objetivo geral e os objetivos

específicos em todos os aspectos.

Após analisar este plano de negócios do Salão de Beleza Eli’s Estética, pode-

se concluir que o projeto é viável e sua abertura perfeitamente possível no bairro

Campeche, cidade de Florianópolis.

124

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129

Apêndice A

Pesquisa sobre Consumo de Serviços de Beleza

Esta é uma pesquisa do Curso de Administração da UNIVALI que tem o

objetivo de analisar a viabilidade da abertura de um salão de beleza no bairro

Campeche. Sua colaboração é muito importante para o sucesso da pesquisa e

consiste em responder ao questionário adiante. Não existem respostas certas ou

erradas. O que importa é sua percepção a respeito de cada item da pesquisa. Os

dados serão analisados de forma agregada, sem identificação dos respondentes.

Portanto, não precisa se identificar. Os itens relacionados ao seu perfil, constantes

no final do questionário, serão utilizados, apenas, para análises de tendências de

respostas.

BLOCO A – DADOS PESSOAIS

1. Gênero: a) () Feminino b) () Masculino

2. Idade:

a) ( )15 a 20 anos b) ( ) 21 a 30 c) ( ) 31 a 40

d) ( ) 41 a 50 e) ( ) 51 a 60 f) ( ) mais de 60

3. Você mora no bairro Campeche? a) ( ) Sim b) ( ) Não

c) ( ) Se não, onde mora?__________

4. Qual sua renda familiar mensal aproximada?

a) ( ) Até R$ 1356,00 b) ( ) de R$ 1357,00 até R$ 3390,00

c) ( ) R$ 3.391,00 até R$ 6.780,00 d) ( ) de R$ 6.781,00 até R$

16.950,00

e) ( ) Acima R$ 16.951,00

130

BLOCO B – CONSUMO DE SERVIÇOS

5. Com que frequência você vai ao salão?

a) ( ) 1 vez na semana b) ( ) 2 vezes na semana

c) ( ) 3 vezes por semana d) ( ) mensal e) ( ) bimestral

f) ( ) trimestral g) ( ) anual

6. Quais serviços você procura realizar no salão de beleza?

a) ( ) Corte b) ( ) Pintura c) ( ) Escova d) ( ) Alisamento

e) ( ) Manicure/pedicura f) ( ) Depilação g) ( ) Maquiagem

h) ( ) Escova Progressiva

7. Qual o valor pago por serviços prestados em um mês no salão de beleza?

a) ( ) Menos de R$ 30,00 b) ( ) de 31 até 50 reais

c) ( ) de 51 até 100 reais d) ( ) de 101 até 150 reais

e) ( ) de 151 até 200 reais f) ( ) acima de 201.

8. Como você costuma pagar seus serviços de salão de beleza?

a) ( ) A vista b) ( ) Cartão de Crédito d) ( ) Cheque

9. Qual salão no Campeche você costuma frequentar?

a) ( ) Marlete Cabeleireira b) () Zilá Machado c) ( ) Espaço Essencial

d) ( ) Cort e Café a Corte

10. O que o motiva a frequentar o salão citado na questão 9?

a) ( ) Qualidade nos serviços b) ( ) Facilidade de localização

c) ( ) Condições de pagamento

d) ( ) Atendimento e) ( ) Preço f) ( ) Outro. Qual?__________

11. Você gostaria de frequentar um salão de beleza que apresentassem quais

dos seguintes diferenciais:

131

a) ( ) Espaço para criança b) ( ) Espaço reservado para atendimento

masculino

c) ( ) Preço reduzido em comparação com a concorrência

d) ( ) Sala de estética (massagem, limpeza de pele, drenagem linfática)

12. Quais produtos e serviços você desejaria encontrar num salão de beleza

que não encontra atualmente?__________

13. Qual o meio você acha mais interessante para receber informações do

salão?

a) () Telefone b) () E-mail c) () Facebook d) () Panfletos e) ()nenhum

POR FAVOR, CONFIRA SE VOCÊ PREENCHEU TODAS AS QUESTÕES.

OBRIGADO POR SUA PARTICIPAÇÃO | Amanda Eli Gonzaga |

[email protected]