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APRESENTAÇÃO “ A construção de um projeto pedagógico próprio insinua menos um produto demonstrativo, do que o fazer e o refazer incessante da capacidade científica dos professores, motivando-os a trabalharem coletivamente, a revisarem sempre sua formação, a buscarem atualização constante, a realizarem a escola como obra comunitária de todos, sob a liderança competente do grupo de professores.” (DEMO, 1994, P.245) O projeto político pedagógico propõe durante sua elaboração novos caminhos, para uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as suas relações com o currículo conhecimento e com a função social da escola, obriga a um pensar e uma reflexão contínua de todos os envolvidos neste processo. Que escola queremos edificar? Que conhecimentos serão necessários aos nossos alunos, oriundos de outras localidades e especialmente a Comunidade de São Dimas precisarão ter, para de fato exercerem a sua cidadania, nesta sociedade tão cheia de conflitos. Conflitos estes que estão presentes no espaço escolar, nas relações pessoais, no confronto de ideias e também do surgimento de novas concepções, das dúvidas e da necessidade do diálogo entre os sujeitos aprendentes (professores, alunos, pais...) Temos ciência que no bojo das discussões contemporâneas o projeto político pedagógico não pode mais ser reduzido a uma lista de objetivos, conteúdos e atividades, mas deve sim em cada linha, resgatar o aspecto histórico de cada momento da sua construção. Pois este documento é o resultado de um esforço conjunto dos profissionais da educação desta unidade escolar com o objetivo de respaldar as ações administrativas e pedagógicas no âmbito desta escola. 1

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APRESENTAÇÃO

“ A construção de um projeto pedagógico próprio

insinua menos um produto demonstrativo, do que

o fazer e o refazer incessante da capacidade

científica dos professores, motivando-os a

trabalharem coletivamente, a revisarem sempre

sua formação, a buscarem atualização constante,

a realizarem a escola como obra comunitária de

todos, sob a liderança competente do grupo de

professores.” (DEMO, 1994, P.245)

O projeto político pedagógico propõe durante sua elaboração

novos caminhos, para uma escola diferente. Todas as questões que

envolvem o fazer pedagógico e as suas relações com o currículo

conhecimento e com a função social da escola, obriga a um pensar e uma

reflexão contínua de todos os envolvidos neste processo. Que escola

queremos edificar?

Que conhecimentos serão necessários aos nossos alunos,

oriundos de outras localidades e especialmente a Comunidade de São

Dimas precisarão ter, para de fato exercerem a sua cidadania, nesta

sociedade tão cheia de conflitos.

Conflitos estes que estão presentes no espaço escolar, nas relações

pessoais, no confronto de ideias e também do surgimento de novas

concepções, das dúvidas e da necessidade do diálogo entre os sujeitos

aprendentes (professores, alunos, pais...)

Temos ciência que no bojo das discussões contemporâneas o

projeto político pedagógico não pode mais ser reduzido a uma lista de

objetivos, conteúdos e atividades, mas deve sim em cada linha, resgatar o

aspecto histórico de cada momento da sua construção. Pois este

documento é o resultado de um esforço conjunto dos profissionais da

educação desta unidade escolar com o objetivo de respaldar as ações

administrativas e pedagógicas no âmbito desta escola.

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Há a consciência, por parte dos que o produziram, de que o

projeto político pedagógico representa apenas um embrião de projeto e se

encontra aberta a todo e qualquer tipo de sugestão e encaminhamento.

Temos a plena sabedoria de que nenhum projeto pedagógico pode ser

dado como pronto e acabado sob pena de se cristalizar sob pena de se

cristalizar e deixar de acompanhar o movimento dialético da história.

Assumimos uma postura de inquietamento frente a este

O projeto político pedagógico propõe durante sua elaboração

novos caminhos, para uma escola diferente. Todas as questões que

mundo, ao procurar no limiar de nossas forças, abrir as portas da escola

para a informação, para a comunidade e para inovação, construindo desta

forma ações educativas com base sólida nos valores, direcionadas a

intervenção planejada no ambiente escolar e social buscando preparar,

instrumentalizar e proporcionar condições para que os alunos possam se

firmar e construir a sua cidadania.

Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente na

prática pedagógica cotidiana e na discussão das referências teóricas que

nos encaminhem para uma “práxis” responsável e compromissada com

uma escola pública de qualidade.

MARCO SITUACIONAL

1) IDENTIFICAÇÃO

1.1 Identificação do Estabelecimento:

Instituição: Colégio Estadual João Gueno – EFM

Código: 01392

Endereço: Rua Dalmira de Souza Lunardon, 95

Bairro: Vila São Paulo

CEP.: 83411-060

E-mail: [email protected]

2

Telefone: (41) 3666-1298 / 3666-0699

Localização do colégio: localiza-se na zona urbana, aproximadamente à 15

Km do NREAM-Norte

1.2 Município

Município: Colombo

Código: 0580

Estado: Paraná

1.3 Dependência Administrativa

Estadual

Código: 41126114

1.4 Ato de autorização do estabelecimento

Resolução 5.031/92 - 21/12/92 - DOE 06/01/93

Ato de Renovação do Funcionamento:

Resolução 5031/92 - 0458/1997 – CEE

Ato de Renovação do Funcionamento:

Resolução 5031/92 - 0458/1997 – CEE

Autorização de Funcionamento:

Ensino Fundamental EJA – Fase II – 5ª/8ª série – Parecer 2999/99 - CEE

Ensino Médio EJA – Parecer 0631/00 – CEE

Reconhecimento de Cursos da EJA:

Ensino fundamental EJA – Fase II – 5ª/8ª série – Parecer 399/2002 – CEE

Ensino Médio EJA – Parecer 0157/2002 – CEE

1.5 NRE

NRE Área Metropolitana Norte

Código: 02

1.6 Ato de Reconhecimento do Estabelecimento

Ensino Fundamental Regular - Resolução 4144/99 - DOE 06/12/99

3

Ensino Médio Regular - Resolução 1907/03 - DOE 24/07/03

1.7 Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar

Ato Administrativo nº 44/95 – 20/11/95 – NREAM – NORTE

Renovação: Ato Administrativo nº 159/09 – Parecer nº 115/09 - 30/04/09

1.8 Entidade Mantenedora

SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Governo do Estado

do Paraná

1.9 Localização

Urbana

1.10 Histórico da Instituição

O Colégio Estadual João Gueno situa-se à rua Dalmira de Souza

Lunardon, nº 95, Vila São Dimas, Município de Colombo-Paraná. É um

colégio público, que busca cada vez mais melhor atender à comunidade

num resgate à cidadania, como marco referencial além do conhecimento

sistematizado.

Em 21 de dezembro no de 1992, sob a Resolução 5031, com

publicação no Diário Oficial em 06-01-1993 foi autorizada a funcionar a

Escola Estadual São Dimas, então denominação do bairro, ofertando

Ensino Fundamental ( 5ª a 8ª séries). A partir de setembro de 1993,

passou, a ser denominada de “Escola Estadual João Gueno – Ensino de 1º

Grau”, recebendo o nome deste ilustre cidadão, que ao ser vereador

trabalhou com seriedade para o progresso do município de Colombo.

Em 1999, por meio da Resolução nº 213/99, é autorizado o

funcionamento da EJA – Educação de Jovens e Adultos, passando a ser

denominado “Colégio Estadual João Gueno” Ensino Fundamental e Médio.

No ano 2000 sob o Parecer 37/2000-CEE, foram implantadas

as turmas do Ensino Médio Regular. Em 2006 foi ofertada a sala de apoio

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para as turmas de 5ª séries com disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática com funcionamento no contra turno.

Atualmente o colégio atende sua clientela em três turnos:

manhã, tarde e noite, sendo que as matrículas chegam a 570 alunos.

Possui os seguintes níveis de educação: Ensino Fundamental Regular ( 5ª a

8ª série), Ensino Médio, Regular e Educação de Jovens e Adultos - EJA,

ofertando o Ensino fundamental Fase II e Ensino Médio. Sendo que no

período da noite atendemos exclusivamente a EJA, dentro de um sistema

de aulas individuais e coletivas por eliminação de disciplinas.

Filosofia da Escola

O Colégio Estadual João Gueno, fundamenta seus princípios

por meio de embasamento teórico na Filosofia de Marx (1818-1883) do

Materialismo Histórico-Dialético, a qual diz respeito a liberdade humana

que incorpora o pensamento, a ação e a produção.

Norteando nosso trabalho pedagógico dentro desta concepção

da lógica dialética, avançamos da parte empírica para ao concreto

(compreensão elaborada). De acordo com o texto “Pedagogia Histórico

Critica: Da Teoria À Pratica No Contexto Escolar, o Movimento Dialético se

processa da seguinte forma:Empírico Abstração Concreto Pensado (real

aparente) (reflexões) (real pensado) Prática Teoria Prática. A escola, como

instituição educacional, tem hoje responsabilidades diante de uma nova

sociedade que está se moldando com seus novos desafios.

Esses desafios são complexos e exigem mais da instituição

escolar, do trabalho de seus educadores, que dispõem como ferramenta

de trabalho o conhecimento, produzido socialmente pela humanidade ao

longo da história, produção coletiva e solidária.

