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PLANO ANUAL DE ATIVIDADES 2017 Rua de Artilharia I, nº 63 3º, 1250-038 Lisboa, PORTUGAL TEL + 351 21 330 14 60 | FAX + 351 21 315 65 42 | EMAIL: [email protected] | www.caaj.eu

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PLANO ANUAL DE ATIVIDADES

2017

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Ficha técnica

Autoria:

Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares de Justiça

Data de edição:

2016

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 4

2. ENQUADRAMENTO LEGAL ................................................................ 6

3. ATRIBUIÇÕES ............................................................................... 6

4. MISSÃO, VISÃO E VALORES ............................................................ 17

5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ....................................................... 17

6. OBJETIVOS ............................................................................... 23

7. ATIVIDADES A DESENVOLVER ......................................................... 24

8. RECURSOS HUMANOS E RECURSOS FINANCEIROS .................................. 28

9. CONCLUSÕES .......................................................................... 30

GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS ........................................................... 32

ÍNDICE DE FIGURAS, QUADROS E GRÁFICOS ........................................... 32

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1. INTRODUÇÃO

No Plano de Atividades de 2016 escreveu-se o seguinte, que se reitera, quase na

íntegra, por se manter plenamente atualizado:

Tendo nascido no quadro do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF)

para a área da Justiça acordado com os representantes da Comissão Europeia, Banco Central

Europeu e Fundo Monetário Internacional, a Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares

da Justiça (CAAJ) herdou as atribuições e competências das anteriores Comissão para a

Eficácia das Execuções (CPEE) e Comissão de Apreciação e Controlo da Atividade dos

Administradores Judiciais (CACAAI), e iniciou funções em 15 de maio de 2014, data de

produção de efeitos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014, de 16 de maio, que

nomeou dois dos membros do seu órgão de gestão.

Mesmo que a sua natureza jurídica não seja isenta de controvérsia, sobretudo em razão

dos desvios de regime que o legislador entendeu introduzir em relação ao que resultaria da

Lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da

atividade económica dos setores privado, público e cooperativo (Lei n.º 67/2013, de 28 de

agosto – que, no entanto, não é uma lei de valor reforçado), a CAAJ preenche todos os

requisitos fixados nessa lei para a criação de entidades administrativas independentes com

funções de regulação, e está dotada das caraterísticas identificadoras destas.

Tendo em conta as implicações dos regimes que lhe seriam diferenciadamente

aplicáveis em razão da sua natureza – e às dúvidas práticas que tal incerteza provocou ao

longo do ano de 2015 – a CAAJ desenvolveu internamente um processo de reflexão sobre a sua

natureza, e solicitou um Parecer independente sobre o seu enquadramento. As conclusões

foram coincidentes: a mais da natureza de entidade administrativa independente – que lhe é

expressamente reconhecida na lei – a CAAJ desempenha funções de regulação de duas

atividades económicas que nasceram da desintervenção do Estado: a dos agentes de execução,

anteriormente exercida pelos oficiais de justiça, e a dos administradores judiciais, antes

exercida pelos liquidatários judiciais, uns e outros com funções públicas no âmbito da

administração do sistema judiciário. Em razão dessa privatização seria inadequado que o

acompanhamento, supervisão e disciplina dos profissionais dessas áreas – é dizer: a sua

regulação – fossem cometidos à direção do Governo.

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Em todo o caso, provendo a regulação – ou co-regulação, no caso dos Agentes de

Execução – de duas profissões liberais com intervenção na área da justiça, a CAAJ está

naturalmente sujeita à tutela inspetiva do membro do Governo responsável por essa área.

Também por isso, o seu regulamento interno está sujeito a homologação do mesmo membro do

Governo. O seu regulamento interno laboral, por outro lado, ficou legalmente sujeito a

aprovação prévia dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça.

No mais – e, designadamente, no caso dos seus instrumentos de gestão, planeamento e

prestação de contas –, a competência para aprovação é legalmente cometida ao órgão de

gestão. Alguns desses documentos estão ainda sujeitos a aprovação sucessiva do membro do

Governo responsável pela área da justiça até 31 de março do ano seguinte.

A entrada em vigor da Portaria n.º 90/2015, de 25 de março, pôs termo a uma

disparidade entre ambas as profissões sujeitas à intervenção regulatória da CAAJ: enquanto

que os agentes de execução sempre tinham custeado as despesas dessa regulação, financiando

em grande medida a atividade da CPEE, os administradores judiciais nunca tinham suportado

as despesas da CACAAI.

Como nota de atualização há apenas que acrescentar que o IGFEJ – Instituto de

Gestão Financeira e Equipamentos do Ministério da Justiça disponibilizou uma solução

automatizada para a emissão das referências de pagamento da taxa de acompanhamento,

fiscalização e disciplina dos administradores judiciais, permitindo a libertação dos recursos

internos da CAAJ que estavam afetos a essa função.

O novo objetivo dessa colaboração será avançar na disponibilização de sistemas de

processamento informático da atividade dos administradores judiciais e da própria CAAJ.

Por fim, com a aprovação e entrada em vigor da Lei n.º 154/2015, de 14 de

setembro, que transformou a Câmara dos Solicitadores em Ordem dos Solicitadores e dos

Agentes de Execução (OSAE) e aprovou o respetivo Estatuto (EOSAE), em conformidade com

a Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, que estabelece o regime jurídico de criação,

organização e funcionamento das associações públicas profissionais, à CAAJ foram

atribuídas novas competências e concretizadas muitas das já atribuídas pela Lei n.º

77/2013, de 21 de novembro.

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2. ENQUADRAMENTO LEGAL

A CAAJ foi criada pela Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro, como uma entidade

administrativa independente com funções de regulação dos auxiliares da justiça cujos estatutos

prevejam a sua intervenção.

Atualmente isso ocorre para os Administradores Judiciais, nos termos da Lei n.º

20/2013, de 26 de fevereiro, e para os Agentes de Execução, nos termos da Lei n.º 154/2015,

de 14 de setembro, sem prejuízo de no futuro virem outros auxiliares da justiça a estar sujeitos

ao acompanhamento, fiscalização e disciplina da presente Comissão. As atribuições da CAAJ em

relação a cada uma dessas profissões são diferentes.

3. ATRIBUIÇÕES

As atribuições legais da CAAJ encontram-se, essencialmente, previstas na Lei n.º

77/2013, de 21 de novembro, que cria a CAAJ, na Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro, que

aprova o Estatuto do Administrador Judicial e na Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro, que

aprova o Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução.

Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro:

1- Supervisionar, de forma contínua, a atividade dos auxiliares da justiça,

designadamente o registo e a forma de gestão dos valores que lhes são confiados

por força das competências que o Estado lhes atribui (artigo 3.º n.º 1 al. a));

2- Prestar apoio técnico e consulta ao membro do Governo responsável pela área da

justiça, a pedido deste ou por iniciativa própria, na definição das políticas relativas

aos auxiliares da justiça (artigo 3.º n.º 1 al. b));

3- Regulamentar a sua atividade (artigo 3.º n.º 1 al. c));

4- Pronunciar-se sobre os atos normativos relacionados com a atividade dos auxiliares

da justiça, em todos os aspetos que estejam no âmbito das suas atribuições (artigo

3.º n.º 1 al. d));

5- Apreciar quaisquer reclamações, queixas ou participações relativas à atividade dos

auxiliares da justiça (artigo 3.º n.º 1 al. e));

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6- Aplicar medidas cautelares aos auxiliares da justiça, exceto quando o exercício do

poder disciplinar esteja concretamente cometido à associação pública profissional

em que se integrem (artigo 3.º n.º 1 al. f));

7- Instruir os processos disciplinares e os processos de contraordenação relativos aos

auxiliares da justiça, exceto quando o exercício do poder disciplinar esteja

concretamente cometido à associação pública profissional em que se integrem

(artigo 3.º n.º 1 al. g));

8- Aplicar sanções disciplinares e contraordenacionais aos auxiliares da justiça, exceto

quando o exercício do poder disciplinar esteja concretamente cometido à

associação pública profissional em que se integrem (artigo 3.º n.º 1 al. h));

9- Destituir os agentes de execução nos processos para os quais tenham sido

designados (artigo 3.º n.º 1 al. i));

10- Regulamentar e gerir o fundo de garantia das execuções e outros fundos de garantia

criados no âmbito da atividade dos auxiliares da justiça (artigo 3.º n.º 1 al. j));

11- Aprovar o plano anual de atividades, o respetivo orçamento, bem como o relatório

anual de atividades, o balanço e a conta anual de gerência (artigo 3.º n.º 1 al. k));

12- Arrecadar as receitas e efetuar as despesas nos termos da lei (artigo 3.º n.º 1 al. l));

13- Emitir recomendações e pareceres genéricos sobre a atividade e formação dos

auxiliares da justiça (artigo 3.º n.º 1 al. m));

14- Desempenhar as demais funções que lhe sejam atribuídas por lei (artigo 3.º n.º 1 al.

n));

15- Regulamentar a atividade dos auxiliares da justiça lei (artigo 3.º n.º 2 al. a)1);

16- Gerir o acesso à atividade, designadamente no que concerne à definição dos

processos de admissão de novos profissionais e à escolha e designação da entidade

responsável pela elaboração, pela definição dos critérios de avaliação e pela

avaliação dos estágios, quando exigidos pelos respetivos estatutos (artigo 3.º n.º 2

al. b)2);

1 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3). 2 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3).

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17- Orientar e definir os termos em que decorre a formação inicial e contínua, emitindo

a regulamentação adequada (artigo 3.º n.º 2 al. c)3);

18- Elaborar e manter permanentemente atualizadas as listas previstas na lei ou em

regulamento da CAAJ (artigo 3.º n.º 2 al. d)4);

19- Verificar a existência de incompatibilidades, impedimentos ou suspeições, bem

como a sua idoneidade, nos termos previstos na lei (artigo 3.º n.º 2 al. e)5);

20- Aprovar códigos de conduta (artigo 3.º n.º 2 al. f)6);

21- Organizar o processo de substituição em caso de suspensão, ou de encerramento da

atividade, assegurando a transmissão eficaz e célere de valores e bens de que sejam

depositários para os substitutos, salvo quando a lei disponha de modo diverso (artigo

3.º n.º 2 al. g)7).

Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro, que aprovou o Estatuto do Administrador Judicial:

1- Verificar a existência de incompatibilidades, impedimentos e suspeições que

recaiam sobre os administradores judiciais (artigo 4.º);

2- Receber e apreciar a declaração escrita que cada candidato a administrador judicial

deve emitir, aquando da sua candidatura ao exercício da atividade (artigo 5.º);

3 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3).

4 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3). 5 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3). 6 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3). 7 Apenas relativamente aos auxiliares da justiça cuja atividade não esteja enquadrada por associação pública profissional,

presentemente os administradores judiciais. Nos casos em que a atividade dos auxiliares da justiça esteja enquadrada por

associação pública profissional, nomeadamente os Agentes de Execução compete à OSAE, nos termos dos respetivos

estatutos, exercer tal competência (artigo 3.º n.º 3).

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3- Diligenciar pela manutenção e atualização das listas oficiais de administradores

judiciais, bem como a sua colocação à disposição dos tribunais, preferencialmente

por meios eletrónicos (artigo 6.º n.º 3);

4- Receber o requerimento de inscrição e respetivos elementos para o estágio de

administradores judiciais, bem como solicitar ao interessado qualquer outro

documento que repute como necessário para prova dos factos declarados (artigo 7.º

nrs. 1 e 2);

5- Determinar o momento de realização do estágio e fixar o número de candidatos ao

estágio a ministrar em cada processo de recrutamento de administradores judiciais

(artigo 7.º n.º 3);

6- Fixar, por regulamento, os critérios a observar na seleção dos candidatos ao

estágio, sendo o regulamento publicado no Portal Citius, em simultâneo com o

anúncio de abertura do processo de recrutamento, com, pelo menos, 30 dias de

antecedência face à data do início do estágio (artigo 7.º n.º 4);

7- Receber do candidato ao estágio, bem como o administrador judicial que venha a

ser admitido para o exercício da atividade, a informação atualizada prestada à CAAJ

no momento da sua candidatura, devendo, contudo, ser anualmente atualizada a

informação a que se refere a alínea f) do n.º 1 (artigo 7.º n.º 5);

8- Proceder à nomeação de patrono a cada um dos candidatos que se encontrem

validamente inscritos no estágio (artigo 8.º n.º 5);

9- Aprovar o exame de admissão, que consiste numa prova escrita, elaborada pela

entidade incumbida de organizar o estágio (artigo 9.º n.º 1);

10- Proceder à inscrição dos candidatos aprovados no exame de admissão nas listas

oficiais, no prazo de cinco dias após a publicação dos resultados do exame e da lista

de classificação dos candidatos (artigo 10.º n.º 1);

11- Receber as comunicações dos administradores judiciais atinentes à recusa de

aceitação de qualquer nomeação fundada na inexistência de meios, devendo a

CAAJ, de imediato, impedir a ocorrência de novas nomeações (artigo 12.º n.º 4);

12- Receber as comunicações dos administradores judiciais, com a antecedência mínima

de 15 dias, relativas a qualquer mudança de domicílio profissional, bem como a

informação atinente ao novo domicílio (artigo 12.º n.º 5);

