pesquisa de estagio

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IDENTIFICAÇÃO Nome do estagiário: Ana Cristina da Cruz Santos Curso: Serviço Social Telefone: (067) 99826822 Email: [email protected] Nível do estágio Supervisionado III Projeto de Pesquisa Local de Estágio: CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Endereço: Rua Rio Brilhante nº 1.655 Centro Glória de Dourados/MS Nome do (a) Supervisor (a) Acadêmico (a): Esp. Renata Rigatto Nº CRESS: 2279 21ª Região/MS Nome do (a) Supervisor (a) de Campo: Cristiano Amaral da Silva NºCRESS: Carga horária: 80 horas Início: 04/03/2013 Término: 27/05/2013 INTRODUÇÃO O presente relatório apresenta e esclarece a definição do Estágio Curricular Supervisionado III do Curso de Serviço Social à Distância da Universidade Anhanguera Uniderp 7º Semestre. O mesmo tem como principal objetivo propiciar aos acadêmicos do curso de Serviço Social, experiências concretas de vivência em seu futuro campo de trabalho e de atuação, tendo como intuito proporcionar conhecimentos que auxiliam na identificação dos serviços, programas e projetos de assistência social básica, preparando-os para atuar e desenvolver atribuições localizadas no âmbito da avaliação, elaboração e execução de políticas públicas, ou seja, trabalhar no estudo da realidade social, onde se insere a questão social, instrumento de trabalho do Assistente Social.

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ESTAGIO SUPERVISIONADO

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IDENTIFICAONome do estagirio: Ana Cristina da Cruz Santos Curso: Servio Social

Telefone: (067) 99826822 Email: [email protected]

Nvel do estgio Supervisionado III Projeto de PesquisaLocal de Estgio: CRAS (Centro de Referncia de Assistncia Social)

Endereo: Rua Rio Brilhante n 1.655 Centro Glria de Dourados/MS

Nome do (a) Supervisor (a) Acadmico (a): Esp. Renata Rigatto N CRESS: 2279 21 Regio/MS

Nome do (a) Supervisor (a) de Campo: Cristiano Amaral da Silva NCRESS:

Carga horria: 80 horas Incio: 04/03/2013 Trmino: 27/05/2013

INTRODUOO presente relatrio apresenta e esclarece a definio do Estgio Curricular Supervisionado III do Curso de Servio Social Distncia da Universidade Anhanguera Uniderp 7 Semestre. O mesmo tem como principal objetivo propiciar aos acadmicos do curso de Servio Social, experincias concretas de vivncia em seu futuro campo de trabalho e de atuao, tendo como intuito proporcionar conhecimentos que auxiliam na identificao dos servios, programas e projetos de assistncia social bsica, preparando-os para atuar e desenvolver atribuies localizadas no mbito da avaliao, elaborao e execuo de polticas pblicas, ou seja, trabalhar no estudo da realidade social, onde se insere a questo social, instrumento de trabalho do Assistente Social.

O estgio realiza-se na vida do profissional de qualquer rea, atravs do contato direto do estagirio com o ambiente escolhido, onde ser aplicado o que aprendeu na teoria, apresentando-o a oportunidade de enfrentar os desafios da prtica profissional que escolheu, pois a partir do conhecimento adquirido passar a compreender melhor o contexto da profisso que ir exercer.

O primeiro captulo apresenta a identificao da instituio em que foi realizado o Estgio Supervisionado III Projeto de Pesquisa, sendo este, desenvolvido no CRAS (Centro de Referencia de Assistncia Social) de Glria de Dourados - MS, localizado na Rua Rio Brilhante n. 1655, Centro, neste municpio, totalizando 80 horas, traz consigo, o principal programa ofertado pela instituio de Proteo Social Bsica do Sistema nico de Assistncia Social, que o PAIF (Programa de Ateno Integral Famlia) o mesmo desenvolvem aes e servio bsico continuado para famlias em situao de vulnerabilidade social na unidade do CRAS.

Demonstra tambm o alcance social dos projetos, programas e servios encontrados na organizao, onde so atendidas em mdia 250 pessoas por ms, em situao de vulnerabilidade socioeconmica, sua implantao que ocorreu, em maio de 2006, projetos e programas mais significativos desenvolvidos pela instituio que so: atendimento assistencial Passe Livre do Idoso, Benefcio de Prestao Continuada (BPC), Programa Bolsa Famlia, Projovem, Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI) entre outros, o aprendizado terico do estagirio articulado ao Servio Social e o papel do assistente Social durante a realizao do estgio.

No segundo captulo relata o projeto de interveno do estgio curricular desenvolvido em equipe no Centro de Convivncia do Idoso (CCI), localizado na Rua Duque de Caxias S/N, do municpio de Glria de Dourados-MS, cujo tema Representao Social da qualidade de vida dos idosos do Projeto Passe Livre Intermunicipal que se concretizou, no dia 05 de junho de 2013, atravs da palestra scioeducativa sobre a Qualidade de Vida dos Idosos, tendo participao do NASF (Ncleo de Apoio Sade das Famlias) e da Psicloga do CRAS e tambm a distribuio de panfletos sobre o Estatuto do Idoso e o Passe Livre Intermunicipal, onde ocorreu alterao na Lei n. 4.086/11 de 20/09/2011.

