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52 ANO VII / Nº 13 o iniciar o procedimento para o pouso no aero- porto internacional, na cidade de Salvador, vis- lumbra-se um cenário que nos impressiona pela sua beleza – a Baía de Todos os Santos. Nela está localizada a maior concentração de fortes construídos pelos portugueses no período colonial. Destes, um se destaca, no meio da baía, o único de forma cilíndrica no A Brasil, o Forte de São Marcelo, popularmente conheci- do como Forte do Mar e que já foi também designado Forte de Nossa Senhora do Pópulo. Podemos chegar ao local somente de barco. Um passeio maravilhoso, cuja travessia demanda cinco mi- nutos e nos proporciona, de lá, a observação da ci- dade, do mar e da Ilha de Itaparica. Recentemente “... As iluminações das casas que eu vejo daqui estão bonitas, e principalmente a do Forte do Mar que de dia parece um empadão. Está aí o depósito de pólvora, ameaçando a cidade, ...” D. Pedro II – 6 de outubro de 1859 Paulo Roberto Rodrigues Teixeira

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52 ANO VII / Nº 13

o iniciar o procedimento para o pouso no aero-

porto internacional, na cidade de Salvador, vis-

lumbra-se um cenário que nos impressiona pela

sua beleza – a Baía de Todos os Santos. Nela está

localizada a maior concentração de fortes construídos

pelos portugueses no período colonial. Destes, um se

destaca, no meio da baía, o único de forma cilíndrica no

ABrasil, o Forte de São Marcelo, popularmente conheci-

do como Forte do Mar e que já foi também designado

Forte de Nossa Senhora do Pópulo.

Podemos chegar ao local somente de barco. Um

passeio maravilhoso, cuja travessia demanda cinco mi-

nutos e nos proporciona, de lá, a observação da ci-

dade, do mar e da Ilha de Itaparica. Recentemente

“... As iluminações das casas que eu vejo daqui estão bonitas, e principalmente a do Forte do Mar

que de dia parece um empadão. Está aí o depósito de pólvora, ameaçando a cidade, ...”

D. Pedro II – 6 de outubro de 1859

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Paulo Roberto Rodrigues Teixeira

53ANO VII / Nº 13

restaurado, após 40 anos, voltou a ser aberto à visita-

ção pública no dia 29 de março de 2006, tornando-se

um dos principais pontos turísticos da capital baiana.

No passado, sua missão era a de proteger o cen-

tro da cidade colonial dos ataques de navios estrangei-

ros. Hoje, com riquíssimo acervo, transformou-se no

Centro Cultural Forte de São Marcelo, com a missão de

difundir sua história.

História

Sua concepção ocorreu em 1608 com risco do en-

genheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do

Brasil, Francisco de Frias Mesquita. Alguns autores, en-

tretanto, atribuem o seu risco inicial ao engenheiro-mor

de Portugal, Leonardo Torriani, em 1605. Foi inspirado

no Forte São Lourenço do Bugio, também de forma

cilíndrica, localizado no meio das águas da foz do Rio

Tejo, em Portugal, na altura da Vila de Oeiras.

O início da construção foi posterior a 1612, pela

análise de pesquisadores nas iconografias da época,

que surge já incorporada definitivamente no desenho

da “Planta da Cidade do Salvador, na Baía de Todos os

Santos”, em 1616.

Durante o Governo-Geral de D. Diogo de Mendon-

ça Furtado, em 1623, foi concluída a primeira constru-

ção, toda em madeira. Possuía, então, 19 peças de artilha-

ria de variados calibres. Anos mais tarde, em 1650, foi

autorizada uma nova edificação, agora mais resistente.

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Tinha a forma de torreão circular na parte mais elevada

do banco de areia. Para ficar mais protegido, foi cons-

truída, em 1728, uma muralha arredondada, que ofere-

ceu maior proteção.

Na verdade, ele foi erguido para resguardar a cida-

de, que era apenas um trecho da chamada Cidade Alta e

uma parte da Cidade Baixa.

Por ocasião da invasão holandesa, em 1624, o forte

foi o primeiro objetivo conquistado. Dele, os invasores

dispararam granadas incendiárias, causando pânico aos

moradores da cidade, contribuindo para o bem-sucedi-

do ataque. Após um ano, os holandeses foram expulsos.

Em 1638, durante nova tentativa de invasão, co-

mandada pelo Conde Maurício de Nassau, os fogos de

São Marcelo mantiveram a esquadra holandesa a dis-

tância, fora do alcance dos canhões, impedindo, com

isso, o desembarque das tropas.