13- Receber dos administradores judiciais que tenham completado 70 anos de idade o

atestado médico comprovativo de que possuem aptidão para o exercício da

atividade (artigo 10.º nrs. 6 e 7);

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14- Receber dos administradores judiciais cópias dos contratos de seguro de

responsabilidade civil obrigatório que cubra o risco inerente ao exercício das suas

funções, celebrados, bem como comprovativos da sua renovação, sempre que tal se

justifique (artigo 12.º n.º 8);

15- Arrecadar o produto das taxas devidas pelos administradores judiciais à CAAJ (artigo

12.º n.º 9);

16- Regulamentar as ações de formação contínua que os administradores judiciais

devem frequentar (artigo 12.º n.º 10);

17- Receber dos administradores judiciais a informação necessária que possibilite a

avaliação do seu desempenho (artigo 12.º n.º 12);

18- Receber os requerimentos dos administradores judiciais de suspensão do exercício

da sua atividade pelo período máximo de dois anos (artigo 15.º n.º 1);

19- Receber as comunicações do Tribunal, relativas aos pedidos de escusa dos

administradores judiciais apreciados pelo juiz, juntamente com a respetiva decisão,

com vista à eventual instauração de processo disciplinar ou de processo de

contraordenação pela CAAJ (artigo 16.º n.º 2);

20- Instruir os processos disciplinares e os processos de contraordenação relativos ao

exercício de funções dos administradores judiciais, bem como punir as infrações por

estes cometidas (artigo 17.º n.º 1);

21- Na sequência de processo disciplinar: suspender preventivamente o administrador

judicial contra o qual tenha sido instaurado processo disciplinar ou

contraordenacional, até à decisão dos referidos processos, a fim de prevenir a

ocorrência de factos ilícitos; admoestar, por escrito, o administrador judicial que

tenha violado de forma leve os deveres profissionais a que está adstrito nos termos

dos presentes estatutos e da lei; instaurar processo de contraordenação (artigo 18.º

n.º 1 als. a) a c));

22- Aplicar, cumulativamente com as coimas, as sanções acessórias de: apreensão e

perda do objeto da infração, incluindo o produto do benefício obtido pelo infrator

através da prática da contraordenação; interdição temporária do exercício pelo

infrator da atividade de administrador judicial; inibição do exercício de funções de

administração, direção, chefia ou fiscalização de quaisquer pessoas coletivas e, em

geral, de representação de quaisquer pessoas ou entidades; publicação pela

entidade responsável pelo acompanhamento, fiscalização e disciplina dos

administradores judiciais, a expensas do infrator e em locais idóneos para o

cumprimento das finalidades de prevenção geral do sistema jurídico, da sanção

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aplicada pela prática da contraordenação; cancelamento da inscrição para o

exercício da atividade de administrador judicial (artigo 20.º n.º 8 als. a) a e));

23- Decidir se a publicação da sanção acessória referida na alínea d) do n.º 8 é feita na

íntegra ou por extrato (artigo 20.º n.º 10);

24- Receber as comunicações do juiz em caso de destituição do administrador da

insolvência, tendo em vista a eventual instauração de processo disciplinar ou de

processo de contraordenação (artigo 21.º n.º 1);

25- Receber as comunicações do juiz, dos credores, do devedor e do Ministério Público

atinentes à violação reiterada por parte dos administradores judiciais de quaisquer

outros deveres a que os mesmos estejam sujeitos no âmbito do processo especial de

revitalização ou do processo de insolvência, para eventual instauração de processo

disciplinar ou de processo de contraordenação (artigo 21.º n.º 2).

Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro, que aprovou o Estatuto da Ordem dos

Solicitadores e dos Agentes de Execução:

1- Audição obrigatória da CAAJ, no âmbito das propostas de regulamento disciplinar

apresentadas pelo Conselho Superior da OSAE e emissão de parecer vinculativo

quanto às normas que respeitem a Agentes de Execução (artigos 22.º n.º 3 al. a) e

33.º n.º 2 al. c));

2- Audição obrigatória da CAAJ, em sede das propostas de regulamento que digam

respeito a Agentes de Execução (artigo 22.º n.º 3 al. c);

3- Tomar conhecimento das inspeções e fiscalizações que respeitem a Agentes de

Execução, levadas a cabo pelo Conselho Superior da OSAE, através dos seus

membros, de associados, de trabalhadores ou de entidades externas contratadas

para o efeito, no âmbito disciplinar (artigo 33.º n.º 2 al. f));

4- Ter conhecimento das decisões disciplinares aplicadas pelo Conselho Superior da

OSAE que não sejam passíveis de recurso, bem como as de natureza cautelar,

quando as mesmas respeitem a associados que se encontrem igualmente inscritos

como Agentes de Execução, para efeitos de apuramento de responsabilidade

disciplinar nesta sua qualidade (artigo 33.º n.º 2 al. h));

5- Tomar conhecimento da decisão do Conselho Superior da OSAE da instauração de

processo disciplinar contra Agente de Execução, da acusação deduzida e da decisão

final (artigo 33.º n.º 3 al. b));

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6- Avocar determinado processo disciplinar sempre que o considere pertinente,

designadamente por força da existência de outros processos disciplinares pendentes

ou por considerar que os factos constantes da acusação são suscetíveis de lesar

terceiros não associados (artigo 33.º n.º 3 al. c));

7- Emissão de parecer para efeitos de inscrição no Colégio dos Agentes de Execução

(artigo 105.º n.º 3 al. e));

8- Arrecadar a receita proveniente do pagamento da taxa anual, de valor

correspondente a uma unidade de conta processual, em caso de existência de

escritórios secundários dos Agentes de Execução e das respetivas Sociedades (artigo

108.º n.º 4);

9- Estar presente no ato de apreensão judicial de processos de Agentes de Execução

(artigo 120.º n.º 3);

10- Audição obrigatória, no que se refere à periodicidade e o número de vagas para

acesso ao estágio de Agente de Execução determinados pelo Conselho Geral da

OSAE, tendo em conta a necessidade efetiva de Agentes de Execução para o

funcionamento eficiente do sistema de justiça (artigo 163.º n.º 6);

11- Escolher o seu representante no júri constituído, simultaneamente, por um

representante indicado pelo Bastonário da OSAE e por um representante indicado

pelo Conselho Profissional dos Agentes de Execução, para efeitos de seleção da

entidade externa e independente da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de

Execução, responsável pela elaboração do exame final de estágio para Agente de

Execução, a definição dos critérios de avaliação e a própria avaliação (artigo 163.º

n.º 7);

12- Fixar, até 15 de junho de cada ano, o número máximo e espécie de processos para

os quais os Agentes de Execução ou as Sociedades que integrem podem ser

designados a qualquer título, depois de ouvido o Conselho Profissional dos Agentes

de Execução (artigo 167.º n.º 1);