“ (...) Agindo sobre a realidade os homens a modificam, mas numa

relação dialética, esta prática produz efeitos sobre os homens, mudando

tanto seu pensamento como sua prática “ (Corazza, 1991 p. 84 ).

Todavia, não apenas a realidade material e a ação do homem

sobre ela dão origem ao conhecimento humano. As organizações

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socioculturais , também são expressões que cumprem a função no

processo do ensino aprendizado. Enfim, é a existência social dos homens

que gera o conhecimento.

Enfim, “entende-se” o conhecimento como o movimento que

parte da síncrise (sensorial concreto, o empírico, o concreto percebido),

passando pela análise (abstração, separação dos elementos particulares

de um todo, identificação dos elementos essenciais, das causas e

contradições fundamentais) e chegando à síntese ( o concreto mais

elaborado, uma prática transformadora)“ (Corazza, 1991 p. 85 ).

A partir dessa epistemologia, é possível delinear também uma

concepção metodológica dialética do processo educativo. Assim, deve-se

educar da mesma forma como se concebe a aquisição do conhecimento

pelo sujeito(o aluno).

Saviani, ao correlacionar a teoria dialética do conhecimento

com a correspondente metodologia do ensino aprendizagem, diz que “ o

movimento que vai da síncrise ( a visão caótica do mundo ) à síntese

( uma rica totalidade de determinações e de relações numerosas ), pela

mediação da análise ( as abstrações e determinações mais simples )

constitui uma orientação segura tanto para o processo de descoberta de

novos conhecimentos ( o método científico) como para o processo de

transmissão-assimilação de conhecimento.

A proposta pedagógica, portanto, derivada dessa teoria

dialética do conhecimento e tem como primeiro passo ver a prática social

dos sujeitos da educação, que não se reduz apenas ao que fazem, e

pensam em seu cotidiano.

Essa prática é também uma expressão da prática social geral,

da qual o grupo faz parte. E se a totalidade social é histórica e

contraditória, tanto em seus componentes objetivos quanto subjetivos, o

mesmo se dá com os fatos, ações e situações específicas da realidade

imediata dos alunos na educação escolar.

A teorização possibilita, então, passar do senso comum

particular, como única explicação da realidade, para os conceitos

6

científicos e juízos universais que permitem a compreensão dessa

realidade em todas as suas dimensões. Lembrando ainda, que essa

metodologia de ensino-aprendizagem apresenta características

desafiadoras como: nova maneira de planejar as atividades;novo processo

de estudo por parte dos professores, pois todo o conteúdo a ser

trabalhado deve ser visto de uma perspectiva totalmente diferente da

tradicional e o novo método de trabalho que tem como base o processo

dialético: prática – teoria – prática. E, que os conteúdos das disciplinas

escolares devem ser trabalhados de forma contextualizada em todas as

áreas do conhecimento humano; pois reúnem dimensões conceituais,

científicas, históricas, econômicas, ideológicas, políticas, culturais,

educacionais que devem ser explicitadas e aprendidas no processo ensino-

aprendizagem, não como forma de pensamento unidimensional, mas

como uma apreensão crítica das diversas dimensões da mesma realidade.

A avaliação que traduz o crescimento do aluno, que expressa

como se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas,

como reconstituiu seu processo de concepção de realidade social , como,

enfim, passou da síncrise à síntese, não pode ser vista apenas como uma

demonstração de que se aprendeu um novo tema para a realização de

uma prova , um teste, mas como a expressão prática de que se apropriou

de um conhecimento, que se tornou um novo instrumento de

compreensão da realidade e de transformação social.

A avaliação deve ser realizada sempre levando em conta os

diversos instrumentos ( verificações orais, debates, seminário, resumos,

resenhas, produção de textos, redações, dramatizações, realização de

experiências, confecção de cartazes, maquetes, objetos específicos

conforme o conteúdo trabalhado, gincanas e avaliações escritas) e os

critérios, previamente estabelecidos e de conhecimento de todos os

alunos, que explicitam a essência dos conteúdos trabalhados. Lembrando

ainda a relação que há entre os conteúdos, os objetivos e os critérios de

avaliação, que contribuam para uma prática mais significativa e

possibilitem a revisão dos objetivos que não forem alcançados e que sirva

7

de orientação na reorganização do plano de trabalho docente.

A Proposta Pedagógica em sua organização curricular segue

as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais quanto à composição do

Núcleo Comum e da Parte Diversificada, a organização do tempo escolar

em série, a explicitação dos conteúdos, da metodologia específica e das

práticas de avaliação por área do conhecimento, em termos da

especificidade de cada nível e modalidade de ensino.

Os princípios norteadores da Proposta Pedagógica seguem as

Diretrizes Curriculares Nacionais:

• os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da

solidariedade e do respeito ao bem comum;

• os princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do

exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

• os princípios estéticos da sensibilidade da criatividade, e da

diversidade de manifestações artísticas e culturais.

1.11 Caracterização da Comunidade

Caracterização Sócio-Econômica e Cultural da Clientela Escolar

Segundo os dados coletados nas fichas de informações gerais

do aluno, podemos constatar que a maioria pertence a um nível sócio-

econômico médio-baixo, predominando a renda familiar referente a dois

ou três salários mínimos. Os pais, em sua maioria são naturais do próprio

município, trabalham em atividades diversas como: operários, mecânicos,

motoristas, pequenos comerciantes e lavradores. Referindo-se ao grau de

instrução dos pais, prevalece a maioria com 1º grau incompleto e uma

pequena porcentagem com 2º grau.

As mães na grande maioria, tem suas atividades voltadas para

tarefas do lar, aparecendo também outras profissionais como: domésticas,

costureiras, professoras e operárias, com grau de instrução equivalente ao

1º grau incompleto e uma pequena porcentagem com o 2º grau.

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A maior parte dos alunos mora com os pais (casados,

separados ou divorciados) em casa própria ou alugada.

Verificamos que a religião predominante é a católica, seguindo-

se as evangélicas, protestantes e adventistas.

O Colégio João Gueno encontra-se afastado do centro de

Colombo e a 17km de Curitiba. Nosso colégio atende não só alunos das

proximidades, como também de bairros próximos e distantes. Os alunos

utilizam ônibus (escolar) e bicicleta para vir ao colégio.

Todos os bairros onde residem, são servidos por: linha de

ônibus, luz elétrica, água tratada e iluminação pública. Alguns bairros

contam com ruas pavimentadas mas a maioria das ruas ainda não estão

com pavimentação asfáltica acarretando muita poeira no tempo seco

ocasionando problemas respiratórios.

Podemos observar que a vegetação existente esta sendo

retirada para construção de algumas industrias e vários conjuntos

habitacionais.

O bairro São Dimas onde o colégio está situado apresenta

número insignificante de áreas de lazer. Não existe praça, cancha de

esporte e parque. As opções de lazer destinadas aos alunos que

frequentam a escola são: assistir tv, ouvir música e participar de eventos

programados pela escola.

Os objetivos fundamentais da escola são de construir uma

sociedade justa e solidária para que estes possam garantir o

desenvolvimento social e cultural dos educandos. Há que se considerar

que a sociedade brasileira atual, fundamenta-se num modo de produção

embasado numa economia globalizada. Isto requer domínio de

conhecimento teórico e prático para o desenvolvimento cultural e mesmo

econômico de todas as camadas sociais.

Embasados nestes princípios e considerando especialmente os

objetivos da escola pública, onde o seu papel primordial é a construção da

democracia social, da política e da cidadania, importa definir e planejar

9

ações que conduzam o trabalho educativo para atender as transformações

exigidas pela modernidade. Também valorizar a participação de seus

segmentos constitutivos, entendendo que o funcionamento da escola

exige uma relação ao mesmo tempo objetiva, pela via da definição de

ações, como uma relação subjetiva, pela qual os sujeitos, movidos por

suas próprias percepções, conferem ao processo de tomada de decisões

as suas impressões.

Na possibilidade de organizar o trabalho educativo,

nortearemos nosso Plano de Ação, conduzindo nossos alunos a busca: pela

justiça, pela igualdade, aos princípios éticos da autonomia, da

responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.

Diagnostico da nossa realidade escolar

Estamos em constante dialogo com a comunidade escolar.

Por este motivo não possuímos maiores problemas referentes a

indisciplina dentro do espaço escolar. Nossos alunos são recebidos todos

os dias no portão do colégio pela diretora e a pedagoga. Desta forma,

procuramos estar sempre presentes afetivamente para que os alunos

sintam-se parte importante do colégio.

Em nossa comunidade há carência cultural, afetiva e

econômica. Por este motivo procuramos proporcionar aos alunos um

ambiente de estudo e convívio harmonioso, onde todos são tratados com

respeito, dignidade e muito afeto.

As dificuldades com relação à indisciplina dentro da sala de

aula são resolvidas com dialogo entre a equipe pedagógica , professores e

alunos. Os pais e responsáveis são comunicados durante o ano letivo a

respeito do desempenho educacional de seus filhos.

No que diz respeito a participação dos pais sentimos que

muitos ainda possuem a visão de que a escola tem por obrigação dar

10

educação e formar os seus filhos. Por este motivo ainda poucos

comparecem a escola quando solicitados ou não. Mas, mesmo que de

modo tímido, já estamos vendo germinar no espaço escolar uma mudança

com relação a esta visão.