Contudo, o interesse pela problemtica trabalhada surgiu a partir das demandas apresentadas, durante os atendimentos da equipe tcnica da instituio e os objetivos do projeto concretizaram na perspectiva de aumentar o respeito e a valorizao da pessoa idosa, juntamente com os representantes das empresas de nibus e demais pessoas da sociedade, privilegiando uma proposta interdisciplinar de direito, destacando e analisando as condies de vida de cada participante, para contribuir no reconhecimento de que o participante do Grupo de Convivncia est reinserido na sociedade e que esse exerccio da prtica social, relacionada ao bem estar individual e coletivo poder favorecer um envelhecimento sucedido, onde o idoso adentra num cenrio poltico, garantindo-lhes mais autonomia e realizao pessoal que contribuem na construo de uma nova mentalidade e na melhor percepo de suas condies de vida.

I- IDENTIFICAO DA INSTITUIOO CRAS (Centro de Referncia de Assistncia Social) de Glria de Dourados - MS est localizado na Rua Rio Brilhante n1655, Centro, neste municpio. um rgo vinculado Secretaria de Assistncia Social da Prefeitura Municipal de Glria de Dourados - MS. uma unidade pblica estatal responsvel pela oferta de servios continuados de proteo social bsica de assistncia social as famlias, grupos e indivduos em seu contexto comunitrio, visando orientao e fortalecimento do convvio scio-familiar. Tambm a porta de entrada dos usurios rede de proteo social bsica do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) que est voltado articulao em todo o territrio nacional das responsabilidades, vnculos e hierarquia, do sistema de servios, benefcios e aes de assistncia social de carter permanente ou eventual.

O Programa de Ateno Integral Famlia (PAIF) o principal programa de Proteo Social Bsica do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), o mesmo desenvolve aes e servio bsicos continuados para famlias em situao de vulnerabilidade social na unidade do CRAS.

1.1 Alcance social dos projetos, programas e servios encontrados na organizao.No CRAS de Glria de Dourados-MS so atendidas em mdia 250 pessoas por ms em situao de vulnerabilidade socioeconmica e sua implantao deu-se em maio de 2006. Os projetos e programas mais significativos desenvolvidos pela instituio so atendimento assistencial Passe Livre do Idoso, Benefcio de Prestao Continuada (BPC), Programa Bolsa Famlia, Projovem, Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI), Benefcio Eventual e o Atendimento Integral Famlia CRAS/PAIF. Tendo como principal objetivo potencializar as famlias em seu contexto social e comunitrio, a preveno do ciclo de reproduo da pobreza, o fortalecimento do convvio scio-familiar, a gerao de renda e a garantia dos direitos sociais a populao desamparada, por meio das polticas assistenciais de forma organizada e planejada, lutando contra as injustias sociais, para promover a cidadania aos cidados, garantir uma vida digna e melhoria das condies de vida.

1.2 O aprendizado terico metodolgico do estagirio articulado ao Servio SocialO Estgio Supervisionado III Projeto de Pesquisa foi realizado no CRAS (Centro de Referncia de Assistncia Social) de Glria de Dourados-MS, onde foram desenvolvidas atividades, tais como encaminhamentos, acompanhamentos, Requerimento de Benefcios Assistenciais, cadastros scio-econmico, visitas domiciliares, campanhas scio-educativas, palestras, reunies, projetos, parecer social, Declarao sobre a Composio do Grupo e Renda familiar do Idoso e da pessoa com deficincia, Inscrio do Contribuinte, preenchimento de formulrio, da Programao Semanal e do relatrio mensal.

A disciplina de estgio curricular um espao privilegiado, onde o acadmico adquire conhecimentos relativos sua rea de formao, desenvolvendo habilidades de trabalhar em equipe multidisciplinar e interdisciplinar, conhecimentos necessrios para a realizao de intervenes sociais, pesquisas, elaborao, apresentao de registros e relatrios, colocar em prtica o que aprendeu na teoria e tomar as atividades do estgio como um processo contnuo de exame sobre o desenvolvimento e a construo da prpria profisso.

Essa interao configura-se tambm como um aprendizado orientado, onde exercita as dimenses terico-metodolgicas, adquiridas no processo da sua formao acadmica, numa dimenso de ensino-aprendizagem operacional e dinmica criativa, onde o estagirio fica consciente de sua ao profissional e de sua intencionalidade. Nesta perspectiva, Burriola afirma que o estgio:

[...] o lcus apropriado onde o aluno estagirio treina seu papel profissional, devendo caracterizar-se, portanto, numa dimenso de ensino-aprendizagem operacional, dinmica, criativa, que proporcione oportunidades educativas que levem reflexo dos modos de ao profissional e de sua intencionalidade, tornando o estagirio consciente de sua ao. (BURRIOLA, 2006, p.36)

A realizao desta etapa de aprendizado caracterizou-se pela interveno, tanto em relao aos instrumentais tcnicos utilizados no decorrer dos atendimentos, tais como: acompanhamento, preenchimento e encaminhamento dos documentos relativos aos servios e aes ofertadas pela rede scio-assistencial de Proteo Social Bsica quanto pelo alcance social das polticas pblicas, proporcionando uma experincia concreta de vivncia no futuro campo de trabalho e de atuao, considerando o aprendizado terico-metodolgico articulado no exerccio profissional que possibilitou experincia primordial no campo do Servio Social, pois reforou a importncia do conhecimento e da preparao, para uma atuao consistente comprometida com os valores do ser humano e o respeito pelo outro, levando em considerao a diversidade, sem aceitar a discriminao de qualquer natureza, fundamentando-se na garantia dos direitos sociais.