13- Controlar o pagamento atempado das quantias devidas pelos Agentes de Execução

(artigo 168.º n.º 1 al. k));

14- Solicitar ao Agente de Execução toda a colaboração necessária ao exercício das

atribuições da CAAJ (artigo 168.º n.º 1 al. m));

15- Determinar a imediata suspensão de designação do Agente de Execução para novos

processos no caso de falta de apresentação do comprovativo de seguro de

responsabilidade civil profissional (artigo 168.º n.º 4);

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16- Aplicação de eventual sanção disciplinar a que possa haver lugar, bem como de

outras medidas de caráter cautelar, em caso de inobservância considerada

injustificada dos deveres do Agente de Execução e, quando integrado em

Sociedade, também esta, de disponibilizar, anualmente, e sempre que lhe seja

solicitada, documentação comprovativa da regularidade da situação contributiva

perante a administração tributária e a segurança social, bem como o mapa de

responsabilidades de crédito emitido pelo Banco de Portugal, por prazo superior a

30 dias, pode determinar a suspensão da designação para novos processos até ser

emitida declaração pela CAAJ atestando o cumprimento do dever de informação

violado (artigo 169.º);

17- Determinar o cancelamento da inscrição pela Ordem decorridos dois anos sem que

se verifique a aprovação no exame referido na artigo 170 n.º 2 alínea d) do (artigo

170.º n.º 2 al. e));

18- Receber os suportes documentais e informáticos das contas-cliente

obrigatoriamente disponibilizados, pela instituição de crédito e pelos Agentes de

Execução (artigo 171.º n.º 6);

19- Determinar a aplicação das medidas cautelares que considere necessárias, previstas

no artigo 205.º, no caso em que se presuma irregular o movimento a débito

ordenado pelo Agente de Execução (artigo 172.º nrs. 2 e 3);

20- Determinar o bloqueio imediato do acesso às contas-cliente e designar Agente de

Execução Liquidatário, que assegura a liquidação dos processos e o depósito dos

bens penhorados, tendo em vista a regular tramitação dos processos pelo Agente de

Execução Substituto que seja designado pelo exequente ou, na sua falta, pela CAAJ,

quando haja lugar à aplicação de suspensão preventiva de funções execução (artigo

172.º n.º 4);

21- Designar um Agente de Execução Liquidatário se considerar que há necessidade de

proceder à liquidação dos processos para efeitos de instrução do processo

disciplinar, ainda que não haja lugar à aplicação de suspensão preventiva de

funções (artigo 172.º n.º 6);

22- Receber a caução que os Agentes de Execução, que recebam anualmente mais de 1

000 processos, ou que tenham pendentes mais de 2 000 processos, devem prestar

em dinheiro, através de depósito a favor da CAAJ, que garanta o pagamento das

despesas decorrentes da liquidação dos processos a seu cargo, ou da Sociedade que

integrem, quando cessem funções temporária ou definitivamente ou seja extinta a

Sociedade, em função do número de processos (artigo 174.º n.º 1);

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23- Gerir os fundos depositados na conta destinada à prestação de caução (artigo 174.º

n.º 4);

24- Determinar a substituição do Agente de Execução e o respetivo prazo de duração,

no caso de impedimento temporário superior a seis meses ou incapacidade não

prevista (artigo 174.º n.º 7 al. d));

25- Determinar a suspensão da designação para novos processos até ser prestada a

caução em falta ou indicado o Agente de Execução Substituto em caso de

incumprimento do disposto no artigo 174.º, por um período superior a 30 dias, sem

prejuízo de constituir infração disciplinar (artigo 174.º n.º 8);

26- Regulamentar o procedimento de caução e o processo de substituição previsto no

artigo 174.º (artigo 174.º n.º 10);

27- Receber 1/3 das receitas da caixa de compensações para financiar a sua atividade

(artigo 175.º nrs. 1 al. e), 5 e 6);

28- Audição obrigatória, no que refere ao profissional especificamente designado para

gerir a Caixa de Compensações, nomeado pelo Conselho Geral da OSAE (artigo 175.º

n.º 3);

29- Aprovar o regulamento do fundo de garantia em que se estabeleçam as regras que

determinem o pagamento prioritário a determinados beneficiários do fundo ou a

limitação das categorias de beneficiários do mesmo (artigo 176.º n.º 2);

30- Promover a liquidação do escritório do Agente de Execução ou da Sociedade de

Agentes de Execução (artigo 176.º n.º 4);

31- Gerir o fundo de garantia dos Agentes de Execução (artigo 176.º n.º 5);

32- Designar Agente de Execução Liquidatário, no caso de morte ou incapacidade

definitiva do Agente de Execução que exerça funções em prática isolada, de

dissolução, impedimento temporário ou definitivo de Sociedade Profissional, bem

como no caso de cessação das funções de Agente de Execução por iniciativa própria,

suspensão por período superior a 10 dias ou interdição definitiva do exercício da

atividade (artigo 178.º n.º 1);

33- Aprovar o regulamento das liquidações, no que se não se refira à regulamentação da

nomeação e compensação do Agente de Execução Liquidatário (artigo 178.º n.º 2);

34- Receber o relatório geral sobre a situação dos processos a cargo do Agente de

Execução em liquidação apresentado pelo Agente de Execução Liquidatário (artigo

178.º n.º 7);

35- Designar Agente de Execução Substituto na falta de designação deste pelo

exequente, logo que a liquidação de cada processo esteja concluída, sem prejuízo

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da posterior transferência dos valores que venham a ser apurados (artigo 178.º n.º

9);

36- Emitir certidão para efeitos de, oficiosamente, ser transferido para o Agente de

Execução Substituto, o valor disponível existente no processo antes do bloqueio das

contas-cliente do Agente de Execução, após a liquidação global dos processos a

cargo do Agente de Execução; o valor disponível no processo que deu entrada após

o bloqueio das contas-cliente do Agente de Execução, após a liquidação do

respetivo processo e da qualidade de fiel depositário dos bens entregues ao

liquidatário no respetivo processo (artigo 178.º n.º 10);

37- Fiscalizar os Agentes de Execução (artigo 179.º n.º 1);

38- Receber os pedidos de realização de determinada fiscalização solicitados pelo

Bastonário, o Conselho Superior, o Conselho Geral e o Conselho Profissional, caso

em que é remetido ao órgão requerente da mesma o relatório respetivo (artigo

179.º n.º 2);

39- Comunicar à autoridade judiciária competente sempre que seja determinada a

suspensão do processo disciplinar (artigo 183.º n.º 4);