Quanto a estrutura física existente na Escola , podemos

constatar que estamos com dificuldade de atender as demandas da

comunidade. Percebemos a ocorrência da crescente demanda nas

matrículas, que levam a lotação das turmas na Escola. Esta lotação se

relaciona diretamente ao grande crescimento populacional do município

de Colombo.

Ainda no que diz respeito ao espaço físico, destacamos que as

atividades de educação física e do Projeto Mais Educação estão sendo

realizadas em espaços improvisados e adaptados a realidade da Escola

Pública.

Apesar das dificuldades com relação ao espaço físico, podemos

constatar que existe respeito pelo colégio e ao patrimônio público. Após a

revitalização do muro, que contou com a criatividade de um ex alunos do

ensino médio, pudemos constatar que a pichação acabou.

Dentro deste espirito de solidariedade e colaboração e que os

alunos são estimulados a cuidarem do colégio e participarem ativamente

das atividades em sala de aula e nas extraclasse .

2) ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

2.1 Modalidade de Ensino

Ensino Fundamental – 6º a 9º ano – 5ª a 8ª Série - Séries Finais

Ensino Médio

Educação de Jovens e Adultos - Ensino Fundamental Fase II – Ensino Médio

2.2 Organização do trabalho escolar

O regime de oferta da educação básica é de forma presencial

11

com a seguinte organização:

I. Por série, nos anos finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série);

II. Por série no Ensino Médio;

A educação básica neste estabelecimento, na modalidade

Educação de Jovens e Adultos será ofertada presencial e por organização

coletivo e individual, por disciplinas, no Ensino Fundamental Fase II e

Ensino Médio.

2.3 Organização Funcional

O Colégio Estadual João Gueno, até o presente momento,

conta com as seguintes dependências:

➢ sala de direção, usada também pela equipe pedagógica;

➢ sala da secretaria;

➢ laboratório de Ciências;

➢ dois banheiros para alunos;

➢ um banheiro para professores e funcionários;

➢ cozinha com depósito para armazenar alimentos e utensílios;

➢ sala dos educadores;

➢ sala de laboratório de informática;

➢ biblioteca, com espaço reservado para pesquisas escolares;

➢ seis salas de aulas;

➢ sala para armazenar material de serviços gerais;

➢ patio coberto que serve como refeitório para os alunos.

Capacidade

Número de Salas 07

Número de Turmas - Regular 12

Número de Alunos - Regular 434

Número de alunos - EJA 121

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Quadro funcional

Gestão Escolar – 2009/2011

Função Formação

Melissa Andrea de Oliveira Portugal

Diretora Matemática

Francis Eder Ribeiro da Silva Diretor Auxiliar Matemática

Equipe Pedagógica

Função Formação

Tatiana Ferrarini da Silva Pedagoga Pedagogia

Maria Ernestina Martins Figueiredo

Pedagoga Pedagogia

Andréia Barbosa dos Santos Barros

Pedagoga Pedagogia

Quadro do Pessoal Docente

Disciplinas Formação

André dos Santos Cirqueira Geografia Geografia

Alexandre dos Santos Cirqueira Matemática Matemática

Erica Rodrigues Português Letras

Carlos Lucion Filosofia / História Filosofia

Luziane Freitas S. Alexandre Ciências Ciências Biológicas

Leandro Alex dos Santos Geografica Geografia -cursando

Maria de Lourdes G. Dos Santos Quim/Matemática Química

Edmar Carlos Morador Matemática Ciências c/ Hab. Mat.

Rafael Pires de Mello História/Ens. Relig.

História-cursando

Francis Eder Ribeiro da Silva Matemática Matemática

Gabriela de Menezes Cortellete Ciências / Biologia Ciências Biológicas

Osni Gustavo de Assis Fagundes História História

Gregory Benetti Rosa Educação Física Educação Física

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Inêz Xavier Pinto da Silva Licença História

Jaqueline Elize Pereira Port. / Inglês Letras

Josiane Lorena Peters História História-cursando

Jurema Maciel G. Torques Matem. / Física Matemática

Luiz Neto dos Santos Português Letras

Miriane de Miranda Inglês Letras

Rafael Ribeiro da Silva Inglês Letras

Regina Célia Pinheiro Educação Física Educação Física

Roberto Carlos Pinto Geografia/Sociol. Geografia

Rodrigo de Oliveira Godoy Artes Licenc. em Música

Rosalino Luiz Borbignon Química Biologia

Sérgio Henrique Freitas Física Física

Vânia Machado Artes Artes Visuais

Organização Administrativa/Serviços Gerais

função formação

Maria Marli de Oliveira Coradin

Agente educacional II Administração-curs.

Marcia Silvana Cavalli Agente educacional II Administração-curs.

Vilma Arndt Agente educacional II Pedagogia-cursando

Adeci da Silva Agente educacional I Fundamental Incom.

Maria Leoni Luiz Merendeira Médio

Marilena da Luz C. Gaspar Agente educacional I Médio-cursando

Odilacir Terezinha C. M. Mota Agente educacional I Fundamental

Roseane F. da Silva Santos Agente educacional I Médio

Sirlene Guibor de Assis Agente de Apoio Fundamental Incom.

Dienen Cristina dos Santos Agente Educacional I Médio-cursando

2.4 Ambiente Pedagógico

Laboratório de Ciências

Laboratório de Informática

Refeitório

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Biblioteca, com espaço reservado para pesquisas

escolares

2.5 Formação continuada dos profissionais

O programa de formação dos funcionários e professores é

realizado pela Secretaria da Educação, NREAM-Norte e estabelecimento do

ensino por meio de encontros pedagógicos, grupos de estudos, palestras,

oficinas e alguns seminários.

Compreendendo que a investigação sobre a prática educativa

é condição para que o educador desempenhe as funções políticas,

estéticas, éticas, enfim, pedagógicas e educativas, faz-se necessário

estudar os mecanismos de construção do saber, próprios a área de

conhecimento, partindo dos diferentes métodos de estudo, pesquisa e

investigação disponíveis.

O professor, deste modo, insere-se num contexto de formação

continuada para eterno aprimoramento do processo ensino-

aprendizagem: planejamento, execução e avaliação. Assim cabe ao

professor empenhar-se em construir e ultrapassar pontes seguras entre

sua prática educativa e o conhecimento historicamente construído pela

humanidade. Desta forma, torna-se necessário levar o professor a uma

condição de pesquisador da educação, o que significa, simultaneamente,

efetivar um processo contínuo e crescente de ensino qualitativo, ao passo

da procura pela autonomia intelectual.

2.6 Hora Atividade

Na Instrução nº 02/2004, da Superintendência de educação, da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, a hora atividade docente,

deve ser compreendida como um momento de “estudo, reflexão e

planejamento”, sendo reservado ao estabelecimento de ensino a

15

organização deste processo que deve se efetivar no contexto da

instituição. Desta forma, propõe-se a organização de planos de estudo,

individuais e coletivos, discutidos e elaborados pela coletividade de

educadores do estabelecimento.

Tendo como objetivo central: promover um momento de

estudo e aprofundamento, levando a atualização das questões e

problematização das diferentes dimensões ligadas à realidade da escola,

procurando possíveis soluções para as diferentes dificuldades encontradas

na práxis educativa cotidiana.

Estes planos deverão ser articuladores da prática educativa

cotidiana dos professores com a teoria pedagógica e educativa,

historicamente construída, consistindo numa ação planejada e dirigida ao

crescimento profissional, educativo e corporativo, tendo como meta o

constante aperfeiçoamento da qualidade de ensino ministrado no Colégio.

Durante a hora-atividade o professor deve se organizar para :

● Planejar as aulas;

● Organizar o material das aulas;

● Organizar e preencher os registros de classe e demais documentos

solicitados;

● Estudar e se capacitar a respeito das novas teorias e metodologias

de ensino;

● Atualizar-se nos conteúdos de sua área, por meio de leituras e

estudos.

Todo o processo acontecerá com acompanhamento de equipe

pedagógica que dará subsídios com informações e textos relativos a

necessidade do professor.

Na hora-atividade, também o professor poderá discutir com a equipe

pedagógica sobre turmas e alunos na questão voltada para

aprendizagem, interesse, assiduidade e disciplina, buscando juntos

encontrar soluções para melhorar o processo ensino e

aprendizagem. Ainda, eventualmente, agenda-se conversar com

pais de alunos.

16

2.7 Inclusão de alunos com necessidades especiais

Temos o discernimento da importância de discutirmos a

respeito da questão da Inclusão dos alunos com necessidades especiais. A

questão da inclusão reforçou a necessidade de pensarmos a respeito do

papel da escola e dos professores sobre suas práticas .

A lei n. 7.853/ 89, que saiu um ano depois da Constituição

Federal, prevê que é crime a recusa, por parte da escola, de matricular

uma criança com deficiência ou cancelar presença de criança já

matriculada. Sendo assim se faz necessário caminharmos para construção

de um novo pensamento que aceite e respeite as diferenças.

As leis de inclusão, o estatuto da criança e do adolescente e

diretrizes educacionais indicam o caminho de como devemos agir.

Estamos lutando para implementar estas reformas, com algumas dúvidas

e dificuldades mas certos de que a lei existe para que seja cumprida.