Por isso, o Supervisor de Campo deve acompanhar o processo de desenvolvimento do estagirio, avaliando seu desempenho de acordo com as normas da instituio, orientando sob superviso semanal os trabalhos realizados e possibilitando conhecimento de administrao das diretrizes e do funcionamento da organizao e de suas relaes com a comunidade.

1.3 O papel do Assistente Social durante o estgio realizadoO assistente social antes de tudo focou seu trabalho no aprendizado terico - metodolgico do Servio Social, para atuar de forma preventiva, sendo assim, fundamental que o profissional tenha sempre um posicionamento poltico frente s questes que aparecem na realidade social, pois sua atuao se faz desenvolvendo ou propondo polticas pblicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populaes aos servios e benefcios conquistados socialmente, de modo geral, as instituies que requisitam esse profissional, se ocupam de problemticas relacionadas aos direitos sociais.

No entanto seu trabalho vem sendo desenvolvido e fundamentado, na ampliao e consolidao da cidadania, bem como a defesa dos direitos humanos, o empenho na eliminao de todas as formas de preconceito, no compromisso com a qualidade dos servios prestados populao e no posicionamento em favor da eqidade e justia social. Expressam-se no atual Cdigo de tica do/a Assistente Social Lei 8662/1993. Dos direitos e das responsabilidades gerais do /a Assistente Social:

Art. 2 Constituem direitos do /a assistente social:

a- garantia e defesa de suas atribuies e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentao da Profisso e dos princpios firmados neste Cdigo;

b- livre exerccio das atividades inerentes Profisso;

c- Participao na elaborao e gerenciamento das polticas sociais e na formulao e implementao de programas sociais;

d-inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentao garantindo o sigilo profissional;

e-desagravo pblico por ofensa que atinja a sua honra profissional;

f- aprimoramento profissional de forma contnua, colocando-o a servio dos princpios deste Cdigo;

g-pronunciamento em matria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da populao;

h- ampla autonomia no exerccio da profisso, no sendo obrigado a prestar servio profissionais incompatveis com as suas atribuies,, cargos ou funes;

i- liberdade na realizao de seus estudos e pesquisa, resguardados os direitos de participao de indivduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos.

Art. 3 So deveres do /a assistente social:

a- desempenhar suas atividades profissionais, com eficincia e responsabilidade, observando a legislao em vigor;

b- utilizar seu nmero de registro no Conselho Regional no exerccio da Profisso;

c- abster-se, no exerccio da profisso de prticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrncia aos rgos competentes;

d- participar de programas de socorro populao em situao de calamidade pblica, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.

Art. 6 vedado ao/ assistente social:

a- exercer sua autoridade de maneira a limitar ou cercear o direito do /a usurio/ a de participar e decidir livremente sobre seus interesses;

b- aproveitar-se de situaes de correntes da relao assistente social-usurio/a, para obter vantagens pessoais ou para terceiros;

c- bloquear o acesso dos / as usurios / as aos servios oferecidos palas instituies , atravs de atitudes que venham coagir e/ ou desrespeitar aqueles que buscam o atendimento de seus direitos.

Tendo em vista que, a atuao desse profissional se faz, por meio de instituies que prestam servios pblicos destinados a atender pessoas e comunidades, que buscam apoio para desenvolverem sua autonomia. Desse modo, essa prtica deve estar sempre correlacionada ao comprometimento dos valores que dignificam e respeitam o cidado em suas diferenas e potencialidades, sem discriminao de qualquer natureza.

Entretanto, o Servio Social como profisso, vem ampliando seu espao ocupacional no campo dos direitos, relacionados famlia, educao, sade, idosos, crianas que enfrentam preconceitos, entre outras formas de violao dos direitos humano e sociais. Tais aes sistemticas de pesquisa e interveno, que vo alm de medidas ou projetos de assistncia social.

Nesse sentido, o mesmo fundamenta-se na garantia e na ampliao dos direitos sociais visto que o assistente social, a partir de sua formao profissional encontra-se comprometido com a transformao social, no entanto esse profissional atua e desenvolvem atribuies localizadas no mbito da elaborao, execuo e avaliao de polticas pblicas, como tambm na assessoria a movimentos sociais e populares, privilegiando uma ao investigativa e interventiva que vo alm de medidas ou projetos de assistncia social para a consolidao da cidadania e a defesa dos direitos humanos.