40- Tomar conhecimento pelos Tribunais e quaisquer autoridades de facto praticado por

Agente de Execução, suscetível de constituir infração disciplinar (artigo 185.º n.º 2);

41- Receber certidão das denúncias, participações ou queixas apresentadas contra

associados e que possam consubstanciar factos suscetíveis de constituir infração

disciplinar quando se trate de facto praticado por Agente de Execução remetidas

pelo Ministério Público e os órgãos de polícia criminal, sem prejuízo do disposto na

lei de processo penal acerca do segredo de justiça (artigo 185.º n.º 3);

42- Comunicar imediatamente ao órgão competente da OSAE para a instauração de

processo disciplinar, oficiosamente ou tendo por base queixa, denúncia ou

participação apresentada por pessoa devidamente identificada, factos suscetíveis

de integrarem infração disciplinar do associado (artigo 187.º n.º 1);

43- Receber o produto das multas das sanções tenham aplicadas pelo órgão disciplinar

da CAAJ que revertem para o fundo de garantia (artigo 190.º n.º 9);

44- Comunicar à OSAE a aplicação da sanção de interdição definitiva do exercício da

atividade profissional, por forma a determinar-se o cancelamento automático da

inscrição do condenado (artigo 190.º n.º 11);

45- Comunicar ao Colégio Profissional respetivo da OSAE a aplicação da sanção de

suspensão do exercício da atividade profissional, por forma a determinar-se a

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suspensão da inscrição do arguido no Colégio Profissional respetivo (artigo 190.º n.º

13);

46- Designar, a título de sanção acessória, o condicionamento da movimentação das

contas-cliente à prévia autorização de um Agente de Execução Gestor da respetiva

conta, a expensas do arguido (artigo 192.º n.º 1 al. c));

47- Comunicar a aplicação das sanções referidas nas alíneas b) a e) do n.º 1 do artigo

190.º (artigo 199.º n.º 1);

48- Publicitar no sítio oficial da CAAJ quando a sanção aplicada for de suspensão efetiva

ou de interdição definitiva do exercício da atividade profissional (artigo 199.º n.º 2

al. b);

49- Comunicar ao Conselho Geral da OSAE as sanções disciplinares referidas nas alíneas

b) a e) do n.º 1 do artigo 190.º e as sanções acessórias que tenham sido aplicadas

para inserção no cadastro do Agente de Execução condenado (artigo 201.º n.º 2);

50- Ordenar a suspensão preventiva de Agente de Execução, após a audição do arguido,

ou se este, tendo sido notificado, não comparecer para ser ouvido, mediante

deliberação tomada por maioria qualificada de dois terços dos membros em

efetividade de funções do órgão competente da CAAJ (artigo 205.º n.º 1);

51- Aplicar ao arguido, para além da suspensão preventiva de funções, as medidas

cautelares de bloqueio a débito das respetivas contas-cliente; suspensão ou

limitação da designação para novos processos; condicionamento da movimentação

das contas-cliente à prévia autorização de um Agente de Execução Gestor da

respetiva conta, designado pela CAAJ, a expensas do Agente de Execução visado e o

condicionamento da continuação do exercício da atividade à apresentação de um

plano de reestruturação do respetivo escritório ou sociedade (artigo 205.º n.º 4);

52- Proceder à revisão de decisão definitiva proferida pelo órgão com competência

disciplinar (artigo 208.º n.º 1);

53- Determinar a reabilitação de Agente de Execução e emitir parecer no caso de

aplicação de sanção de interdição definitiva do exercício da atividade profissional

(artigo 209.º nrs. 1 e 3).

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4. MISSÃO, VISÃO E VALORES MISSÃO - Acompanhar, fiscalizar e disciplinar os auxiliares da justiça.

VISÃO - Definir o caminho para uma supervisão contínua dos auxiliares da justiça.

VALORES:

5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A CAAJ é composta pelos seguintes órgãos, nos termos da Lei n.º 77/2013, de 21 de

novembro:

a) Órgão de Gestão (artigos 9.º a 17.º);

b) Fiscal Único (artigos 18.º a 20.º);

c) Conselho Consultivo (artigos 21.º a 24.º);

d) Comissão de Fiscalização dos Auxiliares da Justiça (artigos 25.º e 26.º);

e) Comissão de Disciplina dos Auxiliares da Justiça (artigos 27.º e 28.º).

Nos termos dos artigos 9.º a 17.º do referido diploma, o Órgão de Gestão é composto por

um presidente e dois vogais designados por resolução do Conselho de Ministros, para exercício

das seguintes competências legais definidas no artigo 10.º da Lei n.º 77/2013:

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O Órgão de Gestão exerce as competências necessárias ao desenvolvimento das

atribuições da CAAJ, cabendo -lhe, nomeadamente:

a) Definir a política geral da CAAJ;

b) Elaborar e aprovar o plano anual de atividades, o respetivo orçamento, bem como o

relatório anual de atividades da CAAJ, o balanço e a conta anual de gerência,

submetendo os referidos documentos, até 31 de março do ano seguinte, à aprovação do

membro do Governo responsável pela área da justiça e publicando -os no respetivo

sítio da Internet logo que aprovados;

c) Elaborar e aprovar o regulamento interno da CAAJ;

d) Definir os deveres de reporte de informação a que estão sujeitos os auxiliares da

justiça perante a CAAJ;

e) Velar pelo cumprimento dos planos de atuação apresentados pela comissão de

fiscalização e pela comissão de disciplina;

f) Organizar os serviços e gerir os recursos humanos da CAAJ;

g) Gerir o património da CAAJ;

h) Contratar a prestação de quaisquer serviços e autorizar a realização de despesas;

i) Arrecadar as receitas;

j) Aprovar os regulamentos cuja competência a lei atribua à CAAJ, incluindo a definição

de taxas, salvo quando a lei atribua essa competência ao membro do Governo

responsável pela área da justiça;

k) Emitir recomendações e pareceres genéricos sobre a atividade e formação dos

auxiliares da justiça, bem como pareceres sobre honorários e despesas dos auxiliares

da justiça, sujeitos ao seu acompanhamento, fiscalização e disciplina;

l) Verificar a existência de incompatibilidades, impedimentos ou suspeições, dos

auxiliares da justiça sujeitos ao seu acompanhamento, fiscalização e disciplina, bem

como a idoneidade destes;

m) Deliberar sobre quaisquer outras matérias que sejam atribuídas por lei à CAAJ;

n) Divulgar indicadores de desempenho dos auxiliares da justiça sujeitos ao seu

acompanhamento, fiscalização e disciplina;

o) Comunicar às associações públicas em que os auxiliares da justiça se encontrem

integrados as decisões disciplinares transitadas em julgado, bem como as de natureza

cautelar, para que se proceda ao seu registo e divulgação;

p) Exercer as demais competências que não estejam atribuídas a outros órgãos da CAAJ.