Sendo assim é fundamental que todos cumpram com o seu papel de

direitos e de deveres.

No que diz respeito a acessibilidade o Colégio ainda não possui

estrutura física para atender portadores de algumas necessidades

especiais, pois possui muitas escadas e não existe rampas para cadeiras

de rodas, mas a comunidade é assistida em suas dificuldades e existe

grande preocupação da direção em adaptar o espaço para melhor

atender alguns casos específicos como por exemplo os cadeirantes.

Nossa equipe de professores não dispõe de cursos para

trabalhar com portadores de necessidades especiais, mas existe por parte

de todos grande vontade de participar de encontros e cursos sobre este

tema.

17

MARCO CONCEITUAL

“ O homem pode refletir sobre si mesmo e coloca-se num

determinado momento, numa certa realidade: é um ser na busca

constante de ser mais e, como pode fazer esta auto-reflexão, pode

descobrir-se como um ser inacabado, que está em constante busca. Eis

aqui a raiz da educação.” (FREIRE, 1983, P27).

Como diz Carlos Rodrigues Brandão: Ninguém escapa da

educação”. Em casa, na rua, na fabrica, no grupo, no campo, na cidade e

principalmente na escola, a educação persegue.

Todos somos envolvidos por ela ou nos envolvemos com ela.

Para saber, para aprender, e ensinar, para fazer, ter ou ser, conviver.

Todos misturamos a vida com educação ou transformamos a vida em

educação, pois a educação é fator inerente ao homem, sem a qual a

sociedade não existiria.

A educação pode ser um existir livre e, como tal uma

oportunidade de crescimento e de desenvolvimento global e permanente

de todos. Como também uma imposição do sistema que usa o saber e

controla o saber segundo seus interesses, reforçando e reproduzindo a

desigualdade, a divisão, a injustiça.

Depende de ser uma educação livre ou opressora, ela sempre

é um prolongamento do sistema social e politico. Negar o direito de

educação livre, consciente e participativa a um cidadão é negar-lhe o

direito de viver, é negar-lhe o direito de ser, fechar-lhe a porta para vida e

o futuro. Negar o direito de educação para a vida a uma pessoa é negar-

lhe o direito de participação, é negar-lhe a racionalidade e a

espiritualidade, é reduzir-la à humilde condição de objeto, instrumento,

máquina de produção.

Neste sentido a educação escolar segue a pedagogia

Histórico-Crítica que visa estimular a atividade e iniciativa do professor

18

favorecendo desta forma o dialogo dos alunos entre si e com o professor,

valorizando o dialogo com a cultura acumulada historicamente.

É na realidade da escola que devemos colocar em pratica

essa nova proposta pedagógica e fazer com que ela tenha raízes. Cabe

aos educadores gerir esta pedagogia para que possamos alcançar a

qualidade de ensino-aprendizagem desejada. “A nova qualidade não é a

volta ao passado das antigas escolas. A nova qualidade tem que ser

construída.” (GADOTTI, 1994 P.81). Esta “qualidade educativa” relaciona-

se diretamente com a questão da informação e não do letramento.(DEMO,

1993).

Neste sentido, a escola é o local de ensino e de

aprendizagem, fatores que mesmo sendo pensados em separado,

compreendem um mesmo processo inseparável: a construção do saber.

Concebemos a aprendizagem como um ato que modifica de forma

perdurável as possibilidades do ser humano, sendo um processo global,

cumulativo e de mudanças de comportamento.

O processo de aprendizagem será adquirido aos poucos pelo

indivíduo, no momento próprio, respeitando as fases de seu

desenvolvimento, e tendo como característica principal para que este

processo ocorra, a maturação fisiológica e neurológica do indivíduo.

É por meio da aprendizagem que o indivíduo adquire

conhecimentos, significados, medos, atitudes, crenças, ideais,

características de personalidade, teorias de preconceitos, valores e o

conhecimento de si mesmo. O indivíduo aprende habilidades manuais,

habilidades verbais e habilidades gráficas.

Para Durkhein, a aprendizagem é a ação de aprender,e por

meio da aprendizagem chega-se à Educação. Cabe destacar que a

Psicologia que embasa a Pedagogia Histórico-Crítica e que acompanha o

desenvolvimento de nossas ações pedagógicas é a Teoria Histórico-

Cultural de Vigotski na qual o homem é compreendido como um ser

histórico, construído por meio de suas relações com o mundo social e

natural.

19

A didática da Pedagogia Histórico-Crítica: teoria dialética do

conhecimento, norteia a construção do conhecimento e o planejamento

do ensino-aprendizagem bem como a ação docente-discente.

O conhecimento, como fato histórico e social supõe sempre

continuidades, rupturas,reelaborações,reincorporações,permanências e

avanços (GASPARIN,2005) .

De acordo com a citação acima a escola possui como

objetivos: que os alunos sejam capazes de compreender a cidadania como

participação social e politica, assim como exercício de direitos e deveres

políticos, civis e sociais; adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedades,

cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si

mesmo respeito. Também se espera que os alunos posicionem-se de

maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais,

utilizando os diálogos como forma de mediar conflitos e de tomar decisões

coletivas.

A aquisição de conhecimentos sobre as características

fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais é um

meio para se construir progressivamente a nação de identidade nacional e

pessoal do aluno e o sentimento de pertinência ao país. O aluno deve

conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,

bem como os aspectos socioculturais de outros povos e nações,

posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças

culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras

características individuais e sociais; bem como se perceber integrante,

dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus

elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a

melhoria do meio ambiente.

Outro objetivo importante é o desenvolvimento do

conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança de suas

capacidades afetivas, físicas, cognitivas, éticas, estéticas, de inter-relação

pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de

conhecimentos e no exercício da cidadania: assim como conhecer o

20

próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis

como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com

responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva.

Além disso, há necessidade de se utilizar diferentes

linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal, como

meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e

usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados,

atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; sabendo

utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos.

Para finalizar, formulando-se problemas e tratando de resolvê-

los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando

sua adequação, são requisitos importantes na aquisição da cultura

brasileira e que a escola lhe proporcionará durante o período de

escolarização.

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e

orienta a intervenção pedagógica. É um dos componentes do ensino, pelo

qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade

de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos.

A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na

proposta pedagógica. O aproveitamento de cada período deverão ser

avaliados com base nos seguintes critérios:

• Enfatização dos conceitos essenciais, para que o aluno, ao ser

avaliado, perceba que a partir desses poderá ter assimilação dos

conteúdos e após esta fixação poderá ampliar seus conhecimentos.

• Utilização de técnicas individuais e de grupos para que aja uma

maior compreensão dos conteúdos trabalhados.

• Analise através de exercícios práticos e teóricos para que o aluno

consiga construir ideias significativas, que poderá ser utilizada no

auxilio de sua aprendizagem.

• Trabalhar a discussão de problemas elaborando sínteses que

21

auxiliem na capacidade argumentativa, no que tange as ciências ou

qualquer outro campo do conhecimento, todavia podem cumprir

com todos os objetivos escolares, alcançando exito e promoção.

• Avaliação será sobre os conteúdos abordados, de forma mais

frequente, pois assim não sobrecarrega o educando de informação,

promovendo melhor assimilação dos conteúdos apresentados.

• Recuperação será individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para

melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

A recuperação será individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para

melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Concepções de sociedade, homem, educação,escola, ensino-

aprendizagem, avaliação e mundo.

De Sociedade: Somos uma sociedade capitalista, competitiva

nas ações e resultados, por isso precisamos construir uma sociedade

crítica, reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações

entre as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em

que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo hoje, o

isolamento, não é possível mesmo diante de tantas tecnologias.

Precisamos nos descobrir mas como pessoas que, deliberadamente decide

a favor de uma relação de interdependência com os outros: sabedor de

que a sua natureza já é a de fazê-lo entrar em relação com seus

semelhantes.

De Homem: O homem, na atualidade, é um ser competitivo e

individualista, resultado das relações impostas pelo modelo de sociedade

em vigor. No entanto, a luta deve ser por um homem social, voltado não

somente para o seu próprio bem mas, acima de tudo, para o bem estar do

22

grupo do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela

apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio

do movimento dialético “do social para o individual para o social”. A partir

desta arte torna-se sujeito participativo da história.

De Educação: A educação, por origem, essência e finalidade é

uma ação comunitária. É o diálogo, encontro e comunicação de um sujeito

com o outro, onde educador e educando se educam. Assim sendo, é a

escola que institucionaliza este caráter social e político da natureza

humana. Não é a escola que reúne alunos e professores, mas a

necessidade de educação que dá origem à escola. Somente a dimensão

comunitária é capaz de resgatar a relação comunidade/escola e

transformar o ensino em educação.

Baseado nestes princípios o colégio busca trabalhar dentro da

concepção progressista da Pedagogia Histórico Crítica. Esta Pedagogia

busca resgatar o valor da escola e a reorganização do processo educativo

levando em conta o saber sistematizado, a partir do qual se define a

especificidade do saber escolar.