II- PROJETO DE INTERVENO DO ESTGIO CURRICULAR

O Projeto em questo foi desenvolvido no Centro de Convivncia do Idoso (CCI), localizado na Rua Duque de Caxias S/N, do municpio de Glria de Dourados-MS, durante a realizao do Estgio Supervisionado III Projeto de Pesquisa do Centro de Referncia da Assistncia Social (CRAS). Tendo como tema Representao Social da qualidade de vida dos idosos do Projeto Passe Livre Intermunicipal que se concretizou, no dia 05 de junho de 2013, atravs da palestra scioeducativa sobre a Qualidade de Vida dos Idosos, tendo participao do NASF (Ncleo de Apoio Sade das Famlias) e da Psicloga do CRAS e tambm a distribuio de panfletos sobre o Estatuto do Idoso e o Passe Livre Intermunicipal, onde ocorreu alterao na Lei n. 4.086/11 de 20/09/2011, que dispe a concesso de gratuidade e ou de desconto no Sistema de Transporte Rodovirio Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso do Sul.

A meta do pblico alvo objetivou-se em convidar as participantes CCI, onde so inscritas aproximadamente 150 mulheres, mas que freqentam diariamente em torno de 86 idosas.

Inicialmente realizamos o mapeamento dos idosos (as) no Centro de Convivncia do municpio, perfazendo um total de 86 idosos acima de sessenta anos. Realizamos sorteio, onde apenas 20% foram convidados a participarem desse estudo e que tornaram sujeitos do Diagnstico Social. O instrumental tcnico utilizado para o desenvolvimento foi um questionrio, que ocorreu em lugar previamente marcado de acordo com a convenincia dos sujeitos analisados estatisticamente e demonstrados no breve relatrio, juntamente com a idia da interveno.

Contudo, propomos avaliar o conceito de qualidade de vida, na qual subjetivo, pois o mesmo pode variar de pessoa para pessoa, dependendo dos seguintes fatores: autoestima, bem-estar pessoal, nvel socioeconmico, estado emocional, interao social, atividade intelectual, autonomia, suporte familiar, satisfao com atividades dirias e/ou emprego, sade e religiosidade. Formas de lazer como viajar, passear, danar, jogar baralho, cultivar plantas, cuidar de animais, praticarem exerccios e fazer artesanato proporcionam prazer e tambm melhoram a disposio. Ao longo da vida, o idoso poupar e adquirir alguns bens que possam contribuir para sua segurana e conforto na idade avanada. Assim poder prover sua alimentao, vesturio, transporte e assistncia mdica, sem depender da ajuda financeira dos filhos e parentes prximos.

Foi por estes motivos que nos instigou realizao de uma investigao cientfica que retratasse a situao de idosos participantes de comunidades organizadas levando-se em conta a complexidade presente nos fatos sociais, que representam experincias j vividas como resultados de sua histria, que busque a sensibilidade de uma transformao para a melhoria das condies de vida, repensando a realidade hegemnica vigente e apresentando propostas que encaminhem mudanas no resgate cidadania do idoso na sociedade brasileira. Segundo o Estatuto do Idoso, Lei N.10.741, de 1 de outubro Art 9 Do Direito Vida: Obrigao do Estado, garantir pessoa idosa a proteo vida e sade, mediante efetivao de polticas sociais pblicas que permitam um envelhecimento saudvel e em condies de dignidade. (LEI N. 10.741,2003, p. 10).

A partir do exposto, o presente projeto de pesquisa pretende conhecer e analisar as condies de vida vivenciadas pelos Idosos Participantes dos Grupos de Convivncia vinculados SASC (Secretaria de Assistncia Social e Cidadania) do municpio de Glria de Dourados/MS e contribuir na elaborao de uma proposta interventiva e interdisciplinar junto populao idosa da nossa cidade na perspectiva de uma melhor interao Universidade-Comunidade, atravs da educao para a vida e que atendam a necessidade integral do ser idoso participante. Onde acreditamos que este estudo importante para o Servio Social como campo de atuao com as demais polticas pblicas.

Atravs do campo de estgio, analisamos e procuramos contribuir sobre os direitos dos idosos no qual percebemos que se eles tivessem acesso ao Estatuto do Idoso no passariam por tantas privaes em relao aos seus direitos. Neste sentido, propomos avaliar: sobre qual a Representao Social que os Idosos do Projeto Passe Livre Intermunicipal, tm da qualidade de vida na velhice e o que pensam a respeito do envelhecimento saudvel com dignidade.

Tendo como objetivo geral: compreender a Representao Social da qualidade de vida dos idosos, do Projeto Passe Livre Intermunicipal e o objetivo especfico: identificar as condies de vida objetiva e subjetiva vivenciadas pelos idosos participantes do grupo de Convivncia do Idoso de Glria de Dourados/MS, contribuir para o planejamento e elaborao de uma proposta de interveno interdisciplinar de direitos e expresso de sua voz, descrever a qualidade de vida na velhice associada a questes de independncia e autonomia inerentes exigncias sociais, propiciar novas formas de vida a partir do convvio social, promovendo autoestima, garantindo-lhes mais autonomia e realizao pessoal que contribuam para a construo de uma nova mentalidade e melhor percepo de suas condies de vida.

Portanto, as representaes sociais so produzidas pelas interaes e comunicaes no interior dos grupos sociais, refletindo a situao dos indivduos no que diz respeito aos assuntos que so objeto do seu cotidiano, pois h um envolvimento pessoal desses participantes, quando os mesmos pensam no envelhecimento. Nessa perspectiva, a representao social depende das experincias particulares de cada membro diante dessa etapa da vida.