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O Fiscal Único da CAAJ é um revisor oficial de contas designado pelo período não renovável

de três anos pelo Conselho de Ministros, de entre pessoas com reconhecida idoneidade,

independência e experiência em matéria de fiscalização de entidades públicas e deve exercer

as suas funções com total independência face aos restantes órgãos da CAAJ.

O Fiscal Único da CAAJ tem como competências:

a) Acompanhar e controlar a gestão financeira da CAAJ;

b) Apreciar e emitir parecer sobre o plano anual de atividades, o respetivo orçamento,

bem como o relatório anual de atividades, o balanço e a conta anual de gerência da

CAAJ;

c) Fiscalizar a organização da contabilidade da CAAJ e o cumprimento das disposições

legais e dos regulamentos internos aplicáveis nos domínios orçamental, contabilístico e

de tesouraria, informando o órgão de gestão de quaisquer desvios ou anomalias que

verifique;

d) Pronunciar-se sobre qualquer assunto da sua competência que lhe seja submetido pelo

órgão de gestão;

e) Solicitar aos demais órgãos e serviços da CAAJ as informações, os esclarecimentos ou os

elementos necessários ao bom exercício das suas funções;

f) Promover a realização de reuniões com o órgão de gestão para análise de questões

compreendidas no âmbito das suas competências, sempre que a sua natureza ou

importância o justifique.

O Conselho Consultivo da CAAJ é integrado por:

a) O presidente do órgão de gestão, que preside;

b) Um vogal designado pelo Conselho Superior da Magistratura;

c) Um vogal designado pelo Conselho Superior do Ministério Público;

d) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da justiça;

e) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área das finanças;

f) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da segurança

social;

g) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da economia;

h) Um vogal designado pelo bastonário da associação pública profissional representativa

dos solicitadores e agentes de execução;

i) Um vogal designado pelo bastonário da Ordem dos Advogados;

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j) Um vogal designado pelo colégio profissional dos agentes de execução;

k) Um vogal designado pelas associações representativas dos consumidores;

l) Um vogal designado pelas associações representativas dos utentes de serviços de

justiça;

m) Dois vogais designados pelas confederações com assento na Comissão Permanente de

Concertação Social do Conselho Económico e Social, representando um os

empregadores e outro os trabalhadores;

n) Um vogal designado por outras associações públicas profissionais ou, caso existam,

pelos respetivos colégios profissionais que representem auxiliares da justiça sujeitos ao

acompanhamento, fiscalização e disciplina da CAAJ, ou, na sua falta, pela associação

mais representativa daqueles auxiliares da justiça.

O conselho consultivo da CAAJ é um órgão de consulta e assessoria do órgão de gestão nas

matérias abrangidas pelas atribuições da CAAJ, competindo-lhe, nomeadamente:

a) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo órgão de gestão;

b) Apresentar, por sua iniciativa, ao órgão de gestão, recomendações e sugestões no

âmbito das atribuições da CAAJ.

A Comissão de Fiscalização dos Auxiliares da Justiça (CFAJ) compreende um diretor e

membros selecionados pelo órgão de gestão e ainda integrada por fiscalizadores, nos termos do

regulamento interno. Desde 16 de maio de 2015 que a CFAJ tem vindo a funcionar com 3

membros, sendo um deles o diretor e cada um dos demais membros foi designado pelas

respetivas associações representativas de agentes de execução e administradores judiciais,

respetivamente.

A Comissão de Disciplina dos Auxiliares da Justiça (CDAJ) é dirigida por um diretor e

membros selecionados pelo órgão de gestão e ainda integrada por fiscalizadores, nos termos do

regulamento interno. Igualmente, desde 16 de maio de 2015 que a CDAJ tem vido a funcionar

com 3 membros, sendo um deles o diretor e cada um dos demais membros foi designado pelas

respetivas associações representativas de agentes de execução e administradores judiciais,

respetivamente.

A CDAJ funciona por equipas, em número a definir pelo órgão de gestão, integradas por

três colaboradores, responsáveis pela instrução dos processos disciplinares e

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contraordenacionais, sendo que, pelo menos, um disporá de experiência profissional da área da

pessoa alvo do processo. A CAAJ, aquando da seleção dos membros para constituição das

respetivas equipas, tem privilegiado profissionais no ativo, de modo a manter uma maior

proximidade da prática e um conhecimento mais efetivo das dificuldades sentidas no setor e no

modo de resolução de problemas vários no âmbito do exercício das profissões de agente de

execução e administrador judicial.

Atualmente, a estrutura organizacional da CAAJ é incipiente e inadequada à prossecução

das suas atribuições legais. No ano de transição das CPEE e CACAAI para a CAAJ (2014) e até

2015, a CAAJ beneficiou de um modelo de serviços partilhados (administrativos, financeiros e

de apoio jurídico) da Secretaria Geral do Ministério da Justiça, que permitiu à CAAJ focar-se

nas atribuições legais para as quais foi especificamente criada. Ainda no ano de 2015, o

despacho de Sua Excelência o Secretário da Justiça, de 03/06/2014, que determinava a

prestação de apoio de serviços de apoio à CAAJ por aquela Secretaria-Geral, cessou vigência.

Os constrangimentos emergentes da ausência de serviços de suporte foram profundamente

agravados com a posterior extinção do departamento de supervisão (através de despacho des-

homologatório do então membro do governo responsável pela área da justiça). Em

cumprimento deste despacho ministerial deixou de existir na CAAJ uma unidade orgânica

responsável por todas as atividades que garantem o suporte administrativo e financeiro,

tornando particularmente difícil a conceção dos modelos de planeamento da atividade e a

prestação de contas mas, principalmente, comprometendo o cumprimento das atribuições de

supervisão e regulação confiadas à CAAJ em relação aos administradores judiciais.

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Figura 1 – Organograma da CAAJ

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6. OBJETIVOS

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

1. Supervisão contínua da atividade dos auxiliares de justiça;

2. Aproximação do momento da decisão disciplinar ou contraordenacional do momento da

prática do ato;

3. Regulamentação das atividades dos auxiliares da justiça sujeitos à intervenção da CAAJ;

4. Implementação de uma estrutura organizacional consentânea com as atribuições da

CAAJ;

5. Autonomização logística da CAAJ.

OBJETIVOS OPERACIONAIS

1. Supervisionar e regular a atividade dos administradores judiciais;

2. Implementar o modelo organizacional proposto pelo INA;

3. Monitorizar os movimentos financeiros e processuais realizados pelos auxiliares da

justiça;

4. Fiscalizar presencialmente os escritórios dos auxiliares da justiça;

5. Promover a análise de informação com vista à verificação da existência de indícios de

infrações disciplinares ou contraordenacionais;

6. Promover a redução do tempo médio de duração dos processos disciplinares ou

contraordenacionais;

7. Promover a prevenção geral positiva de inibição de comportamentos infratores;

8. Promover a desmaterialização e simplificação do processo disciplinar e

contraordenacional;

9. Criar a rede regulamentar da atividade dos administradores judiciais e intervir na

regulamentação da atividade dos agentes de execução nos termos previstos no

respetivo estatuto.