De acordo com o texto “ Pedagogia Histórico Crítica: Da

Teoria à Pratica No Contesto Escolar”escrito por João Luiz Gasparin e

Maria Cristina Petenucci,

O ato de educar busca criar e recriar novos conhecimentos

pois tudo esta suscetível de transformação. Desta forma os alunos

poderão fazer a leitura da realidade concreta de forma crítica.

A participação de todos possibilita uma educação para a

liberdade e para a responsabilidade.

De Mundo: O Mundo é o local onde ocorre as interações

homem-homem e homem-meio social caracterizadas pelas diversas

culturas e pelo conhecimento. Devido à rapidez do processo de

assimilação das informações e pela globalização torna-se necessário

proporcionar ao homem o alcance dos objetivos materiais, políticos,

23

culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças, diferenças,

distinções e divisões na tentativa de se formar o ser humano que se

imagina. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a

efetiva mudança social.

Gestão Democrática

A gestão democrática da educação formal está associada ao

estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de

ações que desencadeiem a participação social: na formação de políticas

educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do

uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das

deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política

educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que

garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a

universalização do ensino para toda a população, bem como o debate

sobre a qualidade social dessa educação.

Um dos conceitos mais importantes dentro da gestão

democrática é o da participação, pois também pode ter muitos

significados, além de poder ser exercida em diferentes níveis:

Conselho de Classe

O conselho de Classe é um espaço propiciador e fortalecedor

do trabalho coletivo, em que todos os envolvidos (professores, equipe

pedagógica e direção) assumem o papel de reorganizar o trabalho

pedagógico a partir dos resultados obtidos nas reuniões do pré-conselho e

do conselho de Classe.

O conselho de classe participativo é percebido como

oportunidade de reflexão coletiva que auxilia na construção de práticas

avaliativas mais democráticas ele reflete o momento de transição pelo

qual a avaliação passa, oscilando entre a prática classificatória e a prática

formativa.

24

É um orgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didáticos-pedagógicos, fundamentado no Regimento Escolar,

com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando

alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e

aprendizagem.

Marco Operacional

Depois dos estudos realizados percebe-se a importância de se

investir em uma escola que atenda as aspirações e necessidades dos

alunos e da comunidade.

Para que isso se torne realidade é preciso que haja uma comunicação

constante e qualificada da instituição de ensino com a comunidade para

que o currículo seja construído coletivamente, baseado nos anseios e

receios da comunidade escolar.

Dentro da relação escola-comunidade procuramos estabelecer

vinculo de cooperação realizando encontros bimestrais com os pais.

Também promovendo eventos como gincanas, oficinas e encontros com

atividades pedagógicas (teatro, cinema e feira cultural). Todas as

atividades serão acompanhadas e avaliadas pela equipe pedagógica,

direção e professores.

Em uma proposta político-pedagógica progressista o olhar do

educador volta-se para toda a comunidade escolar, e principalmente, para

as classes populares efetivando a construção do conhecimento

sistematizado de forma criativa, espontânea, prazerosa, comprometida e

contextualizada para que o aluno seja co-responsável no processo ensino-

aprendizagem.

Para que tenhamos a efetivação do conhecimento é preciso ter

uma visão clara e um estudo permanente da Proposta curricular e um

Plano de trabalho docente que esteja em sintonia com as leis de diretrizes

25

de base. O corpo docente necessita trabalhar em sintonia com todas as

disciplinas e equipe pedagógica. Por esse motivo se faz necessário a

organização da hora – atividade em dias pré – estabelecidos para cada

área, pois permitirá aos professores a oportunidade de discutir e planejar

suas atividades e a troca de experiências entre as áreas.

Outra questão levantada e que merece destaque diz respeito a

evasão escolar. Após estudos realizados nos propomos a realizar algumas

ações:

. Buscar parcerias com a Ação Social do município e Conselho Tutelar;

• Encaminhar esses alunos aos projetos sociais do município;

• Pré-conselho com alunos e professores regentes;

• Momento interativo com os pais, buscando integrar escola e família;

• Ficha de acompanhamento das atividades realizadas em sala de

aula.

Neste sentido formulamos nosso plano de ação, com base em

nossa realidade, de acordo com nossos estudos, recursos financeiros,

materiais pedagógicos e tecnológicos que dispomos. Portanto, o trabalho

pedagógico implica em realizar atividades de aprendizagem que

favoreçam a vivência de situações reais ou simulem problemas e

contextos da vida real. Isto será realizado por meio de um trabalho mútuo

de cooperação entre todas as instâncias colegiadas.

Desafios Educacionais Contemporâneos

Depois de algumas leituras referentes ao tema Evasão

Escolar, a direção e equipe pedagógica e os professores deste

estabelecimento de Ensino realizaram um breve levantamento das causas

mais frequentes que atinge os alunos com relação ao abandono escolar. O

tema é muito amplo e complexo mas chegamos a conclusão que são

26

várias e diversas as causas da evasão escolar ou infrequência do aluno.

No entanto, levando-se em consideração os fatores determinantes da

ocorrência do fenômeno, pode-se classificá-las, agrupando-as, da seguinte

maneira:

Escola : não atrativa, professores despreparados, ausência de

motivação, etc.

Aluno : desinteressado, indisciplinado, com problema de

saúde, gravidez, etc.

Pais/responsáveis : não cumprimento do pátrio poder,

desinteresse em relação ao destino dos filhos, etc.

Social : trabalho com incompatibilidade de horário para os

estudos, agressão entre os alunos, violência em relação a gangues, etc.

A evasão escolar se verifica em razão da somatória de vários

fatores e não necessariamente de um especificamente. Detectar o

problema e enfrentá-lo é a melhor maneira para proporcionar o retorno

efetivo do aluno à escola.

Precisamos ter claro que quando se trata especificamente do

direito à educação destinado às crianças e aos adolescentes, o Estatuto da

Criança e do Adolescente (art. 4º) o descreve como um dever da família,

comunidade, sociedade em geral e do Poder Público.

Em nosso Estabelecimento de Ensino buscamos trabalhar de

forma harmoniosa com alunos, professores e funcionários. Com base nos

estudos realizados e as experiencias vividas por cada professor traçamos

algumas linhas de ações a serem realizadas.

Dentre as ações desenvolvidas pelo Colégio Estadual João

Gueno com relação a evasão escolar, podemos destacar:

• Pré Conselho com todos os alunos e professores regentes;

• Conselho de Classe aberto a sugestões de alunos e professores ;

• Pós Conselho com os alunos e professores de forma com que todos

participem das decisões com relação ao bom andamento da Instituição;

27

• Momento interativo com pais e responsáveis buscando integrar escola

e família;

• Telefonema aos responsáveis em caso de indisciplina, falta de

frequência e descomprometimento com os estudos;

• Ficha de acompanhamento das atividades realizadas em sala de aula;

• Momentos interativos com os alunos e professores.

A direção e Equipe Pedagógica se preocupam muito com

questões referentes a disciplina e a pedagogia do afeto e também com os

desafios Educacionais Contemporâneos por este motivo procura sempre

estar em contato com o corpo discente e docente da escola buscando

trabalhar textos referentes ao tema, palestras sobre a auto estima e o

resgate da cidadania.

Educação Ambiental

O trabalho desenvolvido sobre a questão ambiental, visa

implementar a Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação

Ambiental em um processo de formação e de busca de informação

voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de

vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-

físico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores.

Os educadores precisam de subsídios para que, a partir de

uma compreensão crítica e histórica das questões relacionadas ao meio

ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico e orientados pelas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, construir a identidade da

Educação Ambiental na escola .

Educação Fiscal

Esse programa visa despertar a consciência dos estudantes

sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do

controle social do estado democrático. A dinâmica de arrecadação de

recursos pelo Estado e o papel dos cidadãos no acompanhamento da

arrecadação e de sua aplicação em benefícios da sociedade são questões

28

a serem tratadas e desenvolvidas. A abordagem pedagógica desses

assuntos a partir dos conteúdos historicamente acumulados, são a tônica

da Educação Fiscal nas escolas.

Enfrentamento a Violência

Ao trabalhar com este tema , buscar-se-á a ampliação da

compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim,

transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar da

força.

O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação

continuada dos profissionais da educação sobre as causas da violência e

suas manifestações, bem como a produção de material de apoio didático-

pedagógico.

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

O trabalho com esse desafio tem como intuito promover o

reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população

negra paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes

africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino da

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

É de total importância e relevância citar em nosso Projeto

Politico Pedagógico que nossa Instituição de Ensino incluirá como

conteúdo programático, em atendimento à Lei 11.645/08, os diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da

população brasileira, tais como o estudo da história da África e dos

africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura

negra e indígena brasileira o negro e o índio na formação da sociedade

nacional, resgatando as suas contribuições nas área social, econômica e

política, pertinentes à história.

Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e

dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, ou seja, em todas as disciplinas mas em especial nas

29

áreas de Arte, literatura e história brasileiras. Nossa proposta enquanto

formadores de uma nova sociedade e ter em mente que nosso objetivo

maior não é apenas e tão somente o cumprimento de mais uma lei e sim o

requerer de uma sociedade mais justa.

Prevenção ao uso indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho

desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado

em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por

meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados

a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio

educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em

nosso cotidiano.

Sexualidade

A Sexualidade, entendida como uma construção social,

histórica e cultural, precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado

para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo.