Vale ressaltar que no 8 semestre ser produzido o trabalho de concluso do curso. Este estudo pretende aumentar o respeito e valorizao da pessoa idosa, despertando o olhar para seus direitos garantidos em relao ao transporte e qualidade de vida e promover a equidade entre os idosos, a partir de polticas pblicas.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/relatorio-de-estagio-iii-projeto-de-pesquisa/109471/#ixzz3ckoaiNvNCONSIDERAES FINAISO estgio concretiza-se como uma experincia nica e indispensvel, momento preparatrio em que leva o acadmico a uma reflexo de seus propsitos e aperfeioamento da aprendizagem, pois onde comea a correlacionar teoria e prtica, visto tambm como perodo de exerccio profissional previsto em currculo, pois o perodo em que o estudante de graduao encontra-se em contato direto com o ambiente de trabalho.

Nessa fase de aprendizado vale ressaltar que a preparao do acadmico para o mercado de trabalho, encontra-se inserida na base prtica, a fundamentao e especializao terica ao exerccio profissional, sob a qual exige a profisso. Contudo, o estagirio junto ao Supervisor de Campo e Assistente Social, a partir das demandas vivenciadas cotidianamente precisa empenhar-se no aprimoramento dos programas e dos servios prestados a populao. Deve tambm garantir sigilo profissional, para proteger os usurios das polticas pblicas, realizarem estudos e pesquisas com o propsito de avaliar a realidade social e emitir parecer social.

Essa insero possibilita ao futuro assistente social, a consolidao do processo de aprendizagem, pois complementa o estudo terico das relaes sociais e possibilita uma base estruturante para o entendimento conjuntural da profisso, tanto em relao postura tica e moral de acordo com o Cdigo de tica, quanto pelo compromisso com a qualidade dos servios prestados populao. Os servios de proteo social bsica da assistncia social, ofertados no CRAS destinam-se as famlias que esto vulnerveis e se encontram em situao de risco, os mesmos so desenvolvidos por meio de aes preventivas, como estudo social, projetos, palestras, reunies, campanhas scio-educativas, etc.

A poltica de Assistncia Social comporta equipes de trabalho interprofissionais, sendo que a experincia, formao e interveno histrica dos assistentes sociais nessa poltica social no s os habilitam a compor as equipes de trabalhadores, como privilegia esses profissionais um papel fundamental na consolidao da assistncia social como direito de cidadania. Desse modo, propomos analisar a prtica do Servio Social no que diz respeito ao reconhecimento dos direitos dos idosos, referente s polticas de incluso social, visto que o envelhecimento como todas as etapas humanas, transforma a histria do individuo, onde se faz necessrio buscar mecanismos que ofeream a este pblico a devida infraestrutura e suporte necessrio, para uma vida digna. Porm, o assistente social deve atuar sempre privilegiando uma proposta de anlise inserida no estudo das questes sociais para contribuir no planejamento e na elaborao de aes investigativa e interventiva, que tem como principal objetivo assegurar os direitos dos idosos, para que tenham uma boa qualidade de vida.

O sistema de emisso de carteirinhas do Passe Livre foi implantado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistncia Social (Setas) e em parceria com a Secretaria Municipal de Polticas e Aes Sociais e Cidadania, de Campo Grande (SAS). Com o objetivo de beneficiar as pessoas idosas dentro de seu territrio a viajarem, em transporte convencional, sem o pagamento de passagem. A nova legislao vem com o propsito de promover uma proposta de interveno interdisciplinar de direitos, junto ao exerccio da prtica social e aumentar o respeito e a valorizao dos idosos, por que os mesmos correspondem a uma camada da sociedade que necessitam de cuidados, para um envelhecimento bem sucedido, porm alguns deles no tm conhecimento sobre o Estatuto do Idoso, no entanto acabam passando por privaes em relao aos seus direitos, como: a acessibilidade ao veiculo de transporte, a forma humilhante com que eles so tratados, pois no permitido pelas agncias o usufruto das primeiras poltronas, restando-lhes somente as do meio.

Atravs de palestra scio-educativa referente Qualidade de Vida dos Idosos e a entrega de panfletos sobre o Estatuto do Idoso e o Passe Livre Intermunicipal, propomos esclarecer as dvidas e dificuldades enfrentadas pelos idosos em relao ao Benefcio e seus direitos, para que os mesmos garantam-lhes realizao pessoal e uma melhor percepo de suas condies de vida. Nessa perspectiva, houve interveno eficaz do Assistente Social, visto que, esses profissionais desenvolveram atividades localizadas no mbito da elaborao, execuo e avaliao das polticas pblicas, atribuindo-os um papel fundamental na consolidao da cidadania e dos direitos sociais.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASBURIOLLA, Marta A. Feiten. O estgio supervisionado. 4. ed. So Paulo: Cortez, 2006.Acesso em 24/05/2013

Brasil. Cdigo de tica do/a assistente social. Lei 8.662/93 de Regulamentao da Profisso. 9. Ed.rev. e atual. [Braslia]: conselho federal de servio social, 2011.