A reconstrução do forte ocorreu na época em que

Portugal buscava a restauração de sua independência e ten-

tava expulsar os holandeses da região Nordeste do Brasil,

determinada pela Carta-Régia de 4 de outubro de 1650.

A primeira fase das obras foi o enrocamento1 em

torno do recife, localizado naquele ponto, realizado com

pedras de arenito, extraídas de pedreiras situadas nas

proximidades da cidade. Esse material foi transportado

em barcaças. Concluído em 1652, o interior do enroca-

mento passou a ser preenchido com pedras calcárias,

oriundas dos lastros dos navios do Reino, os quais, depois,

1 Aterro feito com pedras.

1650-1655 1675 1685 1710

O forte antes darestauração.

Fases sucessivas da construção do Forte de São Marcelo.

55ANO VII / Nº 13

eram carregados com açúcar e madeira

de lei e seguiam destino para Portugal.

Em 1656, iniciava-se a construção

da muralha do torreão em pedra de gra-

nito, proveniente do Recôncavo Baiano.

Em 1661, o torreão central ainda se en-

contrava incompleto, sendo concluído

no ano seguinte, erguendo-se 15m acima

do nível do mar.

Entretanto, as fragilidades da defesa

na Colônia eram enormes. As críticas so-

bre o projeto executado proferidas pelas

autoridades militares tinham o objetivo de

apresentar soluções para o aperfeiçoamen-

to da defesa da cidade. Mais tarde, surgi-

ram novas propostas com algumas modifi-

cações, visando aumentar o poder de fogo.

Atendendo às sugestões, o Vice-Rei, D.

Pedro Antônio de Noronha Albuquerque

e Souza, determinou a realização dos tra-

balhos de ampliação do terrapleno en-

volvente, aumentando cerca de meio me-

tro de altura e para 241m de circunferên-

cia, os quais foram concluídos, em 1728,

com as novas canhoneiras do torreão (ba-

teria alta) e da plataforma do terrapleno

(bateria baixa). Em 1759, o forte encontra-

va-se representado em iconografia, com 54

peças de ferro e bronze de diversos calibres.

Em 1808, com a mudança da Famí-

lia Real portuguesa para o Brasil, as defe-

sas costeiras da Colônia foram inspecio-

nadas e reforçadas. Quando o príncipe re-

1713 1728 1810 1812

Fosso entre as duasbaterias.

Dependências sanitáriasem ruína.

56 ANO VII / Nº 13

gente passou por Salvador, o Forte contava

com 40 canhões coloniais.

Em 1810, um relatório de inspeção, pre-

parado por uma comissão, que era chefiada

pelo Brigadeiro Galeão, apontava a necessi-

dade de erguer um anel perimetral no

terrapleno envolvente, com altura igual à do

torreão central. Na ocasião, a bateria alta

encontrava-se artilhada com 16 peças de fer-

ro e 4 de bronze de diversos calibres, ao passo

que, na bateria baixa, computavam-se 29

peças de ferro montadas em seus reparos e 1

de bronze, além de 2 morteiros. Em função

disso, desenvolveram-se as obras de restau-

ração no forte, entre 1810 e 1812, chegando,

ao fim, à atual configuração do São Marce-

lo. A defesa ficou então restrita a 40 canhões.

No século XIX, o forte esteve envolvi-

do, em Salvador, em muitos conflitos polí-

ticos, entre os quais destacamos:

• na Guerra dos Farrapos, que durou

dez anos, recolheu preso o líder farroupilha

Bento Gonçalves, que conseguiu escapar de-

pois de uma tentativa de envenenamento;

• na revolta da Sabinada, entre 1837 e

1838, constituiu-se no último reduto dos

revoltosos. Ali ficaram aprisionados o seu

líder, o médico Francisco Sabino Álvares da

Rocha Vieira, além de outros 280 revoltosos.

A partir de 1855, o forte foi entregue

ao Ministério da Marinha. Instalou-se um

farol de sinalização, destinado a auxiliar a

movimentação de embarcações no Porto de

Salvador, que operou durante muitos anos.

Ele também foi usado como depósito

de pólvora, motivando a crítica de D. Pedro

II, por ocasião de uma visita a Salvador, em

1859. Assim disse: ...“Está aí o depósito de

pólvora, ameaçando a cidade”... Essa função

se manteve até 1861. Em 1863, passou a ser

Mobilia de pedrae conchas

Canhões coloniais que guarneciama bateria alta.

Canhões coloniais que guarneciama bateria alta.

Mobilia de pedrae conchas

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utilizado como quartel da Companhia de

Aprendizes de Marinheiro, sendo artilha-

do, em 1865, com 30 peças de ferro e bronze.

Em 1880, o Ministério da Guerra assu-

miu o comando das instalações, restauran-

do-as e realizando obras para receber um

destacamento de Artilharia.