O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos

elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica

do Estado do Paraná, deve considerar os referenciais de gênero,

diversidade sexual, classe e raça/etnia.

3) PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E

RECLASSIFICAÇÃO.

A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o

desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem. Sendo

assim a avaliação será diversificada, atendendo as necessidades

pedagógicas dos alunos.

O professor usará de instrumentos diversificados,

contemplando as inteligências múltiplas ( teatro, música, seminários,

relatórios, produção de texto, produção artísticas, etc).

30

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo

refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

De acordo com o Regimento Escolar, Art. 107 do Parágrafo

Único, dar-se a relevância a atividade crítica, a capacidade de síntese e a

elaboração pessoal, sobre a memorização. Cabe relatar que a avaliação

ocorre de forma contínua, com registros bimestrais por meio de notas.

De acordo com o Regimento Escolar aprovado pelo Núcleo de

Educação, os resultados das atividades avaliativas serão analisadas

durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os

avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas

ações pedagógicas. A recuperação de estudos e conteúdos dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

Serão organizadas atividades significativas, por meio de procedimentos

didático-metodológicos diversificados.

No presente momento não dispomos de sala de apoio, pois

não temos espaço físico, mas os alunos recebem orientações individuais

( se necessário) durante a hora atividade dos professores. Os alunos

também dispõem de orientações no contra-turno com a equipe

pedagógica que está sempre presente para auxiliar os alunos em duas

dificuldades.

Os pais sempre são comunicados por telefone ou via agenda

sobre qualquer situação que necessite acompanhamento no contra-turno,

ou atividades extra-classe.

O rendimento escolar dos alunos será exposto no boletim e os

pais receberão no final de cada bimestre, após um breve momento de

reflexão em conjunto com professores, direção e equipe pedagógica, os

resultados obtidos no bimestre. Os professores estarão conversando e

expondo as dificuldades dos alunos, individualmente com os responsáveis.

Reclassificação: cabe registrar que de acordo coma instrução

31

nº 020/08 a reclassificação é o processo pedagógico pelo qual o

estabelecimento de ensino avalia o grau de experiencia do aluno

matriculado, preferencialmente no início do ano, velando em conta as

normas curriculares gerais, a fim de encaminha-lo a etapa de estudos

compatível com sua experiencia e desenvolvimento, independente do que

registre o seu Histórico Escolar. Citamos também que, todos os itens

detalhados a respeito da reclassificação estão anexados no Regimento

Escolar, o qual já foi aprovado pelo Núcleo de Educação.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em

Ata e integrará a pasta individual do aluno.

Estágio: de acordo com o Artigo 1º da Lei 11.788/08 o estagio

“é um ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa preparação para o trabalho produtivo”.

A expressão “Ato educativo” significa que as tarefas

desenvolvidas e o compromisso estabelecido entre estagiário e empresa,

por meio do contrato de estágio, deve se ater ao objetivo educativo.

É importante ressaltar que o verdadeiro e primeiro valor do estágio é o

aprendizado, o desenvolvimento do estudante e a sua formação educativa

e profissional. Esse princípio deve anteceder e estar acima das atividades

prestadas a parte concedente, pois sem o desenvolvimento acadêmico,

não há estágio. Sendo assim, não pode ser uma ferramenta fácil para a

exploração de mão de obra barata e redução de folha de pagamento.

Desta forma o estagio deve ter carácter de enriquecimento

da formação educativa e profissional – modalidade de estagio, vinculado

ao Projeto Politico Pedagógico, guardando uma relação com a formação

profissional ou com a realidade de vida ou de trabalho do estudante e

submetido as normas da Resolução nº 006/2009 – SUED/SEED, representa

para o discente uma modalidade não obrigatória, ou seja, de

característica voluntaria. Sendo assim o cumprimento da legislação no

desenvolvimento do estágio, segundo a Instrução N.o 006/2009 -

SUED/SEED é de responsabilidade compartilhada entre o Sistema Estadual

de Ensino, a parte concedente, o agente integrador - quando houver -, o

32

aluno, ou seu assistente ou representante legal e a instituição de ensino.

Precisamos sempre ter em mente que quando o estágio não proporciona

aprendizado, simplesmente, perde a razão de ser.

4) ORGANIZAÇÃO DO CONSELHO DE CLASSE

As reuniões do Conselho de Classe acontecem periodicamente

para o fechamento de cada bimestre do ano letivo, com dia e horário

previamente programados. No entanto, durante cada bimestre e

antecipando o momento dessas reuniões, a equipe pedagógica

juntamente com os professores fazem um diagnóstico do rendimento e do

aproveitamento individual e por turma e procura desenvolver ações que

sejam possíveis serem desenvolvidas de imediato. Para isto, será realizado

pré-conselho de classe com cada turma e os professores regentes, onde

serão levantadas varias questões elaboradas na ficha do pré-conselho,

como: disciplina da turma, rendimento escolar, avaliação dos conteúdos,

atividades proporcionadas durante o bimestre e outros assuntos. Após o

pré-conselho com os alunos, os professores farão um pré-conselho

individual. Após todos os dados coletados partiremos para o Conselho de

Classe.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar

as informações, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e

aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-

se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

Após isto, novos planos de ação são desenvolvidos para o

bimestre subsequente. Participam destas reuniões professores, equipe

pedagógica e de direção, sendo planejada participação de alunos

representantes de turmas para 2009.

5) PROJETOS DESENVOLVIDOS

Tendo em vista que o Colégio sempre procura inovar os modos

de ser da educação, tornando-a flexível, múltipla e crítica e que buscamos

33

além de todo trabalho pedagógico existente diversificar o trabalho

desenvolvendo projetos especiais que valorizem as iniciativas e

experiências tanto dos professores quanto dos alunos. Promovendo desta

maneira maior fortalecimento e vínculo dos professores no combate a

evasão escolar e a desmotivação por parte de alguns alunos.

No presente momento estamos desenvolvendo os seguintes Projetos:

PROJETO FOLCLORE

JUSTIFICATIVA

Como a festa de halloween não faz parte da nossa cultura, a

temática do folclore brasileiro foi sugerida para valorizar nossa cultura e

os conhecimentos passados de geração em geração.

OBJETIVOS

• Resgatar a cultura brasileira

• Valorizar o nosso folclore

• Observar a importância de ter uma identidade cultural

• Construir valores

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Cada turma irá realizar uma das atividades propostas em

conjunto com seu professor representante, que serão apresentadas para a

comunidade escolar. Dentre as atividades a serem realizadas estão

apresentações de músicas, parlendas, ditos populares e teatros, confecção

de brinquedos, brincadeiras e painéis referentes ao folclore brasileiro.

CONTEÚDOS

Sobre o folclore:

• Lendas

34

• Parlendas

• Músicas

• Brincadeiras

• Brinquedos

• Ditos populares

AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados de acordo com as pesquisas

realizadas sobre o folclore, a participação nas apresentações e a

organização no desenvolvimento das atividades.

PROJETO SEMANA DA CULTURA AFRO E INDÍGENA

JUSTIFICATIVA

A importância desse grupo para a construção da sociedade

brasileira foi relegada por muito tempo. Hoje temos a necessidade de

resgatar a importância histórica desse grupo na construção da cultura do

país, possibilitando a inclusão desse grupo social como parte

fundamental...

OBJETIVOS

• Resgatar a importância da cultura africana e indígena para a

construção da cultura brasileira

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os alunos orientados pelos professores,realizarão atividades

relacionadas ao tema. Cada turma será responsável em apresentar à

comunidade a conclusão das pesquisas realizada. Dentre as atividades

propostas destacamos: Contos africanos, vídeo expositivos sobre a história

de Zumbi dos Palmares, apresentação de capoeira,músicas e teatro. Cabe

destacar que a direção, equipe pedagógica e os professores serão

35

responsáveis pela elaboração de debates e a construção de painéis

explicativos.

CONTEÚDOS

• História do Zumbi dos palmares

• Contos africanos

• Músicas da cultura africana e indígena

• Personalidades afrodescendentes e indígenas

PROJETO “SOLETRANDO”

JUSTIFICATIVA;

Sabe-se da imensa dificuldade que os alunos têm em relação a

alguns aspectos ortográficos e do grande sucesso de programas da mídia

televisiva que transmitem competições nacionais de soletração de

vocábulos da língua portuguesa. Diante disso, este projeto visa aprimorar

os conhecimentos de grafia dos educandos, como também ampliar o

contato dos alunos com a leitura e pesquisa em dicionários.

OBJETIVOS:

• Despertar o desejo pelo conhecimento e leitura;

• Estimular o aprendizado de regras gramaticais;

• Incentivar a pesquisa contínua em dicionários;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Os professores de língua portuguesa organizarão uma lista de

acordo com o nível de dificuldade (básico, intermediário, avançado). Em

cada sala será realizado o “soletrando” para obter-se um semifinalista;

serão realizadas duas finais: uma com um representante de cada turma do

ensino fundamental e outra com um representante do ensino médio.

36

CONTEÚDOS:

• Vocábulos da língua portuguesa.

AVALIAÇÃO:

Os alunos serão avaliados de acordo com a participação,

comprometimento e curiosidade em pesquisar durante as fases do

projeto.