Lei 4.086 de 20 de setembro 2011. Dispe sobre a concesso de gratuidade e ou de desconto no sistema de transporte Rodovirio Intermunicipal de passageiros do Estado de Mato Grosso do Sul. Dirio oficial n 8.036, de 21 de setembro de 2011. Acesso em 22/05/2013

Ministrio do desenvolvimento Social e Combate a fome secretaria nacional de assistncia social. Poltica Nacional de Assistncia Social PNAS/2004, Norma Operacional Bsica NOB/SUAS. Braslia, Novembro de 2005.

Ministrio da sade. Estatuto do Idoso, Lei n 10.741 de 1 de outubro de 2003, 2. Ed. Braslia DF 2009.

Revista Servio Social & Sociedade. N 75. ed. So Paulo: Cortez,2003. Acesso em 25/05/2013

Revista Servio Social & Sociedade ano XXIV especial 2003, Velhice e Envelhecimento. Editora Cortez. Acesso em 25/05/2013.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/relatorio-de-estagio-iii-projeto-de-pesquisa/109471/#ixzz3ckoSmNucA CONTRIBUIO DO ESTGIO SUPERVISIONADO EM SERVIO SOCIAL PARA A FORMAO PROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERINCIASimone Moreira dos Santos

Graduanda em Servio Social, Universidade Federal de Sergipe

E-mail: [email protected] Nascimento de Oliveira

Mestre, Universidade Federal de Sergipe

E-mail: [email protected] estgio curricular supervisionado em Servio Social um momento importante para a formao profissional, pois possibilita ao estudante uma aproximao com a realidade concreta e a oportunidade de relacionar teoria e prtica. Visa inserir o aluno em diferentes espaos ocupacionais onde se desenvolve o trabalho de assistentes sociais que lidam com as diferentes expresses da questo social. O presente trabalho constitui-se em um relato de experincia das atividades realizadas durante o Estgio Supervisionado em Servio Social I no Centro de Referncia da Assistncia Social (CRAS) Anna Dulce Vieira de Carvalho, em Itabaianinha/SE. A experincia tem contribudo significativamente ao processo de formao profissional por meio do desenvolvimento da postura investigativa, propositiva, criativa e interventiva.

Palavras-chave: Servio Social, Estgio Supervisionado, Formao Profissional, Assistncia Social

1. INTRODUO

O presente trabalho resultado preliminar de observaes e desenvolvimento de atividades realizadas durante o Estagio Supervisionado em Servio Social I da Universidade Federal de Sergipe, no Centro de Referncia em Assistncia Social (CRAS) Anna Dulce Vieira de Carvalho no Municpio de Itabaianinha/SE. O estgio constitui momento rico para a formao profissional,pois possibilita ao estudante uma aproximao com a realidade concreta e a oportunidade de relacionar teoria e prtica. Conforme a Lei N 11.788, de 25 de Setembro de 2008, que dispe sobre o estgio de estudantes, em seu art. 1 define o seguinte:

O estgio ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa preparao para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqentando o ensino regular em instituies de educao superior, de educao profissional, de ensino mdio, da educao especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educao de jovens e adultos.

Tal definio menciona a ao de cunho supervisionado, necessria ao processo pedaggico e consonante com o que prev as Diretrizes Curriculares para os cursos de Servio Social, que dentre os componentes curriculares integra o estgio supervisionado.

Para o Curso de Servio Social da Universidade Federal de Sergipe, o Estgio em Servio Social desenvolve-se de forma supervisionada durante trs semestres letivos, subdivididos em Estgio Supervisionado em Servio Social I, Estgio Supervisionado em Servio Social II e Estgio Supervisionado em Servio Social III. Face abordagem deste trabalho, o foco de discusso direciona para o Estgio Supervisionado em Servio Social I, por ser este o momento inicial voltado para observaes da realidade na qual o exerccio profissional se desenvolve, de modo que o estudante seja capaz de visualizar as contradies em que a profisso esta inserida.

Na atualidade, a exigncia do mercado de trabalho para a profisso de Servio Social demanda um profissional crtico, criativo e propositivo em suas aes, face s exigncias resultantes do processo de reestruturao produtiva que impactaram o capital no limiar do sculo XXI, aliado a precarizao do trabalho, contrataes temporrias, baixos salrios, informalidade, etc.

Neste contexto de mudanas e transformaes do sistema capitalista, a questo social matria mais comumente trabalhada no Servio Social, de modo que a interveno deste sobre suas expresses ocorre de forma complexa, em razo do sistema capitalista adotar mecanismos para despolitizar e enfraquecer as lutas da classe trabalhadora, alm de individualizar aes e responsabilizar os sujeitos por suas mazelas e dificuldades. Todavia, a ao dos movimentos sociais e segmentos que lutam por direitos sociais tem demarcado a histria no mbito da poltica social, sendo a poltica da assistncia social expressiva.

Para o caso brasileiro, a partir da Constituio de 1988 tal poltica passou a ser direito, poltica de Estado, formando junto com a sade e a previdncia social o trip da seguridade social. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social (CONSTITUIO FEDERAL DE 1988, ART.194). importante destacar que mesmo sendo garantida pela Constituio Federal como um direito, a poltica de assistncia social s foi regulamentada em 1993 com a aprovao Lei n 8.742 Lei Orgnica da Assistncia Social, vetada anteriormente em 1991 pelo ento presidente da Repblica Fernando Collor.