Após a proclamação da República, em

1889, o escudo das Armas do Império, so-

bre o portão de entrada, foi mutilado. A

coroa monárquica foi substituída por uma

estrela de cinco pontas. Até 1900, serviu no-

vamente como prisão.

No governo do Marechal Hermes da

Fonseca, o forte bombardeou a cidade. Na

ocasião, foram alvejados o Palácio do Go-

verno, a Prefeitura Municipal, o Teatro de

São João e a Biblioteca Pública de Salvador.

No período de 1912 a 1915, foi artilha-

do com canhões Krupp 75mm e canhões

Withworth e guarnecido por um destaca-

mento do 4o Batalhão de Posição. A Mari-

nha do Brasil reassumiu o comando e alo-

jou uma Companhia de Fuzileiros Navais.

A condições precárias da pontede acesso para o forte.

Farolete instaladopor ordemdo Ministério da Marinha,em 1855.

A condições precárias da pontede acesso para o forte.

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Funcionou lá, nessa época, um pequeno

farol e um posto semáforo.

Em 23 de maio de 1938, foi tombado

pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Ar-

tístico Nacional, que realizou a recupera-

ção do cais de atracação quatro anos depois.

A reabertura ao público de suas de-

pendências ocorreu em 29 de março de

2006, após uma restauração.

O Forte

Localizado na Baía de Todos os San-

tos, possui uma área construída de 2.600m2.

Seu projeto original, no estilo renascen-

tista, visava melhor resistir às correntes e

marés, permitindo a realização do tiro em

qualquer direção, na defesa da cidade e do

Porto de Salvador. Sua estrutura, na atua-

lidade, é composta de cantaria de arenito

até a linha d’água e o restante em alvena-

ria de pedra irregular. Possui um torreão

central, de forma circular, com dimensões

de 15m de altura por 36m de diâmetro e

cerca de 145m de circunferência. O pátio

tem 10m de largura, separando a torre de

um anel perimetral de planta aproximada-

mente circular, achatada na direção leste,

voltada para a cidade, com aproximada-

mente 15m de largura e 241m de circunfe-

A guarita que, na fase final da construção,tornou-se inoperante.

Ponte de acesso atual

59ANO VII / Nº 13

rência. O piso do anel perimetral tem altura de 15m acima do terra-

pleno, exceto na direção leste, voltada para a cidade, que é de 12m.

Até 1810, o forte era formado por um torreão central guar-

necido por troneiras que o circundavam. Entretanto, essa compo-

sição arquitetônica tornava-o vulnerável às embarcações inimi-

gas. Entre 1810 e 1812, ocorreram obras para sua restauração que,

ao serem concluídas, chegaram à atual configuração. Sob o torreão

localizam-se a cisterna, o calabouço, a capela, o armazém de pól-

vora e os quartéis que, a partir da construção da nova praça alta

de tiro sob o terrapleno perimetral, transformaram-se em celas.

Sobre a nova edificação, estão instalados o corpo da guarda, a

cozinha e os quartéis da guarda do comandante. Essas salas, retan-

gulares, possuem cobertura em abóbada de berço.

Atualmente, muitos espaços foram transformados em ex-

posições temporárias que relatam a história do forte. Ali, podemos

Atrativos turísticos de Salvador:Elevador Lacerda; Mercado Modelo e ao

fundo, o Forte de São Marcelo.

O emblema do Brasil-Império.Após a Proclamação da República,

em 1889, foi mutilado.A coroa Monárquica foi substituída

por uma estrela de cinco pontas.

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verificar as rotas de navegação usadas pelos portugue-

ses, a rotina dos soldados e, ainda, narrativas, maquetes

e acontecimentos sobre a cidade. Há um simulador

de um canhão colonial e também de uma nau usada

pelos navegadores, bem como uma cela onde os prisio-

neiros, entre os quais personagens famosos, como o

revolucionário Bento Gonçalves, cumpriam as penas.

Curiosidade – divergências sobreo Forte do Mar

A história registra a existência de dois fortes do mar.

O primeiro foi construído no século XVII. Era um redu-

to quadrangular, edificado sobre um afloramento ro-

choso, conhecido como “lagem”; o outro, sobre uma

coroa de areia, correspondendo ao atual Forte de São

Marcelo, segundo o Professor Mário Mendonça de Oli-

veira. Apesar de tantas evidências, alguns autores di-

vergem em opiniões, com respeito a qual deles é o For-

te de São Marcelo.