PROJETO “ LER É BOM, EXPERIMENTE”

JUSTIFICATIVA:

Diferentes instrumentos de avaliação nacional têm mostrado

um desenvolvimento de capacidades leitoras de nossos alunos

insatisfatório. O corpo discente desta escola também constatou a

dificuldade que os docentes têm em reconhecer a ideia principal do texto,

como também o desestímulo da leitura prazerosa. Deste modo, o projeto

justifica-se pela importância que a leitura tem em inserir o estudante nas

práticas sociais de linguagem e na vida profissional.

OBJETIVOS:

• Desenvolver o gosto pela leitura e literatura;

• Propiciar o aprimoramento nas competências de leitura;

• Socializar as impressões de leitura;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Por meio do calendário escolar, a equipe pedagógica e os

professores prepararão por semana uma aula especial dedicada a

literatura por prazer. Os alunos poderão trazer um livro ou aceitar a

sugestão de leitura trazida pelo professor. Após este momento de leitura,

os estudantes poderão falar sobre o que leram ou estão lendo.

37

AVALIAÇÃO

A avaliação será a longo prazo, por meio da observação do

desempenho dos alunos nas atividades escolares, da frequência na

biblioteca e pela troca de sugestão, ideias , críticas das obras lidas.

PROJETO “FÓRUM DE DEBATES”

JUSTIFICATIVA:

O presente projeto justifica-se pela necessidade de se

promover uma conscientização dos estudantes em relação a diversos

assuntos, como: bulliyng, sexualidade, drogas , violência e outros temas

sugeridos pelos alunos no decorrer do ano. Espera-se que um momento de

conversas e debates possa proporcionar uma mudança de atitude por

meio da interação com informações, análises, experiências de vida sobre

tais temas e assim, contribuir para que se tornem cidadãos mais

esclarecidos, tolerantes, respeitosos em relação às diferenças.

OBJETIVOS:

• Respeitar as diferenças culturais, físicas, religiosas, sociais e

linguísticas;

• Adquirir conhecimentos relacionados a sexualidade responsável;

• Debater questões polêmicas;

• Socializar pontos de vista;

• Aceitar contra-argumentação;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Com orientação da equipe pedagógica, os alunos

representantes de cada turma determinarão um tema a ser debatido no

fórum. Com o tema, os professores e equipe pedagógica planejarão

leituras, vídeos (longa-metragem, documentário) como base de

informações para os debates. O fórum acontecerá em sábados pré-

determinados.

38

AVALIAÇÃO:

A avaliação do presente projeto ocorrerá a longo prazo através

da verificação da ocorrência no ambiente escolar de bulliyng e violência,

prevenção de droga, gravidez precoce e superação de preconceitos.

Gincana do Estudante

JUSTIFICATIVA

O presente projeto visa estimular a interação, participação e o

dinamismo dos alunos no trabalho ou em competições em grupo ou

individual, proporcionando-os o despertar da cooperação e do espírito

competitivo para realizar as provas.

OBJETIVOS

– Promover a interação entre alunos e professores.

– Despertar o espírito esportivo.

– Resgatar o sentimento de confiança de suas capacidades

afetivas, físicas, cognitivas, éticas e estéticas de inter-relação

social e pessoal.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

-Preparação dos competidores com as fichas de inscrições,

selecionando-os para suas respectivas provas.

-Serão realizadas as provas promovendo diferentes amplitudes e

etapas, explorando o raciocínio lógico, o condicionamento físico,

criatividade e intuição.

AVALIAÇÕES

– Prova de conhecimento geraL.

39

– Atividades esportivas.

– Dinâmicas cooperativistas.

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

O programa Mais Educação (Portaria interministerial nr

17/2007) será desenvolvido no contra turno e visa implementar a

educação de tempo integral, articulando diferentes ações e projetos.

OBJETIVOS

• Desenvolver a socialização e a cooperação;

• Possibilitar a análise crítica em relação às formas de movimento;

• Desenvolver a oralidade, improvisação;

• Respeitar o próximo e desenvolver o autocontrole;

• Compreender os processos básicos da construção do pensamento

lógico-matemático;

• Resolução de problemas cotidianos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Será dividido em quatro(4) turmas, sendo A (corresponde às

turmas 5 A,B e 6 B), turma B (corresponde às turmas 6A e 7A,B) no

período matutino, C (corresponde à turma 8 A ) e turma D (corresponde à

turma 8 B) no período vespertino. Conforme cronograma:

Turma A Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

09:00 às 10:00

Taekwondo

09:00 às 10:00

Tênis de Mesa

09:00 às 10:00

Dança

09:00 às 10:00

Teatro

10:20 às 11:30 10:20 às 11:30 10:20 às 11:30 10:20 às 11:30

40

Dança Teatro Taekwondo Tênis de Mesa

Turma BTerça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

09:00 às 10:00

Dança

09:00 às 10:00

Teatro

09:00 às 10:00

Taekwondo

09:00 às 10:00

Tênis de Mesa

10:20 às 11:30

Taekwondo

10:20 às 11:30

Tênis de Mesa

10:20 às 11:30

Dança

10:20 às 11:30

Teatro* Das 10:00 às 10:20hs, será intervalo para o lanche.

Turma CTerça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

13:00 às 14:00

Tênis de Mesa

13:00 às 14:00

Investigação Científica

13:00 às 14:00

Dança

13:00 às 14:00

Teatro

14:00 às 15:00

Teatro

14:00 às 15:00

Dança

14:00 às 15:00

Tênis de Mesa

14:00 às 15:00

Investigação Científica

Turma DTerça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

13:00 às 14:00

Teatro

13:00 às 14:00

Dança

13:00 às 14:00

Tênis de Mesa

13:00 às 14:00

Investigação Científica

14:00 às 15:00

Tênis de Mesa

14:00 às 15:00

Investigação Científica

14:00 às 15:00

Dança

14:00 às 15:00

Teatro

As atividades extracurriculares serão realizadas

simultaneamente de acordo com a turma, o período e aos dias da semana.

Os alunos matriculados no programa deverão participar de todas as

atividades, sem exceção. Devido às atividades ocorrerem no contra turno,

será servido lanche e/ou almoço ao educando por permanecer no colégio

em tempo integral.

41

CONTEÚDOS

Sobre o Tênis de Mesa:

● Regras do esporte;

● Sociabilidae.

Sobre o Teatro:

• Dinâmicas;

• Improvisação;

• Jogos corporais;

• Musicalização para expressão facial e corporal;

• Esquetes;

• Pantomimas.

Sobre o Taekwondo:

• Autocontrole;

• Lateralidade;

• Coordenação Motora;

• Movimentos específicos da luta;

• Convívio social;

• Raciocínio lógico;

• Conhecimento de nova cultura.

Sobre a Dança:

● História da dança;

● Musicalização para expressão facial e corporal;

● Expressão corporal;

● Cultura;

● Comunicação por meio da arte e da dança.

42

Sobre Matemática Interativa:

● Raciocínio lógico;

● Intepretação de problemas;

● Modelagem matemática;

● Figuras geométricas.

AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados de acordo com a frequência,

participação, motivação pessoal e coletiva. Observando a permanência do

educando na escola para ampliação de seu conhecimento intelectual,

psicológico e social.

,6) ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE

“Ao serem valorizadas, as iniciativas e experiências

realizadas pelas escolas, no enfrentamento a uma

série de questões (indisciplina, agressões, ameaças,

intimidações, baixo desempenho escolar,

desmotivação) promovem uma maior integração da

comunidade de compartilhamento de interesses e

objetivos possibilitando um contraponto aos

diferentes tipos de violências praticados no interior

da escola.” (ABRAMOVAY, 2004, p.33)

A abertura do espaço escolar para aquisição de aprendizagem

pelos membros da comunidade, concretiza a ação do professor em sala de

aula. A interação entre a escola e a comunidade é bastante significativa,

pois pode promover um relacionamento entre as questões que geram

conflitos na escola de forma a integrar com a comunidade que mais

abrange a família dos alunos e , dessa forma, uma se completando com a

outra no que se refere a soluções de problemas, sugestões, para a

43

melhoria da vida dos alunos na escola e, também baseada nessa

interação, a escola irá conhecer melhor o meio familiar do aluno dessa

forma descobrindo uma outra maneira de auxiliar os alunos nos seus

processos de aquisição de saberes.

A escola esta sempre aberta, e incentiva a visita e a presença

da comunidade.

Verifica-se que quando se promovem eventos na escola, a

comunidade costuma comparecer e isso é uma forma de aproximação.

Nas reuniões, colocamos aos membros da comunidade escolar sua

importância, para que seus filhos atinjam melhor aproveitamento escolar,

sendo assim sugerimos visitas mensais no colégio para acompanhamento

das atividades elaboradas e o rendimento escolar dos filhos.

7)INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Instâncias colegiadas que auxiliam no desenvolvimento das

atividades escolares:

Grêmio Estudantil:

No presente momento os alunos estão buscando informações

sobre a real função do Grêmio Estudantil no colégio. Mas já sentimos

germinar nas dependências da escola, mesmo que não formalizado,

algumas ações positivas de um grupo de alunos que buscam a melhoria

da educação como um todo. Os alunos estão sendo orientados para

organizar e formalizar o grêmio.