Face ao exposto, a insero no campo de estgio supervisionado no mbito da poltica de assistncia social ocorreu no Centro de Referncias da Assistncia Social (CRAS) do municpio de Itabaianinha/SE, uma unidade pblica estatal onde so ofertados os servios, programas, projetos e benefcios de proteo social bsica. O CRAS uma referncia para o acesso do usurio a rede socioassistencial e as demais polticas pblicas, ou seja, trata-se da porta de entrada para o acesso proteo social bsica do SUAS.

O estgio nesse primeiro momento proporcionou uma oportunidade de colocar em prtica as trs dimenses da profisso, quais sejam: terico-metodolgico, tcnico-operativo e tico-poltico, pois so elas que embasam a formao profissional e as aes do assistente social. Neste sentido, o trabalho contextualiza a instituio local em que se desenvolveu o estgio supervisionado e seguido do relato de experincia e as consideraes finais.

2. DESENVOLVIMENTO

O Estgio Supervisionado em Servio Social regido pela Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008 e pela Resoluo n 05/2010 do Conselho do Ensino e da Pesquisa (CONEP) da Universidade Federal de Sergipe cujo objetivo consiste em propiciar ao estagirio (a) a oportunidade de relacionar teoria e prtica possibilitando o aperfeioamento tcnico, cientfico, social e cultural e a complementao dos crditos obrigatrios do curso de Servio Social. O estgio tem a durao de 15 meses e a carga horria est dividida da seguinte forma: Durante o estgio I o estagirio (a) cumpre uma jornada de oito horas semanais; nove horas semanais no estgio supervisionado II e treze horas semanais no estgio supervisionado III.

Para o caso ora relatado, o estgio supervisionado em Servio Social I foi realizado no mbito da poltica de assistncia social, especificamente tendo como espao de atuao o Centro de Referncia de Assistncia Social (CRAS) Anna Dulce Vieira de Carvalho, no municpio de Itabaianinha/SE. O CRAS considerado a porta de entrada para a poltica de assistncia social, sendo que esta poltica durante muito tempo foi considerada de ordem ao paliativa, filantrpica e caritativa para a populao destituda dos direitos sociais.

O municpio de Itabaianinha est localizado na regio Sul do Estado de Sergipe e segundo o censo 2010 realizado pelo IBGE tem uma populao constituda por 38.910 habitantes. Possui apenas um CRAS que atualmente est acompanhando todas as famlias em situao de vulnerabilidade social no municpio, sendo este de pequeno porte II e de acordo com a NOB-SUAS deve acompanhar at 3.500 famlias referenciadas. Ao longo do Estgio Supervisionado em Servio Social I foi possvel perceber que o nmero de famlias referenciadas maior do que o estabelecido pela NOB-RH/SUAS, sendo necessria a ampliao da equipe ou a implantao de outro CRAS no municpio.

As famlias que esto em vulnerabilidade social no municpio so acompanhadas pela equipe do CRAS e includas no Servio de Proteo e ateno integral famlia (PAIF). O referido Centro tambm oferta o Servio de Convivncia de Fortalecimento de Vnculos, para complementar o trabalho social com as famlias includas do PAIF prevenindo a ocorrncia de situaes de risco social, no qual existem atualmente os seguintes servio de convivncia: servio para crianas de 3 a 6 anos, 6 a 15 anos, 15 a 17 anos e servios para pessoas idosas a partir de 60 anos.

Alm dos servios j citados existem outros programas e projetos desenvolvidos no mbito do CRAS. So eles:

O Programa de Aquisio de Alimentos - PAA Leite - distribui leite para 970 famlias de baixa renda com crianas de 0 a 7 anos, gestantes, nutrizes, crianas desnutridas e idosos; o Programa Frutos da Terra que consiste na compra de alimentos por parte do Governo do Estado, principalmente a laranja de pequenos agricultores da regio para distribuir nas escolas do municpio e nas entidades filantrpicas, sendo este programa desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e com a Associao de Desenvolvimento Sustentvel; Benefcios Eventuais; Projetos sociais como os de moradia popular (Minha Casa, Minha Vida, Erradicao das casas de taipa) existentes no municpio; Promoo do acesso a documentao pessoal (RG) em parceria com o Sistema de Atendimento ao Cidado (SIAC).

Assim, a equipe do CRAS do municpio de Itabaianinha atua em articulao com outras polticas sociais como sade, educao, previdncia social, habitao entre outras para poder inserir os usurios na rede de servios e principalmente prestar a referncia e a contra-referncia. No que se refere s demandas atendidas na instituio destacam-se encaminhamentos dos usurios ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para requererem o Benefcio de Prestao Continuada (BPC), tanto idosos como deficientes, benefcios eventuais como, cestas bsicas e auxilio por morte, carteira do passe livre do idoso e do deficiente, acesso documentao pessoal, demandas encaminhadas pelo poder judicirio e ministrio pblico, CREAS e de outras polticas sociais.

Com relao populao atendida, o CRAS Anna Dulce Vieira de Carvalho oferta servios aos usurios provenientes de famlias em situao de vulnerabilidade social decorrente da pobreza com fragilizao de vnculos afetivos e de pertencimento social. Trata-se de uma populao muito carente sem renda fixa ou desprovido desta , ou geralmente so beneficirias de algum programa de transferncia de renda do governo federal, em sua maioria mulheres desempregadas e chefes de famlia.