O historiador Luiz Monteiro apresenta argumen-

tos, nos quais mostra que o Forte da Lagem era próxi-

mo à praia. Aldemburgo, entretanto, na descrição da

guerra entre holandeses e portugueses, ocorrida no lo-

cal, em 1624, relatou que, quando os batavos tomaram

Visão panorâmica atual

A prisão do Forte de São Marceloera conhecida como a maissegura de Salvador.

Exposição temporária nointerior do forte.

As portas,em cujo interior,os espaçossão utilizados paraadministraçãodo fortee exposiçõestemporárias.

As portas,em cujo interior,os espaçossão utilizados paraadministraçãodo fortee exposiçõestemporárias.

A prisão do Forte de São Marceloera conhecida como a maissegura de Salvador.

61ANO VII / Nº 13

o Forte do Mar, ainda inacabado e protegi-

do por cestões, encravaram os canhões da

bateria e abandonaram a posição, em fun-

ção dos fogos de terra. Há de se levar em

consideração que o alcance útil máximo de

um mosquete, na época, era de 297m. No

entanto, o Forte de São Marcelo dista 600m

da parte baixa do Elevador Lacerda, estan-

do, dessa forma, descartada a hipótese de ele

ser o sucedâneo do Forte da Lagem.

As iconografias, por sua vez, apresen-

tam imagens que identificam na Baía de To-

dos os Santos os diversos fortes construídos

em épocas diferentes. A mais antiga delas

impressa no Livro que dá Razão ao Estado do

Brasil apresenta o primeiro Forte do Mar,

na sua versão de reduto quadrado, com a

ligação do forte a terra, cuja dimensão não

configura a situação atual do São Marcelo.

Ainda assim, o Professor Carlos Ott, que não

compartilhava da tese do Professor Mon-

teiro, afirma que os mapas da época não

possuíam credibilidade.

Franscisco Barreto, antigo governa-

dor-geral, entre 1657 e 1663, emitiu pare-

cer, datado de 1668, sobre a situação defen-

siva da Bahia e de seu recôncavo. Diz ele: “O

Forte São Marcelo fiz eu no meio da baía...”

O Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional (IPHAN), em recente res-

tauração do forte, realizou sondagens no local e concluiu que se trata

de uma coroa de areia, descartando, dessa maneira, a possibilidade de

ter sido o Forte da Lagem.

Face às pesquisas realizadas pelos historiadores, somos, também,

da mesma opinião do Professor Mário Mendonça de Oliveira: o Forte

de São Marcelo é o Forte do Mar, construído sobre uma coroa de areia.

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Vista do interior

Rampa de acessoao terrapleno

A entrada do forte

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Encerramento

Encerramos nossa reportagem despedindo-nos

do Forte de São Marcelo.

Na Baía de Todos os Santos, até hoje, ele se des-

taca pela beleza de sua arquitetura renascentis-

ta, contrastando com os prédios luxuosos que

permeiam a orla marítima de Salvador. Sua im-

portância sempre esteve em evidência na His-

tória do Brasil, quer no período colonial, quer

no republicano.

Na época do Brasil Colonial, era o baluarte que

rechaçava as investidas dos invasores, defenden-

do a cidade e o porto, alvos da cobiça estrangei-

ra. Nessa época, era considerada a maior fortifi-

cação baiana. Na República, fruto da conjuntu-

ra política instável, muitas vezes serviu de prisão

para acolher prisioneiros revoltosos, entre os

quais destacamos o médico Francisco Sabino e

Bento Gonçalves, principais líderes da Sabina-

da e da Revolução Farroupilha, respectivamente.

No decorrer dos anos, o cenário mudou. Toda-

via, sua importância permanece até os dias atuais,

agora se projetando na área cultural.

Hoje, aberto à visitação pública, funciona como

Centro Cultural Forte de São Marcelo, depositá-

rio de um riquíssimo patrimônio, que represen-

ta os acontecimentos ocorridos desde sua origem.

Com recursos provenientes de parceria da Pre-

feitura Municipal com a empresa de equipamen-

tos eletrônicos LG, com a loja de eletrodomés-

ticos Insinuante e ainda com o apoio do Gover-

no do Estado, o forte foi restaurado e tornou-se

um dos pontos turísticos mais procurados da

cidade. Um excelente restaurante complementa

o espaço cultural, onde o visitante, após tomar

conhecimento de valioso acervo, memória viva

de nossa história, terá oportunidade de des-

frutar das delícias da saborosa cozinha baiana.

Paulo Roberto Rodrigues Teixeira – Coronel de Infantaria e Estado-Maior,

é natural do Rio de Janeiro. Tem o curso de Estado-Maior e da Escola Superior de

Guerra. Atualmente é assessor da FunCEB e redator-chefe da revista DaCultura.

A Cidade de Salvador debruçada sobreo Forte de São Marcelo.

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