Associação de Pais, Mestres e Funcionários:

Orgão de representação dos pais, professores e funcionários

do Colégio Estadual João Gueno. O presente orgão não possui fins

lucrativos e os membros não são remunerados por tal trabalho.

Os membros da APMF, são orientados quanto a importância do seu papel

44

nas decisões do Colégio.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é regida por

Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral,

convocada especialmente para este fim.

Integrantes da APMF:

Presidente: Joel Breine

Vice-Presidente: Luiz Alberto Taverna

1º Tesoureiro: Andreia B. S. Barros

2º Tesoureiro: Vilma Arndt

1ª Secretária: Vera Lucia de Castro Lima

2ª Secretária: Rosiliane Rosenente Taverna

1º Diretor Sócio Cultural e Esportivo: Maria Marli de Oliveira Coradin

2º Diretor Sócio Cultural e Esportivo: Marcia Silvana Cavalli

Conselho Escolar:

Nosso Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio,

aprovado por 2/3 (dois terços) de seus integrantes. É ele o orgão máximo

do Colégio, que possui como principal atribuição, aprovar e acompanhar a

efetivação do Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.

Representantes da comunidade escolar:

Presidente: Jurema Maciel Gonçalves Torques

Vice Presidente: Melissa Andrea de Oliveira Portugal

Eq. Pedag. Titular: Tatiana Ferrarini da Silva

Suplente: Maria Ernestina \martins Figueiredo

Corpo docente:

Ens. Fund. Titular: Jaqueline Elize Pereira

Suplente: Dolores Watzo

Ens. Médio: Inez Xavier P. da Silva

Suplente: Rosalino Luiz Bordignon

Eja: Carlos Lucion

Suplente: Roberto Carlos Pinto

Func. Adm.

45

Titular: Maria Marli de Oliveira Coradin

Suplente: Marcia Silvana Cavalli

Func. Serv. Gerais:

Titular: Marilena Daluz Gaspar

Suplente: Maria Leoni Luiz

Corpo discente:

Ens. Fund.: Laís Maciel Cavalari

Ens. Médio: Cinthia da Silva Assis

Eja: Crislaine de Souza Bornatte

Suplente: Jean Carlos Baldon

Repres. Pais:

Titular: Joel Breine

Suplente: Elidia Teixeira

8) ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Metodologia do Projeto Político Pedagógico

Todo Projeto Político Pedagógico é necessariamente político.

Ele possui uma intencionalidade. É ele que indica a direção, o norte, os

rumos da escola. Retrata a cara da escola, sua identidade como é

compreendido por OLIVEIRA (1990). O projeto pedagógico da escola é por

isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a

uma finalidade que permanece como horizonte da escola.

O Projeto Político Pedagógico não é um produto, um plano,

como frequentemente é compreendido. Ele não é algo construído para ser

arquivado, ficar nas gavetas ou ser encaminhado para as autoridades para

cumprir tarefas burocráticas. Acreditamos que o Projeto Político

Pedagógico é um processo de trabalho coletivo da escola, e deve ser

construído, reconstruído e vivenciado constantemente por todos os

envolvidos no processo educativo escolar. Constituído como um processo

46

de permanente reflexão e discussão dos problemas, das propostas, da

organicidade, da intencionalidade da escola. Desse modo, subsidiará a

organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho educativo na

sala de aula.

Depois de várias reflexões podemos afirmar que o Projeto

político Pedagógico possui papel fundamental na construção de uma

sociedade modificada, pois potencializa a escola a assumir a função de

viabilizar os instrumentos que contribuem na emancipação humana e

política. Isso passa por um trabalho educativo que garanta o acesso e a

permanência na escola, a socialização do conhecimento historicamente

produzido, a valorização do conhecimento e da cultura produzidos na

prática social, a desmistificação das ideologias e a problematização do

contexto histórico contra-ideológico, a democratização das relações no

interior da escola.

O Projeto Politico Pedagógico do Colégio Estadual João Gueno

foi realizado por meio de uma visão inovadora na gestão escolar.

Através da coordenação da equipe pedagógica, todos os segmentos da

comunidade escolar foram ouvidos e participaram ativamente da

elaboração, dando opiniões e discutindo os temas básicos referentes a

educação.

Após a montagem de um cronograma, buscou-se discutir as

questões relativas ao levantamento dos alunos que temos e como a

comunidade vê o mundo e a educação de hoje.

Seguimos as seguintes etapas de elaboração:

➢ Levantamento da realidade da comunidade;

➢ Levantamento da realidade da escola;

➢ Análise crítica dos resultados;

➢ Diagnóstico da realidade;

➢ Criação de uma visão pedagógica da escola;

➢ Busca pela concepção teórica para a realidade do colégio;

➢ Levantamento das necessidades imediatas de mudança;

47

➢ Linha de ação do colégio;

➢ Parâmetros para uma gestão democrática;

➢ Diretrizes para avaliação dos trabalhos e restruturação;

➢ Plano de ação para 2010.

Cada tópico foi examinado pelo corpo docente, direção,

funcionários e representantes da comunidade e por meio de questionários

e debates formulou-se uma visão geral da realidade que cerca a escola e

da opinião a respeito do que se pensa fazer como educação.

Com todos esses resultados, o último passo foi a elaboração

do texto final do projeto. Este texto expressa a visão que a comunidade

escolar tem sobre como o colégio Estadual João Gueno deva formar seus

alunos para o futuro. Este projeto, então, será o espelho do colégio e

dentro dele expressa-se por escrito, toda a sua atuação, sendo posto em

prática com todos os que compõem o coletivo desta instituição de ensino.

Objetivos do Projeto Político Pedagógico

Este projeto tem como objetivo geral levar o Colégio Estadual

João Gueno a ter uma plataforma de trabalho organizada e voltada para a

formação dos nossos alunos,onde possam ter domínio de opinião

perante os acontecimentos da sociedade. Buscamos levar aos alunos a

aquisição de conhecimentos científicos necessários básicos, sem

desconsiderar a função principal, a busca por um mundo com mais valores

morais, conhecimentos e qualidade de vida.

Sendo assim, o objetivo geral se desdobra em:

➢ Melhorar a qualidade de ensino;

➢ Buscar a formação moral, ética e cidadã ;

➢ Criar um ambiente sadio e transformador;

➢ Construir estruturas sólidas de conhecimento;

➢ Transmitir o conhecimento formal e cientifico;

➢ Atender os requisitos legais para a Formação de alunos na Educação

48

Básica, de 5ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino

Médio, e Educação de Jovens e Adultos - Eja.

Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico expressa a identidade da escola. Neste

sentido, tanto no momento de sua elaboração quanto de sua execução e

avaliação a escola assume e retoma a sua intencionalidade. Nesta direção,

SEVERINO (1998, p.82) afirma que é na intencionalidade nuclear do

projeto educacional que se encontram as raízes básicas dos objetivos que

vão nortear a proposta pedagógica da instituição de ensino que deseja

realizar, com eficácia e qualidade, o seu trabalho educativo.

Entendemos também que o Projeto Político Pedagógico não é um

produto, um plano, como frenquentemente é compreendido. Ele é um

processo educativo do colégio que deve ser reconstruído e vivenciado

constantemente por todos no espaço escolar. Neste aspecto entendemos

que o Projeto Político Pedagógico é como um convite a uma reflexão e a

discussão sobre as dificuldades existentes, em busca de alternativas que

superem os desafios estreitamente ligados a um ideal de homem,

sociedade, educação e ensino-aprendizado que se pretende construir na

formação de uma sociedade mais humana integrada no compromisso com

a transformação.

Pensando nestes aspectos concluímos que o Projeto Político

Pedagógico é a base do funcionamento de uma escola. Portanto se faz

necessário sua atualização para o bom andamento das atividades

curriculares e extra curriculares dentro da instituição de ensino.

Pretendemos atualizar, sempre que necessário, o Projeto

Político Pedagógico por meio de reuniões envolvendo todas as instâncias

colegiadas.

Acreditamos na importância do Projeto Político Pedagógico, por

este motivo estaremos sempre utilizando-o como princípio norteador da

educação.

49

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

-Segue em um encaminhamento à parte.

REFERÊNCIAS E NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

1-FREIRE, P.- Educação e Mudança–Rio de Janeiro: Paz e Terra, 5ª ed.-1982.

2-GADOTTI,-M.-Organização do trabalho na escola-Alguns pressupostos-

São Paulo:Ática, 1994.

3-DEMO, P.- Política Social, Edução e Cidadania-Campinas: Papirus, 1994.

4-VISCA, J.-Clínica Psicopedagógica-Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.

5-OLIVEIRA, Z.-Psicologia na Educação-São Paulo: Cortez, 1990.

6-SEVERINO, A.J.-Filosofia da Educação-São Paulo:Cortez, 1998.

7-PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação-Currículo Básico para a

Escola Pública do Estado do Paraná-Curitiba: SEED, 1ª ed., 2009.

8-LEI Nº 9394/96- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

9-Artigos.net.com.br/artigo_sobre_educacao_e_educacao_escolar.

10-GASPARIN, J.L..Aprender, Desaprender, Reaprender. 2005. Texto

digitalizado.

11-DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

E MÉDIO.2009.

Estamos postando o PPP, mas cabe lembrar que o mesmo ainda está em

análise pelo NRE AMN.

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