O CRAS funciona das 8h s 17horas de segunda a sexta-feira em um imvel alugado pela Secretaria municipal de Assistncia Social e do Trabalho de Itabaianinha/SE, com localizao de fcil acesso, apresentando boa estrutura fsica, mas sem acessibilidade nos banheiros e a rampa de acesso, ou seja, no est de acordo com as normas da ABNT, por ter estrutura residencial, dividida em: uma sala de recepo, uma sala de coordenao, uma sala para atividades em grupos, uma sala para o servio social e psicologia, uma sala de atendimento, uma sala para reunio, cozinha, dois banheiros e almoxarifado.

O estgio supervisionado em Servio Social I foi desenvolvido entre os meses de setembro a dezembro de 2011 na referida instituio sob a superviso de uma assistente social, que cumpriu o papel de supervisora tcnica. O estgio supervisionado em Servio Social I ofertado para os alunos do 8 perodo do curso de Servio Social da Universidade Federal de Sergipe, sendo o primeiro momento direcionado para a observao da realidade no sentido de identificar as diferentes expresses da questo social presente no cotidiano dos usurios da poltica institucional, para o caso em voga a poltica de assistncia social.

Ao longo do primeiro momento foi possvel conhecer a instituio e seu funcionamento, bem como os funcionrios que trabalham no CRAS, educadores sociais, auxiliar de servios gerais, motorista, recepcionista, psiclogo e assistente sociais. Nesse perodo foram realizadas visitas domiciliares geralmente requisitadas pelo Ministrio Pblico e pelo Poder Judicirio para realizar estudo social a respeito de mudana de curatela, questes relacionadas a crianas e adolescentes envolvidos com drogas, violao aos direitos da pessoa idosa entre outros.

Durante o estgio supervisionado em Servio Social I foi possvel participar de algumas Conferncias Municipal e Estadual de polticas pblicas como a da assistncia, sade, criana e adolescente, mulher, segurana alimentar e nutricional. A participao nessas Conferncias possibilitou um conhecimento amplo em relao ao controle social que nos ltimos anos, com a descentralizao e a municipalizao das polticas sociais, tornou-se um espao de fundamental importncia para a atuao do assistente social, pois visa ampliar a participao da populao no gerenciamento das polticas pblicas. Tambm foi possvel observar o grupo de idosos do CRAS particularmente ativo, por se reunir duas vezes por semana para realizar atividades ldicas, desenvolver artesanatos alm de dinmicas de grupo, sendo este um recurso muito importante para o assistente social realizar diversas intervenes como, por exemplo, discutir um determinado tema com um nmero maior de pessoas e tambm para atender uma quantidade maior de usurios que esto vivenciando situaes parecidas.

3. CONCLUSO

Diante do exposto e a partir das experincias vividas durante o perodo letivo de 2011/2, reafirma-se que o estgio supervisionado em Servio Social constitui-se uma atividade indispensvel para a formao profissional do graduando do curso de Servio Social, principalmente no que diz respeito ao quesito da relao teoria e prtica. O estgio permite que o aluno amplie os conhecimentos, as tcnicas e as habilidades que possibilitaro um exerccio profissional em consonncia com as atribuies da lei que regulamenta a profisso de Servio Social, as diretrizes curriculares para os cursos de Servio Social e o Cdigo de tica Profissional do Assistente Social. Alm de estimular o senso crtico-reflexivo e a capacidade de conhecer a realidade para poder tomar decises concernentes as diferentes expresses da questo social, o estgio supervisionado em Servio Social I proporcionou tambm conhecimentos fundamentais para a formao profissional, face aproximao junto a poltica de assistncia social, particularmente a proteo social bsica, assim como conhecer os usurios desta poltica, geralmente caracterizadas como aquelas pessoas que vivenciam cotidianamente vrias expresses da questo social. O estgio tambm desenvolveu as competncias terico-metodolgica, tico-poltica e tcnico-operativa, indispensveis ao exerccio profissional competente, qualificado e comprometido com a populao usuria do Servio Social.

4. Referncias

BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de Outubro de 1988. Organizao do texto: Juarez de Oliveira. 4 ed. So Paulo: Saraiva, 1990.

________. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Norma Operacional Bsica do Sistema nico de Assistncia Social NOB/SUAS. Braslia, 2005.

________. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Poltica Nacional de Assistncia Social. Braslia. 2004.

________. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome/SNAS. LOAS Anotada: Lei Orgnica de Assistncia Social. Braslia: MDS/SNAS, Maro de 2009.

________. Lei n 11.788, de 25 de Setembro de 2008. Dispe sobre o estgio de estudantes. Presidncia da Repblica. Braslia, 2008.

__________. Ministrio da educao. Conselho Nacional de Educao. Parecer CES 492/2001. Diretrizes curriculares para o curso de servio social, 2001.

SANTOS, Simone Moreira dos. Relatrio de Estgio Supervisionado em Servio Social. UFS, 2011 (mimeo).

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. CONEP. Resoluo 24/2010. Aprova normas especficas do estgio curricular supervisionado do curso de Servio Social, Modalidade Bacharelado e d outras providncias. UFS, 2010.