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7. ATIVIDADES A DESENVOLVER

Quadro 1 – Atividades e Indicadores que os prosseguem

Órgão de Gestão Objetivo

Estratégico Objetivo Operacional

Peso (%)

Indicadores Meta

Implementação de uma estrutura organizacional

consentânea com as atribuições da

CAAJ

Prover a CAAJ dos meios materiais adequados

20 N.º de viaturas adquiridas 4

60 Mudança de instalações da CAAJ 1

20 N.º de postos de trabalho equipados 36

Supervisão contínua da

atividade dos auxiliares de

justiça

Supervisionar e regular a atividade dos administradores judiciais

20 Código de conduta para os Administradores Judiciais 1

30 N.º de Regulamentos produzidos 3

50 Plano de formação para os Administradores Judiciais 1

Divulgar dados estatísticos relativos à atividade do Administrador Judicial

100 Folheto estatístico 4

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Objetivo Estratégico

Objetivo Operacional Peso (%)

Indicadores Meta

Supervisão contínua da

atividade dos auxiliares de

justiça

Disponibilizar no CITIUS, de forma automática, as listas oficiais dos

Administradores Judiciais 100 Alteração do sistema informático 1

Operacionalizar o fundo de garantia dos Agentes de Execução, designadamente procedendo à entrega dos montantes

pecuniários devidos

50 Sistema de cobrança e controlo 1

50 Entrega de montantes pelo fundo de garantia 1

Promover a cobrança da prestação de caução pelos Agentes de Execução que receberam anualmente mais de 1.000

processos ou que tenham pendentes mais de 2.000 processos

50 Sistema de cobrança e controlo 1

50 % desses Agentes de Execução que prestaram caução ou aos quais foi imposta uma medida cautelar por incumprimento

100%

Implementar o modelo de substituição dos Agentes de Execução em caso de

impedimento temporário 100 Implementação do modelo 1

Implementar o modelo de Liquidação de processos dos Agentes de Execução

100 Implementação do modelo 1

Fixar o número máximo e espécie de processos para os quais os Agentes de Execução ou as Sociedades podem ser

designados

100 Prazo para a fixação do número máximo e espécie de

processos 15-06-2017

Acompanhar a implementação do modelo de contingentação

100 % de pedidos analisados para efeitos de determinação do

número máximo de processos com as respetivas valorações 100%

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Comissão de Fiscalização dos Auxiliares da Justiça

Objetivo Estratégico

Objetivo Operacional Peso (%)

Indicadores Meta

Supervisão contínua da

atividade dos auxiliares de

justiça

Monitorizar o cumprimento dos deveres de reporte dos administradores judiciais

100 N.º de processos analisados 1650 processos

Fiscalizar presencialmente os administradores judiciais

100 % de administradores judiciais fiscalizados 100%

Realizar autorias financeiras à atividade dos administradores judiciais

100 N.º de auditorias realizadas 72 auditorias

Garantir a análise de indícios constantes das comunicações dirigidas à CAAJ

100 Prazo médio 10 dias

Monitorizar a tramitação dos processos confiados aos agentes de execução

100 N.º de processos analisados 4400 processos

Realizar auditorias financeiras à atividade dos agentes de execução

100 N.º de auditorias realizadas 12 auditorias

Monitorizar os movimentos financeiros registados nas contas-clientes dos agentes

de execução 100

N.º de agentes de execução cujas contas foram monitorizadas

385 Agentes de Execução

Fiscalizar presencialmente os agentes de execução

100 % de agentes de execução fiscalizados 30%

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Comissão de Disciplina dos Auxiliares da Justiça Objetivo

Estratégico Objetivo Operacional

Peso (%)

Indicadores Meta

Aproximação do momento da

decisão disciplinar ou

contraordenacional do momento da prática do ato

Promover a análise de informação com vista à verificação da existência de

indícios de infrações disciplinares ou contraordenacionais

100 Prazo de análise 30 dias

Promover a redução dos processos disciplinares ou contraordenacionais

pendentes

70 N.º de processos disciplinares concluídos 400

30 N.º de processos contraordenacionais concluídos 130

Promover a prevenção geral positiva de inibição de comportamentos infratores

50 Prazo de aplicação para medidas cautelares contados desde a

data do conhecimento dos factos 5 dias úteis

50 Prazo para conclusão de processos pendentes 31-12-2017

Promover a desmaterialização e simplificação do processo disciplinar e

contraordenacional 100

N.º de processos disciplinares e contraordenacionais desmaterializados

530

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8. RECURSOS HUMANOS E RECURSOS FINANCEIROS

No Plano de Atividades de 2016 escreveu-se o seguinte:

Não estando ainda implementado o modelo organizacional proposto pelo INA, o

funcionamento da CAAJ tem vindo, transitoriamente, a ser assegurado pelos colaboradores que

desenvolviam atividade na CPEE e na CACAAI. Contudo, os recursos humanos atualmente

disponíveis não estão ainda dimensionados para fazer face a todas as atribuições legais da CAAJ, o

que naturalmente comprometeu os resultados operacionais. As atuais limitações serão superáveis

na expectativa da implementação da estrutura humana e organizacional dimensionada pelo INA.

No momento da elaboração deste Plano de Atividades, está em curso o procedimento

proposto pelo INA para proceder ao recrutamento dos colaboradores necessários ao

funcionamento da CAAJ e ao cumprimento das suas atribuições, com termo previsível no

primeiro trimestre de 2017.

Por outro lado, a esperada decisão de, pelo menos, um dos tribunais administrativos

em que estão a ser impugnadas as taxas de acompanhamento, fiscalização e disciplina

incidentes sobre os Administradores Judiciais, permitirá, segundo se espera, o início da

cobrança das receitas previstas no artigo 9.º da Portaria n.º 90/2015, de 25 de março, sem que

a CAAJ tenha de investir os seus escassíssimos recursos humanos na discussão da sua

conformidade legal e constitucional.

O orçamento de funcionamento da CAAJ totaliza, em 2017, 3.708.347 euros,

distribuídos por 2 fontes de financiamento.

Quadro 2 – Fontes de Financiamento da CAAJ

Fontes de Financiamento do Orçamento Montante

Receitas Próprias 3.218.500,00 €

Transferências do Orçamento de Estado 489.847,00 €

TOTAL 3.708.347,00 €

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Conforme se visualiza no Gráfico 1, para o ano em referência as rubricas com maior

peso relativo dizem respeito às despesas com pessoal (1.646.041 € do total) e aos bens e

serviços (1.719.843 €), rubricas que, no seu conjunto, constituem 90,7% do orçamento

aprovado.

Gráfico 1 - Orçamento de funcionamento da CAAJ para 2017 por agrupamento

Relativamente aos recursos, a CAAJ assume neste Plano de Atividades a contenção

possível a uma organização nascente que precisa de garantir os meios necessários ao pleno

desempenho das suas funções.

Foram ainda contabilizadas como operações extraorçamentais as receitas e despesas

associadas ao já referido fundo de garantia dos agentes de execução8.

8 As receitas deste fundo são apuradas de acordo com o estipulado nos artigos 171.º, 174.º, 175.º, 190.º e

192.º do EOSAE.

1.646.041

1.719.843

12.000

90.463 240.000 DESPESAS COM O PESSOAL

AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

JUROS E OUTROS ENCARGOS

OUTRAS DESPESAS CORRENTES

AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL

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9. CONCLUSÕES

A CAAJ entra no seu terceiro ano de funcionamento, o segundo em que age com

autonomia em relação às instituições que lhe deram origem. Na sua evolução para a

maturidade conseguiu resolver os problemas do seu financiamento – com a entrada em vigor da

Portaria n.º 90/2015, de 25 de março, e o processo de cobrança de receitas que geriu – e da

sua afirmação, ainda que em termos diferenciados, junto dos profissionais dos setores sujeitos

à sua intervenção. Desta perspetiva, a sua intervenção junto dos agentes de execução é muito

mais sentida do que a que respeita aos administradores judiciais, pesem embora os avanços

registados nesta área (renovação do quadro dos administradores judiciais, disponibilização do

programa da sua seleção aleatória, acesso dos administradores judiciais ao CITIUS,…),

certamente por a CAAJ ter sido apenas um dos intervenientes num processo de colaboração

mais alargada, e por se ter debatido com dificuldades de recrutamento de pessoal com os

perfis adequados a intervir mais ativamente no setor.

Ainda assim, os progressos registados e as perspetivas que se abrem para novos avanços

em matéria de supervisão e disciplina dos auxiliares da justiça permitem esperar uma

consolidação da CAAJ como entidade reguladora prestigiada.

Tal evolução previsível não é, porém, inevitável.

No Plano de Atividades de 2016 escreveu-se o seguinte:

As perspetivas de atuação da CAAJ em 2016 estão afetadas de um véu de incerteza: se

não forem ultrapassados os constrangimentos que, em 2015, impediram a deslocação para a

CAAJ, em regime de cedência de interesse público, dos quadros necessários a poder exercer as

suas competências; se o processo subsequente de recrutamento, a confiar previsivelmente ao

INA, se arrastar demasiado; e se a disponibilização dos instrumentos informáticos de controlo

ficar aquém do estimado, não será possível desencadear as ações necessárias a fazer sentir,

nos dois setores, a pressão regulatória indispensável à correção de práticas e ao

aperfeiçoamento de processos.

Acresce a tais condicionantes operacionais uma inusitada combinação de dificuldades

logísticas: antes de mais, a que decorre da localização da CAAJ num espaço da Ordem dos

Solicitadores e dos Agentes de Execução, e da sua sempre adiada, mas cada dia mais

premente, transferência para instalações próprias (para as quais, de resto, dispõe de

recursos); mas também as que resultam de as ações de fiscalização terem de recorrer a uma

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única viatura, ainda para mais com muitos anos de serviço e precariamente cedida pela

Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, e de todos os equipamentos informáticos disponíveis

serem ainda os que foram cedidos à CPEE pela Câmara dos Solicitadores; e, mas não por fim, a

resultante do desmantelamento do departamento de supervisão, unidade orgânica que

permitia assegurar as atividades de retaguarda da organização e as conexas com a intervenção

das Comissões de Fiscalização e de Disciplina, em resultado de um despacho des-homologatório

do membro do Governo responsável pela área da justiça (despacho exarado em 07.09.2015), e

também do não preenchimento do lugar vago no órgão de gestão.

Com as limitações do apoio prestado pela ESPAP; sem unidades orgânicas internas para

além das duas comissões previstas na lei – que exercem as suas funções com independência em

relação ao órgão de gestão; sem perspetivas de ocupação de uma outra sede e com o

aproximar do fim da contagem decrescente para a ocupação do presente espaço pelos novos

serviços da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução; sem boa-vontade dos serviços

ou da tutela para autorizar as cedências de interesse público que reforcem a capacidade

técnica da CAAJ; e sem renovação dos meios físicos e contratação dos meios humanos (apesar

dos recursos financeiros disponíveis), as possibilidades de a intervenção da CAAJ poder

continuar a assegurar os resultados positivos que, apesar de tudo, atingiu estarão gravemente

comprometidas.

Infelizmente, concretizou-se tudo o que então se admitia poder vir a constituir

obstáculo ao cumprimento dos objetivos definidos para 2016. Com a agravante, imprevista, de

a CAAJ ter ficado sujeita, durante boa parte do ano, a uma situação de cativação orçamental

de cerca de 80% dos valores previstos para a sua despesa. Em resultado, todas as prioridades

(contratação de pessoal, mudança de sede, aquisição de equipamentos), ficaram suspensas por

incapacidade de realizar despesas, tendo sido retomadas à medida que as cativações foram

levantadas, não sendo seguro que, por isso, possam vir a ser concluídas durante o ano de 2016.

Na medida em que o não sejam, mantêm-se como prioridades absolutas para o ano de

2017.

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GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS

CAAJ Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares Da Justiça

CACAAI Comissão de Apreciação e Controlo da Atividade dos Administradores Judiciais

CDAJ Comissão de Disciplina dos Auxiliares da Justiça

CFAJ Comissão de Fiscalização dos Auxiliares da Justiça

CPEE Comissão para a Eficácia das Execuções

EOSAE Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução

ESPAP Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P.

IGFEJ Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos do Ministério da Justiça OSAE Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução

PAEF Programa de Assistência Económica e Financeira

ÍNDICE DE FIGURAS, QUADROS E GRÁFICOS

FIGURAS

Figura 1 Organograma da CAAJ ............................................................................... 22

QUADROS

Quadro 1 Atividades e Indicadores que os prosseguem ..................................................... 24 e ss.

Quadro 2 Fontes de Financiamento da CAAJ ................................................................. 28

GRÁFICOS

Gráfico 1 Orçamento de funcionamento da CAAJ para 2017 por agrupamento ......................